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    Globalizao e a Convergncia8. Globalizao e Convergncia

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    Vamos falar de globalizao. Voc j deve at ter torcido a orelha. No, no precisa me explicar o que globalizao. Fique tranquilo no este o intui-to. Globalizao realmente um conceito velho, muito velho, at meio sem sentido atualmente. O fenmeno existe desde que o homem ps o p na estrada rumo ao desconhecido. Era s questo de tempo dar no que deu. Na dcada de 80, eram comuns os intelectuais de planto que se apropriavam de um certo ar up-to-date ao enunciar a palavra, de l para c, o conceito s fez se esvaziar. Como os slogans de certas marcas que atestam 4 anos de tradio, como se tradio fosse um mandato legislativo.

    Retomando o mundo globalizado, nele se fala com vigor crescente h pelo menos umas cinco dcadas. O conceito passa a despertar ateno a partir da intensificao das trocas mercantis internacionais, do avano estrutural e tec-nolgico das redes de telecomunicaes e logsticas e do crescimento insur-gente das alocaes temporrias de capital e de investimento. margem das definies e teorias estava o cidado comum. Estava.

    A globalizao que realmente nos importa aquela que passamos a sentir na pele muito recentemente, que trouxe a China para a esquina de casa, que permitiu, logo ali da sala, locar um imvel para uma estada corriqueira em Pa-ris, que possibilitou a publicao e difuso de conhecimento em plataformas de escala mundial, ou adquirir com um clique, de uma talentosa fotgrafa russa, a imagem perfeita para ilustrar essa mesma publicao, ou ainda con-tratar nos Estados Unidos os servios de um editor de vdeos para a trans-misso de um seminrio online, ou fazer um curso de frias em Harvard ou Yale diretamente do seu quarto, enfim a globalizao que nos trouxe a ntida revelao de que o mercado agora o mundo e ele fica antes da porta.

    Se as pessoas e empresas produzem e intercambiam riqueza em escala mun-dial, isto obviamente equivale a dizer que a economia e os negcios operam nessa mesma escala. O que nos traz o entendimento de que a necessidade de estabelecer um padro nico para a linguagem dos negcios um movi-mento j em andamento na economia global.

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    O Brasil j convergiu ao IFRS Internacional Finance Reporting Standards, ou seja, j se adaptou, por fora de lei, s normas e padres internacionais de contabilidade mais amplamente aceitos no panorama global. Se o padro mudou, consequentemente a prtica tambm se modifica. Mas a prtica no o mais importante aqui, o que vale a pena ressaltar que a mentalidade empresarial igualmente se modifica.

    Se para alguns mais difcil perceber que j antes da porta h o mundo, por conta da formalizao fica mais explcito que os tempos realmente so ou-tros. Se o palco agora o mundo, os atores precisam falar a mesma lingua-gem, o dilogo ser inteligvel para todos. Muito tem se falado sobre a con-vergncia, e a despeito de um palpite pitoresco aqui e outro ali, fato que ela um aspecto extremamente positivo na transformao da cultura empre-sarial brasileira.

    realmente uma formalidade que soma porque resume o sentimento de pertencimento a uma comunidade global de negcios. E a esse sentimento que o contador deve atentar-se e inferir que uma nova conscincia em-presarial est se sedimentando, e a ela no podemos nos apresentar com despreparo e ingenuidade, muito ao contrrio, caminhamos para um nvel de exigncia tal por parte das empresas, que as rotinas usuais a que nos devota-mos j no lhes suprem de ferramental eficiente para a competio.

    certo que voc no deve parar de fazer amanh o que voc faz hoje. A tran-sio se consome no tempo. Mas fundamental que voc se reposicione frente a essa realidade que muda cada vez mais velozmente. Porque se voc no o fizer, sinto lhe dizer, voc ir sucumbir. No estamos afirmando que ficar sem emprego ou trabalho, mas que certamente o seu grau de insatisfa-o s tender a aumentar.

