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ANÁLISE DA VIDA REMANESCENTE E DO DANO ACUMULADO EM COMPONENTES DE PLANTAS TERMELÉTRICAS EXPOSTOS AOS MECANISMOS DE DANO POR FLUÊNCIA E FADIGA Bruno Reis Cardoso Heloísa Cunha Furtado Carlos Frederico Trotta Matt Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (CEPEL) Luiz Augusto de Mello Torres Luiz Felippe TRACTEBEL ENERGIA III Seminário Nacional de Manutenção e Gestão de Ativos do Setor Elétrico 29/09/2014 a 03/10/2014, Santos, SP

ANÁLISE DA VIDA REMANESCENTE E DO DANO … 253.pdf · Departamento de Linhas e Estações Telefone: (21) 2598 6141 Fax: (21) 2270 4189 E-mail: [email protected] . METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO

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ANÁLISE DA VIDA REMANESCENTE E DO DANO

ACUMULADO EM COMPONENTES DE PLANTAS

TERMELÉTRICAS EXPOSTOS AOS MECANISMOS DE DANO

POR FLUÊNCIA E FADIGA

Bruno Reis Cardoso

Heloísa Cunha Furtado

Carlos Frederico Trotta Matt

Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (CEPEL)

Luiz Augusto de Mello Torres

Luiz Felippe

TRACTEBEL ENERGIA

III Seminário Nacional de Manutenção e Gestão de Ativos do Setor Elétrico

29/09/2014 a 03/10/2014, Santos, SP

TÓPICOS INTRODUÇÃO

o MOTIVAÇÃO

o OBJETIVOS

o PROJETO DE PESQUISA DESENVOLVIDO

METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DE DANO o ABORDAGENS PARA AVALIAÇÃO DO DANO POR FLUÊNCIA

Parâmetro de Larson-Miller

Parâmetro de Manson-Haferd

Mecânica do dano

o ABORDAGENS PARA AVALIAÇÃO DO DANO POR FADIGA

Curva de resistência à fadiga

Curvas de desgaste cíclico

PLATAFORMA COMPUTACIONAL TURBODIAG-SOMA o PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

o ARQUITETURA BÁSICA

o RESULTADOS DISPONIBILIZADOS

CONSIDERAÇÕES FINAIS

INTRODUÇÃO

MATRIZ ENERGÉTICA NACIONAL o ~80% da geração é de origem hidráulica

o 2ª maior fonte de geração de energia é de origem térmica (carvão,

óleo combustível, biomassa, gás e nuclear)

CARACTERÍSTICAS DO DESPACHO DAS USINAS TÉRMICAS o Não operam em base; operam de forma cíclica

o Operam geralmente nos momentos de pico de energia

o Conseqüências:

alto custo de geração (R$/MWh)

materiais submetidos a carregamentos cíclicos (térmico e

mecânico)

o Outro mecanismo de degradação entra em cena e compromete a

segurança e integridade estrutural de componentes críticos: fadiga

termomecânica

INTRODUÇÃO (cont.)

CARACTERÍSTICAS DO DESPACHO DAS USINAS TÉRMICAS o Revisão das metodologias de avaliação de integridade existentes

o Metodologias menos conservadoras, com sólida base científica e

comprovação experimental

o Metodologias capazes de considerar a interação fluência-fadiga

OBJETIVOS Desenvolver uma metodologia computacional robusta e com

acurácia satisfatória para previsão de dano e de vida remanescente

em componentes críticos de usinas termelétricas

Desenvolver uma plataforma computacional de fácil utilização por

parte das equipes de operação e manutenção das usinas de modo a

automatizar a metodologia de avaliação de vida remanescente

INTRODUÇÃO (cont.)

