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ANO 21 Nº 243 Prefeitura do Recife Secretaria de Cultura Fundação de Cultura NOV

Agenda Cultural do Recife - novembro 2015

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ANO 21 Nº 243

Prefeitura do Recife Secretaria de Cultura Fundação de CulturaNOV

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pprefeitura do recifePrefeito do Recife Geraldo JúlioVice-prefeito do Recife Luciano SiqueiraSecretária de Cultura Leda Alves

Fundação de Cultura Cidade do RecifePresidente Diego Rocha

Gerente Geral de Administração e Finanças: Edelaine BrittoGerente Geral de Ações Culturais e Infraestrutura Sílvio Sérgio DantasGerente de Desenvolvimento e Descentralização Cultural Iana Cláudia Marques

Agenda CulturalEditor Manoel ConstantinoRepórteres Anax Botelho, Erika Fraga e Jaciana SobrinhoEstagiário de fotografia Italo SantanaEquipe Gerencial Christina Simão e Jacqueline Moraes Versão online Jacqueline MoraesProjeto Gráfico Estúdio Vivo | Fernanda Lisboa e Matheus BarbosaDiagramação Lúcia RodriguesFoto da Capa 17º Festival Recife do Teatro Nacional | Foto Divulgação

Impressão São Mateus Gráfica LtdaTiragem 10.000 exemplares

Cais do Apolo, 925, 15º andar, Bairro do Recife Recife-PE CEP 50030 230Telefone 81 3355 8065 Fax 81 3355 [email protected]/agendaculturalwww.agendaculturaldorecife.blogspot.comTwitter @agendaculturall

Programação sujeita a alteração. Por favor, confirmar.Sugestões de pauta devem ser enviadas até o dia 15.

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Recife realiza a 17ª edição do Festival Reci-fe do Teatro nacional neste mês de novembro de 2015. O fato, por si só, nos revela o quanto a terra pernambucana é fértil e exitosa na arte da representação desde os tempos dos jesuí-tas que aqui chegaram com os colonizadores. As representações teatrais no Brasil também começaram por aqui. E fomos e somos frutífe-ros. Aqui não cabe, porque são inúmeros, citar dramaturgos, atores, atrizes, técnicos e pro-dutores que semearam e semeiam essa arte, o teatro, potência visceral, concretude espiritu-al gestada no aqui e no agora.

E a magnitude do teatro está justamente na sua efemeridade, no registro que faz, num piscar de olhos, na memória de quem viu um espetáculo.

Recentemente ouvi um relato de um pai que sua filha, hoje já mulher, guarda na me-mória um espetáculo que assistiu com ele, ainda criança, e que o poder encantatório da palavra, do gesto, da música, ainda permanece vivo dentro dela.

Que viva sempre no solo do Recife esse so-pro do teatro, tão frágil e tão forte quanto é as nossas vidas.

Manoel ConstantinoEditor

Conexão

Entrevista

Sabores do Recife

Por trás das cortinas

Artes Cênicas

Canto Daqui

Música

Circulando

Perfil do Artesão

Artes Visuais

Cinema e vídeo

Moda

Giro Literário

Cursos e Concursos

Serviços

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Por Jaciana SobrinhoFotos: Divulgação

Grande aliado do jornalismo, o humor gráfico faz um re-corte da realidade e registra fatos cotidianos com toques de ironia. Por meio do humor e das caricaturas essa arte, mais conhecida como charge, pode abordar qualquer tema e ex-pressar, mesmo sem palavras, uma crítica. A palavra charge tem origem francesa e significa carga ou ataque. Diferente dos cartuns que contam histórias que podem ser criadas li-vremente pelo seu autor, as charges precisam de um fato real para terem sentido.

No Brasil, as primeiras ilustrações desse gênero aparece-ram em 1837, poucos anos após o início da independência do país, e a primeira revista a publicar esses desenhos foi a Lan-terna Mágica, em 1844. Naquela época, as ilustrações eram carregadas de elementos e informações, mas foi se aperfei-çoando e se tornando mais simples sem perder o poder de comunicar.

Cada traço, um fato: o poder do humor gráfico de sintetizar acontecimentos e evidenciar críticas

Charge de Samuca | Diario de Pernambuco

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5CONEXÃO

Em Pernambuco, os talentos para essa arte não são pou-cos: Lailson Cavalcante, Samuca Andrade, Clériston Andrade, Sávio Araújo e Humberto Araújo, além de Greg Vieira, Lu-ciano Felix, Liz França, Beto França, Raoni Assis, Ana Blue, Mascaro, Ronaldo, Miguel Falcão e João Lin. Isso só para citar alguns. A profissão do desenhista ou cartunista surge com o talento nato, claro, mas ao buscar a profissionalização por meio de cursos como artes visuais, design gráfico e, ainda, o jornalismo, se pode obter uma boa colocação no mercado como cartunista, sendo chargista, ilustrador ou quadrinista (histórias em quadrinhos).

A cada vez que se abre um jornal, revista ou site em busca de informações, é possível ao leitor ter uma pitada de leveza ao observar uma charge, mesmo quando o tema é duro e desanimador. “O desenho muitas vezes nos leva a refletir sobre o assunto ali retratado. Depois de sorrir com as nuances de humor expressos na charge, certamente o leitor vai pensar um pouco mais sobre o tema. Há situações em que o fato não é nada engraçado, então, o bom senso exige que não se faça piada, como foi o caso recente do menino sírio que morreu numa praia”, comenta Samuca, cartunista do Diario de Pernambuco, com 30 anos de carreira. “Nosso objetivo é tanto fazer rir, quanto jogar uma crítica em cima do que pode muitas vezes parecer um fato corriqueiro e des-mascarar algo que incomoda, que não está certo”, diz Miguel, chargista do Jornal do Commercio com 40 anos de carreira.

A preparação para esse trabalho que, em geral, é publicado diaria-mente nos grandes jornais impressos é nada mais que estar atento a tudo que acontece no mundo, em qualquer setor. Os fatos de cunho político e eco-nômico são os mais presentes, porém nada está livre de ser tema dos traços e do humor ácido de um cartunista. “Anos atrás você ouvia rádio ou tinha que ter as assinaturas de todos os jornais possíveis. Outra estratégia era ficar esperando as notícias do último jornal da TV.Hoje em dia é muito mais Charge de Miguel | Jornal do Commercio

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simples com a existência da internet, mas como o volume de informação é bem maior, tudo pode mudar em al-guns minutos e você pode ter que re-pensar o que já está pronto”, entrega Samuca.

Outro campo que tem crescido bastante é o da animação, especial-mente na TV paga.Um exemplo disso é a produção pernambucana “Mundo

Bita”, que tornou-se um fenômeno entre as crianças e ga-nhou espaço em um canal por assinatura. A turma do Zé Alegria e Lá vem, ambas pernambucanas, também buscam se consolidar no mercado. Como a profissão permite transitar pelos vários estilos, Miguel recentemente produziu, a pedido da Fundação Joaquim Nabuco, uma versão do livro Morte e Vida Severina (João Cabral de Melo Neto) em quadrinhos que em seguida virou uma animação produzida pela TV Escola e circulou em alguns festivais de cinema e escolas do ensi-no fundamental. “Foi um trabalho muito interessante de se fazer e é satisfatório ver que pode contribuir na divulgação da cultura nordestina e na formação dos estudantes”, conta.

Mesmo com poucos caminhos para a formação de quem quer enve-redar pela profissão em Pernambuco – algumas oficinas acontecem esporadi-camente ao longo do ano – e com um mercado nem sempre favorável, os ar-tistas que temos por aqui provam que é possível viver desse trabalho e ain-da se destacar mundo a fora. Miguel Falcão, que começou a vender seus desenhos desde garoto, orgulha-se do seu primeiro prêmio, 1986, quando a

caricatura de Miguel Arraes feita por ele foi eleita a melhor pelos seus ídolos, Millôr, Jaguar e Ziraldo, no concurso que homenageava os 20 anos do Pasquim,  no Rio de Janeiro. Recebeu também o Cristina Tavares, além de alguns prêmios internacionais (que ele não faz questão de mencionar) e lan-çou em 2012 o livro As charges do século.

Miguel FalcãoFoto Acervo pessoal

Charge de Miguel Jornal do Commercio

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7CONEXÃO

Já Samuca Andrade foi premiado nos salões de Caratinga (MG) na ca-tegoria Cartum, Carioca - categoria Charge, Cristina Tavares - Desenho para Imprensa em Pernambuco, Volta Redonda e Salão Carioca. Lançou “A Vida Por Uma Linha” (1999), que foi premiado como melhor livro de car-tum no 12º HQ MIX. Em 2000, lançou “Humor do Fim do Século” com mais 4 cartunistas pernambucanos, e foi escolhido como melhor livro de charge no 13º HQ MIX. No mesmo ano, fundou a Associação dos Cartunistas de Pernam-buco - ACAPE, na qual é o atual Diretor Presidente.

Sobre a importância desse trabalho para a sociedade, Mi-guel destaca: “Como dizia o teatrólogo Gil Vicente: ‘Pelo riso castigam-se os costumes’. Assim também é para a charge. Quando o cartunista mostra algo ridículo, espera-se com isso provocar uma mudança no comportamento, uma reflexão ao menos. Como não se podem mudar os hábitos de alguém a força, pois estamos numa democracia, que o senso do ridícu-lo possa despertar essa mudança”.

CursoPara quem quiser aprofundar o

conhecimento sobre as origens das Histórias em Quadrinhos, CAIXA Cul-tural Recife oferece de 17 a 21 e de 24 a 28 de novembro, o curso De Qua-dro a Quadro: uma história das HQs, comandado pela mestre em História Social e especialista em Histórias em Quadrinhos Karen Pinho. O curso tem como objetivo mostrar a importância dessa arte no Brasil e no mundo. Serão duas turmas, com 45 alunos cada. As inscrições são gratuitas pelo e-mail: gentearteirape.com.br. O curso será ministrado em cinco aulas, de aproximadamente duas horas cada, de terça a sexta-feira, das 19h às 21h, e, nos sábados, das 10h às 12h. Para mais informações acesse www.caixacultural.gov.br ou ligue: 3425-1900/1915

Charge de SamucaDiario

de Pernambuco

Samuca Andradefoto Acervo pessoal

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Salão InternacionalE quem quiser colocar à prova seu talento e ainda con-

correr à participação numa exposição e a um total de R$18 mil em prêmios, não pode deixar de se inscrever no segun-do Salão Internacional do Humor Gráfico de Pernambuco. Organizado por Samuca e coordenado por Cleriston Andra-de, o concurso direciona os cartuns para o tema dos Direi-tos Humanos e as caricaturas para os pensadores. Poderão concorrer artistas gráficos em geral, amadores ou profis-sionais, em três categorias: Cartum, Caricatura e Estudan-te. As inscrições para as duas primeiras podem ser feitas até 31 de janeiro de 2016 no site do SIHG (www.sihgpe.com). Já os trabalhos dos estudantes devem ser enviados pelo mesmo endereço até o dia 20 de dezembro de 2015.

A comissão julgadora que irá julgar os trabalhos par-ticipantes, inclui seis renomados cartunistas nacionais e internacionais: Angel Boligán Corbo (México), Marilena Nardi (Itália), Cau Gomez (Brasil), Carlos Amorim (Brasil), DUKE - Eduardo Evangelista (Brasil) e Flávia Bomfim (Bra-sil). A abertura do SIHG acontecerá no dia 3 de abril, na Torre Malakoff, no Bairro do Recife, e será composta por exposição dos trabalhos profissionais selecionados, além de painel com os melhores trabalhos de estudantes, publi-cação de catálogo e mostra dos jurados convidados. “No ano passado tivemos mais de 800 obras inscritas, esse ano esperamos que esse número ultrapasse mil pois é uma óti-ma oportunidade de mostrar os trabalhos, além de ser um espaço para troca de conhecimento”, avalia Samuca.

Salão Internacional de Humor Gráfico

de Pernambuco 2014 Foto Bruno Alves

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9ENTREVISTA

Por: Anax BotelhoFotos: Ítalo Santana

Com 30 anos de carreira musical e 10 anos de sucesso com o Samba da Moeda, Maria Pagodinho conversa com a Agenda Cultural do Recife sobre sua história, projetos e sua paixão, o samba. Citando nomes importantes da cena musical da Cidade, a artista se torna uma aula viva sobre o ritmo mais popular e característico do Brasil.

Agenda Cultural: Maria Pagodinho, como surgiu seu interesse pela música?Maria Pagodinho: Desde a adolescência na escola, onde os amigos pediam pra eu cantar. Nessa fase, eu cantava samba e música popular brasileira, como Maria Bethâ-nia e Gal Costa. Em seguida fui chamada para conhe-cer o Pagode do Didi, onde tava acontecendo uma roda de samba que me deixou muito entusiasmada. Quando dei por mim, já estava cantando no Didi com o saudoso Mestre Gil – os dois me ensinaram muito que sei hoje. Daí, Mestre Gil me colocou para fazer apresentações

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Maria Pagodinho

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com ele. Depois surgiu o Revolusam-ba, do pessoal do pagode do Didi, onde trabalhamos muito. Fui con-vidada para fazer um programa de televisão, onde o apresentador era o saudoso Geraldo Silva que quando ele me chamou, achou o nome Ma-ria muito simples para uma artista e, com o sambista Zeca Pagodinho estourado na época, me batizou com o nome: Maria Pagodinho.

AC: Seu nome é Maria Pagodinho, mas como você define a música que faz?MP: Eu faço samba em geral. Mú-sicas de Beth Carvalho, artista que pessoas dizem que tenho uma voz muito parecida. Também faço Lecy Brandão, Zeca Pagodinho, Jorge Ara-

gão, Toninho Geraes e todos que puxam roda de samba. Até músicas que não são originalmente samba, mas eu trago para o ritmo.

AC: Quais são suas maiores realizações como intérprete?MP: Eu tive o prazer de dividir o palco com muitas pes-soas. De participar do samba da aurora por dois anos com Ivone Lara, José Américo, Sombrinha, Rildo Hora, Dindon, Paulista do Pandeiro, Paulo Isidoro, grupos de samba que juntavam pessoas como Renato e Léo, Graci-nha do Samba, entre outros.

AC: São 30 anos de carreira, quais são os projetos futuros?MP: A produção do primeiro CD e, talvez, o DVD. Preten-do ir para outros lugares, outros Estados para apresen-tar meu trabalho fora de Pernambuco também.

30 anos de carreira e dedicação

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11ENTREVISTA

AC: O que é o samba para você?MP: O samba é uma das razões de viver. Quando minha vida profissional está bem, o pessoal também fica bem. O samba corre nas veias. Fico aguardando o momento de chegar a uma roda de samba, a um palco, para passar a alegria. O maior cachê são os aplausos do público.

AC: A Roda de Samba da Moeda, uma iniciativa sua, está completando 10 anos. Como surgiu esse projeto?MP: O Projeto Samba na Moeda, eu criei, mas o samba na Rua da Moeda começou com a Confraria do Sam-ba. Eu me apresentava às 1h da madrugada lá e a gente foi conquistando público. A partir disso, outros artistas participaram dessa roda de samba, entre eles: Neguinho da Beija-flor, Nelson Sargento, Belo Xis, Ramos Silva, Wellington do Pandeiro, Helena Cristina, Jorge Riba, Leno Simpatia, além de muitos outros que passaram e deram uma canja.

AC: Olhando esses 10 anos do Samba na Moeda, qual é sua relação afetiva com o projeto?MP: 10 anos não são 10 dias. Permanecer toda sexta-fei-ra e sábado e trazer amigos para compartilhar aquele momento para mim é muito gratificante. Ficarei muito

Referência no samba pernambucano

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triste quando tiver que deixar, mas com alegria porque, com certeza, o que plantei foi uma coisa muito boa. Hoje no carnaval que faço, pessoas de outros estados do País procuram a Rua da Moeda todos os anos e isso é muito gratificante.

AC: Quais são os planos para o mês de novembro da Rua da Moeda?MP: A reunião dos comerciantes para a volta do samba. A prefe-

rência é para que todos os comerciantes, como Nino, João, Reginaldo, participem da continuidade do Samba da Moeda.

AC: Qual é a importância desse projeto para o Recife?MP: É um espaço para divulgar o samba que muitas ve-zes é recriminado. Mostrar que é possível fazer samba e qualquer outro tipo de música nas ruas da capital.

AC: Como está o samba no Recife?MP: Existem artistas e espaços. Tem o pioneiro Pa-gode do Didi no centro, temos no Recife Antigo e na Zona Norte da Cidade. Sobre os artistas, têm muita gente boa que infelizmente não tem a valorização necessária ainda.

AC: Quais são suas grandes referências e influências? Quem você agradece por tantos anos de carreira?MP: Primeiramente Deus por ter me dado essa voz para conquistar tanta gente boa. Como referência, tenho Didi, do pagode do Didi, um patrimônio vivo. Vanda, do Refúgio da Vanda, Mestre Gil, que me ensinou, a Velha Guarda do Samba, Belo Xis, Ana Galamba, presidente do bloco Confete e Serpentina, entre outros.

Maria Pagodinho na Rua da Moeda

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13SABORES DO RECIFE

Boa ViagemUm dos cartões postais do Recife, o bairro de Boa

Viagem também é referência para a população e turis-tas, pelo leque de serviços disponíveis na região. Com uma das praias mais movimentadas da Região Metro-politana, o bairro está localizado na Zona Sul, na Região Político-Administrativa 6 (RPA 6). Sua origem remete ao século XVII a partir da construção da Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, símbolo da devoção dos pescadores que mora-vam no, até então, pequeno povo-ado. Já no século XX, em razão da construção da Avenida Boa Viagem, o bairro passou por um processo de urbanização com o surgimento de edifícios, mas apenas com a chegada do Shopping Center Recife é que a região adquiriu o status de bairro re-

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Por: Anax BotelhoFotos: Ítalo Santana e Divulgação

Pracinha de Boa Viagem

Origem do bairro de Boa Viagem

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sidencial, que conta com a presença de inúmeras empresas, instituições e serviços.

É no local que o bairro nas-ceu, na pracinha de Boa Viagem, próximo à Igreja de Nossa Se-nhora de Boa Viagem, que está localizada a Ilha Sertaneja. Inte-grante de uma rede de restauran-tes que possui sete unidades pelo

bairro, a filial sertaneja é especializada em comi-das regionais do Nordeste brasileiro. Com 36 pra-tos disponíveis, servidos à la carte e no self-service, o espaço se destaca nos tradicionais, como a carne de sol com queijo-coalho, escondidinho de charque,

moqueca mista, pernil de bode, além de uma lanchonete com di-versos lanches e petiscos. Com três anos serviço, a Ilha Sertane-ja funciona todos os dias das 11h às 01h, e comporta 150 pessoas em sua estrutura, cuja ornamenta-ção do ambiente faz diversas refe-rências à arquitetura genuína do Nordeste e Sertão.

