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AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA CLINICA E EDUCACIONAL DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA MATEMÁTICA: DISCALCULIA ILIANE TEREZINHA ALVES DE MORAES ORIENTADOR: PROF. ILSO FERNANDES DO CARMO COLÍDER/2013

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AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA

ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA CLINICA E EDUCACIONAL

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA MATEMÁTICA: DISCALCULIA

ILIANE TEREZINHA ALVES DE MORAES

ORIENTADOR: PROF. ILSO FERNANDES DO CARMO

COLÍDER/2013

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AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA

ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA CLINICA E EDUCACIONAL

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA MATEMÁTICA: DISCALCULIA

ILIANE TEREZINHA ALVES DE MORAES

ORIENTADOR: PROF. ILSO FERNANDES DO CARMO

“Trabalho apresentado como exigência parcial para a obtenção do titulo de Especialista em Psicopedagogia Clínica e Educacional.”

COLÍDER/ 2013

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AGRADECIMENTO

A DEUS

Agradeço a Deus por proporcionar esta oportunidade de realizar mais um

trabalho de aprendizagem profissional na minha vida e a ti devo tudo desta vitória,

por ter-me fortalecido para que eu pudesse atingir mais uma etapa de luta pelo

conhecimento adquirido. De todo meu coração pode dizer-te obrigada, continue ao

meu lado, dando-me coragem para trilhar com sucesso minha profissão.

A FAMÍLIA

Minha gratidão a todos, e felicidade de vivermos em união, e em especial

aos filhos que me compreendeu no momento em que mais precisou de mim e eu

estava no estudo, vêm, a pensar em continuar juntos e poderemos desfrutar em

tempo presente do afeto da união e a recordação desta história.

AOS MESTRES

Minha gratidão aos verdadeiros mestres que mantiveram comigo, facilitando

a construção do conhecimento para o crescimento profissional e através de suas

experiências, sempre procurou sanar nossas dificuldades. São aqueles que não se

limitou em ser apenas pessoa amiga, mas também colaborou na orientação deste

Trabalho de Conclusão de Curso.

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“As escolas deveriam entender mais de

seres humanos e de amor do que de conteúdos

e técnicas educativas. Elas têm contribuído em

demasia para a construção de neuróticos por

não entenderem de amor, de sonhos, de

fantasias, de símbolos e de dores”.

Cláudio Saltini

MORAES, Iliane Terezinha Alves

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RESUMO

O presente trabalho é uma pesquisa bibliográfica que se enfoca, o tema,

Dificuldade de aprendizagem na matemática: A Discalculia, tendo como objetivo de:

pesquisar e Analisar as características básicas da Discalculia e o transtorno que

causa na aprendizagem em matemática consistente em uma capacidade para a

realização de operações aritméticas e gerar um documento diagnóstico que possa

ser utilizado como ponto de referência e autoanálise para os educadores. A

sistematização deste trabalho enfoca-se um pouco da abordagem Conhecimento da

Psicopedagogia, considerando os transtornos que causam na aprendizagem

matemática, associado, a Discalculia, no processo de aprendizagem do educando a

aprendizagem matemática e ressalta-se o perfil psicológico dos alunos e como se dá

o raciocínio matemático dos descalcúlico. Em análise a luz da teoria, propõe-se

possibilidade para a superação da dificuldade de aprendizagem através Intervenção

pedagógica em sala de aula, evidenciando-se a utilização dos materiais concretos

manipuláveis e a informática na disciplina de matemática abordando a importância

desses recursos computacionais, principalmente dos softwares educacional para o

desenvolvimento da aprendizagem dos educando em especial os Discalcúlicos. A

metodologia desenvolvida a leitura de textos bibliográficos pesquisados de autores

de conhecimento científico como: ARROYO, BOSSA, FURLANETO, PIAGET,

VYGOTSKI e outros. Livros didáticos, artigo, pesquisa em internet, estes se

serviram, de aprofundamentos e embasamentos teóricos acerca da dificuldade no

processo ensino-aprendizagem relativa à matemática: Discalculia.

Os resultados alcançados no decorrer da pesquisa apontam um caminho

para o professor uma possibilidade de enriquecer sua prática pedagógica com

recursos multimídia, tais como softwares e jogos educacionais, DVD, animações e

outros materiais que possibilitem ao aluno aprender as operações matemática de

forma prazerosa, cativante, divertida e motivadora.

Palavras-chave: Dificuldade, Aprendizagem, Matemática, Discalculia.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...........................................................................................................06

CAPÍTULO 1 – FUNDAMENTOS SOBRE A PSICOPEDAGOGIA...........................09

1.1- Breve Abordagem do Conhecimento da Psicopedagogia....................09

CAPÍTULO 2 – CONHECIMENTO TEÓRICO SOBRE A DISCALCULIA................12

2.1 – Discalculia: Transtorno de Aprendizagem em Matemática........................12

2.2 – O Perfil dos alunos discalcúlicos e como se procede o raciocínio

Lógico-matemático.....................................................................................................14

CAPÍTULO 3 – EDUCAÇÃO MATEMÁTICA............................................................17

3.1 - Algumas abordagens da educação matemática no processo ensino-

aprendizagem.............................................................................................................17

CAPÍTULO 4 – ANÁLISE CRÍTICA DAS INFORMAÇÕES TEÓRICAS SOBRE A

DISCALCULIA PREJUDICA A APRENDIZAGEM MATEMÁTICA: PROPÕE

POSSIBILIDADE PARA A SUPERAÇÃO DA DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM

ATRAVÉS DA INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NA DOCÊNCIA.............................22

CAPÍTULO-5 – PROCEDIMENTO METODOLÓGICO............................................. 31

CONCLUSÕES FINAIS.............................................................................................32

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................34

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INTRODUÇÃO

Existe um domínio que na vida pode ser entendido como vida por

excelência, que é o domínio do código escrito, já que o código falado chega mais

cedo e relacionado com o lógico-matemático, isto é, adquirido naturalmente na raça

humana.

Este domínio nos leva a compreensão de conhecimentos jamais

compreendidos de outra forma, e caso esta aquisição não seja contemplada de

forma dita norma, entende-se que este sujeito precisa de uma atenção especial para

detectar se há algo que a impede de ter acesso desse bem maior construído

culturalmente e repassado pela sociedade, que é o código da escrita.

Esta intervenção pode ser feita por um psicopedagogo juntamente com uma

equipe clínica multidisciplinar, envolvendo além da criança, a família e o meio onde

convive.

Hoje, justificam-se as inúmeras exigências do mundo globalizado com a

tecnologia, se voltar na história, percebe-se que as transformações afetaram

drasticamente o âmbito familiar, base de toda a sociedade, aí sobra pra escola à

maior das responsabilidades: a de educar e ensinar, ao invés de propor apenas o

conhecimento sistematizado cientificamente. Então, este é o momento do auxilio de

um especialista psicopedagogo para orientar os educadores o rumo a tomar.

A Psicopedagogia possibilita compreender a complexidade da práxi

pedagógica na dimensão do ensino aprendizagem, desta forma fica evidente a

coparticipação da escola enquanto instituição de ensino no acometimento das

dificuldades de aprendizagem.

Na instituição chamada escola ainda há uma grande desconexão entre as

discussões e a prática, isso ocorre, pela falta de formação profissional dos docentes

ou de um profissional psicopedagogo.

A discussão em torno da inclusão escolar não condiz com a inclusão dos

recursos didática tecnológica para a superação da dificuldade de aprendizagem em

matemática dos alunos e como devem ser trabalhado com os mesmos.

