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MISSÃO SALESIANA DE MATO GROSSO MANTENEDORA UNISALESIANO LINS Rua Dom Bosco, 265 Vila Alta CEP 16400-505 Fone (14) 3533-5000 Site: www.unisalesiano.edu.br - E-mail: [email protected] 1 A SOLUÇÃO PODE ESTAR NO ECA THE SOLUTIONS IS IN ECA Neuza Pereira Acadêmica do Curso de Direito UNISALESIANO Lins Telma Cristina Nascimento Pereira Elias - Acadêmica do Curso de Direito UNISALESIANO Lins Prof. Me. Raphael Hernandes Parra Filho UNISALESIANO Lins RESUMO Buscou-se por meio da comparação histórica a evolução do tratamento, sobretudo, legal, proposto às crianças e adolescentes. O ponto de partida fundou-se no Código de Hamurabi, onde ao menor, filho de criminosos, era normalmente imposto a pena de seus pais. Passando pelas legislações nacionais do Brasil desde as Ordenações Filipinas, o Código Penal Imperial, o Código da República que somente com a entrada em vigor do Código Civil de 1916 é que se distinguiu os absolutamente e os relativamente incapazes. Por sua vez, o Código de Menores de 1927 classificou os adolescentes em dois grandes grupos: os abandonados e os delinquentes. Deste período até a década de 80, diversas alternativas foram testadas e nenhuma delas foi satisfatória. Sendo que com a promulgação da Constituição de 1988 a criança e o adolescente tornou-se verdadeiramente cidadão digno de direitos. E nesta linha o Estatuto da Criança e do Adolescente corroborou a ideia determinando-os como sujeitos amparados, notadamente pelo Princípio da Dignidade da Pessoa Humana. Palavras chave: Adolescente. Maioridade. Inconstitucionalidade.Inimputabilidade. INTRODUÇÃO Falar em maioridade no Brasil nos tempos de hoje, gera calafrios, tamanha é a polêmica que gira em torno do assunto: a tão discutida redução da maioridade penal. Discute-se até mesmo a nomenclatura, ademais, uns falam, acertadamente, em maioridade penal, e outros, erroneamente, dizem menoridade penal. O presente trabalho procura trazer, primeiramente, uma evolução histórica em relação ao tratamento do menor, aliás, quem era, quem são e, ainda, quem serão os menores de idade, ou seja, quem são as pessoas naturais, quem são os seres humanos que, objetivamente, não tem capacidade de entender o caráter ilícito do fato e de comportar-se de acordo com este entendimento. Passou-se desde a teoria clássica impregnada no Código de Hamurabi, do olho por olho, dente por dente, até mesmo à irresponsabilidade absoluta.

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A SOLUÇÃO PODE ESTAR NO ECA

THE SOLUTIONS IS IN ECA

Neuza Pereira – Acadêmica do Curso de Direito – UNISALESIANO Lins

Telma Cristina Nascimento Pereira Elias - Acadêmica do Curso de Direito – UNISALESIANO

Lins –

Prof. Me. Raphael Hernandes Parra Filho – UNISALESIANO Lins

RESUMO

Buscou-se por meio da comparação histórica a evolução do tratamento,

sobretudo, legal, proposto às crianças e adolescentes. O ponto de partida fundou-se

no Código de Hamurabi, onde ao menor, filho de criminosos, era normalmente imposto

a pena de seus pais. Passando pelas legislações nacionais do Brasil desde as

Ordenações Filipinas, o Código Penal Imperial, o Código da República que somente

com a entrada em vigor do Código Civil de 1916 é que se distinguiu os absolutamente

e os relativamente incapazes. Por sua vez, o Código de Menores de 1927 classificou

os adolescentes em dois grandes grupos: os abandonados e os delinquentes. Deste

período até a década de 80, diversas alternativas foram testadas e nenhuma delas foi

satisfatória. Sendo que com a promulgação da Constituição de 1988 a criança e o

adolescente tornou-se verdadeiramente cidadão digno de direitos. E nesta linha o

Estatuto da Criança e do Adolescente corroborou a ideia determinando-os como

sujeitos amparados, notadamente pelo Princípio da Dignidade da Pessoa Humana.

Palavras chave: Adolescente. Maioridade. Inconstitucionalidade.Inimputabilidade.