Com a mesma proposta de va-lorizar a comida regional, um dos nomes sempre lembrados na Cidade é o Parraxaxá. Localizado na Aveni-da Fernando Simões Barbosa, 1200, o espaço busca regatar as tradições de Pernambuco em 120 pratos que con-templam 100% a comida regional. Com destaque para a carne de sol, buchada, bode guisado e sarapatel, o Parraxaxá tem 17 anos de ativida-de, sendo quatro só em Boa Viagem, onde já conquistou freguesia e admi-

O Sertão em Boa Viagem

Carne de Sol com queijo-coalho da Ilha Sertaneja

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Sarapatel

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15SABORES DO RECIFE

radores. Com dois espaços ao ar livre e um climatizado, o Parraxaxá com-porta 220 pessoas e organiza, aos sábados, a partir das 20h, o Projeto Baião de 2, com a apresentação mu-sical de Cirlene Menezes e Manoelzi-nho do Acordeon, tocando o melhor do legítimo forró. Outro ponto forte do estabelecimento é o apreço pe-los detalhes. Nota-se o cuidado em construir uma atmosfera que remeta às origens nordestinas – das mesas, aos garçons vestidos com trajes do cangaço, passando pelo nome, em referência à gíria usada pelos can-gaceiros que significa “vamos botar para rachar”; um grito de guerra. Deste modo, o local é indispensável para apreciar e conhecer a gastrono-mia do Nordeste, em um ambiente bastante agradável.

As origens geográficas e gastronômicas também são responsáveis pela temática no Ramon – Hostel Bar, mas argentinas e latino-americanas, no caso. Administrado pelos irmãos de Córdoba, Leonardo e Nicolas Escudero,

Atmosfera nordestina do Parraxaxá

120 pratos no Parraxaxá

Cleiton, Thiago e Wilson do Parraxaxá

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já trabalharam no local pessoas de Cuba, Venezuela, Colômbia, Chile e Peru, além dos diversos hospedes que passam pelo hostel. No espaço, a integração de diversos povos, além de um ambiente descontraído para comer, beber uma cerveja e ouvir uma música legal, são as verdadeiras intenções por trás do funcionamen-to do estabelecimento, como afirma

Leonardo. Com o cardápio bem variado dentro do conti-nente, o Ramon – nome do personagem Seu Madruga da série mexicana Chaves, nos países de língua espanhola – oferece 31 sabores de pizzas, tábua de frios, pratos ar-gentinos como o Choripán, e mais de 30 drinks. Um fato curioso a respeito do local é que os pratos são batizados tanto com personagens da história da América Latina, como Che Guevara e Tupac Amaru, como com figuras ficcionais, tal qual o Mestre Yoda da saga cinematográfi-ca Star Wars. Tudo no espaço situado à Rua Olávo Bilac, 20-B é pensado para se comer com a mão, contribuindo para o clima de descontração e integração entre as pessoas, incluídos os profissionais do ambiente. “Não existe diferença entre garçon e cliente”, diz Leonardo

ao falar sobre o clima despojado do local – elemento diferencial diante os outros estabelecimentos de Boa Viagem. Com capacidade para 100 pessoas, o Ramon é aberto terças e quartas das 18h às 00h, quintas até 1h, e sextas e sábados até as 2h.

O bairro de Boa Viagem é um grande centro de serviços na me-trópole chamada Recife. Seus sabo-res são variados e indispensáveis na construção da identidade e hospi-talidade da capital pernambucana.

O argentino Leonardo do Ramon

Lanche do Ramon

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POR TRÁS DAS CORTINAS 17

Ainda menina viveu e participou de programas infantis na televisão pernambucana, nas festas de clubes e colégios, sempre acompanhada por sua mãe, grande incentivadora de toda a sua carreira. Assim, Fátima Marinho transformou a arte como primeira prioridade de sua vida, trançando ca-minhos que fez surgir o Palhaço Pipoquinha, além da Mes-tra em várias expressões artísticas, notadamente a música. Hoje, a atriz, educadora, mestra, cantora e compositora es-palha seus conhecimentos por anda passa e ainda coordena um ponto de cultura, promovendo a inclusão social através da arte. Assim, a agenda convida a todos para comemorar os 40 anos de Palhaço Pipoquinha, fruto de sua paixão pelas crianças.

Fátima Marinho, a arte em todos os caminhos da vida

Por Manoel ConstantinoFotos Divulgação - acervo da artista

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Palhaço pipoquina (Fátima Marinho) nas comunidades

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Manoel Constantino – Na infância tudo é uma grande brincadeira, entretanto, ainda criança você já participava de programas televisivos da TV Jornal e TV Universitária, cantando e interpretando. Como tudo começou e quem teve a iniciativa de levar a pequena Fátima Marinho para o mundo artístico?

Fátima Marinho – Acredito que cada ser humano nasce com muitos dons, talentos, “inteligências múltiplas” como afirma Howard Gardner. A criança aprende imitando o modelo do mundo adulto - pais, amigos, colegas da internet e meios de comunicação (rádio, televisão, jornal, revista...) e a natureza.

Naquela época eu era Maria de Fátima Marinho, ou simples-mente Fátima. Amava os musicais de Elvis Presley e filmes espanhóis. Com uns 10 anos de idade fui com a amiga, Ed-jane (garota cantora) e sua mãe assistir o programa infantil produzido, ao vivo e apresentado pela Linda Maria, na TV Jornal do Comércio – “Mundo da Criança” ou “Pinguinho de Gente”. Fiquei encantada com as crianças cantando, recitando (...), eu também queria participar. Lembro-me que muitas vezes, ensaiava cantar uma canção, acompanhada por “Caruaru”, ótimo pianista e brincalhão, mas não era chamada para cantar, porque o programa tinha pouco tem-po de duração e a concorrência era muito grande. Porém, eu não desistia, continuava ensaiando e quando tive a oportu-nidade de cantar, não parei mais. Graças aos programas de Linda Maria e Ivanise Palermo (em memória) eu comecei a aprender a ser profissional nas artes integradas – cantar com expressão corporal.

Descobri, quando adulta, que os meus pais eram artistas. Minha mãe, Carmelita quando menina brincava pastoril no Rio Tinto da Paraíba e meu pai, Antônio era composi-tor amador. Mamãe sempre estimulou e ainda estimula à minha dedicação ao mundo das artes. Durante a minha infância e adolescência ela me levava aos ensaios, shows e apresentações artísticas de música, teatro e dança - clássica e popular que aconteciam nas escolas, onde estudava, nos encontros de jovens da igreja Católica de Nova Descoberta, próximo onde morava, nos teatros e televisões. Ela também costurava as minhas roupas que eram bastante exóticas e avançadas para a época. Após as atividades artísticas nós conversávamos analisando e avaliando sobre a minha atua-

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ção. Carmelita, também apoiou à cons-trução da minha formação acadêmica ajudando-me na educação dos meus filhos, Marcelo e Roberto, enquanto cursava Especialização em Educação Musical e Mestrado em Música no Con-servatório Brasileiro de Música, no Rio de Janeiro, em 1985-1997.

Então o que eu sou é uma construção de interações de apoio familiar e de amigos. Por isso agradeço às pessoas visíveis e invisíveis que encontrei e en-contro nesta vida. Todas contribuíram e contribuem para a minha formação humana artística. Eu sou elas em mim.

MC – Como foi o início do caminho profissional, como escolha de vida?

FM – Como cantora, usei o pseudônimo - Fátima Marinho, pouco tempo Fatmar. Tornei-me intérprete da música de protesto destacando-me no programa “Dimensão Jovem”, na TV Jornal do Comércio. Porém fui proibida de cantar esse estilo musical no período da Ditadura. Obtive algumas vitórias no Programa do Silvio Santos. Consegui premiações como Intérprete de Maracatu e Frevo no Frevança. Cantava na Orquestra de Mário Griz, na Frevioca com o maestro e arranjador Ademir Araújo. No Rio de Janeiro participei do “Pixingão”, “Palco sobre Rodas”, “Teatro é vida” e dos -“Forró Forrado”, “Forró 66” e no LP e show de lançamento do meu padrinho musical Luiz Vieira. Fui premiada como “Melhor Intérprete de Forró”, no programa “Chacrinha”, pela Rede Globo, Rio de Janeiro, transmitido nacionalmente, em 1985. Prêmio de “Melhor Caboclinho” no Concurso de Música Carnavalesca da Prefeitura do Recife, 2005.

Quanto à minha formação em Arte Cênica destaco a contri-buição e a oportunidade de ter aprendido com os Mestres Valter Barros (...) e Maria José Campos Lima (em memória). De ter podido atuar sob a Direção do Dr. Valdemar de Oli-veira (em memória) em algumas de suas operetas no Teatro de Amadores de Pernambuco (TAP). No Teleteatro da TV Universitária, sinto orgulho de ter sido dirigida por Milton Bacarelli (em memória) na peça teatral “Salomé” de Oscar Wilde e “Noivinha do Golfinho” dirigido por José Maria de

Palhaço Pipoquinha em cena

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Austregésilo. Agradeço a minha iniciação no Teatro de Bo-necos à Madre Escobar, através do “Teatroneco”, no Centro Educativo de Comunicação Social do Nordeste – CECOSNE, em 1975. Foi aí, que criei a personagem - Palhaço Pipoquinha com o objetivo de ser o prólogo, animador e avaliador do teatro de boneco com as crianças. Graças ao convite de uma mãe para eu ir animar a festa de aniversário da sua filha, iniciei uma carreira de animação com recreação lú-dica, música (vocal e instrumental) e teatro de fantoches.

Fundamos o “Grupo Pipoquinha” – eu e Osman Jordão, em 1978. Produzimos o espetáculo de teatro e música “Domingo Alegre”, no Teatro Santa Isabel, no horário inédito 10 horas da manhã, com grande sucesso, com os atores/músicos: Péricles Gouveia, eu, Osman Jordão, Ivanildo José e Iratangi de Lima. Com a repercussão positiva e bilheteria esgotada renovamos a temporada com a produção do “Domingo Alegre nº 2” com os atores: Washigton, Zezo de Oliveira, Maria e Graça Marques, em 1979. “Domingo Alegre nº 3” no Teatro Joaquim Cardozo. Culminamos com o “Teatro para o Povo de Graça” nos bairros do Recife através do apoio da Sociedade de Moagens do Recife Ltda. Participamos do Circo Popular do Recife com Péricles Gouveia e Maria de Oliveira nas palhaçadas para as crianças e para os adultos com o “Rádio do Brasil”, 1984.

Através do Grupo Pipoquinha – Organização Artística à Cidadania, pesquisamos e produzimos espetáculos de tea-tro musical e livros com CD´s: “Quinta Estação” (edição esgotada); “A Chuva Chegou” (idem); “Festa Junina”; “As Etnias no Carnaval do Brasil”; “O Nosso Pastoril” (edição esgotada); “Música Tradicional Brasileira, do século XV ao

XXI. Para baixo e bateria”, com apoio do FUNCULTURA/Governo do Estado de Pernambuco, em 2004. “A Pata e a Raposa, The Duck and the Fox” livro ilustrado, colorido, bilíngue (Portu-guês e Inglês) com CD e transcrição em Braille (edição esgotada), apoio do FUNCULTURA/Governo do Estado de Pernambuco, 2012.

Comecei a atuar como professora de Música, Teatro e Dança para as crian-

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ças de escolas particulares no Recife – “Brasileirinho”, “Radier Júnior” e “Marista”. Estudava e adaptava o fol-clore brasileiro através das pesquisas de Mário de Andrade, Edson Carneiro, Câmera Cascudo; o desenvolvimento infantil com os psicólogos Rousseau, Piaget, Vigotsky (...). Educação Musical com Murray Schafer (...) para estimu-lar à valorização artística na formação educativa das crianças.

No Rio de Janeiro ensinei nas creches da Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ, 1990-1996. As canções criadas com a participação dos pais, funcionários e crianças foram registradas através da produção do livro “Histórias Cantadas”, de minha autoria, colorido, ilustrado, com fita cassete e partitura, através da editora “Memórias Futuras”, em 1996. Realizei de volta a Recife, uma adaptação do referido livro e produzimos a ope-reta “Histórias Cantadas” sob a direção cênica de Romildo Moreira e produção executiva do Dr. em História Severino (Biu Vicente), no Teatro do Parque, em 1999.

As aulas eram descobertas reflexivas sobre a presença da natureza na nossa vida que resultavam em composições sobre o vento, a água, o sol, a relação humana através do carinho e da amizade que resultou na produção do “Pipo-quinha, Musical Infantil”, cuja primeira edição foi em forma de fita cassete com encarte em preto e branco, no Rio de Janeiro, 1990. Transformou-se em CD com encarte colorido e depois, em livro colorido, com CD, interativo e partituras, no Recife. “Pipoquinha” foi adotado como material didático pelas Secretarias de Educação das Prefeituras de Olinda e do Recife. Transformou-se em opereta graças ao apoio do Sistema de Incentivo Cultural – SIC da Prefeitura do Reci-fe. “Pipoquinha, Musical Infantil o qual possibilitou a sua apresentação em oito bairros: Roda de Fogo, UR-5, Brasília Teimosa, Mustardinha, Joana Bezerra e Morro da Conceição, em 2008. Fez circuito através do projeto “Alô Planeta” – SESC/PE, graças ao apoio do artista e produtor José Manoel.

Palahaço Pipoquinha em

cena com boneco Homem

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22 NOV 2015

Este livro “Pipoquinha, Musical Infantil” será relançado na Livraria Cultura, na Comemoração dos “40 ANOS PIPO-QUINHA”, no dia 04.10.2015, às 16, com apresentação de algumas canções com os músicos/atores: Malou Marinho, Raminho Costa, Albérico e Carlos Alexandrino. Haverá uma sessão de autógrafo.

MC - Doutoranda em Educação e Mestra em Música, além de atuar como atriz, mamulengueira, professora, composito-ra, pesquisadora, enfim, com extensa formação nas diversas expressões artísticas, qual a que mais a encanta e motiva?

FM – Eu queria estudar Teatro, porque a Arte Cênica engloba todas as outras artes. Mas na década de 70 e início de 80 não havia, em Pernambuco, o curso de graduação em Arte Cênica, então fiz o curso de bacharelado em “Comunicação Social” – polivalente - produção em Rádio e Televisão. De-pois, diplomada, cursei “Licenciatura em Música”, ambos pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE. Como não tinha e ainda não tem Mestrado em Música neste Es-tado fui realizar meu sonho no Rio de Janeiro. E, o mesmo ocorreu com o Doutorado, os empecilhos eram muitos: poucas vagas, poucos cursos de Doutorado em Música nas Universidades brasileiras, raros estímulos. Para realizar projetos é preciso acreditar e persistir. Atualmente eu sou Doutoranda em Educação pela “Universidad Católica de

Fátima Marinho em performance

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POR TRÁS DAS CORTINAS 23

Santa Fe”, Argentina. Acredito que a pesquisa “Del Caos a la Creación Musical en Escuela Primaria” (Do Caos à Cria-ção Musical no Ensino Fundamental), um estudo de caso, qualitativa, participativa – onde atuo como professora de música e pesquisadora, com avaliações coletivas reflexivas entre os estudantes (crianças com e sem deficiência visual) poderá contribuir, com uma proposta didática de ensino e aprendizagem na Educação Musical. O resultado da tese pretende mostrar a possibilidade de mudança dos valores negativos (tristeza, raiva, briga) da cultura de violência para os valores da cultura de paz (alegria, amizade, carinho), nas escolas do Ensino Regular, através da Educação Musical inclusiva e reflexiva.

Sendo eu atriz, cantora, dançarina e professora posso: can-tar, dançar, representar e ensinar: frevo, maracatu, pastoril, bumba-meu-boi, coco, ciranda, baião, xote, xaxado, forró, bolero, jazz, blues, rock (...). Mas o que mais me encanta é o poder da criação. Imitando o Criador, ser poetisa, escritora, compositora, teatróloga, artesão (...) tendo como objetivo aprender a amar os amigos de cima e os de baixo, os amigos de todos os lados.

MC - Este ano você comemora 40 anos do Palhaço Pipoqui-nha, com inúmeros trabalhos realizados. Esse personagem é a matriz do seu trabalho para com as crianças?

FM – “Pipoquinha” é uma metáfora sobre o alimento nativo indígena - o milho, que para ele se transformar em pipoca necessita de uma panela, azeite e calor. Para vivermos bem, com paz, alegria, amor e saúde, precisamos aprender com a natureza que se doa como alimento gratuito. Acredito que eu sou 61 anos de vida, construindo-me e ajudando na construção de outras pessoas, como matriz do meu trabalho para criança de toda idade. As minhas criações são as filiais: 50 anos de can-tora/atriz e 40 anos de Pipoquinha/professora. Precisamos ser como as pipocas, que dançam e cantam pulando enquanto se transformam em pipocas alegres - alimentos para o corpo e o pensamento do ser humano.

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24 NOV 2015

Agradeço aos “invisíveis e aos visíveis, do passado, presente e futuro”, como diz meu Mestre de Capoeira Angola Jorge Ferreira. Os antepassados e os contemporâneos vivem em nós con-tribuindo para a realização dos nos-sos projetos. Assim, o “Pipoquinha” vai além do Palhaço ou da Palhaça. É uma Organização Artística à Cidadania, sem fins lucrativos. É um Pontinho de Cultura no Engenho do Meio. “Pipo-quinha”, eu sou com vocês “pipocas”. Quero agradecer ao MINC, pela pre-miação de título de “Mestra da Cultura

Popular” que recebi em 2013. Agradeço também a Manoel Constantino, editor da Agenda Cultural da Prefeitura do Recife, por oportunizar essa reflexão sobre a minha história de vida artística e compartilhá-la com você.

MC - Nesse tempo de tanta transformação tecnológica e, por outro lado, do crescente isolamento das pessoas por conta dos índices da violência, como você vê o papel da arte?

FM – A transformação tecnológica torna-nos mais conec-tados com o mundo inteiro no tempo real através de uma comunicação virtual, direta com audiovisual. No passado, uma carta levava meses, semana, dias para chegar ao des-tinatário, agora a comunicação é rápida, instantânea, direta através do celular e da internet.

As Leis dos Direitos Humanos foram criadas para comba-ter a violência e a impunidade. A Maria da Penha ajuda a Mulher ter coragem para lutar e aprender a se defender. A Educação e a Saúde para todas as pessoas, lentamente avança para a inclusão de crianças com deficiências nas Escolas de Ensino Regular na Prefeitura de Olinda e no Centro de Educação Musical de Olinda - CEMO, onde sou professora de Música, por exemplo, há profissionais quali-ficados – Braillistas, fonoaudiólogos e psicopedagogos. Os preconceitos étnicos, etários, gêneros, status estão sendo discutidos nas redes sociais. A cultura de violência, heran-ça cultural milenar que recebemos desde criança com as palmadas, beliscões, tapas, surras, dentro da família e nas

Pipoquinha em frente do teatro Santa Isabel

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escolas estão sendo combatidas. A mobilidade dos cadei-rantes e letra em Braille nos ônibus coletivos começa a ser visível. As transcrições em Braille nas capas dos produtos alimentícios, livros, CD´s e caixas de remédios estão sendo propagados.

Para mim todo ser humano seria uma melhor pessoa se praticasse, desde a infância ou mesmo quando adulta, pelo menos uma das artes (pintura, dança, teatro, música ...) porque o fazer artístico estimula o desenvolvimento da autoestima, das inteligências, da expressão corporal e da fala. É uma terapia e ciência lúdica que pode contribuir para o equilíbrio entre a razão e a emoção e à transformação de seres humanos a serem mais comunicativos, amorosos, reflexivos, cônscios e criativos.

MC – Para você, artista múltipla, quais seriam os caminhos para que houvesse uma maior valorização das artes e dos seus produtores, numa cidade como o Recife? Que suges-tões você teria?

FM – Mais apoio dos gestores governamentais da Prefeitu-ra do Recife em parceria com os empresários, no sentido de permitir e estimular apresentações gratuitas: circenses, grupos teatrais (gente e bonecos), danças e música com orquestras - popular e erudita nas praças públicas, nas escolas, nos teatros, diariamente ao meio dia e no final da jornada de trabalho.