Segundo, PALACIUS in: SEDREZ (1996, p.21), ressalta que

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(...) os que aceitam a escola tal qual ela é, contentando-se com o cumprimento da mera transmissão dos conteúdos e ideias determinados por outrem, sem preocupação com os outros aspectos envolvidos no ato educativo.

Nesse contexto o educador e família precisa ter consciência que tipo de

educação que a criança está recebendo ou, é de acordo a sua necessidade. Assim,

pais e educador “(...) os que consciente da importância do trabalho que realizam, de

sua projeção, e que estão comprometidos com uma tarefa de transformação

educativa considerada necessária.” (IDEM, p. 21).

A orientação proposta nos (PCNs) Parâmetros Curriculares Nacionais

(BRASIL, 1998, p. 41), situa-se “nos princípios construtivistas” e apoia-se em um

“modelo psicológico geral de aprendizagem que reconhece a importância da

participação construtiva do aluno” e, ao mesmo tempo, da “intervenção do professor

com uma variedade de material didático” para estimular a aprendizagem de

conteúdos específicos que “favoreçam o desenvolvimento das capacidades

necessárias à formação do indivíduo.”

Atualmente, quase todas as escolas trabalham em ciclo de formação

humana, possuem uma diversidade de materiais didáticos e equipamentos

computacionais, tornando desafiador o uso desses recursos.

Porém, percebe-se que nem todos os profissionais a utilizam a ferramenta

computacional para auxiliá-los em sua disciplina de matemática para facilitar a

aprendizagem do educando com transtorno de Discalculia.

Essa problemática levou a escolha do tema: Dificuldades de Aprendizagem

na Matemática: Discalculia.

Este trabalho tem o objetivo de pesquisar e Analisar as características

básicas da discalculia e o transtorno que causa na aprendizagem em matemática

que consiste em uma capacidade para a realização de operações aritméticas e gerar

um documento diagnóstico que possa ser utilizado como ponto de referência e

autoanálise para os educadores.

O objeto de estudo foi desenvolvido em leituras de textos bibliográficos

pesquisados, e estes se serviram, de aprofundamentos para a compreensão dos

objetivos propostos.

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O trabalho sistematizado foram distribuídos em 5 (seis) capítulos com

diferentes abordagens.

O primeiro aborda-se um breve Conhecimento da Psicopedagogia,

considerando os transtornos que causam na aprendizagem matemática, associado a

Discalculia.

O segundo contextualiza-se, algumas abordagens da educação matemática

no processo ensino-aprendizagem.

O terceiro ressalta-se um breve relato sobre a Discalculia, o perfil psicológico

dos alunos e como se procede o raciocínio lógico-matemático.

O quarto apresenta análise crítica como a Discalculia prejudica a

aprendizagem matemática: Propõe-se possibilidade para a superação da dificuldade

de aprendizagem através da Intervenção pedagógica na docência.

Na análise evidencia-se a utilização dos materiais concretos manipuláveis e

a informática na disciplina de matemática abordando a importância desses recursos

computacionais, principalmente dos softwares educacional para o desenvolvimento

da aprendizagem dos educando em especial os Discalcúlicos.

O quinto aborda-se A metodologia desenvolvida por etapas em pesquisa

bibliográfica científica de autores como: ARROYO, BOSSA, FURLANETO, PIAGET,

VYGOTSKI E outros. Livros didáticos, artigo, pesquisa em internet, objetivando obter

embasamento teórico acerca da dificuldade no processo ensino-aprendizagem

relativo à Matemática. Discalculia.

Considerando que este trabalho tenha sido alcançado os objetivos

propostos, podendo contribuir para auto-análise dos professores de como aplicar os

conteúdos do ensino-aprendizagem na disciplina de matemática com crianças com

Discalculia, que possa superar as dificuldades de aprendizagem.

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1 - FUNDAMENTO DA PSICOPEDAGOGIA

1.1 - BREVE ABORDAGEM DO CONHECIMENTO DA PSICOPEDAGOGIA.

Diante desta complexidade, a Psicopedagogia traz uma leva de

conhecimentos e informações que contribui de forma investigativa e observadora,

prevenindo e detectando possíveis soluções dentro de um trabalho conjunto com

outros profissionais, a escola e a família.

Para BOSSA (1996, p. 68),

na escola, o psicopedagogo também utiliza instrumental especializado, sistema específico de avaliação e estratégias capazes de atender os alunos na sua individualidade e de auxiliá-los em sua produção escolar e para além dela.

Porém, o autor ainda ressalta, “colocando-os em contato com suas reações

diante da tarefa e com os vínculos com o objeto do conhecimento”. (p. 68). Dessa

forma, é possível resgatar, positivamente, o ato de aprender.

O grupo cultural a qual o indivíduo pertence pode ou não, ser um ambiente estruturado, com todos os elementos carregados de significados, tendo em vista que a cultura é algo construído, dinâmico para tanto mutável; todo sujeito é ativo em interação com o mundo cultural e com o mundo subjetivo de cada um. BOSSA (1996, p. 68-69).

A aprendizagem significativa pressupõe desafios, trocas de informações na

disponibilidade para resolver problemas articulando novo saberes, e os desafios vão

ganhando sentido quando são experimentados em situações reais na interação com

o meio, e levar as crianças com dificuldades de aprendizagem a experimentar novas

situações que facilitem o conhecimento.

No entanto, é um dos papéis do psicopedagogo e Psicopedagogia estuda o

processo de aprendizagem em seu desenvolvimento normal e patológico em

contexto, BOSSA (1996, p. 69),

compreende que, o objeto de estudo relacionado com a realidade interna e com os da realidade externa, levando em consideração os aspectos cognitivos, afetivos e sociais que estão inseridos nas questões de aprendizagem.

Partindo deste contexto, que o psicopedagogo consegue detectar que

situações podem estar influenciando positivamente ou negativamente este processo.

Podendo-se detectar também, qual os mecanismos que o aprendiz está utilizando-

se que está dificultando sua aprendizagem em matemática.

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Para isto, segundo o autor acima citado, são muitas as contribuições de

diferentes teorias como a cognitiva, a psicanálise e a sócio interacionista aplicado no

trabalho psicopedagógico que se pode dar um olhar mais apurado frente às

dificuldades de aprendizagem, buscando compreender o estilo de aprendizagem e

respeitando as características de cada caso em sua particularidade.

Especificamente numa instituição escolar é trabalho do psicopedagogo:

Compreender e analisar a prática pedagógica do professor e a sua relação com a

aprendizagem; prevenir os fracassos de aprendizagem, propondo medidas

preventivas; e, apoiar todos os trabalhos da escola, até mesmo os extraclasse.

Um dos aspectos mais importante, segundo BOSSA (1996, p. 72), é analisar

de forma globalizada e integrada os processos cognitivos, emocionais, sociais,

culturais, orgânicos e pedagógicos da criança, descartando qualquer patologia ou

buscando o apoio de outros especialistas como psicólogo e neurologista, para que a

anomalia seja detectada o mais cedo possível para que a aprendizagem aconteça

no seu ritmo considerado normal.

“Em sociedade que exclui dois terços de sua população e que impõe ainda profundas injustiças à grande parte do terço para o qual funciona”, é urgente que a questão da leitura e da escrita seja vista enfaticamente sob “o ângulo da luta política a que a compreensão científica do problema traz sua colaboração”. (FREIRE, 2006, p.9).

