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NO CENTRO DAS AÇÕES DO GOVERNO, O HOMEM DO CAMPO Os programas: Vida no Campo, Caminhos do Campo e Energia Mais Produva visam melhorar a qualidade de vida do produtor rural e de seus familiares ESPECIAL AGRICULTURA Textos: Alissandra Mendes e Marcos Freire Diagramação: Marcelo Lopes Mothé

Agricultura

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nO CEnTRO DAS AÇÕES DO GOVERnO, O HOMEM DO CAMPO

Os programas: Vida no Campo, Caminhos do Campo e Energia Mais Produtiva visam

melhorar a qualidade de vida do produtor rural e de

seus familiares

ESPECIAL AGRICULTURA

Textos: Alissandra Mendes e Marcos Freire Diagramação: Marcelo Lopes Mothé

AgriculturaSEXTA-FEIRA, 26/10/2012

CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL02

Um novo momento para o homem do campo

Os prOjetOs #implantadOs pelO GOvernO dO estadO têm OferecidO melhOres cOndições e melhOria na qualidade de vida dO hOmem dO campO

Os produtores rurais do Espírito Santo vivem um novo momento com a implantação de proje-tos do Governo do Esta-do, através da Secretaria de Estado da Agricul-tura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), que visa incen-tivar e oferecer oportu-nidades de crescimento. Hoje, a agricultura fami-liar é um tema que está presente no contexto econômico por se tratar de um grupo social que ocupa lugar de destaque no processo de produ-ção primária e de trans-formação de produtos, através da agroindústria artesanal, movimentan-do a economia local e gerando empregos.

A agricultura familiar é a responsável por 80% dos estabelecimentos produtivos e representa 64% da mão de obra no Espírito Santo.

Para oferecer mais qualidade de vida a essas pessoas, o governo lan-çou o programa ‘Vida no Campo’, o maior inves-timento em agricultura que o estado já ofertou.

São 13 projetos que englobam ações nas áreas de assistência téc-nica, infraestrutura pro-dutiva, revitalização de assentamentos, crédito

fundiário, crédito rural, comercialização, titu-lação de terras, agricul-tura orgânica, agroeco-logia, juventude rural, empreendedorismo e agroindústria.

Além disso, o governo também contribuiu com a melhoria no escoamen-to da produção, princi-palmente os produtores de leite, com o programa ‘Caminhos do Campo’.

O leite está entre os seis primeiros produtos mais importantes da agropecuária brasileira. A atividade leiteira e seus derivados desempe-nham um papel relevan-te no suprimento de ali-mentos e na geração de emprego e renda para os produtores, principal-mente os pequenos.

Boa parte da produção de leite está sendo cada vez mais produzida por esses pequenos produ-tores, que estão na ativi-dade por considerar que ela permite uma ren-tabilidade compatível com o que se consegue com outras atividades.

A prioridade do go-verno é revestir estradas rurais capixabas onde há áreas de maior con-centração de agricultu-ra familiar.

O programa ‘Cami-nhos do Campo’ preten-

de, também, aumentar o fluxo de visitantes no meio rural, visando do-brar o número de pro-priedades aptas ao agro-turismo, uma atividade que gera milhares de empregos diretos e uma renda adicional para os produtores rurais.

Com o programa ‘Energia Mais Produ-tiva’, as redes elétricas são reforçadas nas co-munidades do interior para proporcionar ou ampliar a capacidade de

produção agrícola. Grande parte das re-

des elétricas existentes no interior não é sufi-ciente para suportar os diversos equipamentos e máquinas agrícolas. Com a energia mais ‘for-te’, os produtores rurais podem ter nas proprie-dades máquinas e equi-pamentos que facilitem e contribuem para o au-mento da produção.

A meta da Seag é con-firmar pelomenos 110 projetos até 2014 com investimentos de R$ 8.250 milhões.AssessoriA de ComuniCAção seAg

AssessoriA de ComuniCAção seAg

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AgriculturaSEXTA-FEIRA, 26/10/2012 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL 03

A melhoria na VIDA de quem vive NO CAMPO

O prOjetO ‘Vida nO CampO’ tem COntribuídO nas #melhOres COndições de renda e sustentabilidade dOs prOdutOres rurais dO interiOr dO espíritO santO

Um dos maiores progra-mas já criados no Espíri-to Santo tem levado uma nova esperança de vida ao homem do campo. Lança-do em 2011, o programa ‘Vida do Campo’ implan-tando pelo Governo do Es-tado, através da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicul-tura e Pesca (Seag), con-templa 13 projetos e tem

como objetivo oferecer mais oportunidades para viver no campo. Até o mo-mento já foram aplicados R$ 800 milhões em crédi-to e investimentos.

Até 2014, a meta de in-vestimentos é de aproxi-madamente R$ 2,5 bilhões no Espírito Santo, princi-palmente em recursos de crédito. A agricultura fami-liar é uma das prioridades

O secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), Enio Bergoli durante entrega de máquinas e equipamentos

AssessoriA de ComuniCAção seAg

do Governo do Estado e, dentro do ‘Vida no Cam-po’, destaca-se o projeto de infraestrutura rural, que é fundamental para elevar a produtividade dos agri-cultores, gerando renda e proporcionando melhores condições de vida.