Que o pagamento dos artistas seja efetuado imediatamente após a apresentação dos mesmos para que sejamos valoriza-dos e tenhamos condições de aprimorar nossas produções. Que a Educação da Cultura Artística seja um direito da po-pulação que quer viver bem com saúde, paz, amor e alegria!

Que as crianças, que estão nas ruas do Recife, cheirando cola, sejam alimentadas com água, comida e conhecimen-tos de sabedoria nas escolas. Que as escolas estimulem o fazer, o refletir e a criação de artes, coletivamente. Que as crianças possam cheirar a fragrância de banheiros lim-pos, salas com ventilação e iluminação adequadas. Que as crianças sejam amadas, abraçadas e beijadas por todas as pessoas com carinho, para que brote nelas e em nós uma espiga flor de amor, saúde, paz e alegria. Assim seja agora e sempre! Grata por tudo!

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17º Festival Recife do Teatro NacionalA Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Cultura e Fundação de Cultura Cidade do Recife, estará reali-zando no período de 21 a 29 de novembro, a 17ª versão do Festival Recife do Teatro Nacional. O evento tra-rá espetáculos de diversos gêneros, em locais como: Teatro de Santa Isabel; Teatro Apolo; Teatro Hermilo Borba Filho, Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu), Espaço Cênicas (Av. Marques de Olinda) e Forte das Cinco Pontas.Esta edição do Festival terá como homenageado o ator, dramaturgo e jornalista pernambucano Valdí Coutinho, em reconhecimento a longa folha de serviços prestados ao teatro local, principalmente por ter mantido uma co-luna diária sobre artes cênicas no Diario de Pernambuco, que em muito contribuiu para a difusão e o fortaleci-mento do teatro em Pernambuco.

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CÊN

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26 NOV 2015

O canto do cisne

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Em caráter extraordinário, o festival este ano terá uma presença maciça de espetáculos pernambucanos, sendo oito adultos e três infantis, somando-se aos espetáculos que virão de São Paulo, Bahia e Minas Gerais. No dia 28 às 17h, no Centro Apolo Hermilo, haverá o lançamento da revista Trema!Na pauta de formação, antecedendo as apresentações, será oferecida gratuitamente aos artistas de teatro da cidade, uma residência com o professor Janô (SP) no período de 16 a 20, no Centro Apolo / Hermilo. A reali-zação desta residência é fruto de uma parceria com a Universidade Federal de Pernambuco, tendo a coorde-nação pedagógica da Professora Marianne Consentino.

TEATRO LUIZ MENDONÇA

21 20h - Solenidade de AberturaEspetáculo - Rei Lear, da Remo Produções (PE)

22 16h30 - Como a Lua, da Mambembe Produções (PE)

TEATRO HERMILO BORBA FILHO

22 16:30h - Salada Mista, com a Cia. 2 Em Cena (PE)23 20h – Na solidão dos campos de algodão, da Cia. do Ator Nu (PE)24 19h – Soledad, com Hilda Torres (PE)25 19h – O canto do cisne, com produção da Cia Fiandeiros

27 18h e 21h30 – Sistema 25, com produção de José Manoel (PE)29 16h30 As Travessuras de Mané Gostoso, Cia Meias Palavras (PE)

TEATRO DE SANTA ISABEL

22 20h30 – Obsessão, com produção de Simone Figueiredo (PE)25 20h30 – Carta ao Pai, com Denise Stoklos (SP)28 20h30 – Presente de Vô, com o Grupo Ponta de Partida (MG)29 20h30 – Presente de Vô, com o Grupo Ponta

de Partida (MG)

TEATRO APOLO

24 20h30 – A Receita, de O Poste Soluções Luminosas (PE)26 20h – Cabaré Diversione, com produção de Simone Figueiredo (PE)28 19h – Solo Almodóvar, com Simone Brault (BA)29 20h30 – Cabaré Diversiones, com o Vivencial Diversiones (PE)

ESPAÇO CÊNICAS CIA. DE REPERTÓRIO

26 20h30 – Salmo 91, com a Cênicas Cia. de Repertório (PE)

FORTE DAS CINCO PONTAS (MUSEU DA CIDADE DO RECIFE)

27 20h - Angélicos, Matraca Grupo de Teatro (PE)

ARTES CÊNICAS 27

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RisadariaTeatro RioMarAv. República do Líbano, 251 / 4º piso – RioMar Shopping27 e 28 22he 29 20hR$ 50 e R$ 25 (meia)

A Risadaria SuperShows a presenta-rá uma série de espetáculos inédi-tos que reúnem grandes nomes do humor nacional de diferentes gêne-ros da comédia. O ator e humorista Marco Luque apresenta sessão es-pecial e inédita ao dividir o palco com outros grandes representantes da comédia nacional, como Rodrigo Fernandes, Victor Sarro e Marlei CevadaLas MariposasGalpão dos SonhosRua Duarte Coelho nº 269 - Bairro de Santa Tereza/ Olinda7 19h30

O espetáculo é fruto do desejo dos atores Andrea Veruska e Wagner Montenegro de retratar a situação de violência contra as mulheres em Pernambuco. O nome do espetáculo faz referência às irmãs dominicanas Maria Tereza, Pátria e Minerva,

conhecidas como Las Mariposas, que foram mortas em 25 de novembro de 1960 pelo regime ditatorial da República Dominicana, por busca-rem uma vida com mais igualdade entre homens e mulheres.

O palhaço de cara limpaRua da Imperatriz, 134, sala 14 – Boa Vista (ao lado do Banco Santander)Ter, Qui, Sex e Sáb 20hR$ 10

Criada por Flávio Renovatto, a ré-cita apresenta um homem de meia idade que trabalha como palhaço num circo e mora num espaço bem pequeno, porém aconchegante. Diferentemente dos outros inte-grantes, ele não mora no trailer ao redor do circo, e sim em um cômodo próximo do lugar onde o circo está armado. O quarto tem uma grade que está sempre fechada e por isso o homem costuma deixar a porta aber-ta. O Palhaço de Cara Limpa olha do quarto o movimento na rua e, mais adiante, o próprio circo. No ambien-te, um sofá-cama, um violão, uma ca-

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feteira elétrica, um notebook, livros, geladeira e mais algumas outras coisas que deixam o quarto lotado, mas bem organizado. O personagem vive só, ele diz poemas, conta histó-rias e canta canções sobre a vida e seus sentimentos. O espaço tem ca-pacidade para dez pessoas. Reservas: 88707853 e 95189843.

Las Mariposas4 19h30 - Praça dos coelhos Bairro dos Coelhos10 19h30 - UFPE - Cidade UniversitáriaO espetáculo é fruto do desejo dos atores Andrea Veruska e Wagner Montenegro de retratar a situação de violência contra as mulheres em Pernambuco. O nome do espetáculo faz referência às irmãs dominicanas Maria Tereza, Pátria e Minerva, conhecidas como Las Mariposas, que foram mortas em 25 de novembro de 1960 pelo regime ditatorial da República Dominicana, por busca-rem uma vida com mais igualdade entre homens e mulheres.

Cavaco e sua Pulga AdestradaApresentações gratuitas8 18h30 - Praça do Carmo (Olinda)15 10h - Parque 13 de Maio15 16h - Praça do Arsenal, com audiodescrição e libras29 16h30 - Parque de Camaragibe (Camaragibe)

O ator, palhaço, malabarista e músi-co Anderson Machado, da Caravana

Tapioca, através do incentivo do Funcultura, está levando a divertida peça “Cavaco e Sua Pulga Adestrada” para diversas praças e parques de cidades da Região Metropolitana do Recife, sempre com entrada fran-ca. Parte das apresentações conta comrecurso de acessibilidade co-ordenada por Andreza Nóbrega (VouVer Acessibilidade), com tradu-ção em libras e audiodescrição.

Ainda em novembro, Anderson Machado vai promover a oficina gratuita “O Palhaço e a Rua!”, cuja proposta é compartilhar parte do aprendizado adquirido em seus dez anos de ofício e pesquisa do riso. A oficina permitirá aos participantes, circenses, atores e artistas em geral, maiores de 18 anos, conhecer os pro-cessos de criação do artista através de diversos exercícios. Técnicas de despertar do riso, relação com espa-ço cênico, comicidade em habilida-des, improviso e atuação em espa-ços abertos, serão alguns dos temas abordados neste processo. Ao final, os participantes farão uma vivência prática na rua. A oficina acontece de 24 a 28 de novembro, das 13h30 às 17h30, no Espaço Vila (Rua Radialista Amarília Nicéas, 76, Santo Amaro). Inscrição: Enviar currículo e carta de intenção até o dia 20 de novem-bro para o e-mail: [email protected]

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A bicharadaTeatro Alfredo de OliveiraPraça Osvaldo Cruz, 412A – SoledadeDom 16h30R$ 40 e R$ 20 (meia)

O espetáculo, escrito e dirigido por Carlos Mallcom, é inspirado no clássi-co Os saltimbancos. E narra a história de cinco animais (um jumento, um macaco, uma galinha, uma gata e um cachorro) que por não serem reconhe-cidos por seus talentos, decidem se juntar para formar um grupo musical.

No truque da galinha mortaTeatro Valdemar de OliveiraPraça Osvaldo Cruz, 412 – Soledade32221200 | 87784620 e 95092626Sáb 21hR$ 50 e R$ 25 (meia). (Promoção solidária: levando 1 kg de alimento, desconto de 50% no valor da inteira.)

O espetáculo narra a trajetória de quatro atrizes veteranas que estão ensaiando laboratórios e números musicais para exibição de uma peça, com data já marcada de estreia. Durante os ensaios, elas recebem a notícia, pelo Diretor, de que todos os

patrocínios esperados foram cance-lados e por isso terão de improvisar outros números, a fim de cumprir a pauta. O resultado dessa artimanha explica a origem da expressão “tru-que da galinha morta”. Escrita e diri-gida por Aurino Xavier, No truque da galinha morta mostra a realidade en-frentada pelos grupos de teatro que lutam por apoios culturais, renovação de elenco e contra a falta de patrocí-nios, além de exaltar a vontade dos artistas de superar todas essas difi-culdades para realizar seus trabalhos.

Chapeuzinho VermelhoTeatro Alfredo de OliveiraPraça Osvaldo Cruz, 412A – SoledadeDom 10h30R$ 40 e R$ 20 (meia)

O musical é inspirado no clássico in-fantil Chapeuzinho Vermelho. Além de contar a história conhecida por muitos, o texto busca ensinar aos pequenos, de forma divertida, a fazer uma boa higiene pessoal, a não falar com estranhos, a cuidar da natureza, entre outras questões básicas para a formação de uma criança.

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11º Festival de Circo do BrasilCom patrocínio da Petrobras, a décima primeira edição do Festival de Circo do Brasil (FCB) 2015 segue até o dia 8. Considerado um dos principais eventos dedicados à arte circense do país, o Festival tem a alegria e o arrojamento técnico como foco. Sucesso da crítica espe-cializada – nacional e internacional – e consolidado na agenda cultural pernambucana-, tra 40 apresentações/intervenções, além de oficinas, exposição fotográfica, lançamento de livro, exibição de filme e documentário.O festival passa por Recife e Região Metropolitana, com 16 grupos de Curitiba, São Paulo, Brasília, Pernambuco, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espanha, Inglaterra e França. As apresentação variam entre gratuitas, R$ 20 e R$ 10. Outras informações: www.festivaldecircodobrasil.com.br. Confira a programação

Trueque Foto Cecilia Lima

ARTES CÊNICAS 31

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32 NOV 2015

Dia 01 - Domingo11h -Uma Supresa para Benedita (Grupo Trampulim – Minas Gerais)TEATRO HERMILO

“Uma Supresa para Benedita” relata o cotidia-no de maneira natural e bem humorada. Na tentativa de fazer uma surpresa para Benedita, o palhaço Sabonete gera uma grande confu-são de rumos inesperados. A simplicidade e o absurdo caminham juntos neste premiado e divertido espetáculo.

16h – Vivências CircensesPARQUE DONA LINDU

16h – Trueque (CIA Animée – PE)TEATRO APOLO

Trueque é a palavra em espanhol que significa “Troca”. As palhaças Tan Tan e Mary En unem--se às crianças para um momento de música ao vivo, mágica, palhaçadas.

17h – Acorda (Grupo Trampulim – Minas Gerais)TEATRO HERMILO

A décima quinta montagem do Grupo desafia os palhaços a encararem seus medos: a pre-cariedade e a incerteza do dia a dia, a forma como lidam com o tempo, a intolerância, a qualidade das relações e o rumo a seguir.

20h – Oktobre (FRAN)TEATRO LUIZ MENDONÇA

Magia, ilusão, dramaturgia e perícia. Oktobre é uma obra prima onde sentimentos são explora-dos através do jogo entre melancolia e euforia, absurdo e corriqueiro. O altíssimo nível técnico do grupo se manifesta num surrealismo embe-bido de humor ácido.

20h – As Levianas em Pocket Show (CIA Animée – PE)TEATRO APOLO

As Levianas emprestam corpo e alma aos di-versos tipos que fizeram a historia da música e com as palhaças Baju, Mary En, Aurhélia e Tan Tan, criam e recriam momentos hilários que vão do blues ao brega Cult.

A partir das 16h - A roda (PE) / A jornada do herói (SP) / Duo Morales (RJ)/ Chocobrothers (ESP)/ Chipolatas (UK).GALERIA JANETE COSTA

A Roda (Gabriel Santa Cruz – PE)

O brincante se desdobra em cinco personagens de inspiração nordestina e linguagem univer-sal. Através de pequenos truques, interage com a plateia criando um ambiente intimista e engraçado.

A Jornada do Herói (Victor Abreu- São Paulo)

“A Jornada do Herói” explora com maestria a técnica do Mastro Chinês. Criado e inter-pretado por Victor Abreu, o projeto surge da pesquisa cênica “Inconsciente Coletivo”, con-templado com o I Fomento ao Circo de Sâo Paulo na categoria Artista Circense.

Duo Morales (Guga Morales – Rio de Janeiro)

A improvisação dos artistas de rua dá o tom do espetáculo, jorrando alegria para todos os lados. Dani Morales é a Mulher-Banda e toca vários instrumentos musicais ao mesmo tem-po, enquanto Guga Morales toca seu trompete e demonstra incríveis técnicas circenses com maestria e humor.

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ARTES CÊNICAS 33

Dia 02 – Segunda-feira9h às 17h – Laboratório de criações Circus NextTEATRO HERMILO

10h – O Homem Foca (Guga Morales – Rio de Janeiro)GALERIA JANETE COSTA

Artista circense tradicional, Guga mistura nú-meros de equilíbrio extremo com malabarismo. É conhecido como O Homem Foca, por dominar a clássica técnica circense onde equilibra em uma faca na sua boca, uma bola, pratos e taças de cristal.

16h – Chipolatas (UK)PRAÇA DO CARMO (OLINDA)

Transcendendo tendências e gêneros e cruzan-do fronteiras culturais, três atores / músicos / palhaços se apresentam sem texto numa performance física, dinâmica e musical.

16h – Chocobrothers (Espanha/Brasil)PARUQE DA JAQUEIRA

O espetáculo Chocobrothers é composto por um trio de artista com mais de 20 anos de formação e atuação na arte circense entre Brasil e Espanha. Eles apresentam coreogra-fias acrobáticas de alto risco nas mais variadas técnicas circenses, em cenas nostálgicas que relembram sucessos musicais dos anos 70.

17h às 19h – Encontro de Mágicos com Yann Frisch (Fran)ESPAÇO VILLA

Dia 03 – Terça-feira9h às 17h – Laboratório de Criação Circus NextTEATRO HERLMILO

19h30 – Documentário “Circo Debre Berhan” de Luís NachbinCINEMA DA FUNDAJ (DERBY)

20h30 – Filme “A luneta do tempo” - de Alceu ValençaCINEMA DA FUNDAJ (DERBY)

22h30 – Yann Frisch (FRA) – SoloHaus

Dia 11 – Quarta-feira9h às 17h – Laboratório de Criação Circus NextTEATEO HERMILO

16h – Homem Foca (Guga Morales – Rio de Janeiro)PRAÇA CENTRAL DE CAMARAGIBE

19h – Lançamento do Livro “Cravo na Canela – Fama e fome”LIVRARIA CULTURA PAÇO ALFÂNDEGA

19h30 - Documentário: “Circo Debre Berhan”- de Luís NachbinLIVRARIA CULTURA PAÇO ALFÂNDEGA

Dia 12 - Quinta-feira9h às 17 – Laboratório de Criação Circus NextTEATRO HERMILO

20h – Resultado Work in Progress 2014 - Memórias da Dor em Tempos de liberdade (PE)TEATRO HERMILO

21h Concerto para Ri Maior (PR)TEATRO APOLO

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Dia 06 – Sexta-feira9h às 17h – Laboratório de Criação Circus NextTEATRO HERMILO

20h – Work in progress “Aéreo Improvisado” (Coletivo Lugar Comum – PE)TEATRO HERMILOÉ a apresentação pública de uma pesquisa artística que parte da interseção entre Tecido Acrobáticoe a prática do Contato Improvisação. A proposta é levar para o público um trabalho em processo (work in progress)- circo e dança, vôo e salto, mergulho e contato.

21h – Les Butors (Cirque Hirsute – França)TEATRO SANTA ISABELOs palhaços são inspirados no movimento das garças, no gestual e na emissão de sons. As “aves” presas em corpos humanos, se cortejam num aparelho cênico de sete metros de altura construído especialmente para o espetáculo, no qual as personagens se equilibram reali-zando acrobacias virtuosas e bem humoradas

21h – Conserto em Ri Maior (Cia dos Palhaços – Curitiba)TEATRO APOLO

O maestro e palhaço Wilson Chevchenco apre-senta um concerto baseado em sua origem russa e conta com a ajuda de Sarrafo, seu fiel amigo, para executar as obras de sua família e ser compreendido pela plateia, já que não fala o idioma português.

Dia 07 – Sábado9h às 17h - Laboratório de Criação Circus NextTEATRO HERMILO

11h – Flor do Lixo (PE)TEATRO HERMILO

16h – Meu Chapéu é o Céu (DF)PARQUE SANTANA

17h – Les Butors (FRA)TEATRO SANTA ISABEL

18h - Um Café da Manhã (São Paulo)TEATRO LUIS MENDONÇA

O Coletivo Um Café da Manhã é um grupo cir-cense que tem como pesquisa a Acrobacia Aérea na construção da dramaturgia. A expressão corporal é a forma e o conteúdo do espetáculo homônimo “Um Café da Manhã”- o espectador viajará por estados emocionais e será convida-do, não a racionalizar, mas a sentir.

20h – Work In progress – Aéreo Improvisado(PE)TEATRO HERMILO

20h – Concerto Para Ri Maior (PR)TEATRO APOLO

Dia 08 – Domingo11h – Flor do Lixo (Caravana Tapioca - PE)TEATRO APOLO

No espetáculo “Flor do Lixo” dois artistas de rua começam seu show, mas a apresentação é interrompida devido a um curto-circuito que estraga os equipamentos da dupla.

