17
  DIREITO ADMINISTRATIVO ISABELA F ERRARI 1 Cont. aula AGENTES PÚBLICOS 2) Subsídio EC 19: Art. 39, § 4º, CF. O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI  Objetivo: coibir supersalários (evita “penduricalhos”) Pagamento em parcela única recebida pelos: a) Chefes dos Executivos;  b) Auxiliares imediatos do Executivo (Ministros de Estado e Secretários Estaduais e Municipais); c) Membros do Legislativo; d) Magistrados e membros do Ministério Público; e) Membros da Advocacia Pública (exceto os municipais); f) Defensores Públicos; g) Ministros e Conselheiros dos Tribunais de Contas; h) Integrantes da policia federal, rodoviária federal, ferroviária federal e  policiais civis; i) Poderão ser incluídos os servidores organizados em carreira (art.39,  parágrafo 8º da CF)   carreira: situação em que há um conjunto de cargos e em que e possível ascender profissionalmente. Obs.: são possíveis alguns pagamentos fora do subsídio : i. Garantias do art. 39, §3º, CF (férias + 1/3; 13º etc.):

Agentes Públicos 2

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Agentes Públicos 2

Citation preview

  • DIREITO ADMINISTRATIVO ISABELA FERRARI

    1

    Cont. aula AGENTES PBLICOS

    2) Subsdio

    EC 19:

    Art. 39, 4, CF. O membro de Poder, o detentor de mandato

    eletivo, os Ministros de Estado e os Secretrios Estaduais e

    Municipais sero remunerados exclusivamente por subsdio

    fixado em parcela nica, vedado o acrscimo de qualquer

    gratificao, adicional, abono, prmio, verba de representao

    ou outra espcie remuneratria, obedecido, em qualquer caso,

    o disposto no art. 37, X e XI

    Objetivo: coibir supersalrios (evita penduricalhos)

    Pagamento em parcela nica recebida pelos:

    a) Chefes dos Executivos;

    b) Auxiliares imediatos do Executivo (Ministros de Estado e Secretrios Estaduais e Municipais);

    c) Membros do Legislativo;

    d) Magistrados e membros do Ministrio Pblico;

    e) Membros da Advocacia Pblica (exceto os municipais);

    f) Defensores Pblicos;

    g) Ministros e Conselheiros dos Tribunais de Contas;

    h) Integrantes da policia federal, rodoviria federal, ferroviria federal e policiais civis;

    i) Podero ser includos os servidores organizados em carreira (art.39, pargrafo 8 da CF) carreira: situao em que h um conjunto de cargos e em que e possvel ascender profissionalmente.

    Obs.: so possveis alguns pagamentos fora do subsdio:

    i. Garantias do art. 39, 3, CF (frias + 1/3; 13 etc.):

  • DIREITO ADMINISTRATIVO ISABELA FERRARI

    2

    ii. Verbas de natureza indenizatria: ex.: dirias (recomposio das despesas de deslocamento), ajuda de custo (servidor removido por

    necessidades do servio).

    CF. Art. 39 3 Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo

    pblico o disposto no art. 7, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV,

    XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei

    estabelecer requisitos diferenciados de admisso quando a

    natureza do cargo o exigir. (Redao dada pela Emenda

    Constitucional n 19, de 1998)

    Reserva legal

    RG: remunerao fixada atravs de lei.

    - os projetos de lei relativos remunerao dos servidores so de iniciativa de

    cada Poder (assim entende o STF), com algumas excees.

    Excees reserva legal:

    1) O Congresso nacional fixa, por Decreto legislativo, a remunerao do Presidente de Repblica e do Vice, dos Ministros de Estado, Senadores e

    Deputados federais.

    1) A Cmara Municipal fixa, por Decreto legislativo, a remunerao dos Vereadores

    AT: Deputados estaduais (art. 27, 2, CF), Governadores, Secretrios de Estado, Prefeitos e Secretrios municipais (arts. 28, 2 e 29, V, CF)

    tm sua remunerao fixada por Lei.

    OBS1: A principio, NO possvel acordo ou conveno coletiva para

    servidor pblico estatutrio, pois a Administrao Pblica est vinculada ao

    princpio da legalidade. Mas o STF admite convenes em alguns casos, em que

    no h aumento da remunerao (ADI 559) ex: previso de data para pagamento e de correo monetria no caso de atrasados

    AO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE.

    ARTIGO 57 DA LEI COMPLEMENTAR N. 4 DO ESTADO

    DO MATO GROSSO. SERVIDORES PBLICOS.

