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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ – REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO A VEZ DO MESTRE
A INFORMÁTICA EDUCATIVA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
ALINE AFONSO DA SILVA
Prof. MARCO ANTÔNIO CHAVES
Rio de Janeiro, RJ , dezembro/2001
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ – REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO A VEZ DO MESTRE
A INFORMÁTICA EDUCATIVA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
ALINE AFONSO DA SILVA
Rio de Janeiro, RJ , dezembro/2001
Trabalho Monográfico apresentado como requisito para obtenção do Grau de Especialista em Marketing.
O TRABALHO: INFORMÁTICA EDUCATIVA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Elaborado por ALINE AFONSO DA SILVA aluna do curso de Marketing
Foi analisado e aprovado com
grau:...............................
Rio de Janeiro, 12 de dezembro de 2001.
________________________________
Membro
________________________________
Membro
____________________________
Professor Orientador
Presidente
Rio de Janeiro, RJ, dezembro/2001
ii
iii
Agradeço aos meus pais e ao meu noivo
pela oportunidade e incentivo durante
esta caminhada.
iv
RESUMO
Este trabalho foi elaborado por: ALINE AFONSO DA SILVA, aluna do curso de Marketing.
Dedico este trabalho de pesquisa a
todos os professores que fazem de suas
aulas algo a mais para acrescentar na
vida de seus alunos.
Com a evolução da informática na mundo, tornou-se uma necessidade e não
apenas um modismo, introduzir também na Educação Infantil, o uso de computadores. As
instituições devem tomar conscientização e incluir em sua grade curricular, em todos os
níveis, tornando-se assim, uma “Competência” a ser usada e aproveitada. Além da
necessidade em os alunos aprenderem usar um Computador, é preciso que os docentes
estejam sempre em reciclagem para passarem uso do mesmo corretamente à suas crianças.
Portanto, hoje em dia, computador não deve ser encarado como máquina de modismo, mas
como uma aprendizagem necessária ao futuro de todos os educandos.
v SUMÁRIO
Página
1. Apresentação do Problema........................................................................... 1
1.1. Os Objetivos do Estudo
1.2. Questões de Pesquisa
1.3. Operacionalização de Termos
2. Educação e a realidade da escola de Educação Infantil.................................. 4
2.1. A educação e a constituinte escolar
2.2. Condições básicas ao processo de desenvolvimento na Educação Infantil
2.3. Valores na Educação Infantil
3. A Criança e seu desenvolvimento................................................................. 7
3.1. Período pré-operatório
3.2. Atividades na pré-escola
3.3. A atividade simbólica
3.4. A linguagem dos desenhos
4. A Informática Educativa .............................................................................. 11
4.1. Histórico
4.2. Informática, novo recurso para a alfabetização
5. A Informática Educativa como ferramenta de trabalho na Educação Infantil...
15
5.1. O computador e o processo de Alfabetização
5.2. Tecnologia a serviço da Educação
6. Conclusões e Recomendações........................................................................... 18
7. Referências Bibliográficas ................................................................................. 20
vi
O PROBLEMA
1. APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA
Para se entender a relação computador na educação,se faz necessário
compreender a essência tanto do computador quanto da educação; quanto o entendimento
desta última faz – se necessário conhecer o ser humano e como ele se desenvolve com a
idade.
Devido ao avanço tecnológico, as instituições sentem a necessidade de
implantarem em seu currículo, a informática educativa, começando principalmente na
educação infantil. De acordo com a visão pedagógica, verificamos a aplicação do
instrumento como uma ferramenta que venha auxiliar no processo educativo ou apenas
como um simples aparelho de modismo, por sua vez, atraindo um maior número de alunos.
Com base em estudos realizados verifica-se que a informática tem sido nas
escolas mais um recurso didático contribuindo para a construção do conhecimento.
A informática tem como uma das finalidades contribuir para a socialização das
crianças por trabalharem em dupla com muita cooperação e troca. Elas trabalham em um
ambiente harmonioso onde a frente do computador, de maneira lúdica exteriorizam seus
sentimentos colocando sua criatividade para fora, explorando e desenvolvendo suas
percepções.