16h – Meu Chapéu é o Céu (Coletivo Instrumento de Ver- Distrito Federal)PRAÇA SÃO JOSÉ (ABREU E LIMA)

17h – Les Butors (FRA)TEATRO SANTA ISABEL

18h – Um café da manhã (SP)TEATRO LUIS MENDONÇA

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CANTO DAQUI 35

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Muta segue nova trilha Por Jaciana Sobrinho

As divagações que transformam a própria casa num navio a navegar pelo mundo e em outro momento fa-zem alguém despencar em queda livre, sem paraque-das, na vida real cheia de dissabores são a porta de entrada para a carreira solo de Juliano Muta, que agora assina apenas Muta. O músico que compõe há mais de 15 anos e foi peça chave de várias bandas da cena mu-sical recifense, agora enveredou por um novo caminho. Seu primeiro disco “Chego Perto”, lançado em outubro passado, atesta bom gosto e qualidade por si só, a cada faixa ouvida.

O convívio com a música desde a infância, por in-fluência dos pais, o levou a aprender a tocar violão fa-cilmente, assim como foi fator decisivo para escolha da profissão de músico. Embora tenha a formação de

foto Breno César

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jornalista e atue na área, a músi-ca também ocupa seus dias e seus planos. Juliano integrou as ban-das Inferninho Samba Orquestra (2010),  Ínsula (2008) e Chocalhos e Badalos (2002) e atualmente faz par-te do grupo de samba e choro Fio da Meiota. Além disso, compõe trilhas para peças teatrais, o que lhe ren-deu em 2014 a comenda da Apacepe como Melhor Trilha Sonora pela

composição, em parceria com Leo Vila Nova, para o espetáculo H(EU)stória - O Tempo em Transe.

“Eu acho que comecei a perceber que apesar de es-tar no meio da música há anos e de ter vivido experi-ências valiosas nas bandas por onde passei, ocorre que no trabalho coletivo, onde todos são sócios, além da necessidade de que cada integrante esteja muito envol-vido pra que o trabalho prospere, tem a questão de que o compositor, o artista sempre fica em segundo plano, pois quem chega ao público é a “entidade” da banda. Eu sempre fiz as músicas dos projetos que toquei, mas minha imagem como artista, compositor, sempre ficou

anônima. Ou seja, depois de quin-ze anos de carreira e mais de cem músicas compostas, decidi que era o momento de me colocar como artista, compositor e assumir essa carreira que escolhi desde que me entendo por gente”, reflete Muta.

Em quase três anos de trabalho para chegar ao fim da produção, Juliano custeou cada centavo neces-sário e contou com apoio de amigos músicos em todo o processo. Filipe Barros e Rogério Samico dividem

foto Marcelo Soares

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com ele a produção, além de participar das gravações com guitarras, vozes, sintetizador, baixo, teclado e pro-gramações.

O elenco não para por aí: “A escolha foi bem pesso-al. Foram escolhidos não só pela capacidade e talento musical, mas pela nossa amizade”, lembra ele. Thiago Suruagy (bateria), Lucas Araújo (bateria), Leo Vila Nova (percussão), Moab Nascimento (trombone), Alexandre Rodrigues (clarinete e sax), Isadora Melo (voz), Julio César (sanfona) e Carlos Ferrera voz) que já trabalha-ram com Muta em algum momento, fazem parte desse álbum também. A cantora Marina Silva e o percussio-nista Lucas dos Prazeres também fazem participações especiais. “O mais legal é que continuei ao lado de vá-rios amigos que sempre me acompanharam nas várias bandas em que toquei. Contei com muita generosidade de todos”, afirma Muta.

O disco tem dez faixas auto-rais, algumas em parceria, e abre um leque de ritmos bem arranja-dos, incluindo nova roupagem para duas composições já conhecidas – Roendo o ócio (Juliano Muta / Leo Vila Nova) e Tricotê (Juliano Muta / Pedro Saldana) – gravadas na tra-jetória da banda Ínsula, encabeçada por Muta. A décima primeira músi-ca é instrumental e composta por Filipe Barros. Folk, reggae, bolero, brega e salsa são aliados do reper-tório que prende a atenção. O pro-jeto gráfico da artista visual Bárbara Melo e as fotos de Breno César arre-matam a beleza do álbum.

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Todas as músicas já estão disponíveis para audi-ção em plataformas de streaming como Soundcloud, Deezer e Youtube, e o disco físico já está a venda. O contato pode ser feito pela fanpage do artista: https://www.facebook.com/JulianoMuta.

Ao fim dessa primeira parte da missão de lançar um disco, Juliano se diz realizado, mesmo sabendo que é só o (novo) começo. “Sentimento de dever cumprido e gratidão a todos que de uma forma ou de outra contri-buíram com o disco. Sinto uma profunda felicidade em perceber como tenho amigos generosos e como apesar das dificuldades posso continuar sonhando com essa carreira”, entrega.

Contato para shows: (81) 99643.4510

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Betto do Bandolim apresenta seu show De Todos os TonsBetto do Bandolim apresenta-se no Teatro Luiz Mendon-ça visitando o repertório acumulado nos seus 40 anos de carreira. Indo do choro ao Frevo, fundindo estilos da música pernambucana com outros estilos brasileiros e ressaltando que não há limites na música para executar um instrumento. A apresentação terá como convidado especial o cantor e instrumentista Cezinha do Acordeon e ainda as participações do violonista Bozó 7 Cordas e de Racine Cerqueira. O artista estará acompanhado pelos seus grupos: O Brasil Sonoro e o 4pOr4.Consagrado instrumentista, compositor e arranjador, Betto do Bandolim começou na música aos 16 anos de idade e ficou mais conhecido executando Frevos e choros, embora tenha gravado vários gêneros de música como: samba, blues, música erudita e regional nordesti-na. Dividiu o palco com grandes nomes da MPB como: Yamandú Costa, Hamilton de Holanda, Paulinho da

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Viola, Henrique Annes e Alessandro Penezzi. Referência em Frevo, Betto tem 13 discos autorais gravados e inúmeras participações em trabalhos de diversos artistas.15 19hTeatro Luiz Mendonça – Parque Dona LinduAv. Boa Viagem, s/n – Boa Viagem | 3355.9821 / 9836.34851R$ 60 (inteira) | R$ 30 (meia)

João Lacerda(81) 99938-1351Filho do Senador do Rojão acaba de lançar mais CD com a participação de 20 artistas do cenário musical. O cantor João Lacerda tem seu estilo próprio e escolheu o forró para fa-zer carreira. O artista nasceu dentro da música e como não poderia ser diferente o seu sonho era ser igual ao seu pai “Aos 11 anos surgiu a opor-tunidade de gravar a música Dengo da menina no LP de Genival Lacerda, sendo esse um dia que ficou marca-

do para sempre na sua vida. Depois disso não parou mais de trabalhar com música, sempre participando inicialmente como produtor, empre-sário e em 2007 assumiu a carreira Solo. Já são 24 anos cantando forró. O show é sempre bastante dançante e o estilo inconfundível, regado a um  repertório atualizado, com uma nova pegada, muito forró, xote, vanerão e arrasta pé.

André Moraiswww.andremorais.comDilacerado é um disco de amor e erotismo. Poesia conduzida por for-te desejo, num universo particular que une corpo, natureza e divino. Segundo álbum da carreira de An-dré Morais, o trabalho apresenta dez canções de sua autoria em parceria com importantes nomes da música brasileira, além das participações es-pecialíssimas de Elza Soares e Naná Vasconcelos.Parceiro de compositores como Chi-co César, Carlos Lyra, Sueli Costa e

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Ná Ozzetti, desde muito cedo, Mo-rais mostrou-se um artista versátil, com uma inquietação criativa que alcança a música, a poesia, o teatro e o cinema. Em estado permanente de poesia, Morais construiu, ao lon-go de três anos, canções pautadas por um amor lascivo, mas também com uma forte ligação com a natu-reza, com Deus e com o ser poeta no mundo. Em versos como “me ame sem pele, sem lábios, sem o que me faz ser amado, me ame assim: dila-cerado...”, ele transforma esse novo trabalho no canto de seu orbe mais íntimo. Sua poesia, aos poucos, foi tocando antigos e novos parceiros, que as traduziram em música, nas-cendo assim as canções de amor que formam o seu Dilacerado.

Bibi Ferreira Canta Repertório de SinatraTeatro GuararapesCentro de Convenções de Pernambuco - Olinda | 4003.12127 20h

Plateia especial: R$ 200 (inteira) e R$ 100 (meia)Plateia: R$ 180 (inteira) e R$ 90 (meia)Balcão: R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia)Pontos de venda: bilheteria do teatro, lo-jas Reserva dos shoppings Recife e Plaza, Livraria Jaqueira ewww.ingressorapido.com.br.Em 74 anos de carreira, Bibi Ferreira já encarou grandes desafios: cantou Edith Piaf, Carlos Gardel, Dolores Duran, Chico Buarque, Amália Rodri-gues. Cantar Frank Sinatra não seria diferente. Conhecida pela ousadia, a diva de 93 anos de idade é a pri-meira mulher a fazer um espetáculo só com músicas interpretadas por ele. “Bibi Ferreira Canta Repertório Sinatra” chega ao Recife no ano do centenário do artista para única apresentação, dia 7 de novembro, no Teatro Guararapes.A ideia do show surgiu de uma brin-cadeira em torno de um certo temor que o cantor tinha: o medo de abrir a boca para cantar, e a voz não sair. Segundo Bibi, é o “efeito Sinatra”. Neste show, acompanhada por um quinteto musical, Bibi passeia pelos principais sucessos de Sinatra e pelas canções de Tom que ele interpretou majestosamente. Músicas como “I’ve got you under my skin”, “My way”, “The lady is a tramp”, “Someone to light up my life” e “Rock around the clock” estão no repertório.

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Geminis em “Uma Noite com os Bee Gees - Especial Love Songs”5 21hTeatro RioMar4º piso do RioMar Shopping - Av. Repúbli-ca do Líbano, 251, Pina,Balcão Nobre: R$ 160 e R$ 80 (meia)Plateia Alta: R$ 180 e R$ 90 (meia)Plateia Baixa: R$ 200 e R$ 100 (meia)Vendas na bilheteria do Teatro RioMar Recife (terça a sábado, das 12h às 21h,e domingos e feriados, das 14h às 20h)Vendas online: www.ingressorapido.com.br Televendas: 4003-1212Após turnê que passou por 35 ci-dades brasileiras em 2014, a banda argentina Geminis volta ao País apre-sentando novo show: “Uma Noite com os Bee Gees - Especial Love Songs”. O espetáculo, totalmente repaginado, fará uma releitura dos principais clássicos românticos dos Bee Gees, além de canções da carrei-ra solo dos Irmãos Gibb e hits das trilhas sonoras dos filmes “Embalos de Sábado à Noite” e “Grease – Nos Tempos da Brilhantina”. Os ingressos

já estão à venda a partir de R$ 80 – através da promoção “Para Curtir Junto”, na compra de um bilhete pelo valor inteiro, com mais R$ 1 você leva o segundo.O grupo utiliza os mesmos arran-jos vocais, figurinos e instrumentos de época que os Bee Gees usavam em suas aparições ao vivo. Em 16 anos de estrada, a Geminis já passou por 12 países, sendo aplaudida por mais de 1 milhão de espectadores em cerca de 400 apresentações. Em “Uma Noite com os Bee Gees - Espe-cial Love Songs”, o público vai ter a sensação de estar vendo e escutan-do novamente os Irmãos Gibb no palco, em uma riqueza de detalhes impressionante. Um espetáculo úni-co que faz um verdadeiro convite para a plateia voltar no tempo e se apaixonar ao som desta que foi, sem dúvida, uma das maiores bandas da história da música.

Escola Técnica Estadual de Criatividade MusicalAuditório da ETECMRua da Aurora, 439 - Boa Vista3181 2875Gratuito

4 19h30 Recital de Flauta de Mayra Estevamcorrepetidor ao piano Ericson Cavalcanti

6 19h30 Recital de Flauta de Camila Robertacorrepetidor ao piano Ericson Cavalcanti9 16h Projeto Segundas de Primeira Mostra de choro do compositor Inaldo Moreira

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Concerto da Orquestra Sinfônica do RecifeTeatro de Santa IsabelPraça da República, s/n – Santo Antônio3355 332318 20hGratuitoDando continuidade ao Ciclo das sinfonias de Schumann, A Orquestra Sinfônica do Recife apresenta neste mês de novembro a Sinfonia nº 2 em dó maior, opus 61, em 4 movimentos. Embora muitos dos temas da Sinfo-nia nº 2 façam referência a melodias de J. S. Bach e Beethoven, o caráter da peça nem de longe lembra a obra desses mestres. Para Schumann, o mestre da sinfonia não era Beetho-ven e sim, Schubert.Ainda no programa, sob o coman-do do maestro Marlos Nobre, a OSR executa o Concertino para oboé e orquestra, de Brenno Blauth, com o solista Junielson Nascimento.O Concertino traz uma atmosfera nacionalista, marca do movimento que buscava retomar o nacionalis-mo na música brasileira no come-ço dos anos 60 e teve seu auge no

ano de 1962. Hoje, as obras de Breno Blauth são conhecidas no Brasil e no mundo.

Wanderléa26 e 27 20h e 28 17h e 20hCAIXA Cultural RecifeAvenida Alfredo Lisboa, 505 – Praça do Marco Zero – Bairro do Recife3425 1900R$ 20 e R$ 10 (meia)O novo espetáculo de Wanderléa é uma mistura entre o passado e o presente da Música Popular Brasi-leira. A cantora revisita os clássicos da Jovem Guarda que a consagraram, como Foi Assim (Ronaldo Côrrea e Donaldson Gonçalves) e Prova de Fogo (Erasmo Carlos) mas também canta seu período pós-movimento, com canções de Gilberto Gil, TIM Maia, Jorge Mautner e Rita Lee. Wanderléa é uma das cantoras mais populares do Brasil. Com seu talento e carisma, a cantora tem uma traje-tória que marcou época, impôs no-vos estilos e contribuiu para uma mudança comportamental significa-tiva nas décadas de 60 e 70, sobretu-do dos jovens.

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Leonardo e Eduardo Costa6 21Classic HallAv. Agamenon Magalhães, Complexo de Salgadinho, s/n, Olinda | 3207 7500R$40 a R$ 1200Vendas na bilheteria do Classic Hall e nas lojas Renner do shopping Recife e Rua Imperatriz.Primeiro trabalho gravado por Le-onardo em parceria, após a morte do irmão Leandro – Cabaré é uma coletânea de sucessos do ritmo ser-tanejo. No repertório, músicas como Ainda ontem chorei de saudade, Último Adeus, Fio de Cabelo e Liguei para di-zer que te amo. Além dessas músicas o show ‘Cabaré’ apresenta diversas outras regravações do estilo ‘dor de cotovelo’, marcam a set list covers de Reginaldo Rossi, Amado Batista e Xitãozinho & Chororó. A abertura da noite fica a cargo de Lucas Costa.

Fanta Kantonê – 11 Anos de Brasil19 e 20 20h21 17h e 20hCAIXA Cultural RecifeR$ 20 e R$ 10 (meia)A cantora e bailarina Fanta Konatê da Guiné Conacri celebra 11 anos de carreira internacional e a alegria de estar no Brasil, país que escolheu como segunda pátria. Apresen-tando a ancestralidade das aldeias Malinkês nos tambores, na dança e na voz, inova com sua Troupe Djem-bedon. Seu trabalho une a Guiné e Brasil num só povo, de toadas de boi aos cantos das plantações. Pro-jeções multimídia contextualizam e ampliam a dimensão deste encontro. Seu show é um profundo resgate da herança africana ao mundo. As pro-jeções multimídia em alta resolução elevam a platéia a um estágio senso-rial inusitado e contemplativo.

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Caetano Veloso e Giberto Gil13 21hClassic HallAv. Agamenon Magalhães, Complexo de Salgadinho, s/n, Olinda | 3207-7500R$200 a R$ 1400 Vendas na bilheteria do Classic Hall e nas lojas Renner do shopping Recife e Rua ImperatrizA turnê comemorativa aos 50 anos dos amigos Caetano Veloso e Gilber-to Gil traz Back in Bahia, Coração Vagabundo, Tropicália, Marginália, Andar com Fé, Que Deus deu, que Deus dá, Roda Gigante e Tieta. O pro-jeto será lançado em DVD pelo selo Multishow Ao vivo.

Voz do CapibaribeBar Teatro de MamulengoPraça do Arsenal – Bairro do RecifeSáb 17h às 22hTendo como proposta musical o res-gate de autores e músicas do can-cioneiro nacional e pernambucano presentes no imaginário popular, além de músicas autorais, por onde desfilam o samba, o frevo, a bossa nova, o baião, o forró, a ciranda e o coco, o grupo Voz do Capibaribe ao

se apresentar abre o microfone para o público, interagindo assim com os “cantores anônimos” da plateia. A banda, formada por Almani Galdino (vocalista), Evane Sarmento (violo-nista e vocalista), Rosângela Ribeiro (vocalista), Bernardo Belmonte (pan-deirista, flautista, pianista) e Gustavo Soares (percussionista), apresenta-se todos os sábados no Bar Teatro de Mamulengo, um reconhecido espaço de fomento à cultura.

Música ao vivo e boemiaSabor do Antigo Boteco BarRua da Guia, 89 – Recife AntigoQui a Sáb 19h30O Sabor do Antigo boteco bar é uma opção aconchegante e segura para aproveitar o Happy Hour. Situado na rua da Guia, 89, o bar traz uma al-ternativa para aqueles que gostam de curtir a noite sem abrir mão de um atendimento personalizado, de segurança e de boa música. A pro-gramação musical começa a partir das quartas-feiras, com a Quarta das Paixões, reunindo futebol, música e cerveja. Nas quinta-feiras, o local recebe nomes já conhecidos do ce-nário musical recifense, como Nira

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Santos, Gerlane Lops, Bianca Mene-zes, Rebekka Martins, Ganga Barre-to, Xuxinha e Xote Marley. Além de Jaina Elne, Jana Figarella (atuou no musical “Cássia Eller”), Katti Alves, Marcelo Ferrari, Marta Santana, Swamy Matos,  Diogo San-tana, Fred Simões, Thiago Paiva, Isa-bela Moraes, Hed Maia, Cida Maria, Tiza Diniz, Juh De Paula, Bárbara Fagundes. Nas sextas e nos sábados, a programação musical inclui MPB, Pop Rock, Rocks Clássicos brasileiros e internacionais, Xote, Manguebeat e Coco. A casa abre sempre às 19h. Confira a programação semanal na FanPage no Facebook (sabordoanti-go) e no Instagram (sabordoantigo).

Música brasileira ao vivoCordel BotequimRua da Hora 837 – Espinheiro Sex e Sáb (a partir das 20h)Couvert: R$ 2030334126www.cordelbotequim.com.brOs cantores Serginho, Marquinhos e Banda, Eran Rouche e As Nenas são os responsáveis pela animação do restaurante e bar Cordel Bote-quim, localizado no Espinheiro. Os artistas, que se apresentam em dias alternados, fazem a festa com um repertório diverso que passeia pe-los estilos musicais de MPB, forró, samba e sertanejo.

Terça do VinilLisbela e Prisioneiros BarLargo de Santa Cruz, Boa VistaTer 19hGratuitowww.facebook.com/tercadovinilO DJ 440 anima a noite com o me-lhor da música brasileira. A Terça do Vinil já se tornou uma opção de happy hour muito querida pelos per-nambucanos. Como de costume, o DJ 440 comanda as carrapetas com sua coleção de vinis, no bar Lisbela e Prisioneiros, no Pátio de Santa Cruz. Na vitrola, são tocados ritmos como samba, jazz, samba rock, tropicália, guitarrada, entre outros. O projeto de Juniani Marzani, ou popularmen-te conhecido por DJ 440, visa resga-tar e proteger a boa música brasilei-ra, através de discos de vinil. A festa tem início às 19h e encerra às 23h.

