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STCRJ ANALISE DA CARTA DE PAULA AOS FILIPENSES

Analise de Filipenses

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STCRJANALISE DA CARTA DE PAULA AOS FILIPENSES

INTRODUOAMBIENTO HISTORICAA cidade foi conquistada primeiramente por Filipe da Macednia, pai de Alexandre,o Grande, em 360 A.C., recebendo o seu nome. Foi ali em Filipos que Otvio, o mesmo que seria mais tarde o grande imperador Augusto (que estabeleceu a Pax Romana), venceu a batalha de Actium. Numa plancie perto da cidade, Augusto derrotou seus rivais, Antnio e Clepatra, no ano de 42 A.C.. Por causa daquela vitria muito importante para a conquista da coroa, Augusto deu aos seus valorosos soldados tanto terras como posio, elevando a cidade condio de colnia romana. Isso explica por que havia to poucos ju deus em Filipos. Se houvesse judeus no exrcito de Augusto, seriam to poucos que no haveria nmero suficiente para fundar uma sinagoga.INTRODUOMuitos ainda ficam indecisos quanto ao lugar onde Paulo estava quando escreveu sua carta aos Filipenses. O ponto de vista tradicional que se encontrava em Roma, assim como quando comps as cartas aos Colossenses, aos Efsios e a Filemon. Mais recentemente, porm, eruditos britnicos e alemes, como George Duncan e Michaelis, descobriram certos sinais indicando que possivelmente Paulo no estava na capital do Imprio.INTRODUOUm dos motivos que tradicionalmente tm levado os intrpretes a pensarem que Paulo se achava em Roma sua meno guarda pretoriana em Fp 1:13. Ali ele fala de toda a guarda pretoriana e de todos os demais . No fim do captulo 4, refere-se aos da casa de Csar . Mas descobertas arqueolgicas recentes indicam que isso no uma prova decisiva, j que havia guardas pretorianas alm de Roma. Esta guarda era uma tropa de elite de cerca de 9.000 guardas imperiais: os soldados mais dignos de confiana de todos os que o imperador possua. Eram cuidadosamente treinados e selecionados para defender o imperador contra qualquer golpe do estado. INTRODUOCARTA PRISOMas h algumas objees teoria dessa carta ter sido escrita em Roma. A dificuldade mais sria que, num perodo relativamente curto, quatro ou cinco viagens devem ter sido realizadas entre o escritor e os leitores. Algum informou aos filipenses que Paulo estava na priso. A oferta que Epafrodito trouxe ( captulo 2) exigiu outra viagem. A notcia de que Epafrodito tinha ficado doente, e o conhecimento que Paulo tivera de que os filipenses lamentavam profundamente a doena de Epafrodito, exigiram ainda que outras duas viagens (ver 2:19-30). So muitas idas e voltas entre as cidades de Roma e Filipos, consumindo talvez 7 ou 8 semanas cada uma. INTRODUOCARTA PRISOH evidncias abundantes de que Paulo escreveu de Roma, essa carta no final da sua primeira priso. Trs fatores parecem provar essa tese: Primeiro, as demais cartas da priso foram escritas de Roma (Efsios, Colossenses, Filemom), onde Paulo passou mais tempo em cativeiro. Segundo, em Filipenses 1.13 Paulo menciona a guarda pretoriana (o pretrio). Terceiro, em Filipenses 4.22 Paulo envia saudaes dos da casa de Csar, todos os que faziam parte das lides domsticas do imperador. INTRODUOCARTA PRISOEssa carta foi escrita no final da primeira priso em Roma, e no durante a segunda priso, visto que Paulo tem vvida esperana de rever os filipenses (1.19,25) e ainda desfrutava certa liberdade a ponto de receber livremente seus visitantes (At 28.17-30). Paulo ficou preso em Roma, nessa primeira recluso, cerca de dois anos, aproximadamente nos anos 60 a 62 d.C.AUTORIA DA CARTAO apstolo Paulo, corajoso missionrio, ilustrado mestre, articulado apologista, estadista cristo e fundador da igreja de Filipos, o remetente da carta. H abundantes evidncias internas e externas que provam conclusivamente que Paulo foi o autor dessa carta. Os pais da Igreja primitiva Policarpo, Irineu, Clemente de Alexandria, Eusbio e outros afirmam a autoria paulina dessa carta.10PROPOSITO DA CARTAPaulo tinha uma considerao toda especial por esta igreja foi o amor dos crentes de Filipos para com ele. At ento, era a nica igreja que se preocupou com o apstolo a ponto de mandar auxilio financeiro. Paulo dependia dos donativos, alm daquilo que podia ganhar com o trabalho. Ao ler