Segundo, FURLANETTO (2004, p.3), os déficits na aquisição da

aprendizagem também podem estar relacionados a problemas como: Distúrbios ou

transtornos ligados à afetividade e à conduta; transtorno de déficit de atenção e

hiperatividade (TDAH); implicações na afetividade e na conduta das crianças; o

bullyng; e também fatores como: Relacionados com a escola; relacionados com a

criança; emergentes da relação professor/aluno; relacionados com a família;

subjetivos; relacionados ao conteúdo; relacionados à convivência da criança com

seus pares. Entre tantos outros tipos de distúrbios que muitas vezes são associados

entre si ou não, como: de linguagem, de leitura, de escrita, de percepção, de

memorização, relacionados tanto à aprendizagem de linguagem quanto à

aprendizagem-lógico-matemática. Discauculia

Atento a esses fatores de transtorno, o educador precisa atuar ativamente

na minimização dos atrasos e dificuldades dos alunos Discalcúlicos que poderão se

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manifestar no aprendizado da leitura, da escrita e especialmente da aprendizagem

lógico-matemática.

O psicopedagogo, segundo o autor acima citado, é o profissional que poderá

desenvolver seu trabalho para prevenir e reabilitar estas crianças que não

conseguem ter acesso pleno à linguagem socialmente cultural utilizada. Quando

não, detectar-se o problema deve-se buscar o apoio clínico escrito de outros

profissionais da área da saúde, como psicólogos, fonoaudiólogos e neuropediatras.

Muitos destes profissionais desconhecem sua atuação e a importância do

trabalho com um enfoque na aprendizagem, que vai além da clínica e dos

consultórios, mas BELLEBONI (2004, p. 82), valoriza o trabalho desses profissionais

quando diz: “quando há o aparecimento do fracasso escolar, outros profissionais,

além do fonoaudiólogo, como psicólogos, pedagogos, psicopedagogos devem

intervir, auxiliando através de indicações adequadas e pertinentes a cada caso.”

Assim sendo, quando se fala nas condições que permitem o aprendizado

lógico-matemático, não podemos ficar nos limitando a habilidades perceptuais e

motoras que a criança deve apresentar.

Com relação aos fatores extrínsecos, BERBERIAN (2003, p. 87), afirma que,

se considerarmos que muitas crianças têm na escola uma diversidade de material didático que pode ser explorado sendo este o seu principal meio de acesso e exploração da linguagem falada e escrita, isto é manipulam e refletem discutem e escrevem.

Porém, elas poderão apresentar limitações significativas, “especialmente se

levar em conta as tradicionais propostas de ensino que não valoriza o conhecimento

prévio que o aluno tem adquirido no meio em que vive e nos meios de comunicação”

FURLANETTO (2004, p. 87), exemplo: celular, televisão ou computacional.

As crianças podem ter “todas as condições necessárias mentais e não ser o

suficiente para o sucesso escolar, devido alguns traumas adquiridos no meio em que

vive”. BZUNECK (2009, p. 20). Já que os fatores culturais (o meio), também são tão

quanto importantes ser valorizada, pois esses “conhecimentos de quantidades do

seu dia-a-dia que pode dar suporte e condições neurológicas na aquisição da

aprendizagem lógico-matemático.” (IDEM, p.20).

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2 – CONHECIMENTOS TEÓRICOS SOBRE A DISCALCULIA

2.1 – DISCALCULIA: TRANSTORNO DE APRENDIZAGEM EM MATEMÁTICA.

A Discalculia é um dos transtornos de aprendizagem que causa a dificuldade

na disciplina de matemática. Este transtorno não é causado por deficiência mental,

nem por déficits visuais ou auditivos, nem por má escolarização, por isso é

importante não confundir a Discalculia com os fatores causados por problemas

mentais.

A Discalculia é um distúrbio de aprendizagem, uma mistura de como ver os

números uma confusão na compreensão de quantidade numérica. Até então, a

sociedade precisa estar atento a isso e, através do conhecimento e de informações

sobre o problema, pode-se a olhar esta questão com mais propriedade e menos

rótulos.

A Discalculia é um transtorno de aprendizagem tão comum em salas de

aulas quanto à dislexia (o transtorno de aprendizagem de leitura).

A Discalculia é um distúrbio neurológico que afeta a habilidade com números. É um problema de aprendizado independente, mas pode estar também associado à dislexia. Tal distúrbio faz com que a pessoa se confunda em operações matemáticas, fórmulas, sequência numérica, ao realizar contagem sinais numéricos e até na utilização da matemática no dia-a-dia. (GARCIA, 1998, p. 37).

A um grande desafio colocado para a escola diante desta dificuldade pode

ocorrer “a repetência, o abandono escolar e a exclusão, esses fatores já apresenta

sem duvida um fato consumado na educação brasileira”.

Nessa perspectiva a relatividade da “manifestação do distúrbio, na

aprendizagem matemática, depende das particularidades do aprendiz, num dado

momento histórico e num dado contexto escolar”. Em outras palavras, “é falso

afirmar que o distúrbio tenha determinadas características de caráter definitivo e

descontextualizado.” (JOHNSON; MYKLEBUST, 1987, p.2, apud, FURLANETO,

2004, p. 11).

“O problema na aprendizagem de matemática como em outras disciplinas,

que são apontados em todos os níveis de ensino não são novos”. FURLANETTO,

(2004, p.12)

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Porém, essa problemática atinge a área da aprendizagem matemática.

“Lidar com o mundo dos números que ocupa o posto da disciplina pode não ser tão

fácil, o que torna difícil sua assimilação pelos estudantes.” (IDEM, p. 12).

Assim, “a responsabilidade para a construção de uma educação cidadã está,

em grande parte, nas mãos do professor, cuja aprendizagem do educando pode ser

considerada diretamente proporcional à capacidade de aprendizado deste docente.”

(FERREIRA, 2009, p.9).

Apesar disso, a discalculia é pouco conhecida. Parte do problema é

resultado da tolerância nas escolas para as dificuldades com matemática.

Culturalmente encara-se como algo difícil mesmo.

Muitos pais e professores não percebem que há o problema de Discalculia e

as crianças podem chegar até a vida adulta sem saber que sofrem deste transtorno.

Segundo KOCS, apud GARCÍA (1998, p. 39), classificou a discalculia em

seis subtipos, podendo ocorrer em combinações diferentes e com outros

transtornos:

1. Discalculia Verbal – dificuldade para nomear as quantidades matemáticas, os

números, os termos, os símbolos e as relações.

2. Discalculia Practognóstica – dificuldade para enumerar, comparar e manipular

objetos reais ou em imagens matematicamente.

3. Discalculia Léxica – Dificuldades na leitura de símbolos matemáticos.

4. Discalculia Gráfica – Dificuldades na escrita de símbolos matemáticos.

5. Discalculia Ideognóstica – Dificuldades em fazer operações mentais e na

compreensão de conceitos matemáticos.

6. Discalculia Operacional – Dificuldades na execução de operações e cálculos

numéricos.

Todos estes fatores levam a criança ao confronto direto com a dificuldade de

calcular e a necessidade de compreender a matemática como um todo.

A Discalculia não é uma doença, e nem um problema Incurável. Em geral

são encontradas em combinação com o transtorno da leitura, transtorno da

expressão escrita, dos Transtornos de Déficit Hiperatividade e Atenção (TDHA).

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Segundo CYPEL, (2001, p. 14), “é que todos os distúrbios de aprendizagem

mencionados apresentam alguma relação com problemas de conduta e emocionais

que observamos ocorrer em sala de aula.”

2.2 – O PERFIL DOS ALUNOS DISCALCÚLICOS E COMO SE PROCEDE O

RACIOCÍNIO LÓGICO-MATEMÁTICO.

O portador de Discalculia comete erros diversos na solução de problemas

verbais, nas habilidades de contagem, nas habilidades computacionais, na

compreensão numérica da matemática.

Quem tem Discalculia não possui habilidades matemáticas. Faltam noções

de grandeza ou de valor dos números.