Música ao vivoEstação CaféRua Prudente de Moraes, 440, Sítio Histórico de Olinda | 3429 7575Sex e Sáb 20h às 21h30Couvert: R$ 6Toda sexta-feira o duo Modulando, formado por Mauro Tergal (bando-lim) e Carlos Oliveira (violão de sete cordas), ambos formados pelo Con-servatório Pernambucano de Mú-sica (CPM), apresenta um show de

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música instrumental. No repertório, clássicos da bossa nova, do tango, das valsas e da música clássica. Aos sábados, no mesmo horário, é a vez do chorinho com o grupo Choros & Alegria.

Fio da MeiotaRetalhos BarRua da Aurora, 1139 (esquina com a Rua do Lima)Qui 21hR$ 12Reservas pelo telefone 34452787*Proibida a entrada de menores de 18 anos.Quinta é dia de samba, mas o samba é de primeira. O Fio da Meiota está em temporada no Retalhos Bar como banda residente, sempre às quintas, a partir das 21h. A cada semana, um artista, cantor(a) ou instrumentista é convidado pelo grupo. A banda é for-mada por Juliano Muta (voz), Elton Sarmento (violão, cavaquinho, voz),

Bruno Nascimento (violão de 7 cor-das), Junior Teles (pandeiro e percus-são) e Filipino (surdo e percussão). No repertório, são contempladas as várias fases desse ritmo genuina-mente brasileiro, o samba, desde os compositores clássicos como Cartola e Zé Ketti, até os mais recentes, a exemplo de Chico Buarque e Marti-nho da Vila, sem deixar de privilegiar as músicas autorais.

Monique MorenaBoteco e Bistrô (Shopping Recife)R. Padre Carapuceiro, 777 – Boa ViagemQui 19h30 e Sex 20hCouvert: R$ 6,6033386436 | 84882627 | 98401724Monique Morena navega por vários ritmos: samba, MPB, frevo e vários outros, além de se perceber toques da música internacional em suas canções. Seu show tem repertório variado.

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Show FolclóricoTer 21HRestaurante CatamaranCais das Cinco Pontas, s/nR$ 4034242845 / 999734077Todas as terças, o restaurante Cata-maran oferece um grande show com um balé que apresenta ao público a diversidade e beleza dos ritmos da cultura nordestina: xaxado, maraca-tu, coco, ciranda, caboclinho, frevo e forró. O espetáculo tem duração de aproximadamente duas horas.

Tour Rio Capibaribe e suas PontesRestaurante CatamaranCais das Cinco Pontas, s/nSeg a Sex 16h e 20h (reserva prévia)Sáb 11h | 14h30 | 16h | 17h30 | 20h

Dom 11h | 14h30 | 16h | 17h30Adulto: R$ 40 | 6 a 10 anos: R$ 25 | 0 a 05 anos: gratuito34242845 / 999734077Nesse tour, a Cidade do Recife pode ser observada por um ângulo dife-rente, ou seja, das águas do rio Capi-baribe, ao longo do qual o observa-dor percorre as três ilhas do Centro do Recife (Santo Antônio, Bairro do Recife e Boa Vista) e passa por baixo de cinco pontes (Pontes 12 de Setem-bro, Maurício de Nassau, Manuel Bu-arque de Macedo, Princesa Isabel e Duarte Coelho). Durante o city tour aquático, os visitantes apreciam be-las paisagens de vários pontos turís-ticos, tais como o Parque de Escultu-ras de Francisco Brennand, a Praça do Marco Zero, o Paço Alfândega, o Ginásio Pernambucano, a Assembleia Legislativa, o Teatro de Santa Isabel e o casario da Rua da Aurora. A bordo, os visitantes contam com a presença de um guia que relata histórias e curiosidades sobre o Recife.

Tour Recife e seus BairrosRestaurante CatamaranCais das Cinco PontasDomingos | 10h (reserva prévia) – Passeio com duração de aproximadamente duas horas.Adulto: R$ 55 | 6 a 10 anos: R$ 30 | 0 a 05 anos: gratuito34242845 / 999734077O passeio contempla as paisagens urbana e natural da cidade, passan-do por 14 bairros do Recife, entre eles, os contemporâneos e outros

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bem antigos que, erguidos durante o período colonial, mostram-se ain-da belas edificações, hoje tombadas, que mantêm conservada a paisagem secular do Recife.

Feiras do Prodarte33558 755O Programa de Desenvolvimento do Artesanato (Prodarte) promove feiras de artesanato em diversos pontos da capital pernambucana. A iniciativa, realizada desde 1987, tem como objetivos de apoiar os artesãos cadastrados no programa; fortale-cer a geração de renda e divulgar a cultura da cidade. Fibras, tecidos, madeira e couro são alguns dos ma-teriais selecionados pelos artesãos que dão vida à grande diversidade de peças.

Feira Lagoa do Araçá1º e 3º Sábados 15h às 21h

Feira Casa Forte2º e 4º Sábados 15h às 21h

Feira do Capibaribe – Sede da Prefeitura do RecifeTrês últimos dias úteis do mês 8h às 15h

Feira Parque Dona LinduSáb e Dom 14h às 21h

Feira de Boa ViagemSeg a Dom 14h às 22h

Feira Prodarte na RuaRecife Antigo (Avenida Barbosa Lima)

Dom 14h às 21h

Visitas monitoradas ao Instituto Ricardo BrennandEngenho São João, s/n – Várzea (Alameda Antônio Brennand)Ter a DomR$ 7 (para escolas agendadas) | R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)Crianças com até sete anos não pagam2121 0352O Instituto Ricardo Brennand ofere-ce visitas monitoradas para grupos escolares de instituições privadas e públicas. O intercâmbio entre o museu e as instituições de ensino acontece de terça a domingo, me-diante agendamento. Realizadas por monitores capacitados, o atendimen-to serve para prestar maior assistên-cia aos visitantes. Escolas públicas têm entrada gratuita. Para escolas privadas, o bilhete custa R$7, ambas, porém, precisam de agendamento

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prévio. Além das instituições de en-sino, grupos particulares, empresas e turistas também podem agendar a visitação.Com o mais completo acervo sobre o período Brasil-Holanda do mun-do, o IRB, na Várzea, propõe-se a ser uma extensão da sala de aula. Lá os estudantes têm acesso ao castelo de armas, à biblioteca, à pinacote-ca, entre outros espaços. O IRB abre semanalmente, de terça a domingo.

Visitas guiadas ao Teatro de Santa IsabelPraça da República, s/n – Santo AntônioTer e Dom 14h às 17hGratuito33553323 | 33553324O projeto pretende apresentar o Teatro de Santa Isabel, tombado como Patrimônio Histórico e Artís-tico desde 1949, contando sua his-tória e curiosidades, como forma de contribuir para a formação de cidadãos aptos a respeitar e cuidar do bem cultural. Ao final de cada visita, os participantes assistem a uma apresentação artística. O pas-seio, gratuito, acontece das 14h às

17h e não precisa ser agendado. O último grupo de visitantes começa o passeio até meia hora antes do horário de encerramento das visitas.Já grupos que queiram conhecer de perto mais detalhes sobre a ar-quitetura e história do centenário Teatro, podem participar do Projeto de Educação Patrimonial. Escolas, ONGs, centros comunitários, grupos artísticos e outros do gênero devem--se inscrever pelo e-mail: [email protected] (para passeios a serem realizados às terças-feiras no turno da tarde).

Feira de Antiguidades do Museu do EstadoMuseu do EstadoAv. Rui Barbosa, 960 – GraçasÚltimo domingo do mês 10h às 18hGratuito31843170Sempre realizada no último domin-go de cada mês na área externa do Museu, a feira acontece há mais de 20 anos. A participação como vende-dor é exclusiva para os antiquários cadastrados, mas o evento é aberto ao público em geral. São expostas e comercializadas peças de mobiliá-

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rios, joias, relógios, peças decorativas de prata, porcelanas, cristais, moedas antigas, quadros e imagens sacras. Uma oportunidade para um dia de lazer, cultura e bons negócios.

City Tour Recife Mal-assombradoTravessa do Amorim, 66 – Bairro do RecifeSáb 18hR$45 3039 0100Inspirado no passeio executado uma vez por mês pela Prefeitura da Ci-dade do Recife e nos city tours as-sombrados realizados em Edimburgo e Londres, o roteiro inclui visitas a teatro, praças, museus, antigas pri-sões, mansões e ruas que foram palcos de mistérios e lendas de as-sombros. Todos relatados em livros ou em contos. Durante o trajeto, o público assiste de perto a represen-tação das histórias mencionadas no passeio. Todas encenadas por atores. Dentre os equipamentos que fazem

parte dos nossos roteiros, estão: o Museu da Cidade do Recife, Teatro de Santa Isabel, Arquivo Público Es-tadual de Pernambuco. Os passeios acontecem aos sábados, começando às 18h, saindo da Praça do Arsenal. O roteiro é percorrido com peque-nos trechos a pé e deslocamento em ônibus rodoviário. 

Sarau da FridaBar Sushi DigitalRua da Moeda, 122 - Bairro do RecifeTer 19hGratuitoVárias atividades acontecem durante as noites do Sarau, como vendas de vinis, brechó e feira de antiguidades, além de palco aberto para o público cantar e declamar poemas durante a noite. Comandado pela empresária Irene Valença, conhecida como Frida, por se caracterizar como a pintora mexicana, o evento acontece na Rua da Moeda a partir das 20h e é gratui-to. A noite ainda conta com música ao vivo, em show aberto ao público.

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Irma de OliveiraPor: Erika FragaFotos: Ítalo Santana

Os tapetes sempre estiveram presentes em nossas casas, seja na entrada, na sala, no quarto ou no banhei-ro, eles trazem conforto e aconchego aos ambiente e são importantes peças para compor a decoração de qualquer casa.

A artesã Irma de Oliveira, de 53 anos, se dedica há mais de 30 anos a tapeçaria. “Aprendi com a minha mãe, ela era mestra na arte da ta-peçaria, ela ensinou a mim e a mais cinco irmãs, mas só eu seguir essa profissão”, lembra. Irma cria peças de várias metragens sendo tudo muito alegre e colorido. Os florais é uma marca muito forte das peças produzidas por ela, mas ela também desenvolve tapetes clássicos, étnicos, geométricos, entre outras estampas.

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A tapeçaria artesanal exige muita paciência, dedicação e criatividade, um tapete de um metro, por exem-plo, pode levar até 20 dias para ficar pronto, por isso ele é considerado uma obra de arte. Mas infelizmen-te essa arte corre o risco de acabar, com a invasão dos tapetes indus-trializados e com valores cada vez mais baixo, a tapeçaria artesanal vem perdendo espaço, hoje é muito difícil ver essa arte sendo passada de mãe para filha. “Eu desenvolvo todo trabalho, crio os desenhos e bordo cada peça a mão, atualmente é muito difícil encontrar mão de obra qualificada, os jovens não querem mais seguir nessa profissão, já tive uma equipe bem maior, mas hoje conto com uma equipe bem reduzida”, conta.

Irma, junto com o marido, possui uma loja na Casa da Cultura de Pernambuco, chamada de Tapetes Cama-ragibe, a loja chama a atenção de quem visita a casa. Lá estão à venda além de tapetes, quadros e almofadas.

Tapetes CamaragibeCasa da Cultura de PernambucoRua Floriano Peixoto, s/nRaio Oeste 101 – Térreo Contato: 3224.1693E-mail: [email protected]

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ComeMorar OlindaA exposição, sob a curadoria do museólogo e historiador Aluizio Câmara, é um convite à reflexão sobre as particu-laridades que transformaram a cidade em Patrimônio da Humanidade. Mas com um diferencial: voltar o olhar não às construções mais emblemáticas do Sítio Histórico, e sim à casa do cidadão comum, elemento central da expressão cultural olindense. Partindo da indagação “como é morar em Olinda?”, a exposição procura explorar o universo des-conhecido da moradia olindense, buscando evidenciar as especificidades do modo de vida local, sua relação com o patrimônio, as virtudes e as dificuldades de se viver em Olinda. A mostra conta com vários formatos de mídia, entre fotografias, vídeos, textos, narrações de histórias e depoimentos sobre a vida em Olinda, a partir da visão dos moradores, proporcionando, assim, ao visitante, uma leitura dinâmica de como seria morar em Olinda.

Casa do Patrimônio – IphanRua do Amparo, 59, Carmo – Olinda | 3429 2862Ter a sex 9h às 12h / 14h às 17hGratuito

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A Chave do Tamanho, de Beto VianaArte PluralRua da Moeda, 140, Bairro do RecifeAté 14

“A chave do tamanho é uma exposição sobre os limites da representação na pintura. Aborda a questão das pro-porções, escalas, zooms. Um olho no microscópio e outro no telescópio”, sintetiza Beto Viana, que expõe pela primeira vez no Recife. São 18 peças em pinturas, litografias e fotografia produzidas de 2006 em diante.

Orixamar – tem orixás nas águas de JaboatãoNúcleo de Cultura Afro-BrasileiraPátio de São PedroAté 06 9h às 17hGratuito

A mostra é um registro da retomada dos festejos a Iemanjá na orla de Barra de Jangada, em Jaboatão dos Guarara-

Conciliação, de Daaniel AraújoArte PluralRua da Moeda, 140, Bairro do Recife

A mostra de Daaniel Araújo foi bati-zada de Conciliação por conta de uma obra exposta, de mesmo nome, que re-trata duas esfinges na entrada de uma loja Maçônica na Boa Vista. Esse nome dá um sentido amplo, “pois ao falar de um templo escondido no lugar mais óbvio da cidade sugere os paradoxos constantes em sua arte e sugere tam-bém a conciliação das diversas séries de pintura convergindo para um só espaço”, diz o curador Raul Córdula.

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pes, ocorridos em dezembro de 2014. Orixamar é composta por cerca de mil imagens de catorze terreiros de can-domblé da Região Metropolitana do Recife. Além das fotos, um vídeo de 20 minutos é exibido durante a mostra com depoimentos e impressões dos participantes sobre o projeto. Outro atrativo é uma exposição sensorial onde os visitantes são levados a sen-tir o toque dos pés na areia da praia, a brisa, e o cheiro do mar. A curadoria da exposição é de Geraldo Dias.

Exposição Esporte e MovimentoCaixa Cultural RecifeAvenida Alfredo Lisboa, 505 – Bairro do Recife3425 1900 | 3425 1915Ter a sáb 10h às 20h. | Dom 10h às 17hGratuito

A exposição é uma seleção de apro-ximadamente 2 mil itens da coleção de mais de 70 mil artefatos esportivos pertencentes a Roberto Gesta Melo. A mostra inclui selos, moedas, troféus, tochas, fotografias, vídeos, medalhas originais e outros objetos relacionados ao esporte. É a maior coleção privada de artefatos esportivos do mundo.

“Inimigos” do artista Gil VicenteMuseu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (Mamam)Rua da Aurora, 265 – Boa VistaTer a sex 12h às 18hSáb e dom 13h às 17hGratuito

O Mamam foi vencedor do Prêmio de Artes Plásticas Marcantonio Vilaça/Funarte 2014 para acervos públicos do Brasil. O incentivo contemplou a série “Inimigos”, composta por 10 desenhos em carvão sobre papel. Antes de ser premiada, a série foi exibida no Recife, Natal, Campina Grande, Porto Alegre e na “29ª Bienal de São Paulo”, em 2010.

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EntretantoA Casa do Cachorro PretoRua 13 de maio, 99 - Cidade Alta – Olinda982001399Até 08

São 5 telas em acrílica e 20 ilustrações com diversas técnicas, selecionadas de um ano de experimentação. A mostra processa o relacionamento, suas limita-ções, fetiches e inconveniências.“Desta vez quero apresentar meus desenhos como se estivesse expondo os mais profundos desejos reprimidos e toda a promiscuidade pra ver o que se re-vela disso tudo”, é como Ayodê relata sua fase atual. O artista utiliza um jogo de significados no título da exposição,

“Entretanto é o tempo intermediário do que criei e produzi desde a última exposição e também um “porém” que é justamente o que existe entre a obra e quem a aprecia”, explica Ayodê.

Preservar IgarassuSobrado do ImperadorRua Barbosa Lima, nº 122, Sítio Histórico, Igarassu3545 0537 | 3545 0307Seg a sex 9h às 12h, e das 13h às 17hGratuito

A exposição marca a inauguração ofi-cial da Casa do Patrimônio/Iphan na cidade. E pretende promover o patri-mônio histórico, cultural e paisagísti-co do município por meio de painéis expositivos, exibição de vídeo / docu-mentário, peças representativas do seu patrimônio imaterial e apresentação de importantes expressões culturais da cidade. Durante a permanência da Ex-posição, serão realizadas diversas ativi-dades culturais e de cunho educativo a serem desenvolvidas em conjunto com a sociedade e a Rede de Parceiros da Casa do Patrimônio/Iphan em Igarassu.

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Chávez Siembra de Patria Cosecha de RevoluciónConsulado Geral da República Bolivariana da Venezuela em RecifeAv. Conselheiro Aguiar, n° 597, Boa Viagem3131 8150 ( agendamentos para grupos e escolas)Seg a sex 9h às 12h e das 14h às 16hGratuito

O Consulado da Venezuela em Reci-fe, celebrando o intercâmbio cultural entre

povos irmãos do Brasil e da Venezuela, apresenta a exposição Chávez Siembra de Patria, Cosecha de Revolución, com mostra fotográfica concebida pelo ar-tista Oscar Aramendi. Serão vistos mo-mentos impactantes da vida do líder Hugo Chávez, da história recente do país, sua cultura política e a luta pela integração latino-americana. O públi-co também terá acesso ao livro Hugo Chávez, uma Biografia que é Como um Conto em linguagem infanto-juvenil traduzido à língua portuguesa.

O Tempo da TorreTorre MalakoffPraça do Arsenal, S/N – Bairro do Recife3184 3180

A mostra conta a história do monu-mento desde a sua construção, como Arsenal da Marinha, em 1853, até pas-sar a ser gerido pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco. A exposição é formada por um acervo mostrado há 15 anos na exposição ‘Por que Malakoff?’, composta por fotografias do Museu do Estado, da Fundação Joaquim Nabuco e do Mu-seu da Cidade do Recife, datados do final do século XIX e início do século XX, pesquisados por Betânia Correa de Araújo. Já o século XXI foi retratado por estudantes da rede estadual de en-sino, durante a oficina de Foto e Vídeo Celular ‘Um Olhar Sobre Recife’, minis-trada pela Malakoff em 2013.

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Retratos, desenhos de Leonardo da VinciInstituto de Cultura Brasil-ItáliaRua Marques Amorim, 46 – Boa VistaTer a sex 9 às 21h | Sáb 9h às 13hGratuito

A exposição é composta por diversos desenhos do famoso artista italiano Leonardo da Vinci. Durante a visita, é possível ver um documentário sobre o artista e sua produção e fazer consulta a livros e publicações a respeito do mestre renascentista.

