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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE IPORÁ CURSO DE GEOGRAFIA ABRANGÊNCIA DA ÁREA DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE IPORÁ / GOIÁS JULIANA COSTA MOREIRA Iporá – GO 2009

Abragência Da Área de Saúde Do Município de Iporá GO

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Geografia

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  • UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIS

    UNIDADE UNIVERSITRIA DE IPOR

    CURSO DE GEOGRAFIA

    ABRANGNCIA DA REA DE SADE DO MUNICPIO DE

    IPOR / GOIS

    JULIANA COSTA MOREIRA

    Ipor GO

    2009

  • 1

    JULIANA COSTA MOREIRA

    ABRANGNCIA DA REA DE SADE DO MUNICPIO DE

    IPOR / GOIS

    Monografia apresentada como exigncia para obteno do grau de licenciado no Curso de Geografia da Universidade Estadual de Gois Unidade Universitria de Ipor sob a orientao do professor Mestre Michel Rezende.

    Ipor GO

    2009

  • 2

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIS UNIDADE UNIVERSITRIA DE IPOR

    COORDENAO ADJUNTA DE TRABALHO DE CONCLUSO DO CURSO DE GEOGRAFIA

    ABRANGNCIA DA REA DE SADE DO MUNICPIO DE

    IPOR / GOIS

    por

    JULIANA COSTA MOREIRA

    Monografia submetida Banca Examinadora designada pela Coordenao

    Adjunta de Trabalho de Concluso do Curso de Geografia da Universidade

    Estadual de Gois, UnU Ipor como parte dos requisitos necessrios

    obteno de Licenciada em Geografia, sob orientao do professor mestre

    Michel Rezende.

    Ipor, ______ de novembro de 2009

    Banca examinadora:

    _______________________________________________

    Prof Orientador - Mestre Michel Rezende UEG - Ipor

    _______________________________________________

    Prof . Mestre Vanilda.................................. UEG Ipor

    _________________________________________________

    Prof Mestre Matheus.................................. UEG Ipor

  • 3

    Gostaria de dedicar este trabalho a meus pais Valdeir

    Moreira de Sousa, Valdira de Jesus Costa Moreira, a

    meu esposo Jofre Gomes de Souza, pois, essas

    pessoas so as mais importantes na minha vida, e

    sempre estiveram me apoiando em tudo que desejo

    fazer...

    A toda a minha famlia e amigos, em especial a

    minha av Julia Clara de Jesus e por sempre

    acreditar em mim, e na minha capacidade de seguir

    em frente, apesar dos obstculos que tive de

    enfrentar, e a minhas amigas Hrica, Juliana Cristina

    e Polyana e a todos os meus colegas de classe, ainda,

    ao meu orientador, pela capacidade extrema e

    dedicao incondicional.

  • 4

    Agradeo em primeiro lugar a Deus, por me possibilitar estar concluindo o Ensino

    Superior...

    A meus pais, Valdeir e Valdira, e meu esposo Jfre, por sempre acreditar em mim

    e me apoiar e sempre estar do meu lado, me dando foras para seguir em frente...

    Sei que meus pais sofreram muito, pois, tive que sair de casa e vir morar em Ipor,

    sozinha, para continuar estudando.

    Tambm tenho que agradecer a toda a minha famlia, pois, nos momentos difceis,

    sempre estiveram ao meu lado.

    Agradeo ao meu orientador, professor, Mestrando Michel Rezende, por me

    auxiliar a desenvolver este trabalho de concluso de Curso, pois, sem sua orientao no

    conseguiria desenvolver um bom trabalho.

    Aos membros da Banca, professor Valdir Specian e Vanilda, pois ele me

    apontaram caminhos que deveria servir para concluir meu trabalho, a todos os professores do

    quarto ano, onde eles tiveram que ter muita pacincia com a sala em geral, pois, a turma era

    grande, mas eles deram conta do recado, e tambm todos os alunos deram muito trabalho par

    eles.

    Agradeo a todo os meus colegas de classe, pois, aprendi muitas coisas com eles,

    e em especial as minhas amigas Hrica, Juliana Cristina e Polyana, pois, sempre estivemos

    juntas, umas ajudando as outras, e sempre me auxiliavam em tudo que precisava. Sei que sem

    a ajuda delas no teria agentado ficar aqui sozinha e suportar a saudade dos meus pais.

    Sempre os terei em meu corao, e no porque estamos terminando os estudos que o

    quarteto fantstico vai acabar.

    Agradeo a todos os funcionrios da Secretaria Municipal de Sade,

    principalmente Dr Luclia, ao Clinton, Flvia e Aline, que sempre me auxiliaram em

    tudo que precisei.

    Agradeo assim aos administradores dos hospitais So Paulo, Simone, e do

    Cristo Redentor, Mnica Gusmo.

  • 5

    As pessoas pensam que fizeram muito por no terem

    matado algum, mas em verdade nenhum homem

    pode morrer em paz, se no fez tudo o necessrio

    para que os outros no morram.

    Albert Camus

    Albert Camus

  • 6

    RESUMO

    O presente trabalho retrata as pesquisas, investigaes, sobre a sade, tanto no setor pblico

    quanto privado. O municpio que foi estudado se restringe cidade de Ipor-Go, onde se

    observou as evolues, problemas e as perspectivas para o futuro na rea da sade. Observou-

    se ainda, que a cidade de Ipor alcanou um certo grau de desenvolvimento na qualificao da

    sade. No corpo do trabalho em questo teve-se o objetivo de retratar os processos que

    ocorreram, os quais tendem a contribuir para a melhoria da sade da populao, dando maior

    qualidade e procurando promover a igualdade entre todos. Em relao sade no Brasil,

    buscou compreender como era antigamente e as inovaes que ocorreram ao longo do tempo,

    e como est hoje, apontando algumas mudanas, assinalando a melhora junto ao aspecto

    sade, aspecto esse que possibilita que a populao adquira um elevado ndice de dignidade

    humana, ou mesmo, qualidade de vida. Em relao ao Estado de Gois, foi comentado sobre

    os primeiros hospitais que surgiram no Estado, mostrando que o Estado de Gois tido como

    pioneiro em algumas especialidades na rea da sade. Quanto cidade de Ipor, pesquisou-se

    a respeito das formas que os municpios fazem parte da regio oeste I, quando os mesmos se

    pactuando com a cidade de Ipor, na rea da sade pblica e as inovaes que ocorreram

    nesse setor, abordando tambm o setor privado, a quantidade de mdicos na cidade, onde

    infelizmente, ficou comprovado que a sade ainda tem que melhorar, e muito.

    Palavras-chave: Sade; Populao; Dignidade humana.

  • 7

    ABSTRACT

    The present work portrays the researches, investigations, about the health, so much in the

    section public as private. The municipal district that was studied if it restricts to the city of

    Ipor-Go, where it was observed the evolutions, problems and the perspectives for the future.

    It was still observed, that the city of Ipor reached a certain development degree in the

    qualification of the health. In the body of the work in subject the objective was had of

    portraying the processes that happened, which tend to contribute for the improvement of the

    health of the population, giving larger quality and trying to promote the equality among all. In

    relation to the health in Brazil, looked for to understand how it was formerly and the

    innovations that happened along the time, and as it is today, pointing some changes, marking

    the improvement close to the aspect health, aspect that that makes possible that the population

    acquires a high index of human dignity, or even, life quality. In relation to the State of Gois,

    it was commented on the first hospitals that appeared in the State, showing that the State of

    Gois is had as pioneer in some specialties in the area of the health. With relationship to the

    city of Ipor, it was researched regarding the forms that the municipal districts are part of the

    area west I, when the same ones if making a pact with the city of Ipor, in the area of the

    public health and the innovations that happened in that section, also approaching the private

    section, the amount of doctors in the city, where unhappily, it was proven that the health still

    has to get better, and a lot.

    Key-words: Health; Population; Human dignity.