O aluno discalcúlico apresenta um baixo rendimento escolar esperado ao

seu nível de escolaridade. O professor precisa atenciosamente ver às causas que

pode levar esse aluno a estar passando por essas dificuldades.

Segundo FURLANETO, (2004, P. 18) “Essas pessoas sofrem nas aulas de

matemática e também na vivência do seu cotidiano, pois, não desenvolvem noções

de tempo e espaço, o sintoma mais comum é não aprender ler as horas.”

Não sabem a “sequência dos meses do ano ou noções de ontem, hoje e

amanhã.” (IDEM, p.18).

Como também, “em jogos, não gravam regras e não conseguem montar

estratégias, têm dificuldade para calcular troco.” (IDEM, p.18).

O autor acima continua afirmando que,

não guardam fórmulas matemáticas e têm muita dificuldade de entender os enunciados de exercícios. São incapazes de fazer cálculos mentais os mais novos confundem números graficamente parecidos, como 6 e 9, 14 e 41. (IDEM, p. 18)

Assim, entender os requisitos necessários para o aprendizado em

matemática e as dificuldades causadas pela Discalculia pode apresentar baixa

estima em sua valorização pessoal, além do transtorno lógico-matemático.

A discalculia pode apresentar comprometimento na organização espacial, na autoestima, na orientação temporal na memória nas habilidades social e grafo motoras, na linguagem, na leitura, na impulsividade, na consistência (memorização). (SAMPAIO, 2009, p. 123).

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A Discalculia, segundo SAMPAIO (2009), é como uma desordem estrutural

da maturação das capacidades matemáticas, sem manifestar, no entanto, uma

desordem nas demais funções mentais generalizadas, “essas desordem pode levar

a pessoa se sentir frustrada e emocionalmente com baixa-estima”.

A criança com Discalculia, conforme a ideias de SAMPAIO (2009, p.124),

enfrenta uma “série de dificuldades na prática de lidar com os números causando

erros com as operações”, fazendo “confusão de sinais matemáticos”, tendo

problemas com orientação espacial”, embaraço em “entender palavras que exprime noções de operação aritmética”, em relação a porções ou quantidade encontra-se dificuldade de “como em lidar com grandes quantidades entre outras. (IDEM, p.124).

Segundo PIAGET, (1978, p. 70), “a Matemática é resultado do processo

mental da criança em relação ao cotidiano, arquitetado mediante atividades de se

pensar o mundo por meio da relação com objetos.”

Nesse contexto, não se pode pensar mais no ensino da matemática de

acordo com o sistema tradicional de educação, caracterizado pela repetição e

verbalização de conteúdos.

Para PIAGET (1978, p.75),

o método tradicional é conspirado fracassado, pois o mesmo trata a criança como um ser apático e vago”. Suas ideias refletem sobre um “ensino formador de um raciocínio lógico-matemático que conduz à interpretação e compreensão, em detrimento da memorização”.

Para PIAGET, apud KAMIL (1997, p.38), “o desenvolvimento mental se dá

espontaneamente a partir de suas potencialidades e da sua interação com o meio”

(familiar contato objeto, com colegas e ambiente escolar).

“O processo de desenvolvimento mental é lento, ocorrendo por meios de

estágios sucessivos”, a saber, divididos em períodos como: “Período da inteligência

sensório- motora; da inteligência pré-operatória; da inteligência operatória- concreta

e da inteligência operatório- formal”. (p. 38)

Nesses períodos, a criança necessita da “presença concreta dos objetos

para poder raciocinar, estabelecer relações entre as ações e as modificações para o

desenvolvimento da capacidade simbólica”. (p. 38).

Para o desenvolvimento do pensamento lógico-matemático, depende das

“ações externas, pois, o raciocínio é hipotético-dedutivo”. Essa capacidade de “sair-

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se bem com as palavras e essa independência em relação ao recurso concreto

permite aprofundamento do conhecimento.” (p. 38).

Os indivíduos com alguma alteração psíquica são mais propensos a

apresentar transtornos de aprendizagem, pois “o emocional interfere no controle de

determinadas funções como memória, atenção e percepção.” (p. 38).

O psicanalista Sigmund Freud, apud GOLSE (1998, p. 42), afirma que os

dados fornecidos pela psicanálise, “têm consequências importantes para a

compreensão das relações inter-humanas”, principalmente ao

mostrar que o objeto de relação é um objeto individual construído pelo mundo interno fantástico (de fantasia) variando com nossos investimentos e em função de nossa história e de nossos estados afetivos.

O autor continua esclarecendo que a afetividade exerce um papel

fundamental “nas correlações psicossomáticas básicas”, além de influenciar

decisivamente a pessoa no seu emocional ainda atua na “percepção, a memória, o

pensamento, à vontade e as ações”, e ser como “um componente essencial da

harmonia e do equilíbrio da personalidade humana”.

Nesse contexto, a escola precisa-se de profissionais qualificado que possa

conhecer a evolução da personalidade da criança como um todo e como ela se

desenvolve, levando sempre em conta o que as crianças criam e de que forma elas

fazem o seu processo de escrita, ou seja, como fazem a construção do seu

pensamento lógico-matemático.

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3 – A EDUCAÇÃO MATEMÁTICA

3.1 - ALGUMAS ABORDAGENS DA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA NO PROCESSO

ENSINO-APRENDIZAGEM.

Na historicidade da vida do ser humano a matemática faz parte do seu

cotidiano e converteu-se em um imenso sistema de variadas e extensa dimensão de

acordo suas necessidades.

No processo ensino-aprendizagem a educação matemática deve ser

utilizada como um instrumento capaz de desenvolver o raciocínio lógico do indivíduo

e promover a interpretação dos acontecimentos que estão ao seu redor e pelo

mundo, contribuindo-se na formação de pessoas com níveis de conscientização

quanto aos princípios de cidadania.

A elaboração do pensamento lógico-matemático desperta nas pessoas uma

ação x reflexão, capaz de instruir o conhecimento prévio dos diferentes estágios de

formação humana, onde as particularidades individuais precisa-se ser respeitada e

todos possam caminhar no mesmo sentido rumo ao aprendizado.

Diante desta questão, REGO ao comentar VYGOTSKY, apud MATO

GROSSO (2001, p. 22), afirma:

Os diferentes ritmos, comportamentos, experiências, trajetórias pessoais, contextos familiares valores e níveis de conhecimento de cada criança (e do professor) imprimem ao cotidiano escolar a possibilidade de troca de repertório, de visão de mundo, confrontos, ajuda mútua e consequente ampliação das capacidades.

Para essa flexibilidade, há necessidade de intervenções adequadas para

garantir o sucesso da aprendizagem como materiais alternativos e adoção de outros

recursos didáticos que relacione teoria e prática significativas para cada ciclo.

Segundo ARROYO (2004, p. 35),

o espaço e o tempo escolares são materialização da concreção das concepções e práticas modernas a centralidade do tempo não está condicionada somente nos novos processos produtivos, mas também na construção, formação e desenvolvimento do ser humano.

Assim afirma Secretaria de Estado de Educação, MATO GROSSO (2001).

Um ambiente lúdico cria um clima descontraído na sala de aula e nele produzem muitas idéias que, como manancial, jorram por si só, As idéias, às vezes, não têm uma abordagem lógica, e, [...] podem servir de antecedentes para o desenvolvimento de idéias criativas, porque os alunos sentem gozo, alegria, trabalham com gosto. (p.72).

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Assim, faz necessário proporcionar as crianças um ambiente de liberdade

para expor suas ideias, mesmo enfrentando momento de conflito entre si, e com o

outro. “É por meio desse processo interminável de desequilíbrios e novas

equilibrações superiores que ocorre a construção e progressão do conhecimento.”

