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ALGARVE INFORMATIVO #60 1 ALGARVE INFORMATIVO #60 WWW.ALGARVEINFORMATIVO.BLOGSPOT.PT JOSÉ SANTIAGO FUNDAÇÃO PEDRO RUIVO GRUPO CORAL OSSÓNOBA DIA DE SÃO BRÁS brilhou na Maratona da Muralha da China

ALGARVE INFORMATIVO #60

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Revista semanal de http://algarveinformativo.blogspot.pt/

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JOSÉ SANTIAGO

FUNDAÇÃO PEDRO RUIVOGRUPO CORAL OSSÓNOBADIA DE SÃO BRÁS

brilhou na Maratonada Muralha da China

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OPINIÃO

Daniel Pina - 6

Portuguese spoken herePaulo Cunha - 24

Os primeiros seis meses… da década!José Graça - 28

Os comunistas ainda comem criancinhasMirian Tavares - 30

Cabelo na comidaAugusto Lima - 32

Um livro há muito esperado…Dália Paulo - 26

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CONTEÚDOSDia de São Brás - 8

José Santiago - 16

Fundação Pedro Ruivo- 34

Atualidade - 50

Grupo Coral Ossónoba- 42

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Escrevo a minha crónica habitual para aRevista Algarve Informativo com a perfeitaconvicção de que vou apanhar com mais

críticas dos eternos defensores da liberdade deexpressão – da qual eu sou, também, um eternodefensor – e dos fervorosos adeptos datransparência política – da qual eu também sou,claro, apologista. Assim, valendo-me dessa talliberdade de expressão, da qual sou defensor,mas não ao ponto de que se diga tudo o que nosapetece sem pensar nas consequências e nosprejuízos que se venham a causar aos outros, voutambém despejar para aqui o que me vai nacabeça quando olho para a pré-pré-pré-campanha eleitoral das Autárquicas de 2017 noAlgarve.

Não, não cometi nenhuma gaffe, nem meenganei nas datas, é realmente verdade. Aindafalta mais de um ano para as próximas eleiçõespara o poder local, mas diversas concelhias doAlgarve já andam no terreno a fazer o seutrabalho e, desculpem-me lá o desabafo, nãocomo jornalista, mas como cidadão e eleitor, nãoestou a gostar nada do que se tem passado nosúltimos meses. Concordo plenamente com aliberdade de expressão, transparência política émuito boa e saudável para a vida democrática,mas o que tenho assistido é, em alguns casos,política suja, feia, negativa, criticar simplesmentepor criticar, criar factos políticos onde eles nãoexistem.

Se isto se passa a tanta distância das eleições,nem quero imaginar o que nos espera em 2017,mas prevejo uma campanha bastante feia em

alguns concelhos. E, verdade seja dita, temosde tudo um pouco do sotavento aobarlavento:

- Temos casos onde o atual presidente, nãose podendo recandidatar a novo mandato, jáé mais o tempo que passa fora do Algarve nodesempenho de cargos noutras associaçõesou entidades, do que no seu concelho, e nemhouve uma preocupação séria de se prepararatempadamente uma sucessão natural;

- Temos casos em que um partido perdeu acâmara municipal por modernicesamericanizadas do líder da concelhia, o queoriginou que não tivesse ido a votos ocandidato mais correto, e que agora vai fazerdas tripas coração para tentar reconquistar opoder;

- Temos casos em que a oposição não passauma semana sem enviar comunicados acriticar esta ou aquela decisão, ou nãodecisão, do atual presidente de câmara,mesmo quando não existem motivos válidospara tais táticas;

- Temos casos em que um partido mantevea câmara municipal mas, pelos vistos, algunsmilitantes acham que deviam ter sido eles ocandidato e não se cansam de fazer a vidanegra ao atual presidente, que até é damesma cor política;

- Temos casos em que o próprio partido doatual presidente de câmara lhe retirou aconfiança política e em que faz mais oposiçãoao edil do que os partidos da oposição;

Já se faz campanha para as Autárquicas 2017… e vale mesmo tudo…

Daniel Pina

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Enfim, acho que já deu para perceber o que vaiacontecendo nos bastidores da política algarvia.Mas também já deu para perceber mais duascoisas. A primeira é que, na maior parte destassituações, a população está ao lado do atualpresidente da câmara municipal e do seuexecutivo, comprovando que, no que diz respeitoao poder local, as pessoas não ligam em demasiaàs cores políticas, mas sim ao trabalho queefetivamente é realizado por quem foi eleito paraliderar um concelho. A segunda é que,infelizmente, muito deste trabalho «sujo»,perdão, de combate político, está a ser realizadopela chamada «carne para canhão», ou seja,políticos em início de carreira que, de repente,foram eleitos presidentes de concelhia porque osfigurões, os políticos mais experientes, decidiramfazer um interregno na sua atividade, tirar umasférias, dar uma oportunidade aos mais novos.

Não estou com isto a dizer que alguns destesnovos líderes de concelhia não tenham valor ouqualidade, o futuro pertence às novas gerações ede dinossauros da política estamos todos nósfartos. O problema é que alguns deles não têmqualquer experiência prática na política, nuncadesempenharam cargos de direção, nuncaestiveram em executivos camarários, nem sequercomo vereadores da oposição, portanto, muitodificilmente vão recolher a preferência doseleitores quando forem a votos. Aliás, não é deadmirar que esses novos líderes surjam emconcelhos onde, previsivelmente, os atuais

presidentes de câmara vão ser reeleitos nasAutárquicas de 2017.

Ora, como os verdadeiros aspirantes apresidentes de câmara não querem sofreruma derrota pesada em 2017, optaram portirar uma licença sabática e passar a bola aosmais novos. Estes, erguem com vigor ospunhos para desgastar politicamente os atuaisautarcas, na melhor das hipóteses vão tentarconquistar mais algum vereador para o lado daoposição mas, no momento da verdade, serão,muito provavelmente, derrotados. Depois dotrabalho «sujo» ter sido feito, e das contasestarem mais equilibradas, lá regressam aoativo os pesos pesados para atacar em forçanas Autárquicas de 2021 e a «carne paracanhão» entretanto foi mastigada e jogadapara o lado.

Parece ridículo, no mínimo estranho, estar apensar no que vai acontecer, ou não, daqui acinco anos, porém, quem acompanha a vidapolítica há algum tempo sabe bem como estascoisas funcionam e até já viu isto acontecerdiversas vezes. Felizmente, o cidadão normal,o Zé Povinho, também já percebeu comofuncionam os meandros da política e não vainestas cantigas. Vota em quem tem trabalhofeito, não em quem fala melhor, é mais bonitoou veste roupa mais na moda. Mas que vamoster uma campanha quente, para não dizeroutra vez feia, no próximo ano, lá issovamos….

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O Município de São Brás de Alportel assinalou, no dia 1 de junho, o seu 102.ºaniversário com um programa marcado pela inauguração da obra de renovaçãoda Entrada Nascente e do Skate Parque, a apresentação pública da Rede Wi-Fi e oespetáculo dos D.A.M.A. A data foi ainda marcada pela distinção de algumaspersonalidades deste concelho da Serra do Caldeirão e a homenagem aosfuncionários da edilidade com 25 ou mais anos de atividade.

Município de São Brásde Alportel festejou102 anos de vida

Texto: Fotografia:

David Gonçalves, presidente da Junta de Freguesia de São Brás de Alportel, Marlene Guerreiro, vice-presidente daCâmara Municipal de São Brás de Alportel, Vítor Guerreiro, presidente da Câmara Municipal de São Brás de Alportel,Guilherme d’Oliveira Martins, Secretário de Estado das Infraestruturas, Ulisses Brito, presidente da AssembleiaMunicipal de São Brás de Alportel e Acácio Martins, vereador da Câmara Municipal de São Brás de Alportel

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O Dia do Municípiode São Brás deAlportel,coincidente com oDia da Criança, 1

de junho, arrancou com acerimónia protocolar de hastearda bandeira, nos Paços doMunicípio, logo pelas 10h, ao somda Banda Filarmónica de São Brásde Alportel e da Fanfarra dosBombeiros Voluntários. Logo deseguida, houve lugar à tradicionalSessão Solene Comemorativa, noSalão Nobre da Câmara Municipal,na qual foram entregues insígniasmunicipais de valor e mérito afuncionários municipais por maisde 25 anos de serviços prestados,bem como a quatropersonalidades do concelho,designadamente à empresáriaSandra Correia (Pelcor), àAssociação In Loco, a OctávioLourenço (Ferox Surfboards) e aopediatra Emídio Sancho.

No uso da palavra, Ulisses Brito,presidente da AssembleiaMunicipal de São Brás de Alportel,recordou que foi graças a umgrupo de são-brasensesrepublicanos, sob a forte liderançade João Rosa Beatriz, que seformou este novo concelho naregião algarvia. “Era um homemde visão porque percebeu que odesenvolvimento desta terrapassava por gerir o seu própriodestino. São Brás de Alportel temcrescido de forma harmoniosa ecom qualidade, soube aproveitaruma das principais conquistas do25 de abril – o poder local – e, nas

Ulisses Brito, presidente da Assembleia Municipal de São Brás de Alportel

Vítor Guerreiro, presidente da Câmara Municipal de São Brás de Alportel

Guilherme d’Oliveira Martins, Secretário de Estado das Infraestruturas

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últimas dezenas de anos, teve à suafrente presidentes com visão, que têmsabido o que é mais importante para aqualidade de vida da nossa terra”,sublinhou, lembrando o excelente parqueescolar do concelho, os equipamentosdesportivos construídos e o arranjo dosespaços culturais. “Além disso, a CâmaraMunicipal tem dado um apoiofundamental às famílias carenciadas doconcelho, através de diversos projetos deapoio social”.

Ulisses Brito lembrou ainda que sãofundamentais boas acessibilidades e viasde comunicação para o desenvolvimentodos núcleos urbanos, pelo que enalteceu aconclusão da Via Circular em redor da vilae a melhoria das estradas secundárias.“Agora, é importante que se melhore aEN2, no acesso a Faro e à Via do Infante,o que permitirá uma deslocação mais

rápida e segura, facilitando também afixação de empresas nesta zona dobarrocal algarvio, desfavorecida pornão estar junta ao litoral,essencialmente turístico”, considerouo presidente da Assembleia Municipal,que não esqueceu o equilíbriofinanceiro por que se tem pautado ascontas da Câmara Municipal. “É fácilfazer obra, endividando a autarquia ehipotecando o futuro, mas não é issoque tem acontecido em São Brás deAlportel. A Câmara mantém uma boasaúde financeira, não tem dívidas epaga aos seus fornecedores a tempo ehoras, apesar de sermos um dosmunicípios do Algarve que menosdinheiro recebe, por habitante, doOrçamento Geral de Estado e dasrestrições económicas a que o anteriorgoverno sujeitou as autarquias”,enfatizou.

Os funcionários da Câmara Municipal de São Brás de Alportel distinguidos pelos 25 anos ou mais de serviço

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Foi com emoção e alegria queVítor Guerreiro deu as boas-vindasaos são-brasenses que enchiam porcompleto o Salão Nobre da CâmaraMunicipal, salientando igualmentea presença do Secretário de Estadodas Infraestruturas, Guilhermed’Oliveira Martins nesta dataespecial. “Este é um dia dereconhecimento de um percursoque realizamos em conjunto, dacapacidade de fazer do poder locale do sucesso deste concelholocalizado no coração do Algarve.Com as suas gentes, as suastradições e os seus recursos, pormais de 100 anos São Brás deAlportel foi construindo umahistória de sucesso, com padrõesde qualidade de referência emvárias áreas: na educação, nacultura, na ação social, noambiente, nas acessibilidades, nodesporto, na gestão autárquica,entre outras”, afirmou o presidenteda Câmara Municipal.

Apelo à requalificaçãoda Nacional 2

No seu discurso, Vítor Guerreiro deuespecial nota aos mais jovens, maslembrou que a inovação empreendida noconcelho tem sido feita a olhar para ocidadão de forma global. “Damosesperança e apoio às famílias que seencontram em situação mais fragilizada,preenchemos o dia-a-dia dos nossosseniores, damos condições para ummelhor futuro às nossas crianças ejovens, damos apoio para a dinâmica

acrescida da comunidade associativa eda economia local”, referiu,endereçando um especialagradecimento aos trabalhadores daautarquia pelo seu empenho nestamissão e à causa pública. “A vossacolaboração tem sido, e certamenteque continuará a ser, muitoimportante para os resultados obtidose para a continuação de um bomfuturo para este concelho”.