O professor precisa integrar sua disciplina com a informática, mas as vezes
encontra-se com dificuldades de fazer uso desse instrumento. O uso do mesmo vem como
auxílio no seu trabalho para enriquecimento das suas aulas, pois é uma ferramenta que atrai
1
as crianças pelos seus recursos de som, efeitos, movimentos, cores, levando-as a viajarem
pelo mundo de suas imaginações.
A Educação Infantil é sabiamente uma das etapas mais importantes do
desenvolvimento intelectual da criança, a Informática tem o enfoque diferenciado nesse
processo, pois é utilizada como um recurso pedagógico.
Esta pesquisa será feita através de consultas bibliográficas e pela Internet a fim
de analisar as idéias dos autores comparando e tirando conclusões sobre o trabalho de
Informática na Educação Infantil.
Portanto o problema, objeto de estudo é:
Até que ponto a Informática Educativa auxilia o desenvolvimento integral da
criança na Educação Infantil (de 3 à 6 anos de idade)?
1.1.. 0S OBJETIVOS DO ESTUDO
Objetivo Geral
Compreender a importância da Informática Educativa como auxílio no
desenvolvimento integral da criança na Educação Infantil.
Objetivo Específicos
1- Diferenciar os níveis sócio-econômicos da clientela;
2- Explicar como qualificam os profissionais da Informática;
3- Verificar se as atividades da disciplina estão sendo aplicadas pedagogicamente;
4- Distinguir os tipos de softwares usados na Educação Infantil;
5- Demonstrar os aspectos desenvolvidos na criança.
2
1.2. QUESTÃO DE PESQUISA
1. Qual o tipo de criança que tem acesso a informática na Educação Infantil?
2. Até que ponto os profissionais da área estão qualificados para trabalhar com
seus alunos?
3. Que tipo de atividades estão sendo aplicadas na Informática Educativa?
4. Os softwares utilizados são adequados à faixa etária?
5. Que aspectos são desenvolvidos na criança usuária de Informática Educativa?
1.3 OPERACIONALIZAÇÃO DE TERMOS:
1- Informática Educativa – Ciência que trabalha a educação com a
informatização, utiliza a informática como mais uma ferramenta de ensino.
2- Desenvolvimento Integral da criança – Desenvolvimento completo
do ser humano no período da infância.
3
2. A EDUCAÇÃO E A REALIDADE DA ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL
2.1. A EDUCAÇÃO E A CONSTITUINTE ESCOLAR:
Referente à Constituinte Escolar, foro de oportunização de debates, através
de mecanismos como seminários, painéis, encontros e conferências que visam a
suscitar discussões, reflexões, ações e atitudes propícias à construção de uma escola
verdadeiramente popular e democrática.
A criança é um cidadão em desenvolvimento e a LDB confere à Educação
Infantil, o status de primeira etapa da Educação Básica, enquanto as Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação Infantil destacam a necessidade de
eliminar-se a cissão entre os termos (funções de cuidar e educar). Nesse sentido
pode-se investir na concepção criança cidadã, enquanto sujeito social, inserido
num grupo e determinada cultura.
A escola deve investir no respeito à especificidade de cada criança, sem
perder de vista o seu contexto.
2.2- CONDIÇÕES BÁSICAS AO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO NA
EDUCAÇÃO INFANTIL
Visualiza - se o espaço da Educação Infantil como um ambiente social,
político e pedagógico, por constituir-se em espaço de produção de aprendizagens
onde a criança, na troca interativa com seus pares, e com o meio físico e social,
4
constrói conhecimentos. Esses conhecimentos são entendidos como um processo
progressivo de atribuição de significados à realidade, mediante o qual o sujeito
dessas aprendizagens busca uma apreensão cada vez mais nítida dos diversos
sentidos que se fazem presentes no mundo, na vida, ao mesmo tempo em que se
torna consciência das possibilidades de ressignificar e redimensionar esses
conhecimentos. Ao construir a significação do mundo externo, o sujeito constrói a
si mesmo, uma vez que as estruturas do conhecimento surgem e se desenvolvem
através da interação entre o sujeito e o seu meio.