(p.72).

VYGOTSKY, apud OLIVEIRA (1992, p.27), diz

As funções psicológicas superiores, baseadas na operação com sistemas simbólicos, são, pois, construídas de fora para dentro do indivíduo. O processo de internalização é, assim, fundamental no desenvolvimento do funcionamento psicológico humano.

Com o aprendizado escolar, a criança passa a apropriar dos conceitos

científicos e interiorizar-se o conhecimento matemático, elaborado sobre a realidade

de maneira cada vez mais criativa.

A história da matemática evoluiu de acordo a necessidade da descoberta do

ser humano e conforme sua criatividade, e, hoje, reflete o seu estado atual de

evolução científica e tecnológica.

Atualmente a matemática não é um produto final e, sempre que existirem

problemas as pessoas são capazes de pensar, e evoluir-se.

A escola precisa despertar-se para isso e, a matemática deve ser tratada

como algo que evolui e modifica-se à medida que o ser humano evolui.

Muitas vezes, a escola por sua vez, deixa de exercer sua função na

sociedade, e enfrentar os desafios matemáticos.

CARRAHER (1995), em seu livro Na Vida Dez, a Escola Zero, alerta que no

“início da alfabetização as crianças gostam muito de aprender Matemática e

interessam-se pelos jogos e desafios” (p. 53) e ao decorrer da vida escolar se

regride,

mas a partir de certo tempo, essas características vão diminuindo e passam a ser um temor, porque desenvolver fórmulas e técnicas que não foram compreendidas é realmente comprometer sua identidade como um ser pensante e capaz de resolver problemas. (p. 53)

Ainda, aponta que os alunos “usam conceitos matemáticos no seu dia-a-dia,

que, muitas vezes, o que aprendem na escola é difícil de ser colocado em prática”.

(p. 53), Ou seja, não conseguem perceber que há ligação entre o que aprendem e o

que usam na realidade, “porque o professor não parte da realidade do aluno.” (p.54).

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Nesse contexto, o conhecimento matemático é encarado como um

amontoado de conhecimentos prontos que precisam ser transmitidos ao aluno. Pois,

se é encarada como pronta e acabada, mais nada se tem a fazer senão assimilar de

uma forma qualquer ou seguir regras prontas.

Porém, essa forma de ensinar não contempla os anseios da sociedade que

busca na escola respostas para os desafios da vida.

D’AMBRÓSIO (1997, 17), em seu livro Educação Matemática: Da Teoria à

Prática, Aborda “a importância da Matemática na atuação cotidiana do ser humano e

a ocorrência de contradição no ensino dessa disciplina nas escolas, tanto em

relação ao professor quanto ao estudante”.

A matemática, então, fica dividida entre dois universos: o universo de fora da

sala de aula, da vida da criança no meio familiar, e o universo da sala-de-aula, do

professor.

Diante desse ponto de vista apresentado, é claro que a formação do aluno

não está apenas nos conteúdos que aprende em sala de aula, mas também nas

relações que estabelece no ambiente escolar e fora da escola.

Esse dois universos são espaços, que deve ser considerado uma fonte rica

de aprendizados a respeito de questões como: liberdade, responsabilidade

interatividade e tantos outros, mas, principalmente, a escola deve-se priorizar o

desenvolvimento da capacidade intelectual dos indivíduos que vem cheio de

conhecimento adquirido no viver do seu cotidiano.

''É importante destacar que a matemática deverá ser vista pelo aluno como

um conhecimento que pode favorecer o desenvolvimento do seu raciocínio, de sua

sensibilidade expressiva, de sua sensibilidade estética e de sua imaginação.''

(BRASIL,1998, p. 21).

A prática pedagógica não deve ficar apenas na sistematização de uma

lógica, que implica apenas uma nova postura na forma da organização do ensino,

mas sim, uma nova atitude, uma nova concepção de ver o ensino-aprendizagem,

frente ao conhecimento a ser ensinado, não esquecendo que o educando é um

sujeito social que se aprende, na interação com o objeto e com outro sujeito.

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Segundo a teoria Vygotskyana, na concepção sociointeracionista trata-se

que a aprendizagem não esgota em um bloco de estudo, mas, sim, de uma

“interação contraditória do todo com as partes e destas com o todo, em movimento

contínuo de modificação do sujeito que aprende e do objeto de estudo”

(VYGOTSKY, apud MATO GROSSO, 2008, PÁGINA).

Este movimento interativo do sujeito que aprende e objeto de estudo torna

um aprender significativo do qual o aluno participa raciocinando, compreendendo,

reelaborando o saber historicamente produzido, podendo superar o conhecimento,

de sua visão fragmentada e parcial da realidade.

“Percebe-se, assim, a importância do papel do educador, o mérito da paz

com que viva a certeza de que faz parte de sua tarefa docente não apenas ensinar

os conteúdos, mas também ensinar certo.” (FREIRE,1998, p.29).

Ao aluno deve ser dado o direito de aprender corretamente fazendo

comparação com o conhecimento aprendido fora da escola e “não um aprender:

mecânico, repetitivo, de fazer sem saber o que faz e por que faz e muito menos um

aprender que se esvazia em mero acaso.” (p. 29). Mas, é necessário despertar no

educando o gosto de aprender.

O professor é o agente provedor, que pode aguçar o interesse do educando,

pois é ele quem prepara e organiza o micro universo da busca e do interesse das

crianças de acordo a necessidade de cada um.

A postura desse profissional se manifesta na percepção e na sensibilidade

aos interesses das crianças, sendo que, em cada idade difere seu pensamento

lógico para aprender.

Na relação de ensino-aprendizagem na disciplina de matemática, o

educador pode criar condições onde o aluno estabeleça ligação entre a linguagem

cotidiana e a linguagem matemática teoricamente dita.

VYGOTSKY (1999, p. 45), diz que o processo fundamental para “a

compreensão do conceito matemático passa pelo imaginário da criança e

concretiza-se ao real.”

Por meio dos jogos às crianças não apenas vivenciam situações que se repetem, mas aprendem a lidar com símbolos e a pensar por analogia (jogos simbólicos): os significados das coisas passam a ser imaginados por elas. Ao criarem essas analogias, tornam-se produtoras de linguagem,

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criadoras de convenções, capacitando-se para se submeterem as regras e dar explicações”. (BRASIL, 1997, p. 48).

As atividades realizadas com jogos matemáticos podem dar suporte ao

ensino-aprendizagem e o aprendizado através das representações simbólicas

aproxima-se cada vez mais da realidade da representação matemática, auxiliando-

se no desenvolvimento do raciocínio lógico da criança.

A construção do conhecimento da criança é “as relações concretas entre

objetos inseridos em situações práticas”. (BRASIL, 1997, p. 48).

Os jogos são situações práticas que favorece a criança a se perceber os

valores e significados do real em parceria com a imaginação dando origem ao

lúdico, onde a criança encontra nessas atividades formas de desafiarem os seus

próprios limites, ações e pensamentos.

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4 – ANÁLISE CRÍTICA DAS INFORMAÇÕES COLETADAS TEÓRICAMENTE

SOBRE A DISCALCULIA QUE PREJUDICA A APRENDIZAGEM MATEMÁTICA:

PROPÕE POSSIBILIDADE PARA A SUPERAÇÃO DA DIFICULDADE DE

APRENDIZAGEM ATRAVÉS DA INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NA DOCÊNCIA.

Sabe-se que, muitas crianças não gostam das aulas de Matemática, mas a

uma aversão vista como deficiências quanto ao aprendizado de matemática e

algumas podem ter distúrbio de raciocínio lógico-matemático: A Discalculia.