Em dia de festa, mas também dereflexão, Vítor Guerreiro indicou que aDemocracia pressupõe um confronto

Vítor Guerreiro e o filho do pediatra Emídio Sancho

Ulisses Brito e Nelson Dias, da Associação In Loco

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de ideias e debate de projetos, mastambém discursos de responsabilidade,seriedade e verdade. “Todos nós,autarcas, prestamos contas aos nossosmunícipes, no dia-a-dia, e comfrontalidade, proximidade, transparênciae verdade. Os são-brasenses conhecem-nos, não nos escondemos atrás deleituras deturpadas, nem de ataquesgratuitos cujas intenções residem namarcação de posição”, apontou o edil,recordando que São Brás de Alporteltransitou, para 2016, com o maior saldo de

conta de gerência dos últimosanos e sem dívidas afornecedores. “Com uma gestãosustentada e rigorosa, temostrabalhado para odesenvolvimento do nossoconcelho, melhorando aqualidade de vida de quem cáreside e aumentando ascondições de atratividade doconcelho”.

Aproveitando a presença doSecretário de Estado dasInfraestruturas, Vítor Guerreirorecordou que São Brás deAlportel é o único concelho doAlgarve que não possui umaligação direta à Via do Infante,existindo apenas uma ligação queacaba de completar os 71 anosde vida, o traçado da EN 2 entreFaro e São Brás. “Esteve, emtempos, em cima da mesa oprojeto para a construção deuma estrada completamenteindependente, mas estamoscientes das dificuldades em quese encontra o país e defendemosuma solução mais económica e

que servirá, para já, os interesses e odesenvolvimento do nosso concelho: arequalificação da atual Nacional 2,cortando algumas curvas, criando duaszonas de faixas de leves, colocandoumas rotundas para aumentar asegurança dos peões. É uma ambição eum direito dos são-brasenses eesperamos que seja uma realidade omais breve possível”, apelou VítorGuerreiro.

O apelo do edil de São Brás de

Jorge Botelho, presidente da AMAL, Ulisses Brito e Vítor Guerreirocom a mãe de Octávio Lourenço

Jorge Botelho, Vítor Guerreiro, Sandra Correia, da PELCOR e Ulisses Brito

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Alportel foi escutado por Guilhermed’Oliveira Martins, que começou pordestacar a bem estruturada rede deacessibilidades deste município. “Importaenaltecer a preocupação de São Brás deAlportel na última década com asmatérias da mobilidade, sempre numaperspetiva integrada e inclusiva”, referiu ogovernante, chamando a atenção para aconstrução da Variante Sul à N270, aconstrução da Circular Norte (queenvolveu um investimento global superiora seis milhões de euros), a construção daRede de Passeios Acessíveis. “Por outrolado, há a assinalar a hierarquia da rederodoviária do concelho, que possibilitouuma gestão mais equilibrada esustentável do território municipal, massobretudo das condições de circulação

rodoviária e pedonal, e deestacionamento, promovendo, destemodo, uma significativa melhoria daqualidade de vida dos são-brasenses”,indicou o Secretário de Estado dasInfraestruturas. “E a requalificação daNacional 2 entre São Brás de Alportel eFaro será incluída no Plano deProximidade Rodoviária dos próximosquatro anos e que está a seratualmente objeto de revisão ecalendarização, certa e séria, por partedas Infraestruturas de Portugal.Sempre, na medida do possível, edentro dos nossos constrangimentos,poderão contar connosco para projetoscomo este, que representam melhoriassignificativas para a qualidade de vidadas populações”.

O Secretário de Estado das Infraestruturas, Guilherme d’Oliveira Martins, Vítor Guerreiro e Marlene Guerreiro,vereadora da Câmara Municipal de São Brás de Alportel, na inauguração da requalificação da Entrada Nascente de SãoBrás de Alportel, rodeados de muitos populares

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O programa de comemoraçõesprosseguiu com uma visita ao Museu doTrajo, antes de se proceder à inauguraçãoda obra de renovação da EntradaNascente, pelo Secretário de Estado dasInfraestruturas, Guilherme d’OliveiraMartins. A concretização desta obra, queencerrou o Plano de Reabilitação dasEntradas da Vila, respeitou a vontadeexpressa pelos são-brasenses no processode gestão do Orçamento Participativo2015, tendo sido o projeto escolhido pelacomunidade.

Por se tratar do Dia da Criança, o JardimCarrera Viegas foi palco de diversasatividades e animação musical para toda afamília e, ali bem perto, assistiu-se a maisum produto do compromisso da edilidadecom os mais novos, com a inauguração doSkate Parque de São Brás de Alportel,infraestrutura inserida no Parque deDesporto e Lazer do Município que vemcumprir um sonho há muito defendido

pela juventude são-brasense. Pelas17h30, aconteceu a tradicionalromagem ao mausoléu do fundador doconcelho, João Rosa Beatriz, e ao Jazigoda Família Passos, apresentando àcomunidade o projeto de restaurorecentemente concretizado,desenvolvido em parceria com a Juntade Freguesia e que contou com acolaboração da Câmara Municipal, doMuseu Municipal de Faro e daUniversidade do Algarve.

À noite, a Praça da República foi palcoda apresentação pública da Rede Wi-Fide São Brás de Alportel, antes doconcerto dos D.A.M.A. O encerramentodas comemorações deste 102.ºaniversário do município de São Brás deAlportel fez-se com luz e cor, com umespetáculo pirotécnico que antecedeuos parabéns e a habitual distribuição dobolo do aniversário, elaborado pelasdoçarias são-brasenses, e dechampanhe pelo público .

Descerrar da placa comemorativa da inauguração do Skate Parque de São Brás de Alportel

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José Santiago saltou para a ribalta internacional ao ficar em segundo lugar namítica Maratona da Muralha da China, prova onde participaram milhar e meio deatletas provenientes dos quatro cantos do mundo. Aos 49 anos, o antigo motoristade pesados que veste as cores do Centro Desportivo de Quarteira só foiultrapassado pelo chinês Jason Shen, precisamente o vencedor da edição do anotransato, o que enaltece ainda mais o feito deste louletano.

brilhou na Maratona da Muralha da China

Texto: Fotografia:

José Santiago

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Foi num dos locais escolhidospara treinar para aMaratona da Muralha daChina, o Parque Municipalde Loulé, que estivemos à

conversa com José Santiago,alentejano de nascença mas que veioviver para Loulé com apenas 15 diasde idade, pelo que se considera, comorgulho, louletano e algarvio. O antigomotorista de pesados sempre teveligação ao desporto, porém, oatletismo, mais concretamente asmaratonas, apareceram mais tarde,por questões de saúde, quandoentrou no escalão dos quarentões.“Em novembro de 2008, fui desafiadopor amigos para participar nas «X

Milhas do Guadiana», consegui umbom resultado para a preparaçãoque tinha e parti para a aventuradas maratonas. Poucos mesesdepois fui a Sevilha, o bichinhopegou e esta paixão mantém-seaté à data”, recorda, adiantandoque a sua filiação no CentroDesportivo de Quarteira remontaao final de 2010.

O bichinho pegou depressa e aescolha da modalidade também foirápida de fazer, pois José Santiagocedo se apercebeu que as longasdistâncias eram as mais indicadaspara o seu organismo. No entanto,como atleta amador que é, planifica

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a época de modo a fazer apenas umaou duas maratonas por ano,conciliando a preparação física com ocalendário regional e nacional deoutras provas mais curtas. E, por issomesmo, não corre a pensar em títulos,até porque o escalão etário em que seinsere é bastante competitivo. “Tenhoum 4.º lugar numa Maratona emLisboa e alguns Top 10 em provasrealizadas em Espanha, Alemanha eHolanda. Este ano, em novembro,como vou mudar para o escalão deVeteranos 4, vou tentar conquistar otítulo no Campeonato Nacional deMaratona. Vou preparar-me bem epenso que esse objetivo está ao meualcance”, indica o entrevistado.

Um objetivo elevado mas realista,não se trata de imodéstia, de ares de

grandeza, e José Santiago acreditaque, se tivesse começado noatletismo logo em jovem, a sua vidateria sido bem diferente. “Ao virardos 50 anos, estou a fazer amaratona em 2h38m, 2h40m,portanto, se tivesse entrado paraum clube logo em miúdo e seguidouma carreira de alta competição,tinha sido, certamente, um atletaolímpico”, afirma, sem hesitação,mas também sem saudosismos, sempensar demasiado no passado.“Comecei a trabalhar aos 13 anosporque venho de uma famíliapobre, sem grandes possesfinanceiras e com mais irmãos.Mas, como o tempo não podevoltar para trás, desfruto agoradesta paixão da melhor forma queposso”.

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Correr que está cada vez mais namoda, com muitos homens e mulherescom as suas profissões do dia-a-dia avestirem depois o fato de atleta ao fim-de-semana e participarem em provasdesportivas, de maior ou menordistância, a defender as cores do clubeou associação da sua terra. Umarealidade que alegra José Santiago,porque o desporto é sempre positivopara a saúde e o bem-estar físico.“Todavia, vejo muitas pessoas acometerem vários erros que podem darlugar a consequências graves. Fazemumas corridas durante a semana emetem-se logo em grandes distâncias eisso não é aconselhável. Uma mápreparação pode arranjar problemassérios, mas é bom ver as pessoas acaminhar e a correr, é uma sociedade

completamente diferente da queestávamos habituados a ver”, analisao louletano.

Na moda está também o trailrunning, corridas em percursos forada estrada ou dos pavilhões, emterrenos mais acidentados, mas essavertente nunca chamou a atenção deJosé Santiago. “Sou do atletismopuro, de pista, estrada e corta-mato”, justifica, embora reconheçaque a Maratona da Muralha da Chinaacaba por misturar um pouco dasduas vertentes. “A Muralha da Chinaé um monumento que sempre medespertou o interesse e, quandocriaram lá uma maratona, em 1999,ficou o sonho de ali correr. Não éuma prova típica de atletismo de

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estrada, plana, é mais virada,realmente, para o trail”.

Depois da Muralha,os Templos

Constituída por 42 quilómetros e195 metros, a Maratona daMuralha da China passa, como éóbvio, pela própria muralha, com osseus cinco mil e 164 degraus, mastambém pelas aldeias e trilhos daprovíncia, sendo uma das maisdifíceis do mundo. Isso exigiu umapreparação diferente do habitual aJosé Santiago, que contou com aajuda do treinador José Conceição.“Fiz inúmeras repetições emrampas no Cerro de Cabeço deCâmara, subi e desci centenas devezes os degraus aqui do ParqueMunicipal de Loulé, fazia estrada,velocidade em pista, participavanas provas curtas que aconteciamao fim-de-semana e trabalhavabastante o endurance. Na segundaparte da prova, quando regressei dasaldeias com 34 quilómetros naspernas e entrei outra vez na Muralha,senti que a preparação estava a darfrutos”, lembra.

Praticamente seis meses depreparação intensa para chegar àMuralha da China, no dia 21 de maio,no pico da sua forma física, mas denada serviria esse esforço se nãotivesse conseguido angariar algunsapoios financeiros para custear ainscrição, deslocação, alojamento ealimentação. “É uma despesa grande

mas, felizmente, a CâmaraMunicipal de Loulé e a Junta deFreguesia de Quarteira ajudaram-me bastante, agradeço ao vice-presidente Hugo Nunes e ao TelmoPinto. Outros amigos como oTonico Fernandes e a esposa Elsa,da Loja das Taças, e o José Bentes,contribuíram igualmente para queconseguisse ir à China”, destaca.

Um sacrifício que compensou, masJosé Santiago admite que a suaprestação superou as expetativas, jáque pretendia apenas terminar a

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corrida abaixo das quatro horas. “Comesse tempo, ficaria nos cincoprimeiros, mas correu melhor doesperado, fiz 3h46m. Algumas pessoasdiziam-me que acabar já seria positivo,mas eu queria bater-me com osmelhores e foi isso que aconteceu”,conta o atleta do Centro Desportivo deQuarteira. “Sai logo na frente e entreina muralha em primeiro lugar. Depois,perdi algumas posições, que recupereino exterior e, quando regressei àmuralha, já ia na segunda posição.Fiquei a 15 minutos do vencedor, oJason Shen, que ganhou em 2015 eeste ano ainda melhorou a sua marcapessoal. São atletas da zona, queconhecem bem o terreno e estãohabituados ao clima”, nota.

