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ANAC E CNMP: DEMANDAS E ORIENTAÇÕES SOBRE AVIAÇÃO CIVIL 1 a Edição - Agosto/2016

ANAC E CNMP - cnmp.mp.br · Sumário Introdução 6 Principais Órgãos do Sistema de Aviação Civil Brasileiro 7 ANAC 7 INFRAERO 7 DECEA 8 CENIPA 8 Apresentação da ANAC 9

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  • ANAC E CNMP:DEMANDAS E ORIENTAES SOBRE AVIAO CIVIL

    1a Edio - Agosto/2016

  • Conselheiros Rodrigo Janot Monteiro de Barros Presidente

    Cludio Henrique Portela do Rego Corregedor Nacional

    Antnio Pereira DuarteMarcelo Ferra de CarvalhoEsdras Dantas de SouzaWalter de Agra JniorLeonardo Henrique de Cavalcante CarvalhoFbio George Cruz da NbregaGustavo do Vale RochaOtavio Brito LopesFbio Bastos SticaOrlando Rochadel MoreiraSrgio Ricardo de SouzaValter Shuenquener de Arajo

    Grupo de Trabalho CoordenadorCludio Henrique Portela do Rego

    Corregedor Nacional do Ministrio Pblico

    Equipe TcnicaAlexandre Sales de Paula e Souza

    Promotor de Justia do Ministrio Pblico do Distrito Federal e Territrios

    Ana Carolina Alves Arajo Roman Procuradora da Repblica na Procuradoria da Repblica no Distrito Federal

    Daniel de Resende Salgado Procurador da Repblica em exerccio na

    Procuradoria-Geral da Repblica

    Diretoria

    Jos Ricardo Pataro Botelho de Queiroz Diretor-Presidente

    Juliano Alcntara Noman Diretor

    Hlio Paes de Barros Jnior Diretor

    Ricardo Fenelon Junior Diretor

    Ricardo Srgio Maia Bezerra Diretor

    Grupo de Trabalho

    CoordenadoresFabio Faizi Rahnemay Rabbani

    Superintendente de Infraestrutura Aeroporturia

    Ricardo Bisinotto Catanant Superintendente de Acompanhamento de Servios Areos

    Equipe Tcnica:Trik Pereira de SouzaWerllen Lauton AndradeFernando Barbelli FeitosaTony Roberto de CarvalhoErica Silvestri DuttweilerCristian Vieira dos ReisRoberto Jos Silveira HonoratoLuciana Ferreira da Silva Pedro Henrique Leite Paludo Alberto Jaime Ambram Ailton Jos de Oliveira Jnior

  • SumrioIntroduo 6Principais rgos do Sistema de Aviao Civil Brasileiro 7

    ANAC 7INFRAERO 7DECEA 8CENIPA 8

    Apresentao da ANAC 9Legislao 9Competncias 9Atribuies 9Normatizao 9Certificao e Outorga 10Fiscalizao 10Autorizaes e Concesses 10Agenda Regulatria 11Profissionais da Aviao Civil 11

    Estrutura da Anac 12Infraestrutura Aeroporturia 13

    Autorizao Prvia de Construo e Cadastro de Aerdromos 13Marco Legal 13O que aerdromo? 13Como so classificados os aerdromos? 13Qual a diferena entre aerdromos pblicos e privados? 13Qual a diferena entre aerdromo e aeroporto? 14O que heliponto? 15Qual a diferena entre heliponto e heliporto? 15Quais os requisitos necessrios para abertura de um aerdromo ao trfego areo? 15Qual o procedimento de autorizao prvia de construo de aerdromo e de cadastro de aerdromo? 16Qual a diferena entre registro e homologao de aerdromo? 16Onde encontrar informaes sobre aerdromos pblicos e privados cadastrados? 17Onde obter mais informaes sobre os processos de autorizao prvia de construo e de cadastro de aerdromo? 21

    Rudo Aeronutico no Entorno de Aerdromos 22Marco Legal 22O que Plano de Zoneamento de Rudo (PZR)? 22Quando se exige PBZR ou PEZR? 24A quem compete fazer a Compatibilizao do uso do solo? 24

    Gerenciamento do Risco de Fauna 25Marco Legal 25O Risco de Fauna e a Aviao Civil 25O que so Identificao do Perigo da Fauna (IPF) e Programa de Gerenciamento do Risco da Fauna (PGRF)? 25O que rea de Segurana Aeroporturia? 26De quem a competncia para impor restries especiais na ASA? 26A ANAC concede autorizao para instalao de aterros sanitrios ou outras atividades com potencial atrativo de fauna dentro da ASA? 27Qual o Papel do Municpio no controle do risco da fauna? 27Qual o Papel do CENIPA no controle do risco da fauna? 27

  • Inspeo de Bagagem Despachada 28Marco Legal 28Em que consiste a Segurana da Aviao Civil Contra Atos de Interferncia Ilcita (AVSEC)? 28Quais so os outros rgos e entidades envolvidos na garantia da Segurana da Aviao Civil Contra Atos de Interferncia Ilcita? 29Qual a finalidade do procedimento de inspeo de bagagem? 29Qual o percentual de inspeo em bagagens despachadas em voos internacionais e domsticos? 30

    Fiscalizao da Infraestrutura Aeroporturia 32Marco Legal 32Qual a abrangncia da Fiscalizao da Infraestrutura Aeroporturia? 32Em que consistem as atividades de fiscalizao aeroporturia? 33

    Planos de Zona de Proteo do Aerdromo 34Marco Legal 34O que Plano de Zona de Proteo de Aerdromo? 34De quem a competncia para tratar dePlano de Zona de Proteo de Aerdromo? 35

    Celebrao de Instrumentos de Outorga para Explorao da Infraestrutura Aeroporturia 36

    Marco Legal 36De quem a competncia para explorar a Infraestrutura Aeroporturia? 36

    Glossrio Principais Termos Relacionados Infraestrutura Aeroporturia 38

    Aeronavegabilidade 42Credenciamento 45Registro Aeronutico Brasileiro 46

    Quais as principais funes do Registro Aeronutico Brasileiro (RAB)? 46Como se d o reconhecimento da propriedade e explorao de uma aeronave junto ao RAB? 47Como pesquisar dados sobre proprietrio e operador de aeronaves? 47Como fazer pesquisas estatsticas sobre aeronaves? 48Quais as modalidades de contratos registrados no RAB? 48Quais os tipos de constries judiciais registradas? 48O que Reserva de Marcas? 49

    Aviao Experimental 49Aeronaves Leves Esportivas ALE/LSA 50Projeto iBR2020 51Operao das aeronaves experimentais 51

    Aeronaves no Tripuladas 52Aeromodelismo 53Operaes Experimentais 54Operaes no experimentais 54Existem diferenas entre drones, aeromodelos, VANT e RPA? 55O uso de VANT no autnomo (tambm conhecido como RPA) permitido atualmente? 55VANT militares so ou sero regulados pela ANAC? 55O que um VANT no autnomo (tambm conhecido como RPA) experimental? 55O que o Certificado de Autorizao de Voo Experimental (CAVE)? 56 crime operar VANT no autnomos (tambm conhecidos como RPA) em rea proibida? 56

    Servios Areos 57Principais Competncias da Superintendncia de Acompanhamento de Servios Areos 57

  • Liberdade tarifria e liberdade de oferta 57Marco Legal 58Acompanhamento de Mercado 58

    Infraes Contra a Ordem Econmica 60Marco legal 60

    Relaes de Consumo 60Identificao (Documentos para Embarque) 61

    Marco Legal 61Escopo 62No Escopo 62

    Viagem De Menores 62Marco Legal 63

    Cobrana de Servios Opcionais - Acompanhamento de Menor 63Marco Legal 64

    Informaes Climticas/Meteorolgicas 64Marco Legal 65

    Diminuio de Oferta ou Desabastecimento de Mercados 65Marco Legal 66

    CONTATOS 67

  • ANAC E CNMP: PRINCIPAIS DEMANDAS SOBRE AVIAO CIVIL

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    Introduo A presente publicao foi resultado de Grupo de Trabalho estabelecido entre o Conselho Nacional do Ministrio Pblico CNMP e a Agncia Nacional de Aviao Civil ANAC (Portaria PRESI-CNMP n 26, de 29 de fevereiro de 2016).

    A criao do referido grupo se deu por uma iniciativa de ambos os rgos com o intuito de discutir e elaborar um material informativo com objetivo de proporcionar uma melhor compreenso sobre os principais temas relacionados regulao da aviao civil brasileira.

    A presente cartilha apresenta os resultados desse trabalho e tem por objetivos:

    Informar sobre as responsabilidades dos vrios rgos e entidades que integram o sistema de aviao civil brasileiro;

    Padronizar as respostas da Agncia encaminhadas aos mais diversos rgos do Ministrio Pblico;

    Esclarecer diversas dvidas recorrentes que chegam ANAC no dia a dia sobre assuntos de sua competncia;

    Auxiliar os membros do Ministrio Pblico a obterem informaes para subsidiar a instruo de procedimentos relacionados aviao civil.

    As principais demandas e os questionamentos encaminhados pelo Ministrio Pblico ANAC foram a fonte primria da cartilha, no esgotando, contudo, todos os temas atinentes aviao civil brasileira. Importante ressaltar que se trata de um material em constante atualizao e aprimoramento e que poder ter novas verses.

    Espera-se que as informaes trazidas neste documento cumpram os objetivos acima delineados, e que a presente iniciativa permita consolidar uma parceria duradoura e benfica entre ANAC e Ministrio Pblico, de modo a propiciar a persecuo e defesa do interesse pblico.

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    Principais rgos do Sistema de Aviao Civil Brasileiro

    ANAC A ANAC a Autoridade de Aviao Civil brasileira responsvel pela normatizao e fiscalizao das atividades de aviao civil e de infraestrutura aeronutica e aeroporturia. Instituda em 2005, comeou a atuar em 2006 substituindo o Departamento de Aviao Civil (DAC). uma autarquia federal de regime especial e est vinculada ao Ministrio dos Transportes, Portos e Aviao Civil. As aes da ANAC se enquadram nas atividades de certificao, fiscalizao, normatizao e representao institucional. A Agncia tem como misso Garantir a todos os brasileiros a segurana e a excelncia da aviao civil. A ANAC tem como principais objetivos estabelecer normas que promovam a segurana operacional e um ambiente de mercado competitivo na aviao civil, alm de assegurar o cumprimento dessas regras visando preveno de acidentes e melhoria constante da qualidade dos servios oferecidos por empresas, profissionais do setor e aeroportos. A ANAC aprova aeronaves, empresas, fabricantes, oficinas, aerdromos, escolas e profissionais da aviao civil e fiscaliza o funcionamento de todas essas atividades.