O Governo do Estado adquiriu veículos, máqui-nas e equipamentos, que serão utilizados pelas pre-

feituras e organizações de agricultores familiares na condução de atividades para produção, transpor-te e comercialização dos mais diversificados tipos de produtos.

Com isso, o Governo do

Estado está contribuindo para aumentar a competi-tividade das propriedades familiares, além de meca-nizar a produção para dar resultados ainda melhores. No sul do estado, os mu-nicípios de Alegre, Afonso

Cláudio, Alfredo Chaves, Apiacá, Brejetuba, Cas-telo, Dores do Rio Preto, Iconha, Irupi, Mimoso do Sul, Muniz Freire, Piúma e São José do Calçado, já foram ou serão contem-plados com o programa.

PrOjetOs MuDAM A VIDA DOs PrODutOresOs 13 PrOjetOs que eNglObAM O ‘VIDA NO CAMPO’ têM COMO ObjetIVO fOrtAleCer

AINDA MAIs A NOssA AgrICulturA fAMIlIAr e gerAr MAIs reNDA e quAlIDADe De VIDA PArA queM VIVe NO CAMPO. O gOVerNO DO estADO teM DIstrIbuíDO COM IguAlDADe Os

frutOs DO PrOgressO e PrOMOVe O DeseNVOlVIMeNtO rurAl susteNtáVel.

juventude ruralAtravés deste proje-

to, os jovens do interior aprimoram seus conhe-cimentos e sua qualifica-ção social e profissional. Têm acesso à informação, à inicialização científica e também às atividades esportivas e culturais, como música, teatro e cinema. Até 2014 serão qualificados e certifica-dos 1.440 jovens.

“Os dados demonstram que o jovem não quer só a renda no campo. Ele quer lazer, cultura e in-ternet. Estamos obser-vando nos dados oficiais que estamos tendo uma fuga muito grande, prin-cipalmente dos jovens, do rural para o urbano. Esse é um problema que estamos enfrentando,

O projeto Juventude Rural tem como objetivo capacitar e certificar 720 jovens rurais em cursos de qualificação social e profissional

não só no Espírito San-to, mas em todo o país”, comentou o secretário Ênio Bergoli.

Segundo ele, os jovens da região sul e do Ca-paraó capixaba recebem cursos e treinamentos para continuar nas pro-priedades de base fami-liar. “A agricultura fami-liar tem toda uma con-dição social para fixar o jovem, não no sentido de interferir na vida das pessoas, mas de oferecer oportunidades. Temos um amplo plano em an-damento no campo da juventude rural em que damos treinamentos em 12 municípios para jo-vens do sul e do Capa-raó. São cursos de 250 horas com avaliação ini-

cial e final no campo da gestão da propriedade e da gestão dos negócios. As pessoas precisam ser livres e protagonistas de seu próprio destino”, destacou o secretário.

“Além de treinamen-tos na área de gestão do negócio e programas de geração de renda, temos também outro progra-ma, o ‘Arte do Saber’, um dos principais pro-gramas que desenvolve-mos no Espírito Santo, no campo da agricultura para a juventude rural. O projeto consiste em fazer chegar às escolas típicas de formação agrí-cola um kit multimídia, com computadores com acesso à internet e filma-doras”, completou Ênio.

AssessoriA de ComuniCAção seAg

Crédito Rural

Alimentação Escolar

Crédito Fundiário Titulação de Terras

AgriculturaSEXTA-FEIRA, 26/10/2012

CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL04

As ações de financia-mento destinadas aos agricultores familiares ga-nharam reforço e foram

incluídas no programa ‘Vida no Campo’. A ini-ciativa facilita o crédito para quem vive no campo,

melhora a produção e o desenvolvimento regional no interior do Estado. O objetivo principal do pro-

jeto é realizar 37 mil ope-rações de crédito, aplican-do R$ 700 milhões. “Hoje temos mais facilidade para

investir em nossa proprie-dade e isso ajuda bastante, pois podemos aumentar a produção e gerar mais ren-

da para nossas famílias”, disse o produtor Otacílio Nogueira dos Santos, de Alegre.

Através da lei nº 11.947/2009, o proje-to garante a compra de produtos da agricultura familiar destinados à ali-mentação escolar. Além de valorizar a produção familiar local, o projeto ainda incentiva a orga-nização social, o plane-jamento da produção e a gestão da propriedade rural. É mais negócio para os agricultores e mais saúde para os alu-nos da rede estadual.

Em parceria com o Governo Federal, o programa oferece fi-nanciamento para o agricultor sem terra ou com pouca terra com-

O projeto prevê a regula-rização fundiária de terras de agricultores familiares consideradas devolutas. Será realizada a identifica-ção dessas áreas no Estado

AssessoriA de ComuniCAção seAg

divulgAção

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divulgAção

divulgAção

O encontro da alimen-tação escolar com a agri-cultura tem promovido uma verdadeira transfor-mação, ao permitir que alimentos mais saudáveis possam ser consumidos diariamente nas escolas. Isso significa a melhoria na alimentação dos alu-nos diariamente.