  • 8

    LISTA DE FIGURAS

    FIGURA 01 PLANTA DA CIDADE DE IPOR-GO FONTE: SECRETARIA MUNICIPLA DE SADE MOREIRA -J. C. 2009..........31 FIGURA 02 HOSPITAL EVANGLICO DE IPOR-GO FONTE: MOREIRA - J. C. 2009....................................................................................32 FIGURA 03 HOSPITAL CRISTO REDENTOR FONTE: MOREIRA - J. C. 2009.....................................................................................32 FIGURA 04 HOSPITAL SO PAULO FONTE: MOREIRA - J. C, 2009....................................................................................32 FIGURA 05 HOSPITAL MUNICIPAL FONTE: MOREIRA - J. C. 2009....................................................................................33 FIGURA 06 SAMU FONTE: MOREIRA - J. C. 2009....................................................................................34

  • 9

    SUMRIO

    I INTRODUO.................................................................................................................10 CAPTULO I

    A REGIO COMO CATEGORIA DE ANLISE................................................................11 1.1 A regionalizao de sade.................................................................................................13 1.2 A municipalizao de sade..............................................................................................16 CAPTULO II O RETRATO SCIO-HISTRICO DA SADE NO BRASIL E EM GOAS............... .....17 2.1 A sade no Brasil...............................................................................................................17 2.2 As polticas de sade no Brasil relacionado com os perodos histricos...........................19 2.3 A realidade da sade no Brasil...........................................................................................21 2.4 O setor privado de sade....................................................................................................23 2.5 O Sistema nico de Sade (SUS)......................................................................................23 2.6 O pacto pela sade..............................................................................................................25 2.7 Vigilncia em sade............................................................................................................25 2.8 O CONASEMS e o Conselho de Sade.............................................................................26 2.9 A sade em Gois...............................................................................................................27 CAPTULO III CARACTERIZAO DA SADE EM IPOR.....................................................................29 3.1 A regio leste I....................................................................................................................29 3.2 A vigilncia sanitria..........................................................................................................29 3.3 Sade em Ipor....................................................................................................................30 CONSIDERAES FINAIS....................................................................................................38 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS......................................................................................40 ANEXOS..................................................................................................................................42

  • 10

    INTRODUO

    A assistncia mdica e hospitalar um direito de todos, alm do que o cidado

    merece ser tratado com respeito e dignidade e tambm comum encontrar filas enormes em

    busca de atendimento. Pessoas que se locomovem de hospital para outro, alm de h muita

    falta de compromisso e esclarecimento por parte de mdicos e funcionrios. Todos esses

    fatores despertaram uma anlise crtica e reflexiva que se encontra a sade, progressos,

    problemas e perspectivas.

    Este trabalho tem como objetivo aferir a rea da sade em Ipor, e verificar se ele

    abrange toda a populao que recorre cidade em busca de uma sade mais qualificada,

    devido ao fato de ser um plo regional.

    A escolha do tema , tem como justificativa analisar a sade da cidade de Ipor-

    GO, j que a cidade tida como plo regional , para os municpios vizinhos

    No 1 capitulo procurar estudar a regio como categoria de anlise , onde

    evidenciar as diferenciaes regionais , alm do que os processos de regionalizao e

    municipalizao da sade.

    No 2 capitulo se analisar a questo da sade no Brasil e em Gois , assim como

    os processos que fazem parte dessa rea como o SUS , entre outros . alm do que procurar

    mostrar as inovaes e o que ainda tem que mudar na sade dos brasileiros.

    O 3 capitulo abordar o foco da pesquisa que a sade em Ipor GO e na regio

    , onde se mostrar como era e como esta a sade na cidade em questo , e tambm as

    inovaes que ocorreram e se a cidade abrange toda a populao que a ela recorre na rea da

    sade tanto no setor pblico quanto no privado.

  • 11

    CAPITULO I

    A REGIO COMO CATEGORIA DE ANLISE

    Este trabalho ter como base as categorias que envolvem o pensamento geogrfico

    que segundo Armando Corra da Silva As categorias fundamentais do conhecimento

    geogrfico so, entre outras, espao, lugar, rea, paisagem, populao, que definem o objeto

    da geografia em seu relacionamento. O qual o objeto de estudo o territrio, em que a

    categoria utilizada a regio.

    Assim como suas caractersticas, sua influncia na vida da populao tambm

    seu papel na economia.

    Armando ainda afirma que o termo regio o lugar em que se nasce ou mesmo ao

    qual se pertence.

    Alm do que para os gegrafos o termo regio instiga um estudo maior, pois,

    atravs destes ser possvel descobrir as riquezas e as caractersticas prprias de cada regio,

    como por exemplo, seu clima, vegetao, cultura, o tipo de solo, alm do que suas riquezas

    naturais como rios, entre outros.

    O autor Armando Corra da Silva (1995)

    Se utiliza de diversos pensamentos de vida de La Blache, no qual acredita-se que atravs dos estudos realizados ao que se refere o termo regio, que o conceito de regio natural, onde Vidal de La Blache afirma que este conceito nasce da idia de que o meio ambiente tem um certo domnio sobre as orientaes dos diferentes aspectos do desenvolvimento da sociedade, o qual exprimir a prpria forma dos homens organizarem o espao terrestre.

    Conclui-se que o conceito de regio natural apia-se na idia que o meio ambiente

    um fator dominante ao que se refere o desenvolvimento da sociedade, e ao se

    desenvolverem os mesmos passam a serem responsveis pela forma de como ser a

    distribuio deles pelo ambiente, e a partir da, os indivduos passam a transformar o ambiente

    em que cada um vive, e com isso faz com que surja vrios tipos de regies, cada uma com

    suas caractersticas prprias.

    Evidencia-se que com o desenvolvimento da sociedade, colabora para a formao

    socioeconmica da cada regio, o qual a acumulao do capital torna evidente os processos de

  • 12

    diviso territorial, do trabalho e as questes que giram em torno dos processos sociais que

    mostram as desigualdades existentes, e que se tornam cada vez maiores.

    importante ressaltar a multiplicidade que existe ao que se refere s interpretaes

    sobre a regio e seus processos de regionalizao, no qual os movimentos regionalistas e a

    identidade de cada uma, um dos fatores responsveis pelo processo de formao das

    diferenciaes existentes em cada regio.

    Alm do que essa diferenciao denominada segundo o processo poltico,

    econmico, religioso e cultural o que contribui para que cada regio tenha caractersticas

    prprias.

    Segundo Haesbaert (1988) em um determinado recorte do espao geogrfico

    decorrente de fenmenos sociais prprios no generalizveis a todos os espaos notadamente

    os regionalismos polticos e as identidades regionais.

    Observa-se que nem em todas as regies ocorrem os mesmos fenmenos e isso

    acontece devido ao fato de que cada regio se desenvolve de uma forma, e os fatores que

    levam a esse desenvolvimento esto relacionados poltica, cultura, entre outros.

    relevante observar que cada regio possui suas prprias identidades regionais, o

    que acaba contribuindo para que as regies se tornem diferentes e um destes fatores est

    ligado ao fator cultural, ou seja, os costumes predominantes em cada regio.

    Enfatiza-se que o processo de globalizao colabora para que amplie o consumo

    da populao, e esse aumento acontece de formas variadas, o que estimula o crescimento

    econmico que varia de uma regio para outra, devido s diferenas culturais que um dos

    fatores fundamentais para as diferenciaes regionais.

    O termo regio e a questo regional deve ser estudada, pois mesmo num mundo

    em constante processo de globalizao, a diversidade se manifesta de variadas formas.

    Outro fator relevante e tambm importante que o conhecimento de outros

    lugares, para os viajantes e cientistas, entre outros, no visto como algo estimulador, mas

    tambm visa o interesse poltico e econmico, pois acredita-se que em cada lugar conhecido,

    novos meios de explorao surgiram, pois poder se explorar as riquezas e belezas de cada

    ambiente conhecido, e isso visa o lucro, alm do que contribui par tecer novas relaes entre

    os povos.

    Observa-se que o objeto de estudo primordial da geografia passou a ser a regio,

    pois algo instigador devido suas caractersticas fsicas e socioculturais, pois essas

    caractersticas contribuem para tecer relaes entre os homens, contribuindo assim para o

  • 13

    surgimento de espaos distintos, o que colabora para um conhecimento cada vez mais dos

    diferentes lugares.

    Devido todas s mudanas ocorridas no mundo e com o desenvolvimento de um

    mundo globalizado, surge novas tecnologias que vm contribuir para o desenvolvimento das

    cidades e da economia, onde a cidade a grande beneficiria desse desenvolvimento, trazido

    pela Revoluo Industrial, o qual ela vir a ser o centro de todas as atenes j que o ponto

    de referncia entre as regies, o que colabora para a dependncia entre elas, onde a regio

    passa a ser o plano de horizontalidade de cada lugar atravs da organizao regional.

