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  www.cers.com.br  TRIBUNAIS 2014 Lei 8.112/90 e 11.416/06 Matheus Carvalho 1 *AGENTES PÚBLICOS* (Aula do Curso Analista do TRF – 2006.1/ Prof. Fernanda Marinella) 01. AGENTES PÚBLICOS  Todo aquele que exerce função pública, quer seja temporária, quer sem remuneração (ex. integrantes do júri, mesário). É a expressão mais abrangente, compreendendo os Agentes Políticos, Servidores Estatais e Agentes Honoríficos. a) AGENTE POLÍTICO  Chefes do Executivo e seus auxiliares imediatos (Secretários e Ministros), Membros do Legislativo, Membros do Ministério Público (Procurador e Promotor de Justiça) e Poder Judiciário. Seguem Regime Estatutário ou o chamado Regime Legal. Obs.  Há divergência se Ministério Público e Judiciário se enquadrariam nesse conceito. A corrente Majoritária ainda não admite ( Marinella, discordando, os engloba). b) SERVIDOR ESTATAL  Todo aquele que atua no Estado, não sendo necessariamente ‘Funcionário Público’.  Servidor Estatal  Servidor Público  Servidor de Entes Governamentais de Direito Privado  Servidores Públicos  Aquele que atua em Pessoa Jurídica de Direito Público  Administração Direta  Administração Indireta  Autarquias  Fundações Públicas E.C.  19/98, CF/88  Acabou com o Regime Jurídico Único, o que veio a igualmente abolir a expressão ‘Funcionário Público’, uma vez que essa denominação referia-se ao servidor que, com exclusividade, podia exercer cargo publico. Após a EC 19/98, pode-se ser tanto titular de CARGO PÚBLICO (vínculo Estatutário), quanto de EMPREGO PÚBLICO (vínculo celetista). A lei que cria o cargo/emprego é que definirá o Regime a ser adotado.  Servidores de Entes Governamentais de Direito Privado  São aqueles integrantes das Empresas Públicas ou de Sociedade de Economia Mista. Só podem ter EMPREGOS PÚBLICOS (CLT), mas se equiparam aos servidores públicos nos seguintes aspectos: I) Estão sujeitos a CONCURSO PÚBLICO; II) Vale o Regime da NÃO CUMULAÇÃO de CARGO ou EMPREGO; III) Se a empresa pública ou Sociedade de Economia Mista NÃO receber dinheiro para custeio (verba governamental para sobreviver no dia-dia), NÃO se SUBMETE ao TETO REMUNERATÓRIO.  No entanto, se depender do Estado para sobreviver, SUBMETE-SE ao TETO; IV) Submetem-se à Lei de IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA; V) Sujeitam-se aos REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS (MS, HD etc); VI) Equiparam-se a Servidores Públicos para EFEITOS PENAIS; 

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Resumo Complexo Educacional Renato Saraiva

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    TRIBUNAIS 2014 Lei 8.112/90 e 11.416/06

    Matheus Carvalho

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    *AGENTES PBLICOS* (Aula do Curso Analista do TRF 2006.1/ Prof. Fernanda Marinella)

    01. AGENTES PBLICOS

    Todo aquele que exerce funo pblica, quer seja temporria, quer sem remunerao (ex. integrantes do jri, mesrio). a expresso mais abrangente, compreendendo os Agentes Polticos, Servidores Estatais e Agentes Honorficos.

    a) AGENTE POLTICO Chefes do Executivo e seus auxiliares imediatos (Secretrios e Ministros), Membros do Legislativo, Membros do Ministrio Pblico (Procurador e Promotor de Justia) e Poder Judicirio. Seguem Regime Estatutrio ou o chamado Regime Legal.

    Obs. H divergncia se Ministrio Pblico e Judicirio se enquadrariam nesse conceito. A corrente Majoritria ainda no admite (Marinella, discordando, os engloba).

    b) SERVIDOR ESTATAL Todo aquele que atua no Estado, no sendo necessariamente Funcionrio Pblico.

    Servidor Estatal Servidor Pblico Servidor de Entes Governamentais de Direito Privado

    Servidores Pblicos Aquele que atua em Pessoa Jurdica de Direito Pblico Administrao Direta Administrao Indireta Autarquias

    Fundaes Pblicas

    E.C. 19/98, CF/88 Acabou com o Regime Jurdico nico, o que veio a igualmente abolir a expresso Funcionrio Pblico, uma vez que essa denominao referia-se ao servidor que, com exclusividade, podia exercer cargo publico.

    Aps a EC 19/98, pode-se ser tanto titular de CARGO PBLICO (vnculo Estatutrio), quanto de EMPREGO PBLICO (vnculo celetista). A lei que cria o cargo/emprego que definir o Regime a ser adotado.

    Servidores de Entes Governamentais de Direito Privado So aqueles integrantes das Empresas Pblicas ou de Sociedade de Economia Mista. S podem ter EMPREGOS PBLICOS (CLT), mas se equiparam aos servidores pblicos nos seguintes aspectos:

    I) Esto sujeitos a CONCURSO PBLICO;

    II) Vale o Regime da NO CUMULAO de CARGO ou EMPREGO;

    III) Se a empresa pblica ou Sociedade de Economia Mista NO receber dinheiro para custeio (verba governamental para sobreviver no dia-dia), NO se SUBMETE ao TETO REMUNERATRIO. No entanto, se depender do Estado para sobreviver, SUBMETE-SE ao TETO;

    IV) Submetem-se Lei de IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA;

    V) Sujeitam-se aos REMDIOS CONSTITUCIONAIS (MS, HD etc);

    VI) Equiparam-se a Servidores Pblicos para EFEITOS PENAIS;

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    VII) No gozam de ESTABILIDADE, no sendo necessrio Processo Administrativo, nem de motivao para ser despedido Sm. 390 e OJ 247 do TST

    c) AGENTES HONORFICOS o Particular em Colaborao, que podem ser:

    Voluntrios (ex. Amigos da Escola); Requisitados (ex. Mesrios, Jurados do Jri e Servio Militar Obrigatrio); Aqueles que exercem Atos Oficiais. Servio Notorial (Cartrio de Registro Pblico, delegados de funo, art. 236 da C.F/88). Obs. quem

    legisla sobre cartrios o Estado federado.