Hoje, no Espírito San-to, 356 escolas estaduais são atendidas com o for-necimento de alimentos da agricultura familiar. Os agricultores produzem os alimentos que são servidos aos alunos de 356 escolas do estado

prar seu imóvel rural. O projeto visa benefi-ciar 500 famílias para aquisição de terra. Até 2014 serão beneficia-das 2.800 famílias.

e, posteriormente, serão emitidos os títulos para os agricultores.

Com a propriedade regularizada, o agricultor poderá ter mais facilidade

de acesso ao crédito e às demais políticas gover-namentais. Somente em 2013, o projeto prevê a emissão de 800 títulos de terra, principalmente nos

municípios de Mantenó-polis e Barra de São Fran-cisco. Cerca de 2.000 escrituras/títulos de terra emitidas para agricultores familiares até 2014.

(5.000 kg); 20 kits feira; um trator de 75 cv – no valor de R$ 200.000,00.

MiMoso do sul: dois secadores rotativos; um trator com 70 cv 4x4 com lâ-mina dianteira e arado; uma fornalha de calor indireto; um despol-pador composto de se-parador de verdes; um desmucilador multi-funcional de ação pro-gressiva, com motor monofásico de 5,0 hp; EFA (uma roçadeira costal dois tempos; 40 colchões de solteiro D33; 20 beliches; um fogão industrial seis bocas com forno; uma máquina de fotocó-pia) – no valor de R$ 200.000,00.

Muqui: aquisição

de balanção, transpor-tador de sacos, dois de descascador para lim-peza e beneficiamento de café e de roçadei-ra, cinco balanças de 500kg, grade simples, motocicleta e cons-trução de galpão para abrigo do secador de café – valor de R$ 200.000,00.

P r e s i d e n t e Kennedy: aquisi-ção de dois tratores 75 cv 4x4; duas carretas agrícolas com sobre-grade, rodado duplo; dois arados fixos de quatro discos de 28 polegadas; dois grades aradoras de controle remoto de 14 discos com 26 polegadas; dois caminhões PBT 8250 kg e duas carrocerias de madeira – no valor de R$ 200.000,00.

com 8,90 m de altura; máquina de sacaria de café dotada de esteira metálica; máquina de costura portátil para sacaria de café; esteira elevatória metálica de correia continua; ba-lança eletrônica para pesagem de sacos de café; balança rodovi-ária eletrônica com capacidade de carga; compressor de ar pro-fissional industrial; medidor de umidade de grãos digital; três ventiladores aspiração do pó; motor trifá-sico; 15 peneiras de amostra com quadro de madeira; duas pe-neiras com quadro cantoneira – no valor de R$ 175.605,57.

ibitiraMa: um caminhão com car-roceria de madeira

modelo SLS/1; uma enxada rotativa com 42 enxadas; um arado fixo hidráulico de três discos, 28 polegadas; uma grade niveladora e destoradora de arrasto hidráulico; uma roça-deira hidráulica central e lateral; uma carreta agrícola metálica hi-dráulica basculante, ro-dado duplo com pneu com capacidade de 05 toneladas; uma bate-deira de cereais para hi-dráulico com produção de 30 a 40 sacas de mi-lho – no valor de R$ R$ 193.947,62.

Guaçuí: equipa-mentos para a Uni-dade de Bebenefício de Café, como: silo baião de 8,10 m de altura; silo baião de 6,10 m de altura; cin-co elevadores de café

que – no valor de R$ 198.462,24.

brejetuba: um trator agrícola 4x4 com 75 cv; quatro car-retas agrícolas hidráu-lica com capacidade de quatro toneladas rodado simples com pneus; duas plainas agrícolas dianteira com raspadeira e con-cha; duas batedeiras de cereais; um arado fixo de três discos de 20-mancal a óleo; uma grade hidráulica com 28 discos de 20 man-cal a óleo e uma plaina traseira – no valor de R$ R$ 199.991,25.

divino são lourenço: um trator agrícola 4x4 com capacidade de 75 cv; uma plaina agrícola dianteira com sistema hidráulico; uma plaina agrícola traseira com largura de corte de 2400 mm; um sulcador

anchieta: uma Van executiva; um cultivador motoriza-do TC 14 com en-xada rotativa TA49 e uma carreta agrícola, cinco toneladas, dois eixos, quatro rodas, freio automático com carroceria de madei-ra – no valor de R$ 193.000,00.

aPiacá: sete culti-vadores motorizados; sete carretas agrícolas tracionadas; duas bate-deiras de cereais; qua-tro cultivadores rotati-vos; um pulverizador costal motorizado; três pulverizadores mo-delo S-12; um desin-tegrador picado JF5; quatro implementos moto poda – no valor de R$ 200.000,00.

atílio vivác-qua: construção de galpão de 1.680m² e uma batedeira de grãos do tipo rebo-

Infraestrutura Produtiva

Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural – ATER

Revitalização dos Assentamentos Estaduais

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A expectativa é am-pliar o serviço de Pes-quisa, Assistência Téc-nica e Extensão Rural (Ater) aos agricultores familiares do Estado.

