12
Meus Irmãos: Voltamos a contatar e conviver fraternamente com todos os nossos leitores, com mais uma edição de nosso Boletim Chico da Botica para deixarmos um pouco de cultura maçônica e informações, que, sempre, almejamos serem úteis a todos. Passados o período de eleições, instalações e posses para as novas Administrações das Lojas do Grande Oriente do Rio Grande do Sul queremos saudar a todos os Veneráveis Mestres e demais Membros da Administração das Lojas e, em especial os novos Membros da Gestão 2017-2019 da nossa Chico da Botica com os sinceros desejos de que todos tenham um continuado sucesso e contribuam efetivamente para o desenvolvimento da Ordem Maçônica. Estamos a cada dia recebendo novas contribuições de Irmãos para que o Boletim alcance seus objetivos. Nosso acervo consta, atualmente com um número considerável de trabalhos que nos faz pedir desculpas e paciência a todos que nos enviam suas peças, mas faremos o possível para publicarmos com a mesma consideração e carinho para que possamos usufruir dos estudos e opiniões, que tem somente um objetivo, trazer mais luz aos que buscam o conhecimento de nossa Ordem. Estamos disponibilizando aos Irmãos mais uma edição de nosso Boletim da Chico, a de número 112, com textos de grande conteúdo, na esperança de que certamente irão contribuir para espalhar conhecimentos e cultura maçônica, e que realmente agreguem valor aos nossos conhecimentos. Um TFA a todos Loja Francisco Xavier de Pesquisas Maçônicas - GORGS EDITORIAL: Os Sinceros Desejos de um Continuado SucessoINFORMATIVO CHICO DA BOTICA Registro na ABIM nº. 18-B AUG :. RESP :. LOJ :. “FRANCISCO XAVIER FERREIRA DE PESQUISAS MAÇÔNICAS”AO GORGS Ano 13, Edição nº. 112 Data: 31 de julho de 2017 Editorial: Os Sinceros Desejos de um Continuado SucessoC ALAR DISCÓRDIA - Autor: Charles Chaplin - Pág. 2 1 P ERFEIÇÃO OU PLENITUDE? -Irmão Luiz A Rebouças dos Santos - Pág. 3 2 A Letra G e a importância para a Maçonaria - Irmão LUIZ ALBERTO MODESTI - Pág. 4, 5, 6 e 7 3 B REVE HISTÓRIA DA MAÇONARIA - Irmão Dante Cezar Melo Rostirola-Pág. 8, 9,10 e 11 4 14 DE JULHO Soneto - Irmão Adilson Zotovici - Pág. 11 5 Nesta edição: À GLÓRIA DO G A D U Fundada em 19 de novembro de 1995 Especiais: Chico Social Reflexões Conhecimento Notícias Rapidinhas “Pensar envolve não apenas o fluxo dos pensamentos, mas também a captura deles” Walter Benjamin, filósofo alemão (1892-1940)

À GLÓRIA DO G A D U - abemdaordem.com.br · deixarmos um pouco de cultura maçônica e informações, que, sempre, almejamos ... história da Ordem; é importante dissecar os diferentes

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Meus Irmãos:

Voltamos a contatar e conviver fraternamente com todos os nossos

leitores, com mais uma edição de nosso Boletim Chico da Botica para

deixarmos um pouco de cultura maçônica e informações, que, sempre,

almejamos serem úteis a todos.

Passados o período de eleições, instalações e posses para as novas

Administrações das Lojas do Grande Oriente do Rio Grande do Sul queremos

saudar a todos os Veneráveis Mestres e demais Membros da Administração das

Lojas e, em especial os novos Membros da Gestão 2017-2019 da nossa Chico

da Botica com os sinceros desejos de que todos tenham um continuado

sucesso e contribuam efetivamente para o desenvolvimento da Ordem

Maçônica.

Estamos a cada dia recebendo novas contribuições de Irmãos para que o

Boletim alcance seus objetivos. Nosso acervo consta, atualmente com um

número considerável de trabalhos que nos faz pedir desculpas e paciência a

todos que nos enviam suas peças, mas faremos o possível para publicarmos

com a mesma consideração e carinho para que possamos usufruir dos estudos

e opiniões, que tem somente um objetivo, trazer mais luz aos que buscam o

conhecimento de nossa Ordem.

Estamos disponibilizando aos Irmãos mais uma edição de nosso Boletim

da Chico, a de número 112, com textos de grande conteúdo, na esperança de

que certamente irão contribuir para espalhar conhecimentos e cultura

maçônica, e que realmente agreguem valor aos nossos conhecimentos.

Um TFA a todos

Loja Francisco Xavier de Pesquisas Maçônicas - GORGS

EDITORIAL: “Os Sinceros Desejos de um Continuado Sucesso”

INFORMATIVO CHICO DA BOTICA Registro na ABIM nº. 18-B

AUG :. RESP :. LOJ :. “FRANCISCO XAVIER FERREIRA

DE PESQUISAS MAÇÔNICAS”AO GORGS

Ano 13, Edição nº. 112 Data: 31 de julho de 2017

Editorial: “Os Sinceros

Desejos de um

Continuado Sucesso”

C ALAR DISCÓRDIA

- Autor: Charles

Chaplin - Pág. 2

1

P ERFEIÇÃO OU

PLENITUDE? -Irmão

Luiz A Rebouças dos

Santos - Pág. 3

2

A Letra G e a importância para a

Maçonaria - Irmão LUIZ ALBERTO MODESTI - Pág. 4, 5, 6 e 7

3

B REVE HISTÓRIA DA MAÇONARIA - Irmão

Dante Cezar Melo Rostirola-Pág. 8, 9,10 e 11

4

14 DE JULHO – Soneto - Irmão Adilson Zotovici - Pág. 11

5

Nesta edição:

À GLÓRIA DO GA DU

Fundada em 19 de novembro de 1995

Especiais: Chico Social Reflexões Conhecimento Notícias Rapidinhas

“Pensar envolve não apenas o fluxo dos pensamentos, mas também a captura deles”

Walter Benjamin, filósofo alemão (1892-1940)

açônica Página 2

Informativo

CHICO DA BOTICA

ojá Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas

CONHECIMENTO: Divulgação

Sugestão de leitura formulada pelo Ir.·.Artêmio G. Hoffmann - Título: “A ARCA DA ALIANÇA - Nos contextos:

Bíblico, Histórico, Arqueológico, Maçônico e Simbólico” - Autor: José Ronaldo Viega Alves.

Comentário: Um livro de fácil leitura e um tema apaixonante pelo simbolismo e mistério que representa na evolução do pensamento da humanidade em todos seus níveis. Vale a Pena a leitura! Sobre o Livro: (transcrição

contracapa) O presente livro é fruto de uma série de artigos publicados no Informativo JB NEWS. Todos eles foram rev is tos e a lguns até modificados. Agora o que t emos é u ma v e r s ão c o n d e n s a d a , p o r é m , abrangente, a respeito da Arca da Aliança ou Arca Sagrada, buscando contemplar ao leitor interessado, por esse que é um dos temas mais fascinantes do nosso imaginár io , com informações relativas a vários contextos. Ed. VIRTUAL ALBOOKS EDITORA E LIVRARIA LTDA - São Francisco – Pará de Minas - MG - maio de 2017.

A harmonia plena ainda constitui um sonho distante de qualquer organização

humana. Os homens guardam grandes diferenças entre si. Diversos fatores induzem

a distintas formas de entender e viver a vida. A educação recebida no lar, as

experiências profissionais e afetivas, os professores e os amigos.

Todos esses elementos contribuem para a singularidade da personalidade humana.