    Observa-se que cada regio se desenvolve das formas diferenciadas, levando em

    conta suas culturas, caractersticas, entre outras, e que as cidades que formam estas regies

    tm ligaes diretas e indiretas com a realidade de cada municpio o que pertence a ela, o qual

    o desenvolvimento est diretamente ligado h vrias reas como a sade, educao, comrcio,

    economia, poltica, em que todos esses fatores caminham tanto para que a cidade quanto seus

    municpios possam desenvolver e contribuir para que a regio independente de onde estejam

    localizadas seja uma regio desenvolvida.

    1.1 A regionalizao da sade

    O processo de regionalizao se pressupe a fase da descentralizao do Sistema

    nico de Sade (SUS), tido como muito importante, o qual tende a diminuir, o qual tende a

    diminuir as imensas desigualdades existentes no Brasil, desde quando o SUS foi implantado

    no Brasil, em 1988, pela Constituio Federal.

    A pouco tempo o processo de regionalizao ganhou fora atravs dos documentos

    oficiais, NOAS e a partir da o processo de instrumentos necessrios criao de regies de

    sade e dos pactos, ou seja, as pactuaes entre os municpios e o governo teve incio.

    No que se refere instituio do SUS, ele no se origina do processo de

    descentralizao, como afirma VIANA (1994, p. 48)

    O que relevante, no caso da sade, no apenas o processo de descentralizao, mas o da tentativa de formao do Sistema Nacional de Sade, o que impe mudanas de peso no papel, nas funes e nas competncias dos trs nveis de governo e produz simultaneamente, um tipo especfico de relacionamento entre as esferas, de forma a ocorrer integrao, articulao e regionalizao entre os servios, instituies e nveis de governo..

  • 14

    No incio da dcada de 2000 so emergidas novas polticas que contribuem para o

    processo de regionalizao, onde elas ganham fora em 2006, com o pacto da sade a qual

    tem como metas fundamentais a regionalizao, a qual est instituda na Constituio Federal

    como uma maneira de descentralizar, integralizar e hierarquizar, ou seja, separar, completar a

    sade dos brasileiros, mas infelizmente a regionalizao s passa a ter importncia com a

    instituio da Norma Operacional de Assistncia Sade (NOAS).

    O processo de regionalizao tambm pode ser entendido como algo que facilitar

    as aes de sade, no qual evitar a diviso das redes de servio, e que deve estabelecer um

    equilbrio dos recursos, evitando privilegiaes.

    A regionalizao do SUS uma meta primordial do Ministrio da Sade, no qual o

    objetivo garantir sade a todos, diminuir as desigualdades tanto sociais e territoriais, entre

    fatores relacionados sade.

    Um dos documentos mais importantes no que se refere ao processo de

    regionalizao da sade a NOAS, de 1992 que a define como

    uma articulao e mobilizao municipal que leve em considerao caractersticas geogrficas, fluxo de demanda, perfil epidemiolgico, oferta de servios e, acima de tudo, a vontade poltica expressa pelos diversos municpios de se consorciar ou estabelecer qualquer outra relao de carter cooperativo.

    Observa-se que ela se refere que deve ter mais incentivo dos governos municipais

    e que os polticos devem se mobilizar e investir mais na rea da sade.

    A regionalizao de sade continua vinculada organizao do sistema, que se

    refere aos funcionamentos, programas, ao acesso, o que colabora para um olhar da situao

    em que a sade se encontra.

    A regionalizao deve ser entendida como um processo de pactuao poltica a

    nvel Estadual, Federal e Municipal, que so federados.

    Esses pactos de sade representam uma nova maneira de se pensar a

    regionalizao, devido ao fato de romper as perspectivas normativas e possibilitarem a

    incorporao dos diversos contedos do territrio nesse processo.

    A regionalizao tem como meta principal, que a sade deve ser fornecida, em sua

    maior grandeza, tanto no que se refere qualificao, ateno entre outros fatores, mas para

    que isso se torne real, faz-se necessrio equilibra os desejos e necessidades da populao de

    ter esses servios prximos a sua casa.

  • 15

    Outro fator importante que a regionalizao pressupe que deve ocorrer uma

    alocao de recursos na rea da sade, em determinadas reas, o que facilitar acesso, e

    oferecer mais qualidade com um baixo custo.

    A regionalizao tambm uma caracterstica do setor privado, o qual se organiza

    em relao ao mercado, no qual sua distribuio de acordo com o tamanho da empresa, no

    qual fica as empresas menores localizadas nas cidades do interior e as maiores se localizam

    nos grandes centros urbanos.

    De acordo com MENDES (1994), os princpios bsicos da regionalizao no que

    se refere aos princpios organizativos assistncia da proposta do sanitarismo so:

    Intertextualidade os problemas de sade, por serem completos e mal definidos, abrigam que para seu enfrentamento se opere com uma composio material;

    Orientao por problemas este princpio est fundamentado em fatos que comprovam que um nmero pequeno de causas principais so as responsveis por 70% dos problemas de sade;

    Descentralizao a autoridade sanitria local deve estar a mais prxima das micro-regies e territrios;

    Hierarquizao este princpio est fundamentado no fato de que possvel resolver os problemas de sade.

    No Brasil, a construo de um sistema unificado e descentralizado de sade tomou

    como estratgia a municipalizao, na qual as unidades tanto de sade, administrativas, foram

    transferidas para os municpios.

    De acordo com a forma de regionalizao escolhida, o Estado pode se dividir em

    macrorregies, regies e microrregies, e com isso, um municpio passar a operar com

    referncia, dando suporte aos outros municpios, independentemente de que ele seja habilitado

    em Gesto Plena do Sistema Municipal (GPSM) ou Gesto Plena de Ateno Bsica

    Ampliada (GPAB A).

    A regionalizao no Brasil enfrenta srios problemas, no qual h uma dificuldade

    de se estabelecer planos que contribuam par a implementao da mesma, no nvel

    microrregional e tambm de que no se consegue acabar com o egosmo e competitividade,

    para que a municipalizao tenha um esprito de cooperao, o que facilitar o trabalho e com

    isso os servios referentes sade, melhoraro.

  • 16

    1.2 Municipalizao da sade

    Com a promulgao da Constituio Brasileira, o que define que a sade um

    direito do cidado e dever do estado, foi publicada a Norma Operacional Bsica (NOB) em

    1996, que definiu como que deveria ser o Servio de sade, que eram oferecidos pelos

    municpios, o financiamento entre outros fatores.

    O Ministrio da Sade estabeleceu na NOB 96, dois tipos de gesto municipal, que

    so a Gesto Plena da Ateno Bsica no qual o municpio coordena somente os postos e

    unidades de sade, e o estado que responsvel pelos hospitais.

    A partir da municipalizao de sade, a secretaria municipal de sade, passa a ser

    a responsvel pela elaborao de metas, que orientavam a equipe tcnica, e essas metas

    devem ser aprovadas pelo Conselho Municipal da Sade (CMS).

    A municipalizao da sade objetiva mudanas na ateno sade, onde o

    objetivo maior da sade pblica passar para o modo de preveno e no o curativo, e para

    isso temos o trabalho de Agentes Comunitrios e Mdicos de Famlia.

  • 17

    II CAPTULO

    O RETRATO SCIO HISTRICO DA SADE NO BRASIL E EM GOAS

    2.1 A sade no Brasil

    A sade no Brasil deve ser revista tanto em seu sistema, estrutura, processo e

    resultados, o qual as pessoas responsveis pela administrao que se faz nos servios de sade

    deve ser repensada, para que siga uma nova linha o qual o objetivo primordial e dar ao

    sistema de sade, a qualidade, ou seja, eficcia necessria.

    Segundo MEZONO (1995),

    Lamentavelmente a rea da sade ainda no foi contaminada pelo vrus da qualidade e o quadro que temos indica a necessidade de um urgente tratamento de choque, e que os administradores e profissionais da sade devem entender que os hospitais e os servios, s tm uma razo de ser: o paciente e o atendimento de suas necessidade de forma cada dia mais efetiva.

    Observa-se que a sade no Brasil, sofre de um grande descaso, onde as gastos so

    muitos, mas infelizmente a qualidade e ruim, alm do que com o passa das anos essa realidade

    se torna cada vez maior, e por isso se deve ao fato de que os profissionais de sade, j esto

    to acostumados com isso, que eles j se acomodavam, e em muitas das vezes no se

    preocupam com o sofrimento alheio , e isso acontece devido a vrios fatores , entre eles esto

    a baixa remunerao , falta de aparelhos e at de medicamentos.