    INFRAERO A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroporturia (Infraero) atua para prover infraestrutura e servios aeroporturios e de navegao area, contribuindo para a integrao nacional e o desenvolvimento sustentvel

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    do pas, de maneira articulada com as polticas pblicas do Governo Federal. Administra ao todo 60 aeroportos, 72 Estaes Prestadoras de Servios de Telecomunicaes e de Trfego Areo e 28 Terminais de Logstica de Carga. A Empresa tambm tem participao, com 49%, nas Sociedades de Propsitos Especficos (SPEs) que administram os terminais de Guarulhos e Viracopos (SP), Braslia (DF), Confins (MG) e Galeo (RJ). a nica empresa pblica brasileira autorizada pela Agncia Nacional de Aviao Civil (Anac) a oferecer treinamentos especializados para profissionais aeroporturios

    DECEA Subordinado ao Ministrio da Defesa e ao Comando da Aeronutica, o Departamento de Controle do Espao Areo (DECEA) o rgo do Comando da Aeronutica responsvel pelo planejamento, gerenciamento e controle do trfego areo brasileiro. Compete ao rgo atividades relacionadas proteo ao voo, ao servio de busca e salvamento e s telecomunicaes do Comando da Aeronutica. Compete ainda ao DECEA, por meio da Portaria n 913/GC3, de 21 de setembro de 2009, prover os meios necessrios para o gerenciamento do espao areo e o servio de navegao area, de modo seguro e eficiente, conforme estabelecido nas normas nacionais e nos acordos e tratados internacionais de que o Brasil faz parte.

    CENIPA O CENIPA (Centro de Investigao e Preveno de Acidentes Aeronuticos) o rgo central do Sistema de Investigao e Preveno de Acidentes Aeronuticos - SIPAER. Possui como atribuies a superviso, o planejamento, o controle e a coordenao de atividades de investigao e preveno de acidentes aeronuticos. Essas aes so realizadas num universo que envolve as trs Foras Armadas (Marinha, Exrcito e Fora Area Brasileira), Agncia Nacional de Aviao Civil (ANAC), Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroporturia (INFRAERO), empresas areas, entre outros representantes.

    Fonte: http://www.anac.gov.br/outros-orgaos/outros-orgaos

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    Apresentao da ANAC A Agncia Nacional de Aviao Civil (ANAC), uma das agncias reguladoras federais do Pas, foi criada para regular e fiscalizar as atividades da aviao civil e a infraestrutura aeronutica e aeroporturia no Brasil. uma autarquia federal de regime especial e est vinculada ao Ministrio dos Transportes, Portos e Avio Civil (MTPAC). As aes da ANAC se enquadram nas atividades de certificao, fiscalizao, normatizao e representao institucional.

    Legislao Criao da ANAC: Lei n. 11.182, de 27 de setembro de 2005 Decreto de instalao: Decreto n. 5.731, de 20 de maro 2006 Regimento Interno da ANAC

    Competncias A Lei de Criao da ANAC (Lei n 11.182/2005) estabelece que cabe Agncia regular e fiscalizar as atividades de aviao civil e da infraestrutura aeronutica e aeroporturia, observadas as orientaes, polticas e diretrizes do Governo federal.

    As principais competncias da ANAC encontram-se descritas na seguinte pgina: http://www.anac.gov.br/A_Anac/institucional

    Atribuies A ANAC atua para promover a segurana da aviao civil e para estimular a concorrncia e a melhoria da prestao dos servios no setor. O trabalho da Agncia consiste em elaborar normas, certificar empresas, oficinas, escolas, profissionais da aviao civil, aerdromos e aeroportos, e fiscalizar as operaes de aeronaves, de empresas areas, de aeroportos, profissionais do setor e aeroportos, com foco na segurana e na qualidade do transporte areo. Leia mais na Lei de Criao da ANAC (Lei n 11.182/2005).

    Normatizao Ao estabelecer as regras para o funcionamento da aviao civil no Brasil, a ANAC revisa, atualiza e edita regulamentos tcnicos e relacionados

    http://Lei n. 11.182, de 27 de setembro de 2005http://Decreto n. 5.731, de 20 de maro 2006http://Regimento Interno da ANAChttp://Lei n 11.182/2005

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    a aspectos econmicos. A instituio dessas normas geralmente precedida de consultas e audincias pblicas, para ouvir a sociedade, e de estudo sobre o potencial impacto da deciso sobre o setor. As normas tcnicas da ANAC consideram os preceitos das instituies e organizaes internacionais de aviao das quais o Brasil signatrio.

    Certificao e Outorga Compreende os processos relacionados a verificao do atendimento a requisitos estabelecidos em atos normativos para que produto, empresa, processo, servio ou pessoa possa prestar servios, executar atividades ou ser operado dentro do Sistema de Aviao Civil. A certificao tem como objetivo atestar o grau de confiana e o atendimento a requisitos estabelecidos em regulamentos internacionais de aviao. A ANAC certifica avies, helicpteros e seus componentes, oficinas de manuteno, empresas areas, escolas e profissionais de aviao do pas. A certificao da ANAC obedece Conveno de Chicago (1944), da qual o Brasil signatrio, e reconhecida por diversos pases com os quais h acordos internacionais.

    Fiscalizao Para fiscalizar o funcionamento da aviao civil no pas e assegurar nveis aceitveis de segurana e de qualidade na prestao dos servios aos passageiros, a ANAC realiza atividades de vigilncia continuada e aes fiscais. Na vigilncia continuada, o acompanhamento sobre o desempenho de produtos, empresas, operaes, processos e servios, e dos profissionais certificados, se d de forma planejada e constante. Nas aes fiscais, o foco da Agncia identificar e prevenir infraes aos regulamentos do setor e, em parceria com outros rgos, a prtica de atos ilegais.

    Autorizaes e Concesses Para atuar, companhias areas, empresas de txi-areo ou de servios especializados, escolas, oficinas, profissionais da aviao civil e operadores de aerdromos e aeroportos precisam ser autorizados pela ANAC. De acordo com a complexidade para o desempenho de cada atividade, a Agncia emite autorizaes, permisses, outorgas e concesses a esses

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    entes regulados. O descumprimento de regras e requisitos pode levar a Agncia a suspender ou a cassar as autorizaes concedidas.

    Agenda Regulatria Com o objetivo de direcionar o desenvolvimento e a atualizao das normas do setor de forma transparente, com participao da sociedade, a Agenda Regulatria contm os temas prioritrios para a atuao da ANAC. A Agenda um planejamento que refora o modelo de transparncia e de participao social. Durante sua vigncia bienal, indica formalmente os temas que demandaro uma atuao prioritria no processo de normatizao da ANAC, considerando os impactos a serem gerados sociedade. A atual Agenda engloba o binio 2015/2016, e no segundo semestre deste ano iniciar-se-o as discusses dos temas que sero trabalhados nos anos de 2017/2018. Toda a sociedade est convidada a contribuir.

    Profissionais da Aviao Civil Diversas categorias de profissionais podem ser necessrias para que o transporte areo acontea. Pilotos, comissrios de bordo, despachantes operacionais de voo, mecnicos de manuteno, agentes de proteo aviao civil e bombeiros de aerdromos so alguns exemplos. Cabe ANAC emitir licenas e certificados de habilitaes tcnicas para que esses profissionais possam atuar na aviao civil.

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    Estrutura da Anac

    Diretor

    Hlio Paes de Barros Jnior

    Diretor

    Juliano Alcntara Noman

    Diretor-Presidente

    Jos Ricardo Pataro Botelho de Queiroz

    Diretor

    Ricardo Fenelon Junior

    Diretor

    Ricardo Srgio Maia Bezerra

    Conselho Consultivo

    Diretoria

    Assessoria deCounicao Social

    (ASCOM)

    Procuradoria(PGFPF)

    Assessoria Tcnica(ASTEC)

    Ouvidoria(OUV)

    Assessoria Parlamentar(ASPAR)

    Assessoria de Julgamento de Autos em Segunda Instncia

    (ASJIN)

    Corregedoria(CRG)

    Auditoria Interna(AUD)

    Assessoria Internacional

    (ASINT)

    Superintendncia de Planejamento

    Institucional(SPI)

    Superintendncia de Gesto de Pessoas

    (SGP)

    Superintendncia de Tecnologia

    da Informao(STI)

    Superintendncia de Administrao e Finanas

    (SAF)

    Superintendncia de Infraestrutura

    Aeroporturia(SIA)

    Superintendncia de Padres

    Operacionais(SPO)

    Superintendncia de Aeronavegabilidade

    (SAR)

    Superintendncia de Ao Fiscal

    (SFI)

    Superintendncia de Acompanhamento de

    Servios Areos(SAS)

    Superintendncia de Regulao Econmica

    de Aeroportos(SRA)

    Assessoria de Articulao com o

    Sistema de Investigao e Preveno de

    Acidentes Aeronuticos(ASIPAER)

    Gabinete(GAB)

    Nova estrutura vigente em 24/08/2016.

  • ANAC E CNMP: PRINCIPAIS DEMANDAS SOBRE AVIAO CIVIL

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    Diretor

    Hlio Paes de Barros Jnior

    Diretor

    Juliano Alcntara Noman

    Diretor-Presidente

    Jos Ricardo Pataro Botelho de Queiroz

    Diretor

    Ricardo Fenelon Junior

    Diretor

    Ricardo Srgio Maia Bezerra

    Conselho Consultivo

    Diretoria

    Assessoria deCounicao Social

    (ASCOM)

    Procuradoria(PGFPF)

    Assessoria Tcnica(ASTEC)

    Ouvidoria(OUV)

    Assessoria Parlamentar(ASPAR)

    Assessoria de Julgamento de Autos em Segunda Instncia

    (ASJIN)

    Corregedoria(CRG)

    Auditoria Interna(AUD)

    Assessoria Internacional

    (ASINT)

    Superintendncia de Planejamento

    Institucional(SPI)

    Superintendncia de Gesto de Pessoas

    (SGP)

    Superintendncia de Tecnologia

    da Informao(STI)

    Superintendncia de Administrao e Finanas

    (SAF)

    Superintendncia de Infraestrutura

    Aeroporturia(SIA)

    Superintendncia de Padres

    Operacionais(SPO)

    Superintendncia de Aeronavegabilidade

    (SAR)

    Superintendncia de Ao Fiscal

    (SFI)

    Superintendncia de Acompanhamento de

    Servios Areos(SAS)

    Superintendncia de Regulao Econmica

    de Aeroportos(SRA)

    Assessoria de Articulao com o

    Sistema de Investigao e Preveno de

    Acidentes Aeronuticos(ASIPAER)

    Gabinete(GAB)

    Infraestrutura Aeroporturia Autorizao Prvia de Construo e Cadastro de Aerdromos Marco Legal Lei n 7.565, de 19 de dezembro de 1986 - Cdigo Brasileiro de Aeronutica (CBA);

    Resoluo n 158, de 13 de julho de 2010 Portaria ANAC n 1227/SIA, de 30 de julho de 2010

    O que aerdromo? A definio de aerdromo est prevista na Lei n 7.565, de 19 de dezembro de 1986, que dispe sobre o Cdigo Brasileiro de Aeronutica (CBA). Conforme Art. 27 do CBA, Aerdromo toda rea destinada a pouso, decolagem e movimentao de aeronaves.

    Como so classificados os aerdromos? O art. 28 do Cdigo Brasileiro de Aeronutica classifica os aerdromos em civis e militares, sendo que os primeiros so destinados ao uso de aeronaves civis e os segundos so destinados a aeronaves militares.

    O 3 do referido dispositivo dispe que Os aerdromos civis podero ser utilizados por aeronaves militares, e os aerdromos militares, por aeronaves civis, obedecidas as prescries estabelecidas pela autoridade aeronutica.

    Cabe ressaltar que os aerdromos civis so classificados em pblicos e privados.

    Saliente-se que, conforme disposies normativas da Lei n 11.182, de 27 de setembro de 2005, lei de criao desta Agncia, a ANAC somente regula aerdromos civis. Aerdromos militares so regulados pelo Comando da Aeronutica COMAER.