o cap. 4, vemos que havia ocasies em que Paulo estava pobre de recursos materiais, quando no tinha mais que uma moeda no bolso. Ele no se importou em arrriscar a sua vida para sair de casa a fim de ser portador dos filipenses, e assim suprir a necessidade de Paulo (Fp 2:25). Esta carta aos filipenses foi escrita, em parte, a fim de expressar a gratido profunda que Paulo sentia para com a igreja que tanto se preocupava com seu ministrio. BREVE RESUMO DA FUNDAO DA IGREJAAquela igreja comeou com uma mulher. A igreja em Filipos foi fundada em aproximadamente 50 A.D., com Ldia, uma mulher de negcios. Mais tarde, haveria duas mulheres brigando naquela mesma igreja (4:2, 3). claro que h quem diga que a raiz de tal desentendimento est no modo como se iniciou a igreja. Ldia de Tiatira, na sia, era comerciante, (At 16:14). Vendia um corante vermelho, caro, que era produzido em Tiatira. O outro membro fundador foi uma jovem escrava, que tinha sido possuda por demnios. Paulo expeliu dela os demnios, suscitando a ira dos donos, que dela se utilizavam para tirar lucros financeiros atravs de feitiaria e profecias sobre o futuro (At 16:16-23). Suponho que ela se tenha tomado crist, membro ativo da igreja. BREVE RESUMO DA FUNDAO DA IGREJANaquela mesma noite, por causa de um terremoto divinamente marcado para aquela hora, o carcereiro se assustou o suficiente para pedir aos missionrios que lhe mostrassem a maneira de ser salvo, em vez de suicidar-se (At 16:27-34). Assim ele se converteu, juntamente com sua famlia. Portanto, um carcereiro, uma escrava, e uma comerciante foram escolhidos por Deus para formarem o ncleo da igreja em Filipos.Paulo e Timteo, servos de Cristo...1.1 Paulo, o nico autor, gentilmente acrescentou o nome de Timteo (que estava com ele no momento de escrever a carta e poderia ter exercido o papel de seu secretrio). Juntos eles eram servos de Cristo Jesus. Douloi significa literalmente escravos, mas no h aqui uma idia de submisso servil. O termo santos no designa um nvel de realizaes ticas, mas pessoas que em Cristo Jesus foram separadas para a nova vida. Exatamente por que foi acrescentado inclusive bispos e diconos no est claro. Talvez fosse uma reflexo posterior, chamando a ateno para aqueles que supervisionaram (episcopos traduz-se melhor por "superintendente") a coleta enviada a Paulo como presente pessoal (4:10-19). Graa e paz a vs outros, da parte de Deus...2. Graa e paz a vs. A verso crist de Paulo das saudaes grega e hebraica combinadas. No kairein, "saudaes", mas karis, "graa" a bondade espontnea, imerecida e amorosa de Deus para com os homens. Paz mais do que tranqilidade ntima; tem implicaes teolgicas que falam da comunho restaurada entre o homem e Deus com base na obra de reconciliao de Cristo. Estas bnos espirituais encontram sua fonte principal em Deus nosso Pai e. . . Senhor Jesus Cristo.Ao de Graas, koinonia e orao1.3-111.3 Dou graas ao meu Deus - Mesmo na priso os pensamentos de Paulo se dirigiam para os outros. Em sua contnua lembrana deles, ele d graas a Deus. O singular meu Deus exibe um relacionamento profundo e ntimo. 1.4 fazendo sempre com alegria, splicas por todos vs... - Para Paulo, lembrar-se era orar. A natureza de sua intercesso foi colocada em destaque pela escolha da desis ( (uma orao petitria, indicam seu contedo 1.9) em lugar da mais comum proseuch. A estudada repetio da palavra todas (1:4, 7, 8, 25; 2:17, 26; 4:4) A intercesso no um fardo a ser carregado mas um exerccio da alma a ser praticado com alegria.1.9 e 1.10 e tambm fao esta orao... o contedo da orao de Paulo do versiculo 4 ele dividido em:Amor aumente agora Paulo usa o verbo proseuchomai que pode ser traduzido como (fo esta orao), mas o mais importante observar as funes das oraes de paulo, pela igreja. O amor () neste contexto , aparentemente, o amor mutuo entre os crentes1.9 Em pleno conhecimento e toda a percepo so comuns entre os filosofos morais, helensticos, tais como Epicteto e Plutarco, os quais usavam este vocabulario no duplo sentido: apreenso intelectual daquilo que bom na vida. Para o cristo Paulo afirma que a mola mestra o amor entre os irmos, seus relacionamentos mtuos.1.10 provardes as coisas mais excelentes... o verbo que aparece significa pr sob teste. Como termos