    Alm do que necessrio que os servios de sade deixem de ser vistos apenas por

    nmeros, como por exemplo: Nmero de pacientes, consultas realizadas, quantidade de

    funcionrios e equipamentos entre outros, e que esses servios sejam vistos de uma forma

    mias humana, como: sade de boa qualidade, sofrimento evitado, profissional qualificada,

    erros evitados, e com isso a populao se sentir satisfeita e esses profissionais tero orgulho

    da funo que desempenha.

  • 18

    observado por toda a populao que o mundo est em constantes mudanas, e

    isso colabora para que os servios de sade tambm mudem, e que se tornem adequados as

    transformaes ocorridas, mas essa mudana no tem que ser somente na estrutura fsica, mas

    tambm nas atitudes e no compromisso aos pacientes, onde o profissionalismo tudo, ou seja,

    necessrio que as pessoas que desempenham, tais funes sejam atenciosas e que sejam

    qualificadas, pois, a vida e o sofrimento de algum dependem de voc.

    Como j foi discutido a crise do sistema de sade no Brasil est presente no nosso

    dia-a-dia e pode ser vista, atravs de alguns fatores como:

    Filas enormes nos servios de sade;

    A falta de leitos hospitalares para atender a demanda da populao;

    Escassez de recursos financeiros, de materiais para manter os servios de sade

    funcionando com eficcia e eficincia;

    O atraso no repasse dos pagamentos do Ministrio da Sade, entre outros.

    A sade foi um dos setores que mais sofreu as conseqncias devido ao contexto

    poltico social o qual o Brasil sofreu ao longo do tempo.

    Sabemos que a sade nunca ocupou um lugar de destaque na poltica do estado

    brasileiro, o qual sempre foi deixado de lado, tanto no que se refere a soluo dos problemas,

    quanto na destinao dos recursos para o setor da sade, e sem esses recursos a qualidade da

    sade s tende a desejar.

    Um dos fatores que colaboram para que o setor da sade seja tido como importante

    para o governo e quando algumas endemias ou epidemias aparecem, e tendem a ter

    repercusso econmica ou social dentro do modelo capitalista, o qual passam a ser alvo de

    discurso, at que seja deixado de lado, quando no tiverem mais importncia.

    As aes de sade que so propostas pelo governo sempre tem como meta atingir

    os problemas de sade dos grupos sociais importantes ou das regies scio econmicas

    importantes no que se refere estrutura social vigente, e as regies mais desfavorveis, assim

    como a populao mais carente vem em segundo plano.

    A conquista dos direitos sociais, ou seja, o direito sade e previdncia, foi um

    resultado do poder e da luta de organizaes e das reivindicaes dos trabalhadores, mas

    alguns governantes frizam que esses direitos so ddivas do estado, que foram alcanados

    com o esforo e o trabalho deles, o qual eles querem que parea.

  • 19

    2.2 As polticas de sade no Brasil relacionado com os perodos histricos

    Em 1930, foi criado o Ministrio da Educao e Sade Pblica com desintegrao

    das atividades do Departamento Nacional de Sade Pblica e a pulverizao de aes de

    sade entre outros setores.

    Em 1941, foi instituda a reforma Barros Barreto, no qual se destaca algumas aes

    disponveis no site www.saude.gov,br , como:

    A instituio dos rgos destinados a orientar as aes voltadas para a assistncia sanitria e

    hospitalar;

    A criao de rgos executivos responsveis pelas aes contra as endemias de relevncia

    maior como a malria, febre amarela, peste;

    De polticas que contribuiro para o fortalecimento do Instituto Oswaldo Cruz, que referncia

    nacional, descentralizando-o das atividades normativas e executivas por regies sanitrias;

    Polticas que tenham maior ateno aos problemas das doenas degenerveis e mentais, a

    criao de servios especializados de mbito nacional como o Instituto Racional do Cncer,

    que representa um trabalho muito importante e que exige um investimento muito grande.

    fato que a escassez dos recursos financeiros so relacionados diversas rgos e

    setores e a superposio de funes e atividades, ou seja, pessoas sobrecarregadas

    desempenhando diversas funes, e esses fatores fizeram com que a maioria das aes

    relacionadas sade no estado novo se reduzissem a meros aspectos normativas e isso fez

    com que os problemas de sade no fossem resolvidos, e isso vem se arrastando at os dias de

    hoje.

    No dia 25 de julho de 1953, foi institudo o Ministrio da Sade, com a lei N

    1920, que desmembrou-se o Ministrio da Educao e Cultura, a partir de sua criao, o

    ministrio passou a ser o responsvel, pelas atividades que antes eram responsabilidade do

    Departamento Nacional de Sade (DNS), o que manteve a mesma estrutura de antes, mas no

    foi suficiente dar ao rgo governamental, tal perfil de Secretaria de Estado, e o qual tenha

    como meta atendeu os problemas da sade existentes, mas suas atividades eram limitadas

    devido ao fato de que ele respondia pela ao legal e a diviso das atividades da sade e da

    educao que antes se intercalavam.

    O ministrio da sade o rgo do poder Executivo Federal, responsvel pela

    organizao e elaborao de polticas voltadas para a promoo, preveno e assistncia

    sade, assim contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da populao brasileira.

  • 20

    O ministrio tem como misso, promover a sade da populao por meio da

    integrao e a construo de parcerias com os rgos federais, ou seja, as unidades da

    federao, os municpios, a iniciativa privada e a sociedade.

    Aps trs anos de sua criao, em 1956 surge o Departamento Nacional de

    Endemias Rurais, que tinha como papel primordial organizar e executar os servios de

    investigao e de combate a algumas endemias, como a malria, leishmaniose, chagas,

    pestes, tuberculose, febre amarela, entre outros.

    No incio da dcada de 60, a desigualdade social marcava a poca, e isso se deve

    baixa renda per capita e alta concentrao de riquezas, foi assunto que ganhou destaque no

    discurso dos sanitaristas que tiravam em torno da sade e do desenvolvimento.

    A dcada de 60, foi marcada por grande marcos da histria da sade, e um deles

    foi a formulao da Poltica nacional de Sade, em 1961, que tinha como objetivo redefinir o

    Ministrio da Sade e coloc-lo em harmonia com os avanos, ocorridos na esfera economia-

    social, j que se fazia necessrio adequar os servios de sade necessidade da populao.

    Outro marco importante ocorreu no ano de 1963, que foi a III Conferncia

    Nacional da Sade (CNS), convocada pelo Ministro Wilson Fadeel, o qual se fazia necessrio

    reordenar os servios de sade e fazer uma nova diviso das atribuies e responsabilidades

    dos nveis polticos e administrativos da federao, o que visava a municipalizao.

    Em 25 de fevereiro de 1967, foi implantada a Reforma Administrativa Federal, no

    qual o Ministrio da Sade ficava incumbido de formular e coordenar as polticas nacional de

    sade, o que ainda no tinha sado do papel, e a partir dessa reformulao, ficaria as seguintes

    reas de competncia:

    Poltica nacional de sade;

    Atividades mdicas e paramdicas;

    Aes preventivas;

    Vigilncia sanitria de fronteiras e de portos martimos fluviais e areos;

    Controle de drogas; entre outros.

    Ao longo desses cinqenta e seis anos de Ministrio, muitas reformas aconteceram

    entre elas as coordenadorias de sade, que compreende cinco regies:

    Regio da Amaznia;

    Nordeste;

    Sudeste;

    Sul; e

  • 21

    Centro-Oeste.

    Nas mesmas ficam localizadas as Delegacias Federais de Sade.

    J no final da dcada de 80, a Constituio Federal de 1988, determinou que o

    Estado dever garantir sade a toda a populao e para facilitar o uso de todos os servios de

    sade, foi criado o SUS.

    Como j foi relatado sobre a III Conferncia Nacional de Sade, estas

    conferncias, espaos destinados a se analisar os avanos e propor nova polticas para area

    da sade, elas contam com a participao das representantes de diversos segmentos da

    sociedade, e acontecem a cada quatro anos e a prxima edio do evento a qual ser 14

    Conferncia ser realizada em 2011, relatada no site www.saude.gov.br .

    2.3 A realidade da sade no Brasil

    A crise da sade no Brasil, no de hoje, ela vem se arrastando de anos atrs, e

    continua presente no dia-a-dia na sociedade, alm do que sempre nos deparamos com notcias

    que mostram filas nos hospitais e postos de sade, principalmente no setor pblico, comum

    nos hospitais e postos de sade, principalmente no setor pblico, comum nos hospitais a

    falta de leitos e equipamentos, e em alguns casos esses materiais esto em pssimas

    qualidades.