    02. CARGO PBLICO

    cargo em Comisso Subdivide-se em cargo Efetivo

    cargo Vitalcio

    a) CARGO EM COMISSO o chamado cargo de parente ou comissionado.

    de livre nomeao e exonerao Exonerao AD NUTUM. Qualquer pessoa pode exercer cargo de confiana, desde que se reserve um limite mnimo que detenha cargo efetivo, pelo principio da continuidade.

    Obs. CARGO DE CONFIANA FUNO de CONFIANA A Funo um plus que s pode ser exercido por cargo efetivo, que ganhara gratificao pela responsabilidade a maior (lei 8.112/90).

    b) CARGO EFETIVO Nomeado por Concurso Pblico, em carter definitivo, podendo vir a adquirir a estabilidade. O cargo efetivo e no estvel, j que essa ltima qualidade pertence ao servidor.

    Quando o servidor se torna estvel, s poder ser demitido via Processo Administrativo, processo Judicial transitado em julgado ou avaliao peridica.

    c) CARGO VITALCIO s pode haver dispensa via processo judicial transitado em julgado (ex. Ministrio Pblico, Juiz, Tribunal de Contas, esse ultimo sequer precisa de concurso publico para contratao).

    03. PROVIMENTO

    Necessrio para o preenchimento de um cargo (art.10, lei 8.112/90).

    Originrio Nomeao Provimento Vertical Promoo

    Derivado Horizontal Readaptao Reingresso Reintegrao

    Reconduo Reverso

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    a) Provimento ORIGINRIO S ocorre por Nomeao, a qual depende de aprovao em concurso pblico.

    NOMEAR Designar, atribuir ao servidor. Resulta no provimento.

    EMPOSSAR Aceitar o cargo (assina os papis). Quando se anui posse, tm-se a investidura, que a formao de relao jurdica com a Administrao.

    Se nomeado, tem 30 dias para tomar posse. Empossado, ter 15 dias para entrar em exerccio.

    Se o nomeado no tomar posse nos 30 dias, a nomeao torna-se sem efeito. Perde-se a vaga no concurso. Se tomar posse, mas no entrar em exerccio nos 15 dias, ocorrer desinvestidura mediante EXONERAO de OFCIO.

    ObsA desinvestidura tambm poder ser pela modalidade de demisso, porm sem aplicabilidade no caso anterior, pois a demisso sempre ser uma penalidade disciplinar.

    Obs.2No provimento Originrio, admite-se as seguintes hipteses de DESNECESSIDADE de CONCURSO PBLICO:

    Cargo em COMISSO;

    Hipteses Constitucionais (Regra do Quinto Constitucional, Ministro do STF, Tribunal de Contas etc);

    Contratao TEMPORRIA (via processo seletivo simplificado);

    Agentes Comunitrios de Sade e de Combate a Endemias (via processo seletivo, art. 198, 4, C.F/88);

    b) Provimento DERIVADO

    Vertical Promoo Derivado Horizontal Readaptao

    Reingresso Reintegrao Reconduo Reverso

    Provimento VERTICAL Ascenso na carreira; ascenso funcional. A nica hiptese possvel a Promoo.

    Provimento HORIZONTAL Recolocao do Servidor com limitao fsica (surdez, problemas cardacos etc). A nica hiptese a READAPTAO, na qual muda de cargo sem ascender na carreira (ex. professora, que por problemas de sade, torna-se atendente de biblioteca).

    Obs. Remoo no provimento, pois forma de deslocamento de um lugar para outro. A Lei 8.112/90, art.10 elenca rol taxativo quanto aos casos de provimento.

    Provimento por REINGRESSO Servidor retorna Administrao, isso s quando o mesmo gozar de estabilidade (art.41 da C.F/88).

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    I) REINTEGRAO Quando o afastamento se deu por conta de uma ilegalidade contra o servidor (ex. desligamento de estvel sem processo administrativo).

    II) RECONDUO So duas hipteses:

    A Quando o antigo ocupante do cargo for Reintegrado. B Quando houver retorno do servidor estvel ao cargo anteriormente ocupado, tendo em vista a sua inabilitao em estgio probatrio de outro cargo (art.29, I da lei 8.112/90).

    Obs. Quando ocorrer Excesso de Despesa com Pessoal (art.169 da C.F/88). Para tanto, observa-se os limites de gasto com pessoal impostos no art. 19 da LC 101/00 que estabelece os seguintes ndices:

    Unio 50% art. 19 da LC 101/00 Estado 60%

    Municpio 60%

    Excedido o limite, comea-se a despedir na seguinte ordem:

    1 Pelo menos 20% dos CARGOS em COMISSO;

    2 Servidores NO ESTVEIS (em estgio probatrio);

    3 Servidores ESTVEIS (s podero exoner-los aps todos os no estveis e os 20% dos cargos de confiana). Ser por via EXONERAO (no demisso, por no ser uma pena), sendo que a Administrao s poder se valer desse novo cargo (pois o anterior ter que ser extinto), ou cargo a ele anlogo, depois de 04 anos de sua extino.