INTRODUÇÃO

Falar em maioridade no Brasil nos tempos de hoje, gera calafrios,

tamanha é a polêmica que gira em torno do assunto: a tão discutida redução da

maioridade penal.

Discute-se até mesmo a nomenclatura, ademais, uns falam, acertadamente,

em maioridade penal, e outros, erroneamente, dizem menoridade penal.

O presente trabalho procura trazer, primeiramente, uma evolução histórica em

relação ao tratamento do menor, aliás, quem era, quem são e, ainda, quem serão os

menores de idade, ou seja, quem são as pessoas naturais, quem são os seres

humanos que, objetivamente, não tem capacidade de entender o caráter ilícito do fato

e de comportar-se de acordo com este entendimento.

Passou-se desde a teoria clássica impregnada no Código de Hamurabi, do olho

por olho, dente por dente, até mesmo à irresponsabilidade absoluta.

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Esta trajetória legislativa é interessante, sobretudo para demonstrar a evolução,

especialmente tendo como pano de fundo a dignidade da pessoa humana, até

desembocar nas legislações contemporâneas.

O Código Penal de 1940, embora trouxesse poucos avanços específicos no

que tange a infância e a juventude, ao menos, definiu critérios e estes, também serão

abordados.

Posteriormente, aliás, muito tempo depois, em 1988 veio a Constituição da

República e aí sim, enfatizou, os diretitos da criança e do adolescente, abordando-os

da forma mais cuidadosa, ganhando status de Direito Constitucional.

Portanto, cabe aqui também uma questão, mesmo que en passant: a

Constituição permite a redução da maioridade penal? A inimpunibilidade é um direito

fundamental?

É evidente que o Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei nº 8.069/00 –

vulgo ECA, culmina em definir quem são as crianças e quem são adolescentes nos

dias atuais e, sobretudo, o que são atos infracionais e, principalmente quais são as

consequências a essas condutas.

Diga-se, ainda, que, – sanção – que será o segundo capítulo a ser abordado

no presente artigo, pois, não há infração penal sem sanção, não há crime sem castigo.

Caminhar, mesmo que de forma superficial, pela evolução da pena será

essencial para explanar, ou ao menos tentar demonstrar, a proporcionalidade ou, nos

dias atuais, desproporcionalidade entre o mal causado e o mal atribuído.

Aqui está o ponto central, ou seja, será que ao invés de reduzir a maioridade

penal, partir para uma modificação ou, melhor dizendo, uma adaptação, à realidade

atual, do ECA não seria um melhor remédio? Ao menos com efeitos colaterais menos

drásticos?

Talvez aqui esteja a principal questão: não é ser menor ou ser maior; não deve

ser esta a discussão, mas sim os atos praticados e a razoabilidade, ou não, das

consequências destes atos.

OBJETIVOS

Comparar o tratamento dispensado aos menores que violam as leis

vigentes, passando por toda a evolução histórica e desencadeando no atual Estatuto

da Criança e do Adolescente. Será necessário criar outra lei? Ou o ECA pode ser

essencial?

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METODOLOGIA

Pesquisa bibliográfica

DESENVOLVIMENTO

1 A EVOLUÇÃO DO CÓDIGO DE MENORES

1.1 Código de Hamurabi e Codificações que o procederam

O Código de Hamurabi não dedicou qualquer artigo para punir crianças ou

adolescentes que tenham infringido a lei, no entanto os filhos dos criminosos eram

penalizados pelos delitos de seus pais (art. 210), mas por outro lado tinham alguma

proteção a exemplo do artigo 137, contudo poderiam por lei serem renegados – artigo

168 e seguinte.

Absolutista, o idealizador do aludido Código exaltou os direitos sociais, já as

leis advindas da Revolução Francesa enfatizaram os Direitos Sociais do Homem.

1.2 A trajetória nacional das leis afetas à Infância e Juventude

Nos idos de 1808 quando da chegada de Dom João VI e sua corte às Terras

Brasileiras, vigia uma lei denominada Ordenações Filipinas.

Quando supracitadas leis estavam vigentes, a maioridade penal iniciava-se aos

sete anos de idade, cujos únicos privilégios era a pena atenuada e a não submissão

à pena capital.

Nessa mesma Ordenação havia o critério de “jovem adulto”, entre dezessete e

vinte e um anos, que poderia ser submetido à pena capital, mas a depender do

contexto, havia a possibilidade de redução da pena. A partir dos vinte e um anos,

tinha a imputabilidade plena, para o qual se aplicava pena capital, inclusive, conforme

o crime cometido.