PROJETO INSTITUCIONAL NO CEPEL (TURBODIAG)

Início: final de 2008

Entrega: final de 2014

EQUIPAMENTO DE INTERESSE

Turbina a vapor do complexo termelétrico de Jorge Lacerda

PARCEIROS NO PROJETO

Empresas do grupo Eletrobrás

TRACTEBEL ENERGIA

COMPONENTES SELECIONADOS o Rotor de alta pressão

o Tubulação da carcaça externa de alta pressão

o Caixa de válvula de bloqueio

METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO

DE DANO

MECANISMOS DE DEGRADAÇÃO

o Fluência: degradação do material em temperaturas elevadas quando

o mesmo é submetido a um carregamento mecânico estacionário

o Fadiga termomecânica: degradação do material quando o mesmo é

submetido simultaneamente a ciclos de carregamento térmico e

mecânico (operação cíclica de uma usina termelétrica)

ABORDAGENS PARA AVALIAÇÃO DO DANO POR FLUÊNCIA o Parâmetro de Larson-Miller (LM)

o Parâmetro de Manson-Haferd (MH)

o Teoria da mecânica do dano (Kachanov-Rabotnov-Penny – KRP)

ABORDAGENS PARA AVALIAÇÃO DO DANO POR FADIGA o Curva de resistência à fadiga do material (RFM)

o Curvas de desgaste cíclico (CLE)

Objetivos: Estimativa do tempo de ruptura tR, do número de ciclos até a

iniciação de macrotrincas NR, do dano total acumulado até a data de

avaliação

METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO

DE DANO (cont.)

ETAPAS DA ABORDAGEM LM

o Monitoramento das grandezas de processo da usina

o Estimativa da temperatura e da tensão mecânica no ponto crítico do

componente de interesse

o Estimativa do valor do PLM através da curva do material

o Estimativa do tempo de ruptura e do dano por fluência

0

100

200

300

400

500

600

15 16 17 18 19 20 21 22

PLM x 0,001

Ten

são

(M

Pa)

PLM CrMoV

Curva de tensão mecânica versus PLM Para aço CrMoV

RtTPLM log20)(

CON

k kR

kC

t

tD

1 ,

METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO

DE DANO (cont.)

ETAPAS DA ABORDAGEM MH

o Monitoramento das grandezas de processo da usina

o Estimativa da temperatura e da tensão mecânica no ponto crítico do

componente de interesse

o Estimativa do valor do PMH através da curva do material

o Estimativa do tempo de ruptura e do dano por fluência

Curva de tensão mecânica versus PMH para aço CrMoV

CON

k kR

kC

t

tD

1 ,

0

50

100

150

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250

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-4 -3.5 -3 -2.5 -2

PMH x 100

Tens

ão (M

Pa)

PMH CrMoV 370

145,17log)(

T

tPMH R

METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO

DE DANO (cont.)

ETAPAS DA ABORDAGEM KRP

o Monitoramento das grandezas de processo da usina

o Estimativa da temperatura e da tensão mecânica no ponto crítico do

componente de interesse

o Estimativa do tempo de ruptura e do dano por fluência a partir da

solução da equação de evolução do dano

ffRC

C

TkC

TkC

tD

D

D

TA

dt

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A(T), B(T), C(T) e D(T) são coeficientes do material, obtidos a partir do ajuste de dados experimentais extraídos de ensaio de fluência

METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO

DE DANO (cont.)

ETAPAS DA ABORDAGEM RFM

o Monitoramento das grandezas de processo da usina

o Identificação do início e do fim de cada transiente de operação

o Estimativa da variação da temperatura de metal e da tensão mecânica

no ponto crítico do componente de interesse

o Estimativa da variação de deformação total no ponto crítico

o Estimativa do número de ciclos a partir da curva de resistência à fadiga

),( Tft

1,00E-01

1,00E+00

1,00E+01

1,00E+02 1,00E+03 1,00E+04 1,00E+05

NR (Ciclos)

t

(%

)

Curva de resistência à fadiga do material

CCN

k kR

kF

N

nD

1 ,

METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO

DE DANO (cont.)