    Qual a diferena entre aerdromos pblicos e privados? Segundo art. 29 do CBA, os aerdromos civis so classificados em pblicos e privados. A diferenciao entre um e outro est relacionada ao tipo de uso, e no propriedade ou ao regime jurdico (de direito pblico ou privado) aplicvel ao proprietrio do aerdromo.

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    Nesse sentido, o art. 30, 2 daquele regulamento estabelece que aerdromos privados s podero ser utilizados com permisso de seu proprietrio, vedada a explorao comercial. Aerdromos pblicos, por outro lado, podero ser usados por quaisquer aeronaves, sem distino de propriedade ou nacionalidade, mediante o nus da utilizao, conforme disposto no art. 37 do CBA. Referido dispositivo determina, ainda, que somente ser possvel impor alguma restrio utilizao de um aerdromo pblico por alguma aeronave ou servio areo em razo de algum motivo operacional ou de segurana que o justifique.

    Percebe-se, portanto, que, enquanto o aerdromo privado de uso restrito pelo seu proprietrio, ou por quem este permita, aerdromos pblicos so destinados ao uso da populao em geral.

    Qual a diferena entre aerdromo e aeroporto? Conforme art. 31, I, do CBA, aeroportos consistem em aerdromos pblicos, dotados de instalaes e facilidades para o apoio de operaes de aeronaves e de embarque e desembarque de pessoas e cargas.

    Verifica-se, portanto, que todo aeroporto deve ser, necessariamente, um aerdromo pblico, sendo que o principal elemento que o diferencia de um simples aerdromo reside no fato de possuir instalaes e facilidades. O termo facilidades, por sua vez, definido de forma exemplificativa pelo art. 26, pargrafo nico, do CBA, abaixo transcrito:

    Art. 26. O sistema aeroporturio constitudo pelo conjunto de aerdromos brasileiros, com todas as pistas de pouso, pistas de txi, ptio de estacionamento de aeronave, terminal de carga area, terminal de passageiros e as respectivas facilidades.Pargrafo nico. So facilidades: o balizamento diurno e noturno; a iluminao do ptio; servio contra incndio especializado e o servio de remoo de emergncia mdica; rea de pr-embarque, climatizao, nibus, ponte de embarque, sistema de esteiras para despacho de bagagem,

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    carrinhos para passageiros, pontes de desembarque, sistema de ascenso-descenso de passageiros por escadas rolantes, orientao por circuito fechado de televiso, sistema semiautomtico anunciador de mensagem, sistema de som, sistema informativo de voo, climatizao geral, locais destinados a servios pblicos, locais destinados a apoio comercial, servio mdico, servio de salvamento aqutico especializado e outras, cuja implantao seja autorizada ou determinada pela autoridade aeronutica.

    O que heliponto? Segundo o art. 31, II, do CBA, helipontos so aerdromos destinados exclusivamente a helicpteros. Verifica-se, portanto, que heliponto uma categoria especial de aerdromo, para operao somente de aeronaves com asas rotativas.

    Qual a diferena entre heliponto e heliporto? Conforme art. 31, III, do CBA, heliportos so helipontos pblicos, dotados de instalaes e facilidades para apoio de operaes de helicpteros e de embarque e desembarque de pessoas e cargas.

    Trata-se, portanto, de conceito semelhante ao de aeroporto, com a diferena de ser destinado exclusivamente ao uso de aeronaves com asas rotativas.

    Quais os requisitos necessrios para abertura de um aerdromo ao trfego areo? Conforme o artigo n 34 do Cdigo Brasileiro de Aeronutica, nenhum aerdromo poder ser construdo sem prvia autorizao da autoridade aeronutica. O art. 30 do CBA, por sua vez, determina que nenhum aerdromo civil poder ser utilizado sem estar devidamente cadastrado.

    Diante disso, entende-se que, antes de ser aberto ao trfego areo, o aerdromo deve passar pelos processos de autorizao prvia de construo e de inscrio no cadastro junto ANAC.

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    Qual o procedimento de autorizao prvia de construo de aerdromo e de cadastro de aerdromo? Os procedimentos de autorizao prvia de construo de aerdromo e seu cadastramento junto ANAC so regidos pela Resoluo n 158, de 13 de julho de 2010, e pela Portaria ANAC n 1227/SIA, de 30 de julho de 2010.

    Conforme mencionados regulamentos, o processo de autorizao prvia de construo de um aerdromo possui carter declaratrio por parte do interessado, e a concesso dessa autorizao no supre a exigncia de outras entidades da administrao pblica sobre a observncia dos requisitos de licenciamento ambiental, de uso do solo e de zoneamento urbano, ou da observncia dos condicionantes impostos pelo rgo responsvel pelo controle do espao areo. Nesse sentido o art. 3 da Resoluo n 158/2010.

    A autorizao prvia de construo ato precrio e pode ser revogada em caso de notificao, pelas autoridades competentes, de conflitos com normas municipais, distritais, estaduais e federais, bem como com aqueles referentes aos rgos ambientais. Ademais, o art. 17 da Resoluo n 158/2010 estabelece que a ANAC promover, de ofcio, a excluso dos dados do cadastro quando, no caso de aerdromo privado, forem noticiados conflitos com normas municipais, distritais, estaduais e federais, bem como com aqueles referentes aos rgos ambientais.

    O processo de autorizao prvia de construo de aerdromo etapa prvia ao processo de cadastramento, o qual inicia-se aps notificao do trmino da obra pelo interessado e encaminhamento de requerimento de inscrio no cadastro.

    Ressalte-se que, em se tratando de aerdromo privado, a inscrio no cadastro da ANAC denomina-se registro. O cadastramento de aerdromo pblico, por sua vez, feito por meio de homologao. Nesse sentido o art. 30, 1, do CBA.

    Qual a diferena entre registro e homologao de aerdromo? No processo de registro, aplicvel a aerdromos privados, cabe ao

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    proprietrio garantir a veracidade das caractersticas fsicas do aerdromo declaradas a esta Agncia, bem como a existncia de condies mnimas de segurana. Diferentemente, no caso de aerdromos pblicos, faz-se necessria a homologao da infraestrutura por esta Agncia anteriormente abertura do aerdromo ao trfego areo, o que implica dizer que haver verificao das condies de segurana operacional, tendo-se como parmetro os requisitos mnimos estabelecidos na regulao definida pela ANAC.

    Onde encontrar informaes sobre aerdromos pblicos e privados cadastrados? A ANAC disponibiliza, em seu stio eletrnico, relao atualizada dos aerdromos pblicos e privados devidamente cadastrados perante a Agncia. O acesso referida relao pode ser feito clicando-se no campo Setor Regulado e, aps, em Aerdromos, conforme imagens abaixo:

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    Aps acessar referidos campos, pode-se verificar, na rea Acesso Rpido, a existncia das listas de aerdromos pblicos e privados homologados e registrados pela ANAC.

    Referidas listas so atualizadas diariamente, havendo um lapso de 24 horas entre a publicao do ato no dirio oficial e a atualizao das planilhas.

    As listas em questo esto em formato .xls, e permitem a utilizao de filtros como o cdigo ICAO do aerdromo, o nome do aerdromo, o Municpio e Estado em que est localizado, ou mesmo as coordenadas geogrficas. H tambm informaes sobre algumas caractersticas fsicas do aerdromo bem como link para visualizao do ato de homologao ou registro.

    Entenda melhor o que significa cada um dos campos da Lista de Aerdromos Pblicos:

    Cdigo OACI: Trata-se de cdigo de quatro letras utilizado para designao de um aerdromo, conforme padro definido pela Organizao de Aviao Civil Internacional (OACI). Todo aerdromo, seja pblico ou privado, deve possuir um cdigo OACI respectivo.

    Tipo: consiste na diferenciao entre aerdromos e helipontos.

    Nome: Trata-se do nome que designa o aerdromo nas publicaes aeronuticas. Saliente-se que, comumente, alguns aerdromos so identificados pela populao ou pelas autoridades locais com nomes distintos do que a designao constante do cadastro da ANAC. Tais nomes, geralmente, so decorrentes de leis municipais, ou de um uso comum da populao. Contudo, tais designaes distintas no so consideradas no cadastro da ANAC.

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    Em vista disso, eventualmente pode haver certa dificuldade na localizao de um aerdromo na Lista de Aerdromos Pblicos. Por tal motivo, sugere-se utilizar informaes complementares para localizao da pista de pouso e decolagem, como, por exemplo, o Municpio ou a localizao geogrfica.

    Municpio Atendido: Municpio em que est situado o aerdromo;

    UF: Estado em que est situado o aerdromo;

    Latitude e Longitude: indicam as coordenadas geogrficas do aerdromo;

    Altitude: altitude do aerdromo em relao ao nvel do mar;

    Operao: indica o tipo de operao que pode ser realizada no aerdromo. Essa coluna apresenta combinaes dos seguintes tipos de operao:

    VFR diurno: Aerdromo admite a operao apenas diurna de aeronaves em aproximao conforme regras de voo visual (Visual Flight Rules);

    VFR diurno/noturno: Aerdromo admite a operao diurna e noturna de aeronaves em aproximao conforme regras de voo visual (Visual Flight Rules);

    IFR diurno: Aerdromo admite a operao apenas diurna de aeronaves em aproximao conforme regras de voo por instrumento (Instrument Flight Rules);

    IFR diurno/noturno: Aerdromo admite a operao diurna e noturna de aeronaves em aproximao conforme regras de voo por instrumento (Instrument Flight Rules);

    Pista: nas colunas J X, a planilha apresenta as caractersticas fsicas da pista de pouso e decolagem, quais sejam:

    Designao: indica a designao da cabeceira qual a pista se refere; Comprimento: comprimento em metros da pista de pouso e decolagem; Largura: largura em metros da pista de pouso e decolagem; Resistncia: indica a resistncia da pista de pouso e decolagem, a qual calculada

    com base no Mtodo ACN-PCN, que consiste no mtodo utilizado para estabelecer a resistncia de pavimentos destinados a aeronaves de mais de 5.700 kg. O mtodo encontra-se definido no Apndice F do Regulamento Brasileiro da Aviao Civil RBAC n 153, aprovado pela Resoluo n 240, de 26 de junho de 2012.

    Superfcie: indica o tipo de revestimento da superfcie da pista de pouso e decolagem. O revestimento mais comum em pistas de pouso e decolagem o asfalto. possvel, contudo, encontrar outros tipos de materiais, como concreto ou mesmo grama e terra.

    Heliponto: As colunas Y AC da Lista de Aerdromos Pblicos contm informaes sobre as caractersticas fsicas do heliponto. Ressalte-se que alguns aerdromos pblicos cadastrados possuem, alm da pista de pouso e decolagem para aeronaves de asa fixa, uma rea para pouso exclusivo de aeronaves com asas rotativas (heliponto). A norma que dispe sobre tais caractersticas a Portaria n 18/GM5, de 14 de fevereiro de 1974.

    Atos Normativos: As colunas AH AK da planilha em questo contm informaes sobre os atos normativos por meio dos quais os aerdromos pblicos foram homologados ou tiveram seu cadastro alterado. As colunas contm hiperlinks que direcionam o usurio para o arquivo digital da Portaria.

