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A ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL DE ESCRITÓRIOS ESTUDO DE CASO DA SEDE DO IBGE MARIANGELA DE MOURA Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós- graduação em Arquitetura, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Mestre em Ciências em Arquitetura, área de concentração - Sustentabilidade, Conforto Ambiental e Eficiência Energética. Prof. Aldo Carlos de Moura Gonçalves. (D.Sc) Orientador Profª. Maria Maia Porto (D.Sc) Co-Orientadora Rio de Janeiro Fevereiro de 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO PROARQ - Programa de Pós-Graduação em Arquitetura

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A ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL DE ESCRITÓRIOSESTUDO DE CASO DA SEDE DO IBGE

MARIANGELA DE MOURA

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-

graduação em Arquitetura, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo,

da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos

requisitos necessários à obtenção do título de Mestre em Ciências

em Arquitetura, área de concentração - Sustentabilidade, Conforto

Ambiental e Efi ciência Energética.

Prof. Aldo Carlos de Moura Gonçalves. (D.Sc) Orientador

Profª. Maria Maia Porto (D.Sc) Co-Orientadora

Rio de JaneiroFevereiro de 2008

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIROFACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

PROARQ - Programa de Pós-Graduação em Arquitetura

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A ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL DE ESCRITÓRIOSESTUDO DE CASO DA SEDE DO IBGE

MARIANGELA DE MOURA

Prof. Aldo Carlos de Moura Gonçalves. (D.Sc.)Orientador

Profª. Maria Maia Porto (D.Sc.) Co-Orientadora

Dissertação de Mestrado submetida ao Programa de Pós-graduação em Arquitetura, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Mestre em Ciências em Arquitetura, área

de concentração - Sustentabilidade, Conforto Ambiental e Efi ciência Energética..

Aprovada por:

_______________________________Presidente, Prof. Aldo Carlos de Moura Gonçalves. (D.Sc.)

_______________________________

Profª. Maria Maia Porto (D.Sc.) Co-Orientadora

_______________________________Prof. Paulo Afonso Rheingantz (D.Sc.)

_______________________________

Profª. Ingrid Chagas Leite da Fonseca (D.Sc.)

Rio de JaneiroFevereiro de 2008

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Moura, Mariangela de

Iluminação artifi cial de escritórios: Estudo de caso da Sede do IBGE/ Mariangela de Moura -Rio de Janeiro: UFRJ/FAU, 2008.

237f.: il; 29,7 cm

Orientador: Aldo carlos de Moura Gonçalves

Co-Orientadora: Maria Maia Porto

Dissertação (Mestrado) - UFRJ/PROARC/ Programa de Pós-graduação em Arquitetura,2008.

Referências Bibliográfi cas: f160-174

1.Iluminação. 2.Escritórios. Efi ciência Energética. Conforto Luminoso. IBGE. I. Gonçalves, Aldo Carlos de Moura, Porto, Maria Maia. II. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Programa de Pós-graduação em Arquitetura. III. Título.

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DEDICATÓRIA

Meu sincero agradecimento a todos que contribuíram para

elaboração desta dissertação.

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Mariangela de Moura

A ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL DE ESCRITÓRIOSESTUDO DE CASO DA SEDE DO IBGE

MARIANGELA DE MOURA

Prof. Aldo Carlos de Moura Gonçalves. (D.Sc.)Orientador

Profª. Maria Maia Porto (D.Sc.) CO-Orientadora

A luz é a primeira e mais importante experiência visual do ser humano. Explorar a luz foi, desde os primeiros estudos de Arquitetura, uma das principais atividades desta área do conhecimento. Cor e luz se interligam na composição dos ambientes, interagindo sobre os materiais utilizados em cada projeto e sobre as pessoas que circulam nos espaços. Por tal relevância, a iluminação é o tema deste estudo, com foco sobre a iluminação de escritórios, temática aprofundada em uma pesquisa de campo, realizada nos escritórios do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística. A partir de referenciais teóricos coletados em pesquisa bibliográfi ca, o estudo aborda a evolução da iluminação na Arquitetura corporativa, e sua valorização como componente fundamental das edifi cações ao longo do século XX. Relata as primeiras concepções de iluminação em ambientes indoor, as modifi cações ocorridas nos escritórios com a introdução da informática no ambiente de trabalho e os conceitos atuais, de efi ciência energética, bem-estar, e conforto visual. O estudo de caso parte de uma Avaliação Pós-Ocupação – APO, como método de investigação sobre a iluminação dos escritórios do IBGE, e utiliza-se de questionário como ferramenta diagnóstica. Procede-se a um projeto de reforma, cuja proposta pretende melhorar as condições de iluminação na execução de tarefas, levando em conta diretrizes técnicas, conforto e bem-estar dos usuários da instituição, além de elaborar recomendações para projetos futuros de iluminação neste segmento específi co.

Palavras-chave: iluminação de escritórios; efi ciência energética; conforto luminoso; IBGE.

Rio de JaneiroFevereiro 2008

RESUMO

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Mariangela de Moura

ABSTRACT

THE LIGHTING ARTICIAL IN OFFICESSTUDY OF CASE TO THE CENTRAL OFFICE OF IBGE

MARIANGELA DE MOURA

Abstract from the Master’s Thesis submitted to the Post-graduate Program in Architecture, School of Architecture and Urbanism, of the Federal University of Rio de Janeiro - UFRJ, as part of the requirements needed to obtain the title of Master of Science in Architecture.

The light is the fi rst and most important visual experience of human being. Explore the light was in the fi rst studies of Architecture one of the main activities of this area of knowledge. Color and light are interconnect in the composition of environments, interacting on materials used in each project and the people moving in space. For such relevance, the lighting is the subject of this study, focusing on the lighting of offi ces, thematic depth in a search conducted at the offi ces of the IBGE - Brazilian Institute of Geography and Statistics. From theoretical benchmarks collected in literature, the study discusses the evolution of the lighting in corporate architecture and its use as a key component of the buildings along the twentieth century. Report the fi rst conceptions of lighting in indoor environments, the changes in offi ces with the introduction of computers in the work environment and the emerging concepts of energy effi ciency, welfare and visual comfort. The case study parts from a Post-Evaluation Occupational as a method of research on the lighting of the offi ces of IBGE and uses a diagnostic questionnaire as a tool. Proceed to a draft reform proposal which seeks to improve the conditions of illumination in the execution of tasks, taking into account technical guidelines, comfort and welfare of users of the institution, and prepare recommendations for future projects of lighting in this particular segment.

Keywords: lighting of offi ces, energy effi ciency, comfort bright; IBGE.

Rio de JaneiroFevereiro 2008

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Ficha catalográfi ca Dedicatória

Resumo em português

Resumo em inglês

Sumário

Lista de Figuras

Tabelas

INTRODUÇÃO

CAPÍTULO 1

EVOLUÇÃO DA ARQUITETURA E DA ILUMINAÇÃO EMAMBIENTES DE ESCRITÓRIO

1.1. A Evolução da Iluminação na Arquitetura

1.2. Arquitetura de Escritórios

1.3. Histórico da Arquitetura Corporativa do Centro do Rio de Janeiro

CAPÍTULO 2

ASPECTOS DA ARQUITETURA DE ESCRITÓRIOSEM FINS DO SÉCULO XX

2.1. Introdução da Informática no Ambiente de Trabalho

2.2. A Racionalização do Uso de Energia – conceitos de efi ciência energética

2.3. Equipamentos de Iluminação para Escritórios

CAPÍTULO 3

ILUMINAÇÃO E CONFORTO VISUAL EM ESCRITÓRIOS

3.1. Bem-Estar, Conforto Ambiental e Conforto Visual

3.2. Iluminação Natural e Iluminação Artifi cial

3.3. A Iluminação Artifi cial nos Projetos de Escritórios

3.3.1. Lâmpadas

3.3.2. Equipamentos – Reatores e Transformadores

3.3.3. Luminárias

3.3.4. O controle da Iluminação

SUMÁRIO

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CAPÍTULO 4ESTUDO DE CASO

4.1. Os Escritórios do IBGE

4.1.1. Metodologia – Desenvolvimento da Pesquisa

4.1.2. Levantamento e coleta de dados

4.1.3. Levantamento e medições

4.1.4. Questionários - avaliação dos Usuários

4.2. Projeto de Iluminação

CAPÍTULO 5

RECOMENDAÇÕES PARA UM PROJETO DE ILUMINAÇÃO DE ESCRITÓRIOS

5.1. Diferentes tipos de iluminação

5.2. Ambientes agradáveis e funcionalidade

CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANEXOS

ANEXO I - Questionários - Aplicados aos servidores

ANEXO II - Formulário do walkthrough realizado no IBGE

ANEXO III - Cálculos luminotécnicos

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LISTA DE FIGURAS

1 Larkin Building, Buffalo,NY, Frank Lloyd Wright,1906. 282 Janela criada pela Escola de Chicago - Fonte: Essencial Architecture, 2007. 293 Home Insurance Company Building - Fonte: Britannica, 2007 304 Carson, Pirie, Scot Et Company Building - Fonte: Schittich, 2001. 305 Projeto da Chicago, Tribune, Walter Gropius, 1922 - Fonte: Argan, 2005. 316 Seagram Building, Mies Van Der Rohe, 1958 - Fonte: Bachmann et all, 2001. 327 Lever House, Gordon Bunshaft, 1952 - Fonte: Greatbuldings, 2007. 378 Edifício Pirelli, Gió Ponti, 1960 - Fonte: Serapião, 2005. 389 The Pan Am Building, Gropius e Belluschi, 1963 - Fonte: STERN et all, 1995. 3910 The Pan Am Building, Gropius e Belluschi, 1963 - Fonte: STERN et all, 1995 3911 MES, Lúcio Costa, 1944, Iluminação Interior - Fonte: KON, 2007. 4212 MES, Lúcio Costa, 1944, Fachada Sul - Fonte: KON, 2007. 4213 MES, Lúcio Costa, 1944, Pilotis - Fonte: KON, 2007. 4214 MES, Lúcio Costa, 1944,Fachada Norte - Fonte: VITRUVIUS, 2007. 4215 ABI, Marcelo e Milton Roberto, 1938 - Fonte: IPHAN, 2007. 4416 ABI, Marcelo e Milton Roberto, 1938 - Fonte: IPHAN, 2007. 4417 Prédios de escritórios, M.M.M. Roberto - Fonte: COMAS 2007. 4418 Prédios de escritórios, M.M.M. Roberto - Fonte: COMAS 2007. 4419 Prédios de escritórios, M.M.M. Roberto - Fonte: COMAS 2007. 4420 Edifício Seguradoras e Edifício Marques de Herval - Fonte: ACOWEB, 2007 4521 Edifício Seguradoras e Edifício Marques de Herval - Fonte: ACOWEB, 2007. 4522 Prédio da Petrobrás, 1972 - Fonte: TRAVEL-IMAGES.COM, 2007. 4723 BNH, 1973 - Fonte: MOREIRA E ANDRÉ, 2207. 4824 BNH, 1973 - Fonte: MOREIRA E ANDRÉ, 2207. 4825 Prédio do BNDES, 1974 - Fonte: MOREIRA E ANDRÉ, 2007. 4926 Prédio do BNDES, 1974 - Fonte: MOREIRA E ANDRÉ, 2007. 4927 Esquema de Ofuscamento no Trabalho com Computador - Fonte:IIDA, 2005. 57

28 Iluminação correta para Trabalho com Computador - Fonte: GRANDJEAN, 1998. 57

29 Ambiente de Escritório com Uso de Computador - Fonte: SILVA, 2005. 5830 Etiqueta de Efi ciência Energética - Fonte: PROCEL, 2005. 6731 Programa do Selo - Fonte: ZIMMERMAN, 2006. 67

32 Relação entre iluminação e produtividade no trabalho - Fonte: PHILIPS, 2004. 68

33 Sistemas de Iluminação no Ambiente de Trabalho - Fonte: IIDA, 2005. 7034 Ciclo de Vida da Edifi cação - Fonte: LAMBERTS e Tavares, 2005. 8035 Vista Aérea da situação dos prédios 146 e 166 – Fonte: site google, 2008 102

36 Planta de situação dos prédios 146 e 166 – Fonte: IBGE - Serviço de engenharia, 2006 103

37 Fachada da frente do prédio do IBGE – vista geral – número 166 (2006) - Fonte: Fotos do autor, 2006. 103

38 Fachada da frente do prédio do IBGE – vista geral – número 166 (2006) - Fonte: Fotos do autor, 2006. 103

39 Janela dos prédios 146 e 166 - Vista externa das janelas do prédio 146 - Fonte: Fotos do autor, 2006. 104

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LISTA DE FIGURAS

40 Janela dos prédios 146 e 166 - Vista interna da janela do prédio 146 - 8°andar - Fonte: Fotos do autor, 2006. 104

41 Planta baixa dos prédios 166 e 146 – Fonte: IBGE – Serviço de Engenharia,2006 105

42 Fachada Av. Franklin Roosevelt – Frente - Fonte: IBGE - Serviço de engenharia, 2006 106

43 Fachada Praça Virgilio de Melo Franco - Fundos- Fonte: IBGE - Serviço de engenharia, 2006. 106

44 Proposta atual da fachada da frente. 10845 Proposta atual da fachada dos fundos. 10846 Planta do andar padrão – Fonte: IBGE, 2006 11047 Vista externa através da janela – Fonte: Autor, 2007 11448 Visão do ambiente, 2005/2006 – Fonte: Autor, 2006 11549 Detalhamento das Luminárias - Fonte: Autor, 2007. 11750 Detalhamento das Luminárias - Fonte: Autor, 2007. 117

51 Detalhamento da iluminação Mesas - com iluminação natural - Fonte: Autor, 2007. 117

52 Detalhamento da iluminação - com iluminação natural e artifi cial - Fonte: Autor, 2007. 117

53 Luminárias dos postos de trabalho - Fonte: Autor, 2007. 11854 Luminárias dos postos de trabalho - Fonte: Autor, 2007. 11855 Processo de modifi cação das janelas - Fonte: Autor, 2007. 11956 Processo de modifi cação das janelas - Fonte: Autor, 2007. 11957 Estação de trabalho e janela - Sala 802-A - Fonte: Autor, 2007. 12158 Estação de trabalho e janela - Sala 802-A - Fonte: Autor, 2007. 12159 Divisórias e luminárias - Sala 802 B - Fonte: Autor, 2007. 12260 Divisórias e luminárias - Sala 802 B - Fonte: Autor, 2007. 12261 Luminárias - Sala 802 C - Fonte: Autor; 2007. 12362 Luminárias - Sala 802 C - Fonte: Autor; 2007. 12363 Luminárias - Sala 801 A - Fonte: Autor; 2007. 12464 Luminárias - Sala 801 A - Fonte: Autor; 2007. 12465 Modifi cações - Sala 801 B - Fonte: Autor, 2007. 12566 Modifi cações - Sala 801 B - Fonte: Autor, 2007. 12567 Modifi cações - Sala 801 B - Fonte: Autor, 2007. 12568 Modifi cações - Sala 801 B - Fonte: Autor, 2007. 12569 Planta de levantamento das luminárias existentes no 8° andar. 12870 Gráfi co 01 - Faixa etária dos servidores 13071 Gráfi co 02 - Iluminação geral e da mesa de trabalho 13172 Gráfi co 03 - Ofuscamento no trabalho com computador 13273 Planta baixa (malha do teto) - Fonte: Autor, 2008 13774 Exemplo de luminária no Frame da Lumini - Fonte: site lumini, 2008 13875 Planta de iluminação - 8ºandar - Fonte: Autor, 2008 14076 Planta de iluminação – 10º andar - Presidência - Fonte: Autor, 2008 143

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TABELAS

Tabela 01 Principais barreiras a projetos de efi ciência energética no Brasil – Fonte: Zimmerman, 2006 65

Tabela 02 Classifi cação das luminárias segundo a CIE – Fonte: Luz J. M. da Luminotécnica, 2002 97

Tabela 03 Levantamento das iluminâncias - Fonte: Autor, 2007 127Tabela 04 Luminárias especifi cadas - Fonte: Autor, 2008 141

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Mariangela de Moura

INTRODUÇÃO

No contexto do meio ambiente artifi cial, construído e produzido pela ação do

homem, tem-se o meio ambiente do trabalho, que se refere ao local onde as pessoas

exercem suas atividades laborais. Constituído por bens, instrumentos e meios de

natureza material e imaterial, o meio ambiente de trabalho envolve as instalações

físicas – ventilação, ruídos, iluminação, mobiliário e maquinário – em face das quais

é possível atingir-se a uma ambiência satisfatória para o bom desenvolvimento da

prestação de um determinado serviço.

É preciso que se leve em consideração a necessidade da interação do indivíduo, como

parte ativa e reguladora junto à economia global; e que isso, cada vez mais, é fato

comprovado por levantamentos efetuados, dentro de cada empresa de crescimento

signifi cativo que favoreça ao engajamento entre pessoas, e onde prevaleça o

binômio homem/meio, a cada jornada de trabalho.

Nos últimos anos, com a iminência de novos parâmetros organizacionais (oriundos da

globalização da economia e conseqüente alta competitividade entre as empresas),

e a emergência de se conferir sustentabilidade ao ambiente construído, o local de

trabalho tornou-se foco de uma revisão conceitual, ampliando-se a necessidade de

otimizá-lo, racionalizá-lo, qualifi cá-lo, e, adaptá-lo às necessidades humanas.

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Mariangela de Moura

O conceito de arquitetura sustentável é assim defi nido:

“[...] A Arquitetura Sustentável é a continuidade mais natural

da Bioclimática, considerando também a integração do edifício

à totalidade do meio ambiente (...) é a arquitetura que quer criar

prédios objetivando aumento da qualidade de vida do ser humano no

ambiente construído (...) consumindo a menor quantidade de energia

compatível com o conforto ambiental[...]”. (CORBELLA & YANNAS,

2003, pp.16-17).

Do ponto de vista da Arquitetura, o ambiente de trabalho tem sido enfatizado

como objeto de estudo, especialmente, após o advento da Revolução Industrial,

quando se multiplicaram as fábricas, as indústrias, e, modernamente, os prédios de

escritórios.

Nesse sentido, em arquitetura, se desevolvem projetos em razão de uma melhor

qualidade de vida. Para atingí-la, destacam-se, contemporaneamente, os projetos

que propiciam um maior conforto e bem-estar das pessoas, e ao conseqüente aumento

dos níveis de desempenho profi ssional, além dos ganhos de produtividade para as

empresas, confi gurando-se este objetivo, em um planejamento mais adequado dos

espaços, da acústica, da temperatura e da iluminação, sendo esta última o objeto

deste estudo.

A iluminação, como elemento fundamental na identifi cação e composição das

imagens, é o fator da percepção visual. A luz oferece variabilidade de sensações e

signifi cados, além de estímulos para alterar as emoções. Assume, por isso, grande

importância no comportamento humano.

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Mariangela de Moura

Em que pese a importância da presença da luz para proporcionar mudanças

signifi cativas ao bem-estar do homem, buscou-se, por meio do estudo de caso,

utilizar novas concepções em iluminação de escritórios, com uso de novas

tecnologias, para melhoria de condições de conforto dos usuários, durante

a jornada de trabalho, quaisquer que sejam as atividades a serem

realizadas.

O objeto escolhido para o desenvolvimento do estudo de caso, um escritório,

onde funciona uma instituição pública - o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografi a e

Estatística), situado na cidade do Rio de Janeiro, Brasil.

O estudo de caso, em questão, trata de adequar informações, conteúdos e

soluções à proposta inicial, de que os ambientes de trabalho são locais que

exigem atenção e concentração para o bom desempenho de suas atividades.

Nesse contexto, o papel da iluminação é determinante, para qualificar o espaço

de trabalho, contribuir para ordená-lo, em que destaque e valorize elementos,

e melhore o estado psicológico e fisiológico dos indivíduos, aliados à sua

satisfação.

A infl uência positiva da iluminação é especialmente cristalizada em projetos

estratégicos, que, estruturados sob um adequado e efi ciente sistema de iluminação,

simultaneamente, levam em conta o ser humano, promovendo seu bem-estar e

conforto visual; fomentam o aumento dos níveis de produtividade; e obedecem aos

princípios de sustentabilidade, na arquitetura, por meio da racionalização no uso de

energia.

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Mariangela de Moura

Problema

Aponta-se como situação-problema a reforma de um ambiente de trabalho, cujas

instalações encontram-se defasadas, para uma melhor condição de conforto

aos trabalhadores desta instituição, isso, aliado à implementação do nível de

produtividade, e, ainda, na busca de soluções, que fazem parte do projeto elaborado

pela pesquisadora.

O projeto de iluminação proposto, especifi camente, para atendimento de

escritórios do IBGE, pretende corresponder às necessidades e demandas dos

indivíduos (funcionais, técnicas, estéticas, sensoriais e psicológicas), e da

instituição estudada (anseio de mudança e disponibilidade econômico-fi nanceira),

levando-se em conta os conceitos de iluminação no ambiente construído,

e à iluminação de escritórios, quais sejam: funcionalidade, voltada para o

desenvolvimento de atividades laborais, consideração dos aspectos estéticos,

ganhos em efi ciência energética, bem-estar e conforto visual das pessoas.

Objetivos

No contexto deste estudo, foi possível elaborar-se objetivos gerais e específi cos, ao

atendimento do que se propõe esta dissertação.

Dentre os objetivos, destacam-se:

1) Estabelecer uma revisão de alguns aspectos teóricos, históricos

e técnicos e uma refl exão sobre escritórios e iluminação artifi cial no

ambiente de trabalho.

2) Analisar um projeto existente no oitavo pavimento do IBGE e

propor soluções pertinentes para o projeto de iluminação, em instalações

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Mariangela de Moura

de escritórios, para fi ns de modernização e melhoria de condições de

trabalho, com vistas a uma melhor produtividade, sob o enfoque do bem-

estar dos indivíduos, com uso de novas tecnologias, quanto aos aspectos:

arquitetônico, e iluminação.

3) Indicar diretrizes para um projeto de iluminação artifi cial em

escritórios.

Para alcançar o proposto, pretende-se traçar um painel refl exivo sobre os novos

aspectos da ambiência de escritórios, que redimensionaram a abordagem clássica sobre

a iluminação no local de trabalho: a disseminação da informática; a racionalização

do uso de energia, e, a observação dos equipamentos de iluminação e das fontes de

luz, no âmbito dos parâmetros estabelecidos no projeto.

Dentro da visão contemporânea da arquitetura, ecológica e sustentável, a pesquisa

tem como objetivo específi co adequar meios e tecnologias em um projeto de reforma

de escritório.

Para tanto, recorre-se a um estudo de campo, nos escritórios do prédio onde funciona

o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística, no Rio de Janeiro, como base

de uma proposta para um projeto de iluminação, e tecer recomendações para a

iluminação de escritórios.

Método de Trabalho

Para atingir os objetivos descritos no corpo da pesquisa, a metodologia escolhida foi

a da pesquisa bibliográfi ca, para assegurar os conceitos, aqui enunciados, no estudo

sobre a luz, o meio ambiente, e, o que resulta do engajamento homem/meio, seja

este um meio interno ou externo, na presença da luz.

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Mariangela de Moura

Segundo Lakatos e Marconi (2003, pp. 83 – 174), todas as ciências se caracterizam

pela formulação de métodos científi cos. Para as autoras, o método científi co é o

conjunto de atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia,

permitem alcançar objetivos, através de conhecimentos válidos e verdadeiros,

traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando nas decisões do

pesquisador.

No entanto, a pesquisa, também se vale de um estudo de caso único (uma forma de

realizar pesquisa empírica), caracterizando-se como uma análise em profundidade,

empreendida em um contexto específi co.

Para tal, um conjunto de instrumentos foram empregados: questionários, observações,

registros fotográfi cos e medições. Importante ressaltar a observação vivenciada ao

longo de 20 anos de trabalho pela pesquisadora no mesmo local

Delimitação do Tema

A abordagem do tema deste estudo é desenvolvida, com base na literatura existente,

no que esta diz respeito aos conteúdos-chave a serem revisados, necessários a uma

correta elaboração conceitual, que permita atingir aos objetivos propostos.

Foi elaborado um estudo de campo sobre a iluminação artifi cial de um ambiente já

construído (os escritórios do IBGE), em que a pesquisa estabelece limites extensionais,

em seu próprio âmbito, e no âmbito da revisão de literatura empregada.

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Mariangela de Moura

Estrutura do Trabalho

No Capítulo 1, é mostrada a evolução da iluminação na Arquitetura. Como a

iluminação natural e artifi cial infl uenciaram os projetos de Arquitetura. O conceito

de iluminação na Arquitetura de escritórios e, de como o ambiente de escritório é

caracterizado, arquitetonicamente. Neste capítulo, também há um breve histórico

da Arquitetura Coorporativa do Centro do Rio de Janeiro.

No Capítulo 2 são apresentados escritórios construídos, em fi ns do século XX. A

introdução de novos parâmetros, como a informática, no ambiente de trabalho, e,

como isso infl uencia no projeto de iluminação para escritórios. No capítulo, também

está presente a importância do conceito de efi ciência energética, e da racionalização

do uso de energia, com o desenvolvimento de novos equipamentos. As luminárias e

as fontes de luz artifi ciais, utilizadas para um projeto de iluminação em escritório;

suas principais características para um melhor aproveitamento, no desenvolvimento

de um projeto, fazem parte da tecnologia indicada .

O Capítulo 3 demonstra a preocupação com o bem-estar pessoal, conforto ambiental

e conforto visual. A importância da iluminação natural ao conforto, e à visão real

das cores. A iluminação natural e iluminação artifi cial. O conceito de iluminação

para ambientes internos; e o melhor aproveitamento desta, para desenvolver-se um

projeto específi co, em escritórios.

No Capítulo 4, observa-se o sistema de iluminação de um escritório, selecionado para

o estudo de caso (IBGE), atualmente, as características das luminárias e das fontes

de luz utilizadas, bem como, os resultados das medições dos níveis de iluminação

com uso de luxímetro. São avaliadas as observações, feitas pelos usuários deste

escritório, por meio de questionários aplicados, com ênfase no funcionamento do

sistema de iluminação. Apresenta-se proposta para um novo projeto de iluminação,

tendo-se realizado cálculos para a escolha de novas luminárias, e fontes de luz de

maior efi ciência.

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Mariangela de Moura

No Capítulo 5, com base nos parâmetros adotados e nos resultados propostos, são

feitas recomendações para um projeto de iluminação do escritório-padrão.

As considerações fi nais são apresentadas em relação ao atendimento dos objetivos

do projeto.

Referências Bibliográfi cas

Anexos: ANEXO I Questionários - Aplicados aos servidores; ANEXO II - Formulário do

walkthrough realizado no IBGE; ANEXO III - Cálculos luminotécnicos

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Mariangela de Moura

CAPÍTULO 1

“Luz é o que se vê e nos faz ver”

(Silva)

Explorar a luz foi um feito dos mais relevantes, desde os primeiros estudos de

arquitetura, sobretudo por se poder tirar partido dos diferentes níveis e efeitos da

iluminação, e de sua interferência na coloração dos ambientes.

Desde as mais rudimentares formas de se conseguir a luz, não só relacionada à visão,

propriamente dita, mas, ao conforto, à satisfação pessoal, muitos séculos separam

o momento atual, dessas formas: as fogueiras de gravetos; as tochas; as velas; as

lamparinas; os candelabros, dentre outros, recursos estes criados, pelo homem, para

sua defesa, e para uma visão mais clara de seu habitat.

Como a luz é a primeira e mais importante experiência visual do ser humano, desde os

primórdios a oposição entre luz e trevas tornou-se a primeira antítese fundamental do

homem. Por força desta antítese, ressaltam-se os aspectos positivos da iluminação.

EVOLUÇÃO DA ARQUITETURA E DA ILUMINAÇÃO EM AMBIENTES DE ESCRITÓRIO

1.1. A Evolução da Iluminação na Arquitetura

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Mariangela de Moura

“[...] Na natureza existe uma infi nidade de ondas eletromagnéticas

que, dependendo de seu comprimento provocam um fenômeno e são

batizados com determinados nomes (...) dentre essas ondas, cuja

grandeza é defi nida como Nanômetro, existe uma determinada faixa,

que se localiza entre 380 e 780 nanômetros – nm – visível ao olho

humano e que leva o nome de LUZ (...) visível ao olho humano[...]”

(SILVA, 2004, p.20).

Foi a partir da Revolução Industrial que o interior das fábricas passou a ser um

espaço da maior importância, não só para o crescimento econômico, mas, para

um novo conceito de indivíduo, do homo industrialis ; tem-se, um conceito de

Arquitetura, na visão de Del Rio (1998), que, “ [...] a Arquitetura se revela como

um dos elementos mais importantes para o projeto industrial e é inserida no estudo

sistemático que se inicia no planejamento[...]”; e, ainda, que, “[...] a visão de

conforto, em respeito ao trabalhador e de sua integração aos sistemas ecológicos, e

estabelecer interações de duas áreas que se tem ocupado com o objeto em questão

- Engenharia de Produção e Arquitetura [...]” (DEL RIO,V, 1998, p.16 ).

Das construções de pequeno porte, como casas, escolas, lojas, de um só pavimento,

o crescimento de tecnologias, a partir da década de 40, século XX, é que se iniciou

a construção de edifi cações, com vários pavimentos; os arranha-céus; os prédios de

apartamentos, substituindo as casas; a preocupação com o formato de janelas, para

melhor aproveitamento da luz natural.

A iluminação adequada a ambientes de trabalho tem sido objeto de estudo, em

arquitetura, nos dias atuais, na medida em que o espaço deve abranger as funções de

produtividade e de bem-estar, e que possam suscitar o crescimento comportamental

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Mariangela de Moura

do indivíduo, como um ser único, em que se integre no trinômio físico/psíquico/

espiritual.

Tal abordagem consta de um estudo realizado por Beatriz Santos de Oliveira (2002),

sobre a Arquitetura por via fenomenológica:

“[....] uma aproximação à Arquitetura pela via fenomenológica,

interrogando-a para compreender o que ela é (...) a instauração de

uma espacialidade no mundo por um corpo polarizado por suas tarefas

(...) uma operação primária que se realiza inaugurando uma ordem (...)

uma atividade no sentido originário de uma atividade transformadora

”[...]”. (OLIVEIRA, 2002, pp.135-142).

Prado (2000 apud Souza, 1961) informa que a boa iluminação oferece uma diversidade

de benefícios e vantagens: fi siológicos, porque facilita a visão, suavizando o

trabalho e diminuindo a fadiga; técnicos, porque possibilita a execução de tarefas

com precisão, aumentando a produção; estéticos, ao embelezar a aparência dos

objetos e das formas; e psicológicos, pois determina a sensação de bem-estar e

segurança.

Uma boa iluminação resulta do acertado agenciamento da luz, feito

de maneira a proporcionar uma aparência correta do objeto exposto

ao nosso olhar, permitindo-nos reconhecê-lo ou identifi cá-lo. Uma

iluminação defi ciente, ao contrário, é aquela que falseia formas, os

contornos e as cores do objeto que vemos, desfi gurando-o ou tornando

difícil identifi cá-lo. (PRADO, 2000, apud SOUZA, 1961, p.4).

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Mariangela de Moura

Para a arquitetura, enquanto arte e técnica de realização de obras como produtos

sociais, específi cos para cada sociedade, foi reservada a elaboração de projetos de

iluminação que buscassem o melhor aproveitamento da luz.

Ambas seriam determinantes para a delimitação de territórios e defi nição de espaços,

bem como para a privacidade, identidade e proteção do ser humano.

Isso se explica, segundo Malard (1993), porque homem e espaço são existencialmente

conectados, constituindo um corpo indivisível; o homem, na condição de ‘ser no

mundo’, tem uma existência espacial.

Nesse sentido, o espaço, como locus da ação humana e, por conseguinte, de

acontecimentos, é um espaço essencialmente arquitetural e ambientalmente

construído, eis que vivenciado no cotidiano e dotado de todos os signifi cados que

a existência humana possui. Os espaços arquitetônicos seriam, então, espaços

signifi cativos por natureza. Malard explica:

A gênesis da arquitetura, sua razão de ser, decorre da espacialidade

inerente ao ser humano. Todas as ações humanas ocorrem no espaço.

Homem e espaço são entidades indissociáveis no mundo, conforme nos

ensina Heidegger. O espaço pertence à essência do ser e incorpora

todas as necessidades, expectativas e desejos que fazem parte da

existência humana. Entender essa relação entre existência e espaço

é fundamental para a compreensão do espaço arquitetônico, pois, na

sua lida no mundo, o sujeito/corpo faz acontecer o evento e produz o

lugar. O processo de criar e modifi car lugares para propósitos sociais

é dinâmico e dialético. As formas arquitetônicas são moldadas na

experiência vivida do espaço e do tempo. (MALARD, 1993, pp 352-

380).

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Mariangela de Moura

Historicamente, desde o início da civilização, a luz natural, aquela decorrente da

disponibilidade da luz na natureza durante o dia, foi relevante para a compreensão

das necessidades humanas, tendo sido uma condição fundamental para a evolução

das edifi cações.

Na Mesopotâmia, a iluminação dos templos era feita por aberturas zenitais ou por

amplas portas, e, ainda, pelas cúpulas, que, em Roma, atingiriam sua maior expressão.

No antigo Egito, os blocos de pedra utilizados para a construção dos templos, de

caráter monumental, eram perfurados para introduzir e fi ltrar a iluminação natural

em seu interior.

Na Grécia, onde já se privilegiava a luz solar da manhã, a iluminação do interior dos

templos era controlada pela defi nição dos espaços entre colunas, que fi ltravam a

incidência luminosa. E na Roma Antiga, a iluminação interior dos grandes monumentos

era feita através das cúpulas, cujo efeito era o refl exo da luz difusa nas paredes.

(PEREIRA, 2006, pp. 1-3).

Até a descoberta da luz elétrica, à noite, as edifi cações eram iluminadas por luz

artifi cial, através da utilização de óleos, azeite e do fogo (em tochas, velas apoiadas

em lucernas de pedra ou cerâmica, castiçais e candelabros e lampiões a gás e

querosene). (BONALI, 2001).

Mascaró (2006) comenta que, na Idade Média, as casas comuns eram mal iluminadas,

servindo-se de pouca ou nenhuma iluminação natural. Já na fase mais avançada

dessa época, meados do século XIII, a arquitetura exploraria signifi cativamente a

luminosidade natural, sobretudo nos castelos, abadias, mosteiros e igrejas, cujas

características de edifi cação são consideradas espetaculares pela autora.

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Mariangela de Moura

Com a ascensão da Igreja Católica e conseqüente proliferação de catedrais, as

edifi cações integrariam imensas e numerosas janelas de mosaicos coloridos com o

uso da iluminação natural e do tratamento dado ao espaço, como refl exo dos estilos

românico e gótico.

Na Renascença européia, a arquitetura buscou suas características na antiguidade

clássica: grandes conjuntos construtivos, seguindo as regras do classicismo, impondo

a hierarquia dos eixos.

No âmbito da projeção da iluminação renascentista, Mascaró (op. cit., s/p) cita as

construções que abriram seus principais aposentos ao sol, com amplas janelas de

vidros transparentes e incolores que permitiam a passagem da luz natural para seu

interior. Os espaços internos eram mais amplos e mais claros nesta época, fazendo

com que a iluminação fosse abundante e tendesse para a homogeneidade.

Com a Revolução Industrial e o surgimento de zonas industriais que se proliferam

pelas cidades, um novo tipo de edifi cação se vislumbra para atender especifi camente

às necessidades de uma produção acelerada no interior das fábricas, como já foi dito

no início do capítulo.

Pevsner comenta que os avanços técnicos da indústria trouxeram a emergência

de uma arquitetura tecnicista, marcada pela utilização de novos materiais e por

construções em ferro e metais variados. A aceitação da tecnologia signifi caria, de

acordo com o autor, “[...] o colapso dos valores estéticos” até então vigentes. [...]”.

(PEVSNER,2001, p.192).

Com o uso de grandes esquadrias metálicas, os edifícios industriais promoveriam

melhor a iluminação lateral (iluminação distribuída longitudinalmente às linhas de

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produção), resultando espaços claros, de melhor qualidade de iluminação natural

em seu interior. Não obstante, a iluminação artifi cial nesta época, em geral, é

considerada pobre, eis que proveniente da iluminação a gás e a querosene.

O fi nal do século XIX veria nascer a iluminação artifi cial generalizada pelo uso

da eletricidade. O efeito da invenção da lâmpada elétrica sobre as edifi cações

revolucionaria os padrões até então adotados, possibilitando a conciliação de sistemas

de luz natural e artifi cial.

Do racionalismo da sociedade industrial, se faria surgir uma arquitetura

eminentemente urbana, conhecida como ‘arquitetura moderna’, ‘modernista’,

ou, ainda, ‘international style’, sua face cultural, cuja fi nalidade arquitetônica

foi integrar as duas partes nas quais se dividiu: a edifi cação propriamente dita e

aquela referente aos materiais de construção, gerando novos aspectos tecnológicos

e estéticos.

Medrano (2006) explica que, a arquitetura ‘revolucionária’ dos primórdios do

movimento modernista, por negar referências históricas, buscou valorizar a

necessidade do progresso do homem e acompanhar a evolução do capitalismo,

sendo compreendida “[...]como resultado das transformações das idéias e não como

evolução das formas ou das técnicas [...]”. (MEDRANO, 2006, s/p).

O projeto moderno, indissociável da proposta de formação de uma nova sociedade,

teria enfoque no funcionalismo (do qual a forma, projetada com autonomia, era

considerada mera decorrência) como princípio estético predominante na primeira

metade do século.

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Em 1871, um grande incêndio praticamente destruiria Chicago. Na reconstrução

da cidade norte-americana, novas técnicas construtivas foram utilizadas, com

grande amplitude do ferro e do aço no padrão estrutural dos prédios, propiciando o

desenvolvimento da construção em altura, os arranha-céus.1 De acordo com Medrano

(2006), o ferro e o aço, materiais originalmente utilizados nas fábricas, serviram para

minimizar riscos de incêndio e eram, então, de “relativa abundância nos Estados

Unidos”.

Por tal inovação e arrojo arquitetônico, sobretudo nos arranha-céus comerciais e

de escritórios, os projetistas da reconstrução da cidade seriam reconhecidos como

a Escola de Chicago, vindo a exercer grande infl uência em futuras edifi cações nos

Estados Unidos e Europa.

Para Pevsner (op cit, pp. 38 – 149),

A importância da Escola de Chicago é tripla. Encara-se, com mente aberta, a tarefa de construir edifícios comerciais, e encontra-se a melhor solução em termos funcionais. Surgiu uma técnica de construção não-tradicional para preencher as necessidades do trabalho, e ela foi imediatamente aceita.

A inovação material nas estruturas das edifi cações e a concepção espacial e territorial

como unidades de análise da Escola de Chicago propiciaram um novo tratamento

de iluminação. Por exemplo, a idéia de planta-livre alteraria a divisão interna das

edifi cações fazendo surgir grandes espaços onde a luz natural passou a se projetar

com maior incidência.

1 É de se destacar que, após a instalação do primeiro elevador em um prédio de Nova York em 1864, o Haughwout Department

Store, em meados do século XIX, multiplicaram-se as construções de edifícios com mais de oito andares nas grandes cidades norte-americanas. A este evento somou-se o emprego de estruturas prediais de ferro e aço pelos arquitetos da Escola de Chicago, que fi zeram surgir arranha-céus de 10 a 20 andares, com maior resistência à força dos ventos e menor risco de incêndios. In Enciclopédia Britânica. CD-ROM, 1999.

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O Larkin Building, construído entre 1902 e 1906 para abrigar a Larkin Soap

Manufacturing Company, é um exemplo do tratamento de luz desenvolvido por

Wright:

FIGURA 1 – Larkin Building, Buffalo,NY, Frank Lloyd Wright, 1906FONTE: PUBLIC BROADCASTING SERVICE – PBS, 2007.

O tratamento das fachadas prediais, também contribuiria para maior incidência de

luz natural no interior dos prédios, em que, Schittich (2001, pp. 10 – 33) informa que a

mudança na concepção das fachadas externas dos prédios alterou aspectos estéticos,

de proteção e de temperatura, tornando-as mais valorizadas. Nesse sentido, como

uma parte integrante do edifício, passaram a ser projetadas com maior acuidade.

Esse novo olhar sobre a parte externa das edifi cações propiciaria a abertura de

janelas maiores e mais largas, cuja origem é criação da Escola de Chicago, ‘the

Chicago window’. Segundo o autor, utilizou-se o vidro como uma ‘pele’, a separar

o interior da parte externa; a área de abertura desta ‘pele’ variava, de acordo com

as condições externas e o controle de temperatura ambiente; e da menor ou maior

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incidência de iluminação natural. Inicialmente adotadas em armazéns e fábricas, onde

não havia grande preocupação estética, tais janelas foram usadas paulatinamente

em edifícios comerciais, divididas em duas ou três partes. A fi gura abaixo ilustra uma

janela tripartite, consistindo em um painel central fi xo, fl anqueado por duas janelas

laterais menores.

Quanto aos arranha-céus, William le Baron Jenney foi o primeiro arquiteto a construí-

los. Em 1885, projetou em Chicago o Home Insurance Company Building, um edifício

comercial de 10 andares com estrutura interna sustentada por colunas de ferro

fundido e vigas de aço.