    No meio desta crise se encontra a populao, que necessita desse atendimento, o

    qual ela tem direito que foi garantido pela Constituio Federal.

    Outro problema so os mdicos que trabalham em condies precrias, e que em

    alguns casos necessitam de at cinco empregos e que as vezes so processadas em muitos

    casos de negligncias ou erros.

    Sabemos que a sade deveria ser prioridade para as autoridades, mas infelizmente

    muitas vezes ela se torna um instrumento de disputa poltica, no qual ela ganha todas as

    atenes na poca de eleies, que se torna um instrumento de discurso poltico.

    fato que h escassez de recursos financeiros, naturais e humanos, para que os

    servios de sade atuem com eficincia.

    Os problemas enfrentados pelo setor da sade so muitos, e entre eles esto o

    atraso no repasse dos pagamentos do Ministrio da Sade, baixos valores pagos pelo SUS aos

    procedimentos mdicos hospitalares, entre outros.

  • 22

    Como diz o mdico Antnio Ferreira Couto Filho, o mundo econmico da sade

    cruel. Esta frase representa a realidade que a sade brasileira se encontra.

    Todos esses fatores citados e outros, colaboram para que nos encontramos no 124

    lugar no hanking da Organizao Mundial da Sade (OMS) em qualidade de vida.

    Mesmo com a evoluo que o Brasil passou no contexto poltico sociais poucas

    coisas mudaram em relao sade, a verdade que a sade nunca foi vista como prioridade,

    e sempre foi tida como segundo plano, mas, essa realidade tem que ser mudada, pois,

    atravs da sade e a qualidade de vida tem de melhor.

    Relata-se que quando o Brasil ainda era colnia, o pas j sofria com a sade, onde

    o pas no dispunha de modelo de ateno para essa rea, onde naquela poca os

    conhecimentos empricos, ou seja, os curandeiros eram a opo, ainda hoje esse mtodo

    utilizado, mas muito raro.

    Muito pode se relatar a respeito sade, at que se chegasse a uma concluso, mas

    a verdade que em pleno sculo XXI a sade no Brasil pouco se evoluiu, e isso se deve a

    vrios fatores, entre eles a falta de recursos destinados sade.

    Ainda nos dias de hoje a sade continua um sistema em formao, onde o pas se

    destaca mundialmente, devido s pesquisas pioneiras realizadas ao combate da AIDS, no qual

    nossos profissionais so reconhecidos, mas infelizmente no se consegue dar atendimento

    bsico maioria do povo, onde observa-se que j se passou da hora de criar um Cdigo

    Nacional de Sade, onde torna-se necessrio organizar este setor no Brasil.

    2.4 O setor privado de sade

    O setor privado tem desempenho um papel importante no que se refere prestao

    de servios na rea da sade, esse sistema nos anos 60 e 70 se expandiu, e fez com que

    aumentasse o lucro das empresas mdicas que foi responsvel pelo processo de capitalizao

    setorial.

    O setor privado se caracteriza por ser uma instituio que no controlada pelo

    Estado e no pertence a ele, nesse setor se inclui os trabalhadores autnomos, corporaes,

    fundaes, entre outros.

  • 23

    A partir da Segunda Guerra Mundial, onde os governos comearam a estimular o

    setor pblico, no qual o setor privado entrou em crise, mas na dcada de 80 esse fato se

    inverteu, e os governos iniciaram um processo o qual viabilizava privatizar as empresas.

    2.5 O Sistema nico de Sade (SUS)

    O SUS um dos maiores sistemas pblicos de sade do mundo, ele abrange desde

    os sistemas simples, atendimento ambulatrio, at o transplante de rgos, o que garante um

    acesso integral, universal e gratuito para toda a populao do pas.

    Ele amparado por um conceito ampliado de sade, foi criado em 1988 pela

    Constituio Federal Brasileira, com o objetivo de ser um sistema de sade dos mais de 180

    milhes de brasileiros. O sistema tambm promove campanha de vacinao e ao de

    preveno.

    Criado em 1988 o SUS tende a atender a sade como um direito cidadania o que

    equivale o direito prpria vida. No contexto no SUS suas aes se constituem um direito

    social que deve ser assegurado pelo Estado e gerido sob responsabilidade de trs esferas

    autnomas do Governo (Federal, Estadual e Municipal), conforme o pacto federativo

    brasileiro.

    De acordo com o Conselho Nacional Das Secretarias Municipais De Sade

    (CONASEMS-2009) , o SUS segue a mesma doutrina, os mesmo princpios organizativos em

    todo o territrio nacional que so:

    Universalidade, a sade entendida como um direito de todo e responsabilidade do Estado;

    Integridade, as aes de sade devem ser voltadas para promoo, preveno e recuperao de

    toda populao;

    Equidade, o SUS deve dispor de recursos e servios de acordo com a necessidade de cada um;

    Participao social, a Constituio brasileira prev que os profissionais, gestores, entre outros

    podem participar do processo de formao das polticas de sade;

    Regionalizao, um pressuposto o qual separa as aes e servios de sade no qual os

    processos de negociao e pactuao dos gestores contribuem para identificar e construir as

    regies de sade;

    Hierarquizao, o acesso da populao rede do SUS deve acontecer por meio de servios de

    ateno bsica que necessitam de qualificao para se dispor a atender e resolver os problemas

    dos usurios;

  • 24

    Resolutividade, esse pressuposto define que cada servio deve se dispor a resolver os

    problemas de sade a ele incumbido, de acordo com sua estrutura e capacidade tecnolgica;

    Descentralizao, refere-se ao pressuposto de que responsabilidade do governo as aes e

    servios de sade;

    Complementaridade do setor privado, planejamento do sistema de sade deve uma prioridade

    para o gestor e instituio privada deve atuar em relao s normas tcnicas do SUS e deve se

    integra pelo planejamento da rede que regionalizada e hierarquizada.

    Ante da criao do SUS que completou 21 anos a sade era considerada um direito

    social.

    O modelo de sade regido at sua criao dividia a populao e trs esferas, uns

    que tinham condies de adquirirem o servio de sade privado, os que tinham direito

    sade pblica por serem segurados pela Previdncia Social ou que trabalhavam de carteira

    assinada, e os que no possuam direito algum.

    E com base nestes modelos adotados o SUS foi criado para oferecer atendimento

    igualitrio e procurar promover a sade de toda populao sem nenhuma discriminao.

    Segundo a carta dos direitos dos usurios de sade disponvel no site

    www.saude.org.br .

    Todo cidado tem direito ao acesso ordenado e organizado ao sistema de sade;

    Todo cidado tem direito ao tratamento adequado e efetivo para seu problema;

    Tem direito ao atendimento humanizado e sem discriminao;

    Ter atendimento que respeite sua pessoa, seus valores e direitos;

    Os gestores de sade devem se comprometer de que os princpios anteriores sejam cumpridos.

    importante ressaltar que tudo no papel muito bonito, mas a realidade muito

    diferente, pois muitos dos direitos dos cidados no so cumpridos.

    O gestor de sade que administra o Municpio tem como responsabilidade garantir

    uma articulao entre a Secretaria Municipal de Sade com o Prefeito, sociedade e demais

    responsveis pela poltica no Municpio.

    Alm do que responsabilidade do gestor participar da conduo e formatao da

    regio de sade e da relao da mesma com outras regies.

    Outra atribuio do gestor que ocorra uma transparncia nas suas atribuies e

    garantir uma comunicao efetiva com o legislativo, o qual estabelece negociaes e

    definies polticas, entre elas o oramento municipal direciona rea da sade pblica.

  • 25

    2.6 O pacto pela sade

    O pacto pela sade um conjunto de reformas institucionais do SUS, pactuado,

    que engloba as trs esferas de gesto, que so: a unio, o Estado e os municpios, o qual tem

    como objetivo promover inovaes nos processos de gesto, alm do que alcanar uma maior

    eficincia e qualidade do SUS. Esse pacto tambm redefine as responsabilidades do gestor no

    que se refere sade da populao.

    Segundo o Ministrio da Sade mais do que uma norma o pacto pela sade

    prope uma gesto mais solidria e comprometida, envolvendo gestores, trabalhadores e

    usurios do SUS, com a meta de alcanar maior qualidade na ateno sade de todos os

    brasileiros. MINISTRIO DA SADE.