Síndrome esta que parece com a dislexia e funciona de maneira

aparentemente, fazendo com que a criança tenha problemas não apenas em ler os

anunciados matemáticos, mas também em calcular e compreender leitura dos

números e quantidades dos números e relacioná-los.

Esse distúrbio pode ocorrer desde o ensino infantil ate as séries mais

avançadas. A aversão de dificuldade de aprendizagem quanto à disciplina de

Matemática pode estar associada a vários fatores um deles, pode ser a intervenção

do professor.

Segundo BRUMENTHAL (2002, p, 32)

o professor tem um papel preponderante no desenvolvimento cognitivo e afetivo do seu aluno”. Cabe a ele como mediador do processo de aprendizagem “selecionar o estímulo externo adequado, carregá-lo de afetividade e detectar as funções cognitivas deficientes para que possa realizar intervenções.

Percebe-se, então, que as dificuldades de aprendizagem não são livres de

tratamentos não medicamentosos como afirma, GARCIA (1998, p.17) “visa à

correção do quadro comportamental, tratamento foniátrico, pedagógico e escolar”

pelo contrário as propostas “medicamentosas são nas áreas em que há incidência

maior dos casos de deficiências que afeta o sistema nervoso”.

Portanto, tais dificuldades são tratadas conforme o grau da deficiência e

dificuldade de aprendizagem apresentada em sala de aula pelo aluno. Embora nem

sempre esse “tratamento” acontece corretamente, porque ainda falta na escola o

profissional especializado.

Muitas vezes, a aprendizagem não ocorre de forma satisfatória, devido ser o

próprio professor da sala de aula que tem que mediar tudo sozinho sem ter uma

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formação em psicopedagogia, ou, seja dispõe de poucos recursos didáticos para

lidar com alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem em matemática, em

especial com os Discalcúlicos.

Pois para tratar de criança com algum tipo de dificuldade de aprendizagem,

a escola precisa-se dispor de profissionais especializados que auxiliem no

tratamento, caso não tenha esse profissional para resolver esse problema, faz-se

necessário uma formação contínua para os educadores manter-se atualizados para

acompanhar-se a evolução dos educandos.

KENSKI, apud SILVA (2008, p.42), diz que:

O professor que deseja melhorar suas competências profissionais e metodologias de ensino, além da própria reflexão e atualização sobre o conteúdo da matéria ensinada, precisa estar em estado permanente de aprendizagem”.

A necessidade de formação continuada é extrema, pois é um recurso

didático que emerge um conhecimento por simulação, típico da cultura atualmente

pelo impulso do aprender fazendo, construindo conhecimento através da tecnologia.

É fundamental que o professor tenha conhecimento sobre as possibilidades do recurso tecnológico, para poder utilizá-lo como instrumento para a aprendizagem. Caso contrário, não é possível saber como o recurso pode auxiliar no processo de ensino e aprendizagem. No entanto, isso não significa que o professor deva se tornar um especialista, mas que é necessário conhecer as potencialidades da ferramenta e saber utilizá-las para aperfeiçoar a prática de sala de aula. (BRASIL, 1998, p. 48).

Tendo em vista os fatos citados, o ponto de partida para a capacitação

permanente dos professores deve-se ser ministrado por um profissional

psicopedagogo, sempre procurando capacitar-se não somente para compreender os

problemas de aprendizagem como também, criar estratégia gerada pelas inovações

tecnológicas e de novas metodologias de ensino.

Sendo que para resolver a situação, o primeiro passo é: conversar com a

família e, logo encaminhar a criança ao especialista adequado. Esse especialista é

o psicopedagogo que pode incentivar o professor e a escola, a repensarem o seu

papel de docência frente às dificuldades de aprendizagens do aluno,

comprometendo-se a mediar estratégias, metodológicas.

Assim, o psicopedagogo precisa-se atuar juntamente com o docente

orientando a elaboração do seu planejamento das atividades escolares para

trabalhar com os alunos, como também, orientando as famílias como lidar com

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essas crianças para amenizar os problemas familiares, sociais e solucionar as

dificuldades educacionais da educando.

A participação dos pais e professores deve ser constante na vida da criança.

A atenção dispensada durante a vida escolar fará toda a diferença no

desenvolvimento e na percepção cognitiva do aluno.

Há casos em que a criança realmente possui um distúrbio de aprendizagem

sem ser detectada pela escola e pode levar a criança a ter uma maior dificuldade em

compreender cálculo matemático a ponto de a criança começar a se sair mal na

escola, são reprovadas e abandonam os estudos.

GARCIA (1998, p.17),

Em outras situações, são vítimas de bullying ou perseguição dos próprios pais, que associam o problema à preguiça ou à falta de empenho na escola”. Porém, os pais precisam compreender essas crianças. “A maioria das crianças que sofrem desse distúrbio é muito esperta.

Sobre a Discalculia, o neuropediatra Paulo Breinis (2011), do Hospital Infantil

Sabará, afirma que,

a hipertrofia do hemisfério direito do cérebro – lado contrário da dislexia” pode ser a principal causa do problema. Quem sofre de discalculia é incapaz de compreender e realizar contas matemáticas básicas, o que impede a aquisição de conhecimento mais completo.

Essa alerta feita pelo neuropediatra é de suma importância, já que, como

não é tão conhecida, a doença acaba sendo diagnosticada tardiamente, prejudiando

a vida social e a autoestima da criança.

O professor precisa reconhecer a Discalculia como um distúrbio de

aprendizagem para obter a capacidade de lidar com ela dentro de sala de aula e

saber quais são as melhores formas de incluir as crianças em seu grupo de convívio

e, dar apoio e confiança que elas necessitam.

O professor deve ter conhecimento de toda e qualquer dificuldade existente

no aprendizado do aluno. Para isso devem saber quais são os processos cognitivos

envolvidos na Discalculia, para não ficar só na culpa do aluno.

Assim afirma, WAJNSZTEJN; WAJNSZTEJN, (2009, p. 45).

Claro que há crianças com dificuldade para aprender, mas não se pode desconsiderar que o sistema de educação do país interfira na dificuldade da criança em responder, de maneira satisfatória, à demanda escolar. Esta concepção centraliza no aluno a dificuldade de aprender determinando

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como uma dificuldade individual tira a responsabilidade por parte do sistema em se adequar às respostas do aluno. Assim, surge o fracasso escolar.

Nessa visão, há uma lógica que sem mudar o papel da escola e de seus

profissionais em suas ações pedagógica e sem acrescentar nada na sua formação,

a culpa sempre será do aluno, mas há teoria de posições diferentes entre elas,

enquanto a ideias, tudo “depende da idade de cada aluno”.

Assim, as faixas etárias previstas para cada etapa da vida, não são

demarcada rigidamente, pois o modelo piagetiano, (idem, p. 54), “é marcado pela

maturação, por isso pretende ser universal. Em funções do meio ambiente e das

diferenças individuais, existem variações de idades em que as crianças atravessam

essas fases”.

Neste quadro, que ressalta a aprendizagem difere-se de acordo a tempo de

maturação da criança, há de se preocupar, quanto à superação da dificuldade de

aprendizagem do aluno. Portanto, há meia influência muito, mais, quando afirma a

autora “dá um estalo e vai para frente”.

Então, o problema não está no amontoado ou aglomeração de material

didático em sala de aula, nem em uma simples receita de como manuseá-lo para

facilitar o ensino-aprendizagem e acabar com a retenção escolar.

O problema está na organização da ação pedagógica do profissional, no

respeito do tempo e na forma de aprendizagem de cada um.