Louis Sullivan, um dos primeiros teóricos do funcionalismo (“a forma segue a função”),

ampliaria o uso de ferro e vidro nos edifícios comerciais. O Carson, Pirie, Scott &

Company Building, um armazém construído entre 1899 e 1906, resultaria um prédio

ainda mais leve e transparente, com amplas janelas que marcam o ritmo da fachada

na esquina arredondada. (SCHITTICH, op cit, pp. 46 – 71).

FIGURA 2 – Janela Criada pela Escola de ChicagoFONTE: ESSENCIAL ARCHITECTURE, 2007.

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Gorgulho (1998, p. 45) comenta que no concurso de projetos arquitetônicos para

a construção do edifício que viria abrigar a Chicago Tribune, em 1922, Gropius

(juntamente com Adolf Meyer) evidenciou a comunhão entre suas concepções e as da

Escola de Chicago. As principais características e soluções da escola norte-americana

estavam presentes neste projeto: a ênfase na função; a mesma malha estrutural;

linhas exteriores leves e perfeitamente traçadas; e as famosas janelas de Chicago,

com painel de cristal fi xo e estreitas janelas para ventilação lateral.

Szabo (1998, pp. 100 – 101) analisa que Gropius desde sempre concebeu os espaços

com o máximo de luz, sol e ar; suas janelas eram panos de vidro para garantir a

entrada da luz.

As fi guras abaixo ilustram:

FONTE: BRITANNICA, 2007. FONTE: SCHITTICH, 2001.

Figura 3Home Insurance Company Building

Figura 4Carson, Pirie, Scot & Company Building

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Voltado para a objetividade da construção, na organização geral dos espaços, o

alemão Mies van der Rohe foi bastante infl uenciado pela arquitetura holandesa (na

busca pelo equilíbrio das superfícies planas); pelo contato com o arquiteto e designer

alemão Peter Behrens (no apurado emprego de novos materiais); e por outro contato

importante, com Frank Lloyd Wright, em 1910, do qual assimilaria a noção de planta

livre. (GORGULHO, op cit, pp. 47 – 48).

Segundo Gorgulho (op cit, p. 49), Mies se tornaria projetista de arranha-céus com

estrutura em aço ou concreto armado fechados por paredes de vidro (para evidenciar

o ritmo dos andares sobrepostos e não esconder o sistema estrutural), focando

seu trabalho essencialmente na idéia da defi nição de largos ‘espaços universais’.

Estas seriam as características mais importantes de seu trabalho nessa nova fase,

considerada de maturidade criativa e quase resultante natural da progressão do

estilo da Escola de Chicago.

FONTE: ARGAN, 2005.

FIGURA 5 – Projeto da Chicago Tribune,Walter Gropius, 1922

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Os arranha-céus manifestam sua enérgica estrutura durante a construção: só então seu gigantesco tronco de aço é expressivo. Quando as paredes são levantadas, o sistema estrutural, que está na base da composição, fi ca escondido por trás de um caos de formas insignifi cantes e triviais. (Mies van der Rohe In BENEVOLO, 2001, p. 436).

De acordo com Blaser (2001, p. 139 – 140),

o Seagram Building, situado em Nova York

e construído entre 1954 e 1958, é o mais

representativo dos projetos de arranha-céus

de Mies van der Rohe. Para projetá-lo, o

arquiteto desenvolveu ensaios desde os anos

20 sobre a refl exão da luz, com maquetes de

vidro, a fi m de testar o jogo de refl exos na

verdadeira fachada-cortina que projetou.

Além disso, examinou possibilidades

técnicas e de materiais mais adequadas

para uso racionalizado. No Seagram,

Rohe não utilizou componentes metálicos

estandardizados, mas componentes em

bronze especialmente desenhados. Desta

forma, permitiu a criação de janelas sem

qualquer interrupção entre o pavimento e

o teto, sem divisões horizontais, marcando,

assim, a verticalidade da fachada.

FIGURA 6 – Seagram Building, Miesvan der Rohe, 1958FONTE: BACHMANN et all, 2001.

Le Corbusier tiraria partido de todas as possibilidades do jogo de luz e sombras,

conectando interior e exterior; separando interior de exterior; unifi cando espaços ou

diferenciando-os; conectando ou separando espaços internos, sempre, com ritmo e

movimento constantes.

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Nesse sentido, Jorge (1995, p.121-136.) considera que Le Corbusier foi o principal

criador da janela do século XX, já que a valorizou como material de projeto e um

de seus elementos essenciais. Mais do que isso, foi um artista que privilegiou a

otimização e a racionalização da distribuição da luz, obtendo economia de energia e

de espaço, dados os efeitos da sensação de amplidão. “[...] Le Corbusier transforma

a janela num ato de luz [...]”.( JORGE, pp.121-136).

1.2. Arquitetura de Escritórios

A necessidade de integração da iluminação no projeto arquitetônico, como um dos

parâmetros do espaço construído, faz destacar dois fatores fundamentais, nesse

sentido: a quantidade e a qualidade da iluminação e sua relação com particularidades

locais do ambiente a ser construído; com a percepção visual; a adequação e a

efi ciência da luz; a satisfação estética; o conforto e a satisfação do usuário.

A considerar estes aspectos, é de se conceber que a boa iluminação resultará do

equilíbrio entre a qualidade e a quantidade da luz. De acordo com Feldman e

Gonçalves (2004, p. 42), o bom projeto de iluminação é aquele que contempla mais

amplamente o ser humano, atendendo tanto aos requisitos básicos de iluminação

quanto às diversas questões objetivas e subjetivas que envolvem o bem-estar do

homem: “[...] uma mistura em doses apropriadas entre ciência e arte [...]”.(

FELDMAN & GONÇALVES, 2004, p.42).

A Revolução Industrial, acirrando este processo, inseriu o homem no ambiente de

trabalho, por meio de um sistema de produção de bens em massa, com a introdução

das máquinas no interior das fábricas e indústrias; amplia-se a jornada de trabalho,

e, em curto espaço de tempo, o homem passa a maior parte das horas de seu dia

neste ambiente.

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Segundo Braverman (1981, pp. 249 – 254), em fi ns do século XIX, as companhias

estenderiam a organização do trabalho para ambientes burocráticos, os escritórios.

Neles, outro tipo de trabalho seria operado, diferente daquele desenvolvido no interior

das fábricas -, o gerenciamento operacional, voltado para o controle de índices de

produtividade. O desenvolvimento do capitalismo e as mudanças nos processos de

produção fariam surgir modelos conceituais de administração organizacional, tanto

no chão de fábrica, quanto no escritório, estabelecendo métodos e diretrizes.

Todavia, em um período mais recente da história (no pós-guerra, em meados do

século XX), o trabalho e o meio ambiente do trabalho tornar-se-iam objeto de uma

diversidade de estudos multidisciplinares, no âmbito do debate sobre a qualidade

de vida. No contexto de temas como ‘direitos universais do homem’ e ‘direitos

humanos’, os Estados democráticos de direito se comprometeriam com a proteção

ao trabalhador e a situação do meio ambiente de trabalho, através de suas próprias

Constituições e do estabelecimento de Tratados e Convenções, em nível internacional

com outros países.

Assim é que, contemporaneamente, do ponto de vista jurídico, o ambiente do

trabalho, embora seja considerado meio ambiente artifi cial, recebe tratamento

distinto e relevante, na maioria das legislações ocidentais, porque está intimamente

ligado com a saúde e a segurança do trabalhador. (MALARMÉ, 2001, pp. 82 – 85).

Na prática empresarial, segundo De Masi (2000, pp. 17 – 36), esta concepção se

refl etiria na preocupação cada vez maior, por parte dos empregadores, com as

condições gerais de trabalho, ainda que abordada do ponto de vista econômico, em

função do reconhecimento de que um indivíduo saudável tende a ser mais produtivo.

Para o autor, tal preocupação provocou mudanças signifi cativas na maneira como as

organizações estabelecem relações de trabalho com os empregados, trazendo ao

debate conceitos relativos à saúde e segurança, produtividade e desempenho.

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Mariangela de Moura

Destas considerações, evidencia-se, não apenas, a importância do ambiente de

trabalho na qualidade de vida do trabalhador, mas a necessidade de adaptá-lo ao ser

humano (e não o contrário), de modo a criar um espaço que lhe seja favorável para

a realização de suas tarefas.

A intervenção da arquitetura, nesse sentido, recai sobre o aspecto físico do espaço de

trabalho. Ao considerá-lo, abordam-se questões relativas à salubridade e ao conforto,

e, por extensão, a aspectos que contemplam as esferas psicológicas e sociais. Dentre

os diferentes fatores ambientais, que interagem com o trabalho, o que interessa

particularmente é o conjunto de aspectos referentes à iluminação.

Apenas nas primeiras décadas do século XX, a iluminação no ambiente de trabalho foi

objeto de um estudo teórico, organizado, em que Chiavenato (2004, pp. 181 – 185),

relata que, um grupo de cientistas sociais da Universidade de Harvard, liderados por

Elton Mayo, elaborou um estudo sobre a melhoria de condições deste ambiente, em

defesa do bem-estar dos trabalhadores.

Ao defender um modelo humanista, em contraposição aos modelos de Taylor e Fayol,2

o grupo pesquisou as relações humanas e aspectos psicológicos e sociológicos do

ambiente de trabalho, realizando, em 1924, uma pesquisa pioneira nesse sentido, no

interior da Western Electric de Hawthorne, fábrica localizada em Chicago, conhecida

como ‘a experiência de Hawthorne’.

O objetivo inicial de tal experimento foi avaliar a forma como a iluminação do ambiente

de trabalho pesquisado se processava. Pensava-se que, quanto mais iluminação, maior

2 De acordo com Chiavenato, Frederic Winslow Taylor e Henri Fayol foram os teóricos que introduziram respectivamente a abordagem cientifi cista e a abordagem clássica da administração de empresas. Com eles, surgiram os conceitos de planejamento, desenvolvimento e organização; maximização de resultados; racionalidade; supervisão; padronização; fi nalidade econômica da empresa; modelos hierárquicos rígidos; e visão restrita da natureza humana no trabalho. In Chiavenato (2004).

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Mariangela de Moura

e melhor seria o rendimento do trabalhador. Sob tal premissa, a pesquisa frustrou-se,

muito embora tenha introduzido nas teorias da administração conceitos importantes,

que fariam surgir a Escola das Relações Humanas. (CHIAVENATO, op. cit., p. 187).

Um deles, sobre a motivação para o trabalho, encontraria, em estudos posteriores,

intercessão com a questão da qualidade da luz e sua infl uência no estado de ânimo

do usuário, conforme atestam Fonseca et al. (In Rio et al., 2002), para quem a

luminosidade adequada pode impactar positivamente para o bem-estar e o estado

emocional das pessoas. “[...] O projeto de iluminação será muito mais efi ciente ao

levar em conta os aspectos subjetivos, além dos físicos, principalmente em espaços

onde o desempenho e a satisfação do usuário são fatores fundamentais [...]”.( In RIO

et al., 2002, pp.183-188).

Dufy (1997, p. 25 apud Abrantes, 2005, p. 22) comenta que o processo, segundo

o qual a construção e os ambientes internos de escritórios são concebidos, pouco

se modifi cou, desde o lay-out introduzido no início do século XX, situação que

permaneceria estável, até o fi m da Segunda Guerra Mundial.

Veronezi (2004) explica que a partir desta época, a conceituação moderna de edifícios

de escritórios se transformou:

A visão inicial de edifício de escritórios como sendo apenas a estrutura física de suporte foi substituída pelo conceito de edifício de escritórios como sendo o ambiente adequado ao desenvolvimento dos negócios e parte integrante destes. Sob esse enfoque é necessário que tais edifícios acompanhem as evoluções tecnológicas, de materiais construtivos, de conceitos arquitetônicos e de estruturas organizacionais do trabalho, bem como os centros de negócios dentro da malha urbana, para que possam atender da melhor forma seus ocupantes. (VERONEZI,2004, p.5).

A evolução arquitetônica dos edifícios de escritórios focaria, então, o aumento da

competitividade econômica e o atendimento às legislações e às novas necessidades

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Mariangela de Moura

a que se apresentaram no decorrer dos anos. Ainda que pautada por certos aspectos

arquiteturais, e convencional e uniformizada, em quase todos os países e regiões, esse

tipo de edifi cação passaria a apresentar uma qualidade estética e uma qualidade interna

diferenciadas, com ênfase na funcionalidade e na operacionalidade do trabalho.

Dos Estados Unidos, especifi camente de Manhattan, Nova York, muitos são os

exemplos da arquitetura moderna. produzida em meados do século XX. O boom de

arranha-céus de escritórios, ocorrido a partir dos anos 50, e, em grande parte, devido

a uma crescente viabilidade em termos de custo-benefício, atenderia a uma nova

demanda por espaços mais sofi sticados, resultante da complexidade de trabalho das

companhias de tecnologia eletrônica, que, então, proliferavam.

FONTE: GREATBULDINGS, 2007.

FIGURA 7 – Lever House,Gordon Bunshaft, 1952

Nesse sentido, Stern et al. (1995, pp. 73-

94) afi rmam que o Lever House, na Park

Avenue, projetado por Gordon Bunshaft,

pode ser considerado um ícone, ao

anunciar formalmente a transformação

que a arquitetura corporativa norte-

americana viria a sofrer.

Sobretudo, a partir dos anos 60 (século

XX), a cidade de Nova York seria o cenário

desta signifi cativa mudança na evolução da

arquitetura corporativa dos Estados Unidos,

que se deslocou do modelo classicista

para um “[...]urbanismo modernista

virtualmente legislado [...]”, através

dos códigos de zoneamento que ali se

aplicaram. (STERN et al., op. cit., p. 134).

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Mariangela de Moura

Simultaneamente, apesar de uma cultura refratária ao estilo norte-americano de

edifi cação para escritórios, a arquitetura européia desta mesma época apresenta

para tal tipologia, embora, pontualmente, características semelhantes às do modelo

pragmático de arranha-céus, nascido e desenvolvido na efervescência econômica dos

Estados Unidos.

FIGURA 8 – Edifício Pirelli,Giò Ponti, 1960FONTE: SERAPIÃO, 2005.

O edifício Pirelli, construído em Milão, pelo

arquiteto italiano, Giò Ponti, em 1960, é um

arranha-céu de concreto armado que abrigou os

escritórios da famosa companhia. Num projeto

considerado pós-Escola de Chicago, Ponti

contrariou a tipologia européia de edifi cações,

e, em um prédio de 30 andares, concebeu uma

arquitetura quase estrutural, composta por duas

peças triangulares, de cada lado, que também

funcionam para contraventamento. (SERAPIÃO,

op. cit.).

Em relação à evolução da edifi cação de escritórios,

em Nova York, destaca-se a contribuição, de

Walter Gropius e Pietro Belluschi, para esta tipologia, no projeto do edifício

sede da Pan-Am, também na Park Avenue, empresa aérea norte-americana, cuja

construção foi fi nalizada no ano de 1963.

Com 59 andares, o Pan Am Building é considerado um projeto de design, baseado

em um protótipo não realizado, de Le Corbusier, para edifi cações administrativas

de Argel, capital da Argélia, e, também relacionado às, então, recentes

inovações tecnológicas, trazidas por Giò Ponti, no prédio da Pirelli. (STERN et al.,

op. cit., p. 288).

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Para Zein (1987, p. 56), um dos princípios básicos da modernidade arquitetônica

é a sua pretensão à universalidade, principalmente com relação à utilização da

tecnologia, a fi m de atingir uma economia de escala, e a racionalização da produção,

através da estandardização. Esta universalidade pode ser observada pela evolução da

construção de edifícios corporativos, constatando-se que, não obstante a introdução

de um novo tratamento do espaço interno, necessário a tal tipologia, os prédios de

escritório seguiriam o padrão de arquitetura do ‘international style’.

Em relação ao binômio iluminação interior/climatização, os projetistas norte-

americanos aceitariam um desafi o nesse sentido, criando um fechamento que

fornecesse luminosidade e condições térmicas, sufi cientes para o bom desempenho

de tarefas laborais. Daí o uso extensivo dos vidros nas fachadas (glass curtain wall),

adequados em cor e espessura, para o contexto dos países do hemisfério Norte, de

clima temperado.

Tais concepções para edifícios de escritórios seriam generalizadas mundialmente. No

Brasil, a infl uência do ‘international style’ e, sobretudo, de Le Corbusier, serviriam

de ponto de partida para o surgimento de uma vertente, considerada diferenciada

do modernismo, sendo fundamental na revelação de grandes nomes da arquitetura

nacional.

FONTE: STERN et all, 1995.

FIGURA 9 – The Pan Am Building, Gropius e Belluschi, 1963

FONTE: STERN et all, 1995.

FIGURA 10 – The Pan Am Building, Gropius e Belluschi, 1963

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1.3. Histórico da Arquitetura Corporativa do Centro do

Rio de Janeiro

Cavalcanti (2006, pp. 17 – 31) comenta que, no início do século XX, o campo construtivo

brasileiro, especialmente em suas maiores capitais – Rio de Janeiro e São Paulo

-, cresceu de tal forma, que se tornou objeto de maior empenho dos arquitetos,

estabelecendo-se regras para o seu funcionamento.

Foi no fi nal do século XIX, por volta de 1870, que a cidade do Rio de Janeiro começou

a se transformar, em razão da investida de engenheiros, “[...]especialistas do “olhar

competente”[...] referência pioneira à modernidade do país [...] (que) tentaram

promover um movimento de reforma intelectual e moral na sociedade.[...]” (

RHEINGANTZ apud CARVALHO, 1994: 86-90).

No Rio de Janeiro, a abertura da Avenida Central, em 1903 (hoje Avenida Rio Branco),

promovida pelo prefeito Pereira Passos, representou o marco inicial das profundas

mudanças urbanísticas que ocorreriam na cidade, reforçadas por parte das obras

concebidas no Plano Diretor, de Alfred Agache, entre 1925 e 1930.

Na década de 30 (século XX), o governo Vargas inicia um programa de construção

de grandes prédios públicos, destinados a centralizar as diferentes repartições de

cada departamento do Estado brasileiro que, não apenas se distinguisse do “mercado

de obras públicas” construídas na República Velha (restrito a teatros, bibliotecas e

palácios), mas, que evidenciasse uma atuação arquitetônico-urbanística exemplar na

capital do Brasil.

Assim, seriam construídos vários Ministérios e prédios de escritórios, que abrigariam

diferentes entidades governamentais, ou privadas, muitos deles erguidos na recém-

criada Esplanada do Castelo, a maior área urbana, criada à época, no Rio de

Janeiro.

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Projetado pelo arquiteto Lúcio Costa e sua equipe (formada por Oscar Niemeyer,

Affonso Eduardo Reidy, Carlos Leão, Jorge Machado Moreira e Ernani Vasconcellos,

arquitetos modernistas do Brasil), com a colaboração de Le Corbusier, a sede do

Ministério da Educação, Cultura e Saúde Pública, o atual Palácio Gustavo Capanema, é

considerado o marco fundamental da arquitetura moderna brasileira, pois, representou

a primeira realização brasileira, em grande escala, e em nível internacional.

Concluído em 1944, o prédio foi o marco inicial da nova concepção arquitetônica,

nos moldes de Le Corbusier, na cidade do Rio de Janeiro, desde a sua concepção

volumétrica e espacial até seus detalhes. O conjunto de edifi cações, construídas

em centro de terreno, compõem-se basicamente de três corpos inter-relacionados

(administrativo, auditório e salão de exposições), entremeados por áreas livres e

jardins, como solução de integração, entre arquitetura e espaço urbano, pois, com a

ocupação restrita do solo, o térreo tornou-se uma esplanada aberta.

O bloco principal, de 14 pavimentos sobre pilotis de dez metros de altura (pé direito

duplo), tem salas dispostas de ambos os lados de um corredor central. De acordo

com Bruand (2003, p. 52), a procura de uma fl exibilidade interna, que permitisse

modifi cações posteriores em todos os níveis, levou à supressão das paredes, que

foram substituídas por divisórias de meia altura. Com esta solução, e a disposição

de uma circulação central e ocupação nas duas laterais, resolveu-se a questão da

ventilação, eliminando-se o uso de ar condicionado.

Para se obter um melhor aproveitamento da luz natural e, simultaneamente,

precaver-se do excesso de luz, o bloco recebeu tratamento diferenciado nas duas

fachadas, de acordo com a incidência do sol: ao lado norte, brise-soleil móveis

horizontais, estruturados em placas fi xas verticais; ao lado sul, um grande pano de

vidro. (SEGAWA, 2002, pp. 84 – 117).

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Rheingantz (1995) chama a atenção, “[...] para o envidraçamento desvairado que

predomina na arquitetura de dentro, produz duras seqüelas: torna os edifícios

indefesos contra a radiação, mesmo quando utilizado o vidro espelhado (que,

na melhor das hipóteses, deixa passar 46% da radiação incidente), e aprisiona o

calor produzido pelo efeito estufa – que faz com que o vidro seja transparente à

penetração da radiação solar e opaco à radiação larga ( infravermelha) – no interior

dos edifícios[...]”. (RHEINGANTZ, 1995, pp.28-29).

Segre (2003), diz que, embora poucos historiadores reconheçam que este foi o

primeiro modelo de prédio alto de escritórios, com fachada curtain wall, construído

no mundo. Tal importância e ineditismo seriam confi rmados pelo próprio Lúcio Costa,

em 1992, quando, em entrevista, declarou a importância do Ministério, “[...] porque

foi construído numa época em que, nos Estados Unidos, não havia nenhum prédio

assim, com a fachada envidraçada [...]”. ( SEGRE, 2003, s/p).

Com efeito, conforme observado, anteriormente, o Lever House, primeiro edifício de

escritórios em curtain wall ,de Nova York, foi construído, apenas, em 1953. (SEGRE

apud OLIVEIRA, 1992, s/p).

As fi guras abaixo ilustram:

FIGURA 11 - MES, Lúcio Costa, 1944ILUMINAÇÃO INTERIORFONTE: KON, 2007.

FIGURA 12 - MES, Lúcio Costa, 1944FACHADA SUL,FONTE: KON, 2007.

FIGURA 13 - MES, Lúcio Costa, 1944PILOTIS,FONTE: KON, 2007.

FIGURA 14 - MES, Lúcio Costa, 1944FACHADA NORTEVITRUVIUS, 2007.

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Outros projetos de edifi cação corporativa seriam erguidos, no Rio de Janeiro, na

mesma linha funcional, e com as mesmas infl uências teóricas. A sede do IPASE, Instituto

de Pensão e Aposentadoria dos Servidores do Estado (1933), projetada pelo arquiteto

Paulo Antunes Ribeiro, é considerado o primeiro prédio moderno de escritórios no

centro da cidade. Segundo Segre (2004), o prédio possuía uma volumetria limpa,

com duas fachadas principais que se caracterizavam pelas faixas contínuas – opacas

e de vidro, “[...] tipologia assumida dos exemplos alemães, de Mies Van der Rohe e

Mendelsohn [...]”.(SEGRE, 2004, s/p).

Após três anos de obras, em 1938, o prédio-sede da Associação Brasileira de Imprensa

– ABI, projetado pelos irmãos, Marcelo e Milton Roberto, era concluído, e ocupou uma

quadra inteira, no centro da cidade. Tendo a unidade, como principal característica

de suas soluções plásticas e estruturais, o edifício é tido por alguns estudiosos, como

o primeiro arranha-céu modernista do mundo, e o exemplar, que marca o pioneirismo

dos Roberto, na arquitetura modernista do Brasil. Para Cavalcanti (2001), p. 78),

“[...]embora o Palácio Gustavo Capanema seja considerado um marco da arquitetura

moderna, é preciso lembrar que o prédio da ABI foi erguido seis anos antes [...]”.(

CAVALCANTI, 2001, p.78).

De estrutura independente e volume austero, com teto-jardim, fachada livre,

planta livre e pilotis, no prédio, usou-se no Brasil a solução de Le Corbusier, para o

excesso de luz, os brise-soleils, de concreto na fachada. Mas Cavalcanti (op. cit.,

p. 82) comenta que, no caso do prédio da ABI, tal recurso também funcionou, como

uma espécie de corredor térmico, “[...] no qual os autores do projeto conseguiram

aumentar ou diminuir a temperatura interna em até quatro graus em relação à

temperatura externa “[...]” . (CAVALCANTI, op. cit., p.82).

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A partir do prédio da ABI, os irmãos Roberto (já incluído Maurício), teriam uma

participação defi nitiva na consolidação de exemplares modernistas, no centro do Rio,

e projetaram vários prédios de escritórios na cidade. Entre 1938 e 44, surgiriam as

sedes, do Instituto dos Industriários (1938-40); da Liga Brasileira contra a Tuberculose

(1937-44); e, do Instituto de Resseguros do Brasil (1941-44), na Esplanada do Castelo,

respectivamente ilustrados, nas fi guras abaixo:

FONTE: IPHAN, 2007.

FONTE: COMAS, 2007.

Os irmãos Roberto projetariam o Edifício Seguradoras, em 1949, que inaugurou a

tendência para o movimento de fachada, e criavam uma ‘empena curva’ de transição,

com brise móvel ,apenas de um lado. Projetariam, ainda, o Edifício Marquês de

Herval, de 1953, considerada a primeira incursão, genuinamente modernista na

FIGURA 15 – ABI, Marcelo eMilton Roberto, 1938

FONTE: IPHAN, 2007.

FIGURA 16 – ABI, Marcelo eMilton Roberto, 1938

FIGURA 17 – Prédios de escritórios, M.M.M. Roberto

FONTE: COMAS, 2007.

FIGURA 18 – Prédios de escritórios, M.M.M. Roberto

FONTE: COMAS, 2007.

FIGURA 19 – Prédios de escritórios, M.M.M. Roberto

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Avenida Rio Branco. Tomando o lugar da massa construída, os brise-soleils móveis

protagonizavam um movimento. (ARCOWEB, 2007, p?).

É importante referenciar alguns outros exemplares de edifi cação de escritórios, no

centro do Rio, com clara tendência modernista.

O edifício-sede do Banco Boavista, projeto de Oscar Niemeyer, construído em 1946,

é um prédio de 10 pavimentos sobre pilotis, com planta e fachada livres. A parede

do térreo, forrada por tijolos de vidro em composição curvilínea, propicia efeitos

de luz. As fachadas norte e oeste são protegidass por brise soleils horizontais, fi xas

e móveis, enquanto que a fachada sul, sobre a qual praticamente não incide a luz

solar, é composta por pano de vidro. (MACEDO, op. cit., pp. 16 – 17). Os espaços

internos são considerados ousados e plasticamente refi nados, e promovem uma

revisão arquitetônica, nos padrões então vigentes de edifícios bancários.

Cavalcanti e Lago (2005), pp. 12 – 13) esclarecem que, a incorporação de elementos

de proteção ao sol ou de soluções arquitetônicas que favorecessem a circulação de ar

para amenizar o calor, legitimaram o modernismo brasileiro. Os brise-soleils deram

às obras modernas nos países de clima quente características diferenciadas das obras

do modernismo na Europa, conforme citação a seguir:

FONTE: ACOWEB, 2007.

FIGURA 20 – Edifício Seguradoras eEdifício Marquês de Herval

FONTE: ACOWEB, 2007.

FIGURA 21 – Edifício Seguradoras eEdifício Marquês de Herval

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Como o Brasil foi um dos primeiros a adotar a arquitetura moderna, esses componentes são freqüentemente identifi cados como “brasileiros”. Apesar da ampla utilização do ar condicionado, a partir dos anos 1960, eles continuariam a ser utilizados para o controle da luz, e em projetos mais atentos a questões ecológicas. (CAVALCANTI & LAGO, 2005, pp.12-13).

Entre o fi nal dos anos 50 e os anos 70 (século. XX), a concepção arquitetônica, dos

prédios de escritórios do centro do Rio de Janeiro, se dividiria, entre a utilização de

brise-soleils e panos de vidro, ou ambos.

O Edifício Avenida Central (1957), do arquiteto paulista, Henrique Mindlin, por

exemplo, com 34 andares, cobriu a totalidade de uma quadra, apenas em seus três

primeiros pavimentos, sendo erguido com uma estrutura mista, entre pilares e vigas

de aço e lajes em concreto armado. Rapidamente, se transformaria em referência do

international style, no Brasil. (CZAJKOWSKI, 2000, p. 38).

Com o desmonte do Morro de Santo Antônio, a Prefeitura do Rio interessou-se pela

criação de um espaço, onde fossem erguidas edifi cações que representassem grandes

instituições nacionais (era a época do apogeu do ‘milagre brasileiro’); nesse sentido,

foram construídos três projetos pontuais da arquitetura corporativa carioca, que

iniciariam a ocupação da Esplanada de Santo Antônio, na Avenida República do

Chile.

O projeto de 1968, de Roberto Luiz Gandolfi , José H. Sanchotene, Abraão Assad

e Luiz Fortes Netto, profi ssionais de Curitiba, para o edifício-sede da Petrobras,

confi rmaria a arquitetura em concreto, mas estaria ligado à criação de estruturas

monumentais e mais sofi sticadas, e, à tentativa de incorporação de novas tendências

formais.

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Ao contrariar a solução tradicional de conceber lâminas verticais, o prédio foi

construído em um formato inusitado de edifi cação, erguendo-se sobre uma estrutura

quadrangular (singular e inovadora), dividida em subsolos (para abrigar garagem e

serviços gerais); embasamento (onde se localizam o térreo, o 1° e 2° pavimentos,

a recepção e espaços culturais); torre e coroamento (onde fi cam a diretoria e a

presidência). (TEIXEIRA, 2006, p. 7).

Os 21 pavimentos de escritórios correspondem à superposição de plantas em cruz

(ou ‘H’), intercaladas por pavimentos quadrangulares, abrindo espaços vazios para

ventilação e iluminação; Brise-soleils móveis, de alumínio, foram dispostos de acordo

com a orientação solar: horizontais na fachada norte, e verticais nas fachadas leste

e oeste.

A fi gura abaixo ilustra:

FONTE: TRAVEL-IMAGES.COM, 2007.

FIGURA 22 – Prédio da Petrobras, 1972

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O prédio do antigo Banco Nacional da Habitação, BNH, atualmente, Conjunto Cultural

da Caixa Econômica Federal, também foi projetado, em 1968, pelos arquitetos,

Haroldo Cardoso de Oliveira e Rogério Marques de Oliveira, e foi inaugurado, em

1973.

Teixeira (op. cit., p. 6) comenta que, as atividades administrativas do BNH foram

distribuídas em dois prismas de área interna livre, conjugados a um terceiro, central,

onde se concentram circulações verticais, sanitários, áreas de apoio e de serviços.

Este bloco principal (de escritórios) é revestido em concreto e tem laterais em

glass curtain wall, que, intercaladas por montante contínuo, contribuem para a

verticalidade da composição. O corpo se completa com outro, o teatro, de menor

porte, implantado junto a um espelho d’água no piso de acesso:

O prédio do BNDES, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, que é

um projeto de 1974 dos arquitetos paranaenses, Alfred Willer, Joel Ramalho Jr, José

Sanchotene, Leonardo Oba, Oscar Mueller e Rubens Sanchotene. Mesmo condicionado

pela exigência corporativa e pelas restrições estabelecidas pela proximidade de

FONTE: MOREIRA E ANDRÉ, 2007.

FIGURA 23 – BNH, 1973

FONTE: MOREIRA E ANDRÉ, 2007.

FIGURA 24 – BNH, 1973

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um monumento histórico, o Convento de Santo Antônio, o projeto aproveitou-se

da totalidade do terreno, no nível do subsolo, para estacionamento e serviços, e

concentrou os escritórios, em uma torre sobre base quadrada. As fachadas do prédio

são em panos de vidro fumê. (TEIXEIRA, op. cit., p. 6).

FONTE: MOREIRA E ANDRÉ, 2007.

FIGURA 25 – Prédio do BNDES, 1974FONTE: MOREIRA E ANDRÉ, 2007.

FIGURA 26 – Prédio do BNDES, 1974

O critério de escolha para a sequência história dos prédios de escritórios do centro

do Rio de Janeiro, foi o período entre o fi nal dos anos 50 e os anos 70, prédios

construídos no mesmo período e com concepção arquitetônica semelhantes ao

analisado no estudo de casos. Vários outros exemplos poderiam ser citados, entre

eles RB1 e o Teleporto.

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CAPÍTULO 2

Em fi ns de 1960, e início dos anos 70, questões fundamentais sobre o ambiente

de trabalho seriam evidenciadas. Do ponto de vista da organização do trabalho,

os limites do regime de produção e acumulação de riqueza, baseado nos modelos

de Taylor, Fayol e Ford3 até então hegemônicos, foram destacados, fazendo surgir,

sobretudo na Europa, movimentos de trabalhadores pela ampliação de seus

direitos.

Como refl exo destas reivindicações, na década de 80, consolidar-se-ia uma tendência

que incorporou as demandas relativas à qualidade de vida no trabalho, na perspectiva

de torná-lo mais humanizado, com vistas ao conforto e bem-estar do trabalhador que,

a partir dessa integração homem/meio, resultasse um índice maior de produtividade,

aliado ao bem-estar.

ASPECTOS DA ARQUITETURA DE ESCRITÓRIOS EM FINS DO

SÉCULO XX

2.1. Introdução da Informática no Ambiente de Trabalho

“Espaço e lugar são termos familiares que indicam experiências

comuns (...) o lugar é segurança, e o espaço é liberdade: estamos

ligados ao primeiro e desejamos o outro”.

(Yi-Fu Tuan)

3 Ver capítulo 1.

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Outra contribuição, sobre este mesmo conceito é de Oliveira (apud YI- FU- TUAN,

1983), para quem “[...] o espaço construído pelo homem pode aperfeiçoar a sensação

e a percepção humana. É verdade que, mesmo sem forma arquitetônica, as pessoas são

capazes de sentir a diferença entre interior e exterior, fechado e aberto, escuridão

e luz, privado e público [...]”. (OLIVEIRA, apud YI-FU-TUAN, 1983, p.114).

Corrêa (1997, pp. 202 – 205) evidencia que, este momento de transição e

reestruturação produtiva implicou, também, na compatibilização de mudanças,

nas quais o aprofundamento da automação e o avanço das novas tecnologias de

informática tiveram um papel central. Com efeito, o trabalho com a intermediação do

computador é um fenômeno recente, característico dos últimos 20 anos, e alteraria

de maneira defi nitiva a forma como o homem passou a vivenciar e a perceber o seu

trabalho.

Sob este novo enfoque, a análise das transformações decorrentes no ambiente de

trabalho, em função do uso extensivo da informática, foi ressaltada, na medida

em que a nova conjuntura obrigou os trabalhadores a se adaptarem à inserção

de equipamentos, como os computadores, que, progressivamente, se tornariam

indispensáveis para o cumprimento da maioria das funções desempenhadas nos

escritórios.

Smith e Carayon (1995, pp. 99 – 116) relatam que a informática permitiu redução nos

custos de produção, melhoria da qualidade dos produtos ou serviços, e fl exibilização

no sistema produtivo, dentre outras vantagens, o que propiciou maior efi ciência na

gestão e no controle do trabalho, em termos administrativos.

Sobre o perfi l do trabalhador, Abrahão & Pinho (2002, pp. 45 – 46) referem-se às

mudanças trazidas pela informática, e que estas sinalizaram para a valorização

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da polivalência; do comprometimento organizacional; da qualifi cação técnica;

da participação criadora; da mobilização da subjetividade; e, da capacidade de

diagnosticar, e de decidir. Assim, para os indivíduos, “[...] o desenvolvimento deste

perfi l implicou em novas aquisições, novas competências, e, sobretudo, na capacidade

de transitar do tradicional savoir-faire para um novo modo de saber ser, saber fazer

e saber pensar [...]”. (ABRAHÃO & PINHO, 2002, pp. 45-46).

Entretanto, a forma como foram dimensionadas as tarefas e os postos de

trabalho4 informatizado, especialmente no trabalho em escritório, resultariam em

constrangimentos – Abrahão & Pinho (2002, pp. 45 – 46) observam que as mudanças

trazidas com a exacerbação do uso da informática no ambiente de trabalho não se

atêm apenas aos conceitos de efi ciência e efi cácia organizacional, mas integram

as novas situações de trabalho às características psicofi siológicas dos usuários/

operadores de computador.

Wisner (1987, p. 21) amplia esta perspectiva, e argumenta que toda a atividade,

inclusive o trabalho, tem pelo menos três aspectos se inter -relacionam: o físico

(fi siológico e ambiental); o cognitivo (perceptivo); e o psíquico (signifi cando

sofrimento atribuído).

Frente a tais colocações, emerge o debate acerca dos efeitos do uso da informática

sobre o homem no ambiente de trabalho e nele, os conceitos da ergonomia, uma

disciplina ainda em evolução.

4 Iida considera a tarefa como um conjunto de atividades para atingir um objetivo, ressaltando que a informatização, em geral, impõe tarefas mais complexas, por exigir atenção constante, requerer um grande número de etapas para sua execução e rapidez de decisão, entre outras habilidades. Quanto aos ‘postos de trabalho’, interpreta-os como a menor unidade produtiva, geralmente envolvendo um homem, com suas características individuais, e seu local de trabalho. Nesse sentido, afi rma que diversos fatores devem ser considerados no correto dimensionamento do posto de trabalho, destacando o ruído, a temperatura, a interação com o ambiente externo e a iluminação. Para o autor, o dimensionamento correto do posto de trabalho é uma etapa de extrema importância, pois o subdimensionamento de espaços restringe os movimentos, limitando o manuseio de materiais e equipamentos. In IIDA, Itiro. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo: Edgard Blücher, 2005, p. 51 – 63.

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Moraes e Soares (1989, pp. 24 – 67) esclarecem que, as primeiras vertentes da

aplicação da ergonomia (surgida nos anos 40) se deram na engenharia, no desenho

industrial e nos estudos de psicologia. Relatam que, entre 1970 e 1980, uma nova

abordagem metodológica da disciplina privilegiou a ênfase na observação sistemática

do trabalho e na análise da tarefa e da atividade desenvolvidas.

Wisner (op. cit., p. 12) defi ne-a como um conjunto de conhecimentos científi cos

relativos ao ser humano, necessários para a concepção de máquinas, dispositivos

e ferramentas que podem ser utilizados com o máximo de segurança, conforto e

efi ciência.

De um lado, objetiva produzir conhecimento sobre o trabalho, as condições e a relação do homem com o trabalho, e, por outro, formular conhecimentos, ferramentas e princípios suscetíveis de orientar racionalmente a ação de transformação das condições de trabalho, tendo como perspectiva melhorar a relação homem-trabalho. A produção do conhecimento e a racionalização da ação constituem, portanto, o eixo principal da pesquisa ergonômica. (ABRAHÃO & PINHO, op. cit. ,p. 47)

No Brasil, o Ministério do Trabalho e Previdência Social, através da Portaria n. 3.751,

de 1990, regulamentou a ergonomia pela Norma Regulamentadora 17 – NR17, de

1992, cujo primeiro item esclarece seu próprio objetivo: o estabelecimento de

parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características

psico-fi siológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar-lhes um máximo de

conforto, segurança e desempenho efi ciente. (BRASIL, NR17, 1992, p. 92).

Assim, a organização do trabalho, as condições ambientais, mobiliário e equipamentos

dos postos de trabalho são itens determinados pela norma brasileira. Quanto aos

equipamentos, devem estar dentro de uma área de alcance ideal e dentro da área

adequada a visão.

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Não obstante, a forma de abordar a relação homem-automatismo, enfatizada nos

anos 80, continua no bojo das discussões e dos confl itos resultantes desta relação

como uma questão mal resolvida. Abrahão & Pinho (op..cit,,p. 50) comentam

que os efeitos da informatização no trabalho podem ser agrupados em torno de

três categorias: (i) transformações nas modalidades de funcionamento mental

(especialmente relacionados a dados numéricos); (ii) introdução da fadiga geral

(dores e fadiga mental); e (iii) efeitos na visão (ardência, diminuição da acuidade

visual e ofuscamento, dentre outros).

Apesar de existirem estudos que orientam o usuário a posicionar-se, corretamente,

durante a execução das tarefas no computador, isso não é o sufi ciente. Nesse sentido,

Wisner (op. cit., pp. 75 – 79) comenta que o trabalhador, além de se esforçar para

responder às exigências da tarefa, convive com condições de inadequação da estrutura

dimensionada do posto de trabalho, sobretudo no que respeita ao mobiliário e à

iluminação.

Na medida em que a concepção dos espaços de trabalho tem uma profunda interação

com as condições em que as tarefas são realizadas, a investigação recai sobre os

aspectos físicos da interface homem-máquina, objetivando melhor dimensionar a

estação de trabalho e o posicionamento do computador.

O enfoque em projetos de arquitetura de escritório, deve levar em conta o tipo de

tarefa a ser realizada e a iluminância,5 de acordo com os valores especifi cados pela

Norma Brasileira de Iluminação – a NBR 5413, (da Associação Brasileira de Normas

Técnicas – ABNT), referente à iluminação adequada de interiores.

Em respeito às condições ambientais de iluminação, Grandjean (1998, pp. 62 – 68),

acrescenta que, no início do século XX, recomendou-se, de modo geral, iluminações

5 A iluminância é medida em lux. Um lux é defi nido como a intensidade do fl uxo luminoso que ilumina uma superfície de um (01) lúmen por metro quadrado. Lux, portanto, é a quantidade de lúmens por m2.(manual Osram,1999)

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interiores entre 50 e 100 lux; todavia, a intensidade da iluminação foi aumentando

progressivamente com o passar dos anos, chegando a níveis entre 500 e 1.000 lux.