Fotografias ItalianasInstituto de Cultura Brasil-ItáliaTer a sex 9 às 21h | Sáb 9h às 13hGratuito

Originais de fotógrafos italianos sobre as paisagens do seu país. Participam da mostra os fotógrafos: Wanda Tuc-ci Castelli, Lino Ghidoni, Renato Gui-di, Bruno Baraccani, Carlo Florentini, Gianni Bracci, Enzo Guarguagli, Ange-

lo Savoca, Claudio Marcozzi, Renato Pennuti, Angelo Movizzo e Nando Chiappetta.

Imigração italiana no BrasilInstituto de Cultura Brasil-ItáliaTer a sex 9 às 21h | Sáb 9h às 13hGratuito

Quadros com gravuras, cópias de docu-mentos e imagens que exibem um bom acervo sobre a presença dos imigrantes italianos no Brasil e sua contribuição para a nossa cultura. É possível con-sultar livros, revistas e jornais sobre a presença italiana no nosso país e no mundo.

Arquitetura de Veneza e de FlorençaInstituto de Cultura Brasil-ItáliaTer a sex 9 às 21h | Sáb 9h às 13hGratuito

A exposição contém imagens gráficas da arquitetura das cidades italianas.

SínteseMarante Plaza HotelAv. Boa Viagem, 1070 - Pina | 3468 8799Até 30Gratuito

Com curadoria de Sebastião Barbosa a exposição coletiva apresenta os ar-tistas Anita Gueiros, Germano, Laurie Anderson, Marluce Siqueira e Rikia Amaral. O abstracionismo com Laurie Anderson e Rikia Amaral e o figurati-vismo com de Anita Gueiros, Germano e Marluce Siqueira.

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CINE CLUBE BRASIL-ITÁLIAEntrada gratuitaToda sexta-feira 9h, 15h, 17h, 19h6 O BaileUm filme que mostra as transformações sociais e culturais na França dos anos 1930 à 1980 em um único salão de baile, onde pessoas se encontram e se relacionam. Sem diálogo algum e com um elenco amador, o diretor embala a obra com uma excelente trilha sonora clás-sica. Vencedor do Urso de Prata no Festival de Berlim.Diretor: Ettore Scola. Ano; 1983 Duração: 1.52m13 E la nave vaE la nave va é um filme italiano de 1983 dirigido por Federico Fellini. Nele são mostrados os eventos ocorridos a bordo de um navio luxu-oso, onde os amigos de uma falecida cantora de ópera se reúnem para o funeral delaDire-tor: Federico Fellini. Ano: 1983 Duração: 1.32m20 SciusciaExpõe o drama da juventude italiana no período da metade final da Segunda Guerra Mundial através da história de dois amigos, que sonham em ter um cavalo branco para passear. Como o trabalho de engraxate ape-nas supre suas necessidades, eles se envolvem em um esquema proposto por Attilio, irmão de Pasquale e conseguem arrecadar fundos para comprar o tão sonhado animal. Diretor: Vittorio di Sica. Ano: 1946. Duração: 1.33m

27 Os girassóis da RússiaO filme conta a história de uma fiel esposa, Giovana, que vive junto com a sogra e pro-cura insistentemente por seu marido durante o final da guerra. Ela tem um choque quando encontra seu marido vivendo com outra mul-her no interior da Rússia, durante uma viagem de trem. Diretor: Vittorio di Sica. Ano: 1970.Duração: l.38m

04/12 O Colosso de RomaCom o povo romano passando fome, o forte e bravo soldado Mucius (Gordon Scott) decide

matar Porceanna que se revelara um traidor, porém, nesta batalha Mucius mata o homem errado e resolve queimar sua própria mão para provar seu arrependimento e lealdade. Tempos depois após um acordo de trégua mal sucedido Mucius terá que. Diretor: Giorgio Ferroni. Ano: 1964.Duração: 1.30m

CINECLUBE DA ALIANÇA FRANCESAAliança Francesa do DerbyRua Amaro Bezerra, 466- Derby3202 6262 | www.af.rec.br06 19h30Entrada francaO projeto Atelier Cinéma da Aliança Francesa Recife apresenta no mês de novembro o longa-metragem “Dentro de Casa” (2012), do diretor e escritor francês François Ozon. Após a sessão, haverá debate comandado pela cura-dora Catarina Andrade – Doutoranda em Comunicação e autora do livro “As Fronteiras da Representação – imagens periféricas no cinema francês contem-porâneo”.

No filme, com roteiro inspirado na peça El Chico de la Última Fila, do dra-maturgo espanhol Juan Mayorga, o professor de literatura Germain (Fabri-ce Luchini) é um escritor frustrado e que vê em seus alunos a incapacidade de desenvolverem talento para a escri-ta, o que o faz entrar em uma rotina enfadonha ao lado da esposa Jeanne (Kristin Scott Thomas). Ao descobrir em um jovem de 16 anos, interpretado pelo ator Ernst Umhauer, um dom a ser lapidado, o professor se aproxima do aluno a fim de moldá-lo, o que dá início a um jogo desenrolado entre os limites do fetiche e da ética pedagógi-ca, com o suspense envolvendo cada

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vez mais o espectador à trama.

Mostra de Cinema Atual Espanhol

Livraria Cultura (Paço Alfândega)Gratuito11 a 14O Escritório Cultural da Embaixada da Espanha no Brasil, a Sociedade Cultural Brasil-Espanha e o Instituto Cervantes do Recife realizam a “Mostra de Cine-ma Atual Espanhol”.

Esta nova edição pretende apresen-tar a variedade de gêneros dentro da indústria cinematográfica espanhola, como consequência de uma minuciosa seleção de filmes produzidos no ano de 2013, todos com legendas em por-tuguês.

Viver é fácil com os olhos fechados(Vivir es fácil con los ojos cerrados -2013)10 19hLegendas em português

Antonio, um professor de gramáti-ca que usa músicas dos Beatles para ensinar inglês na Espanha em 1966, descobre que John Lennon vai visi-tar a província da Almería durante as gravações de um filme. Determinado a conhecê-lo, ele dirige pela estrada em sua jornada. No caminho, dá ca-rona a um garoto de 16 anos que fu-giu de casa e uma garota de 21 que também parece estar fugindo de algo. Vencedor de seis prêmios Goya: me-lhor filme, diretor (David Trueba), roteiro original (Trueba), ator (Javier Cámara), atriz revelação (Natalia de Molina) e trilha sonora (Pat Metheny).

Estréia no Brasil na 38º Mostra de Ci-nema de São Paulo.

Stockholm (Stockholm – 2013)

11 19hLegendas em portuguêsUma noite, numa balada, você vê uma mulher e fica apaixonado ime-diatamente. Você fala com ela, mas não acredita. Teima em acompanhá-la e consegue ficar com ela o resto da noite. O que aconteceria se na manhã seguinte ela não é a mulher que pare-cia ser? Uma noite, numa balada, você está cansada e aparece o típico homem que fala que se apaixonou por você. Você fala para ele ir embora, mas ele insiste. Você percebe que não é o típico homem: é engraçado e charmoso. Além disso, v e acreditas, além disso, está verdadeiramente apaixonado pelo que você termina passando a noite com ele. O que aconteceria se na manhã se-guinte não é o homem que parecia ser?

Festival de Málaga. Cinema Espanhol 2013 - Melhor direção, melhor atriz, melhor roteirista e Menção especial do Juri de Crítica. Prêmios Goya - Melhor ator revelação (Javier Pereira)

Pessoas em lugares (Gente en sítios – 20112 19hLegendas em português

Um conto caleidoscópico”, como de-fine o próprio diretor Juan Cavestany, este experimento parece fazer aleato-riamente o seu caminho através da comédia, do drama, da crônica social, do horror e do surrealismo, com um único denominador comum: a poesia

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intransigente da condição humana contra a investida do inusitado e do caótico. Um filme ambicioso, composto por 20 cenas curtas, com diferentes tons e temas. Não há nenhuma liga-ção entre elas, muito pelo contrário. A arbitrariedade por si só dá um senti-mento de unidade ao discurso.

A Peste (La plague - 2013)13 19hLegendas em português

Raul é um agricultor que quer plantar alimentos orgânicos. Para ajuda-lo, ele contrata Iurie, um lutador de luta-livre da Moldávia que ganha a vida com o que aparece à sua frente. Aos poucos, suas histórias cruzam a vida de três mulheres solitárias: Maria, uma se-nhora obrigada a deixar sua casa no interior e viver em um asilo; Rose, uma enfermeira filipina que acaba de che-gar ao país; e Maribel, uma prostituta com cada vez menos clientes.  

PRÊMIOS: 2013 - Prêmios Goya: nome-ada a melhor diretor de novela, Fes-tival de Berlim: Nomeada a melhor debut,  Premios del Cine Europeo: no-meada ao Prêmio Discovery, Prêmios Gaudí: Melhor direção e roteiro.

A Ferida (La Herida – 2013)14 19hLegendas em português

Ana é uma motorista de ambulância de 28 anos. Apesar de eficiente em seu tra-balho, ela tem problemas sérios em se relacionar com os outros, socialmen-te desajeitada e até agressiva contra aqueles que são próximos a ela. Isso

a deixa infeliz e muito culpada o que a leva até a violência. O que ela não sabe é que sofre do que os psiquiatras chamam de Transtorno de Personali-dade Limítrofe.

PRÊMIOS: Filme vencedor de dois Prê-mios Goya: melhor novo diretor (Fer-nando Franco) e melhor atriz (Marian Álvarez). 61 Festival de San Sebastián 2013 -- Sección oficial ; BFI London Film Festival 2013 -- Sección oficial, Ci-nespaña Festival du Film Spagnol de Toulouse 2013 ; Festival Internacional de Mar del Plata 2013 -- Sección oficial, Festival Ópera Prima Ciudad de Tudela ; Festival de Cine de Alcalá de Henares. ALCINE,  Zurich Film Festival ; Festival de Cine de Lanzarote 2014 -- Muestra Largometrajes Nacionales, Festival de Cine Español de Nantes 2014 (Francia / France) -- Compétition Opera Prima & Cycle Féminin,  Festival Solidario de Cine Español de Cáceres 2014 -- Sec-ción oficial a concurso, FICG Festival Internacional de Cine de Guadalajara 2014 (México) -- Competencia Oficial Largometrajes Iberoamericanos.  

CINEFÓRUMLivraria Cultura do Paço AlfândegaGratuito

A morte de um ciclista (Muerte de un ciclista – 1956)21 17h

María e Juan são amantes que se en-volvem no atropelamento de um ciclis-ta. Dai eles passam a serem chantage-ados por um intelectual que diz saber de vários segredos que comprometem os dois.

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Semana Arte Mulher celebra a produção cultural femininaParque Dona LinduAv. Boa Viagem, s/n, Boa Viagem25 a 29Entrada franca

Cinema, música, dança, teatro, circo, literatura, cultura popular e artesanato compõem a programação da primeira edição da Semana Arte Mulher, que vai ocupar Parque Dona Lindu, de 25 a 29 de novembro. O evento contará com mostra de cinema, conferências lite-rárias, oficinas de artesanato, shows musicais, além de apresentações de teatro adulto e infantil, dança, circo e cultura popular. Com todas as ativi-dades gratuitas, a proposta da Semana Arte Mulher é abrir espaço para produ-ção cultural feminina em Pernambuco.

25 9h

Ana e a Borboleta (GO)Direc ão: Isabela Veiga. Ani, 08min, 2015.Ana, uma menina de 5 anos, aguarda sua nova amiga borboleta “brotar” do casulo. Enquanto isso, canta para ela a música que aprendeu em seus sonhos. Mas um dia, a menina esquece a cancão e assim comecam os pesadelos. Então é a vez da borboleta cantar para Ana. Classificac ão: Livre

Até o Céu Leva Mais ou Menos 15 minutos (CE) Direc ão: Camila Battistetti. Fic, 14min, 2013. Duas mães, tres criancas, um carro. Quinze minutos de percurso partindo de um apar-entemente incontrolável caos até o extremo

relaxamento, numa situacão que oscila nos limites indiscerníveis entre documentário e a ficc ão. Classificac ão: Livre

Dia Estrelado (PE)Direção: Nara Normande. Ani, 17min, 2011. Classificação: Livre

25 11h

Visita Íntima (PR)Direc ão: Joana Nin. Doc, 2005, 15min. O que faz uma mulher livre escolher um presidiário para desenvolver um relacio-namento amoroso? Entre as personagens, algumas conheceram o companheiro na penitenciária, outras visitam o marido há décadas. Elas se sentem valorizadas e se consideram bem-amadas. São mulheres que insistem num relacionamento cheio de con-strangimentos e privacões, mesmo sofrendo as consequencias dessa opcão. Neste filme, o universo carcerário está presente quase que exclusivamente no relato das mulheres, e nunca sob o ponto de vista dos maridos. Classificac ão: 12 anos

Doce de Goiabada (DF) Direc ão: Fernanda Rocha. Fic, 14min, 2014. A Magia da infancia, a leveza do amor e a dureza do preconceito numa história repleta de doce. Classificac ão: Livre

A Felicidade não é Deste Mundo (PE)Direc ão: Séphora Silva. Fic, 19min, 2013.Anita busca, numa corrida desenfreada, retor-nar a um momento onde cre poder recuperar a felicidade perdida ou interrompida. É como se voltando a um determinado lugar-tempo construído apenas no seu imaginário ela pudesse iniciar tudo de novo e mudar o rumo dos acontecimentos. Classificacão: Livre

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25 14h

Sweet Karolynne (PB)Direcão: Ana Bárbara Ramos. Doc, 15min, 2009. Nem Elvis, nem Jarbas morreram. É tudo uma grande invencão. Classificacão: Livre

Boa Morte (MG)Direcão: Débora de Oliveira. Doc, 13min, 2014. Pode ser um lugar, uma memória que ficou e não se apaga. Classificacão: 14 anos

Salu e o Cavalo Marinho (PE)Direc ão: Cecília da Fonte. Ani, 13min, 2014. O filme conta a história de Mestre Salustiano, um dos artistas populares mais famosos do Bra-sil. Filho do rabequeiro João Salustiano, Salu logo cedo sonha em participar de um grupo de Cavalo Marinho, folquedo típico da região onde mora. Classificac ão: Livre

25 16h

Fragmentos (DF)Direcão: Adriana Vasconcelos. Fic, 21min, 2014. Periferia de Brasília, Brasil - 1968, ditadura no poder. Enquanto o pais vive um momento de opressão constante, So nia - uma garota de 8 anos - enfrenta o dia a dia de dissabores em meio aos acontecimentos que cercam o fim do casamento de seus pais, Madalena e Francisco. Uma família se desestruturando sob o olhar de uma crianc a. A opressão dentro de casa. Uma realidade... uma analogia. Classificacão: 12 anos

De Profundis (PE)Direcão: Isabela Cribari (PE). Doc, 20min, 2014.E hoje, tem o que ? Nada! Lá o povo amanhe-cia e ia pra sua ilha. E aqui? Nada! Da riqueza fomos pra pobreza. A gente não cria nada. Achava que aquilo não ia acontecer não. Foi difícil pra todo mundo. Tanto chorava o grande, como chorava o pequeno. Rezando e chorando. Eu vi minha família definhar. Aos pouquinhos,

roubaram a gana, a vida. Ela cortou os pulsos. Ela, veneno. Uma colega muito pra frente, 15 Diazepam, aí inchou. Ela, remédio. Ela pulou da torre. Duas vezes. Um amigo: veneno. Após veneno, simplesmente colocou a corda no pescoc o e, e, e... Não tem explicac ão. Cheguei a tomar. 12 envelopes. Cada comprimido 850g. Continuo tomando. Quatro anos. Viciada. Não consigo. Minha irmã tomou, melhora uma, outra adoece. Já é, comigo, o quarto na família. Vamos voltar pra trás para a água levar nós também. Dormir. Morrer. Classificacão: 10 anos

Cidade Líquida (AL)Direc ão: Laís Araújo (PE). Doc, 12min, 2015.Avanc ando sobre o mar da cidade, o Alagoas Iate Clube foi por décadas utilizado para fes-tas e lazer da elite alagoana. O Papódromo, em contraponto, foi erguido para uma breve visita do Papa João Paulo II nas margens da Lagoa Mundaú, região historicamente aban-donada pelo poder público. Cidade Líquida é um documentário que trata da segregacão socioespacial de Maceió através de memórias afetivas destes dois locais, hoje abandonados Classificac ão: 10 anos

25 Noite

Amor, Plástico e Barulho (PE)Longa-metragem. Direcão: Renata Pinheiro. Fic, 85min, 2014. Shelly, uma jovem danc arina que sonha se tornar cantora, e Jaqueline, uma ex-periente cantora que já emplacou alguns suces-sos, mas que amarga o declínio da sua carreira, são companheiras em uma banda de música brega, num cenário que mescla o romantismo e a sensualidade da periferia brasileira. Inseridas no universo do show business, entre nightclubs e programas de TV local, descobrem que tudo é descartável, como o sucesso, o amor e as de-mais relac ões humanas. Juntas, parecem for-mar uma única trajetória de vida, onde Shelly representa o passado de Jaqueline, enquanto esta figura como o provável futuro da colega. Classificac ão: 14 anos Classificacão: 14 anos

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26 9h

Procura-se (SP)Direcão: Jessica Lopes. Fic, 12min, 2014. Miguel tem um amigo muito especial: seu avo Barto . Inseparáveis, os dois moram na mesma casa e alimentam a cada dia uma intensa relacão de amizade e parceria. Porém, quando os sinto-mas do Alzheimer comecam a afetar a rotina da casa, Miguel terá a missão de ajudar seu avo . Classificação: 12 anos

Guida (SP)Direc ão: Rosana Urbes. Ani, 11min, 2014.Guida, uma doce senhora que há 30 anos trab-alha como arquivista no Fórum da cidade, tem sua rotina entediante modificada ao se deparar com um anúncio para aulas de modelo vivo em um centro cultural. Através da sensibili-dade criativa da personagem, o filme propõe uma reflexão sobre a retomada da inspiracão artística, a arte como agente transformador e o conceito do belo. Classificacão: Livre

Au Revoir (PE)Direc ão: Milena Times. Fic, 20min, 2013. Um corredor estreito separa e une a vida de duas vizinhas. Classificacão: Livre

26 11h

Um Outro Ensaio (RJ)Direc ão: Natara Ney (PE). Fic, 15min, 2010. A escuridão não parece tão solitária quando se tem companhia. Classificacão: 16 anos

A Outra Margem (MS)Direcão: Nathália Tereza. Fic, 26min, 2015. Sábado à noite, centro-oeste brasileiro. Jean é um agroboy que escuta a rádio local, onde as pessoas deixam mensagens de amor. Classificac ão: 12 anos

Garotas da Moda (PE) Direc ão: Tuca Siqueira. Doc, 20min, 2011. Que histórias guardaria um lugar considerado por seus personagens “o interior do mundo”? Que

personagens nasceriam de parabólicas finca-das sobre as plantacões de cana-de-acúcar da Zona da Mata pernambucana? “Garotas da Moda” trata de um sonho para cinco. Classificac ão: 12 anos

26 14h

Cine Camelo (SP)Direcão: Clarissa Knoll. Doc, 15min, 2011. A história de um cineasta que foi para a maior rua de comércio popular do Brasil, a rua 25 de marco em São Paulo, vender a produc ão de curtas-metragens aos clientes que ali circulam diariamente. O cineasta-ambulante faz e vende pequenos filmes e dá vazão à fantasia e ao imaginário populares em meio ao grande caos do local. Classificacão: Livre