A aplicação dos recursos é definida pelo Conselho Municipal de Desenvol-vimento Rural Sustentá-vel (CMDRS), no qual estão representados os agricultores familiares e as diversas entidades de apoio à agricultura.

Depois da deliberação do CDMRS, a proposta segue como projeto para a Seag, que o implementará após a assinatura de con-vênio com a prefeitura. As ações deste projeto de-vem promover a melhoria

O Espírito Santo possui 23 assenta-mentos criados pelo governo do estado. São mais de 500 fa-mílias que trabalham

Para isso, será formada uma ampla rede com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrá-rio (MDA), do Incaper, das secretarias munici-

da infraestrutura neces-sária ao fortalecimento da agricultura familiar: edificações, abatedouros municipais, armazéns co-munitários, aparelhos de irrigação, veículos, insta-lações, entre outros. Se-rão implementados 157 projetos até 2014 em todo o Espírito Santo.

Somente para 2013, ameta é confirmar in-vestimentos em 40 mu-nicípios com um projeto cada variando de R$ 250 mil a R$ 400 mil.

e produzem, muitas vezes, ainda em con-dições precárias. Por isso, investimentos em infraestrutura social básica e na emancipa-

AssessoriA de ComuniCAção seAg

No sul do EsTAdo já foRAm os sERão coNTEmPlAdos:

pais de Agricultura, das empresas credenciadas e dos sindicatos. O pro-jeto prevê assistência a 100 mil agricultores fa-miliares.

ção dos agricultores com emissão dos tí-tulos de terra. A meta para 2013 é revitalizar 11 desses 23 assenta-mentos existentes.

As principais linhas de ação visam contri-buir para a formalização dos empreendimentos e ampliação dos canais de comercialização dos pro-dutos, por meio da capa-citação dos agricultores em empreendedorismo, da disponibilização e consultorias e assistência técnica qualificada para a elaboração dos planos de negócios das agroin-dústrias e otimização dos

O Governo do Espí-rito Santo e o Governo Federal compram os alimentos produzidos pelos agricultores e dis-tribuem nas instituições da rede socioassistencial dos municípios.

Além de gerar mais renda, o projeto também promove a segurança ali-mentar e nutricional dos agricultores, uma vez que ele é incentivado a diversificar a produção, ampliando a disponibi-lidade de alimento para

O Governo do Estado do Espírito Santo está desenvolvendo ações para apoiar e fortalecer os agricultores familia-res, oferecendo capacita-ção técnica e mecanismos para certificação orgânica das propriedades rurais.

Também serão prioriza-dos os instrumentos de or-ganização, adequação das propriedades à legislação, infraestrutura e comercia-lização. Serão certificadas 400 novas propriedades com selo orgânico.

Para 2013 o projeto pre-vê a certificação de 150 novas propriedades em

Empreendedorismo Rural e Agroindústria Familiar

Compra Direta da Agricultura Familiar (CDA) e Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)

processos tecnológicos, da orientação para a adequa-ção às legislações sanitá-ria, tributária, ambiental, trabalhista e previdenci-ário e do fortalecimento do cooperativismo.

Somente em 2013, o objetivo do projeto é for-malizar 350 empreendi-mentos rurais e capacitar 500 empreendedores ru-rais. A meta é formalizar 700 empreendimentos rurais até 2014.

seu próprio consumo. Para 2013, cerca de 350

agricultores familiares são atendidos e a meta é be-neficiar 5.000 agriculto-res familiares até 2014.

O PAA, que prevê a compra direta de produ-tos da agricultura fami-liar para abastecimento da merenda escolar da rede pública de ensino e para famílias em situação de insegurança alimentar, tem o objetivo de melho-rar a renda dos produto-res rurais e os hábitos ali-

modelo orgânico, além da criação de Feira Livre em Jardim Camburi (toda sexta-feira) e capacitação de 150 Produtores Rurais para Transição Orgânica.

A opção por comercia-lizar seus produtos em feiras livres garante ao agricultor rentabilidade e movimenta a economia de muitas famílias que vivem no campo. O fato de lidar diretamente com o consu-midor, sem o atravessador, melhora o valor recebido pelos produtos. Esse canal de comercialização ainda proporciona a inserção de pequenos produtores

O projeto visa contribuir para a formalização dos empreendimentos e ampliação dos canais de comercialização dos produtos

alissandra mendes

incaper

mentares da população.O PAA é coordenado

pela Conab e procura melhorar a renda dos agricultores familiares através da compra da produção agrícola e dis-ponibilizar esses alimen-tos para instituições que necessitam de alimentos como creches, escolas, hospitais, associações de moradores, etc, a fim de melhorar sua ali-mentação, combatendo assim a pobreza e distri-buindo renda.

no mercado, pois não são necessárias grandes quan-tidades de produtos agrí-colas para um dia de feira.