A diversidade produz a riqueza. Se todos os homens pensassem do mesmo modo, o

marasmo e a mesmice tomariam conta do mundo. Uma assembleia ou equipe

composta de forma heterogênea possui grande potencial. Ocorre que conviver em

harmonia com o diferente pressupõe maturidade. Em qualquer gênero de

relacionamento humano, é necessário respeitar o próximo. Mas é preciso também

manter o foco em um objetivo maior.

Toda associação humana possui uma finalidade. No âmbito profissional, busca-se o

crescimento da empresa na qual se participa. Na esfera familiar, colima-se a

educação e o preparo de seus membros para a vida, em um contexto de dignidade.

Em uma associação filantrópica, tem-se por meta a prática do bem. A noção clara do

objetivo que se persegue facilita a convivência. O fato de alguém discordar de suas

ideias não significa que esteja contra você. O relevante é verificar qual o modo mais

eficiente de atingir a meta almejada pelo grupo.

A convivência humana raramente deixa de produzir algum atrito. Mas é preciso saber

calar a discórdia. Se o embate de ideias e posições não é ruim, a agressividade e o

radicalismo sempre o são.

Pense sobre as instituições que você integra. Sua presença em tais ambientes visa

ao interesse coletivo, ou à exaltação de seu ego? É melhor afastar-se delas do que,

por mesquinharia, ser causa de desestabilização e brigas. Mas o ideal é aprender a

sacrificar seu interesse pessoal em prol de uma causa maior. Se uma controvérsia

surge, reflita com serenidade sobre os pontos de vista envolvidos.

Caso sua posição não seja defensável, abdique dela. Procure ser um elemento

pacificador nos meios em que se movimenta. Há pouca coisa tão cansativa quanto

um altercador contumaz.

Certas posturas são toleráveis apenas em pessoas muito jovens. Na maturidade, a

rebeldia e a vaidade sistemáticas são ridículas. Não canse seus semelhantes, com

posições inflexíveis e injustificáveis.

Aprenda a ceder e a compatibilizar, quando isso não comprometer sua honestidade e

sua ética. De que lhe adianta vencer um debate, se a causa que você defende sofre

com isso? O homem sábio identifica quando deve avançar e quando deve recuar.

Mas sempre o faz de forma sincera e digna. De nada adianta afetar concordância e

semear a discórdia nos bastidores. A dissimulação e a intriga são indignas de uma

pessoa honrada. Reflita sobre isso, quando se vir envolvido em debates e contendas.

Quando se engajar em uma causa, sirva-a com desinteresse. Jamais se permita

servir-se dela para aparecer. Mas principalmente nunca a prejudique por radicalismo

e imaturidade.

Autor: Charles Chaplin

CALAR DISCÓRDIA

AGOSTO

- Ir.·. Efetivo:

12 - João Lauro Desidério

Alves

- IIr.·. Correspondentes:

13 - Luis Arthur Aveline de

Oliveira

27 - Claiton Ghiggi

31 - Henrique de Santana

Aos Aniversariantes!

Nossas Felicitações!!!

açônica Página 3

Informativo CHICO DA BOTICA

- Ano 13 Edição 112 - 31 Jul 2017 -

ojA Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas

PERFEIÇÃO OU PLENITUDE? *Irmão Luiz A Rebouças dos Santos

Se a maçonaria tivesse que pregar uma cruzada, esta seria

para restabelecer a liberdade de consciência que é a antítese da

guerra aos infiéis, tal como a compreendiam os Cruzados...

Com essas palavras, um orador se dirigia ao grupo de

maçons. Uns, ouviam atentamente, outros, nem tanto.

Ora, como fazer a conscientização de fora para dentro, da

maçonaria para os maçons?

A tarefa não é bem essa. O sistema de graus, no Rito

Escocês Antigo e Aceito, do Simbolismo aos Altos Graus, propõe

uma progressão que, balizando o caminho, procura dar a cada

maçom a total liberdade em sua busca. Não há dogmas, não há

credos. Maçonaria não é mais uma religião. Se quisermos

despertar no neófito o interesse pela maçonaria, não podemos

dar fórmulas feitas, rituais acabados, livros-texto: é preciso faze-

lo de tal modo que ele seja o sujeito, que ele questione,

argumente, aprenda e resista a toda influência.

Onde começa esse aprendizado? Sem dúvida no silêncio dos

bancos dos aprendizes; mas um silêncio ativo, como diz Jiddhu

Krishnamurti, sem ficar duvidando, apenas ouvindo. Daí a frase

que emprego sempre: O Aprendiz OUVE e acompanha tudo,

observa tudo, e, quando instado a falar, conta aos seus irmãos os

progressos que conseguiu.

Todos nós temos uma bagagem de conhecimentos, quando

chegamos à nossa Ordem. Somos profissionais, temos certo

nível de instrução, maior ou menor, dependendo da pessoa. Isso

é bom, bem diferente daqueles aprendizes medievais, que eram

totalmente ignorantes, sem saber ler ou escrever; vai nos ajudar

bastante. Mas como Aprendizes Maçons, precisamos deixar isso

de lado e nos concentrar no aprendizado da doutrina da Ordem,

através de seus símbolos, de suas instruções, e dos bons

exemplos dos demais irmãos. É o nosso exercício de humildade.

E então, vem a primeira grande triagem: a maçonaria

aprendeu, em sua história, que somente vale à pena ficar com o

maçom convicto. Este será elevado, para que comece sua

trajetória investigativa, questionando, procurando a verdade em

todos os lugares. É importante, nesta fase, o conhecimento da

história da Ordem; é importante dissecar os diferentes caminhos

propostos pelas tradições, pois esse é o papel de nossos

companheiros de estudos. E a frase que se aplica a ele é O

Companheiro PENSA. Elabora, assim, seu projeto próprio de

vida, conforme a doutrina que investiga, e relata a seus irmãos.

A única coisa de que o Companheiro Maçom não pode abrir

mão é do conhecimento que obteve do que viu em sua elevação.

Aqui há um certo nível de espiritualidade, inspirada na

fraternidade, o que não lhe é imposto, mas oferecido à sua

consideração e arbítrio. Esse companheiro de estudos poderá ter

seus conhecimentos exaltados, se for considerado digno de tal, e

não apenas por decurso de prazo.

Então, estará em condições de descobrir o primeiro dos

grandes mistérios da maçonaria e do Rito Escocês, em

particular. Citando um de nossos rituais, Herbert Spencer diz:

Entre os mistérios que se tornam tanto mais misteriosos quanto

neles mais se pensa, existe uma certeza absoluta: é que o

Homem se encontra em presença de uma Energia Infinita e

Eterna, de onde tudo procede.

Mas a carreira do maçom não está terminada; mestre é quem

persiste na aprendizagem e no companheirismo com seus

irmãos, e não quem cai na posição arrogante de que tudo sabe,

que nada mais há para aprender. Então eu digo: O Mestre

MEDITA.

O Rito Escocês Antigo e Aceito propõe uma continuidade do

estudo, de acordo com escolas iniciáticas, que se vão revelando

lentamente. E repito: não há nada pronto! Nossos rituais são

banais, pueris, e ninguém espera que um maçom do século XXI

se restrinja aos textos apresentados. A didática proposta é de

autoconstrução, coparticipação na criação, devidamente

orientada pelos mestres, na direção de uma espiritualidade

crescente, mas totalmente livre e libertadora. O Maçom não está

libertado, mas liberta-se na medida em que interpreta o ritual, de

acordo com suas pesquisas e investigações, de acordo com os

paradigmas que constrói, fazendo sempre seus progressos.