Embora ainda bastante complexo o processo de aprender a aprender

fazendo e construindo, levando em conta realidade, o tempo e o espaço da

aprendizagem do educando, dentro do contexto cultural do próprio indivíduo, para

chegar o fazer da ação pedagógica por meio natural, mediante o enfoque cognitivo

lógico-matemático. Segundo ARROYO (2004, p. 157).

È uma procura, nada fácil, de organizar o trabalho, os tempos e os espaços, os saberes, as experiências de socialização da maneira mais respeitosa para com as temporalidades do desenvolvimento humano. Desenvolver os educandos na especificidade de seus tempos-ciclos, da infância, da adolescência, da juventude ou da vida adulta.

O autor afirma que, as idades da vida, da formação humana passam a ser o

eixo estrutural do pensar, planejar, intervir, e fazer educativos em sala de aula e da

organização das atividades para a construção do conhecimento em idades

diferentes dos alunos.

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ARROYO (2004, p. 158) continua afirmando que o profissional, precisa “se

ver como um educador, um pedagogo, um adulto que tenta dar conta dessas

temporalidades do desenvolvimento humano com suas especificidades e

exigências”.

Segundo a presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia, Quézia

Bombonatto (2006/2007):

O distúrbio ocorre pela ausência de neurônios ou falta de junção entre eles na área terciária do córtex cerebral, que engloba os lobos parietal, temporal e occipital, responsáveis pelo processamento do raciocínio matemático.

Percebe-se que apesar do baixo desempenho em matemática, ainda afirma

que, “os discalcúlicos podem apresentar excelentes resultados em diferentes áreas.”

(IDEM)

Mas para “determinar que uma pessoa tenha discalculia é necessária uma

avaliação conjunta de uma equipe multidisciplinar (clínica e educacional) esses

especialista são responsável para diagnosticar o transtorno”. (IDEM)

Após a confirmação dessa equipe, na educação escolar, QUÊSIA

(2006/2007), diz:“o Psicopedagogo pode ajudar a elevar sua autoestima valorizando

suas atividades descobrindo qual o seu problema de aprendizagem”, e ainda

providenciar o material que pode servir de base para o processo de ensino-

aprendizagem que possa desenvolver seu entendimento do aprender e aprender,

aprender a ser e aprender fazendo as atividades escolares.

Essa é uma ótima opção de intervenção, além do professor, outros

profissionais podem atuar junto ao aluno para realizar um atendimento especializado

de qualidade que possa superar as dificuldades de aprendizagem em matemática.

De acordo com SILVA (2008, p. 76), para trabalhar com alunos com

Discalculia, faz-se menção

o professor pode permitir o uso de calculadoras e tabuadas” como também, “evitar ignorar o aluno com dificuldades; evitar demonstrar impaciência com a dificuldade expressada pela criança ou interrompe-la várias vezes ou mesmo tentar trabalhar o que ela quer dizer completando a sua fala.

Não humilhar o aluno, “evitar corrigir o constantemente diante da turma, para

não o expor. Não forçar o aluno quando estiver nervoso por não ter conseguido.”

(p.76).

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Para ajudar o aluno recordar a matéria estudada procurar “usar situações

concretas nos problemas; iniciar cada período da aula com o resumo da sessão

anterior a uma visão geral dos novos temas.” (p.76).

Outras providências a ser tomada,

escreva no quadro o tema a aprender, os passos ou procedimentos a serem seguidos e que o aluno deverá tomar nota; Dar sugestões, ajudas ou guias para que o aluno saiba encarar e memorizar adequadamente os erros. (p.77).

O professor quando usar alguns tipos de símbolos deve-se explicar, “o uso

de códigos visuais, diagramas, cones, sublinhados, esquemas”, para que possa

permitir a concentração e “atenção nos expoentes, variáveis, símbolos de

operações, etc.”, (p. 77)

Faz-se necessário o professor estabelecer critério que facilite a

compreensão, a aprendizagem do educando que, por vezes, “poderá ser submetido

à prova oral, desenvolvendo as expressões mentalmente ditando para que os

transcreva”, e criar um clima de “interação entre aluno/aluno/professor.” (IDEM,

p.77).

Para que o educando possa conviver e inteirar-se com os outros em sala de

aula, sem diferenciações de ensino e tratamento, os educadores devem estar

preparados para diagnosticar e orientar esses sujeitos, observando seus

comportamentos dentro do ambiente escolar e elaborar seu planejamento de acordo

a necessidade de cada um.

Por isso, antes de falar em dificuldades de aprendizagem em matemática:

Discalculia é necessário verificar se o problema não está no currículo ou na

metodologia utilizada.

Ainda neste contexto, de acordo com os PCNs, “É sempre o professor quem

define quando, porque e como utilizar material didático manipulável e recurso

tecnológico a serviço do processo de ensino e aprendizagem.” (BRASIL, 1998, p.

26).

Cabe ao professor da disciplina de matemática, ter um compromisso perante

a sociedade, preparar as novas gerações para o mundo em que terão que viver no

ritmo evolutivo da tecnologia.

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O educador procurar novas alternativas de trabalhos, usando o processo

tecnológico abre um espaço de possibilidade para aumentar a motivação à

aprendizagem, desenvolve-se a autoconfiança de seus educando e o senso

cooperativo de cada um com a ferramenta computacional, desenvolvendo a

socialização e aumentando as interações do indivíduo com o mundo tecnológico.

Segundo VALENTE apud PETITO (2003, p. 57) “O computador pode

enriquecer ambientes de aprendizagem onde o aluno, interagindo com os objetos

desse ambiente, tem chance de construir o seu conhecimento.”

Este instrumento que traz versáteis possibilidades ao processo de ensino e

aprendizagem de matemática. Pela sua destacada presença na sociedade e no

mercado, muito cedo ainda na infância, nossas crianças estão tendo acesso a esta

ferramenta computacionais.

Porém, o uso das tecnologias está presente no meio familiar e nos ensinos

nas escolas públicas brasileiras, atualmente, ainda possui deficiências ao uso dessa

ferramenta.

Para superar essa dificuldade de trabalhar com a informática, é fundamental

que os educadores compreendam, vivenciem, aceitem as inúmeras possibilidades

que o softwares educativo lhe propõe, não se precisa ter medo de utilizá-la, mas o

que é necessário ter consciência do seu papel como mediador, proporcionando

mudanças qualitativas na educação.

Vale apena permitir o uso do computador como auxilio na atividade

pedagógica, pois este, constituindo-se um ambiente privilegiado para a

aprendizagem e, quando bem utilizados, ampliam possibilidades de compreensão

através de experiências significativas que se propõem.

A informática nos traz uma nova realidade educativa, permitindo novas

concepções de ambientes de aprendizagem.

Segundo PENTEADO, apud BICUDO (1999, p. 57),

com o avanço das tecnologias, a informática vem ocupando espaço cada vez maior em nossa sociedade, possibilitando então o acesso às informações e comunicações que antes só eram adquiridas na escola.

Uma corrente de pensadores afirma que o ensino da Matemática torna-se

fácil quando auxiliado pela tecnologia da Informática, considerando que as crianças

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utilizando o computador tem a possibilidade de aprender, pensar e crescer tanto

emocional como cognitivamente, por promoverem atividades criativas e interativas.

O jogo pode ser considerado um dos elementos fundamentais para que os processos de ensino e de aprendizagem da matemática possam superar os indesejáveis métodos da decoreba, no conteúdo pronto, acabado e repetitivo, que tornam a educação escolar tão maçante, sem vida e sem alegria. O jogo pode ser um elemento importante pelo qual a criança aprende, sendo sujeito ativo desta aprendizagem que tem na ludicidade o prazer de aprender (MATO GROSSO, 2008, p. 112).