Com o objetivo de for-talecer a agricultura fami-liar, a Secretaria de Agri-cultura, Abastecimen-to, Aquicultura e Pesca (Seag), por meio do Pro-grama Vida no Campo, distribui os kits feira, que contam com um convê-nio entre o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Cada feirante re-cebe uma barraca, balança digital, caixas plásticas e bancadas para montar sua barraca na feira.

O PAA é incentivado a diversificar a produção, ampliando a disponibilidade de alimento para seu próprio consumo

A Feira Livre de Alimentos Orgânicos tem aumentado as vendas e gerado renda aos produtores capixabas que cultivam produtos orgânicos

Agricultura Orgânicaassessoria de comunicação seag

AgriculturaSEXTA-FEIRA, 26/10/2012

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AssessoriA de ComuniCAção seAg AssessoriA de ComuniCAção seAg AssessoriA de ComuniCAção seAg

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Os caminhOs dO hOmem dO campO

O prOjetO #‘caminhOs dO campO’ já cOntemplOu 50 municípiOs, sendO 97 trechOs asfaltadOs

A melhoria da infra-estrutura rural, espe-cialmente nas regiões onde há maior con-centração de agricul-tura familiar é um dos objetivos da Seag, que através do programa ‘Caminhos no Campo’ torna o escoamento da produção mais ágil, re-duz perdas de produtos perecíveis e fortalece as atividades voltadas ao agroturismo, com a pa-vimentação de estradas rurais do interior do estado.

A melhoria da estrada de terra batida para o asfalto muda a realida-de e dia a dia das pes-soas que moram e tra-balham nas comunida-des afastadas das sedes dos municípios. Desde o início do programa em 2005 já foram pa-vimentados 97 trechos de estradas rurais em 50 municípios, totali-zando 683 km, com in-vestimentos na ordem de R$ 218 milhões. De

2011 até agora foram inauguradas 12 obras em 12 municípios, to-talizando 70 km e R$ 30.9 milhões.

Somente de janeiro deste ano até agora, oito obras foram inicia-das em sete municípios, totalizando 90 km e in-vestimentos de R$ 39.3 milhões. Atualmente a Seag dá andamento em 19 obras em 15 muni-cípios, totalizando 170 km, com investimentos na ordem de R$ 75 mi-lhões.

O interior teve um passado marcante para o Estado, mas estava abandonado havia dé-cadas. Essa realidade mudou. A igualdade de oportunidade e a inclusão social só serão alcançadas com a des-centralização dos inves-timentos e o incentivo às vocações regionais, como é o caso do agro-turismo, da fruticultu-ra, da pecuária, dentre outros. Consideramos

Venda Nova do Imigrante GuaçuíConceição do Castelo

o interior uma das no-vas fronteiras de de-senvolvimento social e econômico sustentável do Espírito Santo.

O sucesso do Cami-nhos do Campo é tama-nho que o modelo capi-xaba, que é pioneiro no Brasil, desperta interes-se em outros estados. Exemplo é Santa Ca-tarina, um dos estados mais desenvolvidos do Brasil, vai reproduzir o nosso programa por lá.

O prOGrama O último trecho inau-

gurado é em Conceição do Castelo, entre as lo-calidades de Santa Luzia e Taquarussu. O inves-timento foi de R$ 2,12 milhões para a pavimen-tação de 4,18 quilôme-tros. A pavimentação atende diretamente três comunidades da região e facilita o transporte de produtos locais como a tangerina Ponkan, café, frango e gado.

Afonso Cláudio, Alegre, Alfredo Chaves, Anchieta, Apiacá, Aracruz, Boa Esperança, Bom Jesus do Norte, Brejetuba, Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Colatina, Conceição do Castelo, Domingos Martins, Dores do Rio Preto, Ecoporanga, Fundão, Guaçuí, Guarapari, Ibatiba, Ibiraçu, Ibitirama, Irupí, Itapemirim, Itarana, Iúna, Jaguaré, Jerônimo Monteiro, João Neiva, Linhares, Marechal Floriano, Mimoso do Sul, Mucurici, Muniz Freire, Pancas, Ponto Belo, Rio Bananal, Rio Novo do Sul, Santa Leopoldina, Santa Maria de Jetibá, Santa Teresa, São Domingos do Norte, São Gabriel da Palha, Sooretama, Vargem Alta, Viana e Vila Valério.

MUnICíPIOS já bEnEFICIADOS PELO PROGRAMA

Somente de janeiro deste ano até agora, oito obras foram iniciadas em sete municípios, totalizando 90 km e investimentos de r$ 39,3 milhões

Asfalto beneficia agricultores e empreendedores do turismo

na serra do caparaó

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Valéria reconhece que o asfalto trouxe mais facilidades para a chegada de turistas

Nilma, Valquíria e Silvia comemoram o aumento no fluxo de clientes

O programa ‘Caminhos do Campo’ tem atendi-do a várias comunidades da região do Caparaó, no sul do estado. E uma das

obras consideradas como das mais importantes – en-tre muitas outras realiza-das na região – é a Estrada Parque do Caparaó, que

Juares está satisfeito com obra e comemora fim da lama na época das chuvas

e outros empreendedores das regiões beneficiadas. No caso dos agricultores, o maior benefício é a ga-rantia de poder escoar a sua produção agrícola, in-dependente das condições do tempo, já que antes do asfalto, o período de chuvas trazia muitas di-ficuldades, por causa da lama, que chegava a isolar as comunidades. E no caso da Estrada Parque do Ca-paraó, o benefício ainda se estende a empreendedores do setor de turismo, que se desenvolve cada vez mais, na região, já que agora há uma garantia de que o turista pode chegar e sair, sem depender de bom ou mau tempo.