Entretanto, concretizado este sonho,a vontade de José Santiago é participar

em outras provas de prestígio dosquatro cantos do mundo. “Estaorganização faz a Maratona daMuralha da China, do Deserto dePetra, do Círculo Polar Ártico, doTemplo Bagan e da Savana da Áfricado Sul e estou inclinado paraexperimentar a maratona dostemplos, em Myanmar. Voucontinuando a prepararnormalmente as minhas épocasdesportivas e, se surgir aoportunidade e conseguir apoios,vou tentar outra vez a minha sorte.Treino praticamente como os atletasprofissionais, estou a tirar umenorme prazer das corridas e opensamento está no futuro, nãoolho para o passado” .

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Adoro viver no sul deste velho continente!Não tendo pedido para aqui nascer, tal comomuitos de vós fui bafejado pela graça de aqui

ter visto a primeira luz do dia e ter vivido muitos dosmomentos que me marcaram e moldaramenquanto pessoa. Por isso e por muito mais não mecanso de afirmar o carinho e respeito que nutro poreste Algarve que a natureza tão bem tratou. Sendodaqueles que acha que quando as coisas estão bemnão devem ser mudadas mas sim preservadas,constato que o espírito cívico e ecológico das novasgerações está cada vez mais presente nas suasatitudes no que à manutenção e preservação doAlgarve natural concerne. E isso dá-me alento eesperança!

Sendo “minha” esta pequena parcela de terralambida pelo mar, é também de todos aqueles quea tomaram como “sua”. Aliás… é pretensãodescabida tomar como nosso seja o que for que anatureza nos concedeu, portanto são algarviostodos aqueles que, no Algarve, o tornam umaprovíncia ainda melhor do que já é. Ora é isso queme leva a estar atento à forma como os indígenastratam quem adota esta terra também como sua.

Sabendo que é um dos locais que muitos europeusescolhem para gozar a sua merecida reforma,grande parte adquire uma parcela de terratransformando-se assim num “estrangeiro algarvio”.Seria pois natural que tendo escolhido Portugalcomo seu segundo país ou país de adoção, todosestes novos algarvios acolhessem como seu o maiorsímbolo de Portugal. Aquele que Camões e Pessoafizeram chegar aos quatro cantos de mundo, masque, ignorante e teimosamente, muitos autóctonesnão entendem nem reconhecem como uma mais-valia para a nossa afirmação identitária: a nossalíngua!

Custa-me ter ultrapassado o meio século de vida econtinuar a assistir - no Algarve - a diálogos

completamente improváveis, onde parece quequem, em nome da venda do que quer que seja,reinventa e mastiga palavras em “portinglês” paraque estes novos algarvios adquiram a suamercadoria. Tal como muitos portugueses que aoirem viver para o estrangeiro tentam aprender alíngua nativa para assim melhor se orientarem egovernarem, não seria natural que quem para cáveio viver aprendesse a língua do país deacolhimento? Sempre assim aconteceu com todosos portugueses que escolheram um sítio paraemigrar e que de lá regressaram a falar umasegunda língua como se da primeira se tratasse.Mas o que é facto é que o contrário não se verifica!

Custa-me ouvir, recorrentemente, residentesestrangeiros a dizer que não falam nem escrevemportuguês porque se acomodaram à forma de estardos algarvios, que para vender o seu produtoabdicaram da sua língua para mais depressa eeficazmente garantirem o lucro almejado. Muitosaté me dizem que por causa disso mesmo nãoconvivem mais com a generalidade dosportugueses, pois sentindo-se confinados à línguauniversal (inglês), acabam por se fechar empequenas ilhas socioculturais e informativas onde aportugalidade, tal como a conhecemos, estáausente.

Será subserviência, complexo de inferioridade,pequenez intelectual, oportunismo, simpatiaexacerbada, maior fluência linguística e facilidadede comunicação? Confesso: não sei! Mas faz-me“espécie”, pois ao contrário de alguns paísesvizinhos deitamos a perder um dos maiorestesouros nacionais: a nossa língua, escrita e falada.Agora que Portugal parece estar na moda talvez nãofosse mal pensado tentar colocar a línguaportuguesa também na moda. Saíamos todos aganhar, algarvios de toda a Europa .

Portuguese spoken herePaulo Cunha

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Um livro há muito esperado…Dália Paulo

Na Noite Europeia dos Museus, que o MuseuMunicipal de Loulé dedicou ao PatrimónioCultural Imaterial, mais especificamente à

Mãe Soberana, fez-se a apresentação do livro “MãeSoberana: Estudos, Ensaios e Crónicas” de JoãoRomero Chagas Aleixo. Referiu o autor, nessa noite,que era “um livro há muito esperado”, passados 463anos desde a edificação da ermida no cimo domonte. É este feito de ser o primeiro trabalhocientífico publicado sobre a Mãe Soberana que nosleva a dedicar-lhe este espaço, porque, como tãosabiamente sintetizou António Aleixo, “a alma dessepovo/ vai dentro daquele andor”; o que torna quaseum contrassenso esta ausência de estudos. Em 2014iniciou-se, pelo Museu Municipal de Loulé e Paróquiade São Sebastião, o processo de inscrição damanifestação religiosa Mãe Soberana no InventárioNacional do Património Cultural Imaterial e estapublicação surge na sequência dessa inventariação.

Um livro que reúne sete estudos, dois ensaios eoito crónicas, escritos entre 2007 e 2016, fruto da“infinita curiosidade do autor” e que pretendedesvendar um pouco da “história de Amor que osLouletanos têm com a sua padroeira há quase cincoséculos”. Há neste livro três estudos inéditos: O Cultoa Nossa Senhora da Piedade de Loulé: Sua Origem eBreve Historial; Homens do Andor e O Culto durantea Primeira República (1910-1926); outros motivosnão houvesse e este seria um ótimo pretexto para lero livro. Esta obra alia um conteúdo rigoroso sobre amanifestação mariana mais importante a Sul do Tejocom uma apresentação de excelência, esta daresponsabilidade de Andreia Pintassilgo. Nestaspáginas iremos encontrar um autor acutilante e comolhar crítico para com a sociedade; que alia o seu serlouletano e crente ao autor investigador, uma tarefade distanciamento muitas vezes difícil de conciliarmas muito bem conseguida pelo autor.

Ousamos dizer que é um livro onde passa (quase)toda a sociedade louletana e a sua história desde hácinco séculos; um livro cheio de alma, poesia eemoção, aliado ao rigor académico; um livro que nostoca, que nos emociona, que nos faz por vezes sorrir,com as pequenas histórias que o autor tão bem sabecontar e que, também, nos pertence. Somosconvidados a deambular pela construção da ermida,pela fundação do culto a Nossa Senhora da Piedade,pela origem da imagem, pelas influências do culto,pela relação que os poderes foram tendo com a MãeSoberana ao longo do tempo, pela estreita relaçãodos louletanos com a sua Mãe Soberana,relembrando, também, figuras típicas como oManuel da Baracinha ou a Maria das Bananas.Descobrimos a origem dos Homens do Andor que,num estudo interessantíssimo, nos explica a suaorigem e mudança a partir de 1760 (sobre o porquêda data terão que ler o livro); durante a leitura desteestudo relembrou-se os versos de Cervantes, quepodiam ter sido escritos para os nossos Homens doAndor, que aqui lhes dedico: “Sonhar o sonhoimpossível,/ Sofrer a angústia implacável,/ Pisar ondeos bravos não ousam,/ Reparar o mal irreparável,/(…)/ Tentar quando as forças se esvaem,/ Alcançar aestrela inatingível:/ Essa é a minha busca”. Outraverdadeira delícia é o Dicionário Maesoberaneiro quereúne 55 palavras ou expressões sobre estamanifestação de fé; destas, destaco três: “De palhetaa palheta”; “Entregar a Roupa” ou “Pataludo”; asrestantes ficam para uma vossa leitura.

Um livro que não se lê, mas que se vai lendo erelendo! Um livro que fortalece a identidadelouletana; um livro que nos desvenda um historiadorlouletano e um cronista atento que “põe quanto é nomínimo que faz”.

Viva a Mãe Soberana! .

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Seis meses depois, aquilo que parecia improvávelpara muitos vai consolidando-se na sociedadeportuguesa e demonstrando que, mesmo em

política, os impossíveis são apenas figuras de retóricadestinadas a testar a nossa determinação e reconfiguraros limites das ideologias e das relações interpessoais…

Apesar de ter ficado longe da vitória eleitoral, AntónioCosta apostou na queda do governo eleito nas urnas empleno Parlamento, acreditou numa união das esquerdasrepresentativas da vontade maioritária dos eleitores eassegurou o seu apoio, logrando fazer algo que os nossosvizinhos espanhóis demonstraram agora ser uma tarefahercúlea só concretizável pelos melhores.

O atual primeiro-ministro português tem esse mérito,Pedro Sanchez teve a oportunidade de lograr algosemelhante mas deixou-se enredar na questão catalã ehipotecou o seu futuro político e o do PSOE. Passados seismeses, Espanha vai voltar às urnas ainda neste mêsjunho…

Entretanto, Aníbal Cavaco Silva foi substituído porMarcelo Rebelo de Sousa em Belém e, ao contráriodaquilo que muitos previam, a relação entre o Governo ea Presidência da República desanuviou-se como que danoite para o dia.

Com sucessivos apelos ao diálogo, essencial no atualcontexto parlamentar como ficou provado com a soluçãogovernativa encontrada, Marcelo ganhou um papelcentral na atividade política e sabe que terá uma palavra adizer numa crise qualquer que possa surgir. Contudo, nãopoderá continuar com este ritmo frenético de declaraçõese posições públicas sem correr riscos e fragilizar aautoridade do cargo. Nas duas últimas semanas, já tevemomentos menos felizes e a peregrinação a Berlim sóajudou António Costa o que, como diria alguém, já não énada mau!

Seis meses passados, aqueles que receavam ainstabilidade da solução governativa apoiada pelosdeputados do Partido Socialista, Bloco de Esquerda,Partido Comunista Português e Partido Ecologista OsVerdes no Parlamento já entenderam que não têmmotivos para a recear e, para mal de Pedro Passos Coelho,é o próprio Presidente da República que dá o seu aval àsolução política encontrada para gerir os destinos do País.

Neste curto período de tempo, a maior parte dele semum Orçamento de Estado alinhado com os objetivos da

nova maioria, foi possível cumprir alguns doscompromissos assumidos com os portuguesesnomeadamente o aumento do salário mínimo nacional, adiminuição das taxas moderadoras na saúde, a reversãodos cortes nas pensões e da taxa extraordinária sobre oIRS, a reposição dos feriados civis e religiosos(favorecendo as pontes que combatem a sazonalidade daatividade turística), o aumento dos beneficiários da taxasocial de energia, a adoção por casais do mesmo sexo e oalargamento da procriação medicamente assistida, oacordo com a TAP para a manutenção de cinquenta porcento de capital pública, a redução do IVA na restauraçãoou a reabertura dos tribunais (por exemplo, Monchique eVila Real de Santo António no Algarve) encerrados peloanterior Governo.

Depois do lançamento do SIMPLEX MAIS e dapromulgação do diploma que acelera a contratação demédicos para o Serviço Nacional de Saúde, vamos ter nodia 1 de julho a reposição das 35 horas na função públicae a redução do IVA na restauração e, a concluir até aseleições autárquicas do próximo ano, um processo dedescentralização visando a aproximação das decisões daAdministração Pública das populações que delasbeneficiam.

Ainda não será a desejada implementação daregionalização administrativa constitucionalmenteprevista desde 1976, mas é um passo fundamental paravalidar politicamente os órgãos de gestão das Comissõesde Coordenação e Desenvolvimento Regional, sendo umsinal importantíssimo do Estado no sentido de respeitar oprincípio da subsidiariedade e transferir atribuições ecompetências para uma administração regional até agorainexistente no território continental. Este é um tempo deconfiança e, cada vez mais, de esperança num futuromelhor! .