Na minha breve experiência didática profana, de cerca de

dez anos no ensino superior, descobri o que Sócrates

preconizava há milênios: o professor não ensina, apenas

propicia condições ao aluno para aprender. É dessa forma que

ele se liberta e o preço dessa liberdade é o andar com as

próprias pernas. Por outro lado, ninguém se emancipa sozinho,

pois somos seres gregários, mas emancipar-se implica em

dispensar a tutela, pois que, mesmo que isso leve ao desespero,

ninguém pode resolver os problemas de cada um de nós. Isto eu

chamo de andragogia.

A forma de ensinar, na maçonaria, salienta exatamente este

ponto, quando, em todos os graus, se propõe ao neófito um

trabalho sobre as lições recebidas e discutidas em Loja. O apoio

que se oferece é bom, mas deve ser entendido apenas como um

acréscimo, porque, na senda espiritual que a Ordem ensina, a

autoconstrução é parte importante. Como construtores sociais,

em primeiro lugar, precisamos ser construtores de nós mesmos

– moral, filosófica e espiritualmente, nos três campos de

abrangência da maçonaria. E não adianta atropelar: cada grau

avançado libera um nível de consciência, em um crescimento

progressivo, que prepara o Homem para fazer parte da

Humanidade. A condição fundamental do maçom é não se sentir

obrigado, compelido, mesmo à frequência de sua ou suas Lojas,

que deve ser um ato de livre vontade, consciente, e, de acordo

com os compromissos livremente assumidos, de ajudar os

irmãos que estão tentando descobrir seus próprios caminhos

dentro de nossa Sublime Instituição.

*Irmão Luiz A Rebouças dos Santos

açônica Página 4

Informativo CHICO DA BOTICA

- Ano 13 Edição 112 - 31 Jul 2017 -

ojA Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas

A Letra G e a importância para a Maçonaria *Irmão LUIZ ALBERTO MODESTI

A.·.G.·.D.·.G.·.A.·.D.·.U.·.

Coube a mim a tarefa de gravar um trabalho para

apresentar nessa data. Destaco que para iniciar meu

estudo em Grau de Companheiro no meu primeiro trabalho

escolhi o tema “Estrela Flamígera” e para melhor entender

sua função na Maçonaria, sem entrar, propositalmente, no

estudo da misteriosa letra “G” que, devido a importância do

tema, deixei para aprofundar neste estudo específico, que

ora apresento.

O fato que me despertou a curiosidade foi a quantidade

de situações em que a palavra Geometria é citada e

correlacionada com a Maçonaria. Quando perguntamos o

significado da letra G, recebemos a resposta: Geometria,

Gravidade, Gênio e Gnose. Ela está no centro do Painel do

Grau Companheiro (1).

Assis de Carvalho ensina que para os Companheiros

Maçons, a Estrela Flamígera, com a letra “G” no centro, é

o Símbolo da Divindade Cósmica. Além de seus efeitos

iniciáticos, ela deve representar um símbolo de boas

vindas e um voto de perfeita saúde.

E esse fato me fez relembrar o que já citei em meus

trabalhos anteriores que o Companheiro Maçom precisa

dedicar mais tempo para leitura e tempo de reflexão a fim

de começar a entender o significado da “evolução em

busca da luz”, pois concluí que não há outra maneira de se

evoluir sem que seja pelo estudo a fim compreender o

simbolismo de tudo que nos é apresentado em loja.

Faço esse prólogo(2) antes de iniciar o trabalho, assim

como é feito a cada início de sessão, para meditar, elevar

os pensamentos, focar, concentrar todos os irmãos nos

trabalhos que iremos desenvolver em loja, unir os

pensamentos numa única direção; afastar os pensamentos

profanos, familiares e até pessoais para todos se

concentrarem nos trabalhos do dia, suplicando para que o

Grande Arquiteto do Universo ilumine nosso trabalho.

Para elaborar esse trabalho, peço vênia aos irmãos

para apenas aceitarem que eu estude e apresente esse

trabalho, mesmo que possa parecer incompleto, pois

lembrei o poeta José de Alencar(3) que diz:

“O sucesso nasce do querer, da determinação e

persistência em se chegar a um objetivo. Mesmo não

atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos, no

mínimo fará coisas admiráveis.”

Então, antes de iniciar a apresentação desta peça de

arquitetura, lembrei-me de uma citação de Mahatma

Gandhi,(4) para iluminar o nosso pensamento:

Nas grandes batalhas da vida, o primeiro passo para a vitória é o desejo de vencer... e

As religiões são caminhos diferentes convergindo para o mesmo ponto. Que importância faz se seguimos por caminhos diferentes, desde que alcancemos o mesmo objetivo?

A Letra G e a importância para a Maçonaria

Iniciamos nosso estudo da Letra G e sua importância

para a Maçonaria pelo Manual de Ritual e Instruções do

Grau de Companheiro Maçom verificando que no centro

do Painel de Companheiro Maçom tem a estrela

pentagonal com a letra G, ou seja, a letra G está

intimamente relacionada com o Grau de Companheiro e

tem destaque no nosso Painel, porém pode ter outra

conotação em Graus superiores que não são e não

podem ser objeto de meu estudo.

Primeiramente, destaco que já na cerimônia de

elevação, o Venerável Mestre aponta para a Estrela

Flamígera e diz: “Contemplai esta estrela misteriosa e

nunca a afastai do vosso espírito”.

- Vedes o nome de Deus, que é fonte de todos os

conhecimentos humanos: Ele se explica, simbolicamente,

pela Geometria. Essa ciência tem por base essencial o

estudo aprofundado, aplicações infinitas do triangulo

sobre seu verdadeiro emblema.

Na primeira instrução o Orador diz que ao número 7

há uma alusão às sete artes e ciências: Gramática,

Retórica, Lógica, Aritmética, Geometria, Música e

Astronomia. Na sequência, o 1º Vigilante destacando a

importância da Geometria diz: Nossos antigos irmãos

foram obreiros da pedra. Isso, para eles, era um trabalho ______________________________________________________________________________

(1)Carvalho, Assis; Spoladore, Hercule; Paschoal, Fernando. Instruções para Loja de Companheiro. Editora Trolha, 1988 – Londrina. (2)Prólogo é um termo que provém da língua grega e que se refere a um pequeno discurso que antecede o corpo de uma obra escrita. (3)José de Alencar (1829-1877) cearense, foi romancista, dramaturgo, jornalista, advogado e político brasileiro. Foi um dos maiores representantes da corrente literária indianista. Destacou-se na carreira literária com a publicação do romance "O Guarani", em forma de folhetim, no Diário do Rio de Janeiro, onde alcançou enorme sucesso. Foi escolhido por Machado de Assis, para patrono da Cadeira nº 23, da Academia Brasileira de Letras. (4)Mahatma Gandhi (1869-1948) foi líder pacifista indiano. Principal personalidade da independência da Índia, então colônia britânica. Ganhou destaque na luta contra os ingleses por meio de seu projeto de não violência. Além de sua luta pela independência da índia, também ficou conhecido por seus pensamentos e sua filosofia.

açônica Página 5

Informativo CHICO DA BOTICA

- Ano 13 Edição 112 - 31 Jul 2017 -

ojA Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas

ambicionado, uma obrigação religiosa, e a maravilhosa

habilidade que possuíam e se revela, ainda hoje, nas

monumentais construções do velho mundo. Essa

perfeição, porém, só era conseguida, depois de longo e

acurado estudo.

O 2º Vigilante diz: Eles viam, por toda a natureza, o

ideal a que se esforçavam atingir na confecção e no

acabamento de seus trabalhos. Por essa razão, faziam da

Geometria seu principal estudo, para que pudessem dar a

cada detalhe de sua obra, as devidas proporções.

O Orador conclui a questão dizendo: Desde então, a

Geometria ficou sendo o estudo mais acurado que deve

fazer o Companheiro e que será sempre, de grande valia,

qualquer que seja sua aplicação.