    ACORDOS E CONVENES COLETIVAS DE

    TRABALHO. VIOLAO DO ARTIGO 61, 1, II, DA

    CONSTITUIO DO BRASIL. ARTIGO 69, "CAPUT" E ,

  • DIREITO ADMINISTRATIVO ISABELA FERRARI

    3

    DA LEI COMPLEMENTAR N. 4. FIXAO DE DATA PARA O

    PAGAMENTO DE VENCIMENTOS. CORREO

    MONETRIA EM CASO DE ATRASO.

    CONSTITUCIONALIDADE. 1. A celebrao de convenes e

    acordos coletivos de trabalho constitui direito reservado

    exclusivamente aos trabalhadores da iniciativa privada. A

    negociao coletiva demanda a existncia de partes detentoras

    de ampla autonomia negocial, o que no se realiza no plano da

    relao estatutria. 2. A Administrao Pblica vinculada

    pelo princpio da legalidade. A atribuio de vantagens aos

    servidores somente pode ser concedida a partir de projeto de

    lei de iniciativa do Chefe do Poder Executivo, consoante

    dispe o artigo 61, 1, inciso II, alneas a e c, da Constituio

    do Brasil, desde que supervenientemente aprovado pelo Poder

    Legislativo. Precedentes. 3. A fixao de data para o

    pagamento dos vencimentos dos servidores estaduais e a

    previso de correo monetria em caso de atraso no

    constituem aumento de remunerao ou concesso de

    vantagem. Pedido julgado parcialmente procedente para

    declarar inconstitucional a expresso "em acordos coletivos ou

    em convenes de trabalho que venham a ser celebrados",

    contida na parte final do artigo 57, da Lei Complementar n. 4,

    de 15 de outubro de 1990, do Estado do Mato Grosso.

    (STF - ADI: 559 MT , Relator: Min. EROS GRAU, Data de

    Julgamento: 15/02/2006, Tribunal Pleno, Data de Publicao:

    DJ 05-05-2006 PP-00003 EMENT VOL-02231-01 PP-00024

    RTJ VOL-00199-01 PP-00041 LEXSTF v. 28, n. 329, 2006, p.

    10-16)

    OBS2: Os arts. 51, IV e 52, XIII admitem a criao de cargo nas Casas do

    Congresso por ato do prprio Legislativo (Resoluo da respectiva casa). Esses

    cargos tm remunerao fixada por lei? SIM! STF - ADI 3306

    EMENTA: 1. Medida cautelar em ao direta de

    inconstitucionalidade. 2. Resolues da Cmara Legislativa

    do Distrito Federal que dispem sobre o reajuste da

    remunerao de seus servidores. 3. Violao dos arts. 37, X

    (princpio da reserva de lei); 51, IV; e 52, XIII, da

    Constituio Federal. 4. Supervenincia de Lei Distrital que

    convalida as resolues atacadas. 5. Fato que no caracteriza o

    prejuzo da presente ao. 6. Medida cautelar deferida,

    suspendendo-se, com eficcia ex tunc, os atos normativos

    impugnados.

  • DIREITO ADMINISTRATIVO ISABELA FERRARI

    4

    TETOS REMUNERATRIOS

    1) TETO GERAL

    Aps diversas alteraes legislativas, a EC 41/03 deu a seguinte redao ao art. 37, XI da CR:

    XI - a remunerao e o subsdio dos ocupantes de cargos,

    funes e empregos pblicos da administrao direta,

    autrquica e fundacional, dos membros de qualquer dos

    Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos

    Municpios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais

    agentes polticos e os proventos, penses ou outra espcie

    remuneratria, percebidos cumulativamente ou no, includas

    as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, no

    podero exceder o subsdio mensal, em espcie, dos Ministros

    do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos

    Municpios, o subsdio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito

    Federal, o subsdio mensal do Governador no mbito do Poder

    Executivo, o subsdio dos Deputados Estaduais e Distritais no

    mbito do Poder Legislativo e o subsdio dos

    Desembargadores do Tribunal de Justia, limitado a noventa

    inteiros e vinte e cinco centsimos por cento do subsdio

    mensal, em espcie, dos Ministros do Supremo Tribunal

    Federal, no mbito do Poder Judicirio, aplicvel este limite

    aos membros do Ministrio Pblico, aos Procuradores e aos

    Defensores Pblicos;

    Logo, o teto remuneratrio geral a remunerao dos ministros do STF (valor atualizado aps os aumentos progressivos concedidos pela Lei

    12.041/2009 R$ 27.900,00)

    Alm disso, a iniciativa da lei para fixa-lo voltou a ser do STF (alterou-se a antiga iniciativa conjunta, que se mostrou desastrosa).

    Alm de definir a iniciativa do STF, a EC n. 41 criou tetos parciais para os demais entes federativos, tambm chamados de subtetos.