    Para implementao do pacto pela sade necessrio a adeso de municpios,

    estados e unio, por meio da assinatura do Termo de Compromisso de Gesto (TCG), o qual

    estabelece metas e compromisso para cada ente federado, e deve ser renovado anualmente.

    importante ressaltar que as transferncia dos recursos foram modificados pelo

    pacto e as mesmas se integram em cinco blocos que so: ateno bsica, mdia e alta

    complexidade da assistncia, vigilncia em sade, assistncia farmacutica e gesto do SUS.

    2.7 Vigilncia em sade

    O conceito de vigilncia em sade no pode ser considerado como algo definitivo,

    mas ele expressa a organizao dos servios de vigilncias as quais tendem a proporcionar

    uma qualidade de vida melhor da populao.

    No Ministrio da Sade h um rgo que Secretaria de Vigilncia em Sade

    (SVS), que tem como meta a melhoria da rea epidemiolgica e controlar as doenas.

    Na esfera federal a coordenao do Sistema Nacional de Vigilncia Sanitria

    realizada pela Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria (ANVISA).

    Na Municipal a organizao se d por uma forma unificada, na qual uma

    incorporao de todas as vigilncias que so: epidemiolgica, ambiental, promoo de sade e

    sade do trabalhador.

  • 26

    Como so poucos os recursos destinados sade eles ainda so menores no que se

    refere ateno bsica e de vigilncias.

    2.8 O CONASEMS e o Conselho de Sade

    O Conselho Nacional Das Secretarias Municipais De Sade ( CONASEMS) uma

    entidade sem fins lucrativos que abrange as secretarias municipais de sade, que tem como

    objetivo representar estas secretarias nos fruns, pactuaes e na elaborao das polticas

    direcionadas ao SUS.

    Ele muito importante no cenrio poltico brasileiro devido luta dos municpios

    pela reforma sanitria, alm do que deve do municpio a realizao de servios e aes

    relacionados sade com colaborao tcnica e financeira do Estado e da Unio.

    Como j foi relatada a principal misso do CONASEMS representar as

    secretarias no processo de pactuaes alm do que ele vem exercendo seu papel desde 1988.

    So os secretrios municipais de sade que elegem a diretoria do CONASEMS,

    que exerce mandato por dois anos. Sua misso estabelece que o rgo participe do Conselho

    Nacional de Sade (CNS).o qual um rgo deliberativo do SUS e da Comisso Intergestores

    Tripartite (CIT), que rene trs entes federados disponveis no site www.conasems.org.br ,

    que so:

    O Ministrio da Sade;

    O Conselho Nacional dos Secretrios de Sade (CONASS).

    E o CONASEMS.

    E nesta reunio vo ser redefinidas as diretrizes, estratgias, entre outros.

    Como o CONASEMS uma instituio sem fins lucrativos mantido atravs das

    contribuies dos representantes institucionais feita pelos municpios atravs do Estatuto do

    CONASEMS e da Portaria GM 220 / 2007.

    atribuio do Conselho de Sade, segundo o 2 artigo 1 da Lei n 8.142190.

    Atuar na formulao de estratgias da poltica de sade e no controle da execuo

    da poltica de sade includos os aspectos econmicos e financeiros.

    O CNS um rgo consultivo e deliberativo, que refere-se a examinar e resolver,

    no qual seu carter de resoluo no, afirma que o prefeito ou secretrio de sade seja o

  • 27

    executador das decises tomadas pelo Colegiado alm do que o Conselho auxilia a Cmara, e

    a Assemblia a elaborar leis, e o prefeito a execut-las.

    O Conselho identifica que a participao da sociedade deve seguir uma linha

    organizada na administrao de sade assim ir proporcionar o controle do sistema.

    2.9 A sade em Gois

    As polticas sociais so instrumentos de relao entre o Estado e a cidade, esto

    inseridas nelas as polticas de sade.

    No estado de Gois, a Secretaria de Sade foi criada pela lei 7.928, no dia 21 de

    maro de 1975

    Ficou estabelecido que Organizao De Sade Do Estado de Gois , ( OSEGO)

    a funo de desenvolver aes de sade pblica em Gois, levando a assistncia mdica

    sanitria em todos os municpios do Estado. O incio da implementao do sistema pblico de

    sade universal, ntegro e gratuito foi um marco na 8 Conferncia Nacional de Sade,

    realizada nos dias 17 a 21 de maro de 1986, onde foi discutida as reformas necessrias para

    que ocorra as melhorias do sistema pblico de sade.

    Em 03 de julho de 87 foi oficializada no Estado de Gois a implementao da

    Reforma Sanitria, a partir da implementao da Reforma Sanitria, criou-se o sistema

    Unificado e descentralizado de Sade SUDS, o qual integrou trs nveis que so:

    O Federal com o Hospital das Clnicas / UFG, Hospital Geral de Goinia;

    Estadual Hospital Especializados, Hospitais Regionais, Unidades Mistas;

    Municipal Hospital Municipal Centro de Sade, Postos (PSF).

    A integrao destes trs nveis tinha como meta assegurar o acesso de toda a

    populao aos servios de sade.

    O Conselho Municipal de Sade (CMS) foi institudo com o objetivo de

    proporcionar a populao, o direito de participar das atividades desse setor.

    De acordo com GODINHO (2004-270p.) :

    Em 1924, o mdico James Franstone, nascido em Recife, criou o primeiro hospital

    moderno e particular do Estado, o Evanglico Goiano na cidade de Anpolis, esse

  • 28

    hospital tinha 20 leitos sala de cirurgia, raio x e laboratrio, o hospital ainda

    resiste s tempestades sofridas pela medicina.

    No ano de 2004 esse hospital ocupa cerca de 10 mil m2, com 178 leitos, 308

    funcionrios, 144 mdicos e 140 estagirios de enfermagem, alm do que foi

    considerada pelo ministro da sade uma referncia nacional no que se refere

    cirurgia cardaca, neurologia, urgncia e emergncia.

    Todos esses fatores colaboraram para que o Estado de Gois evolusse na rea da

    sade trazendo melhorias para a sade da populao, mas ainda necessrio fazer muitas

    coisas, pois, a sade ainda precria, e mesmo com a legislao prevendo que todos tm

    direito a ter sade de qualidade e atendimento igualitrio, essa realidade est longe de ser

    alcanada, pois infelizmente o descaso com a sade ainda muito grande.

  • 29

    III CAPTULO

    CARACTERIZAO DA SADE EM IPOR

    3.1 A regio leste I

    A regio oeste I compreende os municpios de Amorinpolis, Arenpolis, Baliza,

    Bom Jardim, Diorama, Fazenda Nova, Ipor, Israelndia, Ivolndia, Jaupaci, Moipor,

    Montes Claros, Novo Brasil, Palestina de Gois e Piranhas, ao todo so 15 municpios e 14

    destes pactuam a cidade de Ipor, ou seja, so as pactuaes na rea da sade pblica, j que

    Ipor um plo regional e possui 04 hospitais. Esse um dos motivos que trazem a

    populao da regio para Ipor, mas mesmo assim ela tambm encaminha pacientes para

    outras cidades como Goinia, Aparecida de Goinia e Trindade, e esses pacientes

    encaminhados so de mdia e alta complexidade, e a cidade procurada por pacientes em

    busca de cirurgias e algumas especialidades e tambm por internaes que caracterizam as

    mdias complexidades, mas esses assuntos sero discutidos dando maior nfase nos tpicos

    seguintes.

    3.2 A vigilncia sanitria

    A Vigilncia Sanitria Municipal de Ipor comeou a funcionar em 1997 e hoje

    est com dozes anos de atuao na cidade. Ela se localiza no prdio da Secretaria Municipal

    de Sade, prximo ao Hospital Evanglico no centro da cidade.

    Ela tem como misso, o mesmo objetivo promover e proteger a sade da

    populao garantindo a segurana sanitria de produtos e servios e participando na

    construo do seu acesso.

    Sua finalidade institucional promover a proteo da sade da populao por

    intermdio do controle sanitrio desde sua produo at a etapa de comercializao.

  • 30

    A Vigilncia Sanitria atua em diversas reas como: agrotxicos e toxicologia,

    alimentos bioquivalncia, cosmticos, farmacovigilncia, mdicos, produtos controlados,

    produtos para sade, saneantes, sangue, tecidos e rgos, tecnovigilncia, sade do

    trabalhador.

    Segundo uma das responsveis pela Vigilncia Sanitria de Ipor, Flvia, trs

    palavras resume a vigilncia, que so preveno, orientao e educao, e que o papel da

    vigilncia no chegar e multar o estabelecimento isso s ocorre em ltimo caso, quando

    todas as condies j se esgotaram.