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    Classe RBAC 107: indica a classificao do aerdromo para fins de aplicao do Regulamento Brasileiro da Aviao Civil (RBAC) n 107, aprovado pela Resoluo n 362, de 16 de julho de 2015. A Classificao foi feita por meio da Portaria n 291/SIA, de 15 de fevereiro de 2016, e baseia-se nas definies estabelecidas no item 107.9(b) do RBAC n 107:

    Classe AD: Aerdromo civil pblico no categorizado como arrecadador de tarifas aeroporturias;

    Classe AP: Aerdromo civil pblico categorizado como arrecadador de tarifas aeroporturias (tambm denominado simplesmente de aeroporto). As classes definidas para os aeroportos, segundo o tipo de servio areo em operao e o nmero de passageiros processados, so:

    Classe AP - 0: Aeroporto com operao exclusiva de aviao geral, de servio de txi-areo e /ou de aviao comercial na modalidade de operao de fretamento;

    Classe AP - 1: Aeroporto com operao da aviao comercial regular ou na modalidade de operao charter e com mdia aritmtica anual de passageiros processados nessas operaes nos ltimos 3 (trs) anos inferior a 600.000 (seiscentos mil);

    Classe AP - 2: Aeroporto com operao da aviao comercial regular ou na modalidade de operao charter e com mdia aritmtica anual de passageiros processados nessas operaes nos ltimos 3 (trs) anos superior ou igual a 600.000 (seiscentos mil) e inferior a 5.000.000 (cinco milhes);

    Classe AP - 3: Aeroporto com operao da aviao comercial regular ou na modalidade de operao charter e com mdia aritmtica anual de passageiros processados nessas operaes nos ltimos 3 (trs) anos superior ou igual a 5.000.000 (cinco milhes).

    Referida classificao busca diferenciar os requisitos do RBAC 107 aplicveis a cada um dos aerdromos, conforme sua categoria, nos termos do Apndice A daquele regulamento.

    Categoria Tarifria: Classificao dos aerdromos para fins especficos de cobrana de Tarifas Aeroporturias, nos termos da Portaria n 2007/SRE/SIA, de 26 de agosto de 2014.

    Especificaes Operativas: as colunas AN, AO e AP da planilha em questo contm informaes sobre as especificaes operativas, para fins de aplicao do Regulamento Brasileiro da Aviao Civil (RBAC) n 139, aprovado pela Resoluo n 96, de 11 de maio de 2009, Emenda n 5. Referido regulamento trata da certificao operacional de aerdromos. Somente h informaes referentes aos aerdromos j certificados ou que tenham sido abrangidos pela Portaria n 908/SIA, de 13 de abril de 2016 (aerdromos civis pblicos brasileiros que processaram voos regulares no perodo de 17 de dezembro de 2013 a 16 de dezembro de 2015). Quanto a cada uma das colunas que compem as especificaes operativas, tem-se:

    Aeronave Crtica: representa o cdigo de referncia da maior aeronave que poder ser utilizada em operaes regidas pelo RBAC 121 e RBAC 129 no referido aerdromo, conforme classificao estabelecida na Seo 154.13 do Regulamento Brasileiro da Aviao Civil (RBAC) n 154.

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    Tipo de aproximao: NINST: Pista de pouso visual NPA: Aproximao de no preciso PA1: Aproximao de preciso Categoria I PA2: Aproximao de preciso Categoria II

    Frequncia Semanal: representa a maior frequncia semanal de operaes da aeronave crtica em operaes regidas pelo RBAC 121 e RBAC 129.

    Referncia: indica o ato normativo em que definidas as especificaes operativas anteriormente tratadas.

    Finalmente, destaca-se que a Lista de Aerdromos Privados possui menos informaes que a Lista de Aerdromos Pblicos, sendo que todos as colunas contidas naquela planilha esto presentes nesta, no carecendo de mais explicaes alm das apresentadas acima.

    Na lista de aerdromos privados, deve-se atentar ao fato de que os helipontos e helidecks esto relacionados em planilhas distintas, conforme imagem abaixo:

    Onde obter mais informaes sobre os processos de autorizao prvia de construo e de cadastro de aerdromo? Mais informaes sobre referidos procedimentos podem ser encontradas na seguinte pgina do Portal da ANAC: http://www.anac.gov.br/assuntos/setor-regulado/aerodromos/cadastro-de-aerodromos/cadastro-de-aerodromos

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    Rudo Aeronutico no Entorno de Aerdromos Marco Legal Constituio da Repblica Federativa do Brasil, art. 30, VIII; Lei n 7.565/1986 - Cdigo Brasileiro de Aeronutica (CBA), artigos 43 e 44;

    Regulamento Brasileiro da Aviao Civil (RBAC) n 161.

    O que Plano de Zoneamento de Rudo (PZR)? A matria rudo aeronutico no entorno do aerdromo regida pelos artigos 43 e seguintes do Cdigo Brasileiro de Aeronutica e, no mbito da competncia normativa da ANAC, pelo Regulamento Brasileiro da Aviao Civil (RBAC) n 161, que trata de Planos de Zoneamento de Rudo de Aerdromos PZR. Segundo a norma, todo aerdromo deve possuir um PZR, o qual composto por curvas de rudo e pelas compatibilizaes e incompatibilizaes ao uso do solo estabelecidas para as reas delimitadas por essas curvas.

    Nos termos do RBAC n 161, o PZR consiste em documento que tem por objetivo representar geograficamente a rea de impacto do rudo aeronutico decorrente das operaes nos aerdromos e, aliado ao ordenamento adequado das atividades situadas nessas reas, ser o instrumento que possibilita preservar o desenvolvimento dos aerdromos em harmonia com as comunidades localizadas em seu entorno.

    Existem dois tipos de PZR:Plano Bsico de Zoneamento de Rudos (PBZR) e Plano Especfico de Zoneamento de Rudos (PEZ).

    O PBZR um Plano elaborado a partir de perfis operacionais padronizados, possuindo formas geomtricas simplificadas. Veja, abaixo, algumas representaes grficas de PBZR:

    http://Regulamento Brasileiro da Aviao Civil (RBAC) n 161http://Regulamento Brasileiro da Aviao Civil (RBAC) n 161

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    CURVA DE RUDO DE 65

    CURVA DE RUDO DE 75

    R1

    L1

    L2

    R2PISTA DE POUSO E DECOLAGEM

    CURVA DE RUDO DE 75

    CURVA DE RUDO DE 65

    100m

    300m

    Figura 1: curvas de rudo de pista de pouso e decolagem simples

    Figura 2: curvas de rudo para helipontos

    Perceba que o Plano Bsico de Zoneamento de Rudos possui configuraes simples, sendo composto por apenas duas curvas de rudo mdio dia-noite de 75 dB e 65 dB.

    O PEZR, por sua vez, composto por cinco curvas de rudo, as quais so calculadas por meio de programa computacional que utilize metodologia matemtica apropriada para a gerao de curvas, na mtrica DNL.

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    A elaborao desse PEZR feita pelo prprio operador do aerdromo, que considera, no clculo, o sistema de pistas de pouso e decolagem existente, considerando os dados operacionais atuais do aerdromo, bem como o sistema de pistas de pouso e decolagem previsto no planejamento para a expanso do aerdromo, considerando estimativa de movimentos e tipos de aeronaves. Diferente do PBZR, que consiste em modelo simplificado, o PEZR considera diversas caractersticas fsicas do aerdromo e operacionais em sua elaborao.

    Quando se exige PBZR ou PEZR? Todo aerdromo, pblico ou privado, deve possuir um Plano de Zoneamento de Rudo.

    Exige-se PEZR para aerdromos que possuam mdia anual dos ltimos trs anos superior a 7.000 movimentos de aeronaves. Para os demais aerdromos, facultado escolher o tipo de plano, se bsico ou especfico. Alm disso, a ANAC pode solicitar, de ofcio, a elaborao de um PEZR a qualquer aerdromo, independentemente do nmero de movimentos que ele apresente.

    A quem compete fazer a Compatibilizao do uso do solo? Conforme art. 30, inciso VIII, da Constituio da Repblica Federativa do Brasil, compete aos Municpios promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupao do solo urbano. Tal dispositivo, cumulado com os artigos 43 e 44, inciso II, e 4 da Lei n 7.565, de 19 de dezembro de 1986 (Cdigo Brasileiro de Aeronutica), dispe que cabe Administrao Pblica Municipal realizar a compatibilizao dos usos do solo nas reas urbanas abrangidas pelas curvas de rudo do PZR do aerdromo.

    Referida compatibilizao, segundo item 161.51 do referido RBAC n 161, deve ser feita em conjunto com o operador do aerdromo e com as comunidades do entorno, observando-se, para tanto, a relao de usos compatveis e incompatveis do solo descritas nas Tabelas E-1 e E-2 da Subparte E do RBAC n 161.

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    Gerenciamento do Risco de Fauna Marco Legal Constituio da Repblica Federativa do Brasil de 1988, art. 30, VIII; Lei n 12.725, de 16 de outubro de 2012; e Regulamento Brasileiro da Aviao Civil RBAC n 164.

    O Risco de Fauna e a Aviao Civil A atrao de fauna, sobretudo de aves, um problema grave para a segurana das operaes areas, dado o risco de coliso desses animais com aeronaves em operao.

    O que so Identificao do Perigo da Fauna (IPF) e Programa de Gerenciamento do Risco da Fauna (PGRF)? Considerando a problemtica acima, a ANAC editou o Regulamento Brasileiro da Aviao Civil RBAC n 164 (http://www.anac.gov.br/assuntos/legislacao/legislacao-1/rbha-e-rbac/rbac/rbac-154-emd-01), o qual estabelece regras para o gerenciamento do risco da fauna nos aerdromos pblicos. Conforme disposto no item 164.3(a) daquele Regulamento, O perigo provocado pela presena de aves e demais espcies de animais s operaes areas torna necessria a execuo, por parte dos operadores de aerdromos pblicos, de aes especficas para o gerenciamento do risco de coliso entre aeronaves e a fauna, por intermdio da compreenso dos fatores que originam o perigo e da definio de medidas para eliminar ou mitigar o risco.

    Para tanto, o RBAC n 164 prev dois instrumentos, quais sejam, a Identificao do Perigo da Fauna IPF, e o Programa de Gerenciamento do Risco da Fauna PGRF.

    O primeiro, conforme item 164.3(b) do RBAC n 164, consiste numa abordagem preliminar do problema, na qual so identificadas as espcies de fauna presentes no aerdromo e no seu entorno que provocam risco s operaes areas, os principais focos de atrao, e em que so definidas e priorizadas as medidas adotadas para a reduo do risco.

    O PGRF, por sua vez, elaborado com base nos resultados obtidos a partir do IPF, e trata-se de documento de natureza operacional que

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    especifica para o operador diversos procedimentos, os quais devem ser incorporados rotina operacional do aerdromo. Tais procedimentos devem ter por finalidade a reduo progressiva do risco de coliso entre aeronaves e animais durante operaes ocorridas no aerdromo.

    A responsabilidade pela elaborao do IPF e do PGRF do operador do aerdromo. Contudo, referidos instrumentos somente so exigidos de alguns aerdromos, conforme requisitos previstos no item 164.1(b) do RBAC n 164. Mencionados instrumentos devem ser apresentados ANAC, conforme item 164.3(d) daquele Regulamento.

    Contudo, mesmo que no seja exigido de determinado aerdromo os mencionados documentos, o RBAC n 164 deixa claro que todo operador de aerdromo deve realizar certos procedimentos bsicos operacionais e de manuteno com vistas a mitigar o risco da fauna.