    2) SUBTETOS

    2.1) Estados e Distrito Federal: Poder Executivo - Governador; Poder Legislativo

    - Deputado estadual; Poder Judicirio Desembargador

  • DIREITO ADMINISTRATIVO ISABELA FERRARI

    5

    OBS: A CF/88 prev que o teto do PJ Estadual tambm deve ser utilizado para

    os membros do MP (apenas promotores e procuradores o quadro geral do funcionalismo se submete ao limite aplicvel ao Poder Executivo), Procuradores

    de Estado e Defensores Pblicos.

    - A CF fixou a remunerao dos Desembargadores no patamar mximo de 90,25%

    da remunerao dos Ministros do STF

    ADI 3854/MC: STF deu interpretao conforme a constituio para excluir os magistrados estaduais do mbito do art 37, XI e paragrafo 12, entendendo que no

    lhes seria aplicvel o limite de 90,25%. Fundamento: principio da isonomia

    (porque teria havido tratamento discriminatrio entre juzes federais e estaduais,

    que se submetem ao mesmo estatuto - LC 35/79), e carter uno do PJ.

    2.2) Municpio: Prefeito

    Excees ao teto (aceitas pela doutrina e jurisprudncia): a) verbas indenizatrias,

    b) remunerao decorrente de cargos pblicos de magistrio constitucionalmente

    acumulveis, c) atuao como requisitado pela Justia Eleitoral, d) exerccio

    temporrio de funo cumulativa.

    OBS: EP e SEM devem observar o teto APENAS quando receberem recursos de

    pessoas federativas a que esto vinculadas para pagamento de despesas com

    pessoal ou custeio em geral (art 37, paragrafo 9 CF)

    ACUMULAO DE CARGOS

    - RG: no se permite a acumulao remunerada de cargos pblicos

    - A CF estabelece algumas excees, que s podem ser aplicadas se houver

    autorizao para tanto (art. 37, XVI e XVII e art. 38, CF), compatibilidade de

    horrios, e se for observado o limite mximo de dois cargos.

    - Hipteses em que h autorizao:

    i) 2 cargos de professor (art. 37, XVI, a);

    ii) 1 cargo de professor + 1 cargo de tcnico-cientfico (art. 37, XVI, b);

    Ex.: delegado + professor etc.

    iii) 2 cargos ou empregos privativos de profissionais de sade, com profisses regulamentadas em lei (art. 37, XVI, c).

    Ex.: 2 cargos de mdico; 2 cargos de dentista

  • DIREITO ADMINISTRATIVO ISABELA FERRARI

    6

    iv) 1 cargo de Vereador com outro cargo, emprego ou funo publica (art. 38, III, CF).

    v) 1 cargo de magistrado com outro no magistrio (art. 95, paragrafo nico, I)

    vi) 1 cargo de membro do MP com outro no magistrio (art. 128, paragrafo 5, II, d)

    AT: a proibio de acumular cargos atinge tambm empregos e funes na AP indireta, em suas subsidiarias e nas sociedades controladas direta

    ou indiretamente pelo poder publico.

    acumulao de aposentadorias (inatividade): possvel, desde que sejam observadas todas as regres descritas acima. As mesmas hipteses

    permitidas na atividade tambm sero permitidas para aposentadoria.

    acumulao de aposentadoria com cargo em atividade: possvel. Este cargo em atividade pode ser (art 37, paragrafo 10, CF):

    a) Um daqueles possveis de serem acumulados na atividade;

    b) Mandato eletivo;

    c) Cargo em comisso.

    OBS: ser possvel a acumulao com qualquer outro cargo, desde que

    esta tenha se dado at o ano de 1998, quando sobreveio a EC n 20,

    regulando a matria. At 1998, se o servidor estivesse aposentado em um

    cargo, poderia acumular com qualquer outro em atividade. Ex.: juiz

    aposentado exercendo cargo de promotor na ativa. Esta norma est prevista

    no corpo da EC n. 20.

    O STF, em julgados recentes, destacou a desnecessidade de compatibilidade de horrios no caso de acumulao de cargo com

    aposentadoria (ex: RE 709535/SP)

    em caso de acumulao licita de cargos, e possivel receber acima do teto? Pela literalidade da CR (art. 37, XVI) no seria possvel, mas o STJ,

    apreciando situaes de pessoas aposentadas, vem decidindo que, nos

    casos de acumulao, os cargos devem ser considerados isoladamente

    para efeitos do teto. Assim, a remunerao de cada cargo no pode ser

    superior ao teto, sendo possvel que a soma dos dois ultrapasse esse

    limite.