    Obs. Se houver dispensa sem observncia dessa ordem legal, o servidor REINTEGRADO, ante a ilegalidade da conduta administrativa. Da, se o servidor retorna ao cargo de origem, ter direito a todas as vantagens do perodo em que esteve afastado (subsdio/vencimento, tempo para fins de antiguidade etc). Dessa forma, o atual ocupante do cargo pertencente ao servidor, ento, reintegrado dever ser RECONDUZIDO a outro cargo vago.

    O reconduzido tem direito a voltar ao cargo de origem desde que VAGO. Se no estiver vago, reconduz para cargo equivalente vago. Novamente, se no houver vaga, ficar em DISPONIBILIDADE, recebendo proporcionalmente ao tempo de servio1. Pelo instituto do REAPROVEITAMENTO, ele volta ao cargo porventura vago.

    III) REVERSO Duas Hipteses:

    A Aposentadoria por Invalidez. Porm, cessada a incapacidade laborativa, retorna aos servios.

    B Retorno espontneo de aposentado Atividade (art.25 da lei 8.112/90). Nesse caso, o servidor se aposenta, mas depois decide voltar ao trabalho, antes de completar a idade da compulsria. Peticionar um requerimento de reverso Administrao Pblica, que poder, ou no, aceit-lo.

    1 Com o advento da EC 20/98, todas as outras hipteses constitucionais mudaram para tempo de contribuio, excetuando a citada que ainda considera o tempo de servio.

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    04. DESINVESTIDURA Sempre que precisar de processo administrativo.

    Demisso Desinvestidura Exonerao

    Cassao Destituio

    a) PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR PAD

    Penalidades:

    Advertncia (infrao leve) Suspenso (infrao mdia) Demisso (falta grave) Cassao (falta grave) Destituio (falta grave ou infrao mdia)

    Obs. A CASSAO se opera quando o servidor estiver aposentado ou em disponibilidade e praticar falta grave poca em que ainda ocupava seu cargo.

    Obs.2A DESTITUIO ocorrer sempre que o servidor ocupante de Cargo ou Funo em Comisso for apenado com suspenso ou demisso (em qualquer um desses casos).

    SINDICNCIA SUMRIO ACUMULAO Ilegal de Cargos

    Processo Administrativo Disciplinar ORDINRIO PAD propriamente dito

    Provimento SUMRIO

    I) SINDICNCIA Serve para investigao prvia. Porm, a lei 8.112/90 a reconheceu como mecanismo ou processo prprio para apurao de fatos, na hiptese de punio por infrao LEVE, ou seja, por: Advertncia ou Suspenso de at 30 dias. Tem prazo para concluso de 30 dias prorrogveis por mais 30.

    Precisa de contraditrio e ampla defesa. Se a infrao mais grave for detectada, incumbir a instaurao de Processo Administrativo propriamente dito.

    ARQUIVA ADVERTNCIA SINDICNCIA INFRAO LEVE SUSPENSO por at 30 dias

    PAD propriamente dito

    II) ACUMULAO ILEGAL DE CARGOS Art. 133 do Regime Jurdico da Unio RJU. Seu prazo de 30 dias prorrogveis por mais 15. Se verificada a acumulao, a Administrao deve dar a opo ao servidor de qual cargo quer permanecer, sendo do outro EXONERADO.

    Se no houver manifestao do servidor, instaura-se processo administrativo, mas at o prazo da defesa, deve-se facultar novamente a opo entre os cargos (at esse momento, reconhece-se a boa-f do servidor). Mantendo-se silente, por ser pena tida por grave, ele ser demitido de AMBOS os CARGOS.

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    Provimento ORDINRIO Corresponde ao processo administrativo disciplinar propriamente dito. Tem prazo para concluso de 60 dias, prorrogveis por mais 60.

    Suspenso por mais de 30 dias Penalidades Demisso

    Instaurao Instruo Fases Inqurito Administrativo Defesa

    Julgamento Relatrio

    Descoberta a infrao, a Instaurao do PAD, pela autoridade administrativa, Ato Vinculado.

    Na segunda fase (Inq. Adm), tm-se o miolo do processo, com instruo, defesa e relatrio. O relatrio conclusivo (deve propor um resultado) e o julgamento s poder contrari-lo se esse se mostrar incompatvel com as provas dos autos.

    Havendo recurso administrativo, poder haver REFORMATIO IN PEJUS, a lei expressa nesse sentido. Somente no se admite a Reformatio in pejus em casos de REVISO (sempre que surgir fato novo, oponvel a qualquer tempo).

    H vedao legal de o servidor requerer aposentadoria ou exonerao voluntria, quando, contra ele, for instaurado um PAD. Porm poder ser aposentado compulsoriamente uma vez que a lei assim obriga. Se detectada a infrao aps a sua aposentadoria, sofrer pena de Cassao.

    ESPCIES de EXONERAO:

    I) A PEDIDO do Servidor;

    II) AD NUTUM, em caso de cargo em comisso;

    III) EX OFFICIO, quando o empossado no entrar em exerccio;

    IV)EXCESSO de QUADRO FUNCIONAL (art. 169, C.F/88);

    V) INABILITAO no ESTGIO PROBATRIO;

    VI) REPROVAO em AVALIAO PERIDICA, apenas possvel quando houver Quadro de Carreira. Falta LC para regulamentar certas carreiras, outras j possuem;

    5.0 SISTEMA REMUNERATRIO Parcela FIXA

    REMUNERAO Parcela VARIVEL SISTEMA REMUNERATRIO

    SUBSDIO Parcela NICA

    a) REMUNERAO Paga em duas parcelas:

    Parcela Fixa Vencimento ( Vencimentos Parcela Fixa + Parcela Varivel).