Com efeito, a NBR 5.413, de 1991, estabelece em 500 lux o nível de iluminância para

os ambientes de escritório comuns. Caso a tarefa a ser desenvolvida seja considerada

de alta precisão, a norma estabelece 1.000 lux (por exemplo, se a atividade for de

desenho) e 1.200 lux, quando a atividade é de alta precisão. (ROGRIGUES, 1998, p.

31).6

Para melhor entendimento dessa medida de iluminância – lux -, esta é, na descrição

de Silva (2004, pp. 40 –41), “[...] lux ( lx) é o fl uxo luminoso que incide sobre uma

superfície situada a uma certa distância da fonte. É a relação entre a intensidade

luminosa (I) e o quadrado da distância [...]”. ( SILVA, 2004, pp. 40-41).

Para Grandjean (op. cit., p. 87), as condições ótimas de desempenho e conforto

visual em iluminação interior são: (i) uniformidade local das densidades luminosas;

(ii) uniformidade temporal da luz; (iii) arranjo isento de ofuscamentos das luminárias;

e (iv) intensidade de iluminação.

O autor afi rma, também, que a acuidade visual aumenta com a iluminação, até

um determinado nível, observando que, para o trabalho em escritórios com uso do

computador, a iluminância deve estar entre 500 e 700 lux. Ressalta, ainda, sobre a

inconveniência da iluminação muito intensa no ambiente de trabalho informatizado,

sobretudo, em relação aos monitores de vídeo, por aumentar o risco sombras e

contrastes, bem como de refl exos perturbadores que podem levar a ofuscamentos

incômodos.

6 É interessante destacar que não existe uma uniformidade entre as normas internacionais de iluminação de escritórios. Grandjean (op cit, pp. 63 – 68) comenta que atualmente a norma norte-americana recomenda valores de intensidade de iluminação muito superiores à orientação européia correspondente: nos Estados Unidos, um escritório deve ter luminosidade de 1.600 lux, enquanto que a Alemanha, por exemplo, recomenda 500 lux para o mesmo ambiente.

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Na visão de Grandjean (op. cit.), os refl exos são considerados a mais desagradável

manifestação que acompanha o trabalho no computador, e, por isso, a melhor

alternativa seria evitá-los, em lugar de minimizá-los. Para tanto, a otimização da

disposição do monitor (localizado adequada ao campo visual do usuário, em distância

e altura) funcionaria como uma das soluções de iluminação no ambiente de trabalho

informatizado: “[...] Não resta mais nenhuma dúvida que medidas na concepção dos

ambientes - especialmente no que se refere à disposição do monitor e das luminárias

– são possibilidades mais efi cazes na prevenção de refl exos [...]”. (GRANDJEAN, op.

cit., pp. 247 – 248).

Pela norma NR17, da ABNT, um terminal de computador deve ser colocado de forma

que a distância olho-tela seja aproximadamente, igual à distância olho-teclado,

com condições de mobilidade sufi ciente para permitir o ajuste da tela à iluminação

do ambiente, protegendo-a contra refl exos, e proporcionar ângulos corretos de

visibilidade ao trabalhador. (BRASIL, NR17, 1992).

Grandjean (op. cit., p. 249) orienta que os monitores devem se posicionar

perpendicularmente às fontes de luz natural ou artifi cial e a um valor médio de 76

cm do operador, e que este, ao olhar diretamente para frente com a cabeça em

posição neutra, tenha seus olhos encontrando a parte superior da tela.

Para Iida (op. ci., pp. 122 – 148), o ajuste da visão sobre o monitor pode aumentar

solicitações visuais do usuário, entre outras razões, em função dos refl exos sobre sua

superfície, e pode ocorrer ofuscamento. Explica que o ofuscamento ocorre quando

o fundo é mais brilhante do que o objeto para o qual se olha e que pode ser direto,

sendo causado por fonte luminosa, ou indireto, por refl exo de superfície, conforme

ilustra a fi gura a seguir:

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O autor esclarece que, a correção dos ofuscamentos se dá através de medidas diretas,

como a redução da luminosidade; o deslocamento das fontes luminosas para fora do

campo visual (a colocação de luminárias em paralelo ao usuário); e o aumento da

iluminação de zonas próximas e medidas indiretas, como a modifi cação da fonte

luminosa ou o mascaramento das superfícies refl etoras. A fi gura de Grandjean (op.

cit., p. 250) sugere a aplicação destes pontos:

FIGURA 28 – Iluminação Correta para Trabalho com ComputadorFONTE: GRANDJEAN, 1998.

FIGURA 27 – Esquema de Ofuscamento no Trabalho com ComputadorFONTE: IIDA, 2005.

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Silva (2005, p. 76) esquematiza o ambiente de escritório com uso de computador:

2.2. A Racionalização do Uso de Energia – conceitos de efi ciência

energética

Nos anos 70, a crise energética mundial, gerada pelo intenso consumo de energia de

base fóssil, foi o estopim para o surgimento de uma diversidade de debates em torno

dos modelos de desenvolvimento da sociedade contemporânea, que se estenderiam

pelas décadas seguintes. A crescente ponderação sobre a deterioração das condições

de habitabilidade na Terra (pelo colapso do meio ambiente como fonte natural

inesgotável de recursos e pelo agravamento do quadro social) faria emergir o tema

‘sustentabilidade ambiental’ em diferentes campos do saber.

FIGURA 29 – Ambiente de Escritório com Uso de ComputadorFONTE: SILVA, 2005.

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Do ponto de vista da arquitetura, evidencia-se que o tratamento dispensado ao espaço

construído ao longo do século XX, de um modo geral, não havia contemplado todas

as suas dimensões, privilegiando, na maioria das vezes, unicamente, os aspectos

funcionais, negligenciando, principalmente, os ambientais.

A arquitetura se modifi cou, desde a primeira década do século XX, com a

implementação do uso do concreto armado, já utilizado desde o século XVIII, e,

na opinião de Costa (2007, p.20), “[...] este foi absorvido, rapidamente pelos

profi ssionais (...) apesar de ser um material de composição complexa, se incorporava

com a composição de estruturas ousadas e amplamente vazadas [...]”. (COSTA,

2007, p. 20).

Em que se considere o impacto das edifi cações sobre o homem e o meio ambiente,

desde os anos 90, a arquitetura vem transitando pela concepção de sustentabilidade,

ao assumir o tema com uma nova atitude e, ao tomar diferentes medidas nesse sentido,

especialmente relacionadas com o desenho arquitetônico, os processos construtivos,

a transformação do meio ambiente construído e a efi ciência energética.

Na prática, tal concepção deve estar presente na origem do projeto arquitetônico,

na medida em que este passa a incorporar a visão do espaço construído, como

um fato de natureza artifi cial que, integrado ao ecossistema natural, desenvolve

uma arquitetura que tende a desconectar-se de um sistema, baseado em recursos

não renováveis, para acoplar-se a um sistema sustentado em recursos renováveis.

Segundo Yeang (1999), “[...] o edifício deve ser considerado como uma aglomeração

de materiais que estão ‘temporariamente’ juntos, para possível reciclagem ou reuso

[...]”. (YEANG, 1999, p.157).

O componente dominante e o de maior incidência no processo de transição da chamada

‘arquitetura tradicional’ para a arquitetura sustentável é a variável energética,

na medida em que um projeto, que leva em conta o uso racional de energia, traz

benefícios econômicos (com a minimização de gastos em dinheiro), sociais (pela

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redução do uso de combustível), e ecológicos (pelo controle da exploração de recursos

naturais e de emissão de gases).

O período de efervescência do modernismo arquitetônico, fruto do processo de

industrialização, evidenciou a adoção de soluções arquitetônicas que se repetiram

ao redor do mundo indiscriminadamente. Lamberts et. al.(2004, p. 42) criticam a

migração das cortinas de vidro nas fachadas e das super estruturas de aço e concreto

para alguns países, sem que houvesse adaptações para os novos contextos culturais,

econômicos e climáticos do local de destino.

Esta padronização perpetuaria a adoção desses e outros elementos, incompatíveis com

qualquer preocupação em torno da energia, como a ampla utilização de lâmpadas,

necessárias aos projetos que não favoreceram a iluminação natural, e os sistemas de

condicionamento térmico artifi cial.

Quanto ao uso extensivo de vidro nas fachadas, o glass curtain wall, é bem verdade

que este apresentou-se como uma nova oportunidade ao projeto de edifi cação. A

transparência esteve quase sempre associada a uma visão de abertura do prédio para

o exterior e para a luz natural. No entanto, conforme observam Gonçalves e Duarte

(2006, p. 52), a busca do balanceamento efi ciente da relação interna com a externa

dos edifícios do modelo international style, terminou por exacerbar o consumo

de energia elétrica, pela climatização artifi cial, fazendo prevalecer a iluminação

artifi cial sobre a luz natural:

No âmbito do edifício, o estudo dos precedentes arquitetônicos mostra que, a partir da Segunda Guerra Mundial, a banalização da arquitetura do International Style, que, acompanhada pela crença de que a tecnologia de sistemas prediais oferecia meios para o controle total das condições ambientais de qualquer edifício, levou à repetição das caixas de vidro e ao inerente exacerbado consumo de energia nas décadas seguintes, espalhando-se por cidades de todo o mundo. (GONÇALVES & DUARTE, 2006, p. 52)

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Além do aspecto arquitetônico estrutural, nos escritórios, o advento do trabalho

com o computador acabaria dobrando o consumo de energia, tanto em função do

crescente número de equipamentos eletrônicos, quanto pela necessidade de mantê-

los sob condições específi cas de refrigeração.

Nesse cenário, o ambiente urbano (com suas construções, atividades, serviços e

transportes necessários para abrigar metade da população mundial), rapidamente

passou a consumir a maior parte da matéria prima energética existente no planeta,

mais de 50% das fontes mundiais de energia, sendo responsável pela emissão de gases

que alteraram sua feição climática. (YEANG, op. cit., pp. 38 – 51).

Nos anos 90, de acordo com Ed Melet (apud MÜLFARTH 2006, p. 3), o consumo

de energia agravar-se-ia pela evidência indiscutível dos altos índices de gasto

energético, da ordem de 40%, que situaram a edifi cação como o setor econômico

de maior consumo mundial de energia primária. No Brasil, o Balanço Energético

Nacional – BEN, publicado pelo Ministério de Minas e Energia, considera o setor de

edifi cações (residencial, comercial e pública) como o ramo de atividade econômica

de maior consumo energético do País, 49%. (BRASIL, 2006, s/p).

A cultura da edifi cação sustentável, no contexto do salto qualitativo da arquitetura

nesse sentido, privilegia os conceitos de efi ciência energética, e a compreende como

o resultado da equação, entre o máximo de qualidade ambiental e o mínimo de

consumo de energia, que não se resume à escolha de equipamentos ou sistemas

elétricos específi cos, mas, constituindo-se num conjunto de procedimentos e

estratégias para garantir o uso racional de energia nos prédios.

Lamberts et al. (op. cit., p. 62) acrescenta que, efi ciência energética é a obtenção de

um serviço ou bem, com baixo custo energético. Para conquistá-la, a nova concepção

de edifício exige que este seja visto como um artefato que capta, transforma e

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mantém a energia. Quanto ao projeto arquitetônico, transforma-se numa forma de

gestão estratégica de energia, de materiais (e de seu comportamento térmico) e de

técnicas.

Os conceitos de projeto, energeticamente sustentável, indicam que há numerosas

oportunidades (diferentes das soluções convencionais e padronizadas) para a

integração de elementos naturais, materiais, e de técnicas construtivas efi cientes, que

tornam favorável a relação custo/benefício, mesmo em se tratando de restaurações,

retrofi ts.

Mülfarth (op. cit., pp. 8 – 9) destaca o emprego de materiais diversifi cados, de acordo

com o contexto urbano e climático7 , em que a edifi cação será erguida. Para a autora,

a utilização de materiais locais pode gerar economia nos custos com energia elétrica,

principalmente quando utilizados em larga escala.

Lamberts et al. (op. cit., pp. 77 – 91) afi rmam que, ao longo da história, o ser humano

desenvolveu soluções em construções energeticamente efi cientes, freqüentemente

obtidas apenas com o emprego de materiais construtivos disponíveis em dada região,

adaptadas às suas condições climáticas particulares – as construções vernáculas, de

caráter popular, que resultaram das necessidades, possibilidades e valores de uma

população integrada ao seu habitat.

Não obstante, em estudo de campo sobre moradias populares, Krüger et all (2000,

pp. 117 – 121) confi rmam uma tendência contrária nesse sentido; no Brasil, destaca

7 No que respeita à infl uência do clima na efi ciência energética, o projeto arquitetônico deve embasar-se em estudo dos condicionantes climáticos locais, como orientação solar, radiação, temperatura do ar, umidade relativa, sombreamento de elementos externos e ventos. As informações não sistematizadas sobre dados climáticos inviabilizam a elaboração de projetos mais exigentes. In INEE – Instituto Nacional de Efi ciência Energética. Efi ciência Energética de Edifi cações. Proposta de Fórum de Efi ciência Energética nas Edifi cações, maio de 2002, p. 4. Disponível em: www.inee.org.br/down_loads/edif/Provoc2_edif.pdf Acessado em junho de 2007.

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a resistência que ainda predomina na utilização de materiais de origem local, em

favorecimento dos industrializados, seja, pela facilidade técnico-construtiva: seja,

pelo preço mais acessível, que determina a decisão de compra, ou por critérios de

adoção de uma medida de padronização:

Os programas para habitação de interesse social vêm sendo implementados em todo o território nacional de forma padronizada, sem haver uma preocupação com especifi cidades regionais. Assim, uma mesma tipologia de projeto e de mesmo sistema construtivo é adotada em cidades com características muito distintas, sendo desconsiderada a grande diversidade sócio-econômica, cultural, climática e tecnológica entre as diferentes regiões do Brasil, o que resulta em construções de baixa qualidade construtiva que não atendem às necessidades de seus usuários. (KRÜGER et. al.., 2000, pp.117-121)

Com relação a materiais, é de se destacar também a orientação de projetos,

sobre aqueles que cumprem o papel de reter ou dispersar a energia no interior

da edifi cação, bem como o emprego de materiais energo-intensivos, para cumprir

a mesma função que materiais com menos insumo energético poderiam atender.

(INEE, 2002, p. 4).

Mülfarth (op. cit., pp. 8 – 9) refere-se ainda à utilização de combustíveis limpos

como a energia solar, a eólica e a de biomassa, e observa que até 30% de redução no

consumo médio de energia de um prédio já construído podem ser conquistados com

pequenas reformas.

Os modelos computacionais vêm servindo como um dos mais importantes recursos

nesse sentido, através das simulações energéticas de edifi cações que possibilitam,

podendo ser empregadas tanto para estudos de prédios pós-ocupados como para

prédios novos. De acordo com o INEE – Instituto Nacional de Efi ciência Energética

(2004), “[...] a utilização sistemática destas simulações pelos arquitetos é

um importante recurso projetual no estudo da efi ciência energética [...]”.

(INEE, 2004, p.2)

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Com efeito, Lamberts, Gómez e Signor (1996), utilizando-se de um modelo de

simulação energética, desenvolveram um estudo de melhoria na efi ciência energética

do Bloco J do prédio do Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (CEPEL), no Rio de

Janeiro.

Na simulação, uma redução de 28% no consumo total de energia do prédio foi

conquistada, sendo que, deste percentual, isoladamente 14,3% referiram-se ao

conserto de infi ltrações, medida considerada de maior impacto na diminuição do

consumo de energia do prédio. (WESTPHAL, 1999, p. 4).

Outra advertência importante no projeto de efi ciência energética é quanto ao

uso de códigos de obras. Muitas vezes, estes códigos defi nem a orientação do

prédio independentemente de uma racionalidade bio-climática e em orientações

inadequadas quanto à garantia de uma insolação otimizada da edifi cação, em

proteção e aproveitamento dos ventos. (INEE, op. cit., p. 4).

Aliado ao projeto arquitetônico do edifício ganha importância o projeto elétrico,

sobretudo quando associado à utilização de sistemas de condicionamento térmico,

cuja escolha pode ser determinante para uma signifi cativa redução no consumo de

energia.

No âmbito das políticas e instrumentos de ação governamentais ressalta-se a

utilização de conceitos de mercado em efi ciência energética no relacionamento

técnico comercial, tratando a efi ciência como um parâmetro do cenário que defi ne

o mercado de energia.

Dados do Instituto Nacional de Efi ciência Energética – INEE, esclarecem que o

mercado deste setor, no Brasil vem se desenvolvendo lenta e timidamente a partir

de meados da década de 90, em projetos tipicamente pequenos, que apontam para

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as difi culdades em seu estabelecimento e na constituição de uma sustentabilidade

em efi ciência energética. Isso se explicaria por diversos fatores:

(i) pela baixa prioridade que o tema encontra no País (em função do foco

maior em outros fatores que infl uenciam nos lucros; porque a energia,

de modo geral, é um item de custo considerado relativamente menos

importante; e porque a efi ciência estratégica ainda é um assunto

estranho ao negócio das empresas;

(ii) pelo desconhecimento dos conceitos de efi ciência energética e das

técnicas de uso efi ciente de energia; e

(iii) pela difi culdade de obtenção de fi nanciamentos em projetos de

efi ciência energética. (INEE, 2007, s/p).

Zimmerman (2006, p. 16) enumera as principais barreiras à realização de projetos de

efi ciência energética no Brasil, conforme demonstra a tabela, a seguir:

TABELA 1 – Principais Barreiras a Projetos de Efi ciência Energética no Brasil

1 Difi culdades de Financiamento – taxa de juros elevadas 100%

2 Consumidor acredita que pode, ele mesmo, executar o projeto 84%

3 Consumidor não prioriza melhorias em efi ciência energética 75%

4 Complexidade do processo de tomada de decisão pelo consumidor 75%

5 Baixa compreensão pelo cliente de potenciais benefícios 64%

6 Baixo custo da energia 64%

7 Baixa credibilidade dos provedores de serviço 40%

FONTE: ZIMMERMAN, 2006.

O marco legal da efi ciência energética brasileira viria apenas no ano de 2001, com a Lei

de Efi ciência Energética – n° 10.295, que estabeleceu níveis máximos de consumo, ou

mínimos de efi ciência energética, de máquinas e aparelhos consumidores de energia

fabricados ou comercializados no Brasil, bem como as edifi cações. No mesmo ano

seria criado o Comitê Gestor de Indicadores e Níveis de Efi ciência Energética – CGIEE,

através do Decreto n° 4.059. (ZIMMERMAN, op. cit., p. 8).

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Mariangela de Moura

Em 2004, foi promulgada a Lei n° 10.847, que autorizou a criação da EPE – Empresa

de Pesquisa Energética, defi nindo-lhe competência para promover estudos e

programas de desenvolvimento energético ambientalmente sustentável, inclusive

de efi ciência energética; e promover planos de metas voltados para a utilização

racional e conservação de energia, podendo estabelecer parcerias para este fi m. No

mesmo ano, seria promulgada a Lei n° 10.848, sobre a comercialização de energia

elétrica, introduzindo novas oportunidades para a geração distribuída e co-geração

(comercialização com as concessionárias). (ZIMMERMAN, op. cit., p. 28).

O aperfeiçoamento dos instrumentos legais em efi ciência energética no País é recente.

Em setembro de 2006 foi aprovado o projeto de Regulamentação de Efi ciência

Energética para edifícios comerciais, de serviços e edifícios públicos desenvolvido

pelo Labeee (Laboratório de Efi ciência Energética em Edifi cações do Departamento

de Engenharia Civil da Universidade Federal de Santa Catarina) em parceria com o

Ministério de Minas e Energia, através do Procel, Programa Nacional de Conservação

de Energia Elétrica, da Eletrobrás.

Em referência ao Procel, a regulamentação inclui três requisitos principais:

efi ciência e potência instalada do sistema de iluminação; efi ciência do sistema de

condicionamento do ar; e desempenho térmico da envoltória do edifício, que permite

uma classifi cação do nível de efi ciência, que vai, de A (mais efi ciente) a E (menos

efi ciente), e inclui incentivos adicionais para o aumento da efi ciência no implemento

de sistemas de energia alternativos. (2007, s/p).

Com a apresentação dos requisitos técnicos necessários para a classifi cação, a

regulamentação visa à etiquetagem voluntária de edifi cações e equipamentos

(Programa Brasileiro de Etiquetagem – PBE), no ano de 2007, por um período de cinco

anos, sendo obrigatória em algumas circunstâncias (nos processos de fi nanciamento

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Mariangela de Moura

para a construção de novas edifi cações e nos editais de concorrência de novas

edifi cações e de revitalização de edifi cações de grandes empresas públicas e privadas).

Em 2012, seu uso será compulsório.

A etiquetagem, um mecanismo adotado em mais de 25 países, tem por objetivo

informar o consumidor; sua padronização objetiva retirar equipamentos inefi cientes

do mercado. Com a etiquetagem, institui-se o Programa do Selo, um reconhecimento

das melhores efi ciências entre os equipamentos etiquetados. (ZIMMERMAN, op. cit.,

p. 19). As fi guras a seguir ilustram:

Além destas ações, é preciso destacar-se a importância de outros mecanismos

para o desenvolvimento dos conceitos de efi ciência energética, como os programas

de incentivo, cujo objetivo é a remoção das barreiras aos projetos de efi ciência

energética; que proporcionam uma visão mais ampla sobre o tema pelos consumidores

de modo geral, bem como, a divulgação de dados sobre consumo global do país, e

redução de custos em energia através da utilização prática dos conceitos de efi ciência

energética.

FIGURA 30 – Etiqueta deEfi ciência EnergéticaFONTE: PROCEL, 2005. FIGURA 31 – Programa do Selo

FONTE: ZIMMERMAN, 2006.

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Mariangela de Moura

2.3. Equipamentos de Iluminação para Escritórios

Um dos requisitos da boa iluminação é a qualidade da luz. No ambiente de trabalho,

esta qualidade se traduz pela criação de um espaço no qual as tarefas possam ser

bem realizadas e os funcionários estejam confortáveis. Por isso, o emprego da

iluminação correta no trabalho é imprescindível, pois com ela é possível atingir níveis

signifi cativos de produtividade. (PHILIPS, 2004, p. 2). O gráfi co a seguir demonstra

em percentuais a relação entre a iluminação e a produtividade no trabalho:

Independentemente da fonte de luz natural (a luz do dia), a iluminação dos ambientes

de trabalho se dá por fontes artifi ciais - um conjunto composto por equipamentos,

lâmpadas e luminárias que formam o que a luminotécnica (o estudo das técnicas das

fontes de iluminação artifi cial, isto é, provenientes da energia elétrica) chamado de

sistema de iluminação.

Cada componente desse sistema tem desempenho e qualidade diferentes, que

dependem da escolha adequada e do tipo de tecnologia empregada em sua fabricação.

A efi ciência do sistema de iluminação artifi cial adotado no projeto luminotécnico

FIGURA 32 – Relação entre iluminação eprodutividade no trabalhoFONTE: PHILIPS, 2004.

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Mariangela de Moura

depende do desempenho particular de todos os elementos envolvidos, bem como, de

sua integração à iluminação natural.

De acordo com o manual da Osram (2007, p. 10), um projeto luminotécnico adequado

começa pela defi nição do sistema de iluminação artifi cial que será escolhido para o

ambiente que se quer iluminar, respondendo a três questões básicas: como a luz

deverá ser distribuída pelo ambiente; como a luminária vai distribuir a luz; e qual a

ambientação que se quer dar ao espaço.

Como prescreve a Philips, (op. cit., p. 2), nos ambientes de trabalho verifi ca-

se atualmente uma nova distribuição de espaços, além da extensa utilização

de equipamentos que determinam novas atividades profi ssionais e diferentes

necessidades luminotécnicas. Dado tais fatores, recomenda-se a cobertura lumínica

de todas as áreas.

O sistema de iluminação empregado tem infl uência direta sobre o desempenho visual

na execução de tarefas e bem-estar dos trabalhadores.

Iida (op. cit., p. 258 – 259) comenta que, a iluminação e as cores podem contribuir de

forma positiva, para o aumento da satisfação e melhoria da produtividade, afi rmando

que “[...] um bom sistema de iluminação pode produzir um ambiente de fábrica

ou escritório agradável, onde as pessoas trabalham confortavelmente, com pouca

fadiga, monotonia e acidentes, e produzem com maior efi ciência”. O processo para

a escolha do melhor sistema de iluminação deve ser planejado com cuidado, desde

as etapas iniciais do projeto luminotécnico.

Nesse sentido, o autor propõe uma classifi cação dos sistemas de iluminação, segundo

a forma de disposição das luminárias no ambiente, e o efeito que produzem no plano

de trabalho: a iluminação geral, a localizada e a combinada, conforme ilustra a

fi gura a seguir.

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A iluminação geral (ambient lighting) se obtém pela colocação regular de luminárias

em toda a área de trabalho, ou por um número de linhas de luminárias, distanciadas

regularmente, o que garante um sistema uniforme de iluminamento sobre o plano

horizontal. A principal característica deste sistema é ser sufi ciente, para delimitar

espaços, permitir a visualização completa no entorno dos objetos e a circulação, sem

embaraços, sendo mais comumente encontrado em ambientes amplos de trabalho,

grandes escritórios do tipo landscape, onde se prevêem mudanças na disposição física

e a ocupação é genérica.

Por meio do manual da Osram (op. cit., p. 11), o uso da iluminação geral permite

maior fl exibilização dos espaços internos do local de trabalho. Não obstante, não

atende às necessidades específi cas de locais que requeiram níveis de iluminância

mais elevados, além de consumir mais energia. Em alguns casos, implica em aspectos

fotométricos, como a obstrução do controle de ofuscamento.

FIGURA 33 – Sistemas de Iluminação noAmbiente de TrabalhoFONTE: IIDA, 2005.

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Mariangela de Moura

Para a produção de iluminamento mais elevado, especialmente em atividades laborais

de precisão ou que envolvam tarefas visuais mais criteriosas, a iluminação localizada

sobre a superfície de trabalho (posto de trabalho) é geralmente utilizada.

A iluminação localizada concentra maior luminosidade na área predeterminada,

e, com a instalação de luminárias em alturas mais elevadas, ilumina superfícies

adjacentes. Este tipo de iluminamento, além de atender as necessidades individuais,

propicia menor consumo de energia e menor incidência de ofuscamento, sombras e

refl exos quando as luminárias são adequadamente posicionadas.

Entretanto, em caso de alteração do layout do escritório, há necessidade de se rever

o posicionamento das luminárias e, em alguns casos, necessita de complementação

através de um sistema de controle de uniformidade da luz do local. (OSRAM, op. cit.,

p. 12).

No esquema do sistema de iluminação para ambientes de trabalho proposto por Iida,

a iluminação combinada é aquela em que a iluminação geral se complementa com

focos de luz localizados sobre a tarefa ou atividade – também chamada iluminação

de tarefa. Neste caso, as luminárias são colocadas no plano de trabalho, com foco

direcionado à tarefa visual.

A iluminação combinada economiza energia, e proporciona maior controle sobre

os efeitos fotométricos. Apesar disso, apresenta menor fl exibilidade em relação à

alteração da disposição dos planos de trabalho e precisará sempre de uma iluminação

complementar. (OSRAM, op. cit., p. 13).

Nos sistemas de iluminação para escritórios podemos classifi car os efeitos de

iluminação no ponto de vista da forma que a luz incide sobre o local de trabalho:

iluminação direta; iluminação indireta; iluminação direta e indireta; e iluminação de

destaque.(PHILIPS, op. cit., p. 5).

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A iluminação direta é geralmente instalada no forro do ambiente e produz uma

luminosidade que incide diretamente sobre o plano de trabalho, de cima para baixo.

Por isso, não causa refl exão intermediária e torna a superfície mais destacada.

O manual da Philips (op. cit., p. 5) observa que para o uso de iluminação direta não

há necessidade de pé direito alto, apontando ainda sua efi ciência no iluminamento

de áreas específi cas, a economia que proporciona pelo melhor aproveitamento de

energia, e a conveniência deste tipo de iluminação. Como desvantagem, a possibilidade

de ofuscamentos, sombras e refl exões indesejadas.

A iluminação indireta é aquela que produz uma refl exão (no teto ou na parede)

antes de chegar ao plano de trabalho. Com o teto recebendo a maior quantidade de

luz, o ambiente fi ca mais iluminado como um todo, sendo capaz de produzir maior

uniformidade luminosa; o sombreamento é raro e o sistema tem bom efeito estético.

Entretanto, a iluminação indireta tem baixo rendimento e, geralmente, é um tipo

de sistema mais caro: por ser menos efi ciente, demandando o uso de lâmpadas mais

potentes ou em maior quantidade. (PHILIPS, op. cit., p. 5).

Nesse sentido, pode-se destacar a utilização dos dois tipos de iluminação no mesmo

ambiente de trabalho para otimizar a refl exão dos objetos. Na iluminação indireta

podem ocorrer sombras e refl exões indesejadas, mas quando utilizada adequadamente

minimiza a nitidez e os efeitos de sombra que podem se originar da iluminação

direta.

A iluminação direta e indireta associa os dois tipos anteriores, distribuindo-se sob a

forma descendente e superior, podendo variar em proporções. Tal combinação oferece

brilho e conforto, porém o teto precisa ter pé direito mais alto e sua instalação é mais

cara. Já a iluminação de destaque é integrada à iluminação geral e utiliza um facho

dirigido e concentrado para ressaltar o que se quer, seja um objeto ou a indicação de

um caminho.(PHILIPS, op. cit., p. 5)

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De acordo com Cervelin (2002, p. 10), as lâmpadas são os únicos componentes do

sistema de iluminação que podem converter energia elétrica em luz visível. Para

que este processo se realize, é necessário o uso de luminárias e, em alguns casos,

reatores, como componentes auxiliares de um sistema de iluminação.

Grandjean (op. cit., pp. 257 – 278) esclarece que, a escolha das lâmpadas a serem

utilizadas nos sistemas de iluminação em ambientes de trabalho deve ser feita

atendendo a critérios que variam entre o local e a natureza do trabalho, levando-se

em consideração os seguintes fatores:

• Medidas e forma do local;

• Função do trabalho desenvolvido no ambiente;

• Tipo de tarefa visual exigida;

• Número de horas de trabalho;

• Economia do sistema (incluindo custo inicial, consumo de energia e

manutenção).

Rodrigues (op. cit., p. 23) estende a estes pontos alguns conceitos fundamentais de

luz, visão e cor associados à escolha das lâmpadas.

• Fluxo luminoso – é a quantidade de energia produzida por uma fonte

luminosa, isto é, a potência luminosa emitida por segundo pela lâmpada

em todas as direções e avaliada pelo olho humano. O fl uxo luminoso é

medido em lumens (lm). Senzi (apud CORBIOLI, 2004, p. 23) comenta

que como as lâmpadas emitem diferentes quantidades de energia sua

efi ciência poderá ser medida pela relação entre a quantidade de lumens

irradiados e a energia consumida; quanto mais lumens por watt, maior

é a efi ciência;

• Intensidade luminosa – é a porção do fl uxo luminoso irradiada em uma

direção específi ca. Medida em candelas (cd), a intensidade luminosa

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permite que determinadas lâmpadas emitam uma luz controlada que

possibilita focar um objeto. (SENZI, apud CORBIOLI, op. cit., p. 24);

• Índice de reprodução da cor (IRC) – medida de correspondência entre

a cor real de um objeto e sua aparência diante da fonte de luz artifi cial,

indicando a capacidade que a fonte luminosa tem de reproduzir

fi elmente a cor do objeto iluminado. Senzi (apud CORBIOLI, op. cit., p.

24) explica que o IRC varia de zero a 100 e que quanto maior este índice

maior será a fi delidade das cores;

• Temperatura da cor ou tonalidade da cor – medida em kelvin (k),

a temperatura da cor é uma avaliação da cor das fontes luminosas

adotada pelos fabricantes de lâmpadas e está diretamente relacionada

à luz natural. Ao meio-dia, a luz solar tem tonalidade branca, próxima

dos cinco mil kelvins; no fi nal da tarde, a luz natural apresenta nuances

amareladas. Essa relação é válida também para a iluminação artifi cial.

De acordo com Senzi (apud CORBIOLI, op. cit., p. 25), lâmpadas na

faixa de quatro mil a cinco mil kelvins proporcionam luz de tonalidade

branco-azulada, ideal para ambientes onde o ser humano deve estar

ativo ou produtivo, tais como escritórios e indústrias.

Sob informação da consultoria técnica da Osram e da Philips, a tendência do mercado

de lâmpadas aponta para os produtos de alta efi ciência luminosa, baixo consumo,

grande durabilidade, de eletrônica integrada, automação do sistema de iluminação e,

especialmente, para as lâmpadas de pequenas dimensões, que passam despercebidas

nos projetos de iluminação, evidenciando apenas a luz. (apud CORBIOLI, op. cit., p.

38).

Para escritórios, Grandjean (op. cit., pp. 315 – 318) reprova a utilização de lâmpadas

incandescentes, mais apropriados para ambientes residenciais. Indicadas para locais

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onde o nível de iluminação deve ser inferior a 200 lux, as lâmpadas incandescentes

emitem uma luminosidade com parcela elevada de tons vermelhos e amarelos, cujo

efeito é relaxante. Além disso, têm grande emissão de calor e associam-se à sensação

térmica correspondente.

Já as lâmpadas fl uorescentes encontram um largo campo de aplicação, na iluminação

de escritórios, sobretudo porque proporcionam economia no consumo de energia,

levando-se em conta o longo período em que o sistema de iluminação fi ca acionado.

Outro ponto favorável, especialmente em função do uso de computador, é a baixa

luminância que lhe é própria, facilitando o controle de ofuscamento. Em ambientes

de escritório com pé direito baixo, com elas é possível, ainda, associar melhores

efeitos estéticos, pois podem ser embutidas.

Conforme Pilotto Neto (1980, pp. 55 – 62), dependendo da composição dos sais

fl uorescentes na sua fabricação, as lâmpadas fl uorescentes podem propiciar diferentes

tonalidade de cor. A lâmpada fl uorescente que reproduz a luz do dia, por exemplo, não

obstante produzir uma atmosfera fria (acima de 5000 K)8, é indicada para ambientes

de trabalho que exigem altas intensidades de iluminação (acima de 800 lux); e,

ainda naqueles em que há necessidade de um controle exato das cores, como as

indústrias têxteis e os escritórios de artes gráfi cas. O autor comenta que na atividade

laboral de avaliação das cores também se pode utilizar as lâmpadas mistas, cuja luz

é resultante do efeito de fl uorescência e de incandescência simultaneamente.

Tecnicamente, as luminárias podem ser entendidas como produtos utilizados

para obter maior controle sobre a iluminação, maior rendimento das lâmpadas e

proporcionar melhor acabamento na instalação dos equipamentos de iluminação.

8 Temperatura de cor - é a grandeza que expressa a aparência de cor da luz, sendo sua unidade o Kelvin (K).(Osram,1999)

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Cervelin (op. cit., p. 10) esclarece que as luminárias são apetrechos que direcionam

e distribuem a luz para a área de interesse, consistindo “[...] de uma cavidade onde

se localiza o refl etor, de componentes para a fi xação das lâmpadas e de espaço para

os reatores [...]”. Para Pilotto Neto (op. cit., p. 76), além de suportar a lâmpada e

distribuir o fl uxo luminoso, as luminárias servem também para ocultar a fonte de luz

da visão direta do observador, evitando o ofuscamento.

Com a escolha da luminária, estabelece-se o tipo de lâmpada a ser utilizado num

sistema de iluminação. Entretanto, sua principal característica está na relação entre

a efi ciência que pode proporcionar (através do rendimento luminoso e do nível de

iluminação) e o conforto visual, associados à estética e ao formato. Outros parâmetros

funcionais norteiam a escolha da luminária: possibilidade de adaptação ao local e

correto posicionamento; efeito estético; qualidade do material de fabricação;

facilidade de manutenção; e substituição de lâmpadas.

Quanto aos equipamentos auxiliares para a montagem de um sistema de iluminação,

podem constar: soquete; transformador; reator; starter; ignitor; capacitor; dimmer;

e interruptor.

Em função da importância da luz e de equipamentos de iluminação, em projetos de

Arquitetura, como o objeto deste estudo - escritórios -, segue-se com esclarecimentos

específi cos, com base em conteúdos de autores relacionados ao tema.

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ILUMINAÇÃO E CONFORTO VISUAL EM ESCRITÓRIOS

A arquitetura vai além do abrigo das necessidades e atividade; é um meio de favorecer e desenvolver o equilíbrio, a harmonia e a evolução espiritual do homem, atendendo às suas aspirações, acalentando seus sonhos, instigando as emoções de se sentir vivo, desenvolvendo nele um sentido afetivo. [OKAMOTO, 2003, 58].

De acordo com Capra (2002, p. 25), para entender os problemas do mundo é

necessário olhar de maneira ampla o contexto onde estão inseridos. Quanto maior

amplitude tiver esta visão, maiores serão as possibilidades de surgimento de novas

formas de pensar e agir sobre os problemas. Elaborando percepções não lineares da

realidade relativiza-se o conceito de verdade, movimento necessário para quebrar

certos paradigmas.

Em uma análise dos problemas ambientais da contemporaneidade, o autor considera

que os padrões culturais de organização social, predominantes até fi nais do século

XX, produziram a atual crise ecológica por multiplicarem uma visão antropocêntrica

do mundo, que situou os seres humanos acima ou fora da natureza e atribui a esta

apenas um valor instrumental ou de uso.

Em busca das soluções para o meio ambiente, no contexto de uma percepção não linear

da realidade ambiental, um novo paradigma fi losófi co-ecológico surge – a ecologia

profunda (deep ecology) – que não separa o ser humano do meio ambiente natural e

observa o mundo como uma rede de fenômenos fundamentalmente interconectados

e interdependentes, um sistema que “[...] reconhece o valor intrínseco de todos os

seres vivos e concebe os seres humanos como um fi o particular na teia da vida [...]

”. (CAPRA, 2002, p. 26).

CAPÍTULO 3

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A ecologia defende o abandono do paradigma mecanicista/cartesiano, de caráter

lógico racional, propondo uma mudança radical na percepção, no pensamento e

nos valores atribuídos às coisas. Nesse sentido, Capra (op. cit., p. 73)acredita que

“[...] a humanidade está no limiar de mudanças tão radicais quanto foi a revolução

copernicana [...]”.

Para Okamoto (op. cit., pp. 19 – 42), esta mudança paradigmática teria se originado a

partir da década de 80, em resposta à ameaça representada pelos grandes desastres

ambientais ocorridos na Europa e nos Estados Unidos.

Tais circunstâncias enfatizaram a relação de reciprocidade entre o ambiente e o ser

humano, dinamizando a percepção ambiental9 do homem, levando-o a uma nova

postura no sentido de sua integração com o todo em que vive e habita, como fruto de

uma consciência adquirida, capaz de direcioná-lo à reversão do processo degenerativo

pelo qual a Terra atravessa.

Nesse sentido, Adam (2001, p. 14) elabora os princípios que passam a vigorar na

relação homem/meio ambiente:

• Todos os seres têm direito a viver com dignidade, não apenas os seres

humanos;

• A partir de referências da consciência, a ecologia faz com que o ser

humano se veja diante de uma condição universal, de um sentido de

vida presente em todos os cosmos;

• A ecologia não é apenas uma ciência estática, de preservacionismo

estanque, mas pressupõe um modelo de desenvolvimento sustentável

(de comunidades, edifícios e cidades auto-sustentáveis), que conjuga

9 De acordo com Okamoto, percepção ambiental é a visão que cada indivíduo elabora sobre o ambiente que o cerca e que o faz interagir positivamente ou negativamente com o meio à sua volta. A percepção ambiental é o resultado de processos cognitivos, julgamentos e expectativas..

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desenvolvimento tecnológico e progresso na gestão de recursos naturais

e no equilíbrio dos ecossistemas.

Monclús (1998, pp. 92 – 104), em análise sobre as teorias e formas de intervenção

urbana nos últimos 70 anos, considera duas grandes tradições urbanísticas: a

culturalista-arquitetônica e a progressista ou funcionalista. Mas acrescenta-lhes a

perspectiva atual, originada nos anos 90, a que denomina de ‘paisagista-ecológica’

ou ‘eco-urbanismo’, sugerindo o nascimento de uma terceira grande tradição. Tal

perspectiva é representada pela ruptura absoluta e pelo estabelecimento de um novo

paradigma em relação ao urbanismo tradicional, com suas múltiplas considerações

sobre o entorno natural e a paisagem.

Do mesmo modo, Hawken et. al. (2000, pp. 3 – 48) defendem a concepção de ‘design

verde’ como resposta ao atual sistema de produção capitalista, que, não obstante

ter expandido extraordinariamente as possibilidades de desenvolvimento material da

humanidade, o fez a um custo muito elevado.10 Para os autores, o ‘design verde’ é

uma opção na arquitetura, cujo foco é a utilização de recursos naturais com efi ciência

máxima, procurando o bem-estar do ser humano sem prejudicar o meio ambiente e

o sucesso econômico.