NOTA – Poderá consultar os artigos anteriores sobreestas e outras matérias no meu blogue(www.terradosol.blogspot.com) ou na páginawww.facebook.com/josegraca1966

(Membro do Secretariado Regional do PS-Algarve e daAssembleia Intermunicipal do Algarve)

Os primeiros seis meses… da década!José Graça

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Os comunistas ainda comem criancinhasMirian Tavares

Confesso que só li O Capital em bandadesenhada e num folheto de cordel. Mas lio 18 Brumário de Luís Bonaparte e muitos

dos exegetas do Marx. Durante a minhaformação, como jornalista fui inclinando-mesempre à esquerda e devorei, com muito gosto, aobra dos teóricos da Escola de Frankfurt.

Essa conversa sobre Marx e os marxistas vem apropósito de uma sensação estranha que me temassolado nos últimos tempos: sinto que aspessoas, muitas delas, enlouqueceram. Ou, emalternativa, que são extremamente mal formadase que nunca leram sequer a orelha de um livromarxista, que dirá O Capital, mesmo em bandadesenhada.

Um conhecido jornalista e pretenso romancista(ou vice-versa, confesso que dá igual), disse háuns dias que o fascismo tinha origem nomarxismo. E apresenta lá um rol de argumentosque se comprovam porque, segundo o próprio,estão nos livros que ele mesmo escreveu. Masele não é o único a tresler, ou a ignorar, o que defacto disse Marx. Ou o que significa ocomunismo. Porque tanto ele quanto umconjunto alargado de pessoas continuam avender a ideia, e a comprar, que os comunistascomem criancinhas ao pequeno-almoço.

Se há, da parte dos governosdemocraticamente eleitos e instituídos, qualquergesto que lembre, minimamente, amanutenção/preservação do Estado Social, agrita se levanta: comunistas! É, no mínimo, umtrabalho que deve ser feito pelos sociólogos deplantão, ou pelos semioticistas: perceber o

porquê da persistência da imagem deturpada docomunismo na sociedade contemporânea pós-queda do muro e afins.

E não estou aqui a defender o comunismo emsi mesmo, que de facto nunca passou de teoria.O que o mundo viveu, e vive ainda, são ditadurasque usaram os preceitos marxistas como bemlhes apeteceu. Se calhar nem eles leram Marx. Oque critico é a persistência, na atualidade, dadefesa da propriedade privada, e de tudo queseja privado, do hedonismo de uma sociedadeque se fecha sobre si mesma, de maneira“sélfica”, autorretratando-se a cada instantecomo se a imagem fosse uma forma de marcarterritório. O que denota uma qualidade, nosentido daquilo que caracteriza algo, dasociedade contemporânea: a ignorância e ojactar-se da mesma.

Não li e não gostei. Ou só leio o que escrevo.Ou só escrevo porque não gosto do que li. Sãoafirmações de um mesmo calibre. Do calibredaqueles que atiram antes de pensar. Ou quesequer pensam porque que é que, ainda hoje, ocomunismo, ou as ideias marxistas, assustamtanto. Ou por que é que o Estado Social não podeser uma mais-valia, distribuindo de formaequilibrada, os bens essenciais à toda apopulação. Mas são perguntas que ficarão semresposta, pois os que afirmam que o fascismotem origem em Marx leem o mundo como veem-se a si mesmos. Nada existe mais além dos seuspróprios umbigos .

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Cabelo na comidaAugusto Lima

Estou ligeiramente cansado de ouvir falarsobre este tema e de ouvir explicaçõesmuito pouco assertivas sobre o mesmo.

Nem por acaso, há dias, um cliente, barbudo ebigodudo, enviou de volta á cozinha, um dosmeus “miminhos”, por este conter um cabelo.Verifiquei, e de facto continha um, curto, negro,grosso, mesmo parecido com qualquer um dosque ostentavam a cara do cliente.

Caríssimos! – um cabelo na comida, (em cimadesta, não no seu interior (por exemplo, umaomeleta, um rissol, ou outra confeção), pode terorigem no próprio cliente ou vizinho da mesmamesa ou de outra ao lado, ter viajado pelo ar(portas/janelas), ter caído da roupa (sua ou deoutro), ter sido transportado por si ou por outrocliente, ter vindo de um dos empregados de salaou mesmo, claro, de um dos colaboradores dacozinha, no momento de empratar.

O que contesto e não admito é que se venhalogo dizer: é da cozinha!

Sugiro que, em caso de se verificar estasituação, que pense e haja de acordo com oseguinte:

– Retire o cabelo e continue comendo;– Não cause alvoroço e constrangimento a si

ou ao estabelecimento (lembre-se o cabelopode ser seu (ou de algum dos seus, ouqualquer outra situação descrita acima);

– Não seja “melhor que ninguém”;– Se achar por bem, notifique o empregado,

peça um outro prato/iguaria (o Restaurante nãose irá negar a tal);

– Guarde e leve para análise clínica de ADN otal cabelo;

Mas prepare-se: pode ser seu ou do seucompanheiro/amigo/familiar e depois terá quese auto punir com uma multa que proponho,reverta a favor de uma qualquer Associação debeneficência.

Chiça! .

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A Fundação Pedro Ruivo está a assinalar os 20 anos de atividade e um dospontos altos do programa de comemorações foi, sem dúvida, o concerto deTito Paris no Teatro das Figuras, no dia 28 de maio. Antes disso, estivemos àconversa com Maria de Jesus Bispo, presidente da Direção praticamentedesde o nascimento desta entidade, que falou do trabalho realizado em prolda cultura ao longo de duas décadas, das dificuldades sentidas nos últimosanos, dos projetos em mãos e do futuro de uma fundação que continua adesempenhar um papel importante na região algarvia.

Texto: | Fotografia:

FundaçãoPedro Ruivodedicada à culturahá duas décadas

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A Fundação Pedro Ruivonasceu da força e querer deum homem, Pedro Ruivo,que toda a sua vida apoioue seguiu de perto a carreira

da esposa, Maria Campina, pianista degrande projeção internacional. O casalsempre se mostrou empenhado nadivulgação da cultura e esta instituiçãosem fins lucrativos surgiu precisamentepara identificar, promover e criaratividades artísticas e educacionais,divulgar e debater ideias, acima de tudo,impulsionar o desenvolvimento social ecultural de toda a região algarvia.

Antes disso, em 1972, Maria Campinaviu concretizado o +sonho de abrir umaescola de música, a primeira no Algarve,num espaço cedido pelo Teatro Lethesaté 1992, ano em que foi construído oConservatório Regional do Algarve MariaCampina. Quanto a Pedro Ruivo,consciente da falta de uma formaçãoartística de rigor na região, e sabendo daexistência de jovens dotados, mas comcarências económicas, deixouestabelecido em testamento a vontadede criar uma Fundação com o seu nomee na qual depositou meios financeirospara a sua execução. Assim, em meadosde 1994, foi criada uma comissão pró-Fundação da responsabilidade daDireção do Conservatório e, com a ajudade amigos, surge finalmente a FundaçãoPedro Ruivo. Com o espólio legado porPedro Ruivo foi ainda criado um museuem memória de Maria Campina, com ointuito de recordar a vida e obra de tãoimportante pessoa no panoramaartístico do Algarve.

Duas décadas depois, encontramo-nos à conversa com Maria de JesusBispo, presidente da Direção desde aentrada em atividade da FundaçãoPedro Ruivo, também ela conscienteda falta de espetáculos culturais dequalidade no Algarve naquela época,aliás, o auditório da entidade erapraticamente o único existente naregião. “Começamos a fazer óperas,uma verdadeira inovação para opúblico algarvio, que olhou para nóscom ar desconfiado. É um produtoalgo elitista, mas as pessoas,felizmente, aderiram. Fizemostambém bons concertos comorquestras internacionais eapresentamos ballets, entre outrasnovidades”, recorda Maria de JesusBispo, sem esquecer, claro, oConcurso Internacional de PianoMaria Campina, cujo objetivoprimordial era promover os alunosque tiravam o curso de piano noConservatório Regional do Algarve.“Além disso, fizemos investigação doCancioneiro Popular, temos um livropublicado, e material para lançaroutro, mas as condições económicasnão são as mais favoráveis eatravessamos uma fase algocomplicada”, reconhece a dirigente.

Dificuldades que advêm da crise quese instalou no país, é verdade, mastambém da enorme oferta culturalque foi surgindo no passado recente ecom a qual a Fundação Pedro Ruivonão consegue competir,nomeadamente os eventosdinamizados pelas câmaras

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municipais. “As autarquias têm os seusteatros e auditórios municipais com umaprogramação própria e nós somos umafundação sem grandes meios financeiros.Eu tento aplicar os meus conhecimentosde empresária para fazer bolos sem ovos– conseguimos trazer cá o Tito Paris, nodia 28 de maio – mas não é fácil”,desabafa Maria de Jesus Bispo,lembrando mais uma inovação destaentidade, um festival de música africanaque se realizava no Largo da Sé, em Faro.“E alguns fadistas que, hoje, têm umagrande carreira, como é o caso daMariza, passaram primeiro pelo nossoauditório”, acrescenta a entrevistada.

Ninguém duvida, por isso, que aFundação Pedro Ruivo desempenhou umpapel importante na sociedade algarviaao abrir-lhe os horizontes para outras

formas de expressão artística, numaaltura em que a região já estava focadano turismo mas que, em termosculturais, ainda denotava grandeslacunas. “Partimos muita pedra atéque o nosso público começasse aapreciar algumas das coisas quetrazíamos e tivemos vitórias quemuito nos animaram, com casascheias com o ballet e a ópera. Aindarecentemente tivemos a Ópera dePequim, em colaboração com oObservatório da China, que é bastanteinteressante e demonstra a culturados chineses através da dança.Inauguramos também há poucotempo uma exposição de gravuras eesteve cá o Embaixador da China”,conta, revelando, assim, mais umafaceta da Fundação Pedro Ruivo.

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Inovar para sobreviverDepois de ter atravessado um período

bastante áureo, a Fundação Pedro Ruivotem sofrido as consequências da criseeconómica que se instalou em Portugalnesta década e que conduziu ao corte demuitos apoios estatais à cultura. Aspróprias autarquias, em dificuldadesfinanceiras, reduziram nos subsídios queatribuíam às associações e, conformereferido, começaram igualmente aapostar forte nos seus próprios

equipamentos culturais. Apesardisso, a Fundação não baixou osbraços, alterou a sua forma detrabalhar e continua a apresentarespetáculos, embora asmegaproduções de outrostempos pertençam,precisamente, a outros tempos.“Tornou-se incomportável trazercompanhias e orquestrasestrangeiras, porque é precisodar-lhes também alojamento ealimentação, às vezes a mais de100 pessoas para um simplesespetáculo. Enveredamos poroutros caminhos, mas acompetição do Teatro Municipalde Faro faz-se sentir bastante,por ter umas belíssimasinstalações e por ter umprograma mais diversificado erico. Com o Estado ninguémconsegue competir”, lamentaMaria de Jesus Bispo.

Muitas adversidades, a que sesomam duas décadas deempenho e dedicação, dai que se

note um certo cansaço no semblanteda presidente da Direção da FundaçãoPedro Ruivo. “Como se sabe, nasassociações, há duas ou três pessoasque efetivamente trabalham nosprojetos, as outras dão a cara, mastêm as suas vidas pessoais eparticulares”, aponta, reconhecendoque os artistas até são compreensivosem determinadas ocasiões e flexíveisno que toca aos cachets que cobram.“Há muitos bons artistas portuguesesque participam em festivais na região,a valores inferiores ao normal, por

Tito Paris esgotou o Teatro das Figuras no dia 28 de maio

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uma questão de promoção. Essesfestivais são organizados pelasautarquias e isso traz também os seusbenefícios políticos, são mais eleitoresque, se calhar, vão conquistar. Mas nãosou contra isso, todos os partidosfuncionam da mesma forma, é algo queestá quase que institucionalizado”,admite, com um sorriso.

Os espetáculos são diferentes, mas opúblico, a «clientela» da Fundação PedroRuivo, continua a ser bastante exigente, oque obriga a manter a aposta naqualidade e em novos produtos. “É o casodos espetáculos direcionados para ascrianças, nos quais temos tido umsucesso assinalável com eles, mas já sesabe que as pessoas andam sempre a vero que o colega está a fazer, para depoisfazerem o mesmo. É a lei daconcorrência, não é nenhuma novidadepara mim. Os espetáculos infantis eramuma lacuna em Faro, os pais apreciam

que se façam coisas deste género,peças divertidas, mas com caráterpedagógico também”, descreve Mariade Jesus Bispo, salientando ainda oêxito da aposta no teatro de revista.“Sei que não é um produtoextremamente cultural, mas a casaestá cheia e as pessoas divertem-se.Temos que agradar a todos ospúblicos, seja o muito intelectual atéao mais popular”, justifica.