ETAPAS DA ABORDAGEM CLE

o Monitoramento das grandezas de processo da usina

o Identificação do início e do fim de cada transiente de operação

o Estimativa da taxa de aquecimento ou resfriamento do vapor durante

cada transiente, Tv/t em oC/h

o Estimativa da diferença entre a temperatura do vapor e a temperatura de

metal, Tvm em oC

o Estimativa do dano por fadiga a partir do diagrama contendo as curvas

de desgaste

vmF

DAvmF

TDA

TDA

t

T F

)(

)(

3

)(1

2

CLE

METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO

DE DANO (cont.)

CÁLCULO DO DANO TOTAL ACUMULADO

CÁLCULO DA VIDA REMANESCENTE DO COMPONENTE

FCT DDD

kbasekRkrem ttt ,,, kkRkrem nNn ,,

período ésimo- no ou até avaliadas Grandezas

ciclos) (em fadiga à teremanescen vida

asmacrotrinc de iniciação a até ciclos de número

ciclos de número

horas) (em fluência à teremanescen vida

fluênciapor ruptura de tempo

base em operação de horas

,

,

,

,

,

k

n

N

n

t

t

t

krem

kR

k

krem

kR

kbase

PLATAFORMA TURBODIAG-SOMA

Produto do projeto TURBODIAG

Sistema de monitoramento, de diagnóstico e de prognóstico de vida

remanescente de componentes de usinas termelétricas submetidos aos

mecanismos de degradação por fluência e fadiga termomecânica

Escrito em linguagem de programação Java

Baseado em tecnologia WEB (acesso restrito)

Compatível com equipamentos de medição da empresa National

Instruments (PXI e Fieldpoints)

Integrado ao sistema de supervisão da usina

Arquitetura da plataforma

PLATAFORMA TURBODIAG-SOMA

(cont.)

Evolução temporal da temperatura de metal (sensor I730TT3012) e da pressão do vapor (sensor I731PT3015)

Período: 07/04/2013 a 29/04/2013

PLATAFORMA TURBODIAG-SOMA

(cont.)

Evolução temporal do dano acumulado por fluência e fadiga termomecânica no primeiro estágio de expansão do rotor AP

Período: Janeiro a Dezembro de 2013

PLATAFORMA TURBODIAG-SOMA

(cont.)

Evolução do dano acumulado por fluência e fadiga termomecânica no primeiro estágio de expansão do rotor AP

Período: Janeiro a Dezembro de 2013

PLATAFORMA TURBODIAG-SOMA

(cont.)

Evolução da vida remanescente à fluência para o rotor AP Período: Janeiro a Dezembro de 2013

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Desenvolvimento de metodologia computacional para prognóstico de

vida remanescente de componentes de turbinas a vapor sujeitos à

degradação por fluência e fadiga termomecânica

Abordagens e critérios adotados na metodologia desenvolvida aceitos

pela comunidade científica

Desenvolvimento de plataforma computacional para monitoramento em

tempo real de grandezas de processo relevantes para avaliação de

integridade em componentes de turbinas a vapor

Plataforma computacional com tecnologia WEB, de simples utilização e

integrada ao banco de dados do sistema de supervisão da usina

Ferramenta importante de auxílio à tomada de decisão por parte da

equipe de engenharia da usina em função do acompanhamento da

condição operacional da turbina

OBRIGADO PELA ATENÇÃO!

Carlos Frederico Trotta Matt, D.Sc., Engenheiro Mecânico

Centro de Pesquisas de Energia Elétrica

Departamento de Linhas e Estações

Telefone: (21) 2598 6141

Fax: (21) 2270 4189

E-mail: [email protected]

METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO

DE DANO (cont.)

INTERAÇÃO FLUÊNCIA-FADIGA VIA ABORDAGEM

BASEADA NA MECÂNICA DO DANO

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