Já na Segunda Instrução temos a pergunta: Por que

consentistes em ser recebido Companheiro !!!!

E a resposta – Porque tinha desejos de conhecer os

Mistérios da Natureza e da ciência, bem como o significado

da letra Iod, que corresponde a letra G. E a nova pergunta:

Que significa a letra G !!! E recebemos a resposta:

Geometria, Gravidade, Gênio e Gnose.

E nova pergunta ocorre, sobre de que Geometria se

trata aqui. É a da aplicável na construção universal. Da que

nos ensina a polir o homem e torná-lo digno de ocupar seu

lugar no edifício social. Na sequência temos mais três

perguntas sobre os demais significados de Gravidade,

Gênio e Gnose (conhecimento), que não transcreverei para

não perder o foco.

Estudando o livro do Mestre Maçom Rene Joseph

Charlier, datado de 1964, denominado “Pequeno Ensaio de

Simbólica Maçônica”, da biblioteca do Ir.: Osni, se constata

que “a unanimidade dos autores concorda em dizer que a

letra G é, sem contestação, um mistério, um enigma

maçônico.”

O autor diz que para o irmão Ragon,(5) “G é a primeira

letra da palavra Geometria. Para outros, G é a primeira

letra do nome Deus nos países de origem germânica: Gott

na Alemanha, God na Inglaterra e Holanda, Gud nos

países escandinavos”. Para outros ainda, veem a inicial de

Gnose.(6) Enquanto que para o irmão Wirth(7) que a letra

G significa Glória, Grandeza e Geometria.

O autor afirma que “em certos rituais modernos

aparecem cinco significações diferentes da letra G:

Gravitação, Geometria, Geração, Gênio e Gnose.” e

conclui, ironizando, que se tantas palavras começam pela

letra G, porque se contentar com apenas cinco. Continua

dizendo que todos esses nomes realmente começam pela

letra G nas línguas empregadas pelos autores, mas não

Cont.: A Letra G e a importância para a Maçonaria

em outras línguas, ainda mais que “a Maçonaria pretende

a universalidade.”

Nessa mesma linha de ironia, Castelani(8) afirma que

acabaram sendo inventados muitos outros significados de

agrado aos Latinos, e para os que defendiam que era a

imagem de Deus, os ingleses (GOD); alemão (GOTT) e

línguas nórdicas (GUD e GUTT), porém não corresponde

em italiano (Dio), espanhol (Dios), francês (Dieu) e

português (Deus). Castelani afirma que até se chegou a

considerá-la similar a IÔD (9) que é a inicial do nome de

Deus em hebraico.

Assis de Carvalho, no livro Instruções para a Loja de

Companheiro, na pergunta 34, fls.56, diz que para a

Maçonaria a Letra G significa “Geometria ou 5ª ciência”; e

esclarece na resposta à pergunta 35 que Gnose ou

Gnosticismo é um sistema filosófico-religioso, cujos

adeptos supunham possuir o conhecimento completo,

absoluto, transcendente, da natureza e atributos de Deus,

mas que não é Maçonaria.

Assis de Carvalho separa a importância dos símbolos

maçônicos explicando que a letra G não é um símbolo da

Maçonaria Universal ou da Universalidade Maçônica. Os

símbolos são os pilares, maço, esquadro, compasso,

nível, prumo, prancha de traçar, alavanca etc, todavia a

Letra G não faz parte dessa lista. Ela não é um

instrumento de trabalho e, portanto, não pode e não deve

ser considerado um Símbolo Maçônico, ao menos de

primeira grandeza.

Num certo momento Carvalho diz: Na verdade, na

verdade mesmo, ela nem símbolo é. É apenas uma inicial

de uma palavra que, no passado, já significou, já foi

sinônimo de Maçonaria, isto é, a palavra Geometria. Com

sabedoria ensina que para os “Maçons Primitivos”, Deus

ao invés de G.·.A.·.D.·.U.·. era o Grande Geômetra.

A Quinta Ciência (geometria) era considerada como o

Trabalho de Deus. “Deus Geometrara o Mundo”, isto é,

Deus arquitetara o Mundo, Deus construíra o Mundo, daí

muitos simbolistas afirmarem que a letra G significa Deus. _________________________________________________________________________________________

(5)Ragon – Citado pelo Autor e por Assis de Carvalho - pergunta 34; – fls.56 livro citado. (6)Gnose – Gnosticismo é um sistema de filosofia religiosa cujos adeptos supunham possuir o conhecimento completo, absoluto, transcendente, da natureza e atributos de Deus. Fls. 158 – Pequeno Ensaio de Simbólica Maçônica. (7)Wirth – Citado pelo Autor. (8)CASTELLANI, José. RODRIGUES, Raimundo. Cartilha do Companheiro. Londrina. Editora Maçônica A Trolha.1998. p.33 (9)IÔD – décima letra do alfabeto hebraico

açônica Página 6

Informativo CHICO DA BOTICA

- Ano 13 Edição 112 - 31 Jul 2017 -

ojA Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas

Como a Maçonaria de Ofício, a Maçonaria Operária, a

Maçonaria Primitiva, já foi conhecida como executora da

Arte da Geometria. Que cada maçom era considerado um

Geômetra(10) pela execução de seu privilegiado trabalho

na Arte de Construir, a Arte Real, a Arte dos Reis.

Assis de Carvalho completa dizendo que a letra G,

como é explicada na maioria dos catecismos e rituais em

língua inglesa leva o significado de Deus, o G.·.A.·.D.·.U.·..

Todavia, já encontramos mais de uma dúzia de

significados como (classifica alguns de estapafúrdios)

Gnose, Glória, Geração, Gênio, Gravitação, Grandeza,

God, Gut, Geometria, Gimel, etc. E Geometria é o único

que corresponde à origem dessa letra Maçônica.

Cita que nos rituais modernos ingleses a letra G (a

última reforma se deu em 1816) passou a ser um Símbolo

Sagrado e nas antigas práticas Maçônicas, existem muitas

evidências em manuscritos anteriores ao século XVIII,

porém estava sempre relacionada com a “Quinta

Ciência” – a Geometria. Mas para que se possa entender

bem a natureza desse “símbolo”, devemos retornar um

pouco ao passado bem distante, às origens dos nossos

mais confiáveis e antigos documentos Maçônicos, os

Manuscritos das Constituições Góticas, __________________________________________________________________________________________

(10)Geômetra. Aquele que é versado em Geometria ou escreve a respeito dela. A Geometria (em grego antigo: geo-"terra", -metria "medida") é um ramo da matemática preocupado com questões de forma, tamanho e posição relativa de figuras e com as propriedades do espaço. Um matemático que trabalha no campo da geometria é denominado de geômetra. A geometria surgiu independentemente em várias culturas antigas como um conjunto de conhecimentos práticos sobre comprimento, área e volume, sendo que o aparecimento de elementos de uma ciência matemática formal é no mínimo tão antigo quanto Tales (século VI a.C.). Por volta do século III a.C., a geometria foi posta em uma forma axiomática por Euclides. Arquimedes desenvolveu técnicas engenhosas para calcular áreas e volumes, antecipando em várias maneiras o moderno cálculo integral. O campo da astronomia, especialmente o mapeamento das estrelas e planetas na esfera celestial e a descrição das relações entre os movimentos dos corpos celestiais, foi uma das mais importantes fontes de problemas geométricos durante os mil e quinhentos anos seguintes.

Tanto a geometria quanto a astronomia foram consideradas no mundo clássico parte do Quadrivium, um subgrupo das sete artes liberais cujo domínio era considerado essencial para o cidadão livre.

ou as Old Charges – Antigas Obrigações. Isso nos

conduziu para um pequeno estudo.