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    Parcelas Variveis Acrscimos pecunirios em razo de qualidades pessoais do servidor.

    b) SUBSDIOS parcela nica que, no latim, significa ajuda de sobrevivncia, mas quem a recebe o alto escalo.

    Chefes do Executivo; Auxiliares Imediatos do Executivo (Ministros e Secretrios); Membros do Legislativo; Magistratura; Membros do Ministrio Pblico (Promotor e Procurador); AGU; Procuradores e Defensores; Conselheiros dos Tribunais de Contas; Policiais (Toda a carreira); Todos os demais estruturados em cargos de carreira;

    Paga-se, apenas, acima do Subsdio:

    Garantias do art. 39, 3 da C.F/88; Transporte; Verbas Indenizatrias (dirias, ajuda de custo equivalente a 03 vezes o provento do

    servidor removido pelo servio pblico).

    5.1 FIXAO DA REMUNERAO

    Necessita de lei de iniciativa de quem for pagar a conta. Alguns casos no dependem de lei e sim de Decreto Legislativo (o qual dispensa a sano ou veto do Executivo).

    Presidente CONGRESSO NACIONAL DL Ministro de Estado

    Senador e Deputado Federal

    CMARA MUNICIPAL DL Vereador

    Governador LEI Deputado Estadual

    Prefeito LEI Cmara Deputados Senado Sano/Veto do Presidente

    DL Cmara Deputados Senado

    5.2 TETO REMUNERATRIO

    Ningum ganha mais que Ministro do STF. Com a EC 41, criou-se Subtetos:

    Poder Executivo UNIO Ministro do STF Poder Legislativo

    (teto vale para todos) Poder Judicirio

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    Poder Executivo Governador ESTADO Poder Legislativo Deputado Estadual

    Poder Judicirio Desembargador (limitado a 90,25% do Ministro do STF). Tambm vale para:

    Membros do Ministrio Pblico, Defensores Pblicos e Procuradores do Estado.

    O teto para todo o Judicirio o devido aos Desembargadores. Porm, os auxiliares administrativos dos equiparados (MP, PGE, DP), tm por base o teto do Governador.

    MUNICPIO Prefeito.

    *AGENTES PBLICOS* (Aula do Curso Intensivo 2005.2/ Prof. Dirley Cunha)

    1.0 - SERVIDORES PBLICOS:

    GNERO AGENTE PBLICO ESPCIES:

    I) AGENTES POLTICOS:

    - Desempenham as Funes polticas estatais. So os membros dos 03 Poderes (Presidente, Vice, Ministros; Governadores, Vices, Secretrios; Prefeitos, Vices, Secretrios; Magistrados, do 1 grau ao STF; Deputados, Senadores, Vereadores). Membros do MP, Chefes de Misses Diplomticas, Membros dos Tribunais de Contas (no so subordinados ao Poder Legislativo, so autnomos funcional e administrativamente). Todos Eles submetem-se aos limites que a prpria Constituio Federal de 1988 impe.

    Obs. Celso Antonio, Diognes Gasparini: Entendem que s os Membros dos Poderes Executivo e Legislativo so Agentes polticos, por entenderem que s eles tm funo de governo (MINORITRIA). Funo de governo # Funo Poltica

    II) SERVIDORES ESTATAIS (servidores pblicos):

    - Todos os agentes que desempenham meras atividades administrativas, mas que mantenham com o Estado ou com suas Entidades da Administrao Indireta, relao de trabalho de natureza profissional, em carter permanente, de regra, e sob dependncia, com contra-prestao pecuniria, atravs de remunerao ou subsidio.

    - Requisito: Vnculo de Permanncia do servidor em uma Entidade de Direito Pblico (autarquia, fundaes de dir. pblico).

    - EC 19: Aboliu a obrigatoriedade do Regime nico para os Servidores Pblicos, permitindo a Adoo de Regimes Distintos entre os servidores estatais das entidades de dir. pblico:

    a) Regime Jurdico estatutrio: Servidores submetidos a regime jurdico do estatuto funcional (Lei 8112/90, no mbito da Unio). o regime jurdico dos servidores pblicos, ocupantes de Cargos pblicos efetivos. A jurisdio prpria para julgar causas acerca desse Regime Jurdico ser a Justia Estadual para os servidores estaduais, e a Justia Federal

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    para os servidores Federais. Vale tambm para os Cargos em Comisso e para a Funo de Confiana.

    b) Regime Jurdico CeLeTista: o regime pblico no qual, os servidores estatais ocupam Emprego Pblico, com Vnculo Contratual, regido pela CLT e legislao trabalhista correlata, seguindo, obviamente, algumas normas cogentes de Direito Pblico previstas na CF, que derrogam parcialmente a CLT. A jurisdio prpria para julgar as causas deste regime ser sempre a Justia do Trabalho.

    Lei 9962/2000: Instituiu no mbito, exclusivamente, da Unio, o Regime Jurdico de Emprego Pblico, cujo servidor ocupante ser regido pela CLT. O art.3 traz as hipteses, nas quais o servidor poder ser dispensado, aps o Processo Administrativo, fundamentadamente: Hipteses do art.482 da CLT (dispensa c/ justa causa); Para reduzir despesa, na hiptese do art.169 da CF; Insuficincia de desempenho.