2.3 - VALORES NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A escola assume o compromisso com uma educação que estimule a
autonomia dos alunos e que os oriente para o respeito a si mesmo e aos demais,
para a solidariedade, para o compromisso com os mais frágeis, que os prepare para
respeitar a natureza, ser sensíveis ao multiculturalismo, para fazer o que estiver ao
seu alcance para trabalhar pela paz e pela igualdade entre os povos e as pessoas.
Considerar os grupos a que a criança pertence é ponto de referência para o
trabalho pedagógico.
Compreende-se que a etapa da Educação Infantil é uma instância privilegiada
para que a criança vivencie valores, para que se reconheça no outro e para que se
sinta pertencente a determinados grupos, situados em determinados lugares e
tempos, pode-se compreender melhor a importância que podem assumir as
5
atividades de expressão da criança, como campo de cultivo à sensibilidade, de
exemplos de respeito ao outro, solidariedade e cooperação, de respeito às perguntas
e aos questionamentos das crianças, de valorização das expressões da cultura do
lugar onde se vive e da cultura universal.
6
3. A CRIANÇA E SEU DESENVOLVIMENTO
3.1 PERÍODO PRÉ - OPERATÓRIO (2 À 7 ANOS)
Por volta dos dois anos, um acontecimento considerável se produz no
desenvolvimento intelectual da criança: o aparecimento da função simbólica.
No período pré - operatório, a imagem antecipa a atividade, mas por outro
lado, é ainda a imitação que propicia a formação dos símbolos, que se manifestam
na aquisição da linguagem e no jogo simbólico. A linguagem é formada por signos
ou palavras que têm significados públicos, utilizados e compreendidos pela
sociedade, o que se contrasta com os símbolos que são privados e pessoais, e
freqüentemente compreendidos apenas por cada criança. Para Piaget, a linguagem
não constitui a fonte do pensamento lógico, mas ao contrário é estruturada pelo
pensamento. Ele enfatiza que o desenvolvimento da linguagem é estruturado pelo
desenvolvimento cognitivo e depende dele.
A maior parte do interesse de Piaget se centrou nos jogos simbólicos que
“implicam na representação de um objeto ausente”, e são imitativos e imaginativos.
Ente 2 e 4 anos o jogo simbólico atinge seu ápice. No simbolismo lúdico, termo
utilizado por Piaget para definir os jogos infantis do faz de conta, o bastão vira
revolver, a caixa vira um carro. Assim, o faz de conta estimula o desenvolvimento
do pensamento sobre os objetos não existentes, representados por esses símbolos.
Piaget ressalta, ainda, o jogo compensatório onde a criança amplia sua consciência
através de novas experiências ou se vinga da realidade quando esta lhe é
7
desagradável. Ao revivê-la através da transposição simbólica, reduz parte do
desprazer e torna as situações mais toleráveis. No caso da imitação, a representação
mental é uma cópia da realidade ou uma imagem do objeto pensado e no caso da
atividade lúdica, o objeto é um símbolo que sugere algo mais existente na mente da
criança.
3.2 ATIVIDADES DA PRÉ - ESCOLA
As atividades da pré - escola devem, portanto, enriquecer as experiências
das crianças de modo a atender as necessidades próprias dessa fase, favorecendo o
desenvolvimento integral e harmonioso de suas potencialidades.
A liberdade de explorar, conhecer o espaço físico e o mundo que a cerca é
fundamental para seu desenvolvimento afetivo e cognitivo. O mundo material não é
uma série de objetos ordenados ocupando um determinado lugar, mas uma extensão
do próprio corpo da mesma forma que o ambiente social é uma necessidade de
expansão do eu.
O desenvolvimento da criança se faz num contínuo relacionamento entre ela
e o mundo. É através dessa ação livre, espontânea, dinâmica, que a criança abstrai e
assimila conceitos básicos ao desenvolvimento do pensamento lógico. Em sua
atividade manipuladora e perceptiva, a criança constrói esse conhecimento,
descobrindo propriedades ou atributos dos objetos, como: peso, formas,
temperatura, cor, som, etc.
8
Essas noções são gradativamente construídas durante os estágios do
desenvolvimento cognitivo até a adolescência.