    O que rea de Segurana Aeroporturia? O art. 2, V, da Lei n 12.725/2012, institui a rea de Segurana Aeroporturia (ASA): rea circular do territrio de um ou mais municpios, definida a partir do centro geomtrico da maior pista do aerdromo ou do aerdromo militar, com 20 km (vinte quilmetros) de raio, cujos uso e ocupao esto sujeitos a restries especiais em funo da natureza atrativa de fauna.

    Mencionada Lei estabelece a possibilidade de imposio de restries especiais s atividades atrativas de fauna ou com potencial atrativo de fauna localizadas dentro da ASA, com vistas a garantir a segurana das operaes areas. Tais restries vo desde a adequao da atividade aos parmetros definidos pela autoridade competente sobre o assunto at a cessao definitiva das operaes.

    De quem a competncia para impor restries especiais na ASA? Conforme art. 4 da Lei n 12.725, tal responsabilidade compete:

    Autoridade Municipal, na ordenao e controle do uso e ocupao do solo urbano (art. 30, VIII, da CRFB/88 e art. 2, VI, b da Lei n 10.257/2011 Estatuto da Cidade);

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    Autoridade ambiental, no processo de licenciamento ambiental e durante atividades de fiscalizao e controle; e

    Ao operador do aerdromo, na administrao do stio aeroporturio.

    A ANAC concede autorizao para instalao de aterros sanitrios ou outras atividades com potencial atrativo de fauna dentro da ASA? No. A anlise da regularidade ambiental desses empreendimentos de competncia dos rgos ambientais estaduais e municipais, que so responsveis, ainda, pela avaliao da necessidade e viabilidade ambiental da implantao desses empreendimentos. A ANAC no tem prerrogativa legal para inspecionar e deliberar sobre a aprovao de implantaes de atividades perigosas ou atrativas de aves em reas fora dos limites patrimoniais dos aerdromos.

    Qual o Papel do Municpio no controle do risco da fauna? O papel do Municpio decorre de sua competncia constitucional no que diz respeito ao uso e ocupao do solo, conforme art. 30, VIII, da CRFB/1988 e da Lei n 10.257, de 10 de julho de 2001 (Estatuto da Cidade) que estabelece, em seu art. 2, inciso VI, alnea b, que os Municpios, no mbito de suas polticas urbanas, devem evitar a proximidade de usos incompatveis no ordenamento e uso do solo urbano.

    Cabe ao Municpio, portanto, no papel de ordenao do uso e ocupao do solo, evitar a instalao de atividades na rea de Segurana Aeroporturia que possam consistir em focos atrativos de fauna e, consequentemente, causar riscos s operaes areas.

    Qual o Papel do CENIPA no controle do risco da fauna? A Portaria Normativa n 1.887, de 22 de dezembro de 2010, do Ministrio da Defesa estabelece, em seu art. 6 , que cabe ao Comando da Aeronutica identificar os focos de atrao de aves localizados fora da rea do aeroporto, efetuar o registro estatstico das ocorrncias relacionadas ao risco avirio, avaliar o risco avirio para as operaes no aerdromo e informar ANAC os focos de atrao de aves e a respectiva avaliao de risco avirio. Tais atribuies so desempenhadas pelo CENIPA, rgo

    http://Portaria Normativa n 1.887, de 22 de dezembro de 2010

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    responsvel por planejar, gerenciar, controlar e executar as atividades relacionadas com a preveno e investigao de acidentes aeronuticos, conforme Decreto n 6.834, de 30 de abril de 2009.

    Mais informaes sobre o tema Risco da Fauna podem ser consultadas na pgina institucional do CENIPA:http://www.cenipa.aer.mil.br/cenipa/index.php

    Inspeo de Bagagem Despachada Marco Legal Lei n 11.182, de 27 de setembro de 2005, art. 8, inciso X; Regulamento Brasileiro da Aviao Civil (RBAC) n 108; Decreto n 7.168, de 5 de maio de 2010 Programa Nacional de Segurana da Aviao Civil Contra Atos de Interferncia Ilcita (PNAVSEC); e

    Resoluo n 167, de 17 de agosto de 2010.

    Em que consiste a Segurana da Aviao Civil Contra Atos de Interferncia Ilcita (AVSEC)? O Decreto n 7.168, de 5 de maio de 2010, estabelece o Programa Nacional de Segurana da Aviao Civil Contra Atos de Interferncia Ilcita (PNAVSEC), o qual tem como objetivo, nos termos do seu art. 2, disciplinar a aplicao de medidas de segurana destinadas a garantir a integridade de passageiros, tripulantes, pessoal da terra, pblico em geral, aeronaves e instalaes de aeroportos brasileiros, a fim de proteger as operaes da aviao civil contra atos de interferncia ilcita cometidas no solo ou em voo.

    Conforme art. 4, inciso CXXX, do PNAVSEC a Segurana da Aviao Civil Contra Atos de Interferncia Ilcita (AVSEC) consiste na combinao de medidas, de recursos humanos e de materiais destinados a proteger a aviao civil contra atos de interferncia ilcita.

    Por ato de interferncia ilcita, entende-se o ato ou atentado que coloca em risco a segurana da aviao civil e o transporte areo, conforme art. 4, XXXII, do PNAVSEC.

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    A ttulo de esclarecimento, so considerados atos de interferncia ilcita, conforme PNAVSEC:

    a) apoderamento ilcito de aeronave em voo;b) apoderamento ilcito de aeronave no solo;c) manuteno de refm a bordo de aeronaves ou nos aerdromos;d) invaso de aeronave, de aeroporto ou das dependncias de instalao aeronutica;e) introduo de arma, artefato ou material perigoso, com intenes criminosas, a bordo

    de aeronave ou em um aeroporto;f) comunicao de informao falsa que coloque em risco a segurana de aeronave em

    voo ou no solo, dos passageiros, tripulao, pessoal de terra ou pblico em geral, no aeroporto ou nas dependncias de instalao de navegao area; e

    g) ataque a aeronaves utilizando Sistema Antiareo Porttil;

    Quais so os outros rgos e entidades envolvidos na garantia da Segurana da Aviao Civil Contra Atos de Interferncia Ilcita? O Programa Nacional de Segurana da Aviao Civil Contra Atos de Interferncia Ilcita (PNAVSEC) define atribuies e responsabilidades distintas para a ANAC, Administrao Aeroporturia, Empresas Areas, Comando da Aeronutica e rgos de Segurana Pblica, sobretudo a Polcia Federal, dentre outros.

    Tais atribuies esto descritas no Captulo IV do Decreto n 7.168, de 5 de maio de 2010. relevante destacar as atribuies da Polcia Federal, contidas no art. 12 daquela norma, em especial a de supervisionar os processos de inspeo de segurana da aviao civil nas reas Restritas de Segurana (ARS).

    Qual a finalidade do procedimento de inspeo de bagagem? A inspeo de bagagem despachada tema pertinente Segurana da Aviao Civil contra Atos de Interferncia Ilcita (AVSEC), cuja regulao e fiscalizao compete ANAC, conforme art. 8, inciso X, da lei n 11.182/2005.

    Considerando que a inspeo de bagagem constitui procedimento destinado a garantir a proteo da aviao civil, seus passageiros, tripulantes e pessoal de terra, tem-se que sua finalidade consiste em

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    detectar a presena de armas, explosivos ou outros artigos perigosos que possam ser utilizados para cometer atos de interferncia ilcita.

    Em vista disso, esclarece-se que a regulao da ANAC no que diz respeito s inspees de bagagem no tem como foco a identificao de substncias entorpecentes ou outros produtos de atividades criminosas que no tenham correlao com AVSEC. Sabe-se, contudo, que a existncia de tais procedimentos de segurana, decorrentes da legislao AVSEC, tem como efeito secundrio o aumento do controle sobre o que transportado no modal areo, o que, de certa forma, inibe a prtica de crimes como trfico de drogas e contrabando de uma forma sem paralelos nos outros meios de transporte, bem como permite que os agentes envolvidos na proteo da aviao civil colaborem com as autoridades competentes quando da deteco de itens que tenham sido considerados suspeitos, mas que no trazem risco para a aviao.

    Por fim, os procedimentos AVSEC no substituem tampouco excluem a possibilidade de fiscalizao, concomitantemente ou em separado, dos rgos de segurana pblica.

    Qual o percentual de inspeo em bagagens despachadas em voos internacionais e domsticos?Segundo disposto no RBAC n 107, item 107.143(a) cabe ao operador do aerdromo prover os recursos fsicos necessrios para a realizao da inspeo de bagagem despachada, incluindo bagagens de trnsito ou conexo, sob a responsabilidade do operador areo. Confirmando tal orientao, o art. 192 do PNAVSEC dispe de igual modo.

    O Regulamento Brasileiro da Aviao Civil (RBAC) n 108, aprovado pela Resoluo n 254, de 6 de novembro de 2012, por sua vez, estabelece, no item 108.59(a), ser competncia do operador areo realizar a inspeo de bagagem despachada.

    Ressalva-se, contudo, que, segundo o Apndice A do RBAC n 107, a previso de o operador do aerdromo prover recursos necessrios inspeo de bagagem despachada, incluindo bagagens de trnsito ou

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    conexo, nos termos do item 107.143 daquele regulamento, aplicvel somente quando aerdromo atende voo internacional ou no caso de previso em DAVSEC. Da mesma forma, o RBAC n 108 prev, no item 108.59(a)(2), que a quantidade de bagagem a ser inspecionada em voos domsticos ser determinada pela ANAC e informada aos operadores por meio de uma Diretriz de Segurana da Aviao Civil contra Atos de Interferncia Ilcita (DAVSEC).

    Portanto, tem-se que:Para voos internacionais, esta Agncia define a obrigao de que 100% das bagagens sejam inspecionadas.

    Quanto aos voos domsticos, a norma prev a edio de uma Diretriz de Segurana da Aviao Civil Contra Atos de Interferncia Ilcita (DAVSEC), que ir estabelecer o percentual mnimo de bagagens a serem inspecionadas.

    O art. 7, inciso XVII, do PNAVSEC, dispe que a ANAC dever regular as medidas de segurana contra atos de interferncia ilcita em razo do nvel de ameaa existente. Portanto, devem ser considerados os cenrios que coloquem em risco a segurana do transporte areo, de forma que no haja o estabelecimento de medidas desproporcionais quelas realmente necessrias.

    Considerando esse contexto, esclarea-se que, atualmente, a DAVSEC sobre quantidade de bagagens a serem inspecionadas em voos domsticos est em fase de discusso e elaborao no mbito da Agncia. Ressalte-se, ademais, que a elaborao de uma Diretriz AVSEC depende de interlocuo com o Departamento de Polcia Federal, a quem compete estabelecer os nveis de ameaa, conforme determina o art. 5 da Resoluo n 167, de 17 de agosto de 2010.

    No obstante ainda no haver definio do percentual acima mencionado, saliente-se que, em determinadas ocasies, a inspeo

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    de bagagem obrigatria no somente em voos internacionais, mas tambm em voos domsticos:

    Bagagens que tenham sido retiradas das aeronaves em decorrncia do no embarque do passageiro, nos termos do item 108.61(a) do RBAC n 108;

    Bagagens desacompanhadas, nos termos do item 108.63 do RBAC n 108; e Bagagens suspeitas, nos termos do item 108.67, do RBAC n 108.67.

    Fiscalizao da Infraestrutura AeroporturiaMarco LegalLei n 11.182, de 27 de setembro de 2005 (Lei de Criao da ANAC), art. 8, inciso XXI.