    Lei 9986/2000: Determinou a aplicao do Regime CeLeTista de emprego pblico para os servidores pblicos de todas as Agencias Reguladoras. Obs: Celso Antonio j dizia que o regime celetista s poderia ser aplicado a funes de mera execuo, nunca s funes com poderes decisrios, porque, neste caso, o servidor necessita de independncia e segurana, garantidos pelo regime estatutrio que lhes d estabilidade. O STF, atravs do Min. Marco Aurlio, acolheu Liminar em ADIN que impugnava a constitucionalidade da Lei 9986/2000.

    Lei 10871/2004: Mandou aplicar a Lei 8.112/90 aos servidores das Agencias Reguladoras.

    III) SERVIDORES EMPREGADOS (empregados pblicos):

    - So todos os agentes com relao de trabalho profissional e permanente com uma das entidades privadas da Administrao Indireta (Empresas Pblicas, Sociedade de Economia Mista e Fundaes Governamentais de Dir. Privado, mantidas pelo poder pblico).

    - Art.173, 1, II, CF/88 Podem se valer do Direito Potestativo de demitir o empregado pblico destas entidades, o que, entretanto, dever ser motivado em processo administrativo, segundo a doutrina. Sem embargo, o TST entendeu que tal motivao seria desnecessria, poder haver demisso sem justa causa, sem processo administrativo e sem motivao.

    - Obs. Empregados pblicos # dos Servidores pblicos que ocupam emprego pblico.

    IV) SERVIDORES TEMPORRIOS:

    - Contratados pelo Estado ou por suas Entidades da Administrao Indireta dos 03 Poderes para, em carter provisrio, exercerem atividades visando a atender necessidades temporrias de excepcional interesse pblico.

    - Art.37, inc. IX, CF Vnculo temporrio ou eventual. Regime Especial de Dir. Administrativo (REDA), que de responsabilidade de cada Ente da federao. No titularizam Cargo, no ocupam emprego pblico, j que sua investidura precria. Vinculam-se Administrao atravs de uma Funo Temporria (funes autnomas).

    - No h necessidade de concurso pblico, so contratados diretamente pela Administrao. Entretanto, facultado que cada ente faa uma seleo simplificada precedida de edital. A Unio a exige atravs da Lei 8745/93. Ex. professores substitutos, recenseadores do IBGE.

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    STF A atividade a ser desempenhada para satisfazer a necessidade temporria de excepcional interesse pblico, poder ser permanente. S a atividade poder ser permanente.

    IV) SERVIDORES MILITARES:

    - Se sujeitam a Regime Jurdico Especial definido por Lei que disciplina ingresso na carreira, patentes, deveres, atribuies, transferncia para reserva, reforma.

    - Servidores Militares dos Estados: PMs, Bombeiros (segurana pblica)

    - Servidores Militares da Unio: Foras Armadas (defesa do Estado Federal).

    V) PARTICULARES EM COLABORAO (no h vinculo de trabalho):

    - Agentes que no perdem a condio de 3 particulares. No tm vnculo algum com o Estado, exercem remuneradamente ou no, funes pblicas sob determinadas formas:

    a. Por Requisio O Estado requisita a atuao e colaborao do particular no desempenho de determinadas e especficas atividades do Estado. Ex. eleio, servio militar, jurados.

    b. Por Delegao So os concessionrios, autorizatrios e permissionrios; Notrios e Tabelies em alguns Estados (na BA os cartrios no so delegados, so do Estado).

    c. Por Vontade prpria (voluntariamente) O particular faz as vezes de gestor da necessidade pblica em carter emergencial, circunstancial.

    d. Contratao para prestao de Servios Ex. Advogado que presta servio profissional Administrao, atravs da locao de seu servio.

    2.0 - CARGOS, EMPREGOS E FUNES PBLICAS:

    Cargos e Empregos Apesar de se distinguirem no que tange ao regime jurdico, eles so conceituados como necessidades especificas de competncia ou funes pblicas, providas por servidores ou agentes para o exerccio das atribuies correspondentes. Os cargos e empregos se localizam na Administrao direta ou indireta, se distinguem, apenas, quanto ao regime jurdico.

    - Servidor com vnculo com o Estado atravs de cargo pblico: relao de trabalho de natureza institucional, regime estatutrio, s existe no mbito das entidades de direito pblico.

    - Servidor com vnculo atravs de emprego pblico: vnculo contratual, regime celetista.

    Funes (Funo autnoma): Constituio Federal de 1988 prev 02 tipos:

    A - Funo Temporria

    B - Funo de Confiana: Funo Autnoma sem cargo. S pode ocup-la o servidor ocupante de cargo pblico efetivo, independente a que Poder e a que Ente esteja vinculado. Ex O Municpio pode ceder um servidor efetivo para o Poder Judicirio da Unio (Cessionria). o Ente Cessionrio quem vai remunerar o servidor pela funo de confiana. de livre exonerao.

    - Obs. No h cargo sem funo, mas pode haver funo sem cargo.

    C - Funo de Confiana # Cargo em Comisso: o Cargo pode ser ocupado por qualquer pessoa, apesar de a C.F/88 determinar que lei ordinria determine percentual mnimo a ser ocupado por

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    servidor efetivo. de livre exonerao e nomeao. cargo pblico, e a funo de confiana funo autnoma sem cargo. Apesar disso, ambos tm as mesmas atribuies (chefia, direo e assessoramento).