Breve estudo sobre as Sete Artes ou Ciências

Liberais

Os gregos adotaram a idéia de um “Círculo de Artes e

Ciências”, como uma real necessidade preliminar para

que a juventude, antes de iniciar um estudo profissional,

tivesse um bom conhecimento do conteúdo das “sete

artes e ciências liberais”.

Os romanos acrescentaram outras artes(11) nos seus

estudos. O romano Boethius dividiu as Sete Artes em

dois grupos distintos. O triuviu englobava 3 ciências –

Gramática, Retórica e a Lógica. E o Quatriuviu englobava

4 ciências – Aritmética, Geometria, Música e Astronomia.

A Geometria compreende as medidas e dimensões da

Terra e do Universo e era a ferramenta principal para as

edificações dos edifícios da idade média.

Carvalho (12) prega que é justo que se dê um

destaque especial às Sete Artes e Ciências Liberais eis

que a Gramática, a Aritmética, a Geometria, a Astronomia

e a Música sempre estiveram associadas à Maçonaria

desde o período primitivo (e aqui eu entendo que o autor

citou Gramática englobando a Retórica e a Lógica, pois

todo Maçom precisa desenvolver sua capacidade de

Retórica e o pensamento Lógico para elaborar e

apresentar seus trabalhos e suas manifestações em

público). Ressalta-se que o Autor não confunde Quinta

Ciência com a Quinta Essência dos Alquimistas. Na idade

média acreditavam que a Geometria era a raiz de todos os

conhecimentos. “Geometria” é a ciência de todos os

homens dominados pela Razão.” É sabido que, baseando

na tradição (mais lendária que real) que à Arte de

Construir, era dado o nome de “Geometria”, agora

universalmente conhecida como Maçonaria.

Conta a lenda que Euclides foi o primeiro a dar o

nome de Geometria, a agora chamada Maçonaria.

Desta forma a Ciência Geometria, a Quinta Ciência das

Artes e Ciências Liberais, e a Maçonaria, se tornaram,

virtualmente, sinônimos, nos nossos mais antigos

Documentos. Daí a Letra “G”, inicial de Geometria,

significar, apenas Maçonaria e não Deus (Carvalho,

fls.77).

Assis de Carvalho ensina que a “Quinta Ciência” está

relacionada com a Maçonaria Primitiva desde os seus

primórdios. Por muito tosco e rude que fosse o Maçom ele

tinha que usar da Geometria para lançar as bases e

erguer seus edifícios majestosos (além de igrejas,

templos, castelos, pontes em arco, etc).

Cont.: A Letra G e a importância para a Maçonaria

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- Ano 13 Edição 112 - 31 Jul 2017 -

ojA Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas

Antes mesmo de Deus ser o G.·.A.·.D.·.U.·. da

Maçonaria, Ele era o Grande Geômetra da Maçonaria

(com ilustrações em manuscrito Francês datado de 1353 –

sec. XIII). E essa afirmação nos conduz a outro breve

estudo.

Breve estudo sobre a Geometria e a Maçonaria

Operativa

Assis de Carvalho em outro livro ensina que quando a

Arte Gótica deixou de existir, a Maçonaria de Ofício

também deixou de existir. A Maçonaria Operativa só não

morreu ou desapareceu de vez na Grã-Bretanha. No resto

da Europa desapareceu e sobreviveu apenas nas

“compagnonages”.

A decadência da Arte Gótica foi fatal para essa classe

de Profissional, isso a partir do fim do século XVI. Com a

evolução da Arte de Construir, o famoso sistema de

fechamento das abóbadas com uma Pedra Chave, perdeu

sua razão de ser. Todavia na Grã-Bretanha a Maçonaria

Operativa teve um século (XVII) inteiro para passar por

um processo de transição, isto é, a passagem da

Maçonaria de Ofício para a Maçonaria dos Aceitos,

conhecida hoje como a Maçonaria Especulativa.

Após o resto da Europa Continental ter enterrado e

sepultado a Maçonaria de Ofício, um século depois, ela viu

chegando da Inglaterra, uma Maçonaria diferente,

Ritualística, Simbólica, trazendo em seu bojo a tradição

dos velhos pedreiros e uma coleção de suas ferramentas –

agora usadas como Símbolos simplesmente – transmitindo

uma forte lição de Moral.

Da antiga Ordem dos Pedreiros, ela trazia os costumes

e as velhas tradições e um halo de Mistério portador de um

atrativo irresistível. Isso aconteceu – na França – entre

1726 e 1732. Daí ela evoluiu para as Colônias – tanto

inglesas como francesas. Foi o desabrochar de uma

Ordem que acabaria por revolucionar os sistemas de

Governo do Mundo todo – menos o da Inglaterra.

Em resumo, no meu estudo a melhor explicação que

encontrei foi no livro de Castelanni, José (1998) quando

tirando “um pouco” o véu da fantasia explica que se pode

chegar ao significado divino da letra G, sem que para isso,

seja necessário apelar para esses expedientes indevidos e

para as fantasias e elucubrações.

A Geometria, de origem Egípcia, foi levada à Grécia

antiga. Sendo a base da arte de construir, das relações

triangulares e do círculo, da Astronomia e da medida das

terras férteis às margens do rio Nilo, ela acabou servindo

de fundamento filosófico para os sábios gregos, levando

aos conceitos de ORDEM, EQUILÍBRIO, e HARMONIA

DO UNIVERSO, os quais seriam tomados, na época

inicial da Maçonaria dos Aceitos, como obras do Grande

Arquiteto do Universo, Deus, o Grande Geômetra. Graças

a isso, pode-se dizer que a letra G, que significa

Geometria, também simboliza Deus, o Grande Geômetra,

por significar a Ordem, o Equilíbrio e a Harmonia do

Universo, que são obras divinas.

Encerramos o trabalho, parafraseando Castelanni,

como uma pergunta: Apesar disso, como ficamos nós que

somos obrigados a respeitar e a obedecer (o que

devemos fazer sempre) aos Rituais de nossas

Obediências?

Por fim, termino com uma citação de Voltaire que dá

um ensinamento, para todo o homem que busca o

respeito e a liberdade de pensamento.

“A perfeição da própria conduta consiste em

manter cada um a sua dignidade sem prejudicar a

liberdade alheia.”

Estância Velha, 31 de agosto de 2015.

* Luiz Alberto Modesti - CM da ARLS Estância

Das Acácias. Oriente de Estância Velha

Referencial Bibliográfico

Alencar, José – citação: cearense, foi romancista, dramaturgo, jornalista, advogado e político brasileiro. Foi um dos maiores representantes da corrente literária indianista ARISTÓTELES. Citação: Foi um filósofo grego, aluno de Platão e professor de Alexandre, o Grande. Carvalho, Assis de. Símbolos Maçônicos e suas origens. Londrina. Editora Maçônica A Trolha. 1990. Carvalho, Assis; Spoladore, Hercule; Paschoal, Fernando. Instruções para Loja de Companheiro. Londrina: Editora Maçônica “A Trolha”. 1988. Castelanni, José. RODRIGUES, Raimundo. Cartilha do Companheiro. Londrina. Editora Maçônica A Trolha.1998. - Charlier, Rene Joseph, 1964, Pequeno Ensaio de Simbólica Maçônica, Editora futuro, São Paulo. Gandhi, Mahatma: Citação: (1869-1948) foi líder pacifista indiano. Principal personalidade da independência da Índia, então colônia britânica. MANUAL DE PROCEDIMENTOS RITUALÍSTICOS do grau de Aprendiz. GORGS MANUAL DE PROCEDIMENTOS RITUALÍSTICOS do grau de Companheiro. GORGS VOLTEIRE. Foi um escritor, ensaísta, deísta e filósofo iluminista francês, conhecido pela sua perspicácia e espirituosidade na defesa das liberdades civis, inclusive liberdade religiosa e livre comércio.