Somente a partir de 1830, com a publicação do Código Penal Imperial os

menores de catorze anos deixaram de ser considerados criminosos, conforme

prescrito no artigo 10, § 1º. Se o menor de catorze anos com discernimento praticasse

fato ilícito, seria recolhido em casa de correção por tempo indeterminado, não

excedente a idade de dezessete anos.

O Pacto San José da Costa Rica, ratificado pelo Brasil por intermédio do

Decreto 678 em 06 de novembro de 1992, garantia proteção legal à pessoa humana

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desde a concepção, conforme disposto em seu artigo 4º, item 1.

O artigo 5º reza sobre o Direito à integridade pessoal para que se respeite sua

integridade física, psíquica e moral. Já o artigo 19 diz respeito aos direitos inerentes

às crianças por parte da família, do Estado e da sociedade.

Em suma, tal Declaração proporciona direitos em igualdade às pessoas

indistintamente, como nascimento, nacionalidade, tratamento respeitoso, entre outros,

qualidade de vida que se obtém somente por intermédio de uma educação essencial.

No concernente à Declaração dos Direitos da Criança, embora aprovada pela

Liga das Nações, hoje Organização das Nações Unidas, em 26 de setembro de 1924,

foi ratificada pelo Brasil somente 24 de setembro de 1990.

Aludida Declaração proporcionou dez garantias ao infante entre elas estavam

“[...] ser criada em ambiente de afeto e segurança, proteção contra todo tipo de

negligência, crueldade e exploração [...]”, (VERONESE, op cit, FERRANDIN, 2009,

p.14).

A Declaração mundial sobre a sobrevivência, a proteção e o desenvolvimento

das crianças nos anos noventa, adveio de uma reunião promovida em Nova Iorque

em 30 de setembro de 1990, visando à sobrevivência, a proteção e o desenvolvimento

das crianças da referida década, pontuando-se dos pressupostos fixados o fomento

do planejamento familiar, auxílio aos pais na educação dos pupilos e acesso universal

ao saneamento básico, dentre outros de igual importância, não obstante a realidade

bem diversa.

As Diretrizes das Nações Unidas para Prevenção da Delinquência Juvenil -

Diretrizes de Riad instituídas no Oitavo Congresso das Nações Unidas sobre

Prevenção do Delito e Tratamento do Delinquente propõe, entre outros, envolver-se

em programas de serviços comunitários.

No Brasil, a legislação que trata da criança e do adolescente é recente. E tal

mecanismo independentemente de qual época, simplesmente dedicou-se a cuidar das

classes menos favorecidas.

As Constituições do Império e da República não abordaram o tema, mas os

Códigos Penais elaborados em suas vigências descreveram a responsabilidade penal

dos menores de vinte e um anos.

Neste sentido, o Código Penal de 1830 previa que os menores de catorze anos

eram inimputáveis, exceto se tivessem discernimento de seus atos criminosos. E

aqueles que assim fossem considerados eram recolhidos às Casas de Correção, lá

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permanecendo até os dezesseis anos. Para àqueles que tinham entre catorze e

dezessete anos era aplicada as chamadas "penas de cumplicidade", ou seja,

imposição de 2/3 da pena de um adulto. Os maiores de dezessete e menores de vinte

e um anos, usufruíam da atenuante da maioridade.

O Código Penal da República de 1890, foi mais severo já que considerou

inimputável os menores de nove anos de idade, e àqueles que tinham entre nove e

catorze anos que precisavam de discernimento.

Somente em 1916, com a entrada em vigor do Código Civil (Lei n.º 3.071) que

distinguiu os absolutamente e os relativamente incapaz de exercerem direitos,

considerando cessada a menoridade civil aos vinte e um anos, é que o Código Penal

da República foi alterado, entretanto só isentou de responsabilidade penal o menor de

catorze anos.

Em 1927 foi elaborado o Código de Menores que dividiu àqueles em dois

grupos: “o dos abandonados e o dos delinquentes”. O artigo 26 tratava dos

abandonados e os artigos 68 e 69 previam as ações cometidas e as medidas para os

adolescentes delinquentes.