Tal percepção impõe um comportamento holístico na abordagem das questões sobre o

espaço construído, resultando em um processo perceptivo no qual o ambiente passa a

ter um papel fundamental. Segundo Adam (op. cit., p. 16), “[...] a arquitetura ecológica

revela um tipo de arquitetura que considera as potencialidades sócio-ambientais[...]”,

em busca de sistemas passivos e aproveitamento do clima e da natureza.

10 A propósito, Benevolo, refl etindo sobre a historiografi a da arquitetura e urbanismo, refere que o urbanismo contemporâneo não surgiu simultaneamente aos processos culturais, técnicos, econômicos e sociais que lhe deram origem e implicaram a transformação da cidade moderna, mas formou-se posteriormente, quando os efeitos qualitativos das transformações se tornaram evidentes e entraram em confl ito entre si, tornando inevitável uma ação reparadora. In BENEVOLO, Leonardo. As Origens da Urbanística Moderna. Lisboa: Editorial Presença, 1994, p. 97 – 111).

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Na prática, a arquitetura verde tem como desafi o utilizar todas as disponibilidades

da ciência e tecnologia, aliadas à necessidade de se preservar o equilíbrio ambiental,

procurando entrosar-se com as diferentes questões ambientais, e apresentar

soluções estratégicas de utilização do solo e de melhor adequação entre o projeto

e os materiais empregados; de formas alternativas de energia; de reciclagem das

águas; de planejamento em ventilação e iluminação naturais; e de aproveitamento

paisagístico, gerando o menor impacto ambiental. A visão do projeto de edifi cação

passa a ser de dentro para fora, isto é, a edifi cação adapta-se ao ambiente.

Com isto, propõe-se um projeto de edifi cação que forneça sustentabilidade ambiental

e econômica, através do uso efi ciente de recursos, respondendo, também, às questões

relativas à sustentabilidade social, eis que comprometido com os atores dos processos

construtivos em todas as suas etapas, desde o planejamento à demolição, conforme

ilustra a fi gura a seguir:

Na reformulação dos paradigmas arquitetônicos, destacam-se como variáveis, a

harmonia, e a boa convivência entre o homem e o espaço físico. Na perspectiva

de sua aplicação em ambientes construídos, especialmente no setor organizacional,

alguns conceitos transversais ganham relevância, quando propõem uma nova forma

de organização relacionada às atividades de trabalho.

FIGURA 34 – Ciclo de vida da edifi caçãoFONTE: LAMBERTS e TAVARES, 2005.

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3.1. Bem-Estar, Conforto Ambiental e Conforto Visual

A infl uência da luz, na visão de Fonseca (s/d) é a de que, “[...] A luz tem um impacto

psicológico e fi siológico signifi cativo no homem. Quando a luz passa pelos olhos, os

impulsos são propagados, não apenas às várias áreas visuais, mas também, às áreas

do cérebro relativas às emoções e à regulação hormonal [...]”. (FONSECA, apud

BRAINARD et al., 1988).

A qualidade de vida e a busca por sua melhoria são procuras incessantes do ser humano

para vislumbrar novas situações que respondam à sua necessidade de satisfação e

bem-estar em relação ao meio ambiente.

No universo fenomenológico da interação entre os indivíduos e as condições físicas

do ambiente construído, o conforto ambiental adquire um novo status no campo da

arquitetura e do projeto arquitetônico.

Em edifícios não residenciais, dentre eles os de escritórios, o conceito de conforto

ambiental é enfatizado, pois esse ambiente caracteriza-se por necessidades especiais,

relacionadas a atividades específi cas, produtividade do trabalho, ganhos em disposição

e desenvolvimento pessoal e profi ssional das pessoas que neles desenvolvem suas

atividades profi ssionais.

As sensações de conforto ou desconforto ambiental são geralmente avaliadas pelas

reações fi siológicas dos usuários de um espaço. O conforto ambiental focaliza a

física dos fenômenos a ele relacionados – térmicos, acústicos, lumínicos, auditivos,

olfativos etc.(Rheingantz, 1995)

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Esta tradição, priorizando aspectos objetivos e funcionais, se cristalizou em códigos ou

normas nacionais e internacionais que estabelecem padrões de desempenho dos edifícios

em questões de segurança, habitabilidade e sustentabilidade no gerenciamento da

qualidade ambiental e orientam quantitativamente os critérios de aferição dos graus

destes requisitos entre as necessidades biofísicas e funcionais das pessoas.

Com efeito, a Norma ISO (International Standard Organization) 6.241, aprovada em

1984, é exemplar nesse sentido, ao pontuar o conforto térmico, acústico, tátil e

luminoso-visual, dentre outros, entre as 14 exigências de habitabilidade dos usuários

a serem consideradas na relação qualidade e efi ciência das edifi cações.11

Schmid (2005, pp. 95 – 98) propõe que o conforto ambiental resulta de três

componentes: comodidade (ou a busca pelo não-desconforto); sua antítese, a

funcionalidade; e a expressividade, que seria uma dimensão independente.

Sahlins (2003, p. 227), um crítico das respostas utilitaristas das condições ambientais,

a funcionalidade é uma qualidade de razão prática, na medida em que é defi nida

por um sistema de signifi cados (negociados e partilhados pelos indivíduos) postos

em acordo com a estrutura específi ca e as fi nalidades de uma ordem cultural. Por

exemplo, o consumo seria um modo de construção de signifi cado típico da sociedade

industrial capitalista.

Desta concepção decorre que nenhuma explicação funcional por si só é sufi ciente, já

que o valor funcional é sempre relativo a um esquema cultural. Enfatiza-se, assim,

a importância das instâncias simbólica e imaginária da vida humana, bem como sua

interpretação.

11 Nas diretrizes da categoria visual de requisitos, a ISO 6.241 leva em conta iluminação natural e artifi cial (requisitos de luminescência, ofuscamento, contraste e estabilidade da luz); luz solar (insolação); possibilidade de escuridão; aspectos dos espaços e superfícies (cor, textura, regularidade, homogeneidade, verticalidade, horizontalidade, perpendicularidade etc); contato visual com o mundo interno e externo (conexões e barreiras para privacidade, liberdade de distorção ótica). In ISO 6.241. International Standard Organization. Performance Standards in Building. Principles for their preparation and factors to be considered. 1984.

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Sob esta perspectiva, é possível verifi car-se que outros indicadores infl uenciam a

tomada de decisão em projetos de arquitetura e a observação de campo sobre a

qualidade de vida no ambiente construído, abrindo espaço à comprovação de que

as sensações de conforto, bem-estar e satisfação, além do ponto de vista cultural,

também dependem da percepção psicológica dos indivíduos, e de seu conhecimento

sensível, e se fi liam ao ponto de vista simbólico e de acervo cognitivo, enquanto

sensorial.

Apreendidas na memória do usuário do ambiente, estas sensações afetam sua

experiência e determinam uma avaliação subjetiva (‘emocional’ e ‘impressionista’)

da qualidade de um espaço em seus diferentes aspectos.

A realidade do espaço se confi gura como realidade da percepção e da experiência do espaço (...) consistindo em concebê-la como expressão de nossas relações com o mundo externo, sejam elas físicas ou não (...) conforto ou bem-estar deve ser entendido como relativo, particular, construído a partir de relações. (RHEIGANTZ, 2002, pp. 1 - 6)

No Brasil, estudos interdisciplinares em avaliação de desempenho ambiental vêm se

desenvolvendo nesse sentido, destacando-se o grupo Qualidade do Lugar e Paisagem –

Pro LUGAR - vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Arquitetura da Universidade

Federal do Rio de Janeiro; o Núcleo de Tecnologia da Arquitetura e Urbanismo –

NUTAU, da Universidade de São Paulo; bem como os trabalhos desenvolvidos por

pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, da Universidade

Federal do Rio Grande do Sul e da Universidade de Brasília.

Tais estudos acompanham as concepções propostas por autores pioneiros na observação

teórica da transversalidade entre a arquitetura e a psicologia, dentre eles Sommer

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e Hall (1983), de cuja linha de investigação surge a avaliação social das edifi cações

e a preocupação com o ponto de vista e a participação do usuário no processo de

planejamento e avaliação ambientais.

Sommer (1983, p. 7) defende que o ambiente construído deveria ser projetado com

uma orientação humanista (de caráter inclusivo e democrático), valendo-se de maior

participação do usuário para melhor atender às suas necessidades. Nesse sentido,

propõe o que denominou como ‘social design’, que resultaria da ligação entre as

ciências comportamentais e a arquitetura e urbanismo, defi nindo-o da seguinte

forma:

Design social signifi ca trabalhar com as pessoas, no lugar de trabalhar para elas; envolvendo as pessoas no planejamento e no manejo dos espaços onde se inserem; educando-lhes para usar o ambiente de maneira sensata e criativa a fi m de atingir um balanço harmonioso entre o ambiente social, físico e natural (...) designers sociais não podem atingir tais objetivos trabalhando sozinhos. O objetivo precisa ser realizado somente com a participação de estruturas de organizações maiores, que incluem as pessoas para quem o projeto é desenvolvido12(SOMMER, 1983, p. 7)

Na mesma linha de pensamento, Hall (2005, pp. 22 – 48) afi rma que “[...] o sentido

humano do espaço é uma síntese de muitos insumos sensoriais: visual, auditivo,

cinestésico, olfativo e térmico [...]”, que amplia a dimensão da interface entre o

ambiente e o comportamento humano.

Nessa perspectiva, o autor destaca a individualização do uso do espaço na busca de

satisfação psicológica com o ambiente físico, demonstrando a importância do espaço

pessoal e do sentimento de territorialidade e de segurança (que dependem tanto do

detalhamento físico do espaço como do comportamento e do tipo de ocupação do

12 “Social design is working with people rather than for them; involving people in the planning and management of the spaces around them; educating them to use the environment wisely and creatively to achieve a harmonious balance between the social, physical, and natural environment (…) social designers cannot achieve these objectives working by themselves. The goals can be realized only within the structures of larger organizations, which include the people for whom a given project is planned.” Tradução da autora.

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usuário deste espaço) relacionados à confi guração arquitetônica. Para Hall, o espaço

concebido determina a maneira de apreendê-lo e experimentá-lo. Assim, a forma

como o homem utiliza o espaço é capaz de infl uir nas suas diversas capacidades e

relações.

Mais recentemente, no domínio da construção/território e design, o trabalho de

Hawken et al. (op. cit., pp. 68 – 71) aponta que o desgaste dos bens naturais tem

esbanjado as reservas de fundo natural, criadas ao longo de bilhões de anos. Nesse

sentido, afi rmam que o design verde pretende mudar a forma de organização da

sociedade, promovendo o resgate do senso de comunidade, através da valorização

dos recursos naturais e humanos, a que denominam ‘capital natural’.

Os autores informam que, nos projetos do ‘design verde’ valoriza-se o bem-estar

das pessoas, utilizando-se técnicas, tecnologias e procedimentos que garantam

a satisfação dos usuários e ambientes agradáveis. No espaço de trabalho, isso se

traduziria pelo conforto ambiental, pois “[...] cria um ambiente de pouco stress e de

alto desempenho, gerando ganhos valiosos na produtividade do trabalho [...]”, lucros

não esperados, menor índice de erros e menor índice de absenteísmo. (HAWKEN et

al., op. cit., pp. 68 – 71).

Tal abordagem introduz na refl exão da relação homem/ambiente construído uma

dimensão orgânica, holística e participativa, que se opõe à dimensão meramente

objetiva. De fundamentação psicológico-ambiental, insere-se na arquitetura,

contribuindo para a amplifi cação deste campo do conhecimento (através de um

enfoque ecológico humano mais consistente) e oferece-lhe uma redefi nição de seu

próprio objeto de estudo, na medida em que acrescenta aos aspectos construtivos,

funcionais e estéticos, a análise comportamental e social.

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Hall (op. cit., p. 61) considera que, a percepção espacial do ser humano é dinâmica;

para o autor, a percepção espacial do homem moderno repousa basicamente sobre o

sentido da visão; sobre o processo de observação visual.

Ao observar a diversidade das pesquisas empíricas sobre percepção surgidas no século

XX, Santaella (1998, p. 9) identifi cou uma tendência de redução dos processos da

percepção à visualidade e afi rma que 75% da percepção humana, no estágio atual de

evolução do homem, é visual, enquanto que 20% são relativos à percepção sonora, e

5% divididos entre tato, olfato e paladar.

Ainda, para a autora, isso se dá por razões de especialização evolutiva do ser

humano, encontrando justifi cativa porque a percepção visual seria o campo sensorial

responsável pelo poder de defesa e de sobrevivência do homem no meio ambiente,

fazendo com que dela dependesse majoritariamente. Como a percepção visual não é

um registro mecânico de elementos, mas a apreensão de padrões estruturais, a luz

poderia ser confi gurada (do ponto de vista perceptivo) por seu valor expressivo.

De tais considerações, infere-se que o conforto visual nos escritórios é um princípio

essencial, pois a visão é a fonte de informação mais importante a respeito do espaço

interno; das formas; de tamanhos; de localização e das características físicas dos

objetos. Sob o binômio luz natural/luz artifi cial, a iluminação deve permitir uma

percepção visual de qualidade.

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3.2. Iluminação Natural e Iluminação Artifi cial

Scarazzato (2004, p. 23) esclarece que, na arquitetura, entende-se por iluminação

natural aquela decorrente da disponibilidade de luz na natureza durante o dia.

A iluminação natural é o tipo de iluminação para o qual o olho humano se desenvolveu

e se aperfeiçoou, sendo a fonte de luz que melhor atende às exigências visuais

humanas. Tal aspecto demonstra sua particular importância.

Pilotto Neto (op. cit., pp. 47 – 49) afi rma que, o inconveniente da iluminação natural

é aquele decorrente da grande variação de intensidade luminosa em ambientes

internos, trazendo desconforto visual. Em locais de trabalho, três tipos de desconforto

estariam conectados ao dinamismo da iluminação natural, nos quais a intensidade

da luz variaria entre uma luminosidade excessiva, o brilho e o desequilíbrio de

luminância sobre a estação de trabalho.

Este inconveniente, somado ao baixo custo da energia elétrica que perdurou desde a

segunda metade do século XX, acabaria por estabelecer uma avaliação quantitativa

da iluminância em ambientes construídos, que orientou por longo tempo os projetos

de iluminação ao emprego da iluminação artifi cial.

Entretanto, a emergência do princípio da avaliação qualitativa da iluminação (que

considera distribuição, luminâncias, contrastes e ofuscamentos), aliada aos conceitos

de efi ciência energética e conforto ambiental e visual, fez com que o aproveitamento

da iluminação natural fosse novamente valorizado, incorporando-a como principal

fonte de iluminação.

Para Pilotto Neto (op. cit., p.68), as grandes vantagens da iluminação natural residem

no fato de que esta é a que causa menor cansaço visual, é a que permite a visão

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da cor em seu exato sentido é a que apresenta maior economia de gastos. O autor

observa que a iluminação natural nos interiores depende de quatro fatores básicos:

(i) da iluminação da abóboda celeste; (ii) do ângulo de incidência da luz; (iii) da

cor empregada no ambiente; e (iv) da cor e da natureza dos vidros por onde a luz

penetra.

Dependendo da posição por onde a luz incide, a iluminação natural classifi ca-se em:

iluminação zenital (na qual a luz penetra pelo alto, através de superfícies iluminantes

na cobertura); e iluminação lateral (aquela em que a luz penetra pelas aberturas

existentes nas paredes da edifi cação).

András Majoros (apud Amorim, 2002, s/p) afi rma que são inúmeros os pontos positivos

da iluminação natural, destacando seus benefícios:

• Melhor qualidade de iluminação obtida, em função de a visão humana

ter-se desenvolvido com a luz natural;

• O aspecto favorável da mudança constante da quantidade de luz, que

proporcionaria efeitos estimulantes no ambiente;

• A possibilidade de se obter valores mais altos de iluminação, quando

comparada à luz elétrica;

• A possibilidade de aproveitamento da iluminação necessária durante 80

a 90% das horas da luz diária; e

• O fato de ser iluminação fornecida por fonte de energia renovável.

A técnica mais elementar de maximização da iluminação natural nos ambientes é

o tratamento de coberturas (iluminação zenital) e o tratamento das fachadas dos

edifícios (iluminação lateral), através da utilização de janelas. Sua ausência exigiria

o uso de iluminação artifi cial.

Nesse sentido, Hawken et al. (op. cit., pp. 82 – 93) propõem ‘superjanelas’, que,

na sua concepção, além de garantirem iluminação natural, mantêm a temperatura

interna do edifício em níveis agradáveis.

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Na mesma linha de pensamento, Vianna e Gonçalves (op. cit., pp. 114 – 117)

defendem a maximização da iluminação natural através do uso de janelas altas que

melhor distribuiriam a luz. Os autores observam, ainda, que o resultado da opção

pela iluminação natural é mais positivo se as superfícies internas tiverem cores

claras, de modo a difundir a luminosidade no ambiente. Assim, obter-se-ia adequada

distribuição da iluminância (luminosidade incidente) no recinto, evitando problemas

de adaptação advindos do ofuscamento.

Com efeito, principalmente nos ambientes de trabalho, para ter conforto visual, há

que se controlar o nível de iluminância interior e, de acordo com as circunstâncias,

a quantidade de luz natural tem de ser reduzida, sobretudo nas proximidades de

tarefas visuais críticas. Nesta dimensão, a incidência de luz solar diretamente no

interior de escritórios deve ser evitada, em favor de uma luz difusa.

Para que os sistemas de janelas, para que a entrada de luz seja efi ciente, um projeto

de iluminação em escritórios deve ser direcionado, de forma a evitar a entrada

direta de radiação solar no interior dos ambientes, devido ao ofuscamento e

superaquecimento do ambiente em locais de clima quente, como é o caso da maioria

das cidades brasileiras.

As janelas são efi cientes para iluminar as regiões mais próximas do posto de trabalho.

Com isso, é de se conceber que o fundo do ambiente fi que mais escurecido, eis que

mais distante deste foco luminoso. Haveria necessidade, então, de obtenção de níveis

maiores de iluminação geral, mais distantes do campo visual da estação de trabalho.

Para tanto, a iluminação artifi cial é atualmente um dos principais elementos a ser

considerado na arquitetura, não obstante a reconhecida valorização da iluminação

natural.

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Scarazzato (op. cit., p. 51) caracteriza a iluminação artifi cial como aquela que

provém de qualquer ação humana que a gere, sendo que, no atual estágio tecnológico,

invariavelmente se refere à iluminação produzida por lâmpadas elétricas.

Para Godoy e Stiller (2000, pp. 98 – 101), a iluminação artifi cial pode ser defi nida

como iluminação cênica e iluminação de efeitos. Por iluminação cênica, os autores

compreendem aquela que cria clima para determinados espaços, afi m com a intenção

do contexto em termos de decoração e solução arquitetônica. Já na iluminação

de efeitos, a iluminação artifi cial estaria relacionada à diversidade de lâmpadas e

equipamentos disponíveis no mercado.

Além das características técnicas, ambas oferecem uma grande contribuição de

valor psicológico ao usuário, na medida em que a iluminação natural do escritório

é insufi ciente para cobrir amplamente o campo visual do ambiente como um todo;

que, neste caso, o uso combinado da iluminação natural com a artifi cial é relevante;

e, ainda, frente às novas tecnologias, avaliadas como um meio de transporte de

iluminação para o fundo de ambientes, onde o suprimento de luz natural é baixo,

elas interagem.

A proposta dos sistemas de iluminação de escritórios, contemporaneamente, recai

justamente sobre uma combinação de equilíbrio criterioso, constituindo-se em

uma concepção de iluminação mista, mais controlada, adequada e inteligente, que

promova a integração entre a iluminação natural e a iluminação artifi cial, no seu

aspecto complementar, a fi m de garantir o conforto visual, a efi ciência energética e

a minimização dos gastos operacionais.

Tal concepção se enquadraria com maior propriedade nos projetos de iluminação de

ambientes construídos, nos quais um ou outro tipo de iluminação poderia prevalecer,

de acordo com o contexto onde se desenvolveria um projeto de iluminação.

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3.3. A Iluminação Artifi cial nos Projetos de Escritórios

Depois da invenção da luz elétrica, os projetos de iluminação tornaram-se necessários

para melhor localizar e distribuir as fontes de luz. Naquela época e durante muito tempo

esses projetos foram feitos por engenheiros eletricistas, cuja principal preocupação

recaiu sobre os aspectos quantitativos da iluminação, que perduraram enquanto a

fonte de energia utilizada nos ambientes dos escritórios foi a energia advinda do

petróleo. Até a década de 70, pensava-se que esta fonte era inesgotável.

A grande maioria os projetos desta fase utilizou lâmpadas fl uorescentes de baixo

índice de reprodução de cor e alta temperatura de cor – lâmpadas de 20 e 40W,

que causavam a sensação de luz azulada. Com grande simplicidade e sem qualquer

aparato tecnológico, as lâmpadas eram fi xadas em luminárias com calhas.

Os reatores eram eletromagnéticos e possuíam baixo fator de potência, baixo fator

de fl uxo luminoso e precisavam do uso de startes. Conforme Feldman (2001), o baixo

fator de potência causa problemas às instalações elétricas, entre eles, sobrecarga

nos cabos e transformadores, aumento na queda da tensão, redução do nível de

iluminamento e aumento de gasto de energia.

Assim, os projetos se resumiam ao tipo de luminária escolhida, à quantidade de watts

calculados para alcançar o nível de iluminação em determinado ambiente, o número

de luminárias a serem utilizadas e seu posicionamento espacial, a fi m de criar uma

iluminação o mais uniforme possível.

Com o avanço tecnológico, com a necessidade de redução drástica do consumo

de energia e conseqüente busca de fontes alternativas de energia, os projetos de

iluminação passaram a ter uma nova conceituação, no sentido de aprofundar os

aspectos qualitativos da iluminação dos escritórios.

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Deste modo, houve um grande impulso das indústrias pela colocação no mercado

de novos produtos que atendessem à demanda de preservação das fontes de luz

tradicionais e redução de consumo de energia. Lâmpadas de maior qualidade,

luminárias de maior apelo tecnológico e equipamentos auxiliares passaram a fazer

parte de projetos de iluminação cada vez mais elaborados.

3.3.1. Lâmpadas

Lemos (2004) afi rma que as lâmpadas são classifi cadas de acordo com a causa pela

qual produzem o fl uxo luminoso. Destaca que existem três grupos diferentes de

lâmpadas: o grupo incandescente (que abrange todas as lâmpadas incandescentes

e halógenas); o de descarga (composto pelas lâmpadas fl uorescentes e lâmpadas de

vapores); e o grupo dos diodos emissores de luz (tecnologia utilizada nos leds).

• As lâmpadas halógenas, com fi lamento convencional, produzem luz

pela incandescência;

• As lâmpadas de descarga aproveitam a luminescência;

• Lâmpadas mistas combinam incandescência com luminescência; e

• As lâmpadas fl uorescentes combinam luminescência com

fotoluminescência.

As lâmpadas incandescentes comuns, uma das mais antigas fontes de luz artifi cial,

são ícones no consumo de energia. Funcionam com a passagem da corrente elétrica

através do fi lamento de tungstênio, que, com o aquecimento, gera luz. Têm baixa

temperatura de cor, considerada agradável (amarelada), na faixa de 2.700 K, e

reprodução de cor (IRC) em níveis ótimos – 100%.

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Durante a maior parte do século XX, poucas pessoas se importaram com o fato de

a energia elétrica, que estas lâmpadas consomem, afetasse o meio ambiente. Por

isso, hoje, são consideradas as lâmpadas que apresentam menor índice de efi ciência

luminosa, sendo, geralmente, utilizadas em residências.

Cada fabricante especifi ca as lâmpadas incandescentes que produz. Todavia, entre os

modelos de lâmpadas incandescentes mais comuns estão: a clássica; as do tipo vela

(lisa e balão); as que possuem acabamento em sílico, para reduzir o ofuscamento; as

lâmpadas com tratamento espelhado do bulbo; a bolinha; e as lâmpadas de radiação

infravermelha. (OSRAM, 1999).

Do mesmo grupo, as lâmpadas de halogênio funcionam sob o mesmo princípio das

incandescentes. Seu diferencial é que possuem gases halógenos, que, dentro do

tubo, combinam-se com as partículas de tungstênio desprendidas do fi lamento por

evaporação. Isso faz com que elas produzam maior volume de luz, mais branca e

brilhante do que a luz produzida pelas incandescentes, e realçam as cores.

Devido às características de projeto das lâmpadas halógenas, a ampola ou tubo que

envolve o fi lamento é feito de quartzo e não de vidro comum, como o utilizado nas

lâmpadas incandescentes. As halógenas têm maior efi ciência luminosa do que as

incandescentes comuns, vida útil maior e são encontradas em menores dimensões.

Entre as lâmpadas halógenas mais conhecidas estão a de dois pinos, bipino, que

dispensam o uso de transformador; as refl etoras; as de base bilateral, utilizadas para

luz difusa; as bipino de baixa tensão; as de refl etor facetado; e as lâmpadas com

refl etor dicróico, com maior defi nição de foco. (OSRAM, 1999, s/p).

Outro grupo de lâmpadas compõe as lâmpadas de descarga, cujo fl uxo luminoso é

gerado direta ou indiretamente pela passagem de corrente elétrica através de uma

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atmosfera gasosa – um gás, uma mistura de gases ou de vapores. As lâmpadas de

descarga foram amplamente utilizadas, no início e ao longo do século XX.

Com o desenvolvimento de novas tecnologias, estas lâmpadas foram modifi cadas

e aprimoradas,13 tendo-se difundido o seu emprego nos sistemas de iluminação em

geral, especialmente porque se tornaram mais econômicas, de vida útil longa e de

maior efi ciência. Do grupo das lâmpadas de descarga fazem parte: as fl uorescentes

convencionais; as fl uorescentes compactas; as fl uorescentes HO (High Output); e as

de vapores (metálicos, sódio e mercúrio), lâmpadas de descarga de alta intensidade

ou pressão.

Nas lâmpadas fl uorescentes convencionais, o arco elétrico se desenvolve numa

atmosfera de baixa pressão. Basicamente, consistem de um longo tubo de vidro

recoberto internamente por partículas sólidas à base de fósforo com propriedades

fl uorescentes, responsáveis pela emissão de luz, quando ativadas através de energia.

Além das tubulares, surgiram as lâmpadas fl uorescentes compactas, com as mesmas

características de reprodução e temperatura da cor, embora de tamanho reduzido.

As compactas, normalmente possuem uma só base para dois ou mais tubos ligados um

ao outro, têm consumo de energia reduzido.

Já as fl uorescentes HO (High Output), diferenciam-se das convencionais e compactas

por não possuírem starter e necessitarem de um reator com desempenho especial. As

principais aplicações das fl uorescentes HO são na iluminação de áreas comerciais e

industriais, pois, estes locais necessitam de elevados índices de iluminância. (OSRAM,

1999).

13 De acordo com Lemos (2004), a composição do pó fl uorescente foi alterada, permitindo a criação de várias temperaturas de cor, com índices de reprodução otimizados. Mesmo com aumento de fl uxo luminoso, sua potência tornou-se mais reduzida. Tais avanços permitiram que os projetos de iluminação diversifi cassem a iluminação dos espaços através das tonalidades de cor destas lâmpadas.

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As lâmpadas de vapores metálicos adicionam iodetos metálicos, e apresentam alta

efi ciência energética, e nível ótimo de reprodução da cor. Produzem luz branca e

brilhante e são utilizadas em locais onde a boa qualidade de luz é primordial. Neste

caso, as lâmpadas de multivapores metálicos de 250 a 3500W são ideais. As lâmpadas

de vapores metálicos se encontram em versões elipsoidais, tubulares e compactas

(de baixa potência).

As lâmpadas de vapor de sódio, geralmente tubulares e elipsoidais, têm efi ciência

energética de até 130 lm/W, possuem longa durabilidade e representam a mais

econômica fonte de luz. Diferenciam-se pela emissão de luz branca e dourada,

e são indicadas para iluminar locais, onde a reprodução de cor não é um fator

importante.

As lâmpadas de vapor de mercúrio têm aparência branco azulada, e são apresentadas

na forma elipsoidal, com potências de 80, 125, 400, 700 e 1.000W. Possuem baixa

efi ciência energética quando comparadas com outras lâmpadas de descarga de alta

pressão, cujo princípio de funcionamento é diferenciado, funcionando com o uso de

reatores e, em alguns casos, com ignitores. (OSRAM, 1999).

3.3.2. Equipamentos – Reatores e Transformadores

As lâmpadas fl uorescentes e de vapores necessitam, para seu funcionamento,

da instalação de reatores, cuja função é proporcionar as condições ideais de

funcionamento das lâmpadas. Os reatores considerados de boa qualidade apresentam

perdas reduzidas no cobre e no ferro e consomem menos energia. No caso das

fl uorescentes comuns, como são consideradas universais, funcionam em reatores

eletromagnéticos partida convencional com starter; partida rápida ou reatores

eletrônicos. (OSRAM, 1999).

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Os reatores eletrônicos, resultantes dos avanços tecnológicos digitalizados, têm alto

fator de potência (em virtude de apresentarem compensação) e de fl uxo luminoso,

além de menor peso. São ideais para evitar o comprometimento da instalação por

sobrecarga, garantir o conforto lumínico, a efi ciência energética, a vida útil da lâmpada

e economia de energia em até 30%, se comparados aos reatores eletromagnéticos

convencionais. Com boa performance em escritórios, suas principais características

são:

• Economia de energia;

• Incremento da vida útil das lâmpadas;

• Ausência do efeito estroboscópico e de cintilação;

• Ausência de ruído;

• Altíssimo fator de potência;

• Alimentação múltipla (50 Hz, 60 Hz e corrente contínua);

• Peso e volume menores;

• Desligamento automático no término da vida útil das lâmpadas;

• Custos de instalação e manutenção reduzidos. (OSRAM, 2005).

Os transformadores foram projetados para operar adequadamente em condições de

carga nominal. Como todo equipamento, apresenta perdas. Essas perdas podem ser no

núcleo magnético (perdas no ferro), constantes; e perdas no enrolamento (perdas no

cobre). A circulação de corrente pelos enrolamentos provoca perda por efeito Joule.

Quanto maior a corrente que circula no transformador, maior será a perda no cobre.

Entretanto, assim como os reatores, os transformadores também evoluíram e hoje já

se encontram transformadores eletrônicos de diversas potências para diferentes tipos

de lâmpada, mais leves, mais seguros, produzindo menos calor e ruído, devido aos

fi ltros contra distorção harmônica. Não obstante, os transformadores eletrônicos não

podem ser dimerizados. Para que isso ocorra, é necessário utilizar transformadores

eletromagnéticos ou transformadores eletrônicos dimerizáveis já existentes no

mercado, porém a um custo signifi cativamente maior.

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Mariangela de Moura

3.3.3. Luminárias

A ampliação do mercado de lâmpadas e a pressão por economia de energia elétrica

desencadearam uma grande evolução técnica das luminárias. Levando-se em conta a

importância da qualidade da iluminação, novos métodos, equipamentos e tecnologias

surgem. (MOREIRA, 1999)

Assim, já existe no mercado uma grande disponibilidade de bons produtos, cujas

características técnicas, estéticas e de acabamento seguem os padrões internacionais.

Devido a esta diversidade, provocada principalmente pela forma de controle da luz, a

classifi cação dos tipos de luminária não é simples. A CIE – Commission Internationale

de L’Eclairage,14 classifi ca as luminárias com base na percentagem do fl uxo luminoso

total dirigido para cima ou para baixo de um plano horizontal de referência:

14 A CIE – Commission Internacionale de L’Eclairage, é uma entidade internacional criado em 1913 para funcionar como fórum para troca de informações e padronização de grandezas relacionadas à iluminação.

A redução do tamanho das lâmpadas e dos equipamentos fez surgir uma nova

concepção de luminárias, que, adaptadas, tornaram-se mais compactas,

incorporando, em um espaço menor, mais possibilidades. O tipo de luminária

escolhida atua diretamente sobre o rendimento das lâmpadas.

TABELA 2 – CLASSIFICAÇÃO DAS LUMINÁRIAS SEGUNDO A CIE

FONTE: LUZ, J.M.da. Luminotécnica. 2002. http://www.ee.pucrs.br/~jeanine/ProjetosEletricosI/Luminotecnica.pdf

Classifi caçâo da

Luminária

Fluxo Luminoso em relação ao Plano Horizontal%

Para o Teto Para o Plano de Trabalho

Direta 0 - 10 90 - 100

Semi-direta 10 - 40 60 - 90

Indireta 90 - 100 0 - 10

Semi-indireta 60 - 90 10 - 40

Difusa 40 - 60 60 - 40

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Mariangela de Moura

Com fontes de luz, cada vez mais otimizadas, maior rendimento e design plenamente

adaptados às novas confi gurações dos ambientes, demonstra-se, com esta nova

concepção, que é possível atingir alto nível de qualidade sem comprometimento do

equilíbrio entre efi ciência energética e prazer estético, por meio da modifi cação da

distribuição espacial do fl uxo luminoso.

Um exemplo disso são as luminárias equipadas com LED (Light Emitting Diode)15,

que, com suas pequenas dimensões, têm longo tempo de vida, ótima luminosidade

e baixo consumo de energia, representando uma solução que seria impossível de se

obter com os tipos convencionais de lâmpadas e luminárias.

Os refl etores, instrumentos ópticos compostos de espelhos, principalmente no caso

das lâmpadas fl uorescentes, foram modifi cados para atingir um alto brilho e maior

potência, ampliando o rendimento do conjunto óptico da luminária. Além deste

aspecto, é possível encontrá-los em formas circulares, elípticas etc. Quanto ao

material, podem ser em vidro temperado, alumínio polido, chapa de aço etc. Tais

aplicações melhoram a iluminação, concentrando a luz na área desejada.

Outros elementos foram introduzidos nas luminárias, com o objetivo de controlar

ofuscamentos. Segundo Lemos (2004), instrumentos ópticos como refratores, prismas

e lentes modifi cam a distribuição do fl uxo luminoso, funcionando como fi ltros da

transmissão luminosa.

Os difusores, posicionados de frente para a fonte de luz, dependendo da versão

(translúcidos, foscos ou leitosos), podem diminuir sua luminância, reduzir

possibilidades de ofuscamento ou aumentar a abertura do facho de luz. Da mesma

forma, colméias ou aletas antiofuscantes funcionam como controladores de luz.

15 A Os LED´s são componentes semicondutores que convertem energia elétrica diretamente em luz. Eles apresentam melhor efeito visual (variedade de cores), baixo consumo de energia e longa durabilidade (OSRAM, 2006).

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Mariangela de Moura

3.3.4. O controle da iluminação

As lâmpadas e as luminárias contemporâneas encontram relação direta com

o conceito de iluminação automatizada, através dos sistemas de controle e

gerenciamento de iluminação dos ambientes. Sua combinação é considerada

fundamental para a economia de energia, minimização de custos, segurança

e conforto. Há diferentes dispositivos no mercado para efetivar esse

controle.

Detector de Presença ou Sensor de Presença – através de tecnologias, por infra-

vermelho ou por ultra-som, trabalhando juntas ou separadas, esse sensor acusa

uma presença ou movimentação em seu campo de ação, e envia um sinal para a

lâmpada, a fi m de provocar seu ligamento ou desligamento.

Scheduling Control ou Sistema de Programação de Tempo – dispositivo acionado

pelo usuário, para promover desligamento total ou parcial da iluminação de

determinado ambiente, em horários programados.

Dimmers – dispositivos que agem sobre a tensão da lâmpada, estabelecendo a

quantidade de seu fl uxo luminoso. Tornam a iluminação variável (mais intensa ou

menos intensa) conforme se queira. Os dimmers são muito utilizados em áreas

próximas às janelas.

Controladores ou Programadores de Cena – sistema que permite a defi nição de

uma confi guração de luzes, desejada, em diferentes ambientes de iluminação,

criados especifi camente para cada situação. Funcionam junto a dimmers, que

defi nem, por zoneamento, uma cena. Ao ser acionado, o sistema reconfi gura uma

cena específi ca para os ambientes, através de um conjunto de luzes.

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Mariangela de Moura Mariangela de Moura

Sensor Fotoelétrico ou Óptico – dispositivo que, através de um processo de emissão

(fonte de luz) e recepção (fotocélula), analisa e identifi ca a presença de luz. Acende

a lâmpada, quando o nível de luz captado for menor do que o programado; e a apaga,

quando o nível for maior.

Todas as informações contidas nestes capítulos, e no capítulo a seguir, se inter-

relacionam com a proposta apresentada sobre o objeto de estudo - escritórios do

IBGE -, da reforma, com ênfase na melhoria de iluminação dos ambientes, ajustando-

se os conteúdos da pesquisa bibliográfi ca às informações sobre a edifi cação em

questão.

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CAPÍTULO 4

Mariangela de Moura

ESTUDO DE CASO

4.1. Os Escritórios do IBGE

Criado nos anos 30, o Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística - IBGE foi parte

de um esforço no sentido de se organizar um Estado moderno e autárquico, em um

ambiente de grande concentração econômico-administrativa. Após um período de

funcionamento como fundação autônoma, nos anos 70, voltaria a ter um regime

jurídico centralizado com a Constituição de 1988.

A missão do IBGE é retratar o Brasil com informações necessárias ao conhecimento

de sua realidade e ao exercício da cidadania. A instituição está presente em todo

Território Nacional, cobrindo através de seus estudos e pesquisas mais de oito milhões

de quilômetros quadrados, em 27 Unidades da Federação e 5564 municípios. O IBGE

fornece ao governo e à sociedade informações sobre o Brasil e sua população que

permite planejar e acompanhar ações nas mais diversas áreas, servindo de base para

construção de um País melhor.

Desde 1936, a instituição, através de seus servidores, avança no estudo do Brasil

e da população, das condições de vida, da economia, do trabalho, da geografi a,

da geodésia, da cartografi a, do meio ambiente, informações imprescindíveis ao

conhecimento das realidades física, econômica e social do País.

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Mariangela de Moura

O espaço utilizado, como modelo para o desenvolvimento do estudo de caso, foi um

dos escritórios da Sede do IBGE, que funciona em dois prédios, localizado na Avenida

Franklin Roosevelt, de números, 146 e 166, no bairro do Castelo, na cidade do Rio

de Janeiro.

A construção, a que se refere o projeto deste estudo, é o 8 andar do prédio de

número 146, é composta de 10 andares; e é interligada à construção, de número

166, que possui 11 andares. São edifi cações públicas que não passaram por nenhuma

grande alteração, nos últimos anos. Algumas pequenas reformas foram executadas,

isoladamente nos andares, do prédio, 146, mas sem priorizar a iluminação. A portaria

da entrada do prédio, 166, sofreu modifi cações signifi cativas, há dois anos; também

não foi feito um estudo de iluminação para este ambiente.

Nesta modifi cação, as antigas luminárias foram substituídas por outras. Em uma

observação técnica, percebe-se que não houve um estudo de iluminação. Além

disso, o material aplicado no teto não produz refl exão, e as novas luminárias não são

efi cientes.

FIGURA 35 – Vista Aérea da situação dos prédios 146 e 166FONTE: site Google, 2008.

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Mariangela de Moura

FIGURA 36 – Planta de situação dos prédios 166 e 146FONTE: IBGE – Serviço de Engenharia, 2006.

Os prédios apresentam um modelo comum e peculiar à maioria dos edifícios ali localizados, conforme se pode observar pelas fi guras abaixo.

FONTE: Fotos do autor, 2006.

FIGURA 37 – Fachada da frente do prédio do IBGE - vista geral - número 166 (2006)

FIGURA 38 – Fachada da frenta do prédio do IBGE - vista geral - número 146 (2006)FONTE: Fotos do autor, 2006.

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Mariangela de Moura

O prédio, de número 146, onde estão localizados os escritórios analisados, não

passou por uma grande reforma, e, sim, por adaptações de espaços e manutenção.

Nos anos de 2006/07, planejou-se a reforma geral das fachadas principais (frente

e fundos) , na Avenida Franklin Roosevelt e da Praça Virgilio de Melo Franco, para

solucionar, principalmente, problemas causados pelos aparelhos de ar condicionado.

As janelas antigas do prédio apresentavam, também, vários problemas de fechamento

e vedação, além do risco à segurança. Nesta ocasião, houve a reposição de uma das

janelas, além de reparos em algumas delas, que estavam em péssimo estado de

conservação, como pode ser observado nas ilustrações a seguir:

Os dois prédios têm projeto arquitetônico da década de 30. Possuem um sistema de

condicionamento de ar, com aparelhos instalados em cada uma das janelas. A infra-

estrutura necessária para o funcionamento do ar condicionado é separada por cada

unidade.

No prédio 146, os corredores são estreitos, a circulação de ar é precária, assim como

a iluminação natural e artifi cial, apesar de haver um prisma de ventilação, com

janelas para entrada de ar e luz. Como o prédio 166 é mais novo, é possível notar-

se a diferença nos detalhes construtivos entre um prédio e outro, o que facilita a

iluminação e a ventilação nos andares.

FONTE: Fotos do autor, 2006.

FIGURA 39 – Janela dos prédios 146 e 166Vista externa das janelas do prédio 146

FIGURA 40 – Janela dos prédios 146 e 166Vista interna da janela do prédio 146 - 8º andarFONTE: Fotos do autor, 2006.