______________________________________________________________________

(11)(Os romanos acrescentaram as Artes da Ginástica, Guerra, Estratégia, Política, Jurisprudência e Medicina. (12)Carvalho, Assis. Cadernos de Estudos Maçônicos. Curitiba: Editora Maçônica “A trolha”. 1996. p.32. (13)Carvalho, Assis. Cadernos de Estudos Maçônicos. Curitiba: Editora Maçônica “A trolha”. 1996. p.115

Cont.: A Letra G e a importância para a Maçonaria

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ojA Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas

Buscarei no presente trabalho, de forma coloquial, sem

muita preocupação com a pesquisa minimalista, resumir

alguns anos de leitura e busca pela história da Sublime

Instituição, a fim de compartilhar com os irmãos.

A origem da Maçonaria perde-se na poeira dos tempos.

Desde que o homem começou a viver em tribos, houve

a necessidade de organização, e de um entre tantos que

soubesse escolher o melhor local para a sua sede, mesmo

que provisória. Depois que o homem deixou de ser

nômade, começou a morar em comunidades, e ainda

assim precisava se organizar, ter ordem na aldeia.

O mundo cresceu, as vilas tornaram-se cidades, as

concorrências entre elas cresceram na mesma proporção,

os interesses por propriedade também, e vários sistemas

de convivência foram sendo criados espontaneamente

pelo próprio homem. A civilização progrediu, regrediu, até

chegar no sistema organizacional mais civilizado e com

maior poder que foi o Grande Império Romano.

A partir da desorganização do Império Romano, o

poder passou a ser exclusivo do binômio Igreja-Reinados.

Onde a Igreja legislava e promovia a Justiça, e o Reinado

executava o necessário para proteção de suas fronteiras, e

da paz dentro delas. A administração do reinado era divido

entre os parentes ou protegidos dos Reis. Era o sistema

feudal. A Idade das Trevas.

As grandes bibliotecas e o conhecimento eram

privativos da Igreja Católica Apostólica Romana, a maior

da época, no mundo mais civilizado de então: a ilha da Grã

-Bretanha e sua vizinha de canal, a França. Portanto,

existiam duas grandes organizações estatais. A Igreja e o

Reinado, e ambas precisavam para sua existência de

trabalhos coletivos. Lembremo-nos que nesta época, a

vida se reduzira a pequenas povoações. As grandes

cidades que existiram no Império Romano, já há muito

eram ruinas. As da Grécia, ou do Egito, então, foram ser

descobertas muitos séculos depois.

Estávamos por cerca do século X. Havia mais de 500

anos que o Grande Império Romano falira. A Igreja

Católica herdara algumas de suas características, e hoje

ainda existe o Sacro Império Romano, com sede no

Vaticano, confundindo-se com a sede da maior religião.

Os lavradores, plantadores, criadores e artesãos,

acercavam-se dos castelos dos Duques, dos Condes, dos

Barões e mesmo dos Reis, para prestarem-lhes os

necessários serviços, e proverem-lhes os materiais e

provisões para uma vida no máximo confortável possível.

Estes homens viviam em cabanas de pau a pique e sapê.

Existia, porém, uma classe de homens diferenciada.

Que viviam separados dos demais, e transmitiam seus

conhecimentos de lábio a ouvido, apenas aos que eram

iniciados naquela corporação. Eram nômades, viviam em

grupos e iam viver onde houvesse trabalho para eles.

Eram as chamadas guildas de maçons.

Homens rudes, até pela natureza do seu trabalho

pesado, porém detentores de conhecimentos e sabiam

trabalhar na pedra, daí o nome. Maçom em francês,

Mason em inglês e Maurer em alemão, é pedreiro. Eles

detinham os conhecimentos técnicos necessários para

bem desempenhar o seu trabalho. Geologia, astronomia,

matemática, física, química, eram ciências que lhes eram

conhecidas. Saber ler e escrever era uma necessidade. E

trabalhavam a pedra, a madeira e o metal com maestria.

Viviam pelo mundo conhecido de então, construindo

pontes, muralhas, castelos e igrejas. Comungavam entre

si ciência e arte. E viviam traçando seus planos e vivendo

em seus alojamentos. Lodje em inglês, Loje em francês,

Loggia em italiano. Lá dividiam seus conhecimentos,

traçavam seus planos, guardavam seus equipamentos

que aplicavam e usavam nas construções.

Por cerca do século XII existe um documento dando a

clara existência desta corporação. É o Contrato de Milão,

onde um Mestre Maçom, chefe de uma guilda, assina um

contrato com seu cliente, dando prazo, preço e garantia

de uma boa construção. Outro documento, este do século

XIV, o Poema Régius, detalha mais os trabalhos

maçônicos, em forma de poema.

Mas a sociedade vinha mudando. Despacito, mas

constantemente. Gutemberg inventara os tipos móveis,

dando condições para que a imprensa prosperasse.

Martinho Lutero traduzira a Bíblia do Latim para o alemão,

dando condições de que os textos divinos, antes descritos

numa língua já quase morta, fossem entendidos melhor

pelo povo, pelo menos àqueles que sabiam ler, que eram

muito poucos naqueles tempos...

Na Inglaterra Henrique VIII, por paixão a uma francesa,

e necessitando do divórcio negado pela Igreja Católica

com sede na França, cria uma nova Igreja, que não

necessita mais do aval Papal. Antes disto, já se haviam

criado ordens religiosas, que por um motivo ou outro eram

perseguidas pela Igreja Católica oficial, que detinha as leis

BREVE HISTÓRIA DA MAÇONARIA *Irmão Dante Cezar Melo Rostirola

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ojA Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas

Cont.: BREVE HISTÓRIA DA MAÇONARIA

e os juizados, e muitos destes seguidores de ordens ou de

religiões que não seguiam literalmente o que dizia a Igreja

Católica, acabavam esquentando os pés numa fogueira,

por serem hereges. E aí temos vários exemplos.

Talvez a mais conhecida, é a Ordem dos Cavaleiros

Templários, surgida na necessidade de haver um grupo

de guardiões aos peregrinos que por volta do século X, XI,

começaram a ir da Europa até Jerusalém, para cumprir

com um designo religioso, proposto pela Igreja Católica. O

de recuperar o predomínio naquelas terras ao catolicismo.

Na verdade, naqueles tempos, só o primogênito de

uma família de nobres, obtinha os direitos havidos sobre o

feudo de seu pai, isto garantido pela Igreja e pelo Estado.

Os demais membros da família ficavam em segundo

plano, e daí começaram a revoltar-se contra o sistema.

Para diminuir as disputas internas, a Igreja Católica

inventou a história de recuperar o poder em Jerusalém.

Em tempo. Lá em Jerusalém, católicos, judeus,

muçulmanos, viviam muito bem obrigado, e num primeiro

momento não entenderam o que estava acontecendo.

Esta empreitada continuou por quase 300 anos. E as lutas

se afastaram da Europa e concentraram-se do norte da

África até Israel... Saladinos e Cruzados proporcionaram

batalhas épicas, estudadas até hoje.

Com viés comercial e na busca de temperos que

pudessem aplacar o sabor da carne, mal conservada, ao

fim do inverno na Europa, sobrevieram as grandes

viagens. Patrocinadas por Reis e pela Igreja Católica, hoje

concentrada na Europa continental.

Naquela ilha, que dividia o poder com a Europa

continental, haviam se concentrado vários exilados

políticos e religiosos. Lá um homem chamado Cromwell,

depois de uma guerra sangrenta, resolve promover o

povo, para participar do Estado. E cria a Câmara dos

Comuns, que dividia com o Rei, as decisões políticas a

serem tomadas. Isto no século XVII.