    Qual a abrangncia da Fiscalizao da Infraestrutura Aeroporturia?O art. 8, inciso XXI, da Lei n 11.182/2005 estabelece que cabe ANAC regular e fiscalizar a infraestrutura aeroporturia, exceto no que concerne aos aspectos relacionados com o sistema de controle do espao areo e com o sistema de investigao e preveno de acidentes aeronuticos, os quais competem ao Comando da Aeronutica COMAER.

    A fiscalizao promovida pela SIA possui dois enfoques distintos:

    Segurana operacional: tem por objeto a verificao de requisitos referentes s caractersticas dos elementos da infraestrutura e das sinalizaes, constituio e organizao do operador, gerenciamento da segurana operacional, operaes na rea de movimento, manuteno e sistema de resposta emergncia em aerdromo. Tal fiscalizao se d na rea de movimento do aerdromo pistas de pouso e decolagem, pistas de txi e ptio de aeronaves.

    Segurana da Aviao Civil Contra Atos de Interferncia Ilcita (AVSEC): consistem em fiscalizaes por meio de inspees, auditorias e testes, e visam avaliar o cumprimento de requisitos referentes segurana da aviao civil contra atos de interferncia ilcita por parte desses regulados. A esfera de atuao desse tipo de fiscalizao compreende aerdromos, empresas areas e centros de instruo.

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    Em que consistem as atividades de fiscalizao aeroporturia?No mbito da Infraestrutura Aeroporturia, a fiscalizao da ANAC abrange duas formas distintas de atuao:

    Inspees, consistente em fiscalizao in loco; Vigilncia continuada, que ocorre, em regra, de forma no presencial, por meio de diligncias junto ao operador do aerdromo.

    Programa Anual de Inspeo Aeroporturia PAIAA Superintendncia de Infraestrutura Aeroporturia elabora, periodi-camente, o Programa Anual de Inspeo Aeroporturia (PAIA), com fim de estabelecer a programao das inspees para o ano de referncia. So observados, na elaborao do PAIA, critrios considerados impor-tantes para a segurana operacional da aviao civil, de modo a criar uma lista de aerdromos a serem inspecionados, seguindo uma ordem de prioridade.

    Esse planejamento leva em considerao os recursos disponveis e a priorizao dos aerdromos conforme o tipo de operao que neles ocorrem. Tal priorizao recai sobre os aerdromos com operao de voos regulares. Isso porque tais localidades possuem um maior grau de criticidade para efeitos de fiscalizao, dado o nmero maior de operaes e de passageiros movimentados.

    Ressalta-se que o Regulamento Brasileiro da Aviao Civil RBAC n 153, aprovado pela Resoluo ANAC n 240, de 26 de junho de 2012, estabelece, no item 153.7, uma metodologia de classificao do aerdromo conforme quantidade mdia anual de passageiros e tipo de operao (se regular ou no), podendo estabelecer requisitos distintos para cada uma dessas classes. Em regra, a existncia de voo regular o principal critrio de aplicabilidade da maior parte dos requisitos que impactam a segurana operacional.

    Vigilncia ContinuadaA fiscalizao promovida pela ANAC abrange no apenas a atuao in loco,

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    por meio de inspees peridicas e especiais, mas tambm a vigilncia continuada por meio de diligncias, que consiste no monitoramento remoto das condies do aerdromo pela verificao de informaes, documentos e registros fornecidos pelo seu operador, a fim de constatar o atendimento dos requisitos de manuteno, operaes aeroporturias e resposta emergncia contidos, principalmente, no Regulamento Brasileiro da Aviao Civil (RBAC) n 153.

    A propsito, reala-se que, com o objetivo de melhor orientar os operadores de aerdromos sobre as condies mnimas de infraestrutura e obrigaes a serem observadas a fim de garantir a segurana das operaes, esta Superintendncia publicou, no stio eletrnico da ANAC, material informativo destinado a operadores de aerdromos de pequeno porte, compreendendo os de classe I-A e AD.

    Classe I-A AD

    Segundo o RBAC 153, so aerdromos de classe I-A aqueles que no operam voos regulares e que processam menos de 100.000 passageiros por ano, considerada a mdia aritmtica no perodo de 3 anos anteriores ao corrente.

    Segundo o RBAC n 107, aprovado pela Resoluo n 362, de 16 de julho de 2015, a classe AD compreende os aerdromos pblicos no categorizados como arrecadadores de tarifas aeroporturias.

    O Material informativo acima tambm est disponvel no seguinte link:http://www.anac.gov.br/assuntos/setor-regulado/aerodromos/publicacoes/condicoes-minimas-de-aerodromos-e-obrigacoes-de-operadores-classe-i-a-e-ad-mar-2016.pdf

    Planos de Zona de Proteo do AerdromoMarco Legal Cdigo Brasileiro de Aeronutica; Lei complementar n 97, de 09 de junho de 1992: art. 18, inciso II; Lei n 11.182, de 27 de setembro de 2005: art. 8, pargrafo 6; e Portaria COMAER n 957/CG3, de 09 de julho de 2015.

    O que Plano de Zona de Proteo de Aerdromo?O Cdigo Brasileiro de Aeronutica dispe, no art. 43, que as propriedades vizinhas dos aerdromos esto sujeitas a restries

    http://www.anac.gov.br/assuntos/setor-regulado/aerodromos/publicacoes/condicoes-minimas-de-aerodromohttp://www.anac.gov.br/assuntos/setor-regulado/aerodromos/publicacoes/condicoes-minimas-de-aerodromohttp://www.anac.gov.br/assuntos/setor-regulado/aerodromos/publicacoes/condicoes-minimas-de-aerodromo

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    especiais, as quais estariam especificadas nos Planos elencados nos incisos do art. 44 do referido Cdigo, dentre os quais o Plano Bsico de Zona de Proteo de Aerdromos.

    Conforme Portaria COMAER n 957/GC3, de 9 de julho de 2015, o Plano de Zona de Proteo de Aerdromo consiste em conjunto de planos utilizados para disciplinar a ocupao do solo, de modo a garantir a segurana e a regularidade das operaes areas.

    A finalidade do Plano de Zona de Proteo de Aerdromo impor restries s edificaes ou qualquer outro tipo de acesso no entorno do aerdromo que possam se tornar obstculos navegao area, mormente durante os procedimentos de aproximao ou decolagem das aeronaves.

    Nesse sentido, o CBA dispe que a autoridade aeronutica poder embargar a obra ou construo de qualquer natureza que contrarie os Planos Bsicos ou os Especficos de cada aeroporto, ou exigir a eliminao dos obstculos levantados em desacordo com os referidos planos.

    De quem a competncia para tratar de Plano de Zona de Proteo de Aerdromo?Trata-se de matria relacionada ao controle do espao areo e navegao area, sendo, portanto de competncia do Departamento de Controle do Espao Areo do Comando da Aeronutica DECEA/COMAER, nos termos do art. 18, inciso II, da Lei complementar n 97, de 09 de junho de 1992, e do art. 8, pargrafo 6, da Lei n 11.182, de 27 de setembro de 2005.

    A competncia do DECEA/COMAER para tratar de Plano de Zona de Proteo de Aerdromo inclui o poder de cautela, sendo competncia daquele rgo impor eventual medida restritiva s operaes de um aerdromo em razo da ausncia do referido Plano.

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    Observao: Os Planos de Zona de Proteo de Aerdromo no se confundem com a rea de Segurana Aeroporturia. Os primeiros esto disciplinados no Cdigo Brasileiro de Aeronutica, que confere autoridade aeronutica, no caso o DECEA, a competncia para impor restries propriedade situada no entorno do aerdromo.

    A ASA, por sua vez, est tratada somente na Lei n 12.725, de 16 de outubro de 2012, no tendo sido estabelecida, naquela lei, a atribuio da autoridade aeronutica para impor restries de qualquer natureza sobre os empreendimentos situados na referida rea. O art. 4 da mencionada lei estabelece apenas a possibilidade de restries especiais autoridade municipal, na ordenao e controle do uso e ocupao do solo urbano; autoridade ambiental, no processo de licenciamento ambiental e durante as atividades de fiscalizao e controle; e ao operador do aerdromo, na administrao do stio aeroporturio.

    Celebrao de Instrumentos de Outorga para Explorao da Infraestrutura AeroporturiaMarco Legal Constituio da Repblica Federativa do Brasil, art. 21, XII, c; Cdigo Brasileiro de Aeronutica; e Lei n 10.683, de 28 de maio de 2003.

    De quem a competncia para explorar a Infraestrutura Aeroporturia?Conforme previsto na Constituio, art. 21, Inciso XII, alnea c, compete Unio explorar, diretamente ou mediante autorizao, concesso ou permisso a navegao area, aeroespacial e a infraestrutura aeroporturia.

    Nesse sentido, o Cdigo Brasileiro de Aeronutica prev as possibilidades de explorao da infraestrutura aeroporturia por outras pessoas jurdicas diversas da Unio. Em seu Artigo 36, o Cdigo define que os aerdromos pblicos sero construdos, mantidos e explorados:

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    Diretamente pela Unio: so os aerdromos pblicos administrados pelo Comando da Aeronutica (COMAER);

    Por empresas especializadas da Administrao Federal Indireta ou suas subsidirias: so os aeroportos administrados pela INFRAERO;

    Mediante convnio com os Estados ou Municpios: so os aerdromos pblicos delegados aos outros entes da federao.

    Por Concesso: aeroportos delegados iniciativa privada por meio de leilo pblico. A competncia para realizar concesso da Infraestrutura Aeroporturia da ANAC, conforme art. 8, inciso XXIV. Ressalte-se, porm, que cabe ao Ministrio dos Transportes, Portos e Aviao Civil a elaborao e a aprovao dos planos de outorgas, ouvida a ANAC, nos termos do Art. 27, 8, III (Redao dada pela Medida Provisria n 726, de 12 de maio de 2016). Informaes mais detalhadas sobre a concesso de aerdromos pblicos, inclusive quanto aos aeroportos j concedidos e quanto aos processos de concesso em andamento, podem ser consultadas na seguinte pgina: http://www.anac.gov.br/assuntos/paginas-tematicas/concessoes

    Por Autorizao: aerdromos administrados pela iniciativa privada, autorizado por meio de ato do poder pblico. Diferentemente do que ocorre na concesso, que se destina apenas aos aerdromos j homologados como pblicos, a modalidade de outorga de aerdromo civil por meio de autorizao destinada aos interessados em explorar comercialmente infraestruturas aeroporturias de propriedade privada, inclusive mediante recolhimento de tarifas. Informaes sobre o processo de outorga por meio de autorizao podem ser obtidas na seguinte pgina: http://www.aviacao.gov.br/acesso-a-informacao/outorgas/autorizacao.

    Corriqueiramente, esta Agncia recebe demandas do Ministrio Pblico e outros rgos sobre a celebrao de convnios com demais entes da

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    Federao referente transferncia da explorao da infraestrutura aeroporturia. Ocorre que, conforme pargrafos acima, tal matria no de competncia da ANAC. No obstante, salienta-se que os instrumentos de outorgas de aerdromos civis pblicos podem ser consultados no seguinte link:http://www.aviacao.gov.br/acesso-a-informacao/outorgas/outorgas-de-aerodromos-civis-publicos-unidades-federativas-do-brasil.

    Ressalte-se que recente mudana na estrutura da Administrao Pblica Federal Direta promovida pela Medida Provisria n 726, de 12 de maio de 2016, extinguiu a Secretaria de Aviao Civil da Presidncia da Repblica e criou o Ministrio dos Transportes, Portos e Aviao Civil, tornando esse Ministrio competente para tratar da matria.