Aprender a tabuada decoradamente para muitos é considerado uma

atividade difícil e não atrativa, já aprender a tabuada jogando, onde o aprendiz pode

aprender brincando, torna-se muito mais prazeroso.

De acordo com TEIXEIRA e BRANDÃO (2003, p. 94), “a utilização do

computador” no ambiente escolar só faz sentido se o educador utilizá-lo “como um

recurso para auxiliá-lo em suas atividades didático-pedagógicas, como elemento que

motiva e ao mesmo tempo desafia o surgimento de novas práticas pedagógicas”,

tornando o processo ensino-aprendizagem uma atividade “inovadora, dinâmica,

participativa e interativa”.

Essas condições básicas podem ativar a aprendizagem escolar. Numa visão

construtivista, BZUNECK, define a aprendizagem como:

(...) um processo mental pelo qual o aluno constrói ativamente conhecimento e habilidade. Como exigência prévia a essa atividade mental, todo aluno deve ter capacidade, trazer conhecimento de base, dominar estratégia de aprendizagem e, sobretudo, ter motivação. (2009, p. 20).

Os fatores motivacionais fazem com que o aluno se engaje na atividade,

lógico-matemático, essa é uma das alternativas de ajudar o aluno na abstração e

interessar a utilizar diversidade de material didático, principalmente os jogos

matemáticos tanto em tablete de madeiras ou no computador em sala de aula.

Esse material é essencial, pois estimula o raciocínio-lógico dos alunos, mas

não se pode dizer que isso irá resolver o problema, já que por muito tempo se

encontra tão presente em nosso meio, mas é uma opção de um leque que já existe,

valendo reforçar sua importância no meio educacional.

O professor é quem vai propor o uso das ferramentas informatizadas,

criando situações que favorecem para a aprendizagem ou para a superação de

dificuldades dos alunos, para isso, é fundamental identificar o software adequado às

necessidades e objetivos.

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O educador em suas aulas de matemática deve-se fundamentar suas

atividades nos Parâmetro Curriculares Nacionais e Piaget e na teoria Vygotskiana,

essas teorias dá-se suporte para o aluno construir seu conhecimento

prazerosamente através de jogos, brincadeira e outros materiais concretos.

Com a brincadeira, os objetos externos tornam-se fortes estímulos para as

ações das crianças, como VYGOTSKY (1999, p. 44), muito bem destaca:

é nas brincadeiras que a criança vai aos poucos se liberando das impressões mais imediatas, que ainda estão presas à percepção visual, para agir sobre a realidade a partir do significado e das idéias.

Assim, os recursos utilizados como a brincadeira, jogos matemáticoS,

representações simbólicas, aguça-se o interesse do aluno e desenvolve-se

raciocínio lógico do educando e passa-se entender o conceito matemático que tinha

em um caminho antinatural e, gradativamente apropriar-se do conhecimento por um

caminho natural fazendo relações abstratamente com a atividade desenvolvida em

matemática.

Nesse contexto, as aulas devem tornar-se um espaço de concepções

imaginárias e representações da realidade. Mas, é imprescindível a intervenção e

mediação do professor, a troca de experiência professor/aluno- aluno/professor-

aluno/aluno, para que cada um vai-se realizando tarefas e resolvendo problemas,

criando condições para desenvolver suas competências e habilidades.

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5. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO

A metodologia é uma ferramenta de grande auxilio para o pesquisador,

através do uso de seus métodos é possível obter conhecimentos de uma forma mais

confiável, desenvolver o raciocínio e a sua criatividade.

Segundo SILVA (2008, p. 38), afirma que a metodologia tem uma função

interessante que é a de nos mostrar “como se andar no caminho das pedras da

pesquisa”, ajuda-nos a “refletir e instigar um novo olhar sobre o mundo: um olhar

curioso, indagador e criativo, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e

auxiliando as decisões do cientista.”

Para alcançar os objetivos propostos desta monografia, foram utilizadas a

metodologias qualitativas buscando transformar as teorias bibliográficas das

informações coletadas em realidade atual e foram abordadas em etapas

gradativamente em 5 (cinco) capítulos.

Os materiais pesquisados a saber: Pesquisa bibliográfica em livros de

autores de conhecimento científico: ARROYO, BZUNECK, VYGOTSKI, PIAGET,

PCNES, FURLANETO, GARCIA, KAMIL e outros. Livros didáticos, monografias,

Internet e artigos, objetivando obter embasamento teórico acerca da dificuldade no

processo ensino-aprendizagem relativo à Matemática: Discalculia.

A análise foi efetuada de acordo a realidade dos dados colhidos á luz da

teoria estudada, a fim de sistematizar e contextualizar com o trabalho pedagógico

em sala de aula propondo sugestão para o desenvolvimento da prática pedagógica

que possa superar a dificuldade no ensino-aprendizagem.

Assim, FREITAS (2009, p. 45), complementa considerando “a pesquisa

como uma relação entre indivíduos, ou seja, o pesquisador integra também o

processo investigativo.” Dessa forma, é importante o pesquisador se informar,

buscar e investigar fontes “para saber da realidade da temática proposta para

posteriormente propor uma solução ao problema apontado.”

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CONCLUSÃO

Após o termino do trabalho, faz se necessário traçar algumas considerações,

destacando e analisando alguns aspectos em relação à superação da dificuldade de

Aprendizagem na Matemática, relativo ao transtorno da aprendizagem: Discalculia.

O educador precisa-se, em primeira instância, identificar, diagnosticar a

dificuldade de aprendizagem do aluno para fazer suas intervenções necessárias

para que a aprendizagem do aluno seja satisfatória, não rotulando condenando para

o resto da vida, mas fazendo com que o educando possa chegar à faculdade com

menos dificuldade nesta disciplina, com sua autoestima elevada.

Um grande desafio está posto ao educador. A articular suas ações

pedagógicas em uma concepção de mundo e de sociedade, que emerge da prática

social coletiva (trocas de experiência docente), transformadora das realidades

sociais. Pois, tão somente a prática nos coloca com as realidades objetivas –

científica, que entra em jogo com as opiniões dos alunos. (conhecimento subjetivo).

A ação pedagógica precisa-se de planejamento com um arranjo

metodológico eficaz nessa mediação que constitui a base da prática pedagógica do

professor compromissado com o ensino-aprendizagem dos alunos.

A metodologia precisa estar fundamentada em uma gama de material

concreto manipulável e tecnológico que possa favorecer sucesso do conhecimento e

desenvolvimento no processo ensino-aprendizagem, superando as dificuldades de

aprendizagem em matemática de cada aluno.

A informática nos traz uma nova realidade educativa, permitindo novas

concepções de ambientes de aprendizagem lúdica e prazerosa.

O uso da tecnologia computacional como auxilio motivador, na docência do

ensino-aprendizagem da matemática, deve ser incluído como base primordial no dia-

a-dia da ação pedagógica para superação da dificuldade de aprendizagem

matemática em especial com aluno que apresenta transtorno de Discalculia.

Os softwares educativos são os mais atuais instrumentos de recursos

didáticos que fortalecem a aprendizagem e os professores pode utilizá-los para

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enriquecer sua prática pedagógica e estimular os alunos adquirir-se um aprendizado

diferenciado, contextualizado e dinâmico.

Os recursos multimídia, tais como softwares e jogos educacionais, DVDs,

animações e outros materiais que possibilita-se os alunos aprender de forma

prazerosa, cativante, divertida e motivadora.

Defende-se nesta pesquisa que o uso dos softwares, principalmente na

disciplina de matemática, pois tanto desenvolve o raciocínio lógico, como estimula a

criatividade e a capacidade de resolver problemas e considera-se de grande

relevância para o desenvolvimento da aprendizagem dos alunos em especial os

Discalcúlicos.

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