  • DIREITO ADMINISTRATIVO ISABELA FERRARI

    7

    Ex: Ministro do STF que tambm for professor da UnB - ir receber seu

    subsdio integral como Ministro e mais a remunerao decorrente do

    magistrio. Nesse caso, o teto seria considerado especificamente para

    cada cargo, sendo permitido que ele recebesse acima do limite previsto

    no art. 37, XI da CF se considerado o total de seus ganhos.

    acumulao mandato eletivo + cargo na atividade (art. 38, CR)

    Art. 38. Ao servidor pblico da administrao direta, autrquica e

    fundacional, no exerccio de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes

    disposies:

    I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficar

    afastado de seu cargo, emprego ou funo;

    II - investido no mandato de Prefeito, ser afastado do cargo, emprego ou

    funo, sendo-lhe facultado optar pela sua remunerao;

    III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de

    horrios, perceber as vantagens de seu cargo, emprego ou funo, sem

    prejuzo da remunerao do cargo eletivo, e, no havendo compatibilidade,

    ser aplicada a norma do inciso anterior;

    IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exerccio de

    mandato eletivo, seu tempo de servio ser contado para todos os

    efeitos legais, exceto para promoo por merecimento;

    V - para efeito de benefcio previdencirio, no caso de afastamento, os

    valores sero determinados como se no exerccio estivesse.

    Situaes possveis:

    1) Mandatos federais, estaduais e distritais - No se permite a acumulao e uma vez assumido o cargo poltico, dever o

    servidor se afastar do cargo antigo, sem a percepo do antigo

    salrio.

    2) Mandato de prefeito - No se admite a acumulao. Assim, uma vez assumido o cargo poltico, dever o servidor se

    afastar do cargo antigo. possvel escolher a remunerao a

    ser percebida.

    3) Mandato de vereador - Admite-se a acumulao, desde haja compatibilidade de horrios. Havendo essa compatibilidade,

    o agente pblico exercer as duas atribuies, percebendo a

  • DIREITO ADMINISTRATIVO ISABELA FERRARI

    8

    remunerao de ambas. Nos casos de incompatibilidade de

    horrios, aplica-se a regra relativa aos prefeitos.

    (TRF1/2011)Assinale a opo correta no que se refere a servidores

    pblicos federais, regimes jurdicos e previdencirio, cargos, empregos e

    funes, bem como a processo disciplinar.

    e) No admitida a acumulao de proventos de duas aposentadorias,

    decorrentes do exerccio de dois cargos de professor, com os

    vencimentos de cargo pblico ocupado em face de aprovao em

    concurso pblico resposta certa

    LICITAO

    - analise estratgica

    - E imprescindvel a leitura da lei, especialmente das Leis 8.666/93 (Lei de

    Licitaes), 10.520/02 (Lei do Prego) e 12.462/11 (RDC) e do Decreto 5450/2005

    (prego eletrnico).

    CONCEITO

    HLM: Licitao o procedimento administrativo mediante o qual a Administrao

    seleciona a proposta mais vantajosa para o contrato de seu interesse

    JSCF: licitao procedimento vinculado (fixadas as suas regras, ao

    administrador cabe observ-las rigorosamente)

    FINALIDADES

    1) Escolha da proposta mais vantajosa para o Poder Pblico ( mais barata);

    2) Oferecer iguais condies a todos que queriam contratar com a AP. Justamente por isso, a licitao (como o concurso pblico) representa

    projeo concretizadora do princpio da impessoalidade;

    3) Promover o desenvolvimento nacional sustentvel (terceiro objetivo do procedimento licitatrio, inserido no art. 3 da Lei 8.666/93 pela Lei

    12.349/10)

  • DIREITO ADMINISTRATIVO ISABELA FERRARI

    9

    - FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL: art. 37, XXI, CR

    - PRESSUPOSTOS DA LICITAO:

    1) logico: PLURALIDADE DE LICITANTES. Ausente esse pressuposto, deve

    haver contratao direta por inexigibilidade de licitao. Ex: aquisio de materiais

    que s possam ser fornecidos por produtor exclusivo (art. 25, I, Lei 8.666/93)

    2) jurdico: INTERESSE PUBLICO. Exige que haja convenincia e oportunidade

    na realizao do procedimento licitatrio. H casos em que a realizao de

    licitao no atende ao interesse publico. A falta desse pressuposto pode

    caracterizar hiptese de inexigibilidade ou dispensa de licitao. Ex: aquisio de

    bem de valor inferior a R$ 8.000,00 (oito mil reais) (art. 24, I, Lei 8.666/93)

    3) ftico: INTERESSE DE MERCADO. Exigncia do potencial comparecimento

    de interessados em participar da licitao. Sua ausncia d ensejo contratao

    direta por dispensa de licitao embasada na licitao deserta (art. 24, V, Lei

    8.666/93).