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Mariangela de Moura

Em 2005, foi efetuado um levantamento das fachadas existentes. A partir desta

atualização, viabilizou-se a modifi cação das janelas para posterior reforma, em

2006; que até o momento ainda está em fase de execução. As janelas que já foram

alteradas na fachada dos fundos (Praça Virgilio de Melo Franco) possibilitaram maior

entrada de luz natural no interior do prédio. Isso pôde ser verifi cado na medição

realizada com luxímetro, durante a walkthrough16, explicada no item Metodologia,

mais adiante.

As características da fachada podem ser observadas nas vistas de frente e fundos

apresentadas nas fi guras 37 e 38. Nelas também é possível observar-se que não

existe padrão na colocação dos aparelhos de ar condicionado: às vezes estão

instalados em cima, às vezes embaixo, do lado direito, do esquerdo, na alvenaria

ou na esquadria.

FIGURA 41 – Planta baixa dos prédios 166 e 146 - Escala 1:50FONTE: IBGE – Serviço de Engenharia, 2006.

16 walkthrough é um análise através de observação e conversa informal, consistindo em caminhar pelo ambiente observando os aspectos físicos, comportamentais e técnicos.

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Mariangela de Moura

FIGURA 42 – Fachada, Av. Franklin Roosevelt – FrenteFONTE: IBGE – Serviço de Engenharia, 2006.

FIGURA 43 – Fachada da Praça Virgílio de Melo Franco – FundosFONTE: IBGE – Serviço de Engenharia, 2006.

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Mariangela de Moura

No organograma do IBGE existe uma gerência de engenharia e arquitetura, que

planeja e executa todo o tipo de reforma ou obra, em todas as unidades da

instituição. Entretanto, o setor não desenvolveu qualquer trabalho, no que se refere

à iluminação, e, tampouco, um planejamento futuro, referente à quantidade e

qualidade de luz nos ambientes dos escritórios.

Na reforma que consta do estudo de caso, as etapas abrangeriam a modifi cação das

janelas, a troca dos aparelhos de ar condicionado, a troca dos pisos e a mudança do

layout dos escritórios, através de novo mobiliário, que preparasse as salas para um

desenho futuro do tipo Landscape.

No ano de 2006, o item iluminação não constava deste planejamento. Esta foi a

principal motivação para o desenvolvimento de um projeto de pesquisa que abordasse

a importância da iluminação para a execução dos trabalhos diários; e a preocupação

com o conforto do ambiente para as pessoas que permanecem, durante 9 horas, por

dia, no prédio do IBGE.

É importante destacar-se que, no planejamento da reforma das fachadas, não foi

cogitada a questão da incidência de iluminação natural nos escritórios, tendo-se

considerado, apenas, a manutenção das janelas, a opção de substituição do material

em alumínio, ao invés de madeira, e a melhoria de instalações dos aparelhos de ar

condicionado.

O estudo desenvolvido para a fachada foi apresentado, utilizando janelas de alumínio

e padronizando o local, para colocação dos aparelhos de ar condicionado, como pode

ser observado nas plantas de fachada propostas.

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FIGURA 44 – Proposta atual da fachada da frente

FIGURA 45 – Proposta atual da fachada dos fundos

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No prédio 146, estão localizadas as coordenações da Diretoria Executiva e respectivas

gerências. No oitavo andar, objeto deste estudo de caso, situa-se a Coordenação

de Planejamento e Supervisão - CPS. A coordenação é responsável pelos estudos e

medidas que subsidiam a Diretoria Executiva, na formulação de diretrizes e estratégias

de modernização administrativa e melhoria do desempenho institucional.

O andar estudado representa o padrão de distribuição de luminárias, e divisão das

salas, para todos os outros andares, tanto no prédio 146, como no prédio 166. A

exceção deste padrão é a sala de treinamento, localizada no 3ºandar, e o auditório

da instituição, situado no último andar do prédio, 166. Assim, para o estudo,

considera-se um andar modelo já que todos os andares possuem salas de escritórios

semelhantes.

O décimo pavimento do prédio 166, onde se localizam a Diretoria Executiva e a

Presidência, também será considerado, como referência, para o desenvolvimento do

estudo, pois nestes setores a iluminação é precária: além de não possuir distribuição

equilibrada, as luminárias utilizadas não representam a melhor solução.

Como é possível observar nas plantas (fi gura 41), os escritórios do IBGE têm desenho

tradicional de salas de trabalho fechadas. As salas individuais têm um fechamento

piso-teto, em alvenaria ou em divisória opaca, representando um modelo tradicional;

nas partes já reformadas, o modelo se aproxima do Offi ce Landascape, constituindo-

se em um misto de tradicional, mais aproximado ao modelo alemão.

A divisão das áreas e das salas é feita de acordo com a necessidade de espaço e

dos setores de trabalho. A única regra geralmente seguida para esta divisão, nos

dois prédios, é a de que a sala obrigatóriamente tenha uma janela, ou uma parede

externa, para que se possa instalar o aparelho de ar condicionado.

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Mariangela de Moura

A divisão interna do escritório apresenta, simultaneamente, características do espaço

de trabalho tradicional, que prioriza núcleos rígidos e ambientes fechados, somando,

contraditoriamente, as idéias dos espaços abertos dos Offi ce Landscapes, que, com

suas divisórias, padronizam e individualizam os postos de trabalho.

A circulação é feita pelo hall dos elevadores, e por circulações internas nos grupos de

duas ou três salas. Nas salas de trabalho, geralmente, encontram-se pequenos

grupos de servidores (de 01 a 03 servidores); às vezes, cada sala corresponde, a uma

gerência. A planta a seguir ilustra:

FIGURA 46 – Planta do andar padrãoFONTE: IBGE, 2006.

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Mariangela de Moura

4.1.1. Metodologia – Desenvolvimento da Pesquisa

A inadequação da arquitetura com o uso do espaço levou ao desenvolvimento de

novas metodologias de avaliações, originando a Avaliação Pós-Ocupação (APO), cuja

principal fi nalidade é a análise do desempenho da edifi cação associada à expectativa

do usuário. Segundo Elali et al. (2004) “A APO difere de outros tipos de investigação

sobre o ambiente construído por buscar resultados práticos e aplicáveis em termos

programáticos, e apontar alterações a curto, médio ou longo prazo”. (ELALI et al.,

2004, pp.35).

O desenvolvimento da APO é um procedimento de análise detalhado, podendo recair,

tanto sobre o ambiente construído, como sobre as modifi cações urbanas. Exige

sensibilidade diante do objeto a ser avaliado.

Assim, a avaliação do desempenho das edifi cações pode ser realizada sob diferentes

aspectos, conforme relatado por Romero (1990 apud MUELLER et al., 2004). Nos EUA,

a avaliação é voltada para intervir no espaço, no sentido do aumento da produtividade

e da satisfação do usuário. Na Europa, busca-se facilitar e benefi ciar as relações

sociais.

Ornstein et al. (1995) destacam que, no Brasil, as pesquisas de Avaliação Pós-Ocupacional

seguiram inicialmente os padrões norte-americanos, voltando-se para o desempenho

físico. Atualmente, tais pesquisas incluem aspectos cognitivos relacionados com o

sujeito inserido no ambiente construído. Em qualquer dos casos, essas avaliações

cooperam para o conhecimento do espaço sob a ótica de seus ocupantes.

O desenvolvimento de uma avaliação de APO é multidisciplinar e se compõe de

métodos e técnicas que devem se adequar para que os resultados tragam as respostas

esperadas, atendendo ao foco do estudo.

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Mariangela de Moura

Ornstein (1997) afi rma que “[...] avaliações podem se confi gurar em procedimentos

para o controle de qualidade do ambiente construído. Este controle de qualidade

deve ocorrer desde as etapas de produção (projeto/construção) até o uso, a operação

e a manutenção [...]” (ORNSTEIN, op. cit.., p. 33).

Segundo Bell et al. (1990 apud MUELLER op. cit.,, 2004), a utilização de

uma edificação é a capacidade do ambiente construído, de se adequar às

necessidades do usuário. Daí, a busca pela participação dos usuários no processo

de avaliação.

Na metodologia APO, procede-se a medições, diagnósticos e recomendações, quanto

às diversas áreas básicas e seus itens, detalhando-se no quesito. No que se refere ao

objeto de estudo desta dissertação, escritórios do IBGE, foi feito um levantamento

da iluminância, para verifi car-se a adequação do tipo de iluminação artifi cial

utilizada nos ambientes. Foram utilizados dois instrumentos da APO, aplicação dos

questionários e o walkthrough.

Os níveis de iluminação foram analisados segundo a ABNT NBR 5413/92, para

iluminação artifi cial. A ABNT NBR 5413 fi xa valores recomendáveis para iluminação

de interiores, praticando tarefas com velocidade e precisão média, para circulação

= 150 lux. Uma iluminação horizontal mínima, de 200 lux, é considerada necessária

para salas, com permanência por longos períodos, para todos os ambientes de

trabalho.17

17 PHILIPS. Manual de Iluminação. Holanda: Philips Lighting Division, 1975, p.43.

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Mariangela de Moura

4.1.2. Levantamento e coleta de dados

Como o foco da pesquisa recai sobre o conforto ambiental e conforto visual, analisa-se

aspectos da iluminação e apresenta-se observações gerais coletadas no walkthrough,

por meio de registros fotográfi cos.

Na primeira etapa do walkthrough, realizada em 17 de agosto pela manhã, procurou-

se registrar os detalhes de uma observação vivenciada; os padrões de ocupação,

aspectos das necessidades dos usuários, a identifi cação das atividades desenvolvidas

nos espaços e a tecnologia disponível, observando-se a iluminação artifi cial. Na

segunda etapa, foi realizada a medição da iluminação artifi cial e posteriormente

foram aplicados os instrumentos de avaliação: os questionários.

A primeira parte do walkthrough teve como fi nalidade a observação e o levantamento

dos espaços nos aspectos físicos e funcionais. O instrumento utilizado para orientar

e organizar as informações foi uma fi cha técnica (Anexo 2) onde foram anotadas

todas as informações, e registrada também, através de fotografi as, que revelassem

a situação atual do prédio, com os detalhes a serem destacados, principalmente, a

diferença entre as janelas, as luminárias, tipos de teto e estado de conservação das

luminárias.

Na segunda parte do walkthrough, levantou-se a situação relativa à iluminação de

cada ambiente, da iluminância, da quantidade de luminárias, e, no caso específi co,

da sala da presidência (décimo andar do prédio 166), foi realizada a medição em

mais de um ponto na estação de trabalho.

Para cada espaço pesquisado, apresenta-se um tabela-resumo, dos dados coletados

na APO, através da fi cha técnica de cada sala, a fi m de facilitar-se a visualização e

a comparação dos dados entre as áreas.

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Mariangela de Moura

A primeira etapa do levantamento foi iniciada na sala 803-A, onde trabalhei durante

4 anos, a principal observação é a vista do exterior e a entrada de luz natural,

proporcionando a iluminação necessária para o desenvolvimento das atividades sem

a utilização de luz artifi cial.

Neste caso, a preocupação maior seria com a possibilidade de ofuscamento,

especialmente na tela do computador. Ao observar a posição do computador, foi

constatado que ela é favorável: a luz que entra pelas janelas não causa refl exão no

monitor de video, em função da localização do equipamento.

Os servidores que trabalham nas salas com vista para a fachada dos fundos (e que

já trabalharam em salas localizadas na fachada da frente) observam que, por um

lado, a intensidade de luz, vinda, através da janela, é prejudicial e pode causar

ofuscamento. Por outro, a visão externa traz maior satisfação e conforto visual, itens

considerados muito importantes para o bem-estar das pessoas.

FIGURA 47 – Vista externa através da janelaFONTE: Autor, 2006.

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Mariangela de Moura

O revestimento das salas individuais tem variações. Suas principais características

são:

• Piso laminado em madeira na cor peroba (marrom claro) e piso vinílico

em placas de 30X30 cm na cor bege;

• Paredes – pintura na cor bege, divisórias em madeiras escuras e

divisórias na cor branco gelo;

• Teto – pintura na cor branca, na laje ou nos modulados de gesso em

placas (120mm x 60 mm) na cor branca.

A ambientação das salas foi modifi cada no processo da pesquisa em razão do que foi

indicado, depois da primeira etapa do levantamento. Inicialmente, os móveis eram

de madeira e as mesas, soltas, possuíam tamanhos diferentes, e padrão de medida,

de 180cm x 60cm; 150cm x 70cm, e 120cm x 60cm.

FIGURA 48 – Visão do ambiente, 2005 / 2006FONTE: Autor, 2006.

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Mariangela de Moura

Na segunda visita, esta ambientação tinha sido substituída por estações de trabalho

em formato de “L”, geralmente com divisórias de 1.10m de altura, na tonalidade

cinza, com a parte superior das divisórias revestida em tecido azul marinho. A

superfície do tampo da mesa, em melanina, fi cou na tonalidade cinza. A planta geral

da ambientação do 8º andar e uma foto da estação de trabalho estão demonstradas

nas fi guras 46 e 57 respectivamente.

As luminárias instaladas atualmente não seguem um padrão; são modelos antigos

e desatualizados, além de não terem efi ciência na iluminância do ambiente; e

de não visarem à economia de energia. Geralmente, são luminárias tipo calha de

sobrepor, e utilizam as lâmpadas, de 20W e 40W/5000K. São compostas por lâmpadas

fl uorescentes tubulares com 2, 3, 4, 5 e 6 lâmpadas. A paginação não segue qualquer

padrão, além de não atender à ambientação das salas. Isto ocorre também, em

função das várias e seguidas modifi cações no layout dos mobiliários.

Na fi cha técnica utilizada no levantamento da APO segue o padrão apresentado a

seguir:

Sala 803 A – Assessoria da Coordenação

Principais características:

• Paredes – divisórias - lado direito na cor gelo e do lado esquerdo pintura bege;

• Teto – laje com pintura na cor branca;

• Piso – laminado de madeira de tonalidade carvalho médio;

• Pé direto – 3.00m;

• Área – 25.72 m2;

• Luminárias – 02 luminárias de sobrepor com lâmpadas 6 x 40W.

No conjunto de fi guras a seguir:

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Mariangela de Moura

A sala possui paredes de tonalidade bege e teto branco. O piso foi trocado,

recentemente, e é de laminado de madeira em tonalidade média. No início da

pesquisa, uma das paredes que dividiam a sala era revestida de fórmica, material

que também revestia um armário que existia, ali, na tonalidade peroba.

Na última visita, esta parede tinha sido substituída por uma divisória comum, na

tonalidade branco gelo.

FONTE: Autor, 2007.

FIGURA 51 – Detalhamento da iluminaçãoMesas - com iluminação natural

FIGURA 52 – Detalhamento da iluminação - com iluminação natural e artifi cial

FONTE: Autor, 2007.

FONTE: Autor, 2007.

FIGURA 49 – Detalhamento dasLuminárias

FIGURA 50 – Detalhamento dasLumináriasFONTE: Autor, 2007.

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Mariangela de Moura

O teto da sala não possui rebaixo, e as luminárias são de sobrepor; neste caso, iguais,

cada uma com seis lâmpadas de 40W. O estado de conservação das luminárias não é

bom. Algumas lâmpadas têm soquete, enquanto outras, não. Uma das lâmpadas já

está no fi nal da sua vida útil, e a reposição nem sempre obedece à mesma temperatura

de cor da lâmpada.

O estado real das luminárias pode ser observado nas fi guras abaixo. A falta de

lâmpadas, como mencionado anteriormente, e a falta de soquete em algumas

lâmpadas, além da falta de limpeza são evidentes. Um outro aspecto observado é

que a parte efi ciente da luminária (correspondente à superfície refl etora) não está

presente neste equipamento de iluminação.

Na segunda etapa do levantamento, algumas salas já estavam com as janelas

modifi cadas. Foi efetuado um novo levantamento, com as imagens, para serem

comparados os tipos de janelas, antes e depois das alterações.

Nesta nova etapa todas as janelas foram padronizadas em alumínio anodizado

branco. O local para a instalação do ar condicionado fi cou determinado em uma única

posição, a fi m de facilitar à manutenção, e a instalação do dreno do equipamento de

refrigeração.

FONTE: Autor, 2007.

FIGURA 53 – Luminárias dos postos de trabalho

FIGURA 54 – Luminárias dos postos de trabalhoFONTE: Autor, 2007.

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Mariangela de Moura

Algumas janelas do prédio possuíam películas protetoras, instaladas sem qualquer

tipo de padronização. Depois da reforma, todas as películas foram retiradas. Para

todas as janelas, também foram elaboradas novas persianas, com padronização de

modelo.

Na obra, também foram retirados outros elementos externos, que algumas janelas

ainda possuíam. O modelo adotado para as novas janelas foi a báscula, e não o

modelo de guilhotina, como era antigamente. Nas fi guras abaixo, ainda é possível

visualizar-se o andaime externo, para a execução do trabalho de retirada das janelas

antigas e colocação das novas.

Os acabamentos das superfícies são importantes para uma análise do conforto

luminoso com efi ciência energética, pois, estes itens infl uenciam na distribuição da

luz no espaço.

As lâmpadas são acesas às 7h00min e desligadas às 19h00min. Existe um quadro

de luz em cada andar, e depois do horário do expediente, um segurança verifi ca as

instalações, e desliga o circuito no quadro de cada andar. A maioria das salas possui

um interruptor individual.

FONTE: Autor, 2007.FIGURA 55 – Processo de modifi cação das janelas

FONTE: Autor, 2007.FIGURA 56 – Processo de modifi cação das janelas

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Mariangela de Moura

Sala 803 B – Secretaria da Coordenação

Principais características:

• Paredes – divisórias lado direito na cor branco gelo e do lado esquerdo em madeira escura;

• Teto – laje com pintura na cor branca;• Piso – laminado de madeira de tonalidade carvalho médio;• Pé direto – 3.00m;• Área – 22.70 m2;

• Luminárias – 02 luminárias de sobrepor com lâmpadas 6 x 40W.

Na sala 803 B, onde está localizada a secretaria da Coordenação, a estação de

trabalho é em forma de “L” não possui divisórias entre as mesas. As luminárias são

de sobrepor, em forma de calha, e os modelos são iguais, e, que, cada um possui seis

lâmpadas de 40W; o reator fi ca na parte de superior das luminárias.

Sala 802 A – Gerência de Planejamento

Principais características:• Paredes – divisórias lado direto em madeira escura e lado esquerdo parede

pintura bege;

• Teto – laje com pintura na cor branca;• Piso – vinílico 30 x 30 na cor bege;• Pé direto – 3.00m;• Área – 23.57 m2 ;• Luminárias – 02 luminárias de sobrepor com lâmpadas 4x 40W.

Na sala 802 A, está localizada a Gerência de Planejamento. O mobiliário utilizado e a

estação de trabalho são em forma de “L”. Há divisórias entre as mesas na cor azul.

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Mariangela de Moura

As luminárias são de sobrepor, em forma de calha; neste caso, os modelos são iguais,

e cada uma possui quatro lâmpadas de 40W.

Sala 802 B – Gerência de Planejamento/Apoio

Principais características:• Paredes – divisórias lado direito e esquerdo em madeira escura;

• Teto – laje com pintura na cor branca;

• Piso – vinílico 30 x 30 na cor bege;

• Pé direto – 3.00m;

• Área – 20.80 m2;

• Luminárias – 03 luminárias de sobrepor 02 com lâmpadas 4x 40W e 01 lâmpada com 3X40W.

A sala 802 B também é ocupada pela Gerência de Planejamento, e o mobiliário

utilizado e a estação de trabalho, também, são em forma de “L”, com divisórias

entre as mesas na cor azul. As luminárias são de sobrepor, em forma de calha. Duas

luminárias possuem quatro lâmpadas de 40W, e uma luminária possui três lâmpadas

de 40W.

FONTE: Autor, 2007.

FIGURA 57 – Estação de Trabalho eJanela - Sala 802 A

FONTE: Autor, 2007.

FIGURA 58 – Estação de Trabalho eJanela - Sala 802 A

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Mariangela de Moura

O diferencial desta sala em relação às outras é a existência de duas paredes forradas,

em folha de madeira escura, que difi cultam a refl exão da luz. No conjunto de fi guras

abaixo, observa-se a divisória e as luminárias, cujo posicionamento não é alinhado

no teto.

Sala 802 C – Gerência Administrativa

Principais características:• Paredes – divisórias lado esquerdo madeira escura e lado direito na cor

creme;• Teto – laje com pintura na cor branca;• Piso – vinílico 30 x 30 na cor bege;• Pé direto – 3.00m;• Área – 21.26 m2;

• Luminárias – 02 luminárias de sobrepor, 01 com lâmpada 6x 40W e 01 lâmpada com 3X40W.

Nesta sala, o mobiliário utilizado e a estação de trabalho formam um “L”, com

divisórias, de 1m10cm, entre as mesas, na cor azul; e um espaço destinado a reuniões.

As luminárias são de sobrepor, em forma de calha. Uma delas tem 06 lâmpadas de

40W, e outra tem com 03 lâmpadas de 40W:

FONTE: Autor, 2007.

FIGURA 59 – Divisória e luminárias – Sala 802 B

FONTE: Autor, 2007.

FIGURA 60 – Divisória e luminárias – Sala 802 B

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Na fi gura, destacam-se luminárias diferentes, uma com 06 lâmpadas e outra com

metade delas:

Sala 801 A – Gerência de Treinamento

Principais características:

• Paredes – divisórias lado direto em madeira escura e lado esquerdo parede pintura creme;

• Teto – rebaixo em placas de 1.20 x 0.60 com pintura na cor branca;

• Piso – vinílico 30 x 30 na cor bege;

• Pé direto – 2.70m;

• Área – 33.87 m2;

• Luminárias – 05 luminárias de embutir com lâmpadas 5x 40W.

Na sala 801-A, o mobiliário utilizado e a estação de trabalho formam um “L”, com

divisórias, entre as mesas, na cor azul. As luminárias são de embutir, cujos modelos

são iguais, e cada um possui 05 lâmpadas de 40W. A diferença entre as outras salas

é a posição paralela da luminária, em relação à janela, enquanto as outras eram

perpendiculares.

FONTE: Autor, 2007.FIGURA 61 – Luminárias – Sala 802 C

FONTE: Autor, 2007.FIGURA 62 – Luminárias – Sala 802 C

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Mariangela de Moura

As luminárias instaladas nesta sala proporcionam uma distribuição melhor da

iluminação artifi cial. Possuem cinco lâmpadas de 40W, e não estão juntas uma à

outra, como na luminária de sobrepor, da sala 803. Outra vantagem deste tipo de

luminária é que o corpo é composto por um refl etor branco. Este dispositivo aumenta

a efi ciência do equipamento de iluminação.

Sala 801 B - Gerência de Desenvolvimento Organizacional

Principais características:• Paredes – divisórias lado direto cor gelo e lado esquerdo parede pintura

creme;• Teto – rebaixo em placas de 1.20 x 0.60 com pintura na cor branca;• Piso – vinílico 30 x 30 na cor bege;• Pé direto – 2.70m;• Área – 30.75 m2;

• Luminárias – 02 luminárias de embutir com lâmpadas 6x 40W e 01 luminária com 5x40W

Na sala 801 B, o mobiliário utilizado e a estação de trabalho formam um “L”, com

divisórias, entre as mesas, na cor azul. As luminárias são de embutir, os modelos são

diferentes, e uma possui 05 lâmpadas de 40W, e 02 luminárias com 06 lâmpadas de

40W. Existe uma parede no fundo da sala, que tem um revestimento na tonalidade

de madeira média.

FONTE: Autor, 2007.FIGURA 63 – Luminárias – Sala 801 A

FONTE: Autor, 2007.FIGURA 64 – Luminárias – Sala 801 A

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Mariangela de Moura

Nesta sala, foi possível documentar todas as modifi cações em relação ao mobiliário:

as mesas separadas em madeiras ao invés das novas estações de trabalho, a janela

antiga de guilhotina em madeira e a janela com a película. Esta documentação foi

possível porque as primeiras fotos foram feitas em dezembro de 2005.

FONTE: Autor, 2007.FIGURA 65 – Modifi cações – Sala 801 B

FONTE: Autor, 2007.FIGURA 67 – Modifi cações – Sala 801 B

FONTE: Autor, 2007.FIGURA 66 – Modifi cações – Sala 801 B

FONTE: Autor, 2007.FIGURA 68 – Modifi cações – Sala 801 B

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Mariangela de Moura

4.1.3. Levantamento e medições

O levantamento da iluminância tem a fi nalidade de demonstrar se os padrões

recomendados pela ABNT- NR5413 estão sendo atendidos e, se existe algum

desequilíbrio na uniformidade da iluminação dentro de cada sala. As medidas foram

efetuadas com um luxímetro digital, sendo realizada em dois momentos: em um dia

ensolarado, e, em outro nublado. Ambas foram realizadas nos postos de trabalho,

como recomenda a norma, levando-se em consideração o valor informado de 500 lux,

para a iluminação em escritórios.

O horário de trabalho dos servidores começa às 7 horas da manhã e termina às 19

horas, podendo, se necessário, ser prolongado. O levantamento foi realizado em

duas etapas nos dia 17 de agosto às 7h30mim; neste dia o céu estava claro com sol,

e no dia 20 de agosto às 13h o céu estava nublado.

As medidas foram feitas nas estações de trabalho de cada servidores e foi considerado

o centro da mesa como ponto de referência na marcação para as medidas, este ponto

de medida não foi marcado com fi ta, como é o recomendado, devido ao intervalo de

tempo entre o levantamento. Assim, pode ser possível que tenha ocorrido na medição

algumas pequenas variações no posicionamento o luxímetro digital na superfície.

Os resultados encontrados serão mostrados nas tabelas que se seguem, com as

seguintes informações:

• O dia e o horário que foi feita medição

• A identifi cação do posto de trabalho

• Os valores encontrados (lux)

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Mariangela de Moura

Tabela 3 - Levantamento das Iluminâncias

Estação de trabalhoDia 17.08.2007Hora: 7h30mim

Unid. = lux

Dia 20.08.2007Hora: 13hUnid. = lux

Sala 803 A – posto 1 734 541

Sala 803 A – posto 2 432 385

Sala 803 B – posto 3 751 587

Sala 803 B – posto 4 653 601

Sala 802 A – posto 5 398 357

Sala 802 A – posto 6 367 342

Sala 802 A – posto 7 349 324

Sala 802 A – reunião 312 301

Sala 802 B – posto 8 416 395

Sala 802 B – posto 9 399 378

Sala 802 B – posto 10 354 319

Sala 802 C– posto 11 385 376

Sala 802 C– posto 12 397 388

Sala 802 C– posto 13 512 487

Sala 802 C– reunião 537 498

Sala 801 A– posto 14 438 422

Sala 801 A– posto 15 397 376

Sala 801 A– posto 16 495 477

Sala 801 A– posto 17 694 655

Sala 801 A– posto 18 574 502

Sala 801 A– reunião 490 434

Sala 801 B – posto 19 251 245

Sala 801 B – posto 20 279 266

Sala 801 B – posto 21 294 282

Sala 801 B – posto 22 476 443

Sala 801 B – reunião 458 423Fonte: Autor, 2007

Notas:

1 - No momento do levantamento, nenhum servidor estava sentado na sua estação de trabalho;

2 – Não foi considerada a medição persiana ou sem persiana – devido a substituição das janelas;

3 – No posto 19 estava faltando lâmpada na luminária no momento da medição

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Figura 69 - Planta de levantamento das luminárias existentes no 8º andar

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4.1.4. Questionários – avaliação dos usuários

No contexto das fases de elaboração, para realizar-se um estudo de caso, há

diferentes instrumentos, para que se proceda à coleta de dados. Como este estudo

se caracteriza pela ação, uma vez que pretende conhecer a opinião dos usuários do

ambiente observado, elaborou-se um questionário.

Como instrumento de pesquisa, o questionário tem sido largamente utilizado nas

avaliações do desempenho das edifi cações. Composto de perguntas relativas ao

cenário observado, com ênfase na luminosidade incidente sobre a área de trabalho

(e eventuais problemas em relação a isso), o questionário focou o conforto lumínico,

e serviu para mapear a percepção diferenciada dos servidores sobre seu ambiente

de trabalho.

É importante destacar-se que, através deste instrumento, será possível determinar e

verifi car se os objetivos do projeto de iluminação que se propõe serão alcançados.

Observa-se, também, que, além das respostas obtidas com o questionário, as opiniões

dos servidores também relatadas em conversas informais durante o walkthrough e o

meu tempo de convivência por mais de 20 anos trabalhando no mesmo prédio.

O questionário foi aplicado no andar analisado, onde funciona a Coordenação de

Planejamento e Supervisão. Esta Coordenação está localizada em um único pavimento,

o que facilitou a pesquisa.

As variáveis que nortearam as perguntas foram:

• A iluminação, ou não, para as atividades de leitura e escrita;

• Ofuscamento, ou não, no trabalho com o computador.

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O questionário (anexo 1) é composto por 18 questões de múltipla escolha, e foi

distribuído para os servidores do oitavo andar do prédio 146, considerado padrão

para todos os outros andares do prédio. Como neste andar trabalham 20 pessoas, o

questionário foi aplicado a essas pessoas, sendo, 55% do sexo feminino, e 45% do

sexo masculino.

As equipes que compõem a CPS são pequenas, e, geralmente, as pessoas estão

distribuídas em uma ou duas salas por gerência. As principais observações levantadas

nas respostas são demonstradas em forma de gráfi co, possibilitando comparações e

análise de resultados.

Quanto ao perfi l dos usuários, destaca-se que os servidores do IBGE trabalham há

muito tempo na instituição. Assim, a faixa etária da maioria está entre 40 e 55 anos.

Nesse sentido, observa-se que, quanto mais idade tem o usuário, maior a necessidade

de iluminação na superfície de trabalho. A fi gura a seguir ilustra:

Como as observações não foram muito aprofundadas, fi cou evidente que os usuários

não têm a clareza do nível de iluminação média necessária, para executar as tarefas.

Percebeu-se que geralmente a preocupação maior recai sobre o conforto na própria

estação de trabalho, durante o tempo em que ali permanecem.

Figura 70 - Faixa etária dos servidores

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Nas respostas referentes ao ambiente de trabalho é importante destacar que para

100% das pessoas, é possível ter a visão da janela e a entrada da luz natural.

Apesar da incidência de iluminação natural, as lâmpadas permanecem ligadas todo

o tempo nos postos de trabalho, para 81% das pessoas, com exceção da sala 803,

que permanece quase todo o tempo do expediente somente com a luz natural,

acendendo-se as luzes, apenas, em dias de tempo nublado.

Em algumas salas (como na 803), é possível acender-se as luminárias próximas

aos postos de trabalho; o comando é dividido em circuitos distintos, possibilitando

o acendimento diferenciado. Como isso não acontece na maioria das salas,

75% dos servidores responderam que gostariam de ter o controle do sistema de

iluminação.

Quanto à iluminação geral do local e da mesa de trabalho, 37% dos entrevistados

responderam que é sufi ciente, enquanto que 63% opinaram pela não sufi ciência da

iluminação.

Figura 71 - Iluminação geral e da mesa de trabalho

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Mariangela de Moura

Para as pessoas que usam computador, a iluminação no plano de trabalho não teve

avaliação positiva: 75% dos servidores entrevistados confi rmaram ofuscamento,

enquanto que, para 25% consideraram que as luminárias existentes não provocam

refl exão na tela do computador:

Figura 72 - Ofuscamento no trabalho com computador

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4.2. Projeto de iluminação

O projeto luminotécnico tem se tornado cada dia mais importante dentro da

arquitetura de escritórios. Para o desempenho adequado de uma tarefa é necessário

haver uma boa iluminação. Dependendo da tarefa a ser executada, requer um nível

de iluminação específi co e a utilização dos referenciais dos níveis adequados de

iluminação para a realização de determinadas tarefas, que podem ser encontradas

nas normas técnicas e são estabelecidas em função do tipo de tarefa, da idade do

usuário, da velocidade e precisão da tarefa.

A utilização de um sistema de iluminação artifi cial permite a ocupação dos espaços de

escritórios durante todo o dia, ao contrário da iluminação natural vinda do exterior,

através das aberturas (janelas) que apresentam grandes variações de intensidade em

um espaço ao longo do dia. Para se atingir o nível adequado de iluminação não se

pode contar apenas com a iluminação natural. Assim, geralmente o melhor sistema

de iluminação é a combinação da iluminação artifi cial com a natural.

O sistema de iluminação artifi cial proporciona melhor uniformidade da intensidade

de iluminação na área de trabalho, e permite que as tarefas sejam realizadas em

horários em que a luz natural não é sufi ciente. A iluminação artifi cial ganhou destaque

e importância dentro do projeto de arquitetura onde profi ssionais especializados

em projetos luminotécnicos, além de atender a necessidade de iluminamento das

tarefas, alcançando os níveis de iluminação exigidos pelas normas, também se

preocupam com o conforto lumínico e satisfação dos usuários no espaço de trabalho,

conseqüentemente gerando maior efi ciência e conforto.

Além desses quesitos, o profi ssional responsável pelos projetos de iluminação deve,

ainda, criar projetos com melhor relação custo/benefi cio, considerando o custo

inicial e o consumo de energia elétrica, sem esquecer dos aspectos qualitativos da

iluminação.

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Mariangela de Moura

A parte referente à luminotécnica há anos atrás era elaborada e realizada por

engenheiros eletricistas, cuja principal preocupação era a de iluminar o ambiente

em relação a aspectos quantitativos. Desta forma, nos projetos utilizava-se lâmpadas

fl uorescente tubulares de 20W e 40W. A instalação era feita em luminárias tipo

calha, que serviam basicamente como suporte para as lâmpadas e os reatores, do

tipo eletromagnético, que necessitavam o uso de startes para o sistema de partida

da lâmpada. Esta luminária não apresentava, em verdade, qualquer sistema de

refl exão da iluminação, pois funcionava simplesmente como um apoio para segurar

a lâmpada.

Não existia a preocupação com temperatura de cor e comumente a cor causava

a sensação de luz azulada, possuindo baixo índice de reprodução. O projeto se

resumia a solucionar quantas luminárias de 02 ou 04 lâmpadas de 20W ou 40W seriam

necessárias no espaço, e como poderiam fi car instaladas no teto para distribuir melhor

a iluminação no ambiente de escritórios.

Este relato representa um modelo antigo de projeto de iluminação (se é que se pode

considerar tais recursos como sendo um projeto). No entanto, é exatamente este o

modelo utilizado até hoje no escrito da sede do IBGE, conforme foi demonstrado no

levantamento da iluminação ali existente.

Ao longo do tempo, o conceito de iluminação foi se modifi cando e ganhando status e os

fabricantes de equipamentos desenvolveram produtos para o melhor aproveitamento

da iluminação produzida por uma fonte de luz, preocupando-se com a economia

de energia com a possibilidade de ofuscamento. As lâmpadas sofreram uma grande

alteração na sua composição, permitindo variações na temperatura de cor de 2700K

a 6500 kelvins e melhorando o índice de reprodução de cor.

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As luminárias tornaram-se mais sofi sticadas e ao invés de servirem apenas como

suporte para a lâmpada, desenvolveu-se um sistema de refl etores parabólicos,

elípticos ou de formas espaciais cuja principal função foi modifi car a distribuição

espacial do fl uxo luminoso de uma fonte, utilizando essencialmente fenômeno da

refl exão.

Ainda sobre as luminárias, foram introduzidos elementos para controle de

ofuscamento. Os elementos de controle podem ser classifi cados em colméias ou

aletas antiofuscamento ou difusores translúcidos, foscos ou leitosos que, colocados

na frente da fonte de luz, têm a fi nalidade de diminuir a luminância.

No estudo do escritório do IBGE foi apresentada a situação atual através do

walkthrough de observações, questionários com os usuários e medições da iluminância

com luxímetro e de levantamento fotográfi co para que se pudesse identifi car os pontos

negativos da solução em funcionamento. O estudo utilizou também, uma análise do

projeto luminotécnico existente para o escritório da instituição e da Avaliação Pós-

Ocupação (APO) do sistema de iluminação artifi cial instalado no local.

Com base neste levantamento e nos parâmetros utilizados elaborou-se uma proposta

de projeto para o oitavo andar deste escritório que poderá ser repetida nos andares

seguintes, bem como recomendações para um projeto de iluminação de escritórios.

Através da avaliação pode-se verifi car se o sistema de iluminação artifi cial instalado

no local contemplou as expectativas e as diretrizes do projeto luminotécnico,

satisfazendo as exigências do conforto visual do usuário e o consumo de energia

elétrica. Com isto, é possível fornecer subsídios para que arquitetos e iluminadores

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possam buscar soluções de projeto luminotécnico para escritórios, considerando a

iluminação artifi cial de forma qualitativa e quantitativa, visando ao bem estar do

usuário e o uso racional de energia elétrica.

O principal objetivo do projeto proposto foi sugerir um sistema de iluminação

artifi cial que somasse a economia de energia aliada ao conforto visual dos usuários

do escritório, utilizando luminárias com um bom rendimento e com uma distribuição

harmoniosa das luminárias no forro, distinta da situação atual, na qual não existe

padrão ou cálculo que justifi que sua colocação no teto.

O projeto proposto busca a efi ciência do sistema de iluminação, além de fácil

manutenção e custo inicial médio, por dirigir-se a uma instituição pública onde nem

sempre é possível realizar projetos muito requintados com o orçamento disponível.

O maior problema técnico encontrado foi conferir equilíbrio ao forro do teto do andar,

em função das diferentes alturas de pé-direto: tetos rebaixados ou somente na laje

sem rebaixamento nenhum. Outra preocupação recaiu sobre o planejamento deste

forro no rebaixo do teto; se deveria atender futuramente a diferentes demandas

de divisões das atuais salas ou simplesmente trabalhar com o teto sem divisões

nas salas em formado lanscape. A etapa inicial foi desenvolver uma malha no teto

que permitisse futuras adaptações e divisões nas respectivas salas. No projeto foi

escolhido o modelo de uma luminária que se adaptasse à paginação do forro acústico

em placa nas dimensões 60 x 60.

A solução foi criar uma paginação das placas em desenhos referentes ao tamanho

original das salas, com o perimetro de gesso comum no contorno das salas existentes,

possibilitando futuramente a retirada das divisórias sem interferência na paginação

dos tetos e da colocação das luminárias conforme demonstrado na fi gura a seguir.

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Fonte : autor, 2008

Nas salas de trabalho foi utilizada a base do teto para defi nir a posição das luminárias

e sua colocação em função da modulação adotada e da estética na visão geral do

ambiente com ou sem divisórias.

O cálculo aplicado para saber a quantidade de luminárias que seriam sufi cientes para

atender a solicitação dentro das normas de 500 lux na superfície de trabalho utilizou

a regra, sendo realizado através do software de auxilio para cálculos luminotécincos,

Aladan da GE o que pode ser analisado no anexo 3 onde está todo o cálculo e a

planilha gerada de quantidade de lux em cada ponto.

FIGURA 73 – Planta baixa (malha do teto) - Escala 1:50

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O modelo de luminária e teto escolhidos para o 8º andar foi utilizado no estudo e

repetido em todos os outros andares. A lâmpada escolhida foi a T5 de 14 W com

temperatura de 3000k. A luminária corresponde ao modelo FE 1779/414 de embutir,

da Lumini, que apresentou maior efi ciência. As características técnicas são: alto

rendimento, para 03 ou 04 lâmpadas de 14 W, com corpo em aço tratado e pintado

por processo eletrostático na cor branca, refl etor e aletas parabólicas em alumínio

anodizado, de altíssimo brilho, reator alojado na parte superior da luminária e fi xação

ao forro por meio de tirantes.

Nos corredores, o modelo escolhido foi uma luminária lançada recentemente com o

conceito atual de iluminação, onde é possível ter luz, sentir a luz, mas não visualizar

a fonte de iluminação. A luminária é embutida como uma caixa de luz no gesso. O

modelo escolhido foi a luminária no frame 226 sem moldura embutida em forro de

gesso, que confere acabamento extremamente limpo ao forro e fi xação por meio de

parafusos. A lâmpada utilizada foi a Dulux /D 26W/827 da OSRAM – 2x26W. A fi gura

a seguir mostra um detalhe de como funciona a luminária e vários exemplos de

utilização com diferentes lâmpadas.

Figura 74 - Exemplo da luminária noFrame da Lumini

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Nos banheiros e nas copas optou-se por um modelo mais simples com difusores

leitosos. O modelo adotado foi luminária quadrada modelo E4433/226 para 02

lâmpadas fl uorescentes compactas, com corpo em aço tratado e pintado por processo

eletrostático na cor branca, visor em acrílico translúcido, reator alojado na parte

superior da luminária e fi xação ao forro por meio de molas em aço inox. A lâmpada

para esta luminária é a Dulux /D 26W/827 da OSRAM – 2x26W.

No banheiro, além da iluminação geral pela luminária especifi cada, utilizou-se também

uma luminária pontual sobre cada bancada de pia, com lâmpada incandescente para a

reprodução de cor de 100%. A luminária utilizada foi a PE 600, embutida e orientável,

para montagem de lâmpadas halógenas dicróicas, corpo em chapa de aço tratada e

pintada por processo eletrostático na cor branca, com transformador apoiado sobre o

forro ou atirantado à laje, acessível pelo furo da luminária, fi xação ao forro por meio

de molas de aço inox. A lâmpada utilizada é a halógena dicróica de 50 W – 38 graus.

A planta de iluminação geral do projeto proposto para os andares deverá utilizar o

modelo apresentado a seguir.