    CLASSIFICACO DOS CARGOS:

    A- Quanto ao Provimento:

    a) Provimento Efetivo: Prvio concurso pblico; estabilidade aps 03 anos; Provimento permanente.

    b) Provimento em Comisso: No depende de concurso, Livre Nomeao e Exonerao; Provimento precrio e no permanente. Qualquer pessoa pode ocup-lo. A lei dever estabelecer um percentual mnimo a ser reservado para os servidores efetivos.

    OBS. No mbito do Judicirio da Unio h Lei que proba a nomeao de cnjuges e parentes at o 3 grau para cargo em comisso. E, segundo o Conselho Nacional de Justia, essa lei deve retroagir.

    PROVIMENTO

    - Ato Administrativo atravs do qual a Administrao investe o agente pblico no exerccio do cargo (estatutrio), emprego (celetista) ou funo pblica (Funo de confiana, estatutrio e Funo temporria, lei especfica de cada ente define o regime).

    - Ato Inicial do Provimento Nomeao.

    - Ato Final do Provimento Posse. Aps nomeado, o servidor ter at 30 dias, a contar da publicao da nomeao, para tomar posse. a posse que concretiza o provimento. nesse momento que o agente titulariza o caro, emprego ou funo.

    - Obs. A requerimento do servidor a Administrao poder, no seu interesse, prorrogar esse prazo de 30 dias para que o servidor nomeado seja empossado.

    - Servidor Nomeado no toma posse no Prazo: Provimento desfeito, nomeao tornada sem efeito.

    - Exerccio: O agente ter 15 dias, a partir da publicao da posse, para entrar em exerccio. Esse prazo fatal, improrrogvel. O exerccio posterior ao provimento.

    - Servidor empossado no entra em exerccio no prazo: Exonerao. - Nomeao 30 dias Posse 15 dias Exerccio.

    I )PROVIMENTO ORIGINRIO: - Primeiro Ato de investidura no cargo, emprego ou funo. provimento autnomo. Ex. Nomeao.

    II ) PROVIMENTO DERIVADO: - Pressupe um provimento originrio. Subdivide-se em :

    A) Provimento Derivado VERTICAL:

    - O nico caso de Provimento Derivado Vertical a Promoo na carreira, seja por antiguidade ou por merecimento. A promoo s ocorrer nos cargos organizados em carreira, nunca nos cargos isolados. A

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    promoo a passagem do servidor, de um cargo para outro cargo de classe superior, dentro de uma mesma carreira.

    - Obs. # de Progresso Funcional: Lei Especfica de cargo e vencimentos estabelece diferentes vencimentos dentro de uma mesma classe. a mudana do servidor, dentro de uma mesma classe, de um padro de remunerao para outro. No forma de provimento derivado vertical, no promoo. Padro de remunerao a posio do servidor na escala de vencimento. Nos casos em que o cargo trouxer a progresso funcional, desta depender a promoo.

    - Obs. No h mais os institutos da Ascenso Funcional ou da Transposio de Cargo, trazidos como uma promoo de um cargo de uma carreira para outro de outra carreira, sem concurso pblico. A Constituio Federal de 1988 no os admitiu.

    B) Provimento Derivado HORIZONTAL:

    - A Readaptao a nica modalidade de Provimento derivado horizontal. a mudana do servidor do cargo de uma carreira, para outro cargo de carreira diversa de atribuies assemelhadas e remunerao igual, sem que isso implique em qualquer elevao na sua condio funcional, e nem em regresso, permanecendo sua situao inalterada.

    - Razes da Adaptao decorrem de supervenincia de deficincia fsica ou mental, o servidor no mais pode exercer as atribuies no cargo que ocupava. Assim, o servidor se submeter a uma readaptao, para que possa ocupar outro cargo, em carreira diferente, com atribuies semelhantes e remunerao igual, no qual ele possa exercer uma funo. - Obs. Se no for possvel uma readaptao: O servidor dever se Aposentar por Invalidez.

    - Obs. A Transferncia tambm foi abolida: Era feita a pedido do servidor, no interesse da Administrao. Burlava o concurso pblico, j que o servidor ocuparia um cargo de carreira diversa, com atribuies e remunerao diversa.

    C) Provimento por REINGRESSO:

    - Retorno ao cargo inicial ou a outro cargo decorrente de transformao ou reclassificao do cargo original, pode ser dar em diversas circunstncias.

    1) Reverso:

    De ofcio (ex officio): por determinao da Administrao. Retorno do servidor aposentado por invalidez atividade, por terem cessado os motivos da invalidez. O retorno do servidor obrigatrio, do contrario haver processo administrativo disciplinar por abandono de cargo. Se o cargo estiver ocupado, o servidor ficar como excedente, no ficar em disponibilidade.

    A Pedido do Servidor: Requerimento do servidor voluntariamente aposentado, e por convenincia da administrao, ele retorna atividade para ocupar seu cargo anterior. Requisitos para a Reverso a Pedido:

    Convenincia e Oportunidade da Administrao; Servidor tem que ser estvel; A Aposentadoria voluntria tenha se dado h no mximo 05 anos; Existncia de vaga no cargo que ocupava. Sem vaga no h reverso a pedido.

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    2) Aproveitamento:

    - O Servidor pblico estvel tem o cargo que ocupa extinto ou tem declarada a sua desnecessidade. Ocorrendo tal fato, o servidor ser aproveitado em outro cargo de atribuies e remunerao assemelhadas, e de mesma escolaridade.