comerciais, era usado para denotar o teste de moedas. As que eram aprovadas eram dinheiro genuno, no falsificado. A ideia que os leitores de Paulo deviam ter a habilidade de discernir, e depois praticar, em suas vidas coletivas, os assuntos realmente importantes e relevantes do viver comunitrio. Pois deveriam ser sinceros heilikrines que denota pureza moral, no religiosidade extremada. Em todo NT, s aqui, e em II Pedro 3.1 que se encontra esta palavra Ao de graas,orao e koinonia Koinonia foi pobremente traduzida pela palavra cooperao. Vem de um verbo que significa "ter em comum" e pode ser definido, no N.T., como compulso por ajudar pessoas" Embora a referncia imediata talvez fosse ao presente em dinheiro (koinonia tem sido assim empregado nos papiros), a expresso no fica exaurida nesse ato nico. O presente apenas um smbolo de uma preocupao muito mais profunda pela propagao do Evangelho. Os paralelos so encontrados em Romanos 15.26 e II Corntios 9.1-13 as igrejas do 1 sculo eram missionriasBenefcios das ofertas: II Co 9.12 supre a necessidade dos santos;IICo 9.13 glorificam a Deus e IICo9.14 orao em favor do ofertante1.7 alis, justo...Paulo podia pensar deles desse modo porque os tinha no seu corao. Esse lao de afeio toma-se evidente pela participao deles nas algemas de Paulo como tambm na defesa diante da corte. (Descobertas feitas em papiros mostram que tanto apologia, defesa, como bebaisis, confirmao, so termos jurdicos.) Eram participantes dele na grae no da sua graa. Sofrer por Cristo um favor especial de Deus. 1.8 pois minha testemunha Deus, da saudade que tenho de vs...Da saudade que tenho de todos vs revela um profundo sentimento de afeio familiar crist. Que gera misericordia Splagchnos (lit., corao, pulmes, fgado, rins; no intestinos) refere-se metaforicamente aos sentimentos de amor e ternura que se cria brotarem das entranhas. As entranhas eram consideradas como a sede das paixes mais extremas, tal como o dio e o amor; para os hebreus, a sede das afeies mais sensveis, esperana, bondade, benevolncia, compaixo; da, nosso corao (misericrdia, afetos, etc.)

AVANA IRRESISTIVVEL DO EVANGELHO 1.12-26Os filipenses estavam grandemente angustiados diante da notcia da priso de Paulo. O que aconteceria causa de Cristo agora que o principal dos apstolos se encontrava em cadeias? A linguagem sugere que Paulo desejava assegurar aos flipenses que tudo estava bem com ele. Talvez tivessem manifestado alguma preocupao com ele, aps a visita de Epafrodito (2.25)20AVANA IRRESISTIVVEL DO EVANGELHO 1.12-26 1.2 adelphos aparece seis vezes nesta carta Paulo dirige-se aos destinatrios chamando-os de irmos. O termo indica um forte sentimento de unidade e camaradagem espiritual.J o termo traduzido por progresso prokope significa avano a despeito de obstrues e perigos que bloqueiam o caminho do viandanteEste termo conhecido de um verbo usado originalmente em relao ao pioneiro que abre caminho no mato AVANA IRRESISTIVVEL DO EVANGELHO 1.12-26Este avano parte de duas frentes:o Evangelho fora anunciado Guarda Pretoriana (v. 13) Pretrio refere-se aqui no residncia oficial do governador, mas guarda imperial. At mesmo os guardas profissionais no podiam deixar de falar desse notvel prisioneiro e dos motivos de sua priso. Logo toda a cidade (de todos os demais) sabia que Paulo estava preso por causa de Cristo.E os cristos foram despertados para testemunhar mais destemidamente (v. 14). - ESTIMULADOS peitho significa compelidos a pregar sem medo, ousadamende aphobos (desassombro)O paradoxo da pregao do evangelho: AMOR X RIVALIDADEEstamos diante de uma seo importante da carta. O texto de 15-17 formado de declaraes paralelas, denominado chiasmus que significa elementos dispostos de forma cruzadaOs versculos 15-17 destacam a contreversia religiosa de uma pregao fraudulenta, parece que alguns estavam pregando contra as autoridades civis da cidade onde Paulo estava preso, mensagens anti-imperiais. Provocando perseguio, martrio. Desta forma esto tornando difcil o trato com as autoridades romanas. Parece que um grupo contrario as pregaes de Paulo, por ser ele um apstolo em cadeias. Eles vem a si mesmo como homens de Deus, so pregadores itinerantes, religiosos extremados, figuras familiares no mundo antigo grego-romano