O povo já se reunia, secretamente, desde o século

anterior, em tavernas, para discutir como poder-se-ia fazer

para que o homem fosse mais valorizado e se criasse

uma sociedade mais livre, igual e fraterna. A estes

homens simples, artesãos, agricultores, soldados, reuniam

-se a elite pensante de então. Alquimistas, sociólogos,

professores e mesmo nobres. E entre uma jarra de

cerveja e outra, procuravam encontrar uma fórmula para

atingir aquele objetivo.

Resolveu-se então melhor estudar aquela organização

de trabalho coletivo, aquela ONG, que corporativamente,

defendia seus interesses, tal qual hoje um sindicato, nos

dias de hoje, e que tinha livre passe por todo o mundo

civilizado, por deterem um conhecimento privilegiado: as

técnicas para construção em pedra. Esta corporação era a

Maçonaria Operativa, que servia tanto ao Estado, como a

Igreja, construindo maravilhosas obras de arte em pedra,

metal, madeira e cerâmica. As catedrais góticas são prova

de que a Maçonaria dividia ciência e arte. Muitas das

técnicas, advindas daquele convívio com outros povos,

que a Igreja proporcionara quando inventou as Cruzadas.

Um grande incêndio em Londres em meados do século

XVII, pela grande demanda de serviço, fez com que várias

guildas maçônicas se deslocassem para lá. E aproximou

ainda mais os cidadãos mais iluminados daqueles

técnicos, e de sua organização.

O primeiro homem não operativo, não pedreiro, que se

sabe ter sido iniciado na Maçonaria, foi um príncipe, no

inicio do século XVII. Surgia aí a Maçonaria Especulativa.

Especular é um sentido subliminar de conseguir-se olhar

através do espelho, enxergando-se verdades que nunca

antes haviam sido vistas e observadas.

A Maçonaria Especulativa copiou algumas

características da sua homônima. A Maçonaria Operativa

seguia seu caminho paralelo, até que a industrialização, a

criação de escolas laicas, de novos sistemas de governo,

tornou-a obsoleta. Ainda hoje, existe na França uma

corruptela daquela velha escola, que é o “Les

Compagnoles”, um sistema de ensino entre Mestre e

Aprendiz, no ramo da marcenaria.

Devido a novidade, e seu objetivo, várias Lojas foram

sendo formadas, na ilha e no continente. A Maçonaria

Especulativa prosperava, e aceitava em seu seio vários

pensadores, de várias correntes doutrinárias. Eram livres-

pensadores, que desejavam distribuir o conhecimento, e

fugir das amarras dogmáticas da Igreja Católica.

No dia 24 de junho de 1717, quatro Lojas londrinas

resolveram centralizar suas decisões e organizações, e

criaram a Grande Loja de Londres, a quem as Lojas a si

filiadas, deveriam obediência. Criou-se então, o sistema

Obediencial. Esta Grade Loja se auto proclamava como

sendo a primeira Grande Loja Universal.

Logo os maçons sediados em York, próximo à Londres,

reivindicaram a si o título, pois acreditavam serem mais

antigos que os de Londres. Enfim, Desaguilers, um

cavaleiro inglês de origem francesa, e o terceiro Grão-

Mestre da primaz Potência Maçônica, resolveu a questão,

fundindo as organizações maçônicas de York e de

açônica Página 10

Informativo CHICO DA BOTICA

- Ano 13 Edição 112 - 31 Jul 2017 -

ojA Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas

Londres, criando a UGLE, United Grand Lodge of

England, ou GLUI, Grande Loja Unida da Inglaterra, que

até hoje se auto proclama Grande Loja Mãe da Maçonaria

Universal...

A Maçonaria que conhecemos hoje deve muito a

Desaguilers e seus parceiros, como o pastor James

Anderson, que fez por encomenda daquele, a Constituição

de Anderson, onde são citados os objetivos, práticas e

princípios da Maçonaria, que a esta época, já atravessara

o Canal da Mancha e se espalhara pelo continente.

A Maçonaria inglesa tinha como seu escopo maior, o

aperfeiçoamento individual do homem nela iniciado,

enquanto que a Maçonaria francesa, além do

aperfeiçoamento individual, propalava o trabalho coletivo

dos maçons junto à sociedade onde estavam envolvidos.

Tinha um aspecto mais político do que a Inglesa. E foi na

França, que se criou o sistema administrativo maçônico

Grande Oriente.

As Lojas que se filiavam a este sistema deveriam

obediência não a um Grão-Mestre escolhido entre seus

pares, e que normalmente eram duplos filiados na Real

Sociedade Científica de Londres.

No sistema francês, bolaram uma República, revivendo

os estudos de Platão. Três Poderes constituídos e

escolhidos por sufrágio de todos os sócios. Executivo,

Legislativo e Judiciário. Individuais e harmônicos entre si,

um respeitando o limite do outro. Com este sistema,

propalaram a República, pelo mundo conhecido de então,

incluindo aí, as colônias de além-mar... E o status quo do

Poder sobre a Terra mudou.

Aqui no Brasil, cerca do final do século XVII, início do

século XVIII, aportou a Maçonaria, mais fortemente

quando, fugidio da ocupação napoleônica em Portugal, D.

João VI veio para cá, trazendo entre seu séquito vários

maçons. Documentalmente, porque existem ilações

anteriores, a primeira Loja brasileira foi a Reunião, filiada

ao Grande Oriente Lusitano. Dela, existem balaústres

datados de 1801. Entre marchas e contramarchas, em

1831, cria-se o Grande Oriente do Brasil.

E a vida continua. Até que por volta de 1890 e poucos,

estouram revoluções pelo país, entre monarquistas e

republicanos. E nos dois lados existiam maçons.... Há, em

virtude disto, uma quebra na unicidade do GOB, e criam-

se vários Grandes Orientes Estaduais Independentes. O

GORGS, no RGS, foi fundado em setembro de 1893.

Acalmadas as pendengas, a Maçonaria brasileira volta a

ser uma e vários Grandes Orientes Estaduais

Independentes voltam a se fundir com o GOB.

O GORGS, até devido à característica

emancipacionista do gaúcho, permanece de colunas

erguidas, fazendo, entretanto, vários Tratados com o GOB.

No sistema GOB, a Potência Maçônica é o Poder Central,

normalmente sediado na capital do Brasil, enquanto que

nos estados existe uma espécie de franquia, que, porém,

são obedientes as decisões do Poder Central. Aqui no

RGS, hoje, existe uma cuja sigla é GOB-RS.

Em 1927, com a dúvida de uma suspeita de fraude nas

eleições ao Grão Mestrado do GOB, um irmão, Mário

Behring, que era o Secretário e candidato ao Grão

Mestrado, e que se achou lesado, funda um novo sistema

maçônico no Brasil. Saliento. Novo sistema no Brasil. As

Grandes Lojas Estaduais Independentes, como já o eram

as Grandes Lojas dos EUA. E ambas os sistemas, ora de

bico, ora par e passo, mas nunca fundidos, continuam

seus trabalhos pelo Brasil afora.

O sistema Grande Loja, aqui no Rio Grande do Sul, foi

criado em 1928, com a fundação da Grande Loja Maçônica

do RGS.

Até 1930, por seus membros, a Maçonaria é presente

no governo federal, sendo influente na sociedade e

detendo a presidência da República desde sua instauração

no país, em 1889. Vem o Estado Novo.

A Maçonaria brasileira fica latente durante o Estado

Novo, menos em São Borja. Lá o pai de Getúlio Vargas, o

Ditador do povo, nosso irmão Manoel Vargas apregoa na

Luz Invisível: “-O Getulinho manda no Brasil, aqui mando

eu! ”, e nunca a maçonaria são-borjense trabalhou às

escondidas, ou abateu colunas.