Durante o período chamado de Estado Novo através do decreto Lei n.º

3.799/41, foi criado o Serviço de Assistência a Menores – SAM, que trouxe benefícios

assistencialistas aos menores, cujo artigo 2º assim previa:

"a) sistematizar e orientar os serviços de assistência a menores

desvalidos e delinquentes, internados em estabelecimentos

oficiais e particulares;

b) preceder à investigação social e ao exame médico-

psicopedagógico dos menores desvalidos e delinquentes;

c) abrigar os menores, à disposição do Juízo de Menores do

Distrito Federal;

d) recolher os menores em estabelecimentos adequados, a fim

de ministrar-lhes educação, instrução e tratamento somato-

psíquico, até o seu desligamento;

e) estudar as causas do abandono e da delinquência infantil para

a orientação dos poderes públicos;

f) promover a publicação periódica dos resultados de pesquisa,

estudos e estatísticas".

Os Decretos n.º 3.914 e n.º 6.026 de 1943, em suma modificaram a

regulamentação dos procedimentos, inserindo um critério de análise à situação do

delinquente. Verificada a periculosidade do menor, tal condição legitimava o juiz, a

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interná-lo. Sendo que se tivesse menos de dezoito anos, era remetido a um

estabelecimento prisional. Se persistisse a periculosidade após os vinte e um anos

era enviado a uma colônia penal agrícola.

Diante de resultados não satisfatórios do SAM, em 1964, criou-se a Funabem

– Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor. Sua política de atendimento era na

esfera federal, ramificando por todo o país. Outra vez o desempenho esperado foi

insatisfatório e após quinze anos o Código de Menores foi revogado.

O novo Código de Menores (1979) foi uma revisão do anterior, e mesmo numa

roupagem nova manteve a arbitrariedade e a repressão.

Na década de 80, os movimentos de democratização e de defesa dos direitos

humanos foram fundamentais para a inserção do artigo 227 na Constituição Federal

de 1988 que disciplina os direitos da criança e do adolescente.

A Carta Magna reza que os direitos e garantias fundamentais são cláusulas

pétreas. Apesar do artigo supra dito não estar elencado no rol taxativo do artigo 5.º da

CF/88, ele trata dos direito e garantias fundamentais da criança e do adolescente, ou

seja, protege a dignidade da pessoa humana.

O artigo 228 é muito claro ao dizer: “São penalmente inimputáveis os menores

de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial”. Como se observa:

“é garantido à inimputabilidade aos menores de dezoito anos,

assegurando, aos adolescentes, o direito de serem submetidos

a um tribunal especial, regido por uma legislação especial e

presidido por um juiz especial, o Juiz da Infância e da Juventude,

[...] o referido artigo é um direito individual, concretizado no

principio da dignidade da pessoa humana. É uma liberdade

negativa face ao Estado, e, portanto, uma cláusula pétrea, cuja

redução não pode operar por meio de Emenda à Constituição”

(ROSSATO, LÉPORE e SANCHES, 2014, p. 326/327).

Somente a partir de 13 de julho de 1990 com a Lei n.º 8.069 (Estatuto da

Criança e Adolescente) é que a população infanto-juvenil teve uma política de

atendimento próprio, que regulamentou seus direitos e deveres.

Essa população passou a ser tratada como um ser em desenvolvimento que

merece atenção, cuidado, e deste modo, precisamente assim encontra-se em

(VERONESE, op cit, FERRANDIN, 2009, p.14/15).

"a criança e o adolescente são merecedores de direitos, de

garantias, por serem seres humanos, e mais, num processo

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singular de desenvolvimento que os conduz a algumas

necessidades específicas, as quais devem estar estruturadas

em um explícito valor: o amor.Crianças e adolescentes gritam a

necessidade de serem amados e por isso, alimentados,

educados, crescerem em ambiente de solidariedade; de

compromisso com a humanidade".

O legislador garantiu as crianças e aos adolescentes prioridade absoluta,

portanto seus direitos prevalecem quando os demais estão em conflitos. Essa garantia

está resguardada no artigo 6.° do referido estatuto.