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Figura 75 - Planta do projeto de iluminação 8º andar (proposta)

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Tabela 4 - Luminárias especifi cadas

FFE 1799/414 Luminária de alto rendimento, para 3 ou 4 lâmpadas, com

corpo em aço tratado e pintado por processo eletrostático na

cor branca.

Refletor e aletas parabólicas em alumínio anodizado importado,

de altíssimo brilho.

Reator alojado na parte superior da luminária.

Fixação ao forro por meio de tirantes.

Lâmpada:4 x Fluorescente Tubular T5

14W – 220V 3000K – IRC 80-89

Reator

50 un

E 4433/226 Luminária quadrada para 2

lâmpadas fluorescentes compactas, com corpo em aço tratado e pintado por processo

eletrostático na cor branca.

Visor em acrílico translúcido.

Reator alojado na parte superior da luminária.

Fixação ao forro por meio de molas em aço inox.

Lâmpada:2 x Fluorescente Compacta

26W – 220V 2700K – IRC 80-89

Reator

09 un.

X NO FRAME 228

Luminárias sem moldura embutidas em forro de gesso.

Confere acabamento extremamente limpo ao forro.

Fixação por meio de parafusos.

Lâmpada:2 x Fluorescente Tubular T5

28W – 220V 3000K – IRC 80-89

Reator

17 un

PE 600/1

Luminária embutida orientável, para montagem de lâmpadas

halógenas dicróicas. Corpo em chapa de aço tratada e pintada por processo eletrostático nas cores branca, preta, ou padrão

Lumini.

Transformador apoiado sobre o forro ou atirantado à laje,

acessível pelo furo da luminária.

Lâmpada:1 x Halógena Dicróica

50W – 12V 3100K – IRC 100

Transformador

05 un

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O projeto propõe uma iluminação funcional efi ciente para os setores administrativos,

pontuada com diferenciais nas áreas da presidência, diretoria e salas de reuniões.

Para alcançar este objetivo empregou-se uma variedade de elementos, tais como

luminárias especiais e modelos quádruplo parabólicos para lâmpadas T5.

Com a proposta pretendeu-se desenvolver uma iluminação funcional e com diferenciais

nas áreas mais nobres, sem abrir mão de efi ciência, baixa carga térmica e impacto

visual.

Nas áreas operacionais foram propostas as luminárias do tipo duplo-parabólica, com

lâmpadas T5, de baixa carga térmica. Nos espaços maiores aparecem os modelos

quadrados, com capacidade para quatro lâmpadas de 14watts e 3 mil kelvins.

A proposta de iluminação dos corredores privilegiou luz difusa e as áreas de espera

tiveram iluminação reduzida e concentrada no desempenho de suas funções. Em

resumo, eliminaram-se possíveis focos decorativos ou de destaque. Como resultado,

destacou-se o conforto visual sem perda luminosa.

No andar da Presidência do IBGE também foi realizado um estudo de iluminação que

utilizou a mesma defi nição dos andares, porém, conferindo um destaque necessário

por ser considerado área nobre.

A proposta foi o uso do mesmo tipo de iluminação das salas de trabalho, com um

diferencial de iluminação de destaque em algumas paredes. Na sala do Presidente o

destaque recaiu sobre a parede principal do fundo; na sala dos assistentes destaque

em ambas as paredes, de um lado e do outro na entrada de cada sala. Na ante-sala

e sala de espera utilizou-se o mesmo modelo da No frame de todas as circulações do

prédio. Mas, como é uma sala de destaque que serve de acesso para a Presidência, e

onde se encontra o principal auditório da instituição, foi desenvolvido um tamanho

especial para sugerir caixas de luz com a lâmpada de 28W com 3000K de temperatura

de cor.

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Figura 76 – Planta do projeto de iluminação do 10º andar (proposta) – Presidência.

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RECOMENDAÇÕES PARA UM PROJETO DE ILUMINAÇÃO EM

ESCRITÓRIOS

“Criar é quebrar paradigmas”.

(Camilo Belchior)

Todo novo projeto de iluminação em Arquitetura deve atender a requisitos básicos,

na medida em que é necessário entender-se os fundamentos da luz e sua infl uência

sobre as pessoas e o conhecimento do ambiente que vai ser iluminado. A luz se torna

um elemento de grande importância em ambientes de trabalho, como o objeto deste

estudo -, um escritório.

O que se recomenda, em Arquitetura, para um projeto de iluminação, com base no

objeto deste estudo de caso, já citado nos capítulos anteriores, - sobre iluminação

em escritórios -, com o mesmo modelo de confi guração espacial, pode ser assim

especifi cado: escritórios com salas individuais, fechadas, com divisórias piso-teto;

que neste tipo de ambiente, realizam-se tarefas, com utilização de computadores

e/ou as que incluem leitura e escrita de documentos, o que exigem um cuidado

especial, quanto à iluminação ambiental.

Para a realização de um projeto de reforma ambiental, em especial, u escritório,

foi necessário que se atendesse à criatividade do projetista, conjugada aos pré-

requisitos indicados pela instituição, para implantação de novos conceitos em

iluminação. Buscou-se atender às características da edifi cação, com décadas de

existência, e incorporar uma nova forma de iluminar o ambiente, como, na visão de

Camilo Belchior (2006), sobre o ato de criar:

CAPÍTULO 5

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Um criterioso projeto de iluminação deve conter vários fatores a serem considerados,

tais como: a luz natural; instalações de outros sistemas, principalmente, o de ar

condicionado, e este, geralmente, intercede na distribuição dos equipamentos de

iluminação; equipamentos de incêndio; instalações hidráulicas, enfi m, todos os sistemas

que, de alguma forma, possam comprometer a disposição e alocação das luminárias.

O importante em um projeto de Arquitetura é que a iluminação seja um dos fatores a

serem considerados, junto às defi nições, no início do planejamento, lado a lado com

profi ssionais de outras áreas, para que se encontre a melhor solução, e valorizar o

projeto arquitetônico, em sua totalidade. A iluminação deve estar em harmonia com

o ambiente, no sentido de integrar-se aos detalhes construtivos de que se compõe o

mesmo.

Assim, as recomendações seguem uma orientação adotada, no que diz respeito à

quantidade e qualidade de iluminação, de acordo com a área, a localização das

aberturas (janelas), a distribuição do mobiliário, em razão do tipo específi co de

trabalhos que ali se realizam.

O que deve-se considerar, como de grande importância, quanto a qualquer tipo de

ambiente, é que não existe um formato padrão a ser escolhido, em um projeto

de iluminação. Existem vários recursos de iluminação (equipamentos - luminárias

e lâmpadas), de diferentes fabricantes, e que devem ser analisados, em relação às

suas características e desempenho, integrados a cada ambiente, a que se propõe um

projeto de Arquitetura indoor.

“[...]quando nos libertamos de paradigmas e convenções estabelecidas, somos

capazes de articular nosso pensamento e emoções em favor de algo que nos supera.

Isto propicia um exercício sem vícios, sem exigência básicas e nos impele a criar uma

“nova luz”.(BELCHIOR, 2006, pp.50-54).

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Ao considerar-se o objeto deste estudo, a iluminação de um escritório, foram

propostas diferentes soluções, a serem indicadas, tais como: luminárias de

lâmpadas fl uorescentes tubulares de 14W, 28W, 32W; luminárias com lâmpadas

fl uorescentes compactas de 26W; equipamentos mistos, com lâmpadas fl uorescentes

e incandescentes.

O importante a ser focalizado neste projeto foi o efeito que se quis apresentar, e a

correta utilização dos parâmetros indicados nas normas para este fi m. Como cada

projeto de iluminação é único, e as recomendações apresentadas servem para auxiliar

no desenvolvimento do mesmo, neste caso, houve necessidade de se considerar um

modelo, que atendesse à modernização do ambiente. As diretrizes traçadas para este

projeto de reforma de iluminação seguiram as normas do tipo de edifi cação, já existente,

que se adequassem à melhoria de conforto e bem-estar de seus usuários.

Todo projeto de iluminação deve atender aos aspectos objetivos, tais como,

quantidade de iluminação; custo das instalações dos equipamentos; facilidade na

manutenção do sistema; reposição do equipamento, além de: vida útil das lâmpadas,

consumo de energia, e, principalmente, a segurança do equipamento. Deve atender,

também, aos fatores subjetivos, como as sensações e emoções, favorecidas pela

iluminação do ambiente, e, que são expectativas do ser humano, em relação a seu

local de trabalho, quanto ao aspecto qualitativo.

Quanto à iluminação do ambiente de trabalho, também deve-se considerar a relação

entre as características das tarefas que serão executadas e o perfi l do usuário. O

projetista deve fazer um levantamento das características do ambiente, sua utilização,

e tipo de tarefas que serão desenvolvidas; se possível, atender à faixa etária dos

usuários, para determinar, corretamente, a melhor solução a ser empregada na escolha

Há que se levar em conta que, na atualidade, os projetos de iluminação já podem

contar com o uso de tecnologias, como os microcomputadores, que processam dados

em programas, e tornam mais rápida a visualização dos resultados.

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A postura dos projetistas deve estar pautada na expectativa dos usuários, em um

ambiente que pode favorecer mudanças de comportamento e bem estar, devido à

satisfação e conseqüente bem-estar, e que, no caso de um escritório, que haja um

retorno expressivo em níveis de produtividade funcional.

Vale lembrar que as soluções de iluminação, além de contribuírem com o aspecto

estético do espaço, devem estar interligadas com os aspectos térmicos e acústicos.

Quando se projeta um sistema de iluminação, este deve estar diretamente ligado à

solução técnica e estética do teto ou de outra superfície, onde será instalado. Daí

a importância da interação necessária de técnicos na área, que deve acontecer no

início de um projeto de arquitetura e interiores, e prosseguir, durante a execução da

obra, em que podem ocorrer necessárias adaptações no projeto inicial, como indica

o Guia de Iluminação da Philips (s/d),

“[...]” são necessários os desenhos de cada ambiente, incluindo os detalhes construtivos

dos tetos e das paredes (...) também são necessários conhecimentos preliminares das

refl etâncias das superfícies das paredes , tetos e pisos , igualmente são necessários detalhes

da decoração interna e dos móveis do ambiente a ser iluminado[...]” ( GUIA DE ILUMINAÇÃO

PLHILIPS, s/d, p.40).

5.1. Diferentes tipos de iluminação

A iluminação de um escritório pode ser projetada de formas diferentes, e a mais

utilizada é a iluminação geral do ambiente, que possibilita, assim, várias confi gurações

e adaptações futuras no layout do mobiliário; e, proporciona uma iluminação com

distribuição mais equilibrada.

A efi ciência do sistema de iluminação geral pode ser obtida com o planejamento

dos comandos dos circuitos projetados, separadamente, permitindo assim, maior

da luminária e das lâmpadas. A adequação do nível de iluminação está relacionada a

característica de cada tarefa, e deve seguir as indicações da normas vigentes.

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Mariangela de Moura

fl exibilização do sistema com acionamentos diferenciados das luminárias, como por

exemplo, as luminárias próximas às janelas, que podem ser desligadas quando a

iluminação natural for sufi ciente para o usuário desenvolver as tarefas no posto de

trabalho. Nas salas individuais, ou as de pequenos grupos, como no modelo analisado,

objeto deste estudo, é importante o acionamento do circuito separado, ligando ou

desligando a luminária, conforme a necessidade -, em cima, ou próximo, ao posto

de trabalho.

No projeto em questão, pode-se adotar a combinação de iluminação geral e iluminação

nos postos de trabalho. No caso da iluminação geral, esta pode ser utilizada em um

nível de iluminação um pouco mais reduzido do recomendado, e complementar-

se com uma iluminação localizada e pontual na estação de trabalho. A iluminação

geral do local atende ao mínimo necessário para circulação e visualização geral

do ambiente; e, a iluminação pontual atende ao desenvolvimento de tarefas na

superfície de trabalho. A vantagem deste sistema é a economia proporcionada, em

relação ao gasto de energia. O acionamento do sistema de iluminação pontual seria

facultativo, e, ligando-se, somente quando for necessário; e, desligando-se o mesmo,

no momento de saída do posto de trabalho. A desvantagem deste modelo seria a

necessidade de um detalhamento maior para a instalação elétrica, possibilitando o

liga / desliga, em cada posto de trabalho; e, a difi culdade de remanejamento deste

posto de trabalho, em confi gurar-se um novo layout.

Em que se considere, ainda, a solução anterior, com a necessidade pontual de se

utilizar em um escritório moderno o computador, em cada posto de trabalho, é

que, para isto ocorrer, existe uma alimentação do sistema elétrico, ligando-se o

equipamento em cada estação de trabalho; com isto, é possível obter-se um projeto

planejado para este fi m, com instalação elétrica disponível, para a utilização dos

comandos de acionamento da iluminação em cada posto de trabalho.

Atualmente, existem novas tecnologias para controlar a iluminação, tornando-a

mais efi ciente em relação ao consumo de energia. Em locais fechados, é possível

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a utilização de sensor de presença, acionando-se a iluminação, de acordo com o

movimento das pessoas; neste caso, deve-se levar em conta a quantidade de vezes

que este sensor acionará a lâmpada, e se isto será mais efi ciente que o desgaste com

o uso de uma lâmpada fl uorescente.

No sistema onde é utilizado a iluminação natural, em paralelo à iluminação artifi cial, é

possível controlar a utilização da iluminação artifi cial: quanto maior for a iluminação

natural, próximo as janelas, menor será a necessidade da fonte de luz artifi cial

permanecer ligada. Existe um sensor que funciona com os níveis adequados, e quando

a quantidade de lux (ver defi nição em capítulos anteriores) for sufi ciente dentro dos

parâmetros indicados nas normas, este dispositivo desligará a iluminação artifi cial,

gerando assim uma economia de energia, e tornando o sistema mais efi ciente. O

sistema permite o gerenciamento do consumo de energia com o aproveitamento

máximo da luz natural.

Geralmente, as luminárias utilizadas em escritórios possuem refl etores polidos, e

utilizam-se as lâmpadas fl uorescentes tubulares T5 e T8. A diferença entre a utilização

de uma lâmpada ou outra é o custo do equipamento e a vida útil. O custo inicial mais

baixo é o da luminária e da lâmpada T8; mas, a T5, com diâmetro de 16 mm, possui

uma tecnologia mais moderna e a sua vida útil é maior, além de poder ser instalada

em luminárias com menor altura, o que, em certas situações, onde a altura entre o

forro e o teto é pequena, é considerada a melhor solução.

O sistema de iluminação deve ser de fácil manutenção e reposição dos seus

componentes; não se deve esquecer da limpeza nos equipamentos para não perder

o rendimento e efi ciência ao longo da utilização. Junto ao projeto de iluminação, é

necessário as especifi cações técnicas dos equipamentos para reposição, como, o tipo

de lâmpada, a temperatura de cor, para não comprometer a iluminação e o projeto

ao longo do tempo.

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5.2. Ambientes agradáveis e funcionalidade

A valorização dos espaços de escritório, através da iluminação, deverá melhorar o

ambiente e torná-lo um local mais agradável para as atividades profi ssionais. O fator

estético e a qualidade da iluminação deste ambiente devem ser considerados como

um dos principais elementos de um projeto luminotécnico, para que o funcionário

tenha conforto visual e motivação no espaço em que trabalha.

Hoje existe uma nova realidade em relação à distribuição de espaços e à utilização

de modernos equipamentos nos escritórios, para isto, é essencial que a iluminação

esteja perfeitamente adequada para atender às diferentes necessidades. Além do

sistema de iluminação ser efi ciente, este deve proporcionar, também, menor cansaço

e tensão; menor ofuscamento; maior nível de iluminação no plano de trabalho;

diminuir as refl exões indesejáveis nas telas dos computadores, tornando assim o

ambiente de trabalho mais agradável e estimulante.

Neste caso, há um recurso que atende às várias tarefas, entre o uso do computador

e a leitura, que é a combinação entre estas tarefas e o sistema de iluminância, em

que esta não pode exceder 500 lux e utilizar o sistema de iluminação geral que não

cause ofuscamento. (COSTA, 2007, p. 50, apud IESNA, 2000).

Um projeto correto de iluminação deverá ter uma luz adequada e uniforme nos

planos de trabalho; quanto melhor distribuído o sistema de iluminação no ambiente,

melhor será o equilíbrio da iluminação neste escritório. A especifi cação das fontes de

luz e das luminárias torna-se importante para alcançar este resultado. Pode-se, em

um mesmo ambiente, utilizar vários tipos e modelos de luminárias e lâmpadas para

o projeto; o correto é buscar a melhor solução dentro deste espaço. Para obter-se

este equilíbrio de iluminação no ambiente, o projetista tem que imaginar o tipo de

iluminação que será utilizado no espaço, consultar os vários tipos de luminárias/

lâmpadas, e calcular qual será o mais correto e equilibrado para aquele escritório.

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Em escritórios, além da iluminação uniforme, é possível criar cenas diferentes,

utilizando-se luminárias pontuais para destacar um objeto ou um quadro. Na

recepção de um escritório, é possível utilizar-se luminária pendente, com lâmpada

incandescente, para criar uma iluminação diferenciada da restante do mesmo

ambiente.

Na utilização, em um projeto de iluminação de lâmpadas fl uorescentes, é necessário,

na hora da especifi cação da lâmpada, a atenção com temperatura de aparência, de

cor amarela (3.000K), ou de cor branca (4.000K e 5.000K). O índice de reprodução

de cor deve fi car sempre acima de 85%, o que, atualmente, é fácil ser alcançado,

devido à modernização e evolução das lâmpadas.

A especifi cação correta da luminária deve evitar o ofuscamento no plano de trabalho.

A utilização de difusores nas luminárias, como forma de se prevenir o ofuscamento,

é indicada, quando se tem a intenção de reduzir a luminância da luminária. Estes

difusores podem ser de vidro jateado, branco, ou de acrílico fosco.

O dispositivo antiofuscamento nas luminárias reduz o incômodo da visão direta da

lâmpada, que é composto de aletas em forma parabólicas, em alumínio polido, ou

pintado de branco. A função deste dispositivo é redirecionar os raios luminosos, e

possibilitar maior efi ciência do sistema de iluminação.

Os efeitos de iluminação nos sistemas utilizados são classifi cados como: iluminação

direta; iluminação indireta; iluminação direta e indireta; iluminação de destaque. O

importante é saber quando utilizar-se cada um, e a diferença entre eles.

A iluminação direta, geralmente, é instalada no teto, e incide diretamente de cima

para baixo, no plano de trabalho, tornando a superfície de trabalho mais destacada.

A luz direta produz sombras marcantes nas áreas de tarefa, e pode gerar, com

desvantagem, um ofuscamento ou refl exões indesejáveis. A forma de corrigir esta

refl exão é a correta especifi cação da luminária.

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A iluminação indireta refl ete no teto ou na parede antes de chegar ao plano de

trabalho. O uso deste tipo de iluminação pode ser feito através de sancas, rasgos ou

luminárias, que projetem a luz para o teto. A vantagem é que o ambiente apresenta

conforto visual, minimizando as sombras causadas pelo sistema de iluminação direta;

diminui os contrastes entre as superfícies, causando assim, menos fadiga visual. A

desvantagem é que o custo deste sistema é superior ao outro.

A associação dos sistemas de iluminação, direta e indireta, tem como vantagens:

brilho, conforto, e alguns destaques da iluminação no ambiente; e, geralmente as

pessoas preferem esta combinação. Neste sistema, as proporções de combinação

podem variar de (20% a 80%), mudando, assim, o efeito na iluminação, e o resultado

obtido.

A iluminação de destaque, geralmente, é utilizada como complemento da

iluminação geral. A utilização mais freqüente desse tipo de iluminação é nas

entradas, como indicação do caminho; nas recepções; e, para destaque de

objetos e quadros. O ambiente onde se utiliza esta iluminação fica mais atrativo,

menos monótono. Pode ser utilizada, também, como uma outra cena de luz, nas

salas de reunião, podendo, por exemplo, ficar acesa quando se está projetando

imagens.

Em um escritório existem diferentes tipos de ambientes, e para cada um deve ser

planejada uma iluminação, mais adequada e diferenciada.

Sala de reunião

Existem situações de utilização diferenciada neste ambiente: a projeção de imagens,

através de vídeo, ou tela sobre uma parede; e a leitura/escrita em papel, na superfície

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da mesa. Para a atividade de escrita, o mais indicado é utilizar-se luminárias com

as mesmas características das utilizadas nas salas de trabalho -, com lâmpadas

fl uorescentes tubulares ou compactas.

No caso da projeção das imagens, é necessário uma iluminação mínima para a mesa,

permitindo as anotações durante a exibição do vídeo, sem atrapalhar a defi nição da

imagem que está sendo projetada; e uma luz fraca, em alguns locais de destaque,

ou em pontos interessantes.

No planejamento da iluminação de uma sala de reunião, deve-se pensar nos

acionamentos e no sistema total do ambiente, permitindo ligar e desligar a luz,

sempre que necessário; se possível, a automação da iluminação em conjunto com

o sistema de projetor de imagens e fechamento/abertura das cortinas. O ideal é a

utilização de dimmer eletrônico para o acionamento gradativo da iluminação, o que

permite uma transição entre o muito iluminado e a iluminação fraca.

No uso dos diferentes tipos de luminárias, com lâmpadas fl uorescentes para

iluminação geral ou, para iluminação de leitura; e iluminação pontual, para destaque

nos quadros/ objetos, é necessário considerar-se os acionamentos das luminárias

diferenciados, e que os circuitos sejam projetados, separadamente. Não se deve

esquecer a utilização do dimmer, para controlar a intensidade e ajustar o contraste,

de acordo com a necessidade da imagem que está sendo exibida.

As luminárias em que se utilizam lâmpadas fl uorescentes tubulares podem ter o

dispositivo antiofuscamento, para evitar a visão direta da lâmpada, ou possuir

difusores opacos para tornar a luz mais suave e confortável. Atualmente, é usual a

especifi cação de luminárias, tipo balizadores, com lâmpadas de baixa potência, para

permanecerem o tempo todo acessas, indicando um caminho, ou simplesmente como

referência para o espaço.

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Sala de trabalho

Neste ambiente, devem ser utilizadas luminárias com lâmpada fl uorescente tubular ou

compacta. O espaço é destinado à execução de tarefas de leitura / escrita em papel,

ou a utilização de tela do monitor de um computador. A utilização de luminárias com

lâmpadas incandescentes deve ser evitada, pois além de produzirem mais calor, não

têm a efi ciência luminosa e o consuno de energia é maior, se comparadas às lâmpada

fl uorescentes.

Geralmente, o pé direito de um ambiente de escritório não é alto, mas se existirem

situações em que esta altura seja superior à usual, podem ser utilizadas luminárias,

com lâmpadas de vapor metálico; a única preocupação é a baixa reprodução de cor

de algumas lâmpadas.

Para um sistema de iluminação em escritório aberto, tipo landscape, é aconselhável

dividir-se os circuitos em setores, para poder acionar ou desligar, quando necessário,

em parte do andar, o que permite uma economia de energia. Também é bom lembrar-

se da iluminação de emergência, que pode estar ligada em algumas luminárias da

paginação normal do teto, sem a necessidade de existirem outras luminárias soltas,

e colocadas fora da paginação do teto.

Ainda nas salas de trabalho, é possível utilizar-se uma iluminação de destaque para

a iluminação de quadros e objetos, com acionamento separado das luminárias, que

permanecem o tempo todo ligadas, podendo assim ser uma opção: ligar, ou não.

Circulação

A iluminação geral é a melhor indicação para esta área. É um espaço que tem como

fi nalidade a circulação de pessoas, e a ligação entre os diversos setores de uma

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empresa. Na norma, o nível de iluminação para os corredores é inferior ao indicado

para as estações de trabalho; portanto, deve a mesma permitir a movimentação de

pessoas com segurança.

A circulação é um ambiente onde as luminárias permanecem a maioria do tempo

acessas; a preocupação do projetista, no momento do projeto, em ambientes de

trabalho, é a de atender à especifi cação da lâmpada mais econômica possível para

este local.

Na concepção geral do projeto de iluminação, é interessante a utilização de

balizadores, para realçar os desníveis existentes, e marcar o caminho a seguir. Estas

luminárias podem ser utilizadas em conjunto, a outras luminárias, do teto ou parede;

ou, utilizadas separadamente, desde que não deixe de cumprir a sua função, que é

permitir a circulação, em segurança, das pessoas.

Também é interessante a utilização de luminárias do tipo arandelas, para tornar

este espaço diferenciado e aconchegante. A utilização das luminárias pode ser com

lâmpadas incandescente ou fl uorescente, de cor amarela.

Os leds são outra opção de iluminação para a utilização dos balizadores, ou a utilização

da led line, para iluminação no teto ou parede. A desvantagem deste sistema é que

a tecnologia ainda é nova, e o custo é muito elevado. O aspecto positivo é que o

consumo de energia é muito baixo, e a vida útil bem elevada. No sistema de leds,

também pode ser utilizado um sistema com leds colorido, para dar movimentação

na iluminação

Na circulação, podem ser utilizadas luminárias acionadas por um sistema de fotocélula,

no caso de existir iluminação natural, quando a luz externa não for sufi ciente, e,

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acionado o sistema de iluminação artifi cial. O uso de um sensor de presença, no

caso de circulação, sem iluminação natural, com minuteria para desligar o sistema,

também é recomendável. A utilização de lâmpadas fl uorescentes nestes casos, em

que o liga/desliga é freqüente, não é muito indicado, pois a vida útil da lâmpada

será reduzida.

Áreas auxiliares

Geralmente, na iluminação da copa e da cozinha é utilizada lâmpadas fl uorescentes

compactas, e a luminária com difusor branco ou transparente, no fechamento da

mesma. O cuidado é que, na superfície de trabalho (bancada da pia), a iluminação

seja sufi ciente para e execução das tarefas, ou, além da iluminação geral no teto,

também seja planejada uma iluminação pontual na bancada da pia, para prevenir as

sombras.

No caso dos banheiros, a melhor iluminação é a combinada -, iluminação geral com

iluminação pontual -, em cima da bancada. A iluminação geral pode ser feita, através

de luminária, com difusor leitoso, e da utilização de lâmpadas incandescentes ou

fl uorescentes.

Existem duas maneiras de se iluminar a casa de máquinas ou sala auxiliar, espaços

que geralmente necessitam de características de segurança da luminária. É possível

utilizarem-se as luminárias, chamadas de tartaruga, devido à sua blindagem, com

lâmpada incandescente, para ser acesa, somente quando for necessário; ou a

utilização de luminárias, com lâmpada fl uorescente, mais apropriada para este fi m,

sem o risco de estourar.

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Considerações Finais

O projeto de iluminação deve caminhar integrado ao projeto de arquitetura. A

iluminação pode modifi car totalmente as características de um ambiente. A valorização

e o crescimento deste segmento mudaram a percepção sobre iluminação em relação

à Arquitetura, tanto no espaço interno quanto nas fachadas. É possível modifi car

totalmente as sensações que se tem de um espaço somente com uso de iluminação.

Portanto “iluminar” ou “não iluminar” tornou-se um aspecto fundamental para a boa

ou má percepção de um ambiente.

O conforto, a satisfação do usuário e a efi ciência energética da edifi cação são

algumas das principais qualidades em projeto de iluminação em escritórios. Cabe

ao projetista promover o uso efi ciente e correto destas características, através

de sistemas que utilizem a iluminação natural e artifi cial. Preferencialmente, o

planejamento destes sistemas deve integrar-se ao planejamento global da edifi cação

desde a sua concepção inicial. Quando assim não for, a Avaliação Pós-Ocupação – APO

é uma poderosa ferramenta de investigação para analisar o ambiente e propor as

modifi cações necessárias.

Um projeto de iluminação não começa na escolha dos equipamentos, mas sim na

necessidade do usuário e na sensação que se quer transmitir. Depois de conhecer

estas informações é que o projetista seleciona as fontes de luz, luminárias e

equipamentos auxiliares, por isto, é importante conhecer os tipos e as características

dos equipamentos disponíveis para auxiliar na escolha da melhor solução no ambiente

que vai ser iluminado.

A dissertação apresentada teve como fi nalidade destacar a importância de um

projeto de iluminação como parte fundamental da Arquitetura e os benefícios que

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a iluminação pode trazer no conforto visual e o bem estar do usuário no espaço de

escritórios.

As pessoas devem sentir os efeitos da iluminação, porém de maneira adequada e sem

ofuscamento ou desconforto. Deve haver um equilíbrio entre iluminação geral e de

destaque, entre iluminação natural e artifi cial. As lâmpadas utilizadas devem ter um

índice de reprodução de cor adequado.

Na iluminação do escritório analisado, pôde-se observar através da APO que o custo-

benefício não estava equilibrado e que é possível melhorar a iluminação, utilizando

luminárias mais efi cientes - com a diminuição da potência da lâmpada e o aumento

da efi ciência da luminária através de parábolas refl etoras, elevando, assim, a

iluminância no posto de trabalho.

Na avaliação resultante do walkthrough e dos questionários aplicados foi observado

que:

• A grande parte dos funcionários não considera a iluminação do seu posto

sufi ciente;

• Para a maioria das pessoas existe ofuscamento provocado pelo atual

sistema de iluminação instalado; e

• Que 75% dos servidores gostariam de ter o controle do sistema.

No sistema de iluminação existente foram identifi cados vários problemas no aspecto

‘ofuscamento’, de iluminação não adequada para o desenvolvimento das tarefas

usuais do escritório, além do gasto desnecessário de energia, provocado pela

utilização de luminárias não efi cientes.

Na proposta do projeto de iluminação apresentada é possível solucionar várias

questões levantadas pelos instrumentos da APO, pelas medições e pela aplicação

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Mariangela de Moura

dos questionários referentes à iluminação artifi cial.

Juntamente à apresentação da situação atual da iluminação dos escritórios da sede

do IBGE, no Capítulo 4 documentou-se uma nova proposta do sistema de iluminação,

seguindo com critérios e parâmetros recomendados pela norma técnica. Apresentou-

se também as recomendações para projetos de iluminação visando à melhoria do

desempenho lumínico do ambiente através do uso adequado das lâmpadas, luminárias

e equipamentos auxiliares para ambientes semelhantes àquele verifi cado no estudo

de caso. As recomendações objetivam uma sugestão a seguir, não se constituindo em

regras a serem cumpridas com rigor pelos profi ssionais da área de desenvolvimento

de reformas ou de novos projetos no campo da iluminação.

Espera-se que as refl exões sejam facilitadores no processo criativo de um projeto

de iluminação e que valorizem o conforto visual e ambiental necessário para o bom

desempenho das atividades em ambiente de escritórios.

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Mariangela de Moura

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175

Mariangela de Moura

Anexos

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIROFACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

PROARQ - PROGRAMA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA

Pesquisa para dissertação de mestrado - Avaliação Pós-Ocupação (APO) - IBGE/ 2007QUESTIONÁRIO PARA AVALIAÇÂO DOS USUÁRIOS

Este questionário pretende analisar a iluminação dos espaços físicos do IBGE, tendo em vista a identifi cação de pontos críticos, prioridades e a adequação do prédio às atividades desenvolvidas. Preenchendo este questionário, você estará dando uma contribuição para os projetos de iluminação em escritórios.

ATENÇÃO• A sua identifi cação não é obrigatória.• Indicar suas respostas marcando um x nos espaços correspondentes.• Comentários/sugestões poderão ser efetuados, por escrito, ao fi nal do questionário,

no campo OBSERVAÇÕES.

QUADRO 01: DADOS PESSOAIS

SEXO Masculino Feminino

IDADE menos de 25 anos 25 a 40 anos 41 a 55

anosmais de 55 anos

QUADRO 02: LOCAL DE TRABALHO

Local de trabalho (prédio/sala) Período aproximado de permanência diária

................. horas/dia

QUADRO 03: AVALIAÇÂO DOS AMBIENTES DE TRABALHO DO IBGE

1 - Você gosta do seu ambiente de trabalho?

Sim Não

2 - Como você classifi ca as instalações físicas do seu local de trabalho?

Excelente Boa Regular Ruim

3 - A iluminação na sua sala de trabalho é sufi ciente para executar o seu serviço?

Sim Não

4 - Como você considera a iluminação natural da sua sala para ler e escrever?

Excelente Boa Regular Ruim

5 - As lâmpadas da sua sala de trabalho permanecem o tempo todo acesas?

Sim Não

Anexo 1QUESTIONÁRIOS – Aplicados aos servidores

176

Mariangela de Moura

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6 - Observe a cor da luz (amarela ou branca) na sua sala. Para você esta cor é:

Agradável Desagradável Indiferente

7 - A luz que entra pela janela incomoda, causa ofuscamento?

Sim Não

8 - Existe algum ambiente no IBGE em que você considera a iluminação defi ciente/precária? Especifi que. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

9 – O sistema de iluminação artifi cial (luminárias) provoca ofuscamento?

Sim Não

10 – A iluminação no seu plano de trabalho, se você utiliza o computador, é?

Excelente Boa Regular Ruim

11 – Existem refl exões das luminárias na tela do seu computador?

Sim Não

12 – Caso existam, estas refl exões atrapalham o trabalho?

Sim Não

13 – Você gostaria de ter controle sobre o sistema de iluminação (ligar e desligar a iluminação do seu posto de trabalho)?

Sim Não

14 – A manutenção (infra-estrutura) do sistema de iluminação é satisfatória?

Sim Não

15 – Qual a sensação que você tem ao entrar no escritório em relação à iluminação do ambiente?

Escuro Claro Outras __________________________________________

16 – No seu local de trabalho é possível ter uma visão do ambiente externo (janela)?

Sim Não 17 - Isto modifi ca a dinâmica das suas tarefas?

Sim Não Indiferente

18 - Completem os seguintes itens em ordem de importância para você

1 - Muito importante ( ) Iluminação no plano de trabalho2 - Pouco importante ( ) Iluminação geral 3 - Não é importante ( ) Localização das janelas

( ) Tipos de luminárias( ) Visão do ambiente externo

OBSERVAÇÕES:Você tem sugestões para melhorias da iluminação no espaço de escritório do IBGE? Quais? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

“OBRIGADA POR SUA ATENÇÃO E SEU TEMPO“

177

Mariangela de Moura

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178

Mariangela de Moura

Anexo 2Formulário do walkthrough realizado no IBGE

Dados Técnicosambiente setorbloco pavimento

área datapé-direito horário

Ocupantes Atividadesservidores

Mobiliário Lumináriasmesas

Comentários

Revestimentos Corespiso pisoparede paredeteto tetoCroqui/Layout (mobiliários/equipamentos)

Fotos levantamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIROFACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

PROARQ - PROGRAMA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA

Pesquisa para dissertação de mestrado - Avaliação Pós-Ocupação (APO) - IBGE/ 2007Ficha de Inventário/Ficha Técnica

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179

Mariangela de Moura

Anexo 3Cálculos Luminotécnicos

ILUMINACAO SALA 2,95X7,53 8 ANDAR

Summary for Layout #1: FE1799414.ies (Curve: ) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

Results

Average Illuminance:Connected Load:UPD W/m²:Spacing Criteria:

4 luminaires provide 475 lux maintained.

475 lux224W10,08Acceptable

No. of Rows:

No. of Cols:Col. Spacing:

1

41,88 m

1,48 m

2,95 m

,94 m 1,88 m7,53 m

Reflected Ceiling PlanScale: 1,21 cm = 1 m

Dimensions: X:7,53 mY:2,95 mZ:3, m

Reflectances: Ceiling:Walls:Floor:

0,70,50,2

Workplane Height:Target UPD W/m²:Target Illuminance:

,75 m

Room Characteristics

Luminaire CharacteristicsLuminaire Description: FE1799414.ies (Curve: )

Suspension Length: 0,000 mTotal Light Loss Factor: 1Efficiency: 73,8 %

Wattage: 56,0W (connected)Aiming: O:0° T:0° S:0°

Lamp Description: Lamps Per Luminaire: 4 Lamp Lumens: 1.108

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180

Mariangela de Moura

ILUMINACAO SALA 2,95X7,53 8 ANDAR

Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

Grid Properties

Grid Type:Grid Height:Units:

Illuminance0,75m,lux

Statistics

Average:Max:Min:

474,9578,8300,6

Max/Min:Ave/Min:Uniformity:

1,91,60,6

Grid Summary

0,38 1,1 1,9 2,6 3,4 4,1 4,9 5,6 6,4 7,2

2,8

2,5

2,2

1,9

1,6

1,3

1,0

0,74

0,44

0,15

302,7 372,3 407,4 423,5 424,5 426,9 423,6 409,7 376,9 307,4

358,9 444,0 489,2 505,1 505,7 509,7 504,1 491,5 449,3 361,2

395,8 486,0 542,5 555,3 558,6 564,5 553,0 544,6 492,2 394,4

404,0 490,9 554,4 564,7 572,6 578,8 561,6 556,2 497,1 400,8

393,8 486,2 533,9 557,8 560,1 562,1 557,2 535,4 489,0 393,8

391,9 489,8 531,2 559,2 560,3 559,4 560,5 532,6 490,2 394,5

398,0 496,0 546,6 564,8 571,2 570,8 566,1 547,9 496,6 400,5

388,2 486,6 532,7 551,5 554,1 554,3 552,8 534,0 487,3 390,4

353,8 441,7 482,5 499,8 501,4 501,9 500,8 483,9 442,7 355,8

300,6 369,8 404,1 419,4 422,2 421,8 420,1 405,4 371,0 302,8

Grid Values

Page 182: A ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL DE ESCRITÓRIOS ESTUDO DE CASO …livros01.livrosgratis.com.br/cp069542.pdf · a iluminaÇÃo artificial de escritÓrios estudo de caso da sede do ibge mariangela

181

Mariangela de Moura

ILUMINACAO SALA 2,95X7,53 8 ANDAR

Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

314.5

314.5314.5 314

.5

342.3

342.3

342.3 342

.3

370.1

370.1

370.1 370.1

397.9

397.9

397.9

397.9

397.9

397.9425.8

453.6

481.4 509.2

537.0

564.8

564.8

300.6

353.8

388.2

398.0

391.9

393.8

404.0

395.8

358.9

302.7

369.8

441.7

486.6

496.0

489.8

486.2

490.9

486.0

444.0

372.3

404.1

482.5

532.7

546.6

531.2

533.9

554.4

542.5

489.2

407.4

419.4

499.8

551.5

564.8

559.2

557.8

564.7

555.3

505.1

423.5

422.2

501.4

554.1

571.2

560.3

560.1

572.6

558.6

505.7

424.5

421.8

501.9

554.3

570.8

559.4

562.1

578.8

564.5

509.7

426.9

420.1

500.8

552.8

566.1

560.5

557.2

561.6

553.0

504.1

423.6

405.4

483.9

534.0

547.9

532.6

535.4

556.2

544.6

491.5

409.7

371.0

442.7

487.3

496.6

490.2

489.0

497.1

492.2

449.3

376.9

302.8

355.8

390.4

400.5

394.5

393.8

400.8

394.4

361.2

307.4

0.0 0.8 1.5 2.3 3.0 3.8 4.5 5.3 6.0 6.80.0

0.3

0.6

0.9

1.2

1.5

1.8

2.1

2.4

2.7

314.5342.3370.1397.9425.8453.6481.4509.2537.0564.8

Page 183: A ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL DE ESCRITÓRIOS ESTUDO DE CASO …livros01.livrosgratis.com.br/cp069542.pdf · a iluminaÇÃo artificial de escritÓrios estudo de caso da sede do ibge mariangela

182

Mariangela de Moura

ILUMINACAO SALA 772X291 8 ANDAR

Summary for Layout #1: FE1799414.ies (Curve: ) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

Results

Average Illuminance:Connected Load:UPD W/m²:Spacing Criteria:

4 luminaires provide 472 lux maintained.