Neste cenário, Maria de Jesus Bispogarante que não se pode pensar em terlucro com a Cultura, o melhor que sepode almejar é ter pouco ou nenhumprejuízo, mas a tarefa não é fácil e avontade de desistir, por vezes, égrande. “Já não tenho força anímicapara continuar muito tempo e queroarranjar uma pessoa que mesubstitua. São 20 anos a dar da minhapessoa a esta causa, e ainda tenhooutra associação na qual me envolvo

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bastante, a Sociedade Portuguesa deEsclerose Múltipla, onde estou há cercade 15 anos. Tudo isto desgasta e eu nãoestou agarrada ao cargo, antes pelocontrário”, desabafa a entrevistada,ainda esperançada em encontrar alguémque assuma o leme da Fundação PedroRuivo. “Só que as pessoas que aindatrabalham, dificilmente vão abdicar doseu tempo pessoal para liderar umaentidade, já não se encontram carolascomo antigamente. Outras pessoas têmuma certa vontade, mas assumem oreceio de não conseguir fazer o mesmoque tem sido feito até à data. Mas, maisdia, menos dia, tenho que passar otestemunho e seria uma pena se estetrabalho não tivesse continuidade”,afirma.

Um trabalho que, na hora da verdade,não está ao alcance de qualquer

associação ou mesmo autarquia, pelosaber acumulado pela FundaçãoPedro Ruivo na organização deeventos como o ConcursoInternacional de Piano MariaCampina, entre outros. “Quandocomeçamos, as pessoas estavammuito fechadas em casa, não iam verum espetáculo de dança ou umconcerto de piano. Com a nossainsistência, e de outras entidades,foi-se modificando a mentalidadedos algarvios e agora estão sempre aperguntar o que vai acontecer nospróximos tempos. Ainda há muitopara fazer, mas não tem nada a vercom o que se assistia há 15 ou 20anos. E, por muito que se tente dizerque a Fundação não existe, ela estácá, sempre vai estar e há produtosem que não temos concorrência”,garante .

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Como parte das comemorações dos 200 anos da morte do Benemérito Bispodo Algarve D. Francisco Gomes de Avelar, o Grupo Coral Ossónoba realizou trêsconcertos, em Faro, Tavira e Boliqueime, com a «Cantata Mundi», composiçãoelaborada a partir do conteúdo musical de Rodrigo Leão e com arranjos eorquestração de Ana Margarida Encarnação e Rui Baeta. O Algarve Informativoassistiu à atuação do dia 28 de maio e ficou deslumbrado com a qualidade doscoralistas que esgotaram por completo a Igreja Matriz de Boliqueime.

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Grupo Coral Ossónobadeslumbrou na Cantata Mundi

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A «Cantata Mundi»resultou de umaencomenda da Diocesede Santarém, com basenuma produção de

Bonifácio Rodrigues, para a inauguraçãodo Museu Diocesano daquela cidade,no âmbito da Rota das Catedrais, e tevea sua estreia a 12 de setembro de 2014.Na sua base está a música doconceituado compositor Rodrigo Leão.A partir dela, Rui Baeta construiu eidealizou um projeto complexo e, com acompositora Ana MargaridaEncarnação, foi desenhada uma obra de50 minutos em que se celebra o sagradoa partir da condição humana.

Uma particularidade da «CantataMundi» é privilegiar um instrumentoque só é possível encontrar em igrejas,

o órgão de tubos, daí ter sidoapresentada, no Algarve, na SéCatedral de Faro, na Igreja deSantiago de Tavira e na Igreja Matrizde Boliqueime. É, igualmente, umaobra complexa pelo número deelementos que envolve, neste casoconcreto um barítono solista (RuiBaeta), um Coro Misto (CoralOssónoba), um Coro Infanto-Juvenil(Pequenos Cantores d’Ossónoba eOssónoba-Coro Juvenil), um organista(André Ferreira), uma percussionista(Neusa Felicidade) e um quinteto decordas (Jan Pipal, Alicia Arias, GinaMalina, Vasile Stanescu e JeanChristian Houde), tudo sob aorientação do Maestro NunoSequeira Rodrigues.

Ora, foi para conhecer melhor um

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dos elementos destecocktail de talentos, oGrupo Coral Ossónoba,que fomos até Faroconversar com opresidente de DireçãoAntónio Dias e que noscontou que tudocomeçou, em 1980, porvontade de um grupo deamigos que já cantava eque tinha saído do coro doConservatório Regional deMúsica do Algarve. Sob adireção do Padre JoséPedro Martins iniciou-seum percurso que incluiu aformação de outrosgrupos – PequenosCantores (6 aos 13 anos),Ossónoba Coro Juvenil (13aos 20/21 anos) e Coro deCâmara (este último jáextinto) – quemovimentam, a par doCoral Ossónoba (+ de 16anos), 130 pessoas.“Alguns elementos estãoconnosco há quase 20anos, já se formaram e constituíramfamília, outros, entram a meiocaminho, numa fase posterior da vida,porque isto funciona um pouco comoum antisstress. Reunimo-nos duas outrês vezes por semana, principalmenteà noite, para cantar e esquecemosaquilo que aconteceu durante o dia. Osproblemas ficam do lado de fora, isto éuma vitamina”, garante o presidente dedireção há mais de três décadas.

Apesar de não serem transmitidos

conhecimentos formais sobre ocanto, até porque o Grupo CoralOssónoba está sedeada nasinstalações do ConservatórioRegional de Música do Algarve, osmais novos vão evoluindo ao longodos tempos e dali têm saído cantoresprofissionais - aliás, disso sãoexemplo Rui Baeta e Ana MargaridaEncarnação. No entanto, muitoembora o Coro Juvenil englobe 27elementos, António Dias reconheceque não é fácil cativar as novas

Rui Baeta

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gerações para este estilo musical, ondeainda predomina o sexo feminino. “Osmoços que aparecem normalmente sãoos namorados de algumas das nossascoralistas, no início é mais uma formade estarem juntos. Depois, há muitosjovens que vêm assistir aos ensaios eficam perplexos com o que encontram,não tem nada a ver com os típicoscoros de igreja. Neste momento, temosum Coro Juvenil que nos representoubastante bem numa digressão porItália no ano transato, digamos queestá de boa saúde”, assume.

Verifica-se, assim, que o programa dostrês coros é bastante diversificado,desde peças sacras até músicas quepassam frequentemente nas rádios eque foram adaptadas para esteformato. Tudo isto executado por uminstrumento muito único, a voz, e que

exige cuidados específicos. “Antes decomeçarmos a cantar, fazemossempre um aquecimento de cerca demeia hora, para que as cordas vocaisnão se venham a ressentir. Tudo semolda, mas o essencial é ter bomouvido, conseguir reproduzir umdeterminado som que nos éproposto. Depois, é ter um grandequerer”, adianta António Dias,continuando com as suas explicaçõessobre a essência de um coro destetipo. “A base é constituída pelasvozes agudas femininas (sopranos),vozes graves femininas (contraltos),vozes agudas masculinas (tenores) evozes graves masculinas (baixos),para além dos intermédios(barítonos). Quanto ao repertório,temos a felicidade do nosso atualmaestro, o Nuno SequeiraRodrigues, ser também compositor e

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tem feito arranjos de muita músicaligeira e contemporânea para o corointerpretar. Em 2014, participamos nos50 anos do Festival RTP da Canção como nosso espetáculo «O Sonho daMúsica», 10 temas que não eramtipicamente para coro”, salienta.

Não é de espantar, por isso, que oGrupo Coral Ossónoba se tenhaencaixado como uma luva na «CantataMundi» de Rodrigo Leão, com osarranjos de Rui Baeta e Ana MargaridaEncarnação para diversas vozes. Tal nãosignifica que virem costas aos clássicos,nada disso, garante António Dias. “Emjulho, vamos fazer um concerto na Séde Faro com a Missa da Coroação deMozart, temos programas para todosos ambientes, ao ar livre ou no interior.O programa é sempre adaptado aolocal onde vai ser interpretado e aopúblico a que se destina”.

Atuações que podem incluir apenas ocoro, ou ser acompanhadas pororquestra ou piano, o que implica maiorlogística, mais ensaios, como foiexemplo este «Cantata Mundi».“Fizemos cinco ou seis ensaios com aorquestra e o órgão, pois nada podiafalhar. É quase como que uma segundaprofissão, pelo gosto que sentimos acantar e pelos imensos compromissosque temos em agenda. Se as pessoasfaltam aos ensaios, perdem apedalada”, frisa o entrevistado, umaresponsabilidade que é encarada deigual forma por pequenos e graúdos.“Os mais novos têm ensaios às sextas-feiras, das 20h30 às 21h30, quase 22h,e não têm pressa em ir para casa. Há

sempre espaço para brincaremdepois do coro e arranjam aqui umgrupo de amigos que, por vezes, nãotêm na escola”.

Público não falta,felizmente

Entretanto, num grupo que existehá quase quatro décadas, já sepercebeu quais os momentos maisdelicados da vida do coralista, oumais suscetíveis de levarem aoabandono desta atividade. Assim,quando os jovens terminam o ensinosecundário e rumam à universidade,o Grupo Coral Ossónoba perde várioselementos por estes partirem paraoutras cidades. Curiosamente, muitosdeles, depois de regressarem a casaapós concluírem os estudos, voltamtambém ao Coro, neste caso paraoutra formação, porque o bichinhonão desaparece. “Da mesma formahá pessoas que chegam de outrascidades e que desejam entrar para aformação principal, para o CoralOssónoba, onde estão atualmente65 elementos e temos lista deespera”, indica António Dias.

De volta aos cuidados a ter com avoz, o presidente da Direção alertapara o perigo das bebidas frescas,sobretudo quando se aproxima umaatuação. Também não se deve cantarde estômago muito cheio, por issoperturbar todo o trabalho que énecessário realizar ao nível dodiafragma e da respiração. E otabaco, claro, também prejudica a

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respiração. “Se queremos singrar navida, se queremos realmente atingirqualidades que não são fáceis dealcançar, são precisos, de facto, algunscuidados”, reforça.

E profissionais têm saído,efetivamente, do Grupo Coral Ossónoba,Rui Baeta, Ana Margarida Encarnação,Beatriz Miranda, Ticha Modesto, unsseguiram a música clássica, outrostiraram um curso superior tradicional eabraçaram a música como segundaatividade, como um hobby apaixonantee encarado com enorme seriedade.“Sempre passaram por cá grandesalunos e os miúdos sabem que, paraestarem aqui, precisam ter boas notasna escola. Houve uma rapariga que,num segundo período, tirou novenegativas. Os elementos da direção e oscolegas falaram com ela, motivaram-napara estudar, e passou o ano semnenhuma negativa”, recorda AntónioDias.

Outra questão pertinente é como estáPortugal em termos de público paraespetáculos de Coros e o entrevistadorapidamente diz que o Grupo CoralOssónoba não tem razões de queixanessa matéria. “Os espetáculos emFaro, Tavira e Boliqueime estavam arebentar pelas costuras. Quandoatuamos no Teatro das Figuras,também enchemos. Porém, nosprimeiros anos, chegamos a fazerconcertos por esse Algarve fora comduas pessoas e um cão a assistirem. Opúblico cria-se e educa-se e, hoje, ondevamos, normalmente temos casacheia”, assegura, sorridente. Saúde

financeira é, todavia, outra história,contrapõe o dirigente. “Vivemos umasituação estável e essencialmentedaquilo que produzimos porque, apartir de 2009, os subsídiosacabaram por completo e sentimosisso numa fase inicial. Nesse sentido,começamos a realizar um espetáculoanual no Teatro das Figuras que nosdá uma almofada para aguentarmoso resto do ano. A qualidade foiaumentando bastante e vendemosespetáculos para sobreviver, uns compatrocinadores, mas nada desubsídios”.