O Estatuto da Criança e do Adolescente seguiu a Constituição Federal, de

modo especial sua forma garantista. Assim, (FERREIRA, 2008, p.15/17), faz

referências a diversos princípios, dentre eles destaca-se:

a) Princípio da Humanidade: é a responsabilidade social do Estado, sua

obrigação de assistência à ressocialização, proibida a aplicação de

penas cruéis e degradantes, sendo visível sua característica nos

artigos 15, 16, 17 e 19;

b) Princípio da Legalidade: refere-se à proibição de existência de pena

sem lei anterior que a defina, e está contido nos artigos 103, 108 e

110;

c) Princípio da Jurisdicionalidade: consiste na existência dos requisitos

necessários da jurisdição, que é o juiz natural, prevendo a

imparcialidade e independência, devidamente expresso no artigo

111;

d) Princípio do Contraditório: define cada parte envolvida no processo,

o Juiz, o Ministério Público e o defensor, é contemplado nos artigos

110 e 111;

e) Princípio da Inviolabilidade de Defesa: o defensor deve estar sempre

presente, a partir do momento em que é imputado ao adolescente o

cometimento de uma infração; o já mencionado artigo 111, em seu

inciso III, o prevê, bem como nos artigos 124, III e 206;

f) Princípio da Impugnação: é admitido recorrer de certa decisão em

órgão superior, esta possibilidade foi trazida nos artigos 137 e 198;

g) Princípio de Legalidade do Procedimento: o procedimento a ser

seguido deve estar previsto legalmente, neste caso em específico no

ECA, o artigo 110 traz a regra, enquanto o artigo 153 cuidou da

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exceção; e

h) Princípio da Publicidade do Processo: assegura a possibilidade dos

sujeitos processuais ter acesso aos autos do processo, no entanto

resguardando a identidade da criança ou adolescente, previsto no

artigo 143.

O estatuto da Criança e do Adolescente ainda está ligado a diversos ramos do

direito, o que garante ser usado outros princípios daqueles, facilitando sua aplicação

nesta área específica.

O ECA não adotou especificamente nenhum critério: biológico, psicológico e

biopsicológico,esta distinção se impôs por uma questão de política legislativa. O

estatuto apenas seguiu o artigo 227 da Carta Magna e o parâmetro adotado pela

Convenção das Nações Unidas sobre Crianças e Adolescentes, todavia na prática

vale-se do critério biológico.

Considerando estes critérios, os abordar-se-á de maneira sucinta.

I. Critério biológico: trata da ausência de maturidade da pessoa

menor de dezoito anos. Considera-se o quesito idade e não o local,

cultura e influências em que o adolescente está inserido. Em relação à

menoridade penal, a legislação brasileira adota este critério, como se

observa no artigo 228 da Constituição Federal e artigo 27 de Código

Penal. Este critério é objetivo e não permite ponderações.

II. Critério psicológico: estabelece a inimputabilidade do agente

conforme suas condições psíquicas no momento da prática do delito.

III. Critério biopsicológico: este critério é junção dos anteriores, por

isso é o adotado pelo ordenamento jurídico brasileiro, salvo no caso da

menoridade penal. Neste sentido observa-se:

“Com a junção dos dois critérios afasta-se a visão causalista que

reduzia o crime a consequência da anormalidade mental, e por

outro limita-se o amplo arbítrio judicial, com a exigência de uma

base biológica no reconhecimento da inimputabilidade”. (REALE

JÚNIOR, apud SILVA, 2011, p.35).

Com relação à Lei do SINASE (Lei n.º 12.594/2012 – Sistema Nacional de

Atendimento Socioeducativo) far-se-á menção no decorrer do presente artigo.

2 FUNDAMENTO DA PENA

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Faz-se mister conceituar, tanto à luz da legislação e doutrina como na forma

popular, algumas expressões para um melhor entendimento do presente trabalho.

Então vejamos. Consoante ao ECA, Lei 8.069 de 13 de julho de 1989 que

dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente, criança é a pessoa com

até doze anos de idade incompletos e, adolescente aquela entre doze e dezoito anos.

Para Silva, infância:

Originalmente quer exprimir a situação de quem não fala ou

de quem ainda não fala: quifari non potest. Mas, na acepção

jurídica, infância não assinala simplesmente o período em que

não pode falar, mas aquele que vai do nascimento à puberdade,

ou seja, de acordo com o ECA (Estatuto da Criança e do

Adolescente), até 12 anos incompletos. Nesta circunstância,

conforme se acentuava entre os romanos, é a infância

compreendida em dois períodos:

a) o primeiro, aquele em que, em verdade, não pode o ente

manifestar o seu pensamento por palavras, qui fare non

potest, que vai até os sete anos;

b) o segundo, denominado de infância maior (infantia majores),

que se limita com a puberdade ou adolescência, distinguindo-se

da simples infância, porque na maior já as pessoas têm a

faculdade de falar – faripossunt.