472 lux224W9,97Acceptable

No. of Rows:

No. of Cols:Col. Spacing:

1

41,87 m

1,36 m

2,91 m

,93 m 1,87 m7,72 m

Reflected Ceiling PlanScale: 1,18 cm = 1 m

Dimensions: X:7,72 mY:2,91 mZ:3, m

Reflectances: Ceiling:Walls:Floor:

0,70,50,2

Workplane Height:Target UPD W/m²:Target Illuminance:

,75 m

Room Characteristics

Luminaire CharacteristicsLuminaire Description: FE1799414.ies (Curve: )

Suspension Length: 0,000 mTotal Light Loss Factor: 1Efficiency: 73,8 %

Wattage: 56,0W (connected)Aiming: O:0° T:0° S:0°

Lamp Description: Lamps Per Luminaire: 4 Lamp Lumens: 1.108

Page 184: A ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL DE ESCRITÓRIOS ESTUDO DE CASO …livros01.livrosgratis.com.br/cp069542.pdf · a iluminaÇÃo artificial de escritÓrios estudo de caso da sede do ibge mariangela

183

Mariangela de Moura

ILUMINACAO SALA 772X291 8 ANDAR

Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

Grid Properties

Grid Type:Grid Height:Units:

Illuminance0,75m,lux

Statistics

Average:Max:Min:

472,0577,9265,3

Max/Min:Ave/Min:Uniformity:

2,21,80,6

Grid Summary

0,39 1,2 1,9 2,7 3,5 4,2 5,0 5,8 6,6 7,3

2,8

2,5

2,2

1,9

1,6

1,3

1,0

0,73

0,44

0,15

288,1 353,9 386,1 401,9 401,6 404,8 399,1 381,0 341,7 265,3

346,3 428,7 471,4 487,1 487,2 488,2 480,2 464,7 413,8 313,3

391,4 481,9 536,4 547,7 552,5 552,9 541,4 527,3 462,9 349,4

407,6 495,3 560,6 564,9 577,9 577,5 563,1 550,4 472,2 362,3

401,8 492,1 549,2 562,2 570,7 572,3 560,8 539,4 468,2 357,1

395,7 493,4 538,7 560,2 563,6 565,8 559,6 528,6 469,5 352,6

400,1 498,9 549,1 567,6 573,1 572,1 566,3 538,3 474,5 358,7

397,4 497,1 546,9 563,6 568,3 566,3 560,3 535,8 473,3 356,5

372,9 468,0 511,3 530,4 529,7 528,2 523,0 500,3 448,7 334,7

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Grid Values

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184

Mariangela de Moura

ILUMINACAO SALA 772X291 8 ANDAR

Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

280.9

312.2312.2 312

.2

343.4

343.4

343.4

343.4

374.7

374.7

374.7

406.0

406.0

437.2

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531.0

562.3

325.1

372.9

397.4

400.1

395.7

401.8

407.6

391.4

346.3

288.1

403.5

468.0

497.1

498.9

493.4

492.1

495.3

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549.1

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549.2

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536.4

471.4

386.1

457.5

530.4

563.6

567.6

560.2

562.2

564.9

547.7

487.1

401.9

459.0

529.7

568.3

573.1

563.6

570.7

577.9

552.5

487.2

401.6

456.2

528.2

566.3

572.1

565.8

572.3

577.5

552.9

488.2

404.8

452.0

523.0

560.3

566.3

559.6

560.8

563.1

541.4

480.2

399.1

432.0

500.3

535.8

538.3

528.6

539.4

550.4

527.3

464.7

381.0

387.5

448.7

473.3

474.5

469.5

468.2

472.2

462.9

413.8

341.7

293.9

334.7

356.5

358.7

352.6

357.1

362.3

349.4

313.3

265.3

0.0 0.8 1.5 2.3 3.1 3.9 4.6 5.4 6.20.0

0.3

0.6

0.9

1.2

1.5

1.7

2.0

2.3

280.9312.2343.4374.7406.0437.2468.5499.8531.0562.3

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185

Mariangela de Moura

ILUMINACAO SALA 2,790X7,47 8 ANDAR

Summary for Layout #1: FE1799414.ies (Curve: ) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

Results

Average Illuminance:Connected Load:UPD W/m²:Spacing Criteria:

4 luminaires provide 482 lux maintained.

482 lux224W10,34Acceptable

No. of Rows:

No. of Cols:Col. Spacing:

1

41,87 m

1,36 m

2,9 m

,93 m 1,87 m7,47 m

Reflected Ceiling PlanScale: 1,22 cm = 1 m

Dimensions: X:7,47 mY:2,9 mZ:3, m

Reflectances: Ceiling:Walls:Floor:

0,70,50,2

Workplane Height:Target UPD W/m²:Target Illuminance:

,75 m

Room Characteristics

Luminaire CharacteristicsLuminaire Description: FE1799414.ies (Curve: )

Suspension Length: 0,000 mTotal Light Loss Factor: 1Efficiency: 73,8 %

Wattage: 56,0W (connected)Aiming: O:0° T:0° S:0°

Lamp Description: Lamps Per Luminaire: 4 Lamp Lumens: 1.108

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186

Mariangela de Moura

ILUMINACAO SALA 2,790X7,47 8 ANDAR

Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

Grid Properties

Grid Type:Grid Height:Units:

Illuminance0,75m,lux

Statistics

Average:Max:Min:

481,7585,0291,7

Max/Min:Ave/Min:Uniformity:

2,01,70,6

Grid Summary

0,37 1,1 1,9 2,6 3,4 4,1 4,9 5,6 6,3 7,1

2,8

2,5

2,2

1,9

1,6

1,3

1,0

0,73

0,44

0,15

291,7 357,3 389,9 407,0 407,9 409,7 407,3 392,3 361,8 296,9

349,3 431,4 473,9 491,1 491,8 495,4 490,4 476,2 436,7 352,5

393,3 483,2 537,9 551,7 554,6 560,0 549,8 540,1 489,2 392,8

408,8 495,0 560,8 569,2 578,1 585,0 566,1 562,7 501,5 405,2

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396,7 490,7 539,1 561,1 567,0 567,0 562,0 540,4 491,5 398,5

401,3 498,7 549,6 569,4 576,0 575,4 570,6 550,9 499,3 403,9

398,5 497,5 547,4 565,4 570,2 570,3 566,7 548,8 498,3 400,8

374,0 469,0 512,4 531,2 531,5 532,1 532,4 513,7 469,8 376,0

326,5 404,5 442,4 458,5 460,6 460,5 459,3 443,7 405,7 328,7

Grid Values

Page 188: A ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL DE ESCRITÓRIOS ESTUDO DE CASO …livros01.livrosgratis.com.br/cp069542.pdf · a iluminaÇÃo artificial de escritÓrios estudo de caso da sede do ibge mariangela

187

Mariangela de Moura

ILUMINACAO SALA 2,790X7,47 8 ANDAR

Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

306.4 306

.4

335.7

335.7

335.7 335

.7

365.1

365.1

365.1

365.1

394.4394.4

394.4 394.4

423.7

453.0

482.3

511.7

541.0

570.3

570.3

326.5

374.0

398.5

401.3

396.7

402.6

408.8

393.3

349.3

291.7

404.5

469.0

497.5

498.7

490.7

491.4

495.0

483.2

431.4

357.3

442.4

512.4

547.4

549.6

539.1

548.6

560.8

537.9

473.9

389.9

458.5

531.2

565.4

569.4

561.1

565.4

569.2

551.7

491.1

407.0

460.6

531.5

570.2

576.0

567.0

572.2

578.1

554.6

491.8

407.9

460.5

532.1

570.3

575.4

567.0

576.1

585.0

560.0

495.4

409.7

459.3

532.4

566.7

570.6

562.0

563.8

566.1

549.8

490.4

407.3

443.7

513.7

548.8

550.9

540.4

550.2

562.7

540.1

476.2

392.3

405.7

469.8

498.3

499.3

491.5

495.4

501.5

489.2

436.7

361.8

328.7

376.0

400.8

403.9

398.5

400.8

405.2

392.8

352.5

296.9

0.0 0.7 1.5 2.2 3.0 3.7 4.5 5.2 6.00.0

0.3

0.6

0.9

1.2

1.5

1.7

2.0

2.3

2.6

306.4335.7365.1394.4423.7453.0482.3511.7541.0570.3

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188

Mariangela de Moura

ILUMINACAO SALA 772X278 8 ANDAR

Summary for Layout #1: FE1799414.ies (Curve: ) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

Results

Average Illuminance:Connected Load:UPD W/m²:Spacing Criteria:

4 luminaires provide 483 lux maintained.

483 lux224W10,51Acceptable

No. of Rows:

No. of Cols:Col. Spacing:

1

41,87 m

1,36 m

2,76 m

,93 m 1,87 m7,72 m

Reflected Ceiling PlanScale: 1,18 cm = 1 m

Dimensions: X:7,72 mY:2,76 mZ:3, m

Reflectances: Ceiling:Walls:Floor:

0,70,50,2

Workplane Height:Target UPD W/m²:Target Illuminance:

,75 m

Room Characteristics

Luminaire CharacteristicsLuminaire Description: FE1799414.ies (Curve: )

Suspension Length: 0,000 mTotal Light Loss Factor: 1Efficiency: 73,8 %

Wattage: 56,0W (connected)Aiming: O:0° T:0° S:0°

Lamp Description: Lamps Per Luminaire: 4 Lamp Lumens: 1.108

Page 190: A ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL DE ESCRITÓRIOS ESTUDO DE CASO …livros01.livrosgratis.com.br/cp069542.pdf · a iluminaÇÃo artificial de escritÓrios estudo de caso da sede do ibge mariangela

189

Mariangela de Moura

ILUMINACAO SALA 772X278 8 ANDAR

Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

Grid Properties

Grid Type:Grid Height:Units:

Illuminance0,75m,lux

Statistics

Average:Max:Min:

483,1583,2293,6

Max/Min:Ave/Min:Uniformity:

2,01,60,6

Grid Summary

0,39 1,2 1,9 2,7 3,5 4,2 5,0 5,8 6,6 7,3

2,6

2,3

2,1

1,8

1,5

1,2

0,97

0,69

0,41

0,14

321,2 395,1 433,2 448,7 449,0 450,1 443,5 427,4 382,3 293,6

372,6 459,9 508,8 522,7 524,4 524,6 515,1 500,9 444,2 336,3

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402,1 495,5 545,4 565,6 568,7 571,6 562,4 535,7 472,7 357,7

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405,1 504,2 555,2 572,7 578,8 577,2 571,2 544,4 479,5 363,8

400,0 499,8 548,8 566,1 570,0 567,9 562,1 538,1 476,9 359,5

374,3 468,2 511,5 530,0 529,5 527,8 522,7 500,6 449,3 336,7

328,1 405,9 443,4 459,6 461,1 458,5 454,3 434,4 389,9 297,2

Grid Values

Page 191: A ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL DE ESCRITÓRIOS ESTUDO DE CASO …livros01.livrosgratis.com.br/cp069542.pdf · a iluminaÇÃo artificial de escritÓrios estudo de caso da sede do ibge mariangela

190

Mariangela de Moura

ILUMINACAO SALA 772X278 8 ANDAR

Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

308.0

308.0

337.0

337.0

337.0 337

.0

366.0

366.0

366.0

366.0

394.9394.9

394.9

423.9

423.9

452.9

481.8 510.8

539.8

568.7

328.1

374.3

400.0

405.1

399.5

402.1

411.1

404.4

372.6

321.2

405.9

468.2

499.8

504.2

498.2

495.5

500.0

495.5

459.9

395.1

443.4

511.5

548.8

555.2

541.1

545.4

564.5

555.1

508.8

433.2

459.6

530.0

566.1

572.7

567.0

565.6

570.3

563.8

522.7

448.7

461.1

529.5

570.0

578.8

566.7

568.7

583.0

571.7

524.4

449.0

458.5

527.8

567.9

577.2

569.1

571.6

583.2

572.1

524.6

450.1

454.3

522.7

562.1

571.2

564.0

562.4

568.5

558.5

515.1

443.5

434.4

500.6

538.1

544.4

531.0

535.7

554.9

546.9

500.9

427.4

389.9

449.3

476.9

479.5

475.2

472.7

476.5

475.4

444.2

382.3

297.2

336.7

359.5

363.8

356.4

357.7

366.5

361.9

336.3

293.6

0.0 0.8 1.5 2.3 3.1 3.9 4.6 5.4 6.2 6.90.0

0.3

0.6

0.8

1.1

1.4

1.7

1.9

2.2

2.5

308.0337.0366.0394.9423.9452.9481.8510.8539.8568.7

Page 192: A ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL DE ESCRITÓRIOS ESTUDO DE CASO …livros01.livrosgratis.com.br/cp069542.pdf · a iluminaÇÃo artificial de escritÓrios estudo de caso da sede do ibge mariangela

191

Mariangela de Moura

ILUMINACAO SALA 772X273 8 ANDAR

Summary for Layout #1: FE1799414.ies (Curve: ) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

Results

Average Illuminance:Connected Load:UPD W/m²:Spacing Criteria:

4 luminaires provide 485 lux maintained.

485 lux224W10,63Acceptable

No. of Rows:

No. of Cols:Col. Spacing:

1

41,87 m

1,36 m

2,73 m

,93 m 1,87 m7,72 m

Reflected Ceiling PlanScale: 1,18 cm = 1 m

Dimensions: X:7,72 mY:2,73 mZ:3, m

Reflectances: Ceiling:Walls:Floor:

0,70,50,2

Workplane Height:Target UPD W/m²:Target Illuminance:

,75 m

Room Characteristics

Luminaire CharacteristicsLuminaire Description: FE1799414.ies (Curve: )

Suspension Length: 0,000 mTotal Light Loss Factor: 1Efficiency: 73,8 %

Wattage: 56,0W (connected)Aiming: O:0° T:0° S:0°

Lamp Description: Lamps Per Luminaire: 4 Lamp Lumens: 1.108

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192

Mariangela de Moura

ILUMINACAO SALA 772X273 8 ANDAR

Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

Grid Properties

Grid Type:Grid Height:Units:

Illuminance0,75m,lux

Statistics

Average:Max:Min:

485,2584,0297,9

Max/Min:Ave/Min:Uniformity:

2,01,60,6

Grid Summary

0,39 1,2 1,9 2,7 3,5 4,2 5,0 5,8 6,6 7,3

2,6

2,3

2,0

1,8

1,5

1,2

0,96

0,68

0,41

0,14

327,9 403,7 442,7 458,4 458,7 459,3 452,5 436,8 390,8 299,2

377,7 466,2 515,6 529,8 531,2 531,3 521,7 506,9 450,3 340,4

406,9 497,8 558,1 566,6 574,8 575,0 561,3 549,5 477,4 364,0

411,7 500,7 564,8 571,2 583,6 584,0 569,5 555,4 477,2 367,2

402,1 496,1 544,4 566,3 568,1 571,3 562,8 534,7 473,7 357,7

400,2 499,1 541,4 568,2 567,2 569,6 564,7 531,3 476,3 357,1

406,1 505,2 556,4 573,6 579,9 578,2 572,1 545,6 480,5 364,8

400,5 500,4 549,2 566,5 570,4 568,2 562,4 538,6 477,4 360,1

374,6 468,3 511,5 529,9 529,5 527,8 522,7 500,7 449,4 337,2

328,8 406,4 443,9 460,1 461,6 459,0 454,8 434,9 390,5 297,9

Grid Values

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193

Mariangela de Moura

ILUMINACAO SALA 772X273 8 ANDAR

Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

312.2

312.2

340.8

340.8

340.8 340

.8

369.4

369.4

369.4

398.0398.0

398.0

426.6

426.6

455.2 455.2

483.9 512.5

541.1

569.7

569.7

328.8

374.6

400.5

406.1

400.2

402.1

411.7

406.9

377.7

327.9

406.4

468.3

500.4

505.2

499.1

496.1

500.7

497.8

466.2

403.7

443.9

511.5

549.2

556.4

541.4

544.4

564.8

558.1

515.6

442.7

460.1

529.9

566.5

573.6

568.2

566.3

571.2

566.6

529.8

458.4

461.6

529.5

570.4

579.9

567.2

568.1

583.6

574.8

531.2

458.7

459.0

527.8

568.2

578.2

569.6

571.3

584.0

575.0

531.3

459.3

454.8

522.7

562.4

572.1

564.7

562.8

569.5

561.3

521.7

452.5

434.9

500.7

538.6

545.6

531.3

534.7

555.4

549.5

506.9

436.8

390.5

449.4

477.4

480.5

476.3

473.7

477.2

477.4

450.3

390.8

297.9

337.2

360.1

364.8

357.1

357.7

367.2

364.0

340.4

299.2

0.0 0.8 1.5 2.3 3.1 3.9 4.6 5.4 6.2 6.90.0

0.3

0.5

0.8

1.1

1.4

1.6

1.9

2.2

312.2340.8369.4398.0426.6455.2483.9512.5541.1569.7

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194

Mariangela de Moura

ILUMINACAO SALA 2,71X7,47 8 ANDAR

Summary for Layout #1: FE1799414.ies (Curve: ) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

Results

Average Illuminance:Connected Load:UPD W/m²:Spacing Criteria:

4 luminaires provide 496 lux maintained.

496 lux224W11,07Acceptable

No. of Rows:

No. of Cols:Col. Spacing:

1

41,87 m

1,36 m

2,71 m

,93 m 1,87 m7,47 m

Reflected Ceiling PlanScale: 1,22 cm = 1 m

Dimensions: X:7,47 mY:2,71 mZ:3, m

Reflectances: Ceiling:Walls:Floor:

0,70,50,2

Workplane Height:Target UPD W/m²:Target Illuminance:

,75 m

Room Characteristics

Luminaire CharacteristicsLuminaire Description: FE1799414.ies (Curve: )

Suspension Length: 0,000 mTotal Light Loss Factor: 1Efficiency: 73,8 %

Wattage: 56,0W (connected)Aiming: O:0° T:0° S:0°

Lamp Description: Lamps Per Luminaire: 4 Lamp Lumens: 1.108

Page 196: A ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL DE ESCRITÓRIOS ESTUDO DE CASO …livros01.livrosgratis.com.br/cp069542.pdf · a iluminaÇÃo artificial de escritÓrios estudo de caso da sede do ibge mariangela

195

Mariangela de Moura

ILUMINACAO SALA 2,71X7,47 8 ANDAR

Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

Grid Properties

Grid Type:Grid Height:Units:

Illuminance0,75m,lux

Statistics

Average:Max:Min:

495,7589,9330,7

Max/Min:Ave/Min:Uniformity:

1,81,50,7

Grid Summary

0,37 1,1 1,9 2,6 3,4 4,1 4,9 5,6 6,3 7,1

2,6

2,3

2,0

1,8

1,5

1,2

0,95

0,68

0,41

0,14

333,7 410,5 450,0 466,4 466,9 469,8 466,1 452,3 415,5 337,8

382,1 471,2 520,7 536,1 536,5 541,0 534,8 522,9 476,8 383,4

409,5 499,6 559,7 571,4 576,1 582,4 568,8 561,8 506,0 407,3

413,2 500,4 564,6 575,3 584,0 589,9 572,5 566,4 506,3 410,1

403,3 495,9 544,4 568,5 571,5 573,3 568,0 545,9 498,6 403,4

401,5 499,3 541,9 569,9 571,7 570,8 571,1 543,3 499,8 404,2

407,7 505,7 557,3 576,1 582,9 582,5 577,3 558,7 506,4 410,3

401,8 501,3 549,7 568,3 572,0 572,1 569,6 551,0 502,0 404,1

376,0 469,4 512,5 530,8 531,5 532,0 532,0 513,8 470,3 377,9

330,7 407,8 445,7 461,5 463,8 463,8 462,3 447,0 409,0 332,8

Grid Values

Page 197: A ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL DE ESCRITÓRIOS ESTUDO DE CASO …livros01.livrosgratis.com.br/cp069542.pdf · a iluminaÇÃo artificial de escritÓrios estudo de caso da sede do ibge mariangela

196

Mariangela de Moura

ILUMINACAO SALA 2,71X7,47 8 ANDAR

Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

343.6

343.6343.6 343

.6

369.6

369.6369.6 369

.6

395.5395.5

395.5

395.5

421.4

421.4

447.3

447.3

473.2

499.1

525.1

551.0

576.9

576.9

330.7

376.0

401.8

407.7

401.5

403.3

413.2

409.5

382.1

333.7

407.8

469.4

501.3

505.7

499.3

495.9

500.4

499.6

471.2

410.5

445.7

512.5

549.7

557.3

541.9

544.4

564.6

559.7

520.7

450.0

461.5

530.8

568.3

576.1

569.9

568.5

575.3

571.4

536.1

466.4

463.8

531.5

572.0

582.9

571.7

571.5

584.0

576.1

536.5

466.9

463.8

532.0

572.1

582.5

570.8

573.3

589.9

582.4

541.0

469.8

462.3

532.0

569.6

577.3

571.1

568.0

572.5

568.8

534.8

466.1

447.0

513.8

551.0

558.7

543.3

545.9

566.4

561.8

522.9

452.3

409.0

470.3

502.0

506.4

499.8

498.6

506.3

506.0

476.8

415.5

332.8

377.9

404.1

410.3

404.2

403.4

410.1

407.3

383.4

337.8

0.0 0.7 1.5 2.2 3.0 3.7 4.5 5.2 6.00.0

0.3

0.5

0.8

1.1

1.4

1.6

1.9

2.2

2.4

343.6369.6395.5421.4447.3473.2499.1525.1551.0576.9

Page 198: A ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL DE ESCRITÓRIOS ESTUDO DE CASO …livros01.livrosgratis.com.br/cp069542.pdf · a iluminaÇÃo artificial de escritÓrios estudo de caso da sede do ibge mariangela

197

Mariangela de Moura

ILUMINACAO CORREDOR 6,16X2 8 ANDAR

Summary for Layout #1: NOFRAME226.ies (Curve: ) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

Results

Average Illuminance:Connected Load:UPD W/m²:Spacing Criteria:

4 luminaires provide 251 lux maintained.

251 lux208W16,88Acceptable

No. of Rows:

No. of Cols:Col. Spacing:

1

41,54 m

1, m

2, m

,77 m 1,54 m6,16 m

Reflected Ceiling PlanScale: 1,48 cm = 1 m

Dimensions: X:6,16 mY:2, mZ:3, m

Reflectances: Ceiling:Walls:Floor:

0,70,50,2

Workplane Height:Target UPD W/m²:Target Illuminance:

,75 m

Room Characteristics

Luminaire CharacteristicsLuminaire Description: NOFRAME226.ies (Curve: )

Suspension Length: 0,000 mTotal Light Loss Factor: 1Efficiency: 51,0 %

Wattage: 52,0W (connected)Aiming: O:0° T:0° S:0°

Lamp Description: Lamps Per Luminaire: 2 Lamp Lumens: 1.448

Page 199: A ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL DE ESCRITÓRIOS ESTUDO DE CASO …livros01.livrosgratis.com.br/cp069542.pdf · a iluminaÇÃo artificial de escritÓrios estudo de caso da sede do ibge mariangela

198

Mariangela de Moura

ILUMINACAO CORREDOR 6,16X2 8 ANDAR

Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

Grid Properties

Grid Type:Grid Height:Units:

Illuminance0,75m,lux

Statistics

Average:Max:Min:

251,3290,4187,5

Max/Min:Ave/Min:Uniformity:

1,51,30,7

Grid Summary

0,31 0,92 1,5 2,2 2,8 3,4 4,0 4,6 5,2 5,9

1,9

1,7

1,5

1,3

1,1

0,90

0,70

0,50

0,30

0,10

189,7 220,8 235,4 247,4 248,9 249,0 246,8 234,5 219,5 187,5

201,4 236,3 251,4 265,2 265,8 266,1 264,3 250,5 235,0 198,6

210,9 249,1 262,9 279,8 278,9 279,6 278,7 261,9 247,9 207,4

215,3 257,3 269,3 289,5 285,8 286,3 287,8 268,2 256,5 211,8

213,3 256,1 268,8 288,8 284,6 284,6 286,7 267,6 255,6 210,3

213,2 258,2 269,4 288,1 285,6 284,8 289,0 268,3 254,8 211,2

215,1 259,4 271,1 289,8 288,8 287,3 290,4 270,1 256,7 214,6

211,1 251,0 265,8 281,2 283,2 281,5 281,2 265,0 249,0 211,2

202,1 238,0 255,1 267,2 269,7 268,9 266,9 254,4 236,7 201,8

190,6 222,4 239,0 249,8 252,6 252,3 249,5 238,4 221,6 190,3

Grid Values

Page 200: A ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL DE ESCRITÓRIOS ESTUDO DE CASO …livros01.livrosgratis.com.br/cp069542.pdf · a iluminaÇÃo artificial de escritÓrios estudo de caso da sede do ibge mariangela

199

Mariangela de Moura

ILUMINACAO CORREDOR 6,16X2 8 ANDAR

Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

192.6

192.6

192.6 192.

6

202.9

202.9

202.9

202.9

213.2213.2

213.2

213.2223.5

223.5

233.8

233.8

244.1 244.1

254.4

264.7

274.9

285.2

285.2

190.6

202.1

211.1

215.1

213.2

213.3

215.3

210.9

201.4

189.7

222.4

238.0

251.0

259.4

258.2

256.1

257.3

249.1

236.3

220.8

239.0

255.1

265.8

271.1

269.4

268.8

269.3

262.9

251.4

235.4

249.8

267.2

281.2

289.8

288.1

288.8

289.5

279.8

265.2

247.4

252.6

269.7

283.2

288.8

285.6

284.6

285.8

278.9

265.8

248.9

252.3

268.9

281.5

287.3

284.8

284.6

286.3

279.6

266.1

249.0

249.5

266.9

281.2

290.4

289.0

286.7

287.8

278.7

264.3

246.8

238.4

254.4

265.0

270.1

268.3

267.6

268.2

261.9

250.5

234.5

221.6

236.7

249.0

256.7

254.8

255.6

256.5

247.9

235.0

219.5

190.3

201.8

211.2

214.6

211.2

210.3

211.8

207.4

198.6

187.5

0.0 0.6 1.2 1.8 2.5 3.1 3.7 4.3 4.9 5.50.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

1.2

1.4

1.6

1.8

192.6202.9213.2223.5233.8244.1254.4264.7274.9285.2

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200

Mariangela de Moura

ILUMINACAO CORREDOR 3,97X1,94 8 ANDAR

Summary for Layout #1: NOFRAME226.ies (Curve: ) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

Results

Average Illuminance:Connected Load:UPD W/m²:Spacing Criteria:

2 luminaires provide 181 lux maintained.

181 lux104W13,5Acceptable

No. of Rows:

No. of Cols:Col. Spacing:

1

21,99 m

,97 m

1,94 m

,99 m 1,99 m3,97 m

Reflected Ceiling PlanScale: 2,3 cm = 1 m

Dimensions: X:3,97 mY:1,94 mZ:3, m

Reflectances: Ceiling:Walls:Floor:

0,70,50,2

Workplane Height:Target UPD W/m²:Target Illuminance:

,75 m

Room Characteristics

Luminaire CharacteristicsLuminaire Description: NOFRAME226.ies (Curve: )

Suspension Length: 0,000 mTotal Light Loss Factor: 1Efficiency: 51,0 %

Wattage: 52,0W (connected)Aiming: O:0° T:0° S:0°

Lamp Description: Lamps Per Luminaire: 2 Lamp Lumens: 1.448

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201

Mariangela de Moura

ILUMINACAO CORREDOR 3,97X1,94 8 ANDAR

Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

Grid Properties

Grid Type:Grid Height:Units:

Illuminance0,75m,lux

Statistics

Average:Max:Min:

181,3208,5137,2

Max/Min:Ave/Min:Uniformity:

1,51,30,8

Grid Summary

0,20 0,60 0,99 1,4 1,8 2,2 2,6 3,0 3,4 3,8

1,8

1,6

1,5

1,3

1,1

0,87

0,68

0,49

0,29

0,10

139,1 159,4 175,1 177,3 176,7 176,9 177,3 174,3 157,7 137,2

146,6 170,1 188,1 189,4 187,6 188,1 189,7 187,2 168,1 144,3

151,9 178,9 199,5 199,1 195,7 196,1 199,7 198,4 176,3 149,4

154,7 183,1 207,9 203,9 200,2 200,4 204,6 206,8 180,3 152,2

154,5 180,4 208,4 202,0 200,1 200,2 202,1 207,2 178,2 152,0

154,5 180,2 208,5 203,0 200,7 200,5 202,0 207,4 179,2 152,5

154,9 182,6 208,2 206,6 201,9 201,4 204,6 207,3 183,0 153,8

152,3 178,8 200,0 202,4 198,4 197,7 200,3 199,2 179,6 151,8

147,3 170,5 188,7 192,2 191,0 190,2 190,9 188,1 170,7 147,3

140,0 160,0 175,6 179,7 180,0 179,5 178,8 175,2 160,0 140,1

Grid Values

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202

Mariangela de Moura

ILUMINACAO CORREDOR 3,97X1,94 8 ANDAR

Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

140.7

140.7

140.7 140

.7

147.9

147.9

147.9

147.9

155.0

155.0

162.1

162.1

169.3 169.3

176.4 176.4

183.5

190.7

197.8

204.9 204.9

140.0

147.3

152.3

154.9

154.5

154.5

154.7

151.9

146.6

139.1

160.0

170.5

178.8

182.6

180.2

180.4

183.1

178.9

170.1

159.4

175.6

188.7

200.0

208.2

208.5

208.4

207.9

199.5

188.1

175.1

179.7

192.2

202.4

206.6

203.0

202.0

203.9

199.1

189.4

177.3

180.0

191.0

198.4

201.9

200.7

200.1

200.2

195.7

187.6

176.7

179.5

190.2

197.7

201.4

200.5

200.2

200.4

196.1

188.1

176.9

178.8

190.9

200.3

204.6

202.0

202.1

204.6

199.7

189.7

177.3

175.2

188.1

199.2

207.3

207.4

207.2

206.8

198.4

187.2

174.3

160.0

170.7

179.6

183.0

179.2

178.2

180.3

176.3

168.1

157.7

140.1

147.3

151.8

153.8

152.5

152.0

152.2

149.4

144.3

137.2

0.0 0.4 0.8 1.2 1.6 2.0 2.4 2.8 3.20.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

1.2

1.4

1.6

140.7147.9155.0162.1169.3176.4183.5190.7197.8204.9

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203

Mariangela de Moura

ILUMINACAO CORREDOR 3,87X1,94 8 ANDAR

Summary for Layout #1: NOFRAME226.ies (Curve: ) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

Results

Average Illuminance:Connected Load:UPD W/m²:Spacing Criteria:

2 luminaires provide 185 lux maintained.

185 lux104W13,85Acceptable

No. of Rows:

No. of Cols:Col. Spacing:

1

21,94 m

,97 m

1,94 m

,97 m 1,94 m3,87 m

Reflected Ceiling PlanScale: 2,36 cm = 1 m

Dimensions: X:3,87 mY:1,94 mZ:3, m

Reflectances: Ceiling:Walls:Floor:

0,70,50,2

Workplane Height:Target UPD W/m²:Target Illuminance:

,75 m

Room Characteristics

Luminaire CharacteristicsLuminaire Description: NOFRAME226.ies (Curve: )

Suspension Length: 0,000 mTotal Light Loss Factor: 1Efficiency: 51,0 %

Wattage: 52,0W (connected)Aiming: O:0° T:0° S:0°

Lamp Description: Lamps Per Luminaire: 2 Lamp Lumens: 1.448

Page 205: A ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL DE ESCRITÓRIOS ESTUDO DE CASO …livros01.livrosgratis.com.br/cp069542.pdf · a iluminaÇÃo artificial de escritÓrios estudo de caso da sede do ibge mariangela

204

Mariangela de Moura

ILUMINACAO CORREDOR 3,87X1,94 8 ANDAR

Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

Grid Properties

Grid Type:Grid Height:Units:

Illuminance0,75m,lux

Statistics

Average:Max:Min:

184,5211,3140,1

Max/Min:Ave/Min:Uniformity:

1,51,30,8

Grid Summary

0,19 0,58 0,97 1,4 1,7 2,1 2,5 2,9 3,3 3,7

1,8

1,6

1,5

1,3

1,1

0,87

0,68

0,49

0,29

0,10

142,1 162,0 177,6 180,3 180,1 180,3 180,2 176,8 160,4 140,1

149,8 172,9 190,8 192,6 191,3 191,8 192,8 189,8 170,8 147,4

155,2 181,8 202,2 202,5 199,6 200,0 203,1 201,1 179,2 152,7

158,1 186,1 210,7 207,4 204,2 204,4 208,2 209,5 183,3 155,6

157,7 183,4 211,1 205,5 204,1 204,1 205,5 209,9 181,2 155,2

157,8 183,1 211,3 206,5 204,7 204,4 205,4 210,1 182,2 155,8

158,3 185,7 211,0 210,2 206,0 205,4 208,1 210,0 186,1 157,2

155,6 181,8 202,7 205,7 202,4 201,6 203,7 201,9 182,5 155,2

150,4 173,3 191,4 195,3 194,8 194,0 194,1 190,8 173,5 150,5

143,0 162,6 178,2 182,6 183,4 182,9 181,8 177,7 162,6 143,1

Grid Values

Page 206: A ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL DE ESCRITÓRIOS ESTUDO DE CASO …livros01.livrosgratis.com.br/cp069542.pdf · a iluminaÇÃo artificial de escritÓrios estudo de caso da sede do ibge mariangela

205

Mariangela de Moura

ILUMINACAO CORREDOR 3,87X1,94 8 ANDAR

Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

143.7

143.7

143.7 143

.7

150.8

150.8

150.8

150.8

157.9

157.9

157.9

157.9

165.0

165.0

172.2 172.2

179.3 179.3

186.4

193.5

200.6

207.7207.7

143.0

150.4

155.6

158.3

157.8

157.7

158.1

155.2

149.8

142.1

162.6

173.3

181.8

185.7

183.1

183.4

186.1

181.8

172.9

162.0

178.2

191.4

202.7

211.0

211.3

211.1

210.7

202.2

190.8

177.6

182.6

195.3

205.7

210.2

206.5

205.5

207.4

202.5

192.6

180.3

183.4

194.8

202.4

206.0

204.7

204.1

204.2

199.6

191.3

180.1

182.9

194.0

201.6

205.4

204.4

204.1

204.4

200.0

191.8

180.3

181.8

194.1

203.7

208.1

205.4

205.5

208.2

203.1

192.8

180.2

177.7

190.8

201.9

210.0

210.1

209.9

209.5

201.1

189.8

176.8

162.6

173.5

182.5

186.1

182.2

181.2

183.3

179.2

170.8

160.4

143.1

150.5

155.2

157.2

155.8

155.2

155.6

152.7

147.4

140.1

0.0 0.4 0.8 1.2 1.5 1.9 2.3 2.7 3.10.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

1.2

1.4

1.6

143.7150.8157.9165.0172.2179.3186.4193.5200.6207.7

Page 207: A ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL DE ESCRITÓRIOS ESTUDO DE CASO …livros01.livrosgratis.com.br/cp069542.pdf · a iluminaÇÃo artificial de escritÓrios estudo de caso da sede do ibge mariangela

206

Mariangela de Moura

ILUMINACAO CORREDOR 3,27X1 8 ANDAR

Summary for Layout #1: NOFRAME226.ies (Curve: ) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

Results

Average Illuminance:Connected Load:UPD W/m²:Spacing Criteria:

2 luminaires provide 251 lux maintained.

251 lux104W31,8Acceptable

No. of Rows:

No. of Cols:Col. Spacing:

1

21,64 m

,5 m

1, m

,82 m 1,64 m3,27 m

Reflected Ceiling PlanScale: 2,8 cm = 1 m

Dimensions: X:3,27 mY:1, mZ:3, m

Reflectances: Ceiling:Walls:Floor:

0,70,50,2

Workplane Height:Target UPD W/m²:Target Illuminance:

,75 m

Room Characteristics

Luminaire CharacteristicsLuminaire Description: NOFRAME226.ies (Curve: )

Suspension Length: 0,000 mTotal Light Loss Factor: 1Efficiency: 51,0 %

Wattage: 52,0W (connected)Aiming: O:0° T:0° S:0°

Lamp Description: Lamps Per Luminaire: 2 Lamp Lumens: 1.448

Page 208: A ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL DE ESCRITÓRIOS ESTUDO DE CASO …livros01.livrosgratis.com.br/cp069542.pdf · a iluminaÇÃo artificial de escritÓrios estudo de caso da sede do ibge mariangela

207

Mariangela de Moura

ILUMINACAO CORREDOR 3,27X1 8 ANDAR

Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

Grid Properties

Grid Type:Grid Height:Units:

Illuminance0,75m,lux

Statistics

Average:Max:Min:

250,9270,5213,0

Max/Min:Ave/Min:Uniformity:

1,31,20,8

Grid Summary

0,16 0,49 0,82 1,1 1,5 1,8 2,1 2,5 2,8 3,1

0,95

0,85

0,75

0,65

0,55

0,45

0,35

0,25

0,15

0,05

215,7 240,0 259,9 262,9 263,1 263,3 263,3 258,7 237,3 213,0

217,4 243,4 264,7 266,4 265,9 265,9 267,1 263,4 240,2 214,7

218,1 244,3 268,3 267,7 267,1 267,1 268,2 267,0 241,1 215,4

217,7 242,6 268,9 266,5 266,9 266,7 266,5 267,6 239,8 215,2

216,4 238,7 266,0 263,0 265,2 264,9 262,4 264,6 236,4 213,9

216,4 238,5 266,0 263,6 265,5 265,1 262,3 264,8 237,1 214,3

217,8 242,1 269,1 268,3 268,0 267,3 266,3 268,0 241,6 216,2

218,1 243,7 268,6 270,5 268,9 268,1 268,1 267,6 243,9 217,1

217,6 242,9 265,1 269,7 268,2 267,3 267,2 264,2 243,6 217,0

216,0 239,9 260,5 266,0 266,0 265,1 264,0 259,7 240,4 215,8

Grid Values

Page 209: A ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL DE ESCRITÓRIOS ESTUDO DE CASO …livros01.livrosgratis.com.br/cp069542.pdf · a iluminaÇÃo artificial de escritÓrios estudo de caso da sede do ibge mariangela

208

Mariangela de Moura

ILUMINACAO CORREDOR 3,27X1 8 ANDAR

Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

215.8

215.8 215.

8

221.6

221.6

227.3

227.3

233.1

233.1

238.8

238.8

244.6 244.6

250.3

250.3

256.1

256.1

261.8

261.8

267.6

267.6

267.6

216.0

217.6

218.1

217.8

216.4

216.4

217.7

218.1

217.4

215.7

239.9

242.9

243.7

242.1

238.5

238.7

242.6

244.3

243.4

240.0

260.5

265.1

268.6

269.1

266.0

266.0

268.9

268.3

264.7

259.9

266.0

269.7

270.5

268.3

263.6

263.0

266.5

267.7

266.4

262.9

266.0

268.2

268.9

268.0

265.5

265.2

266.9

267.1

265.9

263.1

265.1

267.3

268.1

267.3

265.1

264.9

266.7

267.1

265.9

263.3

264.0

267.2

268.1

266.3

262.3

262.4

266.5

268.2

267.1

263.3

259.7

264.2

267.6

268.0

264.8

264.6

267.6

267.0

263.4

258.7

240.4

243.6

243.9

241.6

237.1

236.4

239.8

241.1

240.2

237.3

215.8

217.0

217.1

216.2

214.3

213.9

215.2

215.4

214.7

213.0

0.0 0.3 0.7 1.0 1.3 1.6 2.0 2.3 2.6 2.90.0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

215.8221.6227.3233.1238.8244.6250.3256.1261.8267.6

Page 210: A ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL DE ESCRITÓRIOS ESTUDO DE CASO …livros01.livrosgratis.com.br/cp069542.pdf · a iluminaÇÃo artificial de escritÓrios estudo de caso da sede do ibge mariangela

209

Mariangela de Moura

ILUMINACAO CORREDOR 4,08x1,95 8 ANDAR

Summary for Layout #1: NOFRAME226.ies (Curve: ) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

Results

Average Illuminance:Connected Load:UPD W/m²:Spacing Criteria:

3 luminaires provide 262 lux maintained.

262 lux156W19,61Acceptable

No. of Rows:

No. of Cols:Col. Spacing:

1

31,36 m

,98 m

1,95 m

,68 m 1,36 m4,08 m

Reflected Ceiling PlanScale: 2,24 cm = 1 m

Dimensions: X:4,08 mY:1,95 mZ:3, m

Reflectances: Ceiling:Walls:Floor:

0,70,50,2

Workplane Height:Target UPD W/m²:Target Illuminance:

,75 m

Room Characteristics

Luminaire CharacteristicsLuminaire Description: NOFRAME226.ies (Curve: )

Suspension Length: 0,000 mTotal Light Loss Factor: 1Efficiency: 51,0 %

Wattage: 52,0W (connected)Aiming: O:0° T:0° S:0°

Lamp Description: Lamps Per Luminaire: 2 Lamp Lumens: 1.448

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210

Mariangela de Moura

ILUMINACAO CORREDOR 4,08x1,95 8 ANDAR

Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

Grid Properties

Grid Type:Grid Height:Units:

Illuminance0,75m,lux

Statistics

Average:Max:Min:

261,7305,8201,1

Max/Min:Ave/Min:Uniformity:

1,51,30,8

Grid Summary

0,20 0,61 1,0 1,4 1,8 2,2 2,7 3,1 3,5 3,9

1,9

1,7

1,5

1,3

1,1

0,88

0,68

0,49

0,29

0,10

203,5 229,7 245,1 255,3 262,0 261,6 254,6 244,1 227,9 201,1

215,1 244,9 261,3 272,3 280,0 279,5 271,5 260,3 243,0 212,1

224,4 257,7 274,1 284,9 294,7 293,9 283,8 273,3 255,5 220,8

228,5 266,6 281,1 291,1 304,0 302,6 290,0 280,6 263,9 224,8

226,6 267,3 278,6 289,8 301,4 300,2 288,8 277,2 264,0 223,3

226,5 266,7 279,7 290,3 300,9 302,2 289,6 277,3 265,6 224,3

228,4 266,7 284,2 292,7 304,3 305,8 292,3 281,1 265,6 227,6

224,7 258,3 277,3 287,7 296,2 296,9 287,5 275,0 257,4 224,8

215,9 245,8 264,1 276,0 282,3 282,5 275,6 262,9 245,1 215,6

204,5 230,7 247,8 258,8 264,7 264,6 258,4 247,1 230,1 204,2

Grid Values

Page 212: A ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL DE ESCRITÓRIOS ESTUDO DE CASO …livros01.livrosgratis.com.br/cp069542.pdf · a iluminaÇÃo artificial de escritÓrios estudo de caso da sede do ibge mariangela

211

Mariangela de Moura

ILUMINACAO CORREDOR 4,08x1,95 8 ANDAR

Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

206.3

206.3

206.3 206

.3

216.8

216.8

216.8

216.8

227.2

227.2

227.2

227.2

227.2

237.7

237.7

248.2 248.2

258.6 258.6

269.1 279.6

290.1

300.5

204.5

215.9

224.7

228.4

226.5

226.6

228.5

224.4

215.1

203.5

230.7

245.8

258.3

266.7

266.7

267.3

266.6

257.7

244.9

229.7

247.8

264.1

277.3

284.2

279.7

278.6

281.1

274.1

261.3

245.1

258.8

276.0

287.7

292.7

290.3

289.8

291.1

284.9

272.3

255.3

264.7

282.3

296.2

304.3

300.9

301.4

304.0

294.7

280.0

262.0

264.6

282.5

296.9

305.8

302.2

300.2

302.6

293.9

279.5

261.6

258.4

275.6

287.5

292.3

289.6

288.8

290.0

283.8

271.5

254.6

247.1

262.9

275.0

281.1

277.3

277.2

280.6

273.3

260.3

244.1

230.1

245.1

257.4

265.6

265.6

264.0

263.9

255.5

243.0

227.9

204.2

215.6

224.8

227.6

224.3

223.3

224.8

220.8

212.1

201.1

0.0 0.4 0.8 1.2 1.6 2.0 2.4 2.9 3.3 3.70.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

1.2

1.4

1.6

1.8

206.3216.8227.2237.7248.2258.6269.1279.6290.1300.5

Page 213: A ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL DE ESCRITÓRIOS ESTUDO DE CASO …livros01.livrosgratis.com.br/cp069542.pdf · a iluminaÇÃo artificial de escritÓrios estudo de caso da sede do ibge mariangela

212

Mariangela de Moura

ILUMINACAO CORREDOR 3,77x1,93 8 ANDAR

Summary for Layout #1: NOFRAME226.ies (Curve: ) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

Results

Average Illuminance:Connected Load:UPD W/m²:Spacing Criteria:

2 luminaires provide 189 lux maintained.