    - PESSOAS SUJEITAS LICITAO (ou extenso pessoal do dever de licitar)

    Lei 8.666/93:

    Art. 1o Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitaes e contratos

    administrativos pertinentes a obras, servios, inclusive de publicidade, compras,

    alienaes e locaes no mbito dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito

    Federal e dos Municpios.

    Pargrafo nico. Subordinam-se ao regime desta Lei, alm dos rgos da

    administrao direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundaes

    pblicas, as empresas pblicas, as sociedades de economia mista e demais

    entidades controladas direta ou indiretamente pela Unio, Estados, Distrito

    Federal e Municpios.

    Logo, a principio, toda a AP direta e indireta

    Situaes especiais:

    1) Organizaes sociais: o art. 24, XXIV, da Lei 8.666/93 dispensa a realizao de procedimento licitatrio para a celebrao de contratos

    de prestao de servios com as organizaes sociais.

  • DIREITO ADMINISTRATIVO ISABELA FERRARI

    10

    AT: Essa dispensa destinada AP. A princpio, as OS no esto obrigadas a

    licitar, por falta de previso legal nesse sentido. Entretanto, o art. 1

    do Decreto 5.504/2005 estabelece a obrigatoriedade de licitao para

    obras, compras, servios e alienaes contratados com os recursos ou

    bens repassados voluntariamente pela Unio. O objetivo dessa norma

    evitar que as entidades do terceiro setor sejam maliciosamente

    utilizadas como intermediarias em contrataes da Unio, para burlar

    o dever de licitar.

    2) Organizaes da sociedade civil de interesse publico: situao similar a das OS. RG: no precisam licitar. Esse dever existira quando

    forem utilizados recursos repassados voluntariamente pela Unio (art.

    1 do Decreto 5.504/2005). Para bens e servios comuns, e obrigatria

    a utilizao do prego, preferencialmente na modalidade eletrnica.

    3) Servios sociais (sistema S): a doutrina entende que esto sujeitas ao dever de licitar, pois so mantidas com recursos provenientes de

    contribuies de natureza tributaria. Entretanto, o TCU (deciso

    47/2005) entendeu que o procedimento licitatrio a ser adotado pode

    ser definido nos regimentos internos da entidade, no havendo

    necessidade de que seja aquele definido na Lei 8.666.

    4) Conselhos de classe: so autarquias profissionais, logo se sujeitam a lei de licitaes. Mas ateno: a regra da licitao no se aplica

    OAB, pois o STF excepcionou-a ao consider-la uma entidade mpar,

    sui generis, alheia a estrutura do Estado, que teria natureza de servio pblico independente (ADI 3026/2006).

    5) Empresas pblicas e sociedades de economia mista:

    i) As prestadoras de servios pblicos devem respeitar a lei de licitaes.

    ii) Com relao s exploradoras de atividades econmicas, temos que diferenciar suas atividades-meio das atividades-fim.

    Para as atividades-meio, e necessria a observncia da Lei 8.666, enquanto no editada a Lei a que se refere o art. 173,

    1, III, CR, includo pela EC19/98. Esse dispositivo permitiu

    que se adotasse, por lei especfica, estatuto prprio para

    licitaes e contratos, que substituiria a Lei 8.666, porque se

    percebeu que o modelo tradicional de licitao dificulta a

    competitividade no mercado. Ocorre que tal lei ainda no foi

  • DIREITO ADMINISTRATIVO ISABELA FERRARI

    11

    promulgada, mantendo-se integralmente aplicveis os dispositivos da Lei

    8.666/93.

    Veja:

    Art. 173 - Ressalvados os casos previstos nesta Constituio, a

    explorao direta de atividade econmica pelo Estado s ser permitida

    quando necessria aos imperativos da segurana nacional ou a relevante

    interesse coletivo, conforme definidos em lei.

    1 - A lei estabelecer o estatuto jurdico da empresa pblica, da

    sociedade de economia mista e de suas subsidirias que explorem

    atividade econmica de produo ou comercializao de bens ou de

    prestao de servios, dispondo sobre:

    III - licitao e contratao de obras, servios, compras e

    alienaes, observados os princpios da administrao pblica;

    Com relao s atividades-fim, boa parte da doutrina (CABM e JSCF, p ex) e o TCU entendem que as EPs e SEM

    exploradoras de atividade econmica no precisariam licitar,

    pois isso significaria impor a elas considervel desvantagem

    competitiva em relao aos demais agentes de mercado. Assim,

    a lei de licitaes no se aplicaria a essas atividades-fim por

    absoluta impossibilidade jurdica.