3.3 A ATIVIDADE SIMBÓLICA.
Durante esse período, todas as crianças dominam toda uma gama de
símbolos. Elas aprendem a falar e compreender a linguagem natural, usando-a para
fazer pedidos, contar histórias, tagarelar, ampliando sua compreensão do mundo
físico e social. Nessa fase as crianças são plenamente simbólicas. A linguagem é
um sistema simbólico, por excelência, mas é importante salientar o potencial de
outros sistemas simbólicos. Muitos conhecimentos são aprendidos e comunicados
através de gestos e outros meios para - lingüísticos. A descrição de aspectos do
mundo através de desenhos, construção com blocos, ou argila, ou ainda outros
veículos ecônicos é, também, um acesso simbólico de grande significação na
primeira infância.
Durante a construção do esquema corporal, a imagem que a criança tem do
seu corpo se revela freqüentemente nos desenhos que ela faz de si mesma. A
riqueza das particularidades neste desenho, como a presença de extremidades dos
membros, dos detalhes do rosto, das orelhas, etc., demonstra uma boa elaboração
do esquema corporal.
9
3.4 A linguagem dos desenhos
O desenho por sua própria natureza, está associado à criação de símbolos,
permitindo a expressão visual de idéias, sentimentos, sensações e fantasias. Através
do desenho, a criança mantém uma analogia com o objeto representado,
estabelecendo relações entre os elementos dessa linguagem, seus grafismos e sua
leitura de mundo.
O desenho evoca a forma, a estrutura, a essência dos objetos e dá forma a
lembranças, sonhos e emoções. Assim, o desenho, como imagem visual, não é uma
cópia dos objetos, mas uma recriação, uma interpretação desses objetos numa
linguagem gráfica.
A compreensão do processo do desenho, baseado na representação do
sujeito, leva a uma nova abordagem, sobre como a criança simboliza, pensa, faz
suas hipóteses e cria soluções. É a análise dos representados, de abstração e de
generalização envolvidas nesse sistema.
A criança não desenha o que vê, mas o que sabe, o que sente, seu saber é o
seu sentir e perceber.
10
4. A INFORMÁTICA EDUCATIVA
4.1 Histórico
Quando o alemão Jonhannes Gutenberg inventou a imprensa, no século XV,
muitos questionaram a necessidade de aprender a ler e a escrever. O principal
argumento baseava-se na idéia de que ler e escrever não eram condições essenciais
para a sobrevivência, além de exigirem uma habilidade que parecia imensamente
complexa na época. Quinhentos anos depois, o surgimento do computador faz a
humanidade sentir-se diante de desafio semelhante.
São muitos os questionamentos a respeito do computador, ele é realmente
necessário? Alguém que não trabalhe diretamente com ele precisa entendê-lo? Ele
será realmente benéfico a longo prazo ou é moda passageira? A resposta é que o
computador em função de sua flexibilidade quase ilimitada, está destinado a ter
uma presença jamais alcançada por outro invento humano: nos lares, nas escolas,
nas empresas, nos ambientes de lazer.
Esta obra não visa glorificar os feitos da tecnologia. Ao contrário, acreditamos que
a atitude crítica e o conhecimento das franquezas e limitações das máquinas atuais
são requisitos indispensáveis para extrair a melhor do que elas oferecem. O
objetivo é permitir que todos, sem exceção, possam por esta tecnologia a seu
11
serviço desde já, para estudar, trabalhar e/ou brincar. Além disso, a estrutura e a
organização do conteúdo fazem desta obra um excelente ponto de partida para
aqueles que descobrirem uma vocação dentro do enorme leque de novas
oportunidades abertas pela tecnologia.
Algumas descobertas ou invenções humanas acabam sumindo de vista, não devido
ao fracasso, mas ao grande sucesso. A eletricidade e a água encanada são ótimos
exemplos disso; só nos damos conta de sua existência quando faltam. Não é
exagerado dizer que acontece o mesmo com o computador. Sua tecnologia já está
embutida em casas, escolas, escritórios e parques de diversão e nos serve de forma
tão automática que passa despercebida, controlando a temperatura ambiente,
cuidando do consumo de eletricidade, zelando pela segurança, ajudando no trabalho
e na educação.