O produtor rural Juares Rosa Vieira Machado, 45 anos, mora em uma pro-priedade na comunidade Córrego Segredo do Vea-do, na divisa entre Divino de São Lourenço e Ibiti-rama, onde produz café e leite, além de cultura de subsistência, como milho,

está em fase de conclusão. A rodovia está totalmente asfaltada e liga as comuni-dades de Santa Marta, em Ibitirama, Patrimônio da Penha, em Divino de São Lourenço, e Mundo Novo, em Dores do Rio Preto.

Levando em conta ou-tros trechos que já estão asfaltados há mais tempo, como o de Mundo Novo à sede de Dores do Rio Pre-to, e do entroncamento desta mesma rodovia até Pedra Menina, no mesmo município, onde se encon-tra a portaria de acesso ao Parque Nacional do Capa-raó, a estrada está ligando os dois lados da Serra do Caparaó. Aliás, outra obra do programa Caminhos do Campo está pavimen-tando, com bloquetes, o trecho de estrada que liga o distrito de Pedra Menina até a portaria do Parque.

E como acontece com todas as obras do Cami-nhos do Campo, o asfalto vem trazendo muitos be-nefícios para agricultores

feijão e outros. O asfalto passa em frente à entrada de sua propriedade e, se-gundo ele, os benefícios da obra são muitos, além de ter sido realizada com rapi-dez e ser um dos melhores da região, de acordo com o produtor. “Além de ser mais fácil para tirar nossa produção, também facili-ta no caso de um atendi-mento médico, e quando vivíamos no barro, muitas vezes ficávamos isolados, só saíamos com carro tra-cionado”, afirma. “Agora, ficou mais fácil sair e che-gar, para qualquer lado, até para Guaçuí”, destaca.

EmprEENdEdorESEmpreendedora da área

de turismo, Valéria Rodri-gues é proprietária de uma pousada, em Patrimônio da Penha, Divino de São Lourenço, comunidade que também é cortada pela Estrada Parque. E ela revela que, num primeiro momento, os moradores ficaram preocupados com um possível aumento do

fluxo de caminhões, mas que agora todos perce-beram que a obra trouxe muitos benefícios para a comunidade e os em-preendedores da região. “Para quem mora aqui é um alívio, porque passa-mos muitas dificuldades, quando não havia o asfal-to, na época das chuvas, porque ficávamos isola-dos, muitas vezes, sem po-der sair e com os visitantes sem poder chegar”, afirma Valéria.

Também em Patrimô-nio da Penha, Valquíria Lemos da Silva, Silvia Aparecida Vieira e Nilma Rodrigues dos Santos são proprietárias de um res-taurante e também afir-mam que o movimento cresceu, depois da chega-da do asfalto do programa Caminhos do Campo. “O movimento aumentou bastante e acreditamos que deva aumentar ainda mais, conforme as pesso-as ficarem sabendo que o acesso está mais fácil até aqui”, afirma Valquíria.

fotos marcos freire

Trecho está sendo pavimenTado com bloqueTes e vai até a portaria do parna caparaó

AgriculturaSEXTA-FEIRA, 26/10/2012 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL 09

marcos freire

Outra obra impor-tante, do programa Ca-minhos do Campo, na região do Caparaó, que está em fase de conclu-são, mas já demonstra seus benefícios, é a pavi-mentação com bloque-tes da estrada que liga Pedra Menina, em Do-res do Rio Preto à Porta-ria do Parque Nacional do Caparaó, onde fica o Pico da Bandeira. De acordo com a agriculto-ra Júlia Maria Protázio Abreu, que trabalha em uma pousada da região e mora em uma proprieda-de rural da comunidade de Forquilha, a obra está trazendo muitos benefí-cios para a comunidade, que se encontra em um local de terreno bastan-te íngreme. “Sofremos muito com a lama na época das chuvas, que nos deixava isolados, por isso, a obra está tra-zendo muitos benefícios mesmo”, afirma. A Estrada Parque corta o entorno da Serra do Caparaó e liga comunidades de vários municípios

E a presidente do Cir-cuito Turístico do Ca-paraó Capixaba, Cecília Nakao, que é proprie-tária de uma pousada, por onde passa a estra-da que está sendo pavi-mentada com bloquetes, concorda que a obra vai trazer muitos benefícios para os moradores do local e para o turismo na região. Além disso, destaca os benefícios da pavimentação com blo-quetes. “Como estamos numa área bem íngreme, a colocação de bloquetes aumenta permeabilidade da estrada, o que evita a formação de enxurradas, o que aconteceria com o asfalto, e foi a comu-nidade que decidiu pela colocação dos bloquetes, por meio de um enque-te”, conta. A única preo-cupação de Cecília é que seja feita uma conscienti-zação para que as pessoas evitem a alta velocidade nas novas estradas.