Em 1959, no Colégio de Grãos Mestres das Grandes

Lojas, que acontecia em Florianópolis, data-se o Dia do

Maçom, em 20 de agosto (isto é outra história) e em 1965

cria-se a CMSB, Confederação da Maçonaria Simbólica do

Brasil, onde se confederam as Grandes Lojas Estaduais. É

uma confederação, não uma Potência. Cada Grande Loja

é uma Potência individual e soberana.

Tudo ia bem, até que em 1973, nova eleição e

desconfianças acontecem, e se recria, no Brasil, o sistema

Grandes Orientes Estaduais Independentes. Em tudo uma

cópia do GOB, porém, cada um, tal qual nas Grandes

Lojas, uma Potência, individual e soberana. Em 1991,

estas Potências criam a COMAB, Confederação Maçônica

do Brasil, onde os Grandes Orientes Estaduais

Independentes se confederam. Uma confederação e não

uma Potência.

Cont.: BREVE HISTÓRIA DA MAÇONARIA

açônica Página 11

Informativo CHICO DA BOTICA

- Ano 13 Edição 112 - 31 Jul 2017 -

ojA Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas

E assim os três sistemas maçônicos coexistem no

Brasil, no que se diferencia da maioria dos demais países

onde existe Maçonaria. O GOB, as Grandes Lojas

Estaduais que se confederam na CMSB e os Grandes

Orientes Estaduais que se confederam na COMAB.

Importante citar que a 8 de dezembro de 1998, assinou

-se aqui no RGS, um Tratado de Mútuo Socorro e

Fraterna Amizade, entre as duas Potências e a

Obediência aqui existentes. Isto deu causa a criação de

um movimento chamado MURGS, Maçonaria Unida do

RGS, e durante muitos anos, trabalhou-se unidos,

fraternalmente, tanto na planície, quanto nos altos

escalões. O dia da assinatura do Tratado foi a origem do

Dia do Maçom Gaúcho, existente no calendário oficial do

governo do estado do Rio Grande do Sul, desde 2005.

Por volta do ano 2006 ou 2007, a CMI, Confederação

Maçônica Interamericana, organização maçônica que

confedera as Potências de língua espanhola da América e

as Grandes Lojas Estaduais Norte-Americanas, aporta no

Brasil, e aí se depara com os três sistemas maçônicos

brasileiros.

O GOB foi aceito direto. Algumas Grandes Lojas

Estaduais, por terem tratados com as Grandes Lojas norte

-americanas também. Depois de algumas negociações,

alguns Grandes Orientes Estaduais também o foram.

Quatro, a bem da verdade. O GORGS, o GOSC, o GOP e

o GOMT. Outros Grandes Orientes Estaduais e algumas

poucas Grandes Lojas, que ainda não possuem assento

na CMI, buscam este objetivo.

Mas com esta inclusão de várias Grandes Lojas, e dos

Grandes Orientes na CMI, criou-se um embaraço com o

GOB, a maior e mais antiga Potência brasileira. É que

cada Potência tem direito a uma cadeira, um voto, na CMI,

e o GOB, de acordo com seu sistema fica prejudicado e

este fato acabou por acirrar os ânimos entre as Potências.

Daí o Ato recente do Grão-Mestre Geral do GOB proibindo

a intervisitação entre os obreiros do GOB e dos Grandes

Orientes Estaduais Independentes.

A CMI que existe desde 1947, recentemente ganhou

uma parceira. Ano passado, alguns países da América do

Sul, fundaram a COMASA, Confederação Maçônica Sul-

Americana, onde cada país tem uma cadeira. Ainda não

se sabe como irá acontecer para a filiação do Brasil nesta

confederação.

Enfim, todas as corporações maçônicas têm seus

objetivos próprios e foram criadas por homens. Maçons

sim, mas homens. Com suas virtudes e seus defeitos...

Cont.: BREVE HISTÓRIA DA MAÇONARIA

E assim “la nave vá”. A Sublime Instituição, com seus

princípios e ideais justos e perfeitos completando 300 anos

desde a criação do sistema Obediencial, e ainda buscando

seus objetivos primordiais de construir uma sociedade que

valoriza o homem, e onde se possa viver com Igualdade,

liberdade e fraternidade, à glória do Grande Arquiteto do

Universo.

*Irmão Dante Cezar Melo Rostirola

Membro Efetivo da Loja

“Francisco Xavier Ferreira de

Pesquisas Maçônicas” -

A “Chico da Botica”

São Leopoldo, 24 de julho de 2017.

Quatorze de julho é poesia

Sobre justo sentimento Marco perfeito esse dia

Contra heresia o evento

Um princípio que inebria Vital e que trouxe alento

Por bons homens, à porfia, Com igualdade e talento

Com força e valentia

Face inefável argumento

Contra infame tirania

Que o livre pedreiro atento

Da Liberdade pois, guia, Honra...LIVRE PENSAMENTO !

Adilson Zotovici

ARLS Chequer Nassif-169

14 DE JULHO

*Irmão Adilson Zotovici

açônica

Templo : Leonello Paulo Paludo

Centro Templário - 3º andar

Rua Aureliano de Figueiredo Pinto, 945

Dia da Oficina: 3º Sábado de cada mês Hora: 10:00 h

AUG :. RESP :. LOJ :.

“FRANCISCO XAVIER FERREIRA

DE PESQUISAS MAÇÔNICAS”

JURISDICIONADA AO GORGS

Página 12

Informativo CHICO DA BOTICA

- Ano 13 Edição 112 - 31 Jul 2017 -

Informativo Virtual Destaca:

NOTÍCIAS RAPIDINHAS DA CHICO

Instalação e Posse da Nova Diretoria Eleita para a Gestão 2017-2019 - data 22 de julho de 2017

Organização

1. REUNIÃO DA CHICO DA BOTICA

No dia 22 de julho de 2017, sábado, as 10:00h, ocorreu a Instalação e Posse do Venerável Mestre da Chico da Botica, tendo por local o Templo Leonello Paulo Paludo, Centro Templário - 3º andar, na Rua Aureliano de Figueiredo Pinto, 945. O Conselho de Mestres Instalados, nomeada pelo Ato 11.172/2017 estava assim constituído: Presidente - João Lauro Desidério Alves 1º Vigilante - Cesar Volnei da Luz Gomes 2º Vigilante - Daniel Vargas de Farias M. Cerimônias – Marco Antonio Perottoni Guarda do Templo – Luiz Antonio Dal Corso

O Irmão - Afrânio Marques Correa, um dos Membros fundadores da Loja, assume o encargo de conduzir os destinos nos próximos 24 meses, Gestão 2017/2019 com os seguintes Irmãos:

1º Vigilante - Francisco Roberto de Oliveira 2º Vigilante - Edmundo Valle Jr. Orador - Cesar Volnei da Luz Gomes Secretário – Marco Antonio Perottoni Tesoureiro - João Lauro Desidério Alves.

2. ATIVIDADES COMEMORATIVAS

Atividades para as comemorações do 22º aniversário da Chico, com a Palestra abaixo descrita, tem sua confirmação com seu ilustre palestrante como segue: Data: 18 de novembro de 2017 Tema: FÍSICA E ESPIRITUALIDADE. Palestrante: Prof. Dr. João Bernardes da Rocha Filho (currículo apresentamos na Edição 110 da Chico)

3. PUBLICAÇÕES NA CHICO DA BOTICA

Contatar:

- Marco Antonio Perottoni - e-mail: [email protected] - Artêmio Gelci Hoffmann - e-mail: [email protected]

Obs.: textos publicados são de inteira

responsabilidade dos seus autores