    Glossrio Principais Termos Relacionados Infraestrutura AeroporturiaAerdromo: toda rea destinada a pouso, decolagem e movimentao de aeronaves.

    Aeroporto: aerdromo pblico, dotado de instalaes e facilidades para o apoio de operaes de aeronaves e de embarque e desembarque de pessoas e cargas.

    rea de Segurana Aeroporturia (ASA): rea circular do territrio de um ou mais municpios, definida a partir do centro geomtrico da maior pista do aerdromo, com 20 km (vinte quilmetros) de raio, cujos uso e ocupao esto sujeitos a restries especiais em funo da natureza atrativa de fauna.

    rea Restrita de Segurana (ARS): rea do lado ar de um aeroporto, identificada como rea prioritria de risco, onde, alm do controle de acesso, outros controles de segurana so aplicados. Tal rea normalmente inclui as reas da aviao comercial, de embarque de passageiros entre o ponto de inspeo e a aeronave, rampa, reas de bagagens, inclusive as reas nas quais as aeronaves so trazidas para operao e realizada a inspeo de bagagem e carga, depsitos de carga, centros de tratamento

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    dos Correios, instalaes para os servios de comissaria e instalaes de limpeza das aeronaves, entre outras.

    Ato de interferncia ilcita contra a aviao civil: ato ou atentado que coloca em risco a segurana da aviao civil e o transporte areo.

    Bagagem desacompanhada: bagagem despachada que transportada como carga, ou seja, coberta por conhecimento areo, podendo ou no ser transportada na mesma aeronave em que se encontra a pessoa qual pertena.

    Bagagem despachada ou registrada: bagagem despachada para transporte no compartimento de carga de aeronave mediante emisso de nota de bagagem.

    Bagagem suspeita: denominao dada a um volume de bagagem que apresente alguma das seguintes caractersticas: no identificvel, abandonada, violada, que apresente rudo, exale odor que indique uma suspeita ou apresente sinais de vazamento de alguma substncia lquida, slida ou gasosa no identificvel como substncia permitida para transporte.

    Canal de inspeo: ponto de controle de acesso rea Restrita de Segurana, constitudo de um ou mais mdulos de inspeo de segurana.

    Focos com potencial atrativo de fauna: quaisquer atividades, estruturas ou reas que, utilizando as devidas tcnicas de operao e de manejo, no se constituam como foco atrativo de fauna no interior da ASA, nem comprometam a segurana operacional da aviao.

    Focos de atrao: quaisquer atividades, estruturas ou reas que sirvam de foco ou concorram para a atrao relevante de fauna, no interior da ASA, comprometendo a segurana operacional da aviao.

    Heliponto: aerdromos destinados exclusivamente a helicpteros.

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    Heliporto: helipontos pblicos, dotados de instalaes e facilidades para apoio de operaes de helicpteros e de embarque e desembarque de pessoas e cargas.

    Identificao do Perigo da Fauna (IPF): documento que apresenta uma abordagem preliminar do perigo da fauna, na qual so identificadas as espcies de fauna presentes no aerdromo e no seu entorno que provocam risco s operaes areas, bem como os principais focos de atrao e as medidas para a reduo do risco.

    Inspeo de segurana da aviao civil: atividade de aplicao de meios tcnicos ou de outro tipo, com a finalidade de identificar e detectar armas, explosivos ou outros artigos perigosos que possam ser utilizados para cometer ato de interferncia ilcita.

    Lado Ar: rea de movimento do aerdromo, terrenos adjacentes e edificaes, cujo acesso controlado.

    Nvel de rudo mdio dia-noite: nvel de rudo mdio de um perodo de 24 horas, calculado segundo a metodologia Day-Night Average Sound Level-DNL.

    Operador de aerdromo: toda pessoa natural ou jurdica que administre, explore, mantenha e preste servios em aerdromo de uso pblico ou privado, prprio ou no, com ou sem fins lucrativos.

    Plano Bsico de Zoneamento de Rudo (PBZR): Plano de Zoneamento de Rudo de Aerdromo composto pelas curvas de rudo de 75 e 65, e elaborado nos termos do RBAC n 161, a partir de perfis operacionais padronizados, conforme disposto na Subparte C daquele Regulamento.

    Plano de Zoneamento de Rudo de Aerdromo (PZR): documento elaborado nos termos deste RBAC, que tem como objetivo representar geograficamente a rea de impacto do rudo aeronutico decorrente

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    das operaes nos aerdromos e, aliado ao ordenamento adequado das atividades situadas nessas reas, ser o instrumento que possibilita preservar o desenvolvimento dos aerdromos em harmonia com as comunidades localizadas em seu entorno.

    Plano Especfico de Zoneamento de Rudo (PEZR): Plano de Zoneamento de Rudo de Aerdromo composto pelas curvas de rudo de 85, 80, 75, 70 e 65, e elaborado nos termos do RBAC n 161, a partir de perfis operacionais especficos, conforme disposto na Subparte D daquele regulamento.

    Programa de Gerenciamento do Risco da Fauna (PGRF): documento que, com base nos resultados obtidos em IPF, visa a estruturar as operaes do aerdromo para o gerenciamento permanente do risco provocado pela fauna s operaes areas.

    Rudo aeronutico: rudo oriundo das operaes de circulao, aproximao, pouso, decolagem, subida, rolamento e teste de motores de aeronaves, no considerando o rudo produzido por equipamentos utilizados nas operaes de servios auxiliares ao transporte areo, para fins do Plano de Zoneamento de Rudo.

    Segurana da Aviao Civil Contra Atos de Interferncia Ilcita (AVSEC): combinao de medidas, de recursos humanos e de materiais destinados a proteger a aviao civil contra atos de interferncia ilcita.

    Consulte tambm a nossa ANACPdia:http://www2.anac.gov.br/anacpedia/

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    AeronavegabilidadeDiz-se que uma aeronave est aeronavegvel quando se constata que o projeto anteriormente aprovado atendido, bem como h condies seguras de voo. Segundo estabelecido pela Lei 7.565/86, salvo permisso especial, somente as aeronaves para as quais o Certificado de Aeronavegabilidade tenha sido emitido podem ter acesso ao espao areo. (art.20)

    A mesma Lei estabelece que, anteriormente emisso do Certificado de Aeronagabilidade, deve ser emitido o Certificado de Tipo, significando que o projeto da aeronave deve ser certificado (art. 68) conforme requisitos mnimos estabelecidos (art. 66 e 67).

    Do ponto de vista do rgo regulador, organiza-se conforme abaixo as diversas funes envolvidas:

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    Certificao de Tipo: Em momento inicial, enquanto concepo de engenharia, os fabricantes de aeronaves contatam a ANAC com vistas sua certificao. Os requisitos a serem cumpridos so estabelecidos pela ANAC.O processo de certificao pode durar de trs a cinco anos, a depender da complexidade. Mesmo aeronaves importadas devem ser certificadas, sendo que, neste caso, utiliza-se um processo de validao, que pode envolver Acordo Internacional.

    Fabricao: A fabricao das aeronaves tambm certificada, sendo necessria a demonstrao de cumprimento de requisitos, neste caso, principalmente relacionados a sistema de gesto da qualidade e controle de componentes.

    Registro e Entrada em Servio: Quando a aeronave entra em servio, necessrio seu registro no Registro Aeronutico Brasileiro (RAB), bem como sua submisso avaliao tcnica, necessria emisso do Certificado de Aeronavegabilidade.

    Manuteno: Uma aeronave, para se manter aeronavegvel, deve cumprir as instrues de manuteno estabelecidas pelo fabricante, em organizaes ou pessoas certificadas, ou aceitas pela ANAC. Alm disso, periodicamente devem ser realizados uma inspeo anual de manuteno (IAM) ou um relatrio de condio aeronavegvel (RCA).

    Aeronavegabilidade Continuada: Por fim, com base em dados de acidentes e incidentes, e relatos obrigatrios, a ANAC busca promover a segurana do sistema, principalmente para a emisso de Diretrizes de Aeronavegabilidade, prescries de cumprimento obrigatrio, que podem atingir projeto, fabricao ou manuteno.

    Aeronaves de transporte de passageiros e carga, ou que voam irrestritamente pelo espao areo brasileiro, esto submetidas a um rgido conjunto de regras, a fim de se garantir o alto nvel de segurana do transporte areo nacional. J o segmento experimental orientado e monitorado no sentido de se incentivar um desenvolvimento constante e o mais seguro possvel da aviao, sem, no entanto, inviabilizar as

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    iniciativas do setor, to importantes para o desenvolvimento da cultura aeronutica no pas.

    BaixoRisco

    Autoregulao

    IntervenoBranda

    IntervenoModerada

    IntervenoAgressiva

    Riscomediano

    Risco alto, masmitigvel

    RiscoInaceitvel

    AviaoExperimental

    AviaoAgrcola

    TransporteParticular

    TransporteregularTransporte

    no regular

    Autoregulao

    IntervenoAgressiva

    Os Regulamentos Brasileiro da Aviao Civil (RBAC) editados pela ANAC podem ser consultados no link:http://www.anac.gov.br/assuntos/legislacao/legislacao-1/rbha-e-rbac

    A ANAC edita Instrues Suplementares (IS), quando h necessidade de esclarecer ou orientar o cumprimento dos regulamentos:http://www.anac.gov.br/assuntos/legislacao/legislacao-1/iac-e-is

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    CredenciamentoA regulamentao brasileira, refletindo o disposto no pargrafo 1o do art. 8o da Lei 11.182, de 27 de setembro de 2005, prev que as pessoas credenciadas podero emitir laudos, pareceres ou relatrios que to somente sero considerados pela autoridade de aviao civil:

    Art. 8o, 1o A ANAC poder credenciar, nos termos estabelecidos em norma especfica, pessoas fsicas ou jurdicas, pblicas ou privadas, de notria especializao, de acordo com padres internacionalmente aceitos para a aviao civil, para expedio de laudos, pareceres ou relatrios que demonstrem o cumprimento dos requisitos necessrios emisso de certificados ou atestados relativos s atividades de sua competncia.

    A introduo do RBAC 183 esclarece que, por meio desse mecanismo, a ANAC no delega atribuies prprias:

    183.1 Objetivo(a) Este regulamento especifica, para os fins do 1 do art. 8, da Lei n 11.182, de 27 de setembro de 2005, os requisitos para o credenciamento de pessoas de notria especializao para a expedio de laudos, pareceres ou relatrios que demonstrem o cumprimento dos requisitos necessrios emisso de certificados ou atestados relativos s atividades de competncia da ANAC.A ANAC pode credenciar pessoas fsicas vinculadas a um detentor de certificado emitido pela ANAC, pessoas fsicas autnomas e pessoas jurdicas.

    (b) O credenciamento uma prerrogativa da ANAC e no direito do requerente.

    (c) Cabe ao requerente completar todos os ensaios, inspees ou qualquer tipo de demonstrao necessria

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    para satisfazer aos requisitos aplicveis dos RBAC ou dos RBHA. Para todos os fins legais cabveis, a documentao apresentada pelo requerente ANAC, ainda que contenha laudos, pareceres e relatrios de credenciados, de integral responsabilidade do requerente.

    (d) A ANAC pode estabelecer como se dar seu envolvimento direto na verificao do cumprimento dos requisitos e avaliar sistemicamente o processo de demonstrao por parte do administrado.