E despesas há muitas, engane-sequem pensa que, por não haverinstrumentos num coro, que se gastamenos dinheiro. “Em 2005, o nossoorçamento foi uma coisa assombrosana ordem dos 300 mil euros. Agora,para se arranjar 30 mil euros, é umacomplicação tremenda. As senhorasestrearam uma farda que custouuma dezena e meia de milhares deeuros, mas comparticipamos todosna medida dos possíveis, mesmo nasdeslocações ao estrangeiro”, explicaAntónio Dias. “É feito um orçamento,a associação mete uma parte, o restoé suportado pelos coralistas. O anopassado fomos a Ceuta e o CoroJuvenil foi 10 dias para Itália,encaixado num Programa Erasmus +.Este ano, os Pequenos Cantores vãopara Jerez de la Frontera, emoutubro”.

Sobre a «Cantata Mundi», o projetofoi proposto por Rui Baeta e AnaMargarida Encarnação ao Grupo Coral

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Ossónoba em janeiro do corrente ano e,depois dos maestros examinarem a obrae darem o seu «OK», foi meter a máquinaem andamento. “Começamos com osensaios em força porque as datas deapresentação já estavam definidas etínhamos quatro meses para preparartudo”, lembra, ao mesmo tempo querevela que o projeto não deve ficar porestes três concertos realizados noAlgarve. “O objetivo sempre foi fazer aRota das Catedrais e estamos emnegociações para seguir por esse paísacima, mas é uma obra bastantedispendiosa. São cento e tal pessoas, éuma megaprodução que envolve unsmilhares de euros. Felizmente, tivemosalguns patrocinadores, outrosespetáculos conseguimos vender.Tivemos o apoio do Cabido da Sé deFaro, da Direção Regional da Cultura doAlgarve, das autarquias de Faro, Tavira e

Loulé e da União das Freguesias deFaro. Para além destes, o apoio dasparóquias onde atuamos, porque osestrados que é necessário montarimpedem até a celebração de algumasmissas”, destaca António Dias.

Avizinha-se, assim, uma agendarecheada para o Grupo CoralOssónoba, que participa, já nos dias 24e 25 de junho, nos Dias do Solstício, emFaro. “Levamos tudo bastante a sério,porque somos uma entidade deUtilidade Pública e o nosso Plano deAtividades e Orçamento sãosubmetidos à Presidência do Conselhode Ministros. Em janeiro, já sabemos oessencial da nossa programação etemos que honrar os nossoscompromissos com qualidade”,finaliza .

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O Dia Mundial do Ambiente celebra-seanualmente no dia 5 de junho com oobjetivo de alertar as populações e os

governos de todo o mundo para a necessidadede preservar o meio ambiente e salvar o planeta.À semelhança de anos anteriores, o Município deAlbufeira associou-se às comemorações atravésda realização de um programa, que esteano decorreu no dia 3 de junho, a partirdas 10h, no Auditório Municipal deAlbufeira.

A iniciativa animou centenas de criançasdos jardins de Infância, escolas do 1.º cicloe utentes dos centros de dia do Concelhoe foi realizada em parceria com a empresaEcoambiente, no âmbito das atividades deeducação ambiental dinamizadas peloMunicípio ao longo do ano. O programaarrancou com a apresentação da peça«Vamos Proteger o Oceano Arrefecendo aTerra». O Planeta Terra, o Urso Polar Koda

e a Mãe Natureza são as personagens destahistória que chamou a atenção para o impactodas alterações climáticas nos Oceanos,nomeadamente na alteração das CorrentesOceânicas e na Fauna Marítima.

Implementada pela «Fun Science, CiênciaDivertida®», a peça é baseada num conceitoinovador e pioneiro na Europa e em Portugalna área do ensino experimental, que consisteno desenvolvimento de programas educativose de entretenimento que abordam as áreasdo conhecimento científico, social eambiental, de forma diferente, informal edivertida. Seguiu-se uma Mostra de AtividadesAmbientais, onde estiveram patentes ostrabalhos realizados pelos alunos do 7.º A, daEscola Básica 2,3 Professora DiamantinaNegrão intitulado «Energias Renováveis» epor um grupo de utentes da Casa de RepousoSra. da Guia, este último sob o mote «A NossaPraia Limpa» .

ALBUFEIRA COMEMOROU DIAMUNDIAL DO AMBIENTE COM PEÇADE TEATRO E MOSTRA DE ATIVIDADES

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Dia 23 de maio foi um dia muito especialpara uma turma de crianças do 1.º anoda Escola Básica n.º 1 de Fontainhas, que

teve o privilégio de assistir à cerimónia deinauguração da Estação da Biodiversidade daRibeira de Quarteira (EBIO), na freguesia dePaderne, ao que seguiu uma visita guiada aolongo de um percurso pedestre de rara beleza eextrema importância a nível da diversidadeambiental.

O programa começou junto ao Açude doCastelo com os habituais discursos e explicaçõestécnicas acerca do projeto. Desta vez o públicoera maioritariamente infantil e apesar deirrequietas, como é normal nesta idade, as

crianças estavam extremamente atentas edispostas a responder às perguntas dirigidospelos adultos. Por isso, durante a suaintervenção o presidente da CâmaraMunicipal de Albufeira interpelouconstantemente os mais pequeninos,utilizando um discurso essencialmentepedagógico.

Carlos Silva e Sousa chamou a atenção paraa beleza paisagística do local, bem como parao património cultural que o rodeia,nomeadamente o Castelo de Paderne e oAçude, que qualificou como “uma riquezapatrimonial e ambiental, que a partir deagora todos podemos desfrutar, de forma

ESPÉCIE RARA DE BORBOLETAENCONTRADA NA RIBEIRA DEQUARTEIRA

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responsável, em passeioscom a família e os amigos,não esquecendo que éfundamental saberpreservar e valorizar”.Destacou, igualmente, aenorme diversidade da florae da fauna, bem como aexcelente conservação daribeira, que contribuírampara a classificação do localna Rede Natura 2000. Oautarca frisou que a aberturada EBIO de Quarteirapretende, para além dafruição do espaço por partede todas as pessoas,assinalar o Dia Internacionalda Biodiversidade, que secomemora anualmente a 22de maio.

Ana Vidigal, vereadoracom o pelouro do Ambiente,foi quem anunciou adescoberta da borboletaTagis, visivelmenteorgulhosa e feliz, não sópela descoberta em si, mastambém pelo facto de aespécie ter sido escolhidapelo Centro de Conservaçãodas Borboletas de Portugal (Tagis) parasímbolo da instituição. A EBIO da Ribeira deQuarteira é uma das cinco estações a nívelregional, num total de 26 de norte a sul doPaís, disse. A vereadora sublinhou ainda aimportância desta inauguração simbólicacontar com a presença de uma turma dealunos da EB 1 de Fontainhas, uma vez que aolongo do ano letivo a Divisão de Ambiente,Higiene Urbana e Espaços Verdes doMunicípio, desenvolve um trabalho deinformação e sensibilização com as escolas doconcelho no âmbito da temática «Percurso deInterpretação Ambiental – Sítio de Quarteira».

Ana Vidigal exortou as crianças a convidarempais, familiares e amigos a visitarem a EBIO da

Ribeira de Quarteira, não esquecendo quedurante o passeio devem «RIPAR» abiodiversidade: registar através defotografia, identificar as espécies e depoispartilhar através da plataformawww.biodiversity4all.org. A iniciativa contouigualmente com as presenças do vereadorRogério Neto, do presidente da Junta deFreguesia de Albufeira e Olhos de Água,Hélder Sousa, de Eva Monteiro da Tagis, deRenata Santos do Museu de História Naturale da Ciência e técnicos da Câmara Municipalde Albufeira .

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É inaugurada, no dia 5 de junho - Dia Mundialda Natureza - a nova escola de treino canino«Iron Dog», localizada em Quarteira. A

escola possui um campo equipado para a práticade várias modalidades desportivas e aulas deobediência para cães. O espaço de treino insere-se numa zona calma de campo mas próxima domar e dispõe ainda de uma grande piscina - dezmetros por cinco - para a prática de natação.

Uma vez que o início das aulas vai avançardurante o verão, nas horas de mais calor quandoo treino no campo é difícil, existe agora umaalternativa no Algarve onde donos e cães podemsimultaneamente disfrutar de um espaçorefrescante. A piscina dispõe de chuveiro e todaa área é vedada. O campo de treino é fresco eacolhedor, com sombras naturaisproporcionadas por centenárias oliveiras,alfarrobeiras e figueiras.

João Paulino, 38 anos, é o treinador e mentordeste novo projeto. Há mais de uma década quetrabalha profissionalmente na área da cinofilia eé conhecido a nível nacional por ser uma

presença ativa em vários campeonatos dediversas modalidades, quer como binómio,quer como homem-assistente onde testa ascapacidades de diversos cães em prova. Aescola vai prestar serviços nas áreas desocialização de cachorros, cursos deobediência básica e formação de donos,aulas de socialização em grupo para cãesadultos, resolução de problemascomportamentais, formação e cães ebinómios para segurança e regime deinternato.

Um dos grandes objetivos de João Paulinoé criar uma equipa para competir a nívelnacional e internacional. “De acordo com as

habilidades e competências de cada cão -com ou sem raça definida – é possíveldefinir-se qual a modalidade em que melhorse enquadra e treiná-lo por objetivos, deforma a atingir os resultados pretendidos.Vamos procurar fazer concretizar treinosobjetivos, dinâmicos e divertidos tanto parao dono como para o cão”, explica.

A escola de treino canino «Iron Dog» éfiliada e reconhecida pelo Clube Português deCanicultura e sob a sua égide irá organizarprovas integradas nos campeonatos nacionaisdas modalidades de RCI e Mondioring, entreoutros. “Todos os cães, de todas as raças eidades são bem-vindos e têm capacidadepara aprender”, garante Paulino. A natação éaconselhável enquanto atividade fundamentalpara uma boa condição física do cão, masnem todos os animais gostam ou sabemnadar. Assim, para que o cachorro não sintamedo de se aventurar na água, é necessárioensiná-lo. E na «Iron Dog» pode começar porhabituá-lo à piscina, incentivando-o a entrarna água espontaneamente .

ALGARVE GANHA NOVA ESCOLADE TREINO CANINO

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No âmbito da sua política cultural, aCâmara Municipal de Loulé celebrou, nodia 30 de maio, os contratos-programa

com as associações culturais e recreativas doConcelho, através dos quais atribuiu uma verbade cerca de 174 mil euros como forma de apoiaras atividades desenvolvidas por estascoletividades. A distribuição desta verba pelasassociações obedeceu a critérios definidos noregulamento instituído pelo Município em 2015.

Durante a cerimónia de assinatura doscontratos-programa da área da Cultura, opresidente da Autarquia, Vítor Aleixo, referiu que“para o executivo, investir na Cultura e nasassociações que lhe dão vida é essencial para aestratégia de desenvolvimento do território ede promoção de uma cidadania maisparticipada”. Assim, irão beneficiar deste apoio aSociedade Filarmónica Artistas de Minerva,Associação Cultural de Salir, Associação Amigos

do Alentejo, Associação dos Amigos daCortelha, Associação de Amizades dos PALOPSno Algarve, Associação Amigos do RanchoFolclórico e Etnográfico de S. Sebastião,Associação Artística Satori, Grupo de Amigosde Loulé, Associação Social e Cultural da Tôr,Centro Social e Cultural Parragilense,Fundação Manuel Viegas Guerreiro,Associação Geonauta, Associação «OSBarões», Associação Cultural e Recreativa dasBarrosas, Associação Juvenil Akredita em ti,Casa da Cultura de Loulé e Ao Luar Teatro.

Refira-se que o investimento do Municípiode Loulé na cultura vai muito além desteapoio direto. O apoio logístico, a cedência deespaços ou a colaboração nos eventospromovidos por estas associações são outrosdos apoios realizados pela Câmara Municipalde Loulé .

LOULÉ APOIA ASSOCIAÇÕESCULTURAIS COM 174 MIL EUROS

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A Secretária de Estado Adjunta e daAdministração Interna, Isabel Oneto,esteve em Loulé, no dia 2 de junho, para

fazer um ponto de situação das intervençõesrealizadas e as que estão previstas no âmbito doprotocolo celebrado em 2014 entre a Autarquia ea Guarda Nacional Republicana/Ministério daAdministração Interna. Depois de ter sido recebidanos Paços do Concelho, onde participou numareunião de trabalho com o executivo louletano,dirigentes da Autarquia, elemento da GNR a nívelnacional, do Comando Territorial do Algarve e doDestacamento de Loulé, esta responsávelgovernamental visitou todos os postos doConcelho e os locais onde irão nascer os novosequipamentos.