4.2- Informática, novo recurso para a alfabetização
com a introdução dos computadores na educação, imediatamente começaram a
surgir “softwares” que propõem aumentar a eficiência do ensino através de
verdadeiras “cartilhas eletrônicas”, continuando sem considerar o conhecimento do
processo pelo qual o aluno aprende. Como este conhecimento é pressuposto, e não
questionado, os técnicos acreditam que basta colocar na máquina as rotinas
utilizadas na sala de aula pelo professor, para que a criança usufruía das vantagens
da tecnologia.
12
Emília Ferreiro apresentou uma contribuição significativa para a superação deste
equívoco. Tomando como suporte teórico a epistemologia genética de Jean Piaget,
pela primeira vez e postulada a existência de um sujeito cognoscente, que interage
com a palavra escrita bem antes do seu ingresso na escola.
A escrita passa a ser considerada não apenas um código, mas um objeto cultural
que pode ser explorado e conceituado. Os resultados que Ferreiro encontra revelam
que a interação da criança com a palavra escrita, em seu ambiente, propicia uma
elaboração conceitual, isto é, a criança estrutura formas de pensar a palavra escrita
que se constituem em condições fundamentais para que haja aprendizagem de
leitura e da escrita. Considerando-se a palavra escrita um objeto da cultura, um
objeto simbólico por excelência, a interação que leve a sua apropriação
necessariamente deve propiciar trocas simbólicas. Uma criança aprende a ler e
escrever quando interage com um ambiente cultural que pode ser o familiar, o
escolar, o lúdico, o informático, etc., onde existam trocas simbólicas com os
elementos deste ambiente.
Retomando a questão da informática na educação, nos perguntamos se a introdução
dos computadores poderia se dar num outro sentido, no de enriquecer os ambientes
escolares com recursos que propiciem e estimulem as trocas simbólicas ao invés de
tentar uma reprodução do professor na educação formal.
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O contínuo avanço da tecnologia está permitindo que até crianças tenham acesso a
pequenos autômatos, os computadores, que permitem criar um mundo de
representações e realizar livremente interações simbólicas.
Entretanto, mais relevante que a multiplicação e a variedade de uso dos
computadores, são as idéias inovadoras que podem gerar a escolha de seus modos
de emprego.
A informática educacional na pré –escola visa criar um ambiente que favoreça a
expressão simbólica da criança, possibilitando que ela brinque com as letras, com
os números, desenhe, imite, jogue simbólicamente e, consequentemente desenvolva
aspectos essenciais sobre os quais, posteriormente, toda a aprendizagem será
calcada. Ao utilizar o computador, a criança expressa seu pensamento, faz
representações o que permite que o seu raciocínio seja mais facilmente
“observado”, pois o micromundo criado pela linguagem Logo concretiza as formas
de pensar em situações variadas, criadas pela própria criança.
14
5 – A Informática Educativa como uma Ferramenta de trabalho na Educação
Infantil.
5.1 – O Computador e o processo de Alfabetização.
As atividades da Informática Aplicada à Educação junto às turmas de
Alfabetização devem respeitar os processos cognitivos envolvidos na aquisição e
desenvolvimento da linguagem oral e escrita, tendo como objetivo criar condições
para o aluno desenvolver sua criatividade e potencialidades intelectuais, como
também a construção e socialização do conhecimento de trabalho, que permite um
desenvolvimento natural da expressão simbólica da criança, fator importante no
processo da leitura e da escrita. Como na maioria de nossas escolas são aplicados
métodos variados para alfabetizar as crianças, temos que buscar formas de
trabalho que não se choquem com a orientação da escola e que ao mesmo tempo
dêem oportunidades às crianças de testarem suas hipóteses, de desenvolverem a
expressão criativa e o gosto pela leitura e pela escrita.
5.2 – Tecnologia a Serviço da Educação
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A escola é um lugar excelente para os primeiros contatos com o computador. As
pessoas que aprendem a usar a tecnologia computacional na escola certamente
terão menos dificuldades do que as que entram em contato com ela somente no
mercado de trabalho. Além disso, poderão se preparar melhor para as exigências
cada vez maiores nessa área. Com a crescente evolução tecnológica, a informática
tornou-se um ponto de destaque na Educação a ponto de poder dizer que os
“analfabetos do próximo século”, serão aqueles que não possuírem nenhum
conhecimento de informática, do manuseio do microcomputador e seus
programas.