    Ex: EP criada para venda de medicamentos por preos

    inferiores ao de mercado a indivduos de comunidade de baixa

    renda. Atividade-fim: venda de medicamentos (desnecessidade

    de observncia do procedimento licitatrio). Agora, se vai ser

    comprado um caminho para transportar essas mercadorias

    (atividade-meio), aplica-se a lei 8.666 ate que editado o

    diploma previsto no art. 173.

    OBS: Petrobras situao especifica. A Lei 9.478/97 prev que ela poder se utilizar de um procedimento licitatrio

    simplificado previsto no Decreto n 2745/98. O TCU e o STJ

    no so simpticos ao uso desse decreto pela Petrobras. J o

    STF em decises de turma e suspenses de segurana tem

    permitido. O tema, que ainda no foi examinado pelo pleno,

    possivelmente o ser no julgamento do RE 441.280.

    6) Fundos especiais: equivoco legislativo. So despidos de personalidade jurdica e constituem reservas financeiras criadas por

  • DIREITO ADMINISTRATIVO ISABELA FERRARI

    12

    lei, cuja gesto esta sempre a cargo de rgos pblicos (que esto

    obrigados a licitar).

    OBS: concessionarias e permissionrias de servio publico NO se submetem a

    Lei de Licitaes

    Dica para a prova: observar se o ente recebe recurso pblico.

    - Competncia para legislar sobre licitao: apesar de a previso constitucional

    estar contida no art. 22 (que trata de competncia privativa), a competncia para

    legislar sobre licitao e contratos concorrente, cabendo Unio a edio de

    normas gerais.

    Assim, Estados, Municpios e a prpria Unio editaro normas especificas sobre o

    tema (que, no caso da Unio, se aplicara apenas a esfera federal)

    Perceba que a Lei 8.666/93, como regra, de mbito nacional. Entretanto, em

    alguns dispositivos o diploma traz normas especficas. Essa situao foi examinada

    pelo STF (ADI 927), que deu interpretao conforme a tais dispositivos,

    entendendo que so aplicveis apenas em mbito federal, como e o caso do art. 17,

    II, b:

    Art. 17. A alienao de bens da Administrao Pblica, subordinada

    existncia de interesse pblico devidamente justificado, ser precedida

    de avaliao e obedecer s seguintes normas:

    II - quando mveis, depender de avaliao prvia e de licitao,

    dispensada esta nos seguintes casos:

    b) permuta, permitida exclusivamente entre rgos ou entidades da

    Administrao Pblica;

    OBS: O STF (RE 423560) considerou constitucional lei local que proibiu parentes

    de agentes polticos de contratarem com o ente federativo a que estes pertenam.

    Destacou que Estados e Municipios detm competncia para editar normas locais

    em matria de licitao e que poderiam faz-lo diante da lacuna do art. 9 da Lei de

    Licitaes. Considerou que o contedo dessa lei esta de acordo com os princpios

    da moralidade e impessoalidade.

    Licitao: lei orgnica e restrio 1

  • DIREITO ADMINISTRATIVO ISABELA FERRARI

    13

    A 2 Turma deu provimento a recurso extraordinrio para declarar a

    constitucionalidade do art. 36 da Lei Orgnica do Municpio de Brumadinho/MG,

    que proibiria agentes polticos e seus parentes de contratar com o municpio ( O

    Prefeito, o Vice-Prefeito, os Vereadores, os ocupantes de cargo em comisso ou

    funo de confiana, as pessoas ligadas a qualquer deles por matrimnio ou

    parentesco, afim ou consangneo, at o 2 grau, ou por adoo e os servidores e

    empregados pblicos municipais, no podero contratar com o Municpio,

    subsistindo a proibio at seis meses aps findas as respectivas funes).

    Asseverou-se que a Constituio outorgaria Unio a competncia para editar

    normas gerais sobre licitao (CF, art. 22, XXVII) e permitiria que estados-

    membros e municpios legislassem para complementar as normas gerais e adapt-

    las s suas realidades. Afirmou-se que essa discricionariedade existiria para

    preservar interesse pblico fundamental, de modo a possibilitar efetiva, real e

    isonmica competio. Assim, as leis locais deveriam observar o art. 37, XXI, da

    CF, para assegurar a igualdade de condies de todos os concorrentes.