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    9. A Contabilidade e As Tecnologias Emergentes

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    O produto commoditizado no deixar de existir, mas certo que sobre ele ser cada vez mais difcil de se construir valor. Como j foi mencionado antes, todo processo que pode ser codificado em parmetros passvel de automatizao. Normas e rotinas so especificaes de parmetros, e essa a forma instituda das legislaes se expressarem, elas nos dizem o que fazer, como fazer, o que fazer caso no tenha feito, o que no possvel fazer, o que no pode ser feito e assim por diante. O perfeccionismo da lei atingir ao objetivo mximo de desambiguao, para que no haja abertura para o entendimento interpretativo e de julgamento.

    Parece utpico que se consiga redigir uma carta de procedimentos infalivel-mente incontestvel, haja vista as vrias contestaes que se faz dos cdigos legais (civil, penal entre outros), sempre na perspectiva do que direito e do que dever, ou do que tico e do que transgresso, questes perptuas que atazanam o dia a dia da esfera judicial e que trazem luz a atribuio de mediao e julgamento humanos.

    Tratando-se porm dos procedimentos prticos normatizados, e que de for-ma simplificada nos entregam uma receita de agir, a mecanizao e automa-o das rotinas vem se dando de forma exponencial. Caro, leitor contabilista, se voc der uma boa navegada pela internet a procura desse tipo de soluo para o seu ramo de atuao, ficar surpreso com a oferta de servios que j existe nesse sentido.

    Todo aquele expediente que visava ao atendimento da burocracia, e portan-to satisfazia s infindveis exigncias normativas das nossas leis, encontrou sua melhor expresso de rentabilidade no universo dos bytes. Como j disse-mos, o servio que se commoditiza tende a perder valor e s se viabiliza na escala, pois ento, onde conseguir escala se no no ambiente virtual onde o mercado apenas o mundo?

    Tem-se que estar atento a essas tecnologias, elas so cada vez mais cres-centes. Apesar de, no segmento contbil, ainda apresentarem solues que beneficiam empresas de estruturao mais simples, outros servios mais

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    complexos certamente esto a caminho e ainda que alguns deles no se viabilizem integralmente no ambiente web, ainda assim este ser o melhor canal para se vend-los. Note-se tambm que a mxima de que em breve no haver oxignio fora da internet aplica-se com preciso imagem pro-fissional que o contabilista deve construir nesse ambiente.

    Vivemos um tempo em que a expresso individual um componente social de peso extremamente estratgico. Outra moeda importante que surge nes-sa Era do Conhecimento a do capital social. O profissional deve construir reputao e autoridade dentro desse ambiente, deve mostrar que um es-pecialista em sua rea de atuao e preferencialmente ser referendado pelo conhecimento que possui, nesse ambiente que o capital social se transmu-ta em capital econmico.

    Estar presente na rede o nico caminho para se fazer presente na econo-mia dos nichos e supernichos, em que o grau de personalizao dos produ-tos e servios o que efetivamente lhes confere valor. A internet hoje no apenas um ambiente facilitador para a absoro passiva de conhecimento. Pelas suas propriedades de interao e alcance muito mais um ambiente de atuao, tanto social como profissional. A escala da internet to favor-vel rentabilizao do produto commoditie quanto o para a construo de valor para o produto supersegmentado.

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    10. A Realidade Contextual Brasileira

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    Em analogia ao reino animal, em termos de eficincia, o Brasil, pelo seu gi-gantismo de Estado, na contraprestao de servios aos contribuintes um paquiderme. Contudo, sob o aspecto de garantir a subsistncia dessa estru-tura colossal, seu crebro de rapina. Mesmo o governo mais ineficiente incapaz de fazer vista grossa ao desenvolvimento tecnolgico exponencial que o mundo vivencia. Desde 2000 o Pas vem investindo em tecnologia de ponta no combate sonegao fiscal, e os esforos no tm sido em vo. Segundo dados do IBPT Instituto Brasileiro de Planejamento Tributrio, em 2004 o percentual de sonegao empresarial correspondia a 39% do fatura-mento, em 2009 o mesmo ndice j orbitava na faixa dos 25%.