    - Se no existir outro cargo, o servidor ser posto em disponibilidade remunerada proporcional ao tempo de servio (a EC 19/98 acabou com a remunerao integral para os servidores em disponibilidade, estabelecendo a remunerao proporcional). - O Aproveitamento s vlido para o servidor estvel. O servidor no estvel que tenha seu cargo extinto ser exonerado.

    - Disponibilidade: Servidor na inatividade remunerada por tempo de servio, at ser aproveitado em outro cargo.

    3) Reintegrao:

    - Retorno do Servidor estvel demitido ao cargo de origem, por invalidao judicial ou administrativa do ato de demisso.

    4) Reconduo:

    - Retorno do servidor, que ocorre quando:

    A Servidor desalojado do seu novo cargo em razo da reintegrao do anterior ocupante. Hiptese em que o servidor desalojado ser reconduzido ao cargo inicial.

    B Servidor Estvel retorna ao cargo anterior do qual ele pediu exonerao, em razo de no ter sido habilitado no estgio probatrio do novo cargo para o qual prestou concurso.

    - Obs. Funcionrio aprovado no estgio: no h mais que se falar em reconduo, que s pode ocorrer se, no decorrer do estgio, o servidor se auto-declarar inbil, ou por reprovao.

    VACNCIA:

    - Desinvestidura, desprovimento. Ato ou fato atravs do qual o servidor destitudo do cargo, emprego ou funo. Poder em ocorrer em razo de:

    A) Exonerao (no pena):

    1) Exonerao a Pedido do prprio servidor. 2) Exonerao de Ofcio: A prpria administrao exonera o servidor:

    Funo de confiana ou cargo em comisso. Servidor no estvel, no confirmado no estgio probatrio. Qdo o servidor empossado no entra em exerccio.

    Obs. No h exonerao de ofcio de servidor estvel.

    Obs2. Excesso de Despesa: no exonerao, nem demisso, perda do cargo.

    B) Demisso (Pena de natureza disciplinar, apurada por processo administrativo disciplinar).

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    - S acontece nas hipteses previstas em lei, rol taxativo, rompendo o vnculo do servidor com o Estado.

    C) Aposentadoria;

    D) Promoo: O cargo anteriormente ocupado fica vago.

    E) Falecimento do servidor;

    F) Readaptao;

    G) Posse em Cargo Inacumulvel:

    - O Servidor deve pedir exonerao do cargo inacumulvel, tornando vago este cargo.

    EFETIVIDADE, ESTABILIDADE E VITALICIEDADE.

    Efetividade: atributo do cargo pblico, que s incide em determinados cargos pblicos, designando a forma de seu provimento. Identificam a forma do seu provimento. Se o provimento depender de concurso pblico, este cargo ser efetivo.

    A Efetividade no atributo do servidor, e sim do cargo, no que tange sua forma de provimento. S o cargo efetivo pode fazer surgir o atributo da estabilidade do servidor.

    Estabilidade: Garantia do Servidor, que s nasce quando ele ocupa cargo efetivo. No garantia de permanncia do servidor no cargo, garantia de permanncia do servidor no servio pblico, em razo do servidor ter se submetido e ter sido aprovado no estgio probatrio, e com o decurso de determinado perodo de tempo mnimo.

    - STJ Estgio Probatrio (24 meses, com contnua avaliao do servidor) # do Tempo para adquirir Estabilidade (03 anos). Depois dos 03 anos, o servidor ter a garantia da estabilidade.

    - Situaes em que a garantia da Estabilidade desfeita:

    Sentena Judicial transitada em julgado; Processo Administrativo de natureza disciplinar; Insuficincia de Desempenho, comprovada em avaliao peridica; Excesso de Despesa com funcionalismo (50% para a Unio e 60% para os demais entes).

    Vitaliciedade.

    3.0- REMUNERAO E SUBSIDOS

    Vencimento: Retribuio pecuniria bsica definida por lei, definida em razo de cargo, emprego ou funo.

    Vencimentos: Vencimento + Vantagens Pecunirias Fixas (Adicionais ou gratificaes que, uma vez criados por lei, se incorporam retribuio bsica, sem dela ser separada, s podendo ser extintos por lei. Ex. adicional por tempo de servio).

    Remunerao: Vencimentos + Vantagens Pecunirias Variveis (vantagens que no so fixas, so circunstanciais. Ex. Adicional por insalubridade).

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    SUBSDIOS (Institudos pela EC 19/98): Obrigatrio para alguns agentes e facultativo para outros. uma retribuio paga em parcela nica. A CF/88 veda parcelas adicionais ao subsdio.

    - Excees: Gratificao Natalina; Adicional de Frias; Dirias; Ajudas de Custo e outras vantagens de natureza compensatria ou indenizatria.

    - Subsdios Obrigatrios: * Membros do Poder Legislativo, Judicirio e Executivo (Chefes de Executivo, seus vices, Ministros ou Secretrios; Juzes). * Membros do MP, Defensoria Pblica, Advocacia Pblica da Unio, Estados e DF; * Ministros e Conselheiros dos Tribunais de Contas; * Membros das Polcias Federal, Estadual, Rodoviria e Ferroviria Federal.

    - Subsdios Facultativos: Podem ser institudos para os demais servidores organizados em carreira.

    TETO REMUNERATRIO:

    A Limite Mnimo: Salrio Mnimo.