    RE 423560/MG, rel. Min.Joaquim Barbosa, 29.5.2012. (RE-423560)

    Licitao: lei orgnica e restrio 2

    Registrou-se que o art. 9 da Lei 8.666/93 estabeleceria uma srie de impedimentos

    participao nas licitaes, porm no vedaria expressamente a contratao com

    parentes dos administradores, razo por que haveria doutrinadores que

    sustentariam, com fulcro no princpio da legalidade, que no se poderia impedir a

    participao de parentes nos procedimentos licitatrios, se estivessem presentes os

    demais pressupostos legais, em particular, a existncia de vrios interessados em

    disputar o certame. No obstante, entendeu-se que, ante a ausncia de regra geral

    para o assunto a significar que no haveria proibio ou permisso acerca do

    impedimento participao em licitaes em decorrncia de parentesco , abrir-

    se-ia campo para a liberdade de atuao dos demais entes federados, a fim de que

    legislassem de acordo com suas particularidades locais, at que sobreviesse norma

    geral sobre o tema. Por fim, consignou-se que a referida norma municipal, editada

    com base no art. 30, II, da CF, homenagearia os princpios da impessoalidade e da

    moralidade administrativa, bem como preveniria eventuais leses ao interesse

    pblico e ao patrimnio do municpio, sem restringir a competio entre os

    licitantes.

    RE 423560/MG, rel. Min.Joaquim Barbosa, 29.5.2012. (RE-423560)

    PRINCPIOS ESPECFICOS DA LICITAO

  • DIREITO ADMINISTRATIVO ISABELA FERRARI

    14

    1) Vinculao ao instrumento convocatrio: a AP e os participantes do certame, alm de vinculados as normas legais, tem que atender as condies

    presentes no instrumento convocatrio. Por isso se diz que o edital a lei da licitao.

    Ex: o edital exige determinado requisito que no cumprido por nenhum

    dos participantes. A AP pode dispensar a exigncia? NO. O certo seria

    mudar o edital, reabrindo as inscries.

    2) Julgamento objetivo: o edital deve prever claramente o critrio de julgamento a ser adotado para determinar o vencedor. A doutrina destaca

    que essa objetividade no absoluta nas hipteses em que houver

    necessidade de exame da qualificao tcnica, que sempre envolver certa

    margem de subjetivismo.

    3) Sigilo de propostas: como regra, as propostas so sigilosas (entregues em envelopes lacrados) at o momento de sua abertura em sesso pblica (art.

    43, 1, Lei 8.666). Exceo: leilo.

    A violao ao sigilo implica em:

    Prtica de crime da Lei 8.666/93 (fraude na licitao); e

    Ato de improbidade administrativa.

    4) Competitividade: as exigncias de qualificao tcnica e econmica devem se restringir ao imprescindvel para o cumprimento das obrigaes.

    5) Indistino: so vedadas preferncias quanto naturalidade, sede e domicilio dos licitantes (art. 3, 1, I, Lei 8.666).

    6) Inalterabilidade do edital: em regra, no pode ser modificado aps sua publicao. Porm, havendo necessidade de alterao de algum dispositivo,

    necessrio conferir ampla publicidade situao e devolver os prazos para

    no prejudicar os potenciais licitantes que no participaram do certame em

    razo da clusula que foi objeto da modificao.

    7) Formalismo procedimental: as regras aplicveis ao procedimento licitatrio so definidas pelo legislador e esto dispostas no edital.

    Entretanto, o descumprimento das formalidades apenas causara a nulidade

    do certame se houver comprovao de prejuzo (pas de nullit sans grief).

  • DIREITO ADMINISTRATIVO ISABELA FERRARI

    15

    8) Adjudicao compulsria: obriga a AP a atribuir o objeto da licitao ao vencedor do certame.

    CONTRATAO DIRETA

    - Excepcionalmente, possvel a contratao direta (sem licitao). Seu estudo

    revela a existncia de 4 institutos: 1) dispensa de licitao, 2) inexigibilidade de

    licitao, 3) licitao vedada ou proibida, 4) licitao dispensada .

    Dispensa

    Nos casos de dispensa, a competio possvel, mas a realizao da licitao pode

    no ser conveniente e oportuna para a Administrao, luz do interesse pblico.

    Por isso, a lei libera o administrador do dever de licitar. Assim, nesses casos, a

    efetivao da contratao direta uma deciso discricionria da Administrao

    Pblica.

    Ex: situaes de emergncia ou calamidade pblica, contrataes de baixo valor.

    Suas hipteses esto previstas taxativamente no art. 24 da lei 8.666.

    fundamental DECORAR esse artigo.

    Destaques:

    Art. 24, IV: contrato emergencial

    Art. 24. IV - nos casos de emergncia ou de calamidade

    pblica, quando caracterizada urgncia de atendimento de

    situao que possa ocasionar prejuzo ou comprometer a

    segurana de pessoas, obras, servios, equipamentos e

    outros bens, pblicos ou particulares, e somente para os

    bens necessrios ao atendimento da situao emergencial

    ou calamitosa e para as parcelas de obras e servios que

    possam ser concludas no prazo mximo de 180 (cento e

    oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da

    ocorrncia da emergncia ou calamidade, vedada a

    prorrogao dos respectivos contratos;

    Logo:

    1) Envolve iminente perigo, que no se confunde com situaes criadas pelo Administrador (desdia, descuido, m-administrao). Nos casos de

  • DIREITO ADMINISTRATIVO ISABELA FERRARI

    16

    desdia, em nome da supremacia do interesse pblico, pode at haver

    contratao direta, mas com a devida responsabilizao do agente pblico;

    2) Tem por objeto obras e servios que possam ser concludos no prazo de 180 dias ininterruptos. Esse prazo contado da data em que surgiu o

    perigo e no da assinatura do contrato.);

    3) Somente pode se referir aos bens necessrios ao atendimento da situao emergencial;

    4) No pode ser prorrogado.