    O Sinprofaz Sindicato dos Procuradores da Fazenda Nacional criou o So-negmetro, uma ferramenta capaz de calcular o valor do rombo na arre-cadao. Ainda que, somadas as sonegaes fiscais das pessoas jurdicas e fsicas, o percentual de sonegao gire atualmente em torno de 10% do PIB, a expectativa da Arrecadao de que em 2020 esse ndice esteja no mes-mo patamar dos pases desenvolvidos. Fiscalizao mais efetiva, reteno de tributos e cruzamento de informaes so os principais fatores na melhora do desempenho fiscal.

    Alm da infraestrutura tecnolgica em que o governo investe para a coleta e processamento dos dados, as amarraes no desenho de arquitetura que processa essas informaes privilegiam o cruzamento desses dados, o verda-deiro diferencial para o rastreamento dos fluxos contbeis e financeiros, e a consequente apurao e validao de exatido das informaes apresenta-das.

    O Sistema Pblico de Escriturao Digital, mais conhecido como SPED, a re-presentao nomeada desse esforo, um conjunto monumental de ferramen-tas integradas de inciativa conjunta das administraes tributrias das trs esferas de governo, que vem sendo implementado desde 2007. Iniciou-se com trs grandes projetos: Escriturao Contbil Digital, Escriturao Fiscal Digital e a NF-e Ambiente Nacional. Atualmente est em produo o projeto EFD-Contribuies. E em estudo: e-Lalur, EFD-Social e a Central de Balanos.

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    Esse sistema traz efetivamente a inteno de acirrar a fiscalizao e poten-cializar a arrecadao, mas seu desenho prtico chega a ser didtico e alia-do da adoo do uso de controles contbeis mais eficientes por parte das empresas. Ainda que nossa legislao opere com a categorizao de empre-sas em seus nveis de complexidade operacional e gerencial, isentando gran-de parte delas de um sistema contbil de maior sofisticao, o SPED deve exercer um papel fundamental de catequese e evangelizao rumo a essa noo de que o controle contbil para a empresa seu melhor sistema para medir desempenho. Vide a adeso generalizada NF-e mesmo em sua fase ainda optativa. Ningum gosta de imposto, mas menos ainda de abrir mo de praticidade e eficincia.

    A adaptao cultural das empresas ao uso do Sistema caminha ainda na fase de elaborao de conhecimento a respeito de sua mecnica, mas a partir de sua plena assimilao, se voc vende e constri valor sobre esse tipo de conhecimento agora, apresse-se pois muito rapidamente esse co-nhecimento ser equivalente ao de aplicar um formulrio em um site de e-commerce.

    O novo Cdigo Civil Brasileiro de 2003 desempenha tambm um papel po-tencializador nessa jornada de desenvolvimento do ambiente empresarial brasileiro. Sob as novas regras do Cdigo, nas empresas de capital fechado (limitadas), scios, administradores e contadores passam a responder, solid-ria e criminalmente por inconsistncias no balano patrimonial que eviden-ciem indcios de fraude, e seus bens passam a ser passveis de confisco para saldar eventuais prejuzos resultantes da ao ilegal.

    Segundo dados do CRC de So Paulo, at o ano da promulgao do cdigo, 80% das empresas limitadas brasileiras no possuam qualquer tipo de pres-tao de contas, o que sem dvida impactava negativamente a transparncia dos negcios e a prpria sade financeira empresarial. A novas regras tiveram carter regulatrio formal apenas para empresas que superassem, poca, o teto de 1,2 milho de reais de faturamento anual. No temos esta estatstica, mas em um universo em que as limitadas representavam 98% das pessoas jurdicas do Pas, essa regulamentao deve ter desencadeado profundos desdobramentos.