    (e) Todos os laudos, pareceres e relatrios constituem subsdios de verificao de cumprimento de requisitos a serem considerados pela ANAC para a emisso de certificados ou atestados de sua competncia. A ANAC poder aceitar ou no o laudo, parecer ou relatrio, ou mesmo solicitar novo laudo, parecer ou relatrio de outro credenciado sobre o mesmo assunto, para dirimir quaisquer dvidas.(...)

    Registro Aeronutico BrasileiroQuais as principais funes do Registro Aeronutico Brasileiro (RAB)?As funes do RAB esto definidas no art. 72 do Cdigo Brasileiro de Aeronutica (CBA), Lei n 7.565/86, quais sejam:

    I - emitir certificados de matrcula, de aeronavegabilidade e de nacionalidade de aeronaves sujeitas legislao brasileira; II - reconhecer a aquisio do domnio na transferncia por ato entre vivos e dos direitos reais, de gozo e garantia, quando se tratar de matria regulada por este Cdigo; III - assegurar a autenticidade, inalterabilidade e conservao de documentos inscritos e arquivados; IV - promover o cadastramento geral.

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    Como se d o reconhecimento da propriedade e explorao de uma aeronave junto ao RAB?Os artigos 115 e 116 do CBA do especial ateno como adquire-se a propriedade e quem a Lei considera proprietrio da aeronave.

    importante o pargrafo 2, que determina que os ttulos translativos da propriedade de aeronave, por ato entre vivos, no transferem o seu domnio, seno da data que se inscreverem no Registro Aeronutico Brasileiro.

    Da mesma forma que a propriedade se constitui com o registro do ttulo junto ao RAB, a explorao da aeronave, mediante qualquer contrato de utilizao, tambm se constitui com o registro do instrumento de uso no Registro Aeronutico Brasileiro.

    Enfatiza-se que o pargrafo 1 do artigo 124 do CBA reputa o proprietrio como explorador, at prova em contrrio, se o nome do explorador no constar no Registro Aeronutico Brasileiro.

    Assim, a maior demanda sobre o Registro Aeronutico Brasileiro consiste na informao quanto propriedade e operao de determinada aeronave.

    Como pesquisar dados sobre proprietrio e operador de aeronaves?O Registro Aeronutico Brasileiro viabilizou o acesso por servidores pblicos previamente cadastrados, via web, a seu banco de dados, visando a permitir a consulta de informaes referentes a proprietrios/operadores de aeronaves constantes de seus registros. O aplicativo de consulta, PESQPO, est disponvel na pgina da ANAC na Internet e, para obter acesso, o rgo ou servidor interessado dever encaminhar uma mensagem para o endereo eletrnico [email protected] com os seguintes dados do responsvel pela consulta: nome completo, CPF, setor de lotao, e-mail e telefones institucionais.

    mailto:mailto:rab%40anac.gov.br?subject=

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    O link de acesso ao aplicativo PESQPO https://sistemas.anac.gov.br/saci/. A pesquisa sempre reflete a situao atual do registro de propriedade e operao, e poder ser feita pelo nome ou CPF/CNPJ da pessoa fsica e/ou jurdica objeto da pesquisa ou marcas da aeronave.

    Como fazer pesquisas estatsticas sobre aeronaves?O Registro Aeronutico Brasileiro disponibiliza toda a base de dados da Aviao Civil na pgina da ANAC na Internet. Essa base de dados publicada mensalmente e aberta a todos para download.

    O endereo eletrnico http://www.anac.gov.br/assuntos/setor-regulado/aeronaves/rab/relatorios-estatisticos.

    Quais as modalidades de contratos registrados no RAB?As modalidades de contrato esto elencadas nos arts. 125 a 152 do CBA:

    Construo de Aeronave; Arrendamentos (Operacional e Mercantil); Fretamento (Registro Opcional art. 134 CBA); Hipoteca Convencional e Legal; Alienao Fiduciria; e Diversos (Comodato, Cesso de Uso, Dao em Pagamento, Intercmbio).

    Quais os tipos de constries judiciais registradas?As principais constries so:

    http://www.anac.gov.br/assuntos/setor-regulado/aeronaves/rab/relatorios-estatisticoshttp://www.anac.gov.br/assuntos/setor-regulado/aeronaves/rab/relatorios-estatisticos

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    Sequestro; Penhora; Apreenso; e Indisponibilidade.

    Anota-se tambm o Arrolamento de bens (Receita Federal).

    O que Reserva de Marcas? um instituto infra legal definido pela Resoluo n 293/ANAC.

    A Reserva de Marcas, como medida inicial, tem como nico objetivo possibilitar sua pintura na aeronave, facilitando a vistoria tcnica, no gerando direitos ou prerrogativas.

    A Reserva de Marcas feita online no endereo http://www2.anac.gov.br/rab/servicos/reserva_marca.asp, e a declarao emitida tem validade de 1 ano.

    Aviao ExperimentalNo Brasil, o Cdigo Brasileiro de Aeronutica (Art. 67) estabelece como regra geral que todas as aeronaves devem ser certificadas, no entanto permite a construo amadora e o desenvolvimento da aviao experimental.

    Do ponto de vista material, uma aeronave certificada difere de uma aeronave experimental porque passa por um processo rigoroso de avaliao de projeto, testes de equipamentos e ensaios em voo que exploram as condies mais extremas de operao e demonstram o cumprimento de requisitos tcnicos internacionalmente estabelecidos. Tudo isso com participao direta da autoridade aeronutica. Esse rigor no desenvolvimento do produto prov um alto grau de confiabilidade e reduz a probabilidade de uma falha tcnica, mas, por outro lado, aumenta significativamente o custo da aeronave e inibe o desenvolvimento da aviao e de novas ideias no mbito amador.

    http://www2.anac.gov.br/rab/servicos/reserva_marca.asphttp://www2.anac.gov.br/rab/servicos/reserva_marca.asp

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    Uma aeronave experimental, que geralmente se caracteriza por no ser submetida a uma longa campanha de testes exaustivos, deve expor poucas pessoas ao risco e somente aquelas inerentes ao projeto.

    Desta maneira, aeronaves experimentais so restringidas a voar sobre reas pouco povoadas ou, em alguns casos especficos, a reas completamente isoladas. (RBHA 91.319)

    Aeronaves Leves Esportivas ALE/LSADentro da categoria de aeronaves LSA, h ainda duas divises/grupos: o ALE especial (Special LSA S-LSA) e o ALE Experimental (E-LSA). O ALE especial o avio entregue ao operador totalmente pronto, j configurado, e que poder ser utilizado em atividades como reboque de planadores e instruo de voo em escolas de aviao (a ANAC definir quais atividades podero ser executadas, quando da emisso do novo RBAC N 91). Sua manuteno deve ser executada sempre por empresas certificadas ou mecnicos habilitados, e no pode ser modificado sem aprovao do fabricante ou da autoridade de aviao civil.

    J o ALE experimental uma aeronave experimental construda por amador (ou por um especialista contratado, ou a prpria empresa fabricante do kit) a partir de um kit oriundo do projeto do ALE especial, com a vantagem de no se aplicar a regra dos 51% (maior poro construda pelo proprietrio). O proprietrio, nesse caso, poder decidir a forma como sero feitos os acabamentos e a instalao de equipamentos, por exemplo, desde que essas tarefas estejam previstas no manual de construo da aeronave. Para que exista a aprovao de comercializao do kit, o fabricante deve ter pelo menos uma aeronave do modelo declarada como ALE especial.

    Enfatiza-se mais uma vez que a implantao da categoria de aeronave leve esportiva cria uma nova categoria de aeronaves, com nvel de segurana adequado, intermedirio entre as de construo amadora e as de projeto certificado (especificamente, aquelas certificadas conforme o RBAC N 23 ou N27). Espera-se que, com essa nova categoria, haja um maior desenvolvimento da aviao geral, visto que a aeronave leve esportiva

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    ser de menor custo e de operao mais segura que uma aeronave de construo amadora.

    Projeto iBR2020H outro grupo de aeronaves experimentais mais pesadas, nas quais foram concedidas isenes temporrias aprovadas pela ANAC, a fim de no impactar repentinamente o mercado.

    Essas isenes, que se encerraram no final de 2014, compreendiam as aeronaves entre 600 e 750 kg (conhecidas como ultraleves, mas no enquadradas na categoria de LSA) e avies acima de 750 kg, cuja configurao mais comum peso em torno de 1400 kg e at 4 lugares. Dados levantados pela ANAC indicam que em 2013 essa fatia representou 33% do mercado nacional de aeronaves novas. Nesta fatia de 33%, 84% das aeronaves registradas no Brasil foram fabricadas por essa indstria de aviao experimental.

    A ANAC elaborou um programa de incentivo cultura de certificao com foco na indstria nacional de fabricao de pequenas aeronaves, chamado de projeto iBR2020. Este programa tem como objetivo indicar aos fabricantes meios de aprimoramento da sua capacidade de desenvolvimento de projetos de aeronaves de pequeno porte certificveis.

    A ANAC v como grande oportunidade o interesse destes fabricantes em crescer e investir, e entende que pode contribuir positivamente para que essas empresas tenham condies de desenvolver produtos genuinamente nacionais, que possam competir no mercado global com aeronaves certificadas.

    Operao das aeronaves experimentaisAs aeronaves desta categoria devem ser operadas dentro dos limites regulamentares e demais limitaes indicadas no certificado de aeronavegabilidade experimental que acompanha cada aeronave. O acompanhamento dos aspectos tcnicos, incluindo a manuteno, importante medida para que se evitem acidentes.

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    No se pode confundir os limites de operao das aeronaves certificadas e das experimentais de construo amadora, nem o papel da ANAC frente a cada um destes segmentos.

    Aeronaves no TripuladasAs questes tcnicas que envolvem a pilotagem, projeto e outras particularidades das aeronaves remotamente pilotadas tm sido o foco de engenheiros, pilotos e especialistas no assunto, tanto da indstria quanto das autoridades de aviao civil, que buscam a segurana das operaes desses equipamentos. A tendncia que o desenvolvimento de tecnologias e tcnicas venha fornecer comprovaes que permitiro a efetiva utilizao de aeronaves remotamente pilotadas. Atualmente, no Brasil h trs possibilidades de operar esses equipamentos:

    a) Se a operao do equipamento for enquadrada na regulamentao que trata do aeromodelismo;b) Se a operao do equipamento for enquadrada na regulamentao que trata de operaes experimentais; ec) Se a operao do equipamento no for recreativa e se tratar de operaes no experimentais.

    O termo drone amplo e impreciso, pois usado para descrever desde pequenos multirrotores rdio controlados comprados em lojas de brinquedos at Veculos Areos No Tripulados (VANT) de aplicao militar. Por esse motivo, o termo no utilizado na regulao tcnica da ANAC.

    So chamados aeromodelos os equipamentos com o propsito recreativo, enquanto que os veculos areos no tripulados (VANT) so aqueles empregados em finalidades no recreativas. O termo aeronave remotamente pilotada (RPA) denota categoria de VANT no totalmente autnomo, ou seja, que possui um piloto. Muitos sistemas de aeronave remotamente pilotadas (RPAS) apresentam certo grau de autonomia, porm, durante toda a operao, deve haver meios de o piloto em comando intervir. A nica exceo so os RPAS operando com todos os enlaces de comando e controle perdidos.

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    A operao normal de equipamentos totalmente autnomos no permitida pela legisl