    O trabalho deles consiste e ir e conversar com o dono do local e algumas vezes

    tm que ensinar aos funcionrios maneiras de higiene.

    A Vigilncia muito importante para a sade da populao, pois ela o rgo que

    fiscaliza os estabelecimentos para evitar que a populao fique a merc de produtos que

    podem afetar sua sade.

    3.3 Sade em Ipor

    A cidade de Ipor est situada a 216 km da capital do Estado de Gois que

    Goinia, uma das maiores cidades no que se refere na rea de sade.

    A cidade de Ipor considerada como plo regional tanto na rea da sade como

    em outras reas, como o comrcio, servios bancrios, entre outros, alm do que

    considerada por parte de sua populao uma cidade bem estruturada, sendo o ncleo

    polarizador dos municpios, estados, e alguns municpios que no se limitam cidade.

    Perante os municpios vizinhos Ipor ocupa lugar de destaque para os negcios e

    qualidade de vida, alm do que bem abastecida de hospitais, como j mencionado, escolas e

    comrcio, entre outros.

    Como j foi relatado a cidade de Ipor procurada por habitantes de outras

    cidades as quais so prximas como: Amorinpolis, Diorama, e outras, e at de estados como

    Mato Grosso e cidades mais distantes como Goinia e Rio Verde que vm em busca tanto de

    atendimento mdico quanto odontolgico.

    Ipor sedia a Administrao Regional de Sade da regio oeste I (ARS), a qual

    responsvel pela superviso das aes bsicas de sade pela orientao dos tcnicos de

    enfermagem.

  • 31

    Onde ocorre uma parceria com os agentes da Fundao Nacional de Sade (FNS) e

    a equipe de combate dengue que desenvolve um trabalho o qual visa a conscientizao,

    preveno e fiscalizao, trabalham em toda a comunidade e na regio oeste I.

    A cidade de Ipor possui 04 hospitais apresentados na figura (01), dos quais 03 so

    privados e 01 pblico que so: Hospital Evanglico, Cristo Redentor, So Paulo e Municipal

    apresentados nas figuras 02, 03, 04 e 05, os quais dois dos privados fazem parceria com o

    SUS que o Evanglico e o Cristo Redentor, mas os 04 possui aparelhagem moderna e 02 deles

    passaram por reformas, sendo que um ainda continua em obras, que o Evanglico e essa

    reforma tanta na parte interna como externa, tudo isso visando a qualidade e atendimento da

    populao que os procura.

    FOTO 01 PLANTA DA CIDADE DE IPOR-GO FONTE: SECRETARIA MUNICIPAL DE SADE MOREIRA J.C. 2009

  • 32

    FOTO 02 HOSPITAL EVANGLICO DE IPOR-GO FONTE: MOREIRA J. C. 2009

    FOTO 03 HOSPITAL CRISTO REDENTOR FONTE: MOREIRA J. C. 2009

  • 33

    FOTO 04 HOSPITAL SO PAULO FONTE: MOREIRA J. C. 2009

    FOTO 05 HOSPITAL MUNICIPAL FONTE: MOREIRA J. C. 2009

  • 34

    A cidade tambm possui 30 consultrios de odontologia, 08 clnicas de

    fisioterapia, 03 clnicas e 05 laboratrios clnicos intra e extra hospitalar e tambm uma

    unidade de coleta e transfuso de sangue e 08 PSF, que se iniciou no ano de 2000, onde a

    comunidade pde contar com o trabalho dos agentes comunitrios de sade que trabalham

    nestas localidades.

    A cidade de Ipor possui 41 mdicos dos quais 20 trabalham na rede privada e

    pblica. Na rede privada existem 04 enfermeiros e 45 tcnicos de enfermagem. Na rede

    pblica so 13 tcnicos e 02 enfermeiros, j em relao s Unidades de Sade da Famlia

    (USF) ou PSF trabalham 16 tcnicos em enfermagem, 13 enfermeiros e 11 mdicos, sendo

    que no USF do centro da cidade a populao pode contar com 01 nutricionista, 01 pediatra, 01

    psiclogo, 02 fisioterapeutas e 01 assistente social, existem 09 odontlogos trabalhando nos

    USF, dos quais 05 so concursados e o restante prestadores de servios.

    No dia 16 de agosto de 2007, surgiu na cidade o Servio de Atendimento Mvel de

    Urgncia (SAMU). um rgo regional onde a central de regulamentao situa na cidade de

    Gois e incentivo do Governo Estadual e Municipal e Federal, apresentado na figura 06.

    FOTO 06 SAMU FONTE: MOREIRA 2009

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    O SAMU um rgo o qual atende pessoas vtimas de acidentes, ou ainda que

    no conseguem se locomover at os hospitais, realizam transferncias de hospitais ou mesmo

    pessoas daqui para outras cidades como Goinia. Ele no atende pessoas somente da cidade,

    mas sim da regio, das fazendas, onde seu objetivo dar toda assistncia s pessoas at

    chegarem a um hospital. Seu quadro de funcionrios caracteriza-se da seguinte forma: 08

    mdicos, 04 enfermeiros, 03 tcnicos de enfermagem e 06 condutores.

    O SAMU funciona como um hospital mvel dando assistncia 24 h dirias, sua

    Unidade em Ipor localiza-se prximo ao Hospital Municipal contendo 02 ambulncias.

    Os gastos com rede privada nos hospitais So Paulo e Cristo Redentor giram em

    torno do R$ 130.000,00, alm do que os hospitais dessa rede possuem scios que geralmente

    so mdicos, e que os caracterizam como empresas privadas, sendo que os 02 hospitais

    mantm convnio com o SUS que so o Cristo Redentor e o Evanglico.

    Devido ao fato de que a administrao do Hospital Evanglico se negou a repassar

    os dados dos gastos das despesas no geral, no se pode revel-las.

    Em relao rede pblica os gastos giram em torno dos R$ 130.000,00, que so

    custeados pelo Governo Federal, onde o prefeito repassa 15% da arrecadao do municpio.

    Na sade existem as complexidades que se referem aos atendimentos onde a baixa

    complexidade responde pelos atendimentos realizados Nas Unidades De Sade Da Famlia

    (USFs) , que so atendimentos bsicos como curativos. A mdia complexidade so realizadas

    nos hospitais onde se torna necessrios exames nos laboratrios, raio x, entre outros, e a alta

    complexidade so os atendimentos mais complexos como tomografia e hemodilise.

    A cidade de Ipor tambm cedia uma clnica de hemodilise, mas ainda no foi

    inaugurada devido ao fato de que a cidade no possui rede de esgoto. Essa clnica atender

    toda a populao da regio e contribuir para que as pessoas no se desloquem mais para

    Goinia em busca desse atendimento.

    Em virtude desse fato a SANEAGO da cidade est concluindo as obras de esgoto

    sanitrio onde j se iniciou a construo das caixas de ligao domiciliar, que ligar os

    imveis rede de coleta, essa mais uma conquista da cidade que significa mais sade

    populao e cuidado com o meio ambiente.

    Acredita-se que quando a Estao de Tratamento de Esgoto (ETE) concluir as

    obras, a clnica ser inaugurada colaborando para uma sade cada vez melhor.

    A sade dos iporaenses apresentou muitas melhorias onde a cidade tem sade

    organizado e serve de exemplo para o Estado.

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    Alm do que na cidade h atendimento centralizado no que se refere Doenas

    Sexualmente Transmissveis (DST) e tambm atendimento especializado tendo uma

    infectologista na rede pblica.

    Apesar da cidade de Ipor ser uma referncia em diversas reas, entre elas a sade,

    ainda h muito o que se fazer para que a sade seja realmente de qualidade e esteja disponvel

    a todos.

    A cidade realmente tem muitos mdicos, mas infelizmente a sade enfrenta

    problemas como a falta de compromisso com a sade da populao onde o descaso por parte

    de mdicos que em algumas ocasies destrata os pacientes e os familiares.

    Ipor teve grandes conquistas na rea da sade, mas ainda necessrio mudanas

    para que a realidade da sade mude, e os que aqui vierem em busca de atendimento sintam-se

    satisfeitos com o tratamento oferecido e com a assistncia dada por parte dos funcionrios que

    deveriam ter um compromisso maior com a populao.

    Ao que se refere ao setor municipal a cidade se pactua com 15 municpios que

    formam a regio oeste 01 no qual a populao destes municpios vm para Ipor em busca de

    um atendimento mais qualificado.