Todos os alunos a partir da pré – escola precisa ser apresentado ao computador
não apenas como uma máquina, mas sim como um facilitador, trazendo para as
crianças, programas atividades referentes as disciplinas estudadas em sala de que
pelas turmas. As atuais tecnologias de hardware e software servindo como apoio
pedagógico para professores e alunos, auxiliando assim, o aprendizado e
acelerando de uma forma inovadora, todo o processo de Ensino – Aprendizagem.
Com computadores, Multimídia de última geração e profissionais capacitados,
nossos alunos utilizarão programas educacionais totalmente voltados às matérias
estudadas em sala de aula e, gradativamente, a utilização operacional dos
programas existentes no micro.
A utilização desses materiais na escola requer um critério cuidadoso por parte dos
professores, pais e alunos. Tanto as obras desenvolvidas no Brasil quanto as de
16
origem estrangeira têm qualidade bastante variável. No caso da produção
importada, os cuidados devem ser redobrados. Além de avaliar sua qualidade, é
preciso verificar se os conteúdos são adequados aos currículos brasileiros.
É importante encorajar desde cedo uma atitude equilibrada e crítica em relação ao
computador. Ele não deve ser visto como algo assustador ou complexo demais.
Isto é a informática não pode ser encarada como a solução para os problemas de
ensino e que o computador pode ajudar a melhorar, mas jamais substituirá a
inteligência humana. Os educadores precisam estar alertas para o fato de que o
conteúdo computadorizado deve adequar-se ao ensino, e não ao contrário.
17
6 – Conclusões e Recomendações
6.1 – Conclusões
Com a introdução da informática educativa na educação infantil, podemos
observar como o desenvolvimento da criança fica mais acelerado, pois através
dela, a criança começa a criar habilidades para criatividade de vivência para este
mundo totalmente informatizado.
Ao contrário do que pensamos, a informática educativa na educação infantil, não
serve apenas como personagem de simples modismo, mas sim como uma
ferramenta necessária no processo educativo dos alunos, acarretando assim, no
seu desenvolvimento integral. Nos dias atuais, todas as instituições descriam
incluir a informática educativa em seu currículo, trabalhando com profissionais
qualificados, não fazendo disso, uma maneira apenas de atrair alunos, mas de
conscientização que a máquina (computador) deverá ser, se não totalmente
dominada, pelo menos conhecida por seus alunos, para que não cheguem
futuramente ao mercado de trabalho e encontrem dificuldades.
18
6.2 – Recomendações
Recomendamos que as escolas reformulem seus velhos moldes de ensinar
adequando-se ao mundo novo da informática que já está no dia a dia de nossa
sociedade.
Abrir as portar das escolas e acreditar que esta nova era nos auxiliará no processo
de alfabetização como um enriquecimento para se alcançar as metas de ensinar e
formar cidadãos mais atuantes, já que na atual globalização é tão necessário estar
por dentro do mundo tecnológico.
Que os computadores não sirvam como peças de atrativos e modernismo nas
escolas e sim deve ser uma ferramenta que juntamente com educadores
capacitados, que saibam utilizá-lo como um aliado na sua dinâmica educacional.
Com o tempo o educando vai se familiarizando naturalmente com a “máquina”
sem achar que é um bicho de sete cabeças.
Que os educadores não podem cruzar os braços e ignorar esta porta que se abre,
além do quadro negro, das antigas salas de aula e tentar-mos pouco a pouco
caminhar em passos firmes também na Revolução Tecnológica.
Que em nenhum momento devemos nos transformar em máquinas, deixando
também para o computador o papel de educador, que jamais vai substituir a
atenção, o estímulo e o contato humano entre o educador e o educando.
19
7 – Bibliografia
PIAGET, Jean – A Psicologia da Criança. Martins Fontes.
GARDNER, Howard – A Criança Pré-Escolar. Como Pensa e Como a Escola
pode ensiná-la. Ed. Artes Médicas, 1994.
DUTRA PILAR, Analice – O desenvolvimento e a Construção do Conhecimento.
FERREIRO, Emília – Alfabetização em Processo.
PROJETO TREND, Informática Educacional na Pré-escola. 1996.
GLOBO, O – Help! Informática . Sistema de consulta Interativa.
20
ANEXOS