    Entender essas complexidades dos sistemas fiscais, e tambm as da esfera legal, toma muito tempo da vida de muitos profissionais de contabilidade, difcil em meio s atribulaes, encontrar o tempo necessrio para renta-bilizar o seu negcio ou perspectiv-lo em um novo rumo de atuao. Mas nosso imparcial conselho que voc pesquise, investigue, invente formas de automatizar as rotinas e se atenha ao conhecimento profissional em que se possvel construir valor. Na prestao de servios o que se vende tempo.

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    Tempo s se torna escalvel com automao, o tempo que no pode ser es-calvel tem que ser vendido com muito mais valor, s assim voc se viabiliza como produto. E o tempo que se compra por mais valor aquele que solu-ciona problemas ou que realiza aspiraes de quem os compra. isso que o seu produto faz?

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    12. Quem e O Que Deseja O Novo Empreendedor?

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    E do outro lado, do lado de quem trabalha, empreende, produz e gera rique-za? Vejamos o cenrio do empreendedorismo no Brasil. Ainda que elevada, hoje o Brasil apresenta taxa de mortalidade de empresas que iro a bito antes dos dois anos de vida inferior a muitos pases seculares europeus. 24% delas sucumbiro ainda na fase dos primeiros passos.

    Que fatores contriburam para essa melhora de desempenho no empreen-dedorismo de base brasileiro? Segundo parecer do Censo de Sobrevivncia de Novos Negcios, divulgado pelo Sebrae em julho de 2013, o aumento de consumo gerado pela ascendncia da nova classe mdia estabeleceu um novo mercado de florescentes possibilidades. Hoje um empreendedor, bem mais jovem e mais escolarizado, se arrisca na jornada de um novo negcio muito mais por oportunidade do que por necessidade.

    Os custos de entrada e sada em um novo empreendimento ficaram menos proibitivos, o que facilita empreender com menos cerceamento, mais flexibi-lidade e, inclusive, mais mobilidade para migrar de um negcio para o outro. Os canais de fomento atividade empreendedora, bem como o acesso ao capital de investimento, esto mais facilitados. A riqueza de dados e informa-es de que se dispe atualmente favorece tambm o diagnstico preciso e antecipado de novas oportunidades, assim como municia esse novo em-preendedor na fundamentao da sua jornada.

    Ainda assim, apesar de um panorama empreendedor mais amigvel, gerir uma empresa continua sendo uma aventura de fortes emoes. Novas ou estabelecidas, vrias delas ainda sofrem com desagradveis percalos, tribu-laes, encolhimentos e, infelizmente, muitas continuam morrendo. Mas, por incrvel que parea, mesmo que os indicadores de sobrevivncia das empre-sas sejam muito melhores hoje do que eram h vinte ou trinta anos atrs, o fator que enseja o insucesso continua sendo o mesmo, o padro se repete: ausncia de controles efetivos de gesto.

    A riqueza de dados de que h pouco falamos e praticamente ao longo deste ebook todo , sua exuberante abundncia e generosidade nos dias

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    atuais, traz a contrapartida do conhecimento paralisante e da consequente indeciso. Para que o dado surta efeito no contexto de uma anlise ele deve ser qualificado, s a partir da que vira realmente informao e, posterior-mente, o conhecimento que dimensiona a estratgia. Mas este caminho s se torna revelador pelas mos do analista.

    Nesse sentido, a contabilidade analtica se faz diferencial porque alm de identificar quais dados so realmente importantes para a construo do conhecimento efetivamente relevante para uma gesto eficiente, ela prov o entendimento necessrio para a interpretao inequvoca do que esses dados expressam, a partir da curadoria de qualificao das informaes que eles viro a construir, amparando assim, com sustentao, a tomada de de-ciso inteligente, preservando a expectativa de vida do empreendimento e potencializando os seus resultados.

    Muito se fala atualmente neste novo ramo especfico da Contabilidade que vem se desenvolvendo, chamado provisoriamente de Contabilidade de Es-tratgia. Totalmente diferente da Contabilidade Gerencial, a Contabilidade de Estratgia, ou Contabilidade Analtica como gostamos de dizer, a conta-bilidade que se apropria deste momento em que o conhecimento se torna o ingrediente dominante na gerao de riqueza, e passeia com desenvoltura pelos labirintos da informao, transpondo inclusive o universo fechado da empresa, inserindo-a com estratgia, obviamente, dentro de seu territrio amplo de competio, onde as variveis so to mltiplas quanto a diversi-dade dos componentes econmicos, sociais, ambientais ou culturais envol-ventes.