    Art. 24, V: licitao deserta

    Art. 24. V - quando no acudirem interessados licitao

    anterior e esta, justificadamente, no puder ser repetida sem

    prejuzo para a Administrao, mantidas, neste caso, todas

    as condies preestabelecidas;

    aquela em que no aparece nenhum interessado. AT: s ser possvel a

    contratao direta 1) se a repetio do procedimento licitatrio vier a causar

    prejuzos para a Administrao, e 2) desde que sejam mantidas as condies

    constantes no instrumento convocatrio.

    OBS: licitao deserta no se confunde com licitao fracassada, que aquela em

    que todos os licitantes so desclassificados. RG: A licitao fracassada no

    hiptese de licitao dispensvel. Nas situaes em que se observa esse tipo de

    licitao, aplica-se o disposto no artigo 48, 3, da lei 8.666/93:

    3 Quando todos os licitantes forem inabilitados ou todas as propostas forem

    desclassificadas, a administrao poder fixar aos licitantes o prazo de oito dias

    teis para a apresentao de nova documentao ou de outras propostas

    escoimadas das causas referidas neste artigo, facultada, no caso de convite, a

    reduo deste prazo para trs dias teis.

    H uma situao na qual a licitao fracassada pode resultar em licitao

    dispensvel: quando todos os licitantes forem desclassificados porque suas

    propostas continham preos manifestamente superiores aos praticados no mercado

    nacional ou incompatveis com os fixados pelo rgos oficiais competentes (art.

    24, VII, Lei 8.666). Nessas situaes, se for dado pela Administrao o prazo de

    oito dias teis para os licitantes reformularem os preos e as novas propostas

    desses licitantes continuarem com preos inadequados, estaremos diante de

    hiptese de licitao dispensvel.

  • DIREITO ADMINISTRATIVO ISABELA FERRARI

    17

    OBS: O STJ destacou que o valor a ser considerado quando contratada

    organizadora para a realizao de concurso pblico deve corresponder `a soma do

    valor do contrato com o total arrecadado a titulo de taxa de inscrio (REsp

    1.356.260-SC). Assim, ainda que o valor do contrato seja inferior ao estabelecido

    pela lei como limite para a dispensa de licitao, se a soma desses valores for

    superior, no ser possvel a contratao direta. Veja:

    DIREITO ADMINISTRATIVO. LIMITE DE DISPENSA DE LICITAO

    PREVISTO NO ART. 24, II, DA LEI N. 8.666/1993.

    No se amolda hiptese de dispensa de licitao prevista no art. 24, II, da

    Lei n. 8.666/1993 a situao em que, contratada organizadora para a

    realizao de concurso pblico por valor inferior ao limite previsto no

    referido dispositivo, tenha-se verificado que a soma do valor do contrato com

    o total arrecado a ttulo de taxa de inscrio supere o limite de dispensa

    previsto no aludido inciso. A Constituio da Repblica estabelece como regra a

    obrigatoriedade da realizao de licitao, que desnecessria nas excepcionais

    hipteses previstas em lei, como na dispensa para a contratao de servios de

    valor inferior ao limite estabelecido no art. 24, II, da Lei n. 8.666/1993. No cabe

    ao intrprete criar novos casos de dispensa, sobretudo porquanto a licitao

    destinada a garantir a observncia do princpio constitucional da isonomia e a

    seleo da proposta mais vantajosa para a administrao (art. 3 da Lei n.

    8.666/93). Nesse contexto, ainda que os valores recolhidos como taxa de inscrio

    no sejam pblicos, a adequada destinao deles de interesse pblico primrio.

    Mesmo que a contratao direta de banca realizadora de concurso sem licitao

    no afete o interesse pblico secundrio (direitos patrimoniais da Administrao

    Pblica), contrria ao interesse pblico primrio, pois a destinao de elevado

    montante de recursos a empresa privada ocorrer sem o processo competitivo,

    violando, dessa maneira, o princpio da isonomia.REsp 1.356.260-SC, Rel. Min.

    Humberto Martins, julgado em 7/2/2013.