Na cidade de Loulé, já estão concluídas desde omês de fevereiro as obras de arranjo erequalificação das cavalariças e secçãoadministrativa do Destacamento Territorial, numinvestimento realizado pelo Município que orçouos 40 mil euros. Na vila de Salir, Isabel Onetovisitou as antigas instalações dos Bombeiros, umespaço que nunca entrou em funcionamento e

que se encontra há largos anos semqualquer utilização. É aqui que iránascer o Posto da GNR de Salir, obraque irá arrancar na próxima terça-feira. O investimento da CâmaraMunicipal de Loulé ronda os 150 mileuros e o prazo de execução destenovo espaço que irá acolher estaforça de segurança é de 180 dias.

Já na zona litoral, a Secretária deEstado esteve na freguesia deQuarteira onde visitou as instalaçõesda GNR de Vilamoura e o futuroespaço do SubdestacamentoTerritorial que ficará alojado noantigo Quartel de Bombeiros,localizado junto ao Calçadão. O

edifício será alvo de trabalhos de reconversão,ampliação e convertido num espaço com todasas condições para os militares que trabalhamnesta cidade cuja população triplica nos mesesde verão. O projeto de arquitetura e deespecialidades está concluído, prevendo-se queo concurso para a obra aconteça na segundaquinzena de julho. O investimento municipalneste equipamento ascende a 750 mil euros.

Finalmente, aquela que será no conjunto deintervenções que visam melhorar o dispositivoda GNR no Concelho de Loulé, dando maiscondições aos militares mas também aoscidadãos que acorrem a estes serviços, dizrespeito à construção de raiz de um Posto daGNR na vila de Almancil. Neste caso oinvestimento de 1,5 milhões de euros é daresponsabilidade do Ministério daAdministração Interna mas foi a Autarquia quecedeu o terreno onde será construída estainfraestrutura. O projeto está finalizadoestando agora em fase de preparação aabertura de concurso público para a execuçãoda empreitada .

SECRETÁRIA DE ESTADO VISITOU POSTOSDA GNR DO CONCELHO DE LOULÉ

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O secretário de Estado das Pescasdeslocou-se a Olhão esta terça-feira, dia31 de maio, para presidir às cerimónias

comemorativas do 18.º Dia do Pescador. Naocasião, entre outras novidades e desafioslançados aos profissionais do setor, JoséApolinário anunciou que estão em preparaçãopelo governo medidas que visam simplificar oprocesso de licenciamento e instalação deexplorações de aquicultura. “Temos emavançado estado de elaboração um projeto dediploma que visa acelerar os processos delicenciamento de exploração e de instalação da

atividade da aquicultura, que em Portugaldemoram, em termos médios, entre dois etrês anos. É importante simplificar, criarprocedimentos que permitam simplificar oprocesso de licenciamento da aquicultura.Esta medida faz parte do Simplex 2016 e éuma das medidas sobre as quais temosestado a trabalhar de uma forma intensa, emconjunto com o Ministério do Ambiente”,anunciou em Olhão o governante.

Conhecedor da realidade local, JoséApolinário reconheceu que “a evolução do

SECRETÁRIO DE ESTADO DAS PESCASANUNCIOU EM OLHÃO SIMPLEX 2016PARA O SETOR DA AQUICULTURA

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direito marítimo internacional e dos própriosrecursos levou a uma mudança na atividade dapesca e Olhão é exemplo disso”. “As restriçõesde acesso a águas soberanas de outros paísesfez com que em Olhão se tivesse que olhar maispara perto, para os recursos existentes na RiaFormosa”. Na opinião do secretário de Estado, osetor das pescas do concelho tem sabido reagir aestas mudanças, criando alternativas que passampor criação de projetos locais, dando comoexemplo o projeto Cabaz FrescoMar, umainiciativa da Associação de Armadores de Pescada Fuseta. José Apolinário aproveitou a presençados muitos pescadores, viveiristas e aquicultoresno Salão Nobre da Câmara Municipal para osincitar a aproveitarem ao máximo as verbas doPrograma Comunitário Mar2020: “Há até 2020cerca de 50 milhões de euros para investir nosetor. Lanço aqui o desafio para que hajacapacidade de apresentar candidaturas paraque possa ser retirado o máximo proveitodestes fundos comunitários que são colocados àdisposição de Portugal”.

O presidente da Câmara Municipal AntónioMiguel Pina, recebeu com agrado os anúnciosfeitos pelo secretário de Estado das Pescas,alguns deles resposta a anseios antigos daautarquia. Na sessão de abertura dascomemorações do Dia do Pescador, o edilcomeçou por se referir à data como uma das quemais significado tem para as gentes de Olhão. “Ahistória da cidade de Olhão está intimamenterelacionada, com as atividades da pesca,

comércio e indústria,atividades tradicionais queainda hoje estão patentesna cidade e, tendo a cidadede Olhão, Capital da RiaFormosa, um território quesustenta as atividades domarisqueiro, da pesca, daaquacultura e do turismobalnear, o Dia do Pescadornão poderia deixar de terum significado muitoespecial”, sublinhouAntónio Miguel Pina,demonstrando “apreço por

esta classe trabalhadora tão esforçada comosão os pescadores e aquicultores”.

Referindo-se às especificidades do setor, oautarca reiterou o apoio da autarquia apescadores, viveiristas mariscadores e todosaqueles que, direta ou indiretamente, vivamdo mar, “não só por ser um setor queapresenta um elevado interesse económico,mas principalmente pelo seu enormeimpacto social”. “Não podemos ignorar onúmero de famílias do concelho que sãoafetadas por esta questão. Quero deixarclaro que o município de Olhão estarásempre na defesa dos interesses dosprofissionais do setor das pescas”.

O Dia do Pescador foi também aproveitadopela Autoridade Marítima Nacionalapresentar o projeto «Cidadania Marítima».“Um projeto iniciado há cerca de três meses,que já chegou a mais de 300 crianças nesteperíodo, mas que pretendemos também hojedivulgar junto da comunidade piscatória,para que estas pessoas que vivem emcomunhão tão íntima com o mar nos possamajudar a passar a palavra. Trata-se de umprojeto cujos objetivos passam pelasensibilização da população para umconjunto de regras de segurança de pessoase bens, que passa por mostrar que o domíniopúblico marítimo pertence a todos nós, etodos nós temos responsabilidade na sua

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defesa”, referiu o comandante do Porto e daPolícia Marítima de Olhão, Nunes Ferreira.

Como habitualmente, as comemorações doDia Nacional do Pescador em Olhão tiveramcomo ponto alto e mais simbólico a cerimóniade entrega de distinções aos profissionais dosetor que mais se distinguiram no último ano:arrasto, cerco, polivalente local e costeira,armação, aquacultura (moluscicultura),mariscador apeado, mulher na pesca e naaquacultura, pescador mais novo, maquinistamarítimo, pescador em progressão, indústriaconserveira e o Prémio Mérito na Pesca, amaior distinção do dia. O programa decomemorações do Dia do Pescador contemplouainda a inauguração da exposição «Mãos doMar de Olhão», uma seleção de fotografias devárias épocas que fazem parte do espólio doMuseu Municipal de Olhão e que retratam odia-a-dia dos ofícios ligados ao mar. A mostra

fica patente na Praça da Restauração atéfinal de junho.

Também no Museu Municipal de Olhão,um local com uma carga simbólica muitoforte, uma vez que foi naquele edifício queem tempos funcionou o CompromissoMarítimo, foi lançada a revista Embarco –Revista de Estudos Marítimos do Algarve,uma publicação do município, com o apoiodo Grupo de Ação Costeira do SotaventoAlgarve. “Trata-se do primeiro número deuma revista que retrata um pouco do que éa história das pescas, desde a época romanaà atualidade, feita por especialistas, mascom uma linguagem dirigida ao público emgeral”, adiantou Hugo Oliveira, coordenadosdo museu. O dia terminou com umadegustação de pescado das lotas nacionais(cavala e carapau), iniciativa realizada com aDocapesca .

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O Município de Portimãoserá representado nasMarchas Populares de

Lisboa 2016 com a participação daMarcha Popular de Portimão, queterá como tema «A Sardinha»,sendo composta por 24 pares demarchantes de algumascoletividades do concelho,nomeadamente, o Sporting Glóriaou Morte Portimonense, aSociedade Recreativa Figueirense, oCentro de Instrução e RecreioMexilhoeirense e a Marcha da vilade Alvor. Para além dosmarchantes, a Marcha será aindacomposta por quatro aguadeiros e um cavalinhode 12 elementos, o que perfaz 64 participantes.

A Marcha de Portimão junta-se à festa nestapartilha de experiências, costumes e tradições,tendo como tema a sardinha, com o intuito derecuperar as tradições ligadas ao mar, onde afaina e as descargas do peixe à beira do RioArade são o refrão, o traje, a coreografia e osarcos desta marcha. Nos adereços destaparticipação foi tido em conta a reciclagem dealguns materiais, nomeadamente garrafões deplástico para a composição das escamas nassaias das marchantes, tudo isto para diminuir osencargos inerentes à mesma.

A participação da Marcha Popular de Portimão,fruto de muitas vontades e esforços conjuntos éum fator de potencialização de afluxo turísticoao concelho, pela relevância da sua visibilidade anível nacional e internacional, uma vez que asMarchas de Lisboa serão transmitidas em direto,

quer para todo o País, quer para oestrangeiro, através da RTP Internacional,podendo fidelizar e atrair novos visitantes etornar-se um forte impulsionador daeconomia local. Junho é sinónimo de SantosPopulares em todo o país e é o mês de todosos arraiais, da sardinha assada e demanjericos, mas também de bailaricos pelanoite dentro como manda a tradição.

Em Portimão, as comemorações dos SantosPopulares tem início na sexta-feira, dia 10 dejunho com os tradicionais desfiles dasMarchas nas ruas das freguesias e que esteano retornam à Praia da Rocha e contam nãosó com a participação de quatro coletividadesdo município, mas também com a presençade marchas convidadas dos concelhosvizinhos. O centro da cidade, nomeadamentea zona histórica ganha nova vida, recuperandoalgumas tradições desta época até dia 29 dejunho .

MARCHA DE PORTIMÃO CONVIDADAA DESFILAR NAS MARCHAS POPULARESDE LISBOA

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A Câmara de Vila Real de Santo Antónioassinou um memorando de entendimentocom os hoteleiros e agentes imobiliários

com vista à criação do Conselho EstratégicoMunicipal Turístico. Esta nova estrutura tem comometas o desenvolvimento sustentável de VRSA emtermos de qualidade, competitividade ediferenciação turística e decorre da implementaçãoda taxa turística municipal, cuja aplicação prevê acriação de um fundo para a gestão das receitasobtidas.

Com este acordo, os agentes do setor reconhecemque a taxa turística em Vila Real de Santo Antóniopermitirá a dinamização de um turismo dequalidade e reforçará a promoção do destino,aumentando a sua atratividade. “A receita da taxavai ser reinvestida no setor através de criação deum fundo que permita a animação e a promoçãoturística, bem como a realização de alguns eventos,que deverão ser autossustentáveis. Este conselhoirá precisamente permitir que o município decida,em conjunto com os hoteleiros, onde reinvestiresse dinheiro”, precisou Luís Gomes.

De forma a salvaguardar os compromissos jáassumidos entre as unidades turísticas e os

operadores, a taxa só será cobrada a partir dodia 1 de janeiro de 2017. Ao mesmo tempo, ovalor da Taxa Turística (1 euro) a aplicar emunidades hoteleiras e de alojamento local seráreduzido em 50 por cento (ficando em 0,50cêntimos) para os hóspedes maiores de 60anos, no período de época baixa, entre 30 deoutubro e 31 de março, de forma a nãoprejudicar as unidades durante o Inverno.

O memorando reconhece ainda que oelevado número de visitantes tem importânciaclara na criação de postos de trabalho e deriqueza, mas tem implicado uma sobrecargados equipamentos municipais, pelo que aaplicação da taxa permitirá criar um fundopara a sua manutenção. Em paralelo, os

hoteleiros chegaram a acordo com a autarquiade VRSA para dar seguimento à instalação deestacionamento tarifado em Monte Gordo, avalores comportáveis, a fim de se assegurar arotatividade de lugares e impedir o problema doparqueamento desregrado nos meses de verão.A medida destina-se ainda a melhorar acirculação pedonal e as acessibilidades à vila eserá aplicada nas ruas de Monte Gordo commaior procura, entre 1 de junho e 15 desetembro.