Entende-se por ato infracional as condutas, das quais se deve abster, descritas

como crime ou contravenção penal, de acordo com o artigo 103 do ECA.

Medidas socioeducativas, que têm cunho educativo e não punitivo, são as

medidas aplicáveis, pelo magistrado, aos adolescentes autores de atos infracionais,

cujas modalidades estão previstas no artigo 112 do ECA, quais sejam: advertência,

obrigação de reparar o dano, prestação de serviços à comunidade, liberdade

assistida, inserção em regime de semiliberdade e internação em estabelecimento

educacional, além qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI.

Veronese menciona que as expressões menor

infrator ou adolescente infrator, pivete, trombadinha, menor são

termos pejorativos que rotulam e estigmatizam o adolescente. A

Professora salienta que “O cuidado dos que trabalham com o

Direito da Criança e do Adolescente deve se dar também no

plano de linguagem [...] O uso de uma nova linguagem tem por

objetivo a formulação de um valor único: a criança e o

adolescente são merecedores de direitos, de garantias, por

serem seres humanos [...], (VERONESE, op cit, FERRANDIN,

2009, p.14).

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Ferreira define a pena como castigo, punição. Juridicamente falando, pena

Em sentido amplo e geral, significa qualquer espécie

de imposição, decastigou de aflição, a que se submete a pessoa

por qualquer espécie defalta cometida. Desse modo, tanto

exprime a correção que se impõe, como castigo, à falta

cometida pela transgressão a um dever de ordem civil, como a

um dever de ordem penal (SILVA, 2012, p. 1020).

Para Jesus pena é “a sanção aflitiva imposta pelo Estado, mediante ação penal,

ao autor de uma infração (penal), como retribuição de seu ato ilícito, consistente na

diminuição de um bem jurídico, e cujo fim é evitar novos delitos.

Imputabilidade, para FERREIRA é “Qualidade de imputável,

responsabilidade”. De forma objetiva, Jesus assevera que “imputar é atribuir a alguém

a responsabilidade de alguma coisa. Completa ele que a“imputabilidade penal é o

conjunto de condições pessoais do que dão ao agente capacidade para lhe ser

juridicamente imputada a prática de um fato punível”.

Para Silva num conceito mais alongado imputabilidade,

mostra a pessoa para que se lhe imponha a responsabilidade.

[...] é condição essencial para evidência da responsabilidade,

pois que não haverá esta quando não se possa imputar à pessoa

ao fato de [...] responder pela sanção legal. [...] é por ela que se

chega à conclusão da responsabilidade, para aplicação da pena

[...].

Os direitos sociais, como dimensão dos direitos fundamentais do homem, são

prestações positivas proporcionadas pelo Estado direta ou indiretamente, enunciadas

em normas constitucionais, que possibilitam melhores condições de vida aos mais

fracos, direitos que tendem a realizar a igualização de situações sociais desiguais.

São, portanto, direitos que se ligam ao direito de igualdade.

Assim, concluindo, apenas o presente capítulo, o menor de 18 anos é,

consoante o ECA e a própria Constituição Federal, inimputável, por um critério,

puramente, objetivo, qual seja, não possuir dezoito anos completos e ser, portanto,

uma pessoa com desenvolvimento mental incompleto e, consequentemente, não

possui culpabilidade, não lhe podendo impor penas.

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3 DOS ATOS INFRACIONAIS

Como já mencionado a ação ilícita do adolescente é chamada de ato

infracional. Ao adolescente é aplicada uma das medidas socioeducativa enumeradas

no artigo 112 do ECA. E a Lei do SINASE que regulamenta a execução das referidas

medidas e altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 entre outras pertinentes.

O Estado tem por obrigação inseri-lo em uma das unidades da Fundação Casa

e o dever de garantir-lhe condições necessárias e essenciais para seu completo

desenvolvimento.

Diante dos inquietantes argumentos da sociedade que a redução da maioridade

penal é a resolução mais adequada para a segurança pública, será demonstrado que

a legislação já existente é perfeitamente adequada, devendo apenas ser melhor

executada.