    Infelizmente no setor municipal, a cidade de Ipor no acolhe todos que procuram

    seus servios, e isso acontece no porque os responsveis pela sade no querem, mas sim

    devido aos recursos que no suficientes.

    Um fator que bastante comum na cidade, de acordo com a Secretria Municipal

    de Sade Dr Luclia, que pessoas de outras cidades e estados vem para Ipor em busca de

    cirurgias, remdios, etc, onde pessoas da cidade pegam medicamentos para parentes em outras

    cidades, e ela v esse fato como algo negativo, pois isso acaba tirando a assistncia da

    populao iporaense que se v prejudicada por esses acontecimentos. tambm muito

    comum a interferncia de vereadores na sade, onde eles acreditam que tm direito de

    escolher quem sero atendidos, como aconteceu h pouco tempo atrs, onde pessoas que

    residem em So Paulo, Anpolis, e Aparecida de Goinia, tm parentes na cidade de Ipor,

    vieram com o intuito de fazer cirurgia, mas a secretria no permitiu devido ao fato de que

    prejudicaria a populao local.

    O setor municipal atende cerca de 115 mil habitantes formalizados.

    A secretria ainda informou que os hospitais que possuem menos de 30 leitos se

    tornam inviveis, pelo fato de que eles passam a no atende a populao que reside ali e com

    isso passam a encaminhar essa populao cidade plo que Ipor. muito bom ser plo

    regional, pois isso colabora para que a economia cresa no qual as pessoas que procuram as

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    cidades consomem os produtos da mesma, mas teme um ponto negativo onde a populao

    local acaba pagando a conta para todo mundo.

    Ela tambm comentou sobre o sistema on-line, que atravs dele eles passaro a ter

    um controle da regulao dos procedimentos agendados e dos leitos que se conveniam com o

    SUS no qual a populao que necessitar de internao ter que pedir uma autorizao aos

    responsveis dos hospitais onde os mesmos iro verificar em qual dos hospitais h leitos

    disponveis e em seguida encaminhar o paciente ao local que ficar internado, isso mais

    uma inovao na sade que possibilitar um atendimento mais adequado.

    Ao que se refere ao setor privado a cidade tem capacidade de acolher todos que

    procuram suas Unidades, j que o lema chegar, pagar e consultar, e nos servios privados o

    atendimento realizado atravs de convnios, os quais possibilitam um desconto na hora de

    tratar pelo tratamento que necessitam.

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    CONSIDERAES FINAIS

    De acordo com a pesquisa realizada possvel relatar que a sade em todo o Brasil

    apresentou melhorias, mas ainda apresenta problemas que podem ser resolvidos, com polticas

    voltadas para a sade e tambm com maiores investimentos para o setor.

    J em relao cidade de Ipor, a sade com o passar dos anos, alcanou um

    grande desenvolvimento, principalmente como implantao dos postos de sade nos bairros,

    onde os agentes de sade realizam um bom trabalho e recebem treinamentos, orientaes por

    parte da Secretaria Municipal de sade. Alm do que necessrio priorizar a sade e tambm

    deve haver cursos de qualidade de atendimento ao pblico, onde os profissionais adquiram

    conhecimentos e tratem os clientes com mais respeito e dignidade.

    Sabe-se que qualidade a totalidade dos atributos e caractersticas de um produto

    ou servio que afetam sua capacidade de satisfazer necessidades declaradas ou implcitas.

    Pode-se dizer que a empresa fornece qualidade sempre que seu produto ou servio atende s

    expectativas dos clientes ou as excede.

    O atendimento ao pblico um servio complexo. Sua simplicidade apenas

    aparente. Trata-se de uma atividade social mediadora que coloca em cena a interao de

    diferentes sujeitos em um contexto especfico, visando responder a distintas necessidades. A

    "tarefa de atendimento" , freqentemente, uma "etapa terminal", resultante de um processo

    de mltiplas facetas que se desenrola em um contexto institucional, envolvendo dois tipos de

    personagens principais: o funcionrio e o cliente.

    O carter social do atendimento ao pblico se manifesta, sobretudo, pela via da

    comunicao entre os sujeitos participantes, dando visibilidade s suas necessidades,

    experincias e expectativas.

    Atravs da realizao da seguinte pesquisa constata-se que a instituio, enquanto

    palco onde se desenrola o atendimento como atividade social, no neutra, ao contrrio, os

    objetivos, os processos organizacionais e a estrutura existente so elementos essenciais

    conformadores da situao de atendimento ao pblico. Eles tm a funo de contexto

    institucional facilitador ou dificultador da interao entre os sujeitos, da qualidade do servio,

    e imprimem uma dinmica singular no cenrio onde se efetua o atendimento e realiza um

    trabalho eficaz.

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    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    ANAIS / 8 Conferncia Nacional de Sade. Braslia, 1986 Braslia: Centro de Documentao do Ministrio da Sade: 1987. 430 p. ARTMANN, Elizabeth; RIVERA, Francisco Javier Uribe. Regionalizao em sade e mix pblico privado julho 2003. BENKO, Goerge e LIPIETZ, Celain. O novo debate regional. IN: Regies ganhadoras, distritos e redes. Portugual: 2000. [3 a 18]. CONASEMS. Reflexes aos novos gestores municipais de sade. 1 ed. Braslia: 2009 / 200p. GIL, Antnio Carlos; LICHT, R.H.G., YAMAUCHI. N.I. Regionalizao da sade e conscincia regional. Revista brasileira de Geografia mdica e da sade. Uberlndia, p. 35 a 46, dezembro de 2006. GODINHO, Iri Rinco. Mdicos e Medicina De Gois Goinia , p. 276 , 2004. GUIMARES, Raul Borges. Sade urbana, velho tema novas questes. Terra livre. So paulo, n 17, p. 155 a 170. 2 semestre de 2001. HASBAERT, Rogrio. Regio, diversidade territorial e globalizao. IN: Geografia ano 1. N 1, 1999. p. 15 a 37. MZOMO, Joo Catarin. Gesto da qualidade na sade: princpios bsicos So Paulo, 1995. MENDES, Eugnio Vilaa. O sistema nico de sade um processo social em construo social em constituio. Hucitec, So Paulo, p.300, 1996. MINISTRIO DA SADE. Conselho de sade. CORONRIO - Braslia MOREIRA, RUY. Da regio rede e ao lugar: A nova realidade e o novo olhar geogrfico sobre o mundo etc..., espao, tempo e crtica: Revista eletrnica de cincias humanas e sociais. Rio de Janeiro. N 1 (13). P. 55 a 70. Vol. 1, 1 de junho de 2007. ROESE, Adriana; GERHARDT, Tatiana Engel. Fluxos e utilizao de servios de sade: mobilizao dos usurios de mdia complexidade. Rev. Gacha Enfer. Porto Alegre (RS) 2008 junho; 29 (2): 221 9. SILVA, Armando Corra. As categorias como fundamento do pensamento geogrfico. IN: SANTOS, Milton; SOUZA Maria Adlia A de. O espao indisciplinar So Paulo: Nobel, 1986. p. 25 36. SPOSITO, Eliseu Saverino. Geografia e filosofia. Contribuio para o ensino do pensamento geogrfico. So Paulo UNESCO. 2004. p. 101 a 119.

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    VIANA, Ana luiza daxila. Novas perspectivas para a regionalizao da sade. So Paulo. V. 22, n 1, p. 92 106 julho 2008 Sites consultados:

    www.conasems.org.br

    www.saude.gov.br

    www.anvisa.gov.br

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    ANEXO

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    ANEXO I

    ENTREVISTA COM A SECRETRIA DE SADE DE IPOR GO, DR LUCLIA

    1- Vocs possuem dados sobre as pessoas que vem de fora?

    2- De onde essas pessoas vm e qual o tratamento que elas buscam em Ipor?

    3- Esse tratamento mais especializado ou no?

    4- Qual o tipo de assistncia que esse pessoal tem?

    5- O Hospital Municipal atende a todas as pessoas que vm procur-lo?

    6- Entender a rea de sade (quantos municpios so?)

    7- Fazer um paralelo sobre a sade desde 2000 at os dias de hoje, enfatizando as melhorias e

    as falhas da sade pblica em Ipor.

    8- Vocs tm algum dado em referncia s clnicas e outros estabelecimento de sade na

    cidade?

    9- Demonstrar sobre o quadro de funcionrios e suas atividades na sade pblica da cidade?

    10- Comentar sobre o SAMU.

    11- Comentar sobre a Vigilncia Sanitria e sua funo na cidade.