    B Limite Mximo: Teto nico Subsdio do STF para os 03 Poderes de todos os Entes. OBS. A EC 41/03 acabou com os tetos diferenciados, determinando que, enquanto no se estabelecesse, por lei, o teto, valeria como tal o subsdio que perceba o Ministro do STF. Assim, acabou por eliminar a iniciativa conjunta para iniciativa legislativa para definio dos subsdios dos Ministros do STF, restaurando Suprema Corte a iniciativa exclusiva. Subsdio de Min. do STF A partir de 1/01/06: 24.500

    - A EC 41/03 tambm criou os sub-tetos no mbito dos Estados e Municpios:

    I) Municpio:

    Teto: Subsdio do Prefeito. Obs. Limites aos subsdios de vereadores: Municpio com at 10000 hab.: mximo de 20% do subsdio dos Deputados Estaduais. Entre 10001 e 50000 hab: mximo de 30%. Entre 50001 e 100000 hab: mximo de 40% Entre 100001 e 300000 hab: mximo de 50% Entre 300001 e 500000 hab: mximo de 60% Com mais de 500000: mximo de 75%.

    II)Estados:

    Executivo: Teto o subsdio do Governador.

    Judicirio, MP, Defensoria Pblica, Advocacia Pblica: Subsdio dos Desembargadores (Limite ao subsdio de desembargador: 90,25% dos subsdios dos Min. do STF).

    Legislativo: Teto o subsdio dos Deputados Estaduais (Limite ao subsdio de Deputado Estadual: 75% dos subsdios para Deputado Federal).

    EC 47/05: Facultou aos Estados e Municpios a criao de um sub-teto nico, que seria o Subsdio dos Desembargadores (art.37, 12, da CF).

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    OBS. O Art.17 da ADCT determinou que todas as remuneraes fixadas at a promulgao da Constituio Federal de 1988 se adequassem ao Teto, no podendo o servidor alegar direito adquirido. A EC 41 invocou esta disposio para adequao dos vencimentos dos servidores ao novo Teto.

    4.0 - PREVIDNCIA DO SERVIDOR:

    a. Aposentadoria (Direito Fundamental):

    - Invalidez; - Aposentadoria Voluntria. - Aposentadoria Compulsria (projeto de lei quer aumentar o limite para 75 anos);

    b. Penso (Penso por Morte):

    - Benefcio pago em razo da morte de servidor e seus dependentes.

    c. RGPS (Art.201 e ss da CF/88; Leis 8212 e 8213/91):

    - o regime previdencirio para os Ocupantes Exclusivamente de Cargo em Comisso; Empregados Pblicos (Sociedade de Economia Mista e Empresa Pblica); Servidores Temporrios (REDA).

    d. RPPS (Art.40, c/ 21 pargrafos, CF):

    - Para todos os Servidores Pblicos titulares de cargo efetivo. - Para Juzes, Membros do MP e dos Tribunais de Contas.

    - OBS. Antes da EC 20 estas categorias citadas acima possuam um Regime Prprio. Esta mesma Emenda extinguiu a Aposentadoria Especial para essas categorias.

    e. ALTERAES do Regime Jurdico Previdencirio dos Servidores Pblicos:

    EC 20:

    - Criou o teto mximo para pagamento de benefcios previdencirios do RGPS, sem estabelecer teto para o RPPS. Obs. A EC 40 determinou que o teto dos benefcios do RGPS fosse reajustado anualmente (R$ 2.668,15).

    - Aposentadoria por Invalidez: Os proventos sero proporcionais ou integrais, a depender do caso.

    - Aposentadoria por Idade: Sempre proporcional ao tempo de contribuio.

    - Aposentadoria Voluntria:

    Mnimo de 10 anos no servio pblico, mais 05 anos no cargo no qual se dar a aposentadoria.

    Idade Mnima de 60 anos para Homem e 55 anos para Mulher.

    Tempo de Contribuio de 35 anos para o Homem e 30 anos para Mulher. OBS. A EC 20 manteve a paridade.

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    EC 41:

    - Possibilitou aos Entes que eles estabeleam para o RPPS o mesmo teto do RGPS, desde que criem um Regime de Previdncia Complementar (RPC).

    - Obs. O RPC ainda no foi institudo, de modo que ainda no possvel unificar os tetos. O RPC vai ser administrado por uma entidade de Previdncia Fechada e de Natureza Pblica.

    - Quebrou a Paridade, exceto para os que j eram servidores at a sua publicao.

    - Obs. Servidor que muda de cargo e entra em novo cargo aps a EC 41: Se o servidor deixou de ser servidor, mesmo que por 01 dia, no ter paridade, do contrrio ter direito paridade.

    - Lei 10887/04: Clculo dos Proventos: Sero considerados os maiores vencimentos que serviram de base para sua contribuio previdencirio. A ltima remunerao no ser mais a base para estabelecimento dos proventos, e sim uma mdia aritmtica dos maiores vencimentos.

    - Estabeleceu requisitos para manuteno da paridade:

    - 20 anos de servio pblico + 10 anos na mesma carreira + 5 anos no cargo onde se dar a aposentadoria.

    EC 47:

    - Trouxe o benefcio para o servidor portador de doena incapacitante, doena cujo conceito vai ser definido por Lei: Se o sujeito recebe at 02 vezes o limite do RGPS No pagar contribuio alguma; Se o sujeito recebe mais do que 02 vezes o limite do RGPS Ele pagar 11% sobre a diferena entre o que ele ganha e 2 vezes o limite.

    - Trouxe uma Opo para Aposentadoria Voluntria: 25 anos de Servio Pblico + 15 anos na carreira + 5 anos no cargo: Neste caso, o servidor pode ter a idade mnima para aposentadoria reduzida a cada ano a mais de tempo de contribuio.