    Sob esse ponto de vista, a aplicao da Contabilidade Analtica na gesto de empresas, ao ponderar e qualificar dados estrategicamente selecionados, e deles extrair combinaes que diagnosticam a sade empresarial na sinergia de seu todo interno relativizado ao contexto externo, s tende a ganhar mais importncia. O que antes era fundamental para garantir a sobrevivncia de uma empresa, hoje , alm disso, seu melhor parmetro de eficincia e com-petitividade.

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    13. Comece. Muitas Vezes

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    O universo de atuao do profissional contbil muito amplo. Somado a outras reas contguas de conhecimento ele se amplia ainda mais. Sem con-tar os novos campos de atividade que esto surgindo, como a contabilida-de social e a contabilidade ambiental, por exemplo. No h frmulas para apontar um caminho, o movimento social e econmico atual extremamente dinmico, mas voc, como profissional de estratgia, precisa sobremaneira se preocupar com a sua prpria estratgia. Se voc j encontrou uma trilha, siga por ela. Mas se ainda se sente perdido e saudosista dos tempos passados, est mais do que na hora de refletir e programar a sua reinveno.

    Comece estabelecendo uma proposta de valor, a sua proposta de valor. Se ela ainda no est muito clara, no se preocupe, lembre-se de que voc beta. Pesquise nichos, segmentaes, muito provavelmente seu insight pode vir da. Defina suas estratgias de diferenciao sempre visando ao seu cres-cimento profissional. Ainda que vagos, estabelea alguns passos e alguns prazos tambm. Os prazos estimulam o nosso senso de urgncia e realiza-o. Procure inovar em sua forma de atuar, desenvolva novas solues, fique atento s necessidades no atendidas do mercado. Construa valor sobre o seu servio assim como no relacionamento com seus clientes. A tecnologia deve estar a seu favor, estabelea mtodos e processos, automatize toda e qualquer rotina em que no se necessite de mediao intelectual, use os canais digitais para construir e potencializar sua reputao e autoridade. Aprenda de vez a se vender, vender j no mais to doloroso como j foi no passado, nos dias atuais a venda mais consultiva, quando um potencial cliente chega at voc ele j conhece muito sobre o seu produto (a no ser que voc no esteja na internet). E por fim, mensure, gerencie e projete sem-pre os seus resultados.

    Vivemos em uma sociedade de transferncia de poder. Hoje quem compra tem mais poder do que aquele que vende. O meio termo dessa transao s ser possvel se voc como produto exercitar o poder da sua individualidade na construo do seu prprio valor. As instituies esto desacreditadas, o conceito de nao est em declnio. H conglomerados econmicos e orga-nizaes no governamentais que j detm mais poder que muitas naes.

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    Os movimentos sociais prescindem cada vez mais da liderana poltica. As ideologias de massa j no tm mais representatividade em um cenrio em que suas lideranas so incapazes de entender a diversidade social que se desenha avessa a qualquer tipo de concentrao de poder. O mundo novo. Enxergue-o sempre como se houvesse nascido ontem, com espanto e des-lumbramento.

    Uma nova civilizao est emergindo em nossas vidas [...] Essa nova civilizao traz consigo novos estilos de famlia, novos mo-dos de trabalho, amar e viver; uma nova economia; novos conflitos polticos e, em ltima anlise, tambm uma profunda alterao da conscincia do homem. Fragmentos dessa nova civilizao j exis-tem hoje. Milhes de homens j esto ordenando sua vida pelos rit-mos de amanh. Outros, aterrorizados com o futuro, se desesperam e futilmente refugiam-se no passado, procurando restaurar aquele velho mundo que lhes d segurana

    Alvin Toffler

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