Entretanto, a autarquia de Vila Real de SantoAntónio vai criar, em Monte Gordo, uma bolsa deestacionamento reservada aos trabalhadores docomércio, hotelaria e serviços. O acesso aoparque terá o custo de 5 euros/mês e destina-sea facilitar a mobilidade e o estacionamento,durante a época de Verão, a todos os que vivemda atividade turística. Esta bolsa encontrar-se-áem funcionamento entre os dias 1 de junho e 15de setembro. Ao mesmo tempo, abre ao público,no dia 1 de junho, uma bolsa de estacionamentogratuita e de acesso universal na zona Poente deMonte Gordo, com capacidade para 250viaturas.

VRSA CONSTITUI CONSELHOESTRATÉGICO PARA GERIRTURISMO NO MUNICÍPIO

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VRSA LANÇOU NOVA MARCATURÍSTICA PARA PROMOVER PRAIASE INAUGUROU POSTOS TURÍSTICOS

A autarquia de Vila Real de Santo Antónioacaba de lançar a marca turística «Praiasde Cacela». O novo conceito visual

engloba as zonas balneares de Manta Rota, Lota eFábrica e pretende a promoção integrada destaspraias, mantendo, contudo, a identidade de cadaum dos areais. “A medida assinala o 10.ºaniversário da requalificação da frente de mar daManta Rota e Fábrica, obra que deu origem àmaior operação de sempre no litoral do concelhoe na qual foram investidos mais de sete milhõesde euros”, referiu Luís Gomes, presidente daautarquia de VRSA.

A intervenção agora levada a cabo uma décadadepois contempla a instalação de novosequipamentos na praia da Manta Rota e Lota, aimplementação do novo layout em todos os locaispúblicos, a sinalização integral do passadiço daManta Rota (o maior do Sotavento), bem como acriação de novos espaços públicos como umparque de lazer. O projeto integra ainda a pinturae adaptação dos apoios de praia e do mercadomunicipal de Manta Rota à nova marca, assim

como a renovação dos equipamentos depraia acessível.

Na praia da Fábrica, cuja requalificaçãoteve a assinatura do arquiteto SidónioPardal, as ações passam pela colocação desinalética de apoio ao visitante e pelapromoção do destino - já consideradocomo uma das melhores praias do mundopela revista Travel - ao longo da EN 125.“Hoje, a Manta Rota é um dos destinosmais importantes do Algarve. É por issofundamental recordar as mudanças quefizemos nos últimos 10 anos, em queevoluímos de uma praia semestacionamentos para uma das áreasbalneares mais qualificadas e procuradas

em toda a região. A marca hoje apresentadadá precisamente continuidade ao objetivo demanter a excelência desta faixa do litoral”,nota Luís Gomes. O conceito visual da marcaPraias de Cacela pretende a afirmação destaszonas balneares como um local familiar eintergeracional onde a qualidade turística eambiental são os valores-chave para os seusvisitantes habituais. Por essa razão, o conceitofoi rematado pela assinatura intemporal«Vemo-nos aqui».

A todas estas operações soma-se a aberturado posto municipal de informação turística daManta Rota, resultado de uma parceria com aRegião de Turismo de Algarve. A estrutura deapoio ao visitante situa-se no Centro de Artes eOfícios, na Praça Central, junto ao acesso aoareal. Em paralelo, Vila Real de Santo Antóniorecebe igualmente, a partir do dia 1 de junho,um posto de informação turística no CentroHistórico da Cidade. Situado no Centro CulturalAntónio Aleixo, junto à Praça Marquês dePombal, o equipamento destina-se a promovera marca «VRSA a Céu Aberto» .

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A candidatura à listaindicativa de Portugalao Património Mundial

dos «Lugares de Globalização»recebeu a aceitação daComissão Nacional da UNESCO.Apresentada no final de 2015, acandidatura integra assim alista indicativa dos 22 bensdivulgada, no dia 30 de maio,pela Comissão Nacional e reúneagora todas as condiçõesnecessárias para a candidaturaa Património Mundial.

Uma revisão dos lugaresincluídos circunscreveu acandidatura aos concelhos deVila do Bispo, Lagos, Aljezur, Monchique e Silves.O Arquipélago da Madeira e o Arquipélago dosAçores, assim como Cabo Verde, Ceuta,Mauritânia e Marrocos, seriam outros dosterritórios a integrar a candidatura numaverdadeira rede universal de conhecimento e dedescoberta. A Região de Turismo e a DireçãoRegional de Cultura contaram com o apoio deuma rede de parceiros que se mobilizou emtorno da candidatura e que tornou possível esteresultado, incluindo a Universidade do Algarve, aDireção Regional de Cultura dos Açores e aDireção Regional de Cultura da Madeira e osmunicípios algarvios envolvidos (Vila do Bispo,Lagos, Aljezur, Monchique, Portimão, Silves,Tavira e Castro Marim).

O Algarve teve entre Lagos e Sagres «o caisprimeiro» das viagens de descobrimento,conhecendo desde este território os primeirosgrandes contactos transnacionais com a

realidade africana e a abertura a um «novoMundo». Até ao século XV estabeleceu-se apartir daqui um mosaico de culturas, umasociedade dinâmica de complementaridadecultural, linguística, religiosa, técnica,comercial e política. Valores, ideias e práticasprovindas das ligações com outros povosforam geradoras de soluções adequadas aosmúltiplos problemas com que as sociedadesafricanas se confrontaram no multissecularpercurso da sua história. O trabalho agorainiciado continuará a carecer do apoio detodos para chegar ao resultado desejado deinscrição na lista do Património Mundial daUNESCO, sendo de destacar o apoio científicoà candidatura do Professor Doutor RuiLoureiro e a atenção especial do ProfessorDoutor Guilherme D’Oliveira Martins e daDoutora Lídia Jorge, padrinhos desteempreendimento .

«LUGARES DE GLOBALIZAÇÃO»INSCRITOS NA LISTA INDICATIVADE PORTUGAL

ATUALIDADE

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DESPORTO

A Praça da República recebeu, no dia 29 demaio, a cerimónia de encerramento daedição de 2016 da Baja de Loulé-

Alcoutim-Almôdovar, consagrando osvencedores que aceleraram pelos trilhos da Serrado Caldeirão, na prova elegível para oscampeonatos nacionais de TT.

Desde muito cedo se percebeu que MiguelBarbosa, navegado por Miguel Ramalho noMitsubishi Racing Lancer vinha para vencer.Sendo a segunda viatura em pista, fez uma provaao ataque e, à passagem pelo primeiro controlo,já liderava a prova. Mantendo um ritmo elevadofoi gradualmente aumentando a sua vantagem,para somar a quinta vitória na prova algarvia.

O seu mais direto adversário, João Ramos, naToyota Hilux acompanhado por Vítor Jesus,

entrou ao ataque com uma vitória no Prólogo,mas não conseguiu acompanhar o ritmo doadversário. Estes dois participantes foramprejudicados no final do 1.º setor seletivo,quando apanharam um concorrente atrasadoem pista que impediu a marcha normal. A fimde garantir o rigor desportivo, a organizaçãooptou por atribuir um tempo de referência(do 3.º participante em pista) e repor acompetitividade para o 2.º Setor.

Aproveitando da melhor forma algunspercalços de João Ramos, a dupla Nuno Matose Filipe Serra, que estiveram próximos dasviaturas da frente, levaram o Opel Mokka à 2ªposição final, relegando o piloto da Toyotapara o último lugar do pódio. De referir a boaprova de Pedro Ferreira/Valter Cardoso, como Amarok a suplantar os problemas de

MIGUEL BARBOSA REGRESSOUÀS VITÓRIAS EM LOULÉ

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juventude que o assolaram no início docampeonato. César Sequeira e Tânia Sequeira(Isuzu) venceram entre os T2 e AdelinoOliveira/Ezequiel Fragoso (Mitsubishi)venceram entre os T8. Na competiçãoreservada à Taça FPAK, só se fez o primeirosetor seletivo, sendo os melhores PedroValério/Luís Bento (Nissan).

Nas motos, Sebastian Buhler venceu pelaprimeira vez uma prova do CNTT aoscomandos de uma Yamaha da classe TT1,depois de uma luta acesa com GustavoGaudêncio até ao final do primeiro setorseletivo, com o piloto ribatejano da Honda asofrer alguns problemas e a perder osegundo posto no final para António Pereira(Yamaha), o melhor dos TT2, mas aindaassim a conseguir ser o melhor nos TT3. Ovencedor entre os veteranos foi SandroCarolino (KTM), na Promoção o melhor foiTiago Santos (Suzuki) e Flávia Rolo (KTM)venceu entre as senhoras. A prova ficatambém marcada pela queda de AntónioMaio no prólogo, que provocou lesões queimpediram o campeão nacional de continuarno evento.

Nos quads, Beto Borrego (Yamaha) voltou a impor a leido mais rápido, com o piloto alentejano a manter ainvencibilidade na temporada de 2016. Seguiram-se nopódio Arnaldo Martins (Suzuki) e Fábio Ferreira(Yamaha). Nota ainda para o 4.º lugar do piloto deMonchique, José Nunes (Suzuki).

Na cada vez mais popular categoria dos UTV/Buggies,o vencedor foi o líder do campeonato, João Dias(Polaris), navegado por João Miranda, seguido deRicardo Carvalho (Yamaha) e Pedro Santinho Mendes(Polaris). De referir que o primeiro líder foi o espanholRoberto Viñaras que venceu o prólogo, e abria a pistamas desistiu após o primeiro controle de passagem.

A Baja de Loulé 2016 foi uma organização do ClubeAutomóvel do Algarve sob a égide da FederaçãoPortuguesa de Automobilismo e Karting e da Federaçãode Motociclismo de Portugal, contando com o apoio dosmunicípios de Loulé, Alcoutim e Almodôvar, Solverde –Casinos do Algarve, Hydraplan e Acrimolde .Fotos: Sérgio Palma-FotoConcepts e A2Comunicação

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ECONOMIA

Integrado no conceito de Lifestyle VilamouraGolf, o empreendimento L’Orangerie ocupauma área de 70 mil metros quadrados, com

uma baixa densidade de construção, compostopor 93 unidades, entre villas, moradias eapartamentos, tendo sido concebido com oobjetivo de maximizar o potencial que o espaçoenvolvente oferece. Rodeado por dois dosmelhores campos de golfe de Portugal, Victoria eMillenium, este projeto oferece uma construçãocom padrões de elevada qualidade eexclusividade, beneficiando da ligação naturalexistente entre o interior e o exterior dashabitações, obedecendo a um design queconjuga simplicidade e sofisticação, que reflete oque de melhor se faz na arquiteturacontemporânea, com um firme compromissocom a envolvente natural.

A construção do L’Orangerie II, extensão dafase I do projeto, tem lugar num terreno de 21mil e 569 metros quadrados e tem uma área de

construção de 5.800 metrosquadrados. A Fase II do projeto inclui32 unidades, todas elas viradas aoscampos de golfe: seis villas T3 compiscina privada, 18 moradias T2 comjardim privativo e pátios interiores eoito apartamentos, de T1 a T3, comvista de mar e sobre os campos degolfe envolventes, tendo a suacomercialização arrancado no dia 3de junho. “Dar início à construção ecomercialização da fase II deL’Orangerie mostra claramente onosso compromisso de transformarVilamoura no destino de eleição daEuropa, quer pela excelentequalidade de vida que proporciona,quer pela sua localizaçãoestratégica, a sua oferta

diversificada e o clima extraordinário. Oarranque deste projeto vai impulsionartambém o investimento direto estrangeiroem Portugal, já que se trata de uminvestimento seguro que responde àsaspirações de públicos muito heterogéneos,num mercado que tem vindo a registar umcrescimento sustentado”, considerou oPresidente de Vilamoura World, Paul Taylor.

O executivo salientou ainda que o projetoL’Orangerie está englobado num investimentototal de mil milhões de euros, que representaum dos maiores empreendimentosimobiliários em Portugal, proporcionando umimpulso à economia nacional e da regiãoalgarvia em particular. “Vilamoura aspira,assim, contribuir para o relançamento daeconomia e para atrair a atenção globalsobre Portugal enquanto referência nomercado de investimento imobiliário no Sulda Europa” .

L’ORANGERIE II ARRANCOUEM VILAMOURA

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