O ECA não apenas beneficia a criança e o adolescente com direitos e se

esquece do dever destes. Pelo contrário, traz em seu texto diversos artigos, tais como

101, 112, 115, 116, 117 entre outros, que se bem aplicados não geraria na sociedade

a sensação de impunidade.

Deste modo, quando o adolescente cometer um ato infracional, o Juiz da Vara

da Infância deve realmente aplicar as medidas necessárias. Contudo a execução

destas medidas deve ser verdadeiramente cumprida e o Estado por sua vez fiscalizar

e apresentar à sociedade o resultado do cumprimento.

Considerando ainda, a ideia de reduzir a maioridade penal, cuja PEC 171

tramita pelo Congresso, é evidente que esta proposta é inconstitucional. Neste sentido

o renomado jurista Alexandre de Morais observa:

[...] a situação brasileira é diferenciada, pois a Constituição

Federal de 1988, expressamente em seu artigo 228, previu,

entre os vários direitos e garantias específicos das crianças e

dos adolescentes, a seguinte regra: são penalmente

inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da

legislação especial. Essa previsão transforma em

especialíssimo o tratamento dado ao menor de 18 anos [...],

impossível a legislação ordinária prever responsabilidade penal

aos menores de 18 anos. [...] Seria possível uma emenda

constitucional, nos termos do art. 60 da Constituição Federal,

para alteração do art.228? É impossível essa hipótese, por

tratar-se a inimputabilidade penal, prevista no art. 228 da

Constituição Federal, de verdadeira garantia individual da

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criança e do adolescente em não serem submetidos à

persecução penal em Juízo, tampouco, poderem ser

responsabilizados criminalmente, com consequente de

aplicação de sanção pena. [...] Assim, o art. 228 da Constituição

Federal encerraria hipótese de garantia individual prevista fora

do rol exemplificativo do art. 5º, cuja possibilidade já foi

declarada pelo STF em relação ao art. 150, III, b (Adin n.º 939-

7/DF), (MORAES,2013, p.2076).

E como justificativa do texto acima, o mesmo autor no artigo 5º da referida Carta

descreveu:

Importante ressaltar que as normas constitucionais cuja

natureza jurídica configure-se como direito ou garantia

individual, mesmo não estando descritas no rol do art. 5º da

Carta Magna, são imodificáveis, pois serão inadmissíveis

emendas tendentes a suprimi-las, total ou parcialmente, por

tratar-se de cláusulas pétreas (CF, art.60, § 4º, IV), (MORAES,

2013, p.456).

A redução da maioridade penal é o assunto do dia, portanto é primordial

apresentar opiniões do Procurador Geral da Justiça de São Paulo, e do mais novo

Ministro do STF.

No encontro sobre Criminalização da Infância – Redução da Maioridade Penal,

Márcio Fernando Elias Rosa afirmou:

“A iniciativa é inconstitucional tanto do ponto de vista formal

como material. A Constituição Federal não admite qualquer

emenda tendente à violação de direitos humanos, garantidos em

cláusulas pétreas. O Estado vingativo não é o Estado que faz

justiça. Idade não é fator de violência. O país necessita é

assegurar o efetivo cumprimento do Estatuto da Criança e do

Adolescente, em especial das medidas previstas no artigo 101”.

O jurista Luiz Edson Fachin, indicado a ocupar vaga remanescente do STF, ao

ser sabatinado argumentou:

“Formalmente a maioridade não aparece na Constituição como

cláusula pétrea, mas pode estar de forma "substancial". Os

nossos adolescentes estão sendo instrumentalizados nas mãos

de pessoas que se valem da tenra idade para propósitos

indevidos. O que nós todos temos a pensar e propor como

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solução? Quais são instrumentos? A ressocialização prisional

tem gerado efeito? Onde estão os maiores índices de

reincidência? Esse é o debate que devemos ter".

CONCLUSÃO

Assim, podemos concluir três situações claras: em primeiro lugar, o

menor, hoje menor de 18 anos – previsão constitucional como direito fundamental

individual –, principalmente com a Lei nº 8.069/90, além de ser reconhecidamente um

ser humano em desenvolvimento tem, neste Estatuto, ao menos formalmente, direito

à dignidade, fonte de todos os outros direitos fundamentais. Assim, atualmente,

Constituição Federal de 1988 e ECA protegem o menor contra os outros (pais,

sociedade e o próprio Estado) e, sobretudo, em relação as suas próprias condutas.

Segundo, a sanção – diga-se, medida socioeducativa é espécie de sanção – em

determinados crimes, aliás, usando a nomenclatura do Estatuto da Criança e do

Adolescente, em determinados atos infracionais (podemos citar cinco: homicídio,

estupro, extorsão mediante sequestro, latrocínio e tráfico), mesmo com a internação,

sem dúvida, gera a sensação de impunidade. Afinal, um adolescente que mata, que

estupra, que elimina a vida de um ser humano para subtrair um tênis e fica, no

máximo, três anos internado ou compulsoriamente é liberado aos 21 anos de idade,

com certeza, causa revolta à sociedade e, notadamente à vítima e/ou família. Porém,

para o Código Penal e, principalmente, como direito fundamental individual, portanto,

cláusula pétrea, não podendo ser alterado por emenda constitucional, para a

Constituição Federal de 1988, o menor é inimputável e como pessoa em

desenvolvimento não tem capacidade de entender o caráter ilícito do fato. Todavia,

mesmo que como medida socioeducativa, esta conduta não poder ficar impune ou,

aliás, trazer a nítida sensação que não houve uma tentativa razoável e proporcional

de educação e correção. Desta forma, como terceiro ponto a se concluir, talvez, em

certos atos infracionais (os cinco supracitados, como exemplo e sugestão), a partir

dos 14 anos, uma mudança do critério biológico puro e objetivo, para o critério

biopsicológico, alterando o Código Penal e, especialmente o ECA, aumentando o

tempo máximo de internação, alterando a liberação compulsória para os 30 anos de

idade e, notadamente criando estabelecimentos exclusivos e especiais para estas

situações, seria uma solução mais justa, eficaz e, principalmente constitucional.

Assim, neste diapasão, alterar o ECA (repita-se: critério de inimputabilidade, tempo

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de internação, estabelecimentos especiais etc.), mas sem reduzir a maioridade penal

é o caminho, pois reduzir a maioridade penal, além de ser inconstitucional, só irá

antecipar a marginalização.

REFERÊNCIAS

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Juventude - O Ato Infracional e o sistema socioeducativo. Santa Catarina, 2013.

BECCARIA, Cesare. Dos delitos e das penas. 7ª ed., 2.ª reimpressão. São

Paulo: Martin Claret, 2012.

FERRANDIN, Mauro. Ato Penal Juvenil: Aplicabilidade dos Princípios e

Garantias do Ato Penal.Curitiba: Juruá, 2009.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Aurélio de Língua

Portuguesa. Coordenação Marina Baird Ferreira, Margarida dos Anjos. 5ª ed.

Curitiba: Positivo, 2010.

FERREIRA, Luiz Antonio Miguel. O estatuto da criança e do adolescente e

os direitos fundamentais. São Paulo: Edições APMP, 2008.

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Saraiva, 2013.

MORAES, Alexandre de.Constituição do Brasil interpretada e legislação

constitucional.9ª ed. Atualizada até a EC n.º 71/12.São Paulo: Atlas, 2013.

REALE, Miguel. Lições Preliminares de Direito. 25ªed. São Paulo: Saraiva,

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ROSSATO, Luciano Alves; LÉPORE, Paulo Eduardo; SANCHES, Rogério

Cunha. Estatuto da criança e do adolescente: comentado artigo por artigo. 6ª ed.

rev., atual. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.

SCHMIDT, Fabiana. Adolescentes Privados de Liberdade: A dialética dos

Direitos Conquistados e Violados: 1ª reimpressão. Curitiba: Juruá, 2011.

SILVA, Ângelo Roberto Ilha da. Da Inimputabilidade Penal: em face do atual

desenvolvimento da psicotalogia e da antropologia. Porto Alegre: Livraria do

Advogado, 2009.

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VERONESE, Josiane Rose Petry. [Prefácio]. In: FERRANDIN, Mauro. Ato

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32&revista_caderno=12, acessado em 20/10/2014.

FUNES, Gilmara Pesquero Fernandes Mohr; OLIVEIRA, Juliana Nair de.

Histórico da Maioridade Penal no Brasil. Trabalho Acadêmico – Curso de Direito

Faculdades Integradas “Antonio Eufrásio de Toledo” de Presidente Prudente-SP-

disponívelem http://intertemas.unitoledo.br/revista/index.php/ETIC/article/viewFile/1

745/1657. Acessado em 03/11/2014.