assessoria de comunicação seagassessoria de comunicação seag

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Energia Mais Produtiva: infraestrutura e

sustentabilidade para o campo

O prOgrama #também busca pOssibilitar a instalaçãO de agrOindústria e equipamentOs para a agregaçãO de valOr aOs prOdutOs primáriOs agrícOlas

O município de Ibatiba foi contemplado com o projeto, que visa melhorar as condições de vida do homem do campo

- Projetos que contemplem o uso de energia elétrica;- Projetos que abranjam o maior número de beneficiários;- Projetos com menor custo por propriedade atendida;- Comunidades com predominância de agricultores

familiares;- Comunidades que tenham equipamentos agrícolas com

dificuldade de funcionamento devido à falta de suporte técnico;

- Reforço de rede elétrica específico para uso na produção agrícola, no processamento de produtos agrícolas, no agroturismo e no artesanato.

PRIORIDADES

2011 – Pelo menos 20 projetos de rede elétrica – R$ 500.000,00.2012 – Pelo menos 30 projetos de rede elétrica – R$ 2.500.000,00.2013 – Pelo menos 30 projetos de rede elétrica – R$ 3.500.000,00.2014 – Pelo menos 30 projetos de rede elétrica – R$ 1.750.000,00.Total - Pelo menos 110 projetos de rede elétrica – R$ 8.250.000,00.

METAS DO PROGRAMA

Após atender às neces-sidades básicas de energia elétrica dos domicílios das famílias rurais capixabas por meio do programa ‘Luz para Todos’, os agricultores passaram a modernizar e tecnificar suas propriedades adquirindo equipamen-tos que facilitam os bene-ficiamentos de produtos agrícolas que demandam maior capacidade da carga elétrica.

Grande parte das redes elétricas existentes no in-terior do Estado não é su-ficiente para suportar os diversos equipamentos e máquinas agrícolas, como: secadores de café, resfriado-

res de leite, sistemas de irri-gação, batedeiras de cereais e diversos equipamentos de uso agrícola movidos a mo-tores elétricos.

O programa ‘Energia mais Produtiva’, criado pelo Governo do Espírito Santo e desenvolvido pela Secre-taria de Estado da Agri-cultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), já amplia a estrutura elétri-ca do campo dando suporte aos produtores rurais.

De 2011 até 2014 serão investidos pelo Governo R$ 8,2 milhões no programa, beneficiando pelo menos 80 mil pessoas que vivem no campo, para a melhoria

de conversão de sistemas monofásicos para trifásico, substituição de centros de transformações de baixa para alta tensão e reforço nas linhas tronco.

Com o programa, as redes elétricas são reforçadas nas comunidades para propor-cionar ou ampliar a capaci-dade de produção agrícola. Com a energia mais “forte”, produtores rurais podem ter nas propriedades máquinas e equipamentos que facilitam e contribuem para o aumen-to da produção, como seca-dores de café, resfriadores de leite, sistemas de irrigação, batedeiras de cereais, moto-res elétricos de maior potên-cia, dentre outros.

O programa também busca possibilitar a instala-ção de agroindústria e equi-

pamentos para a agregação de valor aos produtos pri-mários agrícolas; permitir a utilização de máquinas e motores de maior potência e, além disso, melhorar a distribuição de renda e qualidade de vida no meio rural capixaba.

De acordo com o secre-tário de Agricultura, Enio Bergoli, energia é um insu-mo básico. “Com a chegada de equipamentos de ponta, tecnologia avançada e novos sistemas de irrigação, o pro-dutor precisa de uma carga de energia maior. Vamos beneficiar todo o Estado, sempre priorizando os agri-cultores de base familiar. A intenção é fortalecer a produção agrícola nas ati-vidades que dependem de energia, como a irrigação

de inúmeras culturas; a pro-dução de café de qualidade que exige descascadores; a pecuária de leite que de-manda ordenhadeira e res-friadores, por exemplo. Este é um complemento para o Programa Luz para Todos, que leva energia para as re-sidências”, completou.

Em 2011 cinco municí-pios foram contemplados com seis projetos: Colatina, Governador Lindemberg, Iconha, Itarana e João Neiva, beneficiando 197 famílias. O valor dos investimentos foi de R$ 617.417,76.

Em 2012 os projetos foram concluídos em 12 municípios: Aracruz, Baixo Guandu, Governador Lin-demberg, Ibatiba, Itaguaçu, Itarana, João Neiva, Pinhei-ros, Santa Maria de Jetibá,

Sooretama e Vila Valério, beneficiando 853 famílias. O valor dos investimentos foi de R$ 1.012.039,20.

Já foi dada a ordem de ser-viço em quatro municípios com previsão de conclusão em 2012: Afonso Cláudio, Alegre, Governador Lin-demberg e São Mateus, beneficiando 250 famílias, o valor dos investimentos é de R$ 499.762,31.