Marrocos (SP)Direcão: Andrea Nero e Iajima Silena. Doc, 08min, 2015. Marrocos é um documentário que aborda o tema da transitoriedade, crian-do relac ões com o imaginário do nomadismo que se identifica com o atual contexto urbano. Classificação: 12 anos

Simião Martiniano, o Camelô do Cinema (PE)Direção: Clara Angélica. Doc, 14min, 1998. A história de Simião Martiniano, homem que divide seus ofícios de camelô e cineasta. Classificação: 12 anos

26 16h

Handebol (RJ)Direção: Anita Rocha da Silveira. Fic, 19min, 2010. Bia é uma garota como muitas outras: gosta de rock, handebol, sangue. Classificação: 14 anos

Algum Lugar no Recreio (SP) Direção: Caroline Fioratti. Fic, 22min, 2014. Pelos cantos do colégio, dramas ocultos e pequenas agressões. A bomba vai explodir, o

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sinal vai tocar, o recreio vai acabar.Classificação: 12 anos

Bob Lester (PE)Direção: Hanna Godoy e Mariana Penedo Fic, 12min, 2010. Ficção, realidade se misturam na vida de Edgar de Almeida, o Bob Lester. Sa-pateador, cantor, músico. Um artista esquecido querendo ser lembrado. Classificação: 14 anos

26 Noite

O Rochedo e a Estrela (PE) Longa-metragemDireção: Katia Mesel. Doc, 85min, 2011. Fil-mado no Brasil, na Holanda, Estados Unidos e Curação, o documentário apresenta um pan-orama da história e expansão do judaísmo em Pernambuco, no século XVII. Aborda a importância do período holandês para a cultura, economia e religião, a fundação da primeira sinagoga das Américas e a liberdade do ser humano. Conta com reconstituições de época para ilustrar o período. Classificação: Livre

27 9h

L (SP)Direção: Thais Fujinaga. Fic, 21min, 2011. Teté odeia seus pés. Quando conhece Héctor, um simpático descendente de chineses, decide mudar sua aparência. Classificação: 12 anos

Graça (RJ) Direção: Anna Clara Peltier. Fic, 15min, 2013Graça é uma atleta de nado sincronizado que tenta superar o próprio corpo. Debaixo d’água, ela mergulha em seu mundo interior. Classificação: Livre

Urbanos (PE)Direção: Alessandra Nilo. Fic, 15min, 2014A violência cotidiana e suas várias maneiras de reprodução. Classificação: 10 anos

27 11h

O Time da Croa (PA)Direção: Jorane Castro. Doc, 15min, 2015. Classificação: Livre

Dessas Coisas que Acontecem (PR) Direção: Sueli Araújo. Fic, 20min, 2015Acidentalmente dois desconhecidos ficam presos durante o dia inteiro no terraço do prédio onde moram. Com o passar das horas as semelhanças e as diferenças entre eles se avolumam e se dissipam. Classificação: 14 anos

Recife de dentro pra fora (PE)Direção: Katia Mesel. Doc, 15min, 1997Filme inspirado no poema “O Cão sem Plu-mas”, de João Cabral de Melo Neto, e sua vida no Capibaribe. Classificação: Livre

14h

Menina da Chuva (RJ)Direção: Rosária Ferreira. Ani, 06min, 2010. Bonecas vermelhas para as meninas ver-melhas, bolas azuis para os meninos azuis. Classificação: 10 anos

Madrepérola (RS)Direção: Deise Hauenstein. Doc, 15min, 2014Em uma maré alheia à diversidade, vivem ostras que são afetadas por serem considera-das fora dos padrões e medidas. Essa é uma história sobre como as pérolas se formam. Classificação: Livre

Encantada (PE)Direção: Lia Letícia. Fic, 11min, 2014. A rainha Encantada vai retomar sua Ilha. Classificação: Livre

16h

O Bom Comportamento (RJ)Direção: Eva Randolph. Fic, 19min, 2014. Férias de verão na colônia. Com os celulares guarda-dos, os adolescentes se divertem em atividades

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CINEMA E VÍDEO 67

ao ar livre. É também a primeira vez de Laura ali, e ela precisa se adaptar ao grupo. Uma velha história de fantasma parece apontar um caminho. Classificação: 12 anos

Encantadores de Histórias (DF)Direção: Coletivo Ora Bolas / Raquel Piantino. Ani, 07min, 2013. Por meio da música e do movimento, personagens inspirados no livro “As mil e Uma Noites” celebram a continui-dade da vida e o renascimento do maravilhoso. Uma atmosfera mágica, na qual reinam gênios e humanos viajantes por terras infinitas e inimagináveis. Classificação: Livre

Vitrais (PE)Direção: Cecília Araújo. Doc, 18min, 1999. Um caleidoscópio de imagens, cores e vitrais de Henrich Moser à Mariane Peretti. Classificação: Livre

Noite

Rio Doce/CDU (PE) Direção: Adelina Pontual. Doc, 72min, 2013. Longa-metragem

Uma viagem pelos subúrbios de Olinda e Recife seguindo o itinerário da linha de ônibus Rio Doce/CDU. Esta linha cruza parte destas duas cidades pernambucanas, cortando antigos bairros, revelando uma diversidade de paisa-gens urbanas e de tipos humanos que habitam aqueles logradouros, ali trabalham, ou apenas se deslocam de um ponto a outro. No vai e vem das ruas, o onibus segue seu percurso. Classificação: 12 anos

LITERATURA:25 19h30 Palestra com Jussara Salazar sobre o tema “Mulheres no Sertão - Cantares e Incelenças”.26 19h30 Palestra com Luzilá Gonçalves Ferreira sobre o tema “Educação das Mulheres de Pernambuco”27 19h30 Palestra com Amélia Almeida sobre o tema “Representação da Mulher na

Literatura Infantil”28 16h15 Palestra com Judite Botafogo sobre o tema “A Presença da Mulher Negra Literatura”29 16h15 Palestra com Geórgia Alves so-bre o tema “Visões do amor na Poesia feminina em Pernambuco”

MÚSICA POPULAR28 20h Homenagem a Marinês. As canto-ras Cristina Amaral, Nádia Maia, Kelly Rosa e Irah Caldeira e a banda Maria Fulô em grande show em homenagem à cantora Marinês.29 20h Homenagem a Clementina de Je-sus. As cantoras Surama Ramos, Edilza Ayres, Mônica Feijó, Adriana B e Sônnia Aguiar fazem grande show em homenagem a Clementina de Jesus, com participação de Lourdinha Nóbrega & Banda.

CIRCO28 9h30 Encontro de Palhaças. Diversos números.15h20 Mulheres VoadorasDiversos números de tecido, lira e trapézio.29 9h30 Espetáculo “Três Palhaças En-crenqueiras”.

15h20 Espetáculo “Trueque” (Cia. Animée).

TEATRO28 11h As Levianinhas em pocket show para crianças (Cia. Animée).

14h30 Intervenções artísticas com a Cia Animée.

17h Contação de histórias (Cia. Maravilha).17h Guimar, a Filha da Mãe (Pharkas Ser-thanejaz).

29 14h30 Intervenções artísticas com a Cia Animée.

17h Contação de histórias (Cia. Maravilha).

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68 NOV 2015

MO

DA

Por: Erika FragaFotos: Itálo Santana /Reprodução Facebook

Chá da AliceUm espaço muito charmoso para quem ama moda,

decoração e lazer é assim que funciona a loja Chá da Alice. Comandada pelas empresárias Cláudia Mendes, Maíra Mendes e Mariana Mendes a boutique que existe há quatro anos, no bairro do Pina, já virou endereço cer-to para quem quer apostar em produtos diferenciados.

O lugar é fruto da paixão que a família Mendes sente por garimpar produtos em países por onde pas-sam. “Escolhemos o nome Chá da Alice justamente por fazer referência a um mundo lúdico, nossa intenção é que as pessoas entrem e sintam-se à vontade para garimpar os produ-tos.”, revela Mariana Mendes.

Produto Pipstudio Foto Reprodução Facebook

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MODA 69

A loja tem um estilo vintage predominante, peças como aparelhos telefônicos antigos, aparelhos de jantar, boleiras, travessas, moringas, acessório para chá, lumi-nária, entre tanta outras, fazem um verdadeiro sucesso. Quem entra na loja se depara com uma enorme gama de produtos nacionais e importados. “Muitas pessoas vêm aqui em busca de um presentinho diferente e se apaixona pelo espaço, temos peças para todos os gostos e valores, com 30 reais você compra um belo pre-sente. Aqui temos louças da marca holandesa Pip Studio, muito procura-da principalmente para presente de casamento.”, conta Mariana. No pró-ximo ano a loja vai passar a contar com o serviço de lista de casamento, segundo Mariana, há um bom tem-po as clientes vinham cobrando esse serviço. Foto Reprodução Facebook

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70 NOV 2015

Como o nome da loja sugere o chá não poderia faltar. A loja passou recentemente por uma reforma e

inaugura em dezembro um espaço dedicado à chá e comidinhas. “Sem-pre tivemos vontade de ter um es-paço de convivência para os clientes, com mesinhas e cadeiras onde eles possam tomar um chá, fazer um lan-che e jogar conversa fora.”, diz. Os chás vendidos são da marca alemã Tee Gschwender, são vários sabo-res entre verdes, pretos, de frutas, flores, temperos e aromas naturais. Apesar da marca ser alemã ela pos-sui chás da Índia, Siri Lanka, China, Inglaterra, Alemanha e outros. Além de consumir no local o cliente pode comprar a caixa e levar para casa.Chá da AliceAv. Conselheiro Aguiar, 138 - 05 – Pina3463 1288

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CAIS

(fragmento)

Ana Karina Soares

Recife, dos meus primeiros alumbramentos, Entregando-se sob os raios da aurora

À rua de mesmo nome. Sob o olhar impassível dos transeuntes,

O Capibaribe te invadePor entre o emaranhado das pontes : Maurício de Nassau, Buarque de Macedo, Duarte Coelho, Princesa Isabel, Velha.

Para sentir a tua presença, Debruço-me sobre o cais do teu velho porto

Que te fez senhora de todos os mundosE onde enxuguei as lágrimas

Do grande amor desfeito. Refaço-me nas ruas da Boa Vista,

Onde recordo as brincadeiras de minha infância...

(Da antologia POESIA VIVA DO RECIFE, organizada por Juareiz Correya)

ANA KARINA SOARES – Recifense, é formada pela Faculdade de Direito da Uni-versidade Federal de Pernambuco e exerce o cargo de Procuradora do Estado de Pernambuco desde o ano de 1995. Aos 15 anos de idade iniciou sua dedicação à Literatura. É vice-diretora cultural do Gabinete Português de Leitura de Per-nambuco. Conquistou prêmios literários em 2009 e 2010. Participou do “XXXIII Concurso Internacional Literário”, em São Paulo, e classificou poemas para a obra Amanhã, outro dia (Edições AG, pela All Print Editora, em 2011). Poesia publicada : Estações da Alma (Scortecci Editora, São Paulo, SP, 2011).

POESIA VIVA DO RECIFEHomenagem aos 478 anos da Cidade

GIR

O L

ITER

ÁR

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GIRO LITERÁRIO 71

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72 NOV 2015

Ascenso – A poesia de Ascenso Ferreira transcriada para os quadrinhosA obra é o primeiro produto do Labo-ratório de Autoria Ascenso Ferreira do Sesc Cais de Santa Rita. O livro reúne 12 histórias em quadrinhos criadas a partir de poemas de diversas fases do poeta Ascenso Ferreira. Os artistas do livro, Ana Blue, Christiano Mascaro, Flavão, Laerte Silvino, Eloar Guazzelli, João Lin, Liz França, Luciano Félix, Ra-fael Anderson, Raoni Assis e Tiago Acio-li passaram por diversos temas, tais como: nostalgia, provincianismo, mo-ralismo, diálogo expressões da cultura popular, a fase modernista do poeta e do problema da descaracterização da paisagem urbana. Publicado pelo Sesc, possui 80 páginas.

AdeusA obra do reconhecido poeta recifen-se, Miró da Muribeca, reúne trinta e três poemas. O livro traz uma temática existencial acentuada, passando pela relação com o sagrado e a solidão, sem abandonar a característica de cronista e crítico da sociedade, marcas do poeta Miró, que decidiu mudar-se da Muribe-ca onde morou durante anos, o que dá uma pista das múltiplas interpretações que o título pode sugerir. Na primeira edição as capas levam a assinatura do autor. Publicado pela Editora Mariposa Cartonera, R$ 20.

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GIRO LITERÁRIO 73

Fronteiras do MedoA obra do doutorando do programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Felipe Falcão, surgiu como re-sultado da pesquisa de mestrado em comunicação sobre remakes de filmes de horror japoneses e suas refilmagens feitas em Hollywood. Povoadas por ampla galeria de monstros, espectros, assassinos ensandecidos, máquinas do-tadas de desejos destrutivos, mutações genéticas e previsões sobre um futuro apocalíptico, as tradições cinematogra-fias do horror nos Estados Unidos e no Japão são provavelmente as mais importantes e influentes do planeta. Publicado pela Editora Estrondo, possui 184 páginas. R$ 45.

O Penúltimo HorizonteA obra de Admaldo Matos de Assis completa a trilogia, em que se propôs contar a história moral de sua geração. O primeiro livro, Terras Adormecidas, abrange o período de meados da déca-da quarenta ao final dos anos cinquen-ta do século XX; o segundo, Fronteiras de Chumbo, de 1960 a 1964; e este, de 1964 a 1991. Os protagonistas e seus dramas pessoais são fictícios, mas o ambiente em que se movem é real. O pano de fundo, a Guerra Fria, subse-quente ao segundo conflito mundial; o maniqueísmo ideológico; a liberação sexual causada pelo advento da pílu-la contraceptiva; o desenvolvimento tecnológico; a instabilidade política brasileira, que desaguou no regime militar; a inflação crônica subsistente por quatro decênios. Publicado pela Editora Bagaço, 517 páginas.| R$ 40.

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Ariano Suassuna em quadrinhosA obra de história em quadrinhos (HQ) aborda a história da vida de Ariano Suassuna que nasceu no palácio do Governo da Paraíba e foi proclamado, pelos seus admiradores, Imperador da Pedra do Reino. Romancista, poeta, dramaturgo, homem público e criador do Movimento Armorial do Nordeste, Suassuna é um personagem singular nas artes, na cultura e na valorização das tradições do Nordeste Brasileiro. Com o roteiro de Bruno Gaudêncio e ilustrações de Megaron Xavier, o livro foi publicado pela Patmos Editora e possui 40 páginas.

Primeiro Ato Poético O livro é a estreia da atriz e jornalista pernambucana Daniela Câmara. A obra reúne 60 poemas que aludem a filmes feitos pela atriz, além de espetáculos, teatros pelos quais ela tem maior afe-tividade, diretores, encenadores, atores e profissionais que circulam no meio teatral e cinematográfico da localida-de, com os quais ela tem forte ligação. “Meu livro trata das alegrias e ago-nias vivenciadas a cada construção de personagens, além do caos biológico o qual somos acometidos, dentro do processo de construção de cada traba-lho vivenciado”, afirma a autora. R$ 20.

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GIRO LITERÁRIO 75

165 anos do Gabinete Português de LiteraturaGabinete Português de LiteraturaRua Imperador Pedro Segundo, 290 - Santo Antônio03 19h

O Gabinete Português de Leitura (GPL) completa 165 anos. Criado em 1850 por um grupo de portugueses que sentia a necessidade de possuir um ponto de encontro e reunião, desde então, vem funcionando como local de con-fraternização dos portugueses e seus descendentes no Recife. A festividade contempla o 8º Congresso Festlatino, movimento cultural internacional de cultura, línguas e literaturas neola-tinas, exposição fotográfica “Macau, Uma História de Sucesso” e a apre-sentação do álbum fotográfico “Ma-cau – Festas e Festividades“ e “Macau-Recife – Duas Cidades, Dois Mundos, Duas Histórias, Relações e Contrastes”, de José Manuel Fernandes, ambas as edições do Instituto Internacional de Macau.

Sarau da Boa VistaRestaurante MaremotoRua do Hospício, 68 – Boa Vista99793365928 19h

O Sarau da Boa Vista reúne poetas e músicos de diferentes gerações para que possam compartilhar experiênias e conhecimento. Na 25ª edição, o evento homenageia o poeta Jailson Oliveira do Alto do José do Pinho, na companhia de Aldo Lins, Tamires Drielly, Thayn-nara Queiroz, Pollyanna Carlos, Sérgio Leandro, entre outros presenças con-firmadas. Nomes como Jomard Muniz de Britto, Almir Castro Barros, Fátima Ferreira, Cida Pedrosa, Jorge Lopes, Ju-areiz  Correya, Antonio de Campos, Marcelo Mário Melo e Manoel Cons-tantino já participaram do encontro. Em Novembro, a música fica por conta de Gilmar Serra e Zeca Viana.

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76 NOV 2015

sua fundação, a linguagem do cine-ma, história da sétima arte e dos ci-neclubes no Brasil e em Pernambuco a orientações acerca de montagem e estruturação de cineclubes e acervos, bem como articulação com a comu-nidade ao redor onde está instalado.

Oficina TransfilmeContemporâneoRua da Moeda, 170, sala 101 – Bairro do RecifeCapacidade – 20 pessoas Faixa etária – a partir de 18 anos09 a 13Ministrada por Almir Guilhermino da Silva - jornalista, mestre em Cinema, doutor em Letras e PhD em Antropo-logia Visual – as aulas se concentram em permitir aos alunos a construção de um esboço de documentário de forma sinestésica e lúdica a partir da entrevista com transexuais.

Oficina O Cinema LGBTT pós-StonewallMinistério Público de PernambucoAv. Visconde de Suassuna, 99, Boa Vista12 e 13 14h às 18hDirecionada a maiores de idade, as au-las serão conduzidas por Christian Pe-termann, jornalista e crítico de cinema há 29 anos, tendo já colaborado, entre outros, com veículos como a revista SET. Durante o curso, irá apresentar aos alunos obra e linha de trabalho dos principais cineastas que, a partir da virada dos anos 1960/70, respondem pelas mais importantes representações do personagem homossexual em lon-gas-metragens de ficção. Linguagens visuais e narrativas serão abordadas para analisar imagem da homoafeti-vidade em seu contexto sociopolítico.

CUR

SOS

E CO

NCU

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S II Recifest abre vagas para oficinas gratuitasComo se inscrever: Enviar email com, no máximo, cinco linhas para o endereço [email protected] informando quais os motivos do interesse pela ofici-na pretendida.A terceira edição do Recifest – Festival de Cinema de Diversidade Sexual e de Gênero – anuncia a abertura de inscri-ções para três oficinas gratuitas que acontecem como programação parale-la ao festival, que ocupa o Cinema São Luiz entre os dias 10 e 14 de novembro. Podem participar pessoas a partir de 15 anos e as aulas são focadas em Ci-neclubismo, o estudo de cineastas que representaram personagens homosse-xuais em longas-metragens de ficção e a construção de roteiros focados em personagens transexuais.No total, serão oferecidas mais de 300 vagas e o processo de seleção se estenderá até o dia 2 de novembro. Para concorrer os interessados devem redigir um texto com, no máximo, cin-co linhas, no qual devem declarar as razões pelas quais têm interesse em realizar as oficinas. O texto deve ser encaminhado por email para o ende-reço [email protected]·

Oficina de cineclubismo ContemporâneoRua da Moeda, 170, sala 101 – Bairro do RecifeCapacidade – 25 pessoasFaixa etária: a partir de 15 anos09 a 13 14hO curso será ministrado por instruto-res ligados à Federação Pernambuca-na de Cineclubes (FEPEC) e a ementa mergulha na história do cinema desde

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CURSOS E CONCURSOS 77

Curso Direção de FotografiaTer e sex 18h40 às 21h40http://www.afaeduc.com/Carga horária: 30h. Duração: 2 semanasInício: 17 de novembroSábados e Domingos | 9hs às 18hsOrientador: Leandro Cunha. Participa-ção: Paulo Lins e O Monstro O curso aborda roteiros sob o viés da direção de fotografia cinematográfica. A partir deste estudo se realizará a decupagem e preparação de produção para a gra-vação de um ficção curta-metragem que será produzido durante o curso. Com ênfase no olhar fotográfico para o cinema, serão desenvolvidas ativi-dades fundamentais para a direção de fotografia por meio da teoria e da prática, com ferramentas conceituais e tecnológicas da cinematografia. O dife-rencial está na abordagem transversal dos conteúdos, que é transmitida pela vivência da teoria praticada, dos exer-cícios em locação interna e externa, diversificando situações dramáticas e narrativas preparando o filme para sua etapa final na sala de edição.

Curso de Fotografia - Street Photographyhttp://www.afaeduc.com/Carga horária: 24h. Duração: 1 mêsInício: 04 de novembroQua 18h40 às 21h40Sáb 9 às 12hOrientador: Costa Neto. A fotografia de rua consiste em retratar a interação entre o indivíduo e o meio físico em ambientes públicos de maneira espon-tânea e artística, não se atendo ao uso de equipamento profissional. Este cur-so é composto por aulas expositivas com explicações teóricas e aplicação prática do conteúdo apresentado, em estúdio e em pontos turísticos das

cidades de Recife e Olinda. Objetiva trabalhar as técnicas e os elementos básicos da fotografia, além dos pro-cessos que envolvem a modalidade do Street Photography. Proporcionará ao aluno, portanto, a oportunidade de melhor entender o funcionamento da fotografia e as adequações necessárias para a obtenção de bons resultados.Ao fim do curso, como atividade de conclusão, os alunos deverão orga-nizar uma exposição fotográfica que será exibida através de uma projeção em algum espaço livre da cidade a combinar com os alunos. O conteúdo e tema serão a critério dos mesmos. A certificação é concedida com base na assiduidade e compromisso com as atividades propostas pelo orientador.

Contação de HistóriasFundação Gilberto Freyre – ApipucosGrupo I - Terças 15 às 17h30Grupo II – Quartas 15 às 17h30

Maratona de Historias

Sáb 28Com participantes de todos os grupos e público convidado. Carga horária: 10hs/aulas. Confere certificado. Investimento: R$ 130 à vista ou dois cheques de R$70 (para 27/10 e 17/11/15) ou ainda, através de Conta Corrente.3441 1733 | 98759 1653 [email protected]; [email protected]: Vivenciar a arte de contar – única para cada participante - Va-lorizar a imaginação e a criatividade - Soprar teorias e o caminho até elas - Construir possibilidades de incremen-tar a contação - Interagir contador/público/história/ambiente. Técnicas e recursos didáticos: Rodas de histórias; Contar, ler, dramatizar; Confecção de máscaras e avental de histórias; Músi-cas; Livros. Público: Estudantes e pro-fissionais que trabalhem com crianças

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78 NOV 2015

nas áreas de Artes, Educação, Saúde e público em geral interessado no tema. Organização: Kika Freyre Plantando Histórias.

GERMINATO - Oficina de iniciação teatralCorredor do Bispo, 90, Colégio Alpha(Sede dos Caras de Pau do Vestibular) Boa vista7, 14, 21 e 28/11 e 5, 12 e 19/12Sáb 9h às 12hR$ [email protected] ou 99790 8251A oficina se propõe a apresentar os principio de trabalho para um primei-ro contato com a experiência cênica ou arte do presente. O objetivo é tra-balhar com a prática e pesquisa dos pilares essenciais do teatro e partir para descobertas de novas relações com a cena (Espaço e o tempo).Desenvolvimento da capacidade de expressão do aluno por meio de exer-cícios lúdicos envolvendo corpo, voz e imaginação criativa. Permitem a realização de exercícios lúdicos que revelem e ampliem nossa capacidade de comunicação, rompendo as barrei-ras da inibição, olhando e ouvindo a si próprio e ao outro.Escolinha de Arte do RecifeRua do Cupim, 124, Graças3222 0050, [email protected]: escolinhadeartedorecifeManhã 8 às 11hTarde 14 às 17hAulas seg a quiUma das mais importantes escolas de artes visuais da cidade, A Escolinha de Arte do Recife, fundada em 1953, com 62 anos dedicados ao ensino das artes para crianças, já está com as inscri-ções abertas para os cursos regulares neste mês de agosto, oferecendo aulas

de desenho, pintura, modelagem com argila e ainda o curso de pintura em tela para adultos. A mensalidade é de R$ 100, com direito a três horas de aula por semana, numa carga horária mensal de 12 h/aulas.

E o palhaço o qué?Espaço BrincantesRua Visconde de Goiana, 173, Boa Vista15/11 a 20/12 Sáb 14 às 18hDom 9 às 12hJá estão abertas as inscrições para o curso “E o Palhaço o que é? , promo-vido pela Cia 2 em Cena de iniciação à Palhaçaria” .  Com o objetivo de iniciar os participantes na arte da Palhaçaria e possibilitar a descoberta de sua figu-ra palhacesca, o curso oferece em sua grade as seguintes disciplinas: História da Palhaçaria, ministrada pela atriz e Palhaça Jerlâne Silva, Corpo e Comici-dade, ministrada pelo o ator, Palhaço e diretor de movimento Arnaldo Ro-drigues e Palhaçaria ministrada pela atriz e Palhaça Paula de Tassia e pelo diretor, dramaturgo e Palhaço Alexsan-dro Silva. As inscrições seguem até o dia 14/11/2015 e podem ser realizadas através da soli-citação da ficha de inscrição pelo e-mail [email protected] ou pela fanpage da companhia. O investimento é de R$ 300,00 (Trezentos Reais) sendo R$150,00 pagos no ato da matrícula mais uma men-salidade de R$150,00. PROMOÇÃO TRAGA UM AMIGO: Ganhe 10% desconto na matrícula e mensalidade tra-zendo outro participante para o curso.

Ponto de Cultura Almirante do Forte oferece oficinasEstrada do Bongi, 1319 – Bongi – Recife3228 8026, 99901 4303 e 8800 5221Email – [email protected]://www.facebook.com/almirantedoforte

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CURSOS E CONCURSOS 79

Estão abertas inscrições para as se-guintes oficinas: Percussão – Prática; Percussão- Confecção Instrumentos; Dança – Prática; Roupas /Indumentá-rias e Audiovisual. As oficinas servirão como fator de inclusão na valoriza-ção e na preservação da identidade de uma matriz cultural de Pernambuco. Educadores externos e internos (mes-tres do Maracatu Almirante do Forte) ensinarão todos os saberes aos mais jovens da comunidade, além de ou-tras expressões culturais do folclore pernambucano ligados às tradições afro-descendentes. Para se inscrever os interessados devem se dirigir a sede do Maracatu. Contatos:Mestre Tete, Toinho e Fábio Paiva

Aulas de teatroRua da imperatriz 134 sala 1488707853 | 95189843Uma vez por semanaR$60Ministrado por Flávio Renovato, o cur-so irá abordar os fundamentos básicos do teatro, como se ter uma boa respi-ração, controlar a saída e entrada de ar. Condensar e expandi as energias. Saber usar “O motor do movimento”. As aulas são inspiradas em alguns mestres do teatro como: Meierhold,.Grotovissk, YoshiOida, Eugênio Barba. Cinco alunos por turma.

Curso de Teatro AvançadoEspaço Cultural João TeimosoRua do Aragão, 27 – sala 04 – Boa Vista88971513Duração: 04 mesesTer e Qui 19h às 21hCentrado no trabalho do ator e o seu corpo, o curso visa aperfeiçoar a arte do ator em cena (haverá testes para alunos novos). O curso é ministrado pelo ator e diretor Vavá Schön-Paulino.

Oficina de iniciação a confecção de bonecos de papel marchéTeatro de Bonecos LobatinhoR. Canapi, 132 - Vasco da Gama, 3268 400O espaço Ponto de Cultura Bonecos de Pernambuco abre inscrições para oficina que integra o curso básico de formação de bonequeiros com total de 20 horas. Com a facilitação da pro-fessora e arte-educadora Maria Olivei-ra, ao começaro curso os alunos vão receber todo o material pedagógico. Além da iniciação em papel marché o espaço oferece interpretação, manipu-lação, montagem e encenação prática com boneco. No final dos módulos os alunos podem receber um certificado de conclusão do curso, caso cumpram mínimo de 80% da carga horária.

Projeto Poesia de RitmosAulas de Pandeiro com Mestre Nado

Terraço de Olinda - Rua 7 de Setembro, 109 (após a Matriz de São Pedro, 109), Carmo - Olindahttp://ateliedabarbearia.blogspot.com/[email protected]/marisa.reis.908581 –999495147 / 987571061Todas as Quartas 18h30 às 19h30R$130 (mês)Mestre Nado ou Linaldo Batista da Silva é Arte- Educador, Coreógrafo, Músico e Artesão, em parceria com o Espaço Cultural Terraço de Olin-da, ministra aulas de Pandeiro, com orientação individual e/ou em grupo, aplicando uma didática que trabalha corpo, mente e percussão. Mestre Nado é muito atuante na cena musical pernambucana e em outros estados do País em shows de Naná e Erasto Vas-concelos, Veio Xaveco, A Cabra Alada, Kátia de França, entre outros.

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80 NOV 2015

Curso de gaita em Recife com Guto SantanaRua do José de Alencar 44, bloco B Ed. Ambassador 99827 7803 (Tim/Whatsa-pp) / 3088 5419 (fixo)O gaitista e licenciando em música pela UFPE Guto Santana, ministra em Recife um curso de gaita com uma metodologia simples que enfatiza a prática, especialmente para os inician-tes que nunca tiveram contato com a música. Além das aulas de gaita, o curso inclui teoria musical e conheci-mentos para se fazer a manutenção do instrumento. As turmas são reduzidas e os horários semi-flexíveis. O curso funciona na Boa Vista ao lado do Shop-ping Boa Vista em local de fácil acesso. Os interessados podem agendar uma aula experimental.

Prêmio Solano Trindade recebe inscriçõesOs poetas pernambucanos já podem inscrever seus trabalhos no 5º Prêmio Solano Trindade de Literatura Afro--Brasileira, organizado pela Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes. As inscri-ções se iniciaram na última quarta--feira (30/09) e seguem até o dia 30 de novembro. E podem ser feitas de três formas: presencial – na Secreta-ria Executiva de Cultura, na Rua José Braz Moscow, 56, em Candeias, Fone – 99129-2899 / 99656-5794; presencial, na Casa da Cultura do Jaboatão dos Guararapes, em frente à Praça Nossa Senhora do Rosário, Jaboatão Centro; ou por email ([email protected]).O concurso, que tem como objetivo divulgar a poesia afro-brasileira, é re-alizado em duas etapas. No primeiro momento serão avaliadas as poesias e, independente do número de inscritos, 20 serão selecionadas para a etapa se-

guinte, que consiste na avaliação da performance. Este momento acontece-rá nos dia 11 e 12 de dezembro, no Cine Teatro Samuel Campelo, em Jaboatão Centro, e terão a duração máxima de cinco minutos, sendo desclassificado aquele concorrente que ultrapassar o tempo estabelecido, conforme cro-nômetro digital fixado no local da apresentação. O Júri será composto por cinco membros representados pelas instituições: União Brasileira de Escritores – UBE, Academia de Letras do Jaboatão dos Guararapes – ALJG, Secretaria de Cultura do Estado de Per-nambuco – Coordenação de Literatu-ra, Representação Regional do MinC/NE – Coordenação do Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca e Associação de Teatro do Jaboatão – ASTEJ, que terão a responsabilidade de julgar e escolher de forma independente, cada partici-pante com notas de 05 a 10 pontos para os textos e performances, regis-trados em formulários próprios e in-dividuais fornecidos pela Coordenação Organizadora do Prêmio.A premiação será:1º R$ 3.000 (três mil reais)2º R$ 2.500 (dois mil e quinhentos reais)3º R$ 2.000 (dois mil reais)

Curso de Língua e Cultura Italiana3221 4112Intensivo (1 ano e 1 mês) 14 horas semanaisRegular (5 semestres) 04 horas sema-naisInício novas turmas04, 05 e 07 e 01, 02 e 05/12O curso tem como objetivo alfabeti-zar o aluno, possibilitando uma rápida aprendizagem da língua e cultura ita-liana, ler, falar e escrever em italiano, gramática, conversações, geografia,

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CURSOS E CONCURSOS 81

história, gastronomia e ao mesmo tempo será possível o conhecimento da cultura italiana. O sistema de ava-liação será realizado com tarefas de casa e de classe. No decorrer do curso será exibido filmes e documentários sobre a Itália. No final de cada mês será realizado um jantar italiano com todos os alunos e professores. É ofe-recido bolsas de estudo na Itália aos alunos interessados 3221 4112

Curso de italiano jurídicoSextas-feiras, 9h, 15h, 17h, 19h, indicado para provas de mestrado e doutorado em direito. Matrículas abertas. Turmas iniciando 06/11 e 04/12

Curso de Língua e Cultura BrasileiraInício 053221 4112O curso tem como objetivo alfabeti-zar italianos na nossa língua brasileira, aprendendo a escrever, ler, falar, con-versar no idioma brasileiro. Durante o curso é previsto exibição de docu-mentários, filmes e shows do Brasil.

IV Concurso de Fotografias Mestre Luís de França 2015Inscrições: até 11Edital: www.museudaabolicao.museus.gov.br. | IBRAM – www.ibram.gov.brMAB- www.museudaabolicao.museus.gov.br | 3228.3248/ 3228.3836Continuam abertas as inscrições do IV Concurso de Fotografias Mestre Luís de França, patrocinado pelo Museu da Abolição/Minc, para fotógrafos, pro-fissionais e amadores, com trabalhos acerca do tema “127 anos de Abolição”. Serão premiados os três primeiros co-locados com R$ 4 mil, R$ 3 mil e R$ 2 mil, respectivamente.As inscrições só podem ser feitas por via postal.

Instituto de Cultura TécnicaRua Duque de Caxias, 356 Pavimentos 1/2/3 Santo Antônio3424.2625

Curso de Teatro InfantilSáb 9h45R$ 150Estão abertas as inscrições para o curdo de teatro infantil com o objetivo de desenvolver o pensamento estrutural teatral, a sensibilidade artística e a comu-nicação da criança para assim, torná-la mais sensí-vel. O curso trabalha uma introdução ao universo teatral e também na comunicação de forma geral.

Curso de LibrasSáb ou Dom 8h45 às 12h45R$ 120Ministrado pelo professor Bento Veríssimo, o cur-so tem como objetivo ampliar as possibilidades de comunicação, interação profissional e social com surdos de forma natural utilizando Libras o segundo idioma oficial do Brasil dando formação do cidadão.

Curso Avançado de TeatroSáb ou Dom 8h45 às 12h45R$ 150Estão abertas as inscrições para o curso avançado de teatro destinado a quem já tem experiência com teatro. Ministrado pelo professor Edson Aranha, o curso tem como objetivo desenvolver aplicações téc-nicas utilizando conexões com a dança, artes visu-ais, música, e literaturas em seus variados gêneros.

Curso de Desenho Artístico e PinturaR$ 150Ter ou Sáb (Pela manhã)Estão abertas as inscrições para o curso de desenho artístico e pintura os alunos aprende toda a base de criação do desenho, desenvolve o pensamento estrutural, conhece o padrão que o induz ao erro. O curso tem como objetivo ampliar uma sequência de estudos e atividades referentes às dimensões imagi-nativas, onde se possa pensar e praticar a formação artística e estética dos participantes.

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POSTOS DE DISTRIBUIÇÃOTELEFONES ÚTEISAeroporto 3322 4188

3322 4180

Auxílio à lista 102

Hospital da Restauração 3181 5400

Informações Turísticas 24h

3355 0128

Polícia Militar 190

Porto do Recife 3183 1949

Procon Estadual 3181 7000

/ 0800 280 21 512

Rodoviária 3452 1211

Samu 192

Grande Recife Consórcio

de Transporte 0800 081 0158

3182 5552 / 3182 5554

EMPRESAS DE TÁXI

Coopetáxi 3424 8944

Copseta 3462 1584

DiskTáxi 3419 9595

Ourotáxi 3423 7777

Teletáxi 3493 8383

2121 4242

Biblioteca Central da UFPE

2126 8090

Biblioteca da Universidade Católica

de Pernambuco 2119 4122

/ 2119 4252

Biblioteca da Faculdade de Filosofia

do Recife – FAFIRE 2122 3500

Biblioteca da Faculdade Maurício de

Nassau 3413 4611

Biblioteca Pública do Estado de

Pernambuco 3181 2647 / 3181 2642

Biblioteca da Faculdade

Metropolitana da Grande Recife

2128 0500

Biblioteca Popular de Afogados

3355 3122 / 3355 3123

Biblioteca Popular de Casa Amarela

3355 3130

Casa da Cultura Luiz Gonzaga

3184 3151 / 3184 3152

Casa do Carnaval (Pátio de São

Pedro) 3355 3302 / 3355 3303

Centro Apolo – Hermilo (Cine e

Teatro) 3355 3311 / 33554331

Centro de Atendimento Turístico

do Aeroporto 3182 8299

Centro de Atendimento Turístico do

Arsenal – PCR 3355 3402

Centro de Atendimento Turístico do

Mercado São José 3355 3022

Centro de Atendimento Turístico do

Pátio de São Pedro 3355 3310

Centro de Atendimento Turístico do

TIP – PCR 3182 8298

Centro de Atendimento Turístico da

Praça de Boa Viagem 3182 8297

Centro de Artesanato de Pernambuco

3181 3451

Centro Cultural Correios 3224 5739

/ 3424 1935

Empetur - Casa da Cultura

3182 8296

Espaço IPHAN 3228 3011

3228 3496

Espaço Pasárgada – Casa Manuel

Bandeira 3184 3165

Escola Profissional de Artes João

Pernambuco 3355 4092/ 3355 4093

Fundação Joaquim Nabuco

– Casa Forte 3073 6363

Fundação Joaquim Nabuco – Derby

3073 6767

Instituto Cervantes de Recife

3334 0450

Mercado da Boa Vista 3355 3042

Mercado da Madalena 3445 1170

Museu da Abolição 3228 3248

Museu da Cidade do Recife

- Forte das 5 pontas 3355 3107

/ 3355 3108

Museu de Arte Aloísio Magalhães

(MAMAM) 3355 6870

3355 6871 / 3355 6872

Museu do Estado de Pernambuco

3184 3170 / 3184 3174

Museu Murillo La Greca 3355 3126

/ 3355 3127 / 3355 3129

Teatro Barreto Júnior 3355 6398 /

3355 6399

Teatro de Santa Isabel 3355 3322

/ 3355 3323 / 3355 3324

Centro de Atendimento Turístico do

Parque Dona Lindu 33559844

Centro de Atendimento Turístico do

Shopping Center Recife 34677486

Centro de Atendimento Turístico

do Shopping Rio Mar 31828293

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POR VOCÊ TRABALHANDO SEM PARAR

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