189 lux104W14,29Acceptable

No. of Rows:

No. of Cols:Col. Spacing:

1

21,56 m

,74 m

1,93 m

,78 m 1,56 m3,77 m

Reflected Ceiling PlanScale: 2,43 cm = 1 m

Dimensions: X:3,77 mY:1,93 mZ:3, m

Reflectances: Ceiling:Walls:Floor:

0,70,50,2

Workplane Height:Target UPD W/m²:Target Illuminance:

,75 m

Room Characteristics

Luminaire CharacteristicsLuminaire Description: NOFRAME226.ies (Curve: )

Suspension Length: 0,000 mTotal Light Loss Factor: 1Efficiency: 51,0 %

Wattage: 52,0W (connected)Aiming: O:0° T:0° S:0°

Lamp Description: Lamps Per Luminaire: 2 Lamp Lumens: 1.448

Page 214: A ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL DE ESCRITÓRIOS ESTUDO DE CASO …livros01.livrosgratis.com.br/cp069542.pdf · a iluminaÇÃo artificial de escritÓrios estudo de caso da sede do ibge mariangela

213

Mariangela de Moura

ILUMINACAO CORREDOR 3,77x1,93 8 ANDAR

Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

Grid Properties

Grid Type:Grid Height:Units:

Illuminance0,75m,lux

Statistics

Average:Max:Min:

188,5229,5115,1

Max/Min:Ave/Min:Uniformity:

2,01,60,6

Grid Summary

0,19 0,57 0,94 1,3 1,7 2,1 2,5 2,8 3,2 3,6

1,8

1,6

1,4

1,3

1,1

0,87

0,68

0,48

0,29

0,10

148,2 165,4 176,4 180,3 180,5 177,3 168,0 151,2 132,6 115,1

158,9 179,1 191,7 195,7 196,1 192,7 182,1 162,3 140,5 120,2

168,8 192,0 206,1 209,6 210,1 207,0 195,5 172,5 147,4 124,6

176,5 203,0 218,1 220,7 221,0 219,0 206,9 180,8 152,7 128,0

180,3 210,7 226,1 226,6 226,5 227,1 214,8 185,0 155,6 130,0

179,8 209,7 226,1 226,3 226,4 225,3 215,9 184,2 156,0 130,4

178,9 205,9 224,6 225,7 225,5 222,1 214,8 183,8 156,0 130,4

180,6 211,1 229,5 229,4 228,2 228,0 218,1 187,6 157,4 131,1

178,2 205,6 222,7 226,2 225,1 222,5 211,5 186,0 155,9 130,0

171,9 195,9 211,5 216,6 216,4 212,2 200,9 178,5 151,8 127,4

Grid Values

Page 215: A ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL DE ESCRITÓRIOS ESTUDO DE CASO …livros01.livrosgratis.com.br/cp069542.pdf · a iluminaÇÃo artificial de escritÓrios estudo de caso da sede do ibge mariangela

214

Mariangela de Moura

ILUMINACAO CORREDOR 3,77x1,93 8 ANDAR

Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

120.8

132.3

143.7

155.2

155.2 166.6

166.6

178.0

178.0

178.0

189.5

200.9

212.4

223.8

171.9

178.2

180.6

178.9

179.8

180.3

176.5

168.8

158.9

148.2

195.9

205.6

211.1

205.9

209.7

210.7

203.0

192.0

179.1

165.4

211.5

222.7

229.5

224.6

226.1

226.1

218.1

206.1

191.7

176.4

216.6

226.2

229.4

225.7

226.3

226.6

220.7

209.6

195.7

180.3

216.4

225.1

228.2

225.5

226.4

226.5

221.0

210.1

196.1

180.5

212.2

222.5

228.0

222.1

225.3

227.1

219.0

207.0

192.7

177.3

200.9

211.5

218.1

214.8

215.9

214.8

206.9

195.5

182.1

168.0

178.5

186.0

187.6

183.8

184.2

185.0

180.8

172.5

162.3

151.2

151.8

155.9

157.4

156.0

156.0

155.6

152.7

147.4

140.5

132.6

127.4

130.0

131.1

130.4

130.4

130.0

128.0

124.6

120.2

115.1

0.0 0.4 0.8 1.1 1.5 1.9 2.3 2.6 3.00.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

1.2

1.4

1.5

1.7

120.8132.3143.7155.2166.6178.0189.5200.9212.4223.8

Page 216: A ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL DE ESCRITÓRIOS ESTUDO DE CASO …livros01.livrosgratis.com.br/cp069542.pdf · a iluminaÇÃo artificial de escritÓrios estudo de caso da sede do ibge mariangela

215

Mariangela de Moura

ILUMINACAO CORREDOR 3,11X1,49 8 ANDAR

Summary for Layout #1: NOFRAME226.ies (Curve: ) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

Results

Average Illuminance:Connected Load:UPD W/m²:Spacing Criteria:

2 luminaires provide 232 lux maintained.

232 lux104W22,44Acceptable

No. of Rows:

No. of Cols:Col. Spacing:

1

21,56 m

,74 m

1,49 m

,78 m 1,56 m3,11 m

Reflected Ceiling PlanScale: 2,94 cm = 1 m

Dimensions: X:3,11 mY:1,49 mZ:3, m

Reflectances: Ceiling:Walls:Floor:

0,70,50,2

Workplane Height:Target UPD W/m²:Target Illuminance:

,75 m

Room Characteristics

Luminaire CharacteristicsLuminaire Description: NOFRAME226.ies (Curve: )

Suspension Length: 0,000 mTotal Light Loss Factor: 1Efficiency: 51,0 %

Wattage: 52,0W (connected)Aiming: O:0° T:0° S:0°

Lamp Description: Lamps Per Luminaire: 2 Lamp Lumens: 1.448

Page 217: A ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL DE ESCRITÓRIOS ESTUDO DE CASO …livros01.livrosgratis.com.br/cp069542.pdf · a iluminaÇÃo artificial de escritÓrios estudo de caso da sede do ibge mariangela

216

Mariangela de Moura

ILUMINACAO CORREDOR 3,11X1,49 8 ANDAR

Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

Grid Properties

Grid Type:Grid Height:Units:

Illuminance0,75m,lux

Statistics

Average:Max:Min:

232,5255,4191,0

Max/Min:Ave/Min:Uniformity:

1,31,20,8

Grid Summary

0,16 0,47 0,78 1,1 1,4 1,7 2,0 2,3 2,6 3,0

1,4

1,3

1,1

0,97

0,82

0,67

0,52

0,37

0,22

0,07

193,6 213,7 230,6 235,6 237,5 237,7 235,4 229,4 211,5 191,0

199,2 221,6 240,2 244,5 245,8 246,0 244,6 239,0 219,0 196,4

202,5 227,4 248,1 250,8 250,9 251,0 251,2 246,8 224,2 199,7

203,5 229,1 253,5 252,8 252,8 252,7 253,2 252,2 225,8 200,8

202,1 224,6 251,1 249,0 251,1 250,8 248,5 249,8 222,0 199,5

202,1 224,3 251,2 249,9 251,7 251,1 248,4 250,0 223,0 200,1

203,5 228,4 253,8 255,4 254,4 253,6 253,0 252,8 228,5 202,4

202,6 227,0 248,5 254,0 253,5 252,6 251,6 247,7 227,5 202,2

199,6 221,8 240,8 247,4 249,1 248,2 245,7 240,1 222,1 199,7

194,2 214,2 231,3 238,0 241,1 240,4 237,0 230,8 214,2 194,5

Grid Values

Page 218: A ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL DE ESCRITÓRIOS ESTUDO DE CASO …livros01.livrosgratis.com.br/cp069542.pdf · a iluminaÇÃo artificial de escritÓrios estudo de caso da sede do ibge mariangela

217

Mariangela de Moura

ILUMINACAO CORREDOR 3,11X1,49 8 ANDAR

Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

194.2 194

.2

200.6

200.6

200.6

200.6

200.6

207.1

207.1

213.5

213.5

220.0 2

20.0

226.4 226.4

232.9

232.9

239.3

245.7

252.2

252.2

194.2

199.6

202.6

203.5

202.1

202.1

203.5

202.5

199.2

193.6

214.2

221.8

227.0

228.4

224.3

224.6

229.1

227.4

221.6

213.7

231.3

240.8

248.5

253.8

251.2

251.1

253.5

248.1

240.2

230.6

238.0

247.4

254.0

255.4

249.9

249.0

252.8

250.8

244.5

235.6

241.1

249.1

253.5

254.4

251.7

251.1

252.8

250.9

245.8

237.5

240.4

248.2

252.6

253.6

251.1

250.8

252.7

251.0

246.0

237.7

237.0

245.7

251.6

253.0

248.4

248.5

253.2

251.2

244.6

235.4

230.8

240.1

247.7

252.8

250.0

249.8

252.2

246.8

239.0

229.4

214.2

222.1

227.5

228.5

223.0

222.0

225.8

224.2

219.0

211.5

194.5

199.7

202.2

202.4

200.1

199.5

200.8

199.7

196.4

191.0

0.0 0.3 0.6 0.9 1.2 1.6 1.9 2.2 2.50.0

0.1

0.3

0.4

0.6

0.7

0.9

1.0

1.2

194.2200.6207.1213.5220.0226.4232.9239.3245.7252.2

Page 219: A ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL DE ESCRITÓRIOS ESTUDO DE CASO …livros01.livrosgratis.com.br/cp069542.pdf · a iluminaÇÃo artificial de escritÓrios estudo de caso da sede do ibge mariangela

218

Mariangela de Moura

ILUMINACAO COPA 8 ANDAR

Summary for Layout #1: E4033226.ies (Curve: ) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

Results

Average Illuminance:Connected Load:UPD W/m²:Spacing Criteria:

3 luminaires provide 407 lux maintained.

407 lux198W31,94Acceptable

No. of Rows:

No. of Cols:Col. Spacing:

1

31,33 m

,77 m

1,55 m

,67 m 1,33 m4, m

Reflected Ceiling PlanScale: 2,29 cm = 1 m

Dimensions: X:4, mY:1,55 mZ:3, m

Reflectances: Ceiling:Walls:Floor:

0,70,50,2

Workplane Height:Target UPD W/m²:Target Illuminance:

,75 m

Room Characteristics

Luminaire CharacteristicsLuminaire Description: E4033226.ies (Curve: )

Suspension Length: 0,000 mTotal Light Loss Factor: 1Efficiency: 59,4 %

Wattage: 66,0W (connected)Aiming: O:0° T:0° S:0°

Lamp Description: Lamps Per Luminaire: 2 Lamp Lumens: 1.456

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219

Mariangela de Moura

ILUMINACAO COPA 8 ANDAR

Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

Grid Properties

Grid Type:Grid Height:Units:

Illuminance0,75m,lux

Statistics

Average:Max:Min:

406,8489,1294,8

Max/Min:Ave/Min:Uniformity:

1,71,40,7

Grid Summary

0,20 0,60 1,0 1,4 1,8 2,2 2,6 3,0 3,4 3,8

1,5

1,3

1,2

1,0

0,85

0,70

0,54

0,39

0,23

0,08

321,7 384,0 423,5 459,2 476,6 479,4 463,7 427,3 394,3 336,8

324,6 384,9 427,0 460,6 481,1 485,5 467,2 429,8 396,3 342,6

320,4 376,9 422,3 452,0 474,0 480,5 457,8 423,5 389,3 339,2

309,5 364,9 405,6 435,2 459,8 468,5 441,1 407,6 378,2 327,1

294,8 352,2 379,1 412,5 434,5 440,5 418,5 384,5 366,4 310,9

296,0 354,2 378,7 413,2 436,2 439,4 418,8 385,6 364,9 310,4

312,8 367,4 405,0 437,0 463,7 467,1 442,1 410,8 377,6 325,9

325,5 379,8 422,5 454,5 477,7 481,4 459,1 427,5 389,6 337,4

330,2 390,9 429,2 463,7 486,3 489,1 468,3 433,8 399,7 340,7

326,3 389,5 425,7 461,3 480,5 482,6 465,0 429,7 397,4 335,2

Grid Values

Page 221: A ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL DE ESCRITÓRIOS ESTUDO DE CASO …livros01.livrosgratis.com.br/cp069542.pdf · a iluminaÇÃo artificial de escritÓrios estudo de caso da sede do ibge mariangela

220

Mariangela de Moura

ILUMINACAO COPA 8 ANDAR

Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

304.6

324.0

324.0

324.0

343.4

343.4

362.8

362.8

382.3

382.3

401.7 401.7

421.1

421.1

440.5

440.5

460.0

460.0

479.4

479.4

326.3

330.2

325.5

312.8

296.0

294.8

309.5

320.4

324.6

321.7

389.5

390.9

379.8

367.4

354.2

352.2

364.9

376.9

384.9

384.0

425.7

429.2

422.5

405.0

378.7

379.1

405.6

422.3

427.0

423.5

461.3

463.7

454.5

437.0

413.2

412.5

435.2

452.0

460.6

459.2

480.5

486.3

477.7

463.7

436.2

434.5

459.8

474.0

481.1

476.6

482.6

489.1

481.4

467.1

439.4

440.5

468.5

480.5

485.5

479.4

465.0

468.3

459.1

442.1

418.8

418.5

441.1

457.8

467.2

463.7

429.7

433.8

427.5

410.8

385.6

384.5

407.6

423.5

429.8

427.3

397.4

399.7

389.6

377.6

364.9

366.4

378.2

389.3

396.3

394.3

335.2

340.7

337.4

325.9

310.4

310.9

327.1

339.2

342.6

336.8

0.0 0.4 0.8 1.2 1.6 2.0 2.4 2.8 3.2 3.60.0

0.2

0.3

0.5

0.6

0.8

0.9

1.1

1.2

304.6324.0343.4362.8382.3401.7421.1440.5460.0479.4

Page 222: A ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL DE ESCRITÓRIOS ESTUDO DE CASO …livros01.livrosgratis.com.br/cp069542.pdf · a iluminaÇÃo artificial de escritÓrios estudo de caso da sede do ibge mariangela

221

Mariangela de Moura

ILUMINACAO BANHEIRO 1,89X1,48 8 ANDAR

Summary for Layout #1: E4033226.ies (Curve: ) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

Results

Average Illuminance:Connected Load:UPD W/m²:Spacing Criteria:

1 luminaires provide 234 lux maintained.

234 lux66W23,6Acceptable

No. of Rows:

No. of Cols:

1

1

,95 m

1,89 m

,74 m1,48 m

Reflected Ceiling PlanScale: 4,84 cm = 1 m

Dimensions: X:1,48 mY:1,89 mZ:3, m

Reflectances: Ceiling:Walls:Floor:

0,70,50,2

Workplane Height:Target UPD W/m²:Target Illuminance:

,75 m

Room Characteristics

Luminaire CharacteristicsLuminaire Description: E4033226.ies (Curve: )

Suspension Length: 0,000 mTotal Light Loss Factor: 1Efficiency: 59,4 %

Wattage: 66,0W (connected)Aiming: O:0° T:0° S:0°

Lamp Description: Lamps Per Luminaire: 2 Lamp Lumens: 1.456

Page 223: A ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL DE ESCRITÓRIOS ESTUDO DE CASO …livros01.livrosgratis.com.br/cp069542.pdf · a iluminaÇÃo artificial de escritÓrios estudo de caso da sede do ibge mariangela

222

Mariangela de Moura

ILUMINACAO BANHEIRO 1,89X1,48 8 ANDAR

Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

Grid Properties

Grid Type:Grid Height:Units:

Illuminance0,75m,lux

Statistics

Average:Max:Min:

233,9261,6198,8

Max/Min:Ave/Min:Uniformity:

1,31,20,9

Grid Summary

0,07 0,22 0,37 0,52 0,67 0,81 0,96 1,1 1,3 1,4

1,8

1,6

1,4

1,2

1,0

0,85

0,66

0,47

0,28

0,09

216,5 225,9 234,1 242,2 249,6 251,0 246,1 240,0 233,2 224,7

223,0 231,8 240,1 248,1 256,1 257,9 253,2 248,3 242,4 234,2

219,5 229,7 238,1 244,4 251,3 253,5 250,8 248,2 241,8 231,6

210,9 219,7 227,5 234,2 239,5 242,3 242,6 237,8 230,1 221,7

198,8 205,1 210,1 215,8 226,8 230,3 221,2 217,1 213,2 208,1

199,8 206,3 211,7 217,8 228,8 228,8 219,8 216,4 212,7 207,7

213,5 223,1 231,8 238,4 241,6 242,1 240,9 236,1 228,8 220,6

223,3 234,5 243,6 249,2 254,9 255,7 251,6 247,5 239,8 229,7

227,0 236,1 244,4 252,6 260,9 261,6 254,7 247,8 240,6 231,9

219,3 228,7 236,8 244,7 251,6 252,1 246,3 239,4 231,9 223,0

Grid Values

Page 224: A ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL DE ESCRITÓRIOS ESTUDO DE CASO …livros01.livrosgratis.com.br/cp069542.pdf · a iluminaÇÃo artificial de escritÓrios estudo de caso da sede do ibge mariangela

223

Mariangela de Moura

ILUMINACAO BANHEIRO 1,89X1,48 8 ANDAR

Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

202.0

208.3

208.3

214.5

214.5

220.8

220.8

220.8

220.8

227.1

227.1

227.1

227.1

233.4

233.4

233.4

239.6

239.6

245.9

245.9252.2

252.2

258.5

219.3

227.0

223.3

213.5

199.8

198.8

210.9

219.5

223.0

216.5

228.7

236.1

234.5

223.1

206.3

205.1

219.7

229.7

231.8

225.9

236.8

244.4

243.6

231.8

211.7

210.1

227.5

238.1

240.1

234.1

244.7

252.6

249.2

238.4

217.8

215.8

234.2

244.4

248.1

242.2

251.6

260.9

254.9

241.6

228.8

226.8

239.5

251.3

256.1

249.6

252.1

261.6

255.7

242.1

228.8

230.3

242.3

253.5

257.9

251.0

246.3

254.7

251.6

240.9

219.8

221.2

242.6

250.8

253.2

246.1

239.4

247.8

247.5

236.1

216.4

217.1

237.8

248.2

248.3

240.0

231.9

240.6

239.8

228.8

212.7

213.2

230.1

241.8

242.4

233.2

223.0

231.9

229.7

220.6

207.7

208.1

221.7

231.6

234.2

224.7

0.0 0.1 0.3 0.4 0.6 0.7 0.9 1.0 1.20.0

0.2

0.4

0.6

0.8

0.9

1.1

1.3

1.5

1.7202.0208.3214.5220.8227.1233.4239.6245.9252.2258.5

Page 225: A ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL DE ESCRITÓRIOS ESTUDO DE CASO …livros01.livrosgratis.com.br/cp069542.pdf · a iluminaÇÃo artificial de escritÓrios estudo de caso da sede do ibge mariangela

224

Mariangela de Moura

ILUMINACAO BANHEIRO 1,89X1,45 8 ANDAR

Summary for Layout #1: E4033226.ies (Curve: ) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

Results

Average Illuminance:Connected Load:UPD W/m²:Spacing Criteria:

1 luminaires provide 235 lux maintained.

235 lux66W24,08Acceptable

No. of Rows:

No. of Cols:

1

1

,95 m

1,89 m

,74 m1,45 m

Reflected Ceiling PlanScale: 4,84 cm = 1 m

Dimensions: X:1,45 mY:1,89 mZ:3, m

Reflectances: Ceiling:Walls:Floor:

0,70,50,2

Workplane Height:Target UPD W/m²:Target Illuminance:

,75 m

Room Characteristics

Luminaire CharacteristicsLuminaire Description: E4033226.ies (Curve: )

Suspension Length: 0,000 mTotal Light Loss Factor: 1Efficiency: 59,4 %

Wattage: 66,0W (connected)Aiming: O:0° T:0° S:0°

Lamp Description: Lamps Per Luminaire: 2 Lamp Lumens: 1.456

Page 226: A ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL DE ESCRITÓRIOS ESTUDO DE CASO …livros01.livrosgratis.com.br/cp069542.pdf · a iluminaÇÃo artificial de escritÓrios estudo de caso da sede do ibge mariangela

225

Mariangela de Moura

ILUMINACAO BANHEIRO 1,89X1,45 8 ANDAR

Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

Grid Properties

Grid Type:Grid Height:Units:

Illuminance0,75m,lux

Statistics

Average:Max:Min:

235,2263,4199,8

Max/Min:Ave/Min:Uniformity:

1,31,20,8

Grid Summary

0,07 0,22 0,36 0,51 0,65 0,80 0,94 1,1 1,2 1,4

1,8

1,6

1,4

1,2

1,0

0,85

0,66

0,47

0,28

0,09

217,4 226,7 234,7 242,7 250,1 252,5 247,9 242,1 235,5 227,9

224,0 232,6 240,8 248,6 256,5 259,4 254,9 250,1 244,9 237,0

220,4 230,4 238,8 245,0 251,6 254,9 252,2 249,7 244,7 234,6

211,9 220,6 228,2 235,0 239,9 243,5 243,5 240,2 232,4 224,4

199,8 206,0 210,9 216,4 227,2 231,3 222,9 218,8 215,0 210,3

200,7 207,2 212,4 218,4 229,6 230,3 221,3 218,0 214,5 209,9

214,5 223,9 232,4 239,3 242,2 243,6 241,9 238,4 231,1 223,2

224,3 235,2 244,2 249,9 255,4 257,3 253,2 249,2 242,6 232,7

227,9 236,9 245,1 253,1 261,2 263,4 256,7 249,9 243,2 234,7

220,2 229,5 237,4 245,2 252,0 253,7 248,2 241,5 234,3 226,2

Grid Values

Page 227: A ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL DE ESCRITÓRIOS ESTUDO DE CASO …livros01.livrosgratis.com.br/cp069542.pdf · a iluminaÇÃo artificial de escritÓrios estudo de caso da sede do ibge mariangela

226

Mariangela de Moura

ILUMINACAO BANHEIRO 1,89X1,45 8 ANDAR

Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

203.0

209.4

215.7

215.7

222.1

222.1

222.1

222.1

228.4

228.4

228.4

228.4

234.8

234.8

234.8

241.2

241.2

247.5

247.5253.9

253.9

260.2

220.2

227.9

224.3

214.5

200.7

199.8

211.9

220.4

224.0

217.4

229.5

236.9

235.2

223.9

207.2

206.0

220.6

230.4

232.6

226.7

237.4

245.1

244.2

232.4

212.4

210.9

228.2

238.8

240.8

234.7

245.2

253.1

249.9

239.3

218.4

216.4

235.0

245.0

248.6

242.7

252.0

261.2

255.4

242.2

229.6

227.2

239.9

251.6

256.5

250.1

253.7

263.4

257.3

243.6

230.3

231.3

243.5

254.9

259.4

252.5

248.2

256.7

253.2

241.9

221.3

222.9

243.5

252.2

254.9

247.9

241.5

249.9

249.2

238.4

218.0

218.8

240.2

249.7

250.1

242.1

234.3

243.2

242.6

231.1

214.5

215.0

232.4

244.7

244.9

235.5

226.2

234.7

232.7

223.2

209.9

210.3

224.4

234.6

237.0

227.9

0.0 0.1 0.3 0.4 0.6 0.7 0.9 1.0 1.2 1.30.0

0.2

0.4

0.6

0.8

0.9

1.1

1.3

1.5

1.7203.0209.4215.7222.1228.4234.8241.2247.5253.9260.2

Page 228: A ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL DE ESCRITÓRIOS ESTUDO DE CASO …livros01.livrosgratis.com.br/cp069542.pdf · a iluminaÇÃo artificial de escritÓrios estudo de caso da sede do ibge mariangela

227

Mariangela de Moura

ILUMINACAO BANHEIRO 1,92X1,41 8 ANDAR

Summary for Layout #1: E4033226.ies (Curve: ) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

Results

Average Illuminance:Connected Load:UPD W/m²:Spacing Criteria:

1 luminaires provide 228 lux maintained.

228 lux66W24,38Acceptable

No. of Rows:

No. of Cols:

1

1

,71 m

1,41 m

,96 m1,92 m

Reflected Ceiling PlanScale: 4,76 cm = 1 m

Dimensions: X:1,92 mY:1,41 mZ:3, m

Reflectances: Ceiling:Walls:Floor:

0,70,50,2

Workplane Height:Target UPD W/m²:Target Illuminance:

,75 m

Room Characteristics

Luminaire CharacteristicsLuminaire Description: E4033226.ies (Curve: )

Suspension Length: 0,000 mTotal Light Loss Factor: 1Efficiency: 59,4 %

Wattage: 66,0W (connected)Aiming: O:0° T:0° S:0°

Lamp Description: Lamps Per Luminaire: 2 Lamp Lumens: 1.456

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228

Mariangela de Moura

ILUMINACAO BANHEIRO 1,92X1,41 8 ANDAR

Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

Grid Properties

Grid Type:Grid Height:Units:

Illuminance0,75m,lux

Statistics

Average:Max:Min:

227,7263,0188,6

Max/Min:Ave/Min:Uniformity:

1,41,20,8

Grid Summary

0,10 0,29 0,48 0,67 0,86 1,1 1,2 1,4 1,6 1,8

1,3

1,2

1,1

0,92

0,78

0,63

0,49

0,35

0,21

0,07

208,2 223,9 235,9 246,2 256,8 259,2 252,9 246,4 235,2 217,7

206,7 221,2 234,5 244,1 252,8 255,6 252,0 246,6 233,3 216,6

202,5 215,7 227,9 237,7 244,7 248,1 247,3 239,0 227,0 212,6

196,4 208,0 217,9 227,1 234,6 238,6 236,0 227,3 218,2 206,4

188,6 198,4 205,9 212,1 224,8 228,3 217,6 213,4 207,5 198,3

189,0 199,1 206,8 213,5 226,6 226,9 216,8 213,0 207,2 198,1

197,7 210,0 220,7 230,9 237,1 237,5 234,2 226,2 217,3 205,7

204,5 218,8 232,2 242,4 247,1 248,2 245,8 237,5 225,6 211,4

209,1 225,1 239,6 249,4 257,0 258,0 252,4 244,5 231,3 215,1

210,7 227,9 240,4 250,9 262,1 263,0 253,6 244,8 233,0 215,9

Grid Values

Page 230: A ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL DE ESCRITÓRIOS ESTUDO DE CASO …livros01.livrosgratis.com.br/cp069542.pdf · a iluminaÇÃo artificial de escritÓrios estudo de caso da sede do ibge mariangela

229

Mariangela de Moura

ILUMINACAO BANHEIRO 1,92X1,41 8 ANDAR

Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

192.3

199.7

199.7

207.2

207.2

214.6 214.6

222.1

222.1

229.5

229.5

237.0

237.0

244.4

244.4

251.8

251.8

259.3210.7

209.1

204.5

197.7

189.0

188.6

196.4

202.5

206.7

208.2

227.9

225.1

218.8

210.0

199.1

198.4

208.0

215.7

221.2

223.9

240.4

239.6

232.2

220.7

206.8

205.9

217.9

227.9

234.5

235.9

250.9

249.4

242.4

230.9

213.5

212.1

227.1

237.7

244.1

246.2

262.1

257.0

247.1

237.1

226.6

224.8

234.6

244.7

252.8

256.8

263.0

258.0

248.2

237.5

226.9

228.3

238.6

248.1

255.6

259.2

253.6

252.4

245.8

234.2

216.8

217.6

236.0

247.3

252.0

252.9

244.8

244.5

237.5

226.2

213.0

213.4

227.3

239.0

246.6

246.4

232.9

231.3

225.6

217.3

207.2

207.5

218.2

227.0

233.3

235.2

215.9

215.1

211.4

205.7

198.1

198.3

206.4

212.6

216.6

217.7

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 1.3 1.5 1.70.0

0.1

0.3

0.4

0.6

0.7

0.8

1.0

1.1

192.3199.7207.2214.6222.1229.5237.0244.4251.8259.3

Page 231: A ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL DE ESCRITÓRIOS ESTUDO DE CASO …livros01.livrosgratis.com.br/cp069542.pdf · a iluminaÇÃo artificial de escritÓrios estudo de caso da sede do ibge mariangela

230

Mariangela de Moura

ILUMINACAO BANHEIRO 1,90X1,41 8 ANDAR

Summary for Layout #1: E4033226.ies (Curve: ) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

Results

Average Illuminance:Connected Load:UPD W/m²:Spacing Criteria:

1 luminaires provide 229 lux maintained.

229 lux66W24,64Acceptable

No. of Rows:

No. of Cols:

1

1

,7 m

1,41 m

,96 m1,9 m

Reflected Ceiling PlanScale: 4,81 cm = 1 m

Dimensions: X:1,9 mY:1,41 mZ:3, m

Reflectances: Ceiling:Walls:Floor:

0,70,50,2

Workplane Height:Target UPD W/m²:Target Illuminance:

,75 m

Room Characteristics

Luminaire CharacteristicsLuminaire Description: E4033226.ies (Curve: )

Suspension Length: 0,000 mTotal Light Loss Factor: 1Efficiency: 59,4 %

Wattage: 66,0W (connected)Aiming: O:0° T:0° S:0°

Lamp Description: Lamps Per Luminaire: 2 Lamp Lumens: 1.456

Page 232: A ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL DE ESCRITÓRIOS ESTUDO DE CASO …livros01.livrosgratis.com.br/cp069542.pdf · a iluminaÇÃo artificial de escritÓrios estudo de caso da sede do ibge mariangela

231

Mariangela de Moura

ILUMINACAO BANHEIRO 1,90X1,41 8 ANDAR

Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

Grid Properties

Grid Type:Grid Height:Units:

Illuminance0,75m,lux

Statistics

Average:Max:Min:

228,5264,1189,1

Max/Min:Ave/Min:Uniformity:

1,41,20,8

Grid Summary

0,10 0,29 0,48 0,67 0,86 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8

1,3

1,2

1,1

0,92

0,78

0,63

0,49

0,35

0,21

0,07

208,7 224,3 236,2 246,4 256,9 260,1 253,9 247,5 237,3 220,4

207,3 221,6 234,8 244,4 253,0 256,4 252,8 247,7 235,4 218,8

203,0 216,1 228,3 238,0 244,9 248,8 247,9 240,5 228,7 214,7

196,9 208,4 218,3 227,4 234,9 239,2 237,3 228,5 219,7 208,4

189,1 198,9 206,3 212,5 224,5 229,9 218,5 214,3 208,7 200,1

189,6 199,6 207,2 213,8 226,3 228,5 217,7 213,9 208,5 199,9

198,2 210,4 221,0 231,1 237,6 238,3 235,4 227,5 218,8 207,7

205,0 219,2 232,5 242,8 247,5 249,0 246,6 238,9 227,2 213,5

209,6 225,4 240,0 249,7 257,2 259,0 253,4 245,8 233,4 217,2

211,2 228,2 240,7 251,1 262,2 264,1 254,8 246,0 235,0 218,6

Grid Values

Page 233: A ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL DE ESCRITÓRIOS ESTUDO DE CASO …livros01.livrosgratis.com.br/cp069542.pdf · a iluminaÇÃo artificial de escritÓrios estudo de caso da sede do ibge mariangela

232

Mariangela de Moura

ILUMINACAO BANHEIRO 1,90X1,41 8 ANDAR

Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

192.9

200.4

200.4

207.9

207.9

215.4215

.4

222.9

222.9

230.4

230.4

237.9

237.9

245.4

245.4

252.9

252.9

260.4211.2

209.6

205.0

198.2

189.6

189.1

196.9

203.0

207.3

208.7

228.2

225.4

219.2

210.4

199.6

198.9

208.4

216.1

221.6

224.3

240.7

240.0

232.5

221.0

207.2

206.3

218.3

228.3

234.8

236.2

251.1

249.7

242.8

231.1

213.8

212.5

227.4

238.0

244.4

246.4

262.2

257.2

247.5

237.6

226.3

224.5

234.9

244.9

253.0

256.9

264.1

259.0

249.0

238.3

228.5

229.9

239.2

248.8

256.4

260.1

254.8

253.4

246.6

235.4

217.7

218.5

237.3

247.9

252.8

253.9

246.0

245.8

238.9

227.5

213.9

214.3

228.5

240.5

247.7

247.5

235.0

233.4

227.2

218.8

208.5

208.7

219.7

228.7

235.4

237.3

218.6

217.2

213.5

207.7

199.9

200.1

208.4

214.7

218.8

220.4

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.1 1.3 1.5 1.70.0

0.1

0.3

0.4

0.6

0.7

0.8

1.0

1.1

192.9200.4207.9215.4222.9230.4237.9245.4252.9260.4

Page 234: A ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL DE ESCRITÓRIOS ESTUDO DE CASO …livros01.livrosgratis.com.br/cp069542.pdf · a iluminaÇÃo artificial de escritÓrios estudo de caso da sede do ibge mariangela

233

Mariangela de Moura

ILUMINACAO BANHEIRO 1,85X1,48 8 ANDAR

Summary for Layout #1: E4033226.ies (Curve: ) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

Results

Average Illuminance:Connected Load:UPD W/m²:Spacing Criteria:

1 luminaires provide 235 lux maintained.

235 lux66W24,11Acceptable

No. of Rows:

No. of Cols:

1

1

,95 m

1,85 m

,74 m1,48 m

Reflected Ceiling PlanScale: 4,94 cm = 1 m

Dimensions: X:1,48 mY:1,85 mZ:3, m

Reflectances: Ceiling:Walls:Floor:

0,70,50,2

Workplane Height:Target UPD W/m²:Target Illuminance:

,75 m

Room Characteristics

Luminaire CharacteristicsLuminaire Description: E4033226.ies (Curve: )

Suspension Length: 0,000 mTotal Light Loss Factor: 1Efficiency: 59,4 %

Wattage: 66,0W (connected)Aiming: O:0° T:0° S:0°

Lamp Description: Lamps Per Luminaire: 2 Lamp Lumens: 1.456

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234

Mariangela de Moura

ILUMINACAO BANHEIRO 1,85X1,48 8 ANDAR

Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

Grid Properties

Grid Type:Grid Height:Units:

Illuminance0,75m,lux

Statistics

Average:Max:Min:

235,1262,6198,4

Max/Min:Ave/Min:Uniformity:

1,31,20,8

Grid Summary

0,07 0,22 0,37 0,52 0,67 0,81 0,96 1,1 1,3 1,4

1,8

1,6

1,4

1,2

1,0

0,83

0,65

0,46

0,28

0,09

220,5 228,7 237,2 245,9 253,9 255,3 250,2 243,7 236,6 229,1

223,9 233,4 241,3 249,4 257,7 259,5 254,7 249,8 244,6 235,3

219,5 229,6 238,2 244,2 250,8 253,1 250,9 248,6 241,5 231,5

210,6 219,1 226,6 233,8 238,7 241,6 242,4 236,5 229,2 221,2

198,4 204,4 209,1 214,2 226,7 230,2 219,0 215,6 212,2 207,5

202,4 209,2 215,0 221,6 231,0 231,0 223,5 219,7 215,6 210,2

215,6 225,4 234,2 240,4 243,8 244,4 242,9 238,6 231,1 222,6

224,9 236,1 245,0 251,0 256,8 257,6 253,3 248,9 241,4 231,1

228,2 237,1 245,5 253,7 261,9 262,6 255,8 248,9 241,6 233,0

220,3 229,8 237,9 245,7 252,6 253,1 247,4 240,4 233,0 224,0

Grid Values

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Mariangela de Moura

ILUMINACAO BANHEIRO 1,85X1,48 8 ANDAR

Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

201.6

208.0

208.0

214.5

214.5

220.9

220.9

220.9220.

9

227.3

227.3

227.3

227.3

233.7

233.7

233.7

240.1

240.1

246.6

246.6

253.0

253.0

259.4

259.4

220.3

228.2

224.9

215.6

202.4

198.4

210.6

219.5

223.9

220.5

229.8

237.1

236.1

225.4

209.2

204.4

219.1

229.6

233.4

228.7

237.9

245.5

245.0

234.2

215.0

209.1

226.6

238.2

241.3

237.2

245.7

253.7

251.0

240.4

221.6

214.2

233.8

244.2

249.4

245.9

252.6

261.9

256.8

243.8

231.0

226.7

238.7

250.8

257.7

253.9

253.1

262.6

257.6

244.4

231.0

230.2

241.6

253.1

259.5

255.3

247.4

255.8

253.3

242.9

223.5

219.0

242.4

250.9

254.7

250.2

240.4

248.9

248.9

238.6

219.7

215.6

236.5

248.6

249.8

243.7

233.0

241.6

241.4

231.1

215.6

212.2

229.2

241.5

244.6

236.6

224.0

233.0

231.1

222.6

210.2

207.5

221.2

231.5

235.3

229.1

0.0 0.1 0.3 0.4 0.6 0.7 0.9 1.0 1.20.0

0.2

0.4

0.6

0.7

0.9

1.1

1.3

1.5

1.7201.6208.0214.5220.9227.3233.7240.1246.6253.0259.4

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236

Mariangela de Moura

ILUMINACAO DEPOSITO 1,85X1,45 8 ANDAR

Summary for Layout #1: E4033226.ies (Curve: ) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

Results

Average Illuminance:Connected Load:UPD W/m²:Spacing Criteria:

1 luminaires provide 236 lux maintained.

236 lux66W24,6Acceptable

No. of Rows:

No. of Cols:

1

1

,95 m

1,85 m

,74 m1,45 m

Reflected Ceiling PlanScale: 4,94 cm = 1 m

Dimensions: X:1,45 mY:1,85 mZ:3, m

Reflectances: Ceiling:Walls:Floor:

0,70,50,2

Workplane Height:Target UPD W/m²:Target Illuminance:

,75 m

Room Characteristics

Luminaire CharacteristicsLuminaire Description: E4033226.ies (Curve: )

Suspension Length: 0,000 mTotal Light Loss Factor: 1Efficiency: 59,4 %

Wattage: 66,0W (connected)Aiming: O:0° T:0° S:0°

Lamp Description: Lamps Per Luminaire: 2 Lamp Lumens: 1.456

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237

Mariangela de Moura

ILUMINACAO DEPOSITO 1,85X1,45 8 ANDAR

Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA

Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJCalculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.

Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.

202.7

209.2

215.7 215.7

222.2

222.2

222.2222.

2

228.7

228.7

228.7

228.7

235.2

235.2

235.2

235.2

241.7

241.7

248.2

248.2

254.7

254.7

261.2

221.3

229.2

225.8

216.6

203.4

199.4

211.6

220.5

224.8

221.5

230.6

237.9

236.9

226.2

210.1

205.3

220.0

230.4

234.2

229.5

238.5

246.2

245.7

234.8

215.7

209.9

227.3

238.9

242.0

237.9

246.2

254.2

251.7

241.3

222.1

214.9

234.6

244.9

249.9

246.4

253.1

262.3

257.3

244.4

231.7

226.5

239.2

251.2

258.0

254.3

254.7

264.4

259.2

245.9

232.5

231.3

242.8

254.5

261.1

256.8

249.3

257.8

254.9

244.0

225.1

220.6

243.2

252.2

256.4

252.0

242.6

251.0

250.8

240.9

221.3

217.2

238.8

250.1

251.6

245.8

235.4

244.2

244.2

233.4

217.4

213.9

231.5

244.4

246.6

238.9

227.3

235.7

234.2

225.3

212.5

209.6

223.9

234.5

238.9

231.7

0.0 0.1 0.3 0.4 0.6 0.7 0.9 1.0 1.2 1.30.0

0.2

0.4

0.6

0.7

0.9

1.1

1.3

1.5

1.7202.7209.2215.7222.2228.7235.2241.7248.2254.7261.2

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