COmItê gestOrPara controle estratégico

do programa foi instituído um comitê gestor coordena-do pela Seag com a partici-pação de representantes do Instituto Capixaba de Pes-quisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), da Federação da Agricultura Espírito Santo (Faes), da Fe-deração dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Espírito Santo (Fetaes) e das concessionárias de ener-gia elétrica.

As principais atribuições do comitê serão avaliar os resultados alcançados e pro-por medidas e procedimen-tos para melhorar a eficiên-cia, efetividade e eficácia do programa.

AssessoriA de ComuniCAção seAg

AgriculturaSEXTA-FEIRA, 26/10/2012 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL 11

Em Ibatiba, o projeto EnErgia Mais Produtiva permitiu

instalação de indústriaa troca da rEdE #

Monofásica Por outra trifásica PErMitiu quE a EMPrEsa fossE Montada coM uM mEnor custo, já quE o Maquinário trifásico é Mais barato E MEnos sujEIto a problEmas

marcos freire

marcos freire

Em Ibatiba, mais preci-samente nas proximidades do Córrego dos Rodrigues, na zona rural do municí-pio, um empreendimento chama a atenção, por ser o primeiro do gênero na região e até no Estado. A Nutrifert está em processo de implantação há mais de um ano – mais preci-samente desde março de 2011 – e a produção co-meçou efetivamente em outubro deste ano, quan-do realizou sua primeira venda de seus produtos: fertilizantes orgânicos e organominerais, sendo a primeira granuladora do Espírito Santo. A matéria orgânica é proveniente de aves de postura.

E o diretor de produção da fábrica, César Trindade, afirma que a implantação do projeto Energia Mais Produtiva, do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Agricultura do Estado (Seag) foi fun-damental para a implanta-ção da empresa, em plena zona rural de Ibatiba. Se-gundo ele, a mudança da rede monofásica por uma

rede trifásica possibilitou a instalação de máquinas melhores e mais baratas. “Benefício que se estendeu à toda comunidade”, des-taca César. “Os motores trifásicos são mais baratos e acontecem menos osci-lações de energia”, afirma o diretor, que também enfatiza que isso pode sig-nificar a chegada de outras

indústrias.Além dos benefícios da

energia de melhor quali-dade, a implantação do projeto Energia Mais Pro-dutiva resultou em um de seus objetivos, que é o de trazer desenvolvimento para as regiões do Estado, já que a implantação da fá-brica de fertilizantes conta com, aproximadamente,

O diretor César Trindade tendo ao fundo uma foto aérea da fábrica de fertilizantes

produtores rurais também foram beneficiados com implantação do projeto

30 postos de trabalho, com a maioria sendo do muni-cípio, inclusive do próprio Córrego dos Rodrigues. Ou seja, houve geração de empregos e renda, fruto da implantação de uma em-presa sustentável, que tra-balha com produtos orgâ-nicos e que retiram resídu-os (fezes de aves de postura) do meio ambiente.

A empresa, que cons-truiu uma subestação de energia, conseguiu o certi-ficado da Chão Vivo para seus produtos orgânicos e para alguns dos organo-minerais. E recebeu outros incentivos do Governo do Estado, como os benefícios do Investes, no qual todo o material importado pela empresa que desembarca

no porto de Vitória está isento de pagar ICMS, as-sim como toda venda feita dentro do Estado. Já as vendas feitas para fora do Estado sofrem uma redu-ção de base de cálculo. A fábrica está vendendo para todo o Espírito Santo, Rio de Janeiro, sul da Bahia e Zona da Mata Mineira, nesta sua fase inicial.

Assim como foi des-tacado pelo diretor da fábrica de fertilizantes, a implantação do projeto Energia Mais Produtiva, do Governo do Estado, por meio da Seag, na zona rural de Ibatiba, trouxe benefícios tam-bém para os produtores rurais, principalmente do Córrego dos Rodri-gues. E um dos que des-tacam esses benefícios é o agricultor Marciano José Rodrigues, 43 anos, mo-rador da localidade desde que nasceu.

Ele destaca que a troca da rede monofásica pela trifá-sica permitiu que pudesse usar motores e bombas de irrigação mais fortes e cus-tam a metade do preço dos antigos. Marciano conta que seus vizinhos, que já possuem secadores, estão podendo trocar os moto-res que funcionam com mais eficácia e menos os-cilações de energia. “E isso me animou a montar um despolpador de café”, reve-la o produtor, pensando na possibilidade de melhorar a qualidade de sua produção,

já que o café é o principal produto de sua proprieda-de, que também produz mi-lho irrigado. “E as bombas de irrigação trifásicas fun-cionam melhor, e eu posso estender essa irrigação para o café, no futuro”, afirma.

Segundo ele, a implanta-ção do projeto Energia Mais Produtiva realmente veio para melhorar a produção na região e facilitar a vida do agricultor. “E acho que esse projeto deve ser levado para outras comunidades, porque facilita muito a vida do pro-dutor rural”, conclui. O produtor rural Marciano Rodrigues afirma que implantação de projeto trouxe melhorias

AgriculturaSEXTA-FEIRA, 26/10/2012

CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL12