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Análise do Conteúdo
Trabalho apresentado à disciplina Métodos de Pesquisa II
Carlos EduardoDaisy LimaElisana Almeida Roberto GordilhoTiara Rubim
Aspectos Históricos
❑Suécia, XVII - 1640: pesquisas sob a autenticidade dos hinos religiosos e os efeitos quepoderiam existir sobre os luteranos [temas, valores, estilísticas, etc]
❑1882 - 1892: Frances B. Bourbon, buscou compreender emoções e outros efeitosutilizando textos bíblicos, especialmente sob o Êxodo numa perspectiva temática equantitativa.
❑EUA, início do séc. XX: Imprensa - visava medir o impacto sensacionalista dos artigos,com um rigor quantitativo sob tamanho das fontes, números de páginas, temáticas, etc.
❑1927: H. Lasswell durante a I Guerra Mundial apresentou o trabalho “PropagandaTechinique in the WorldWar” e outros em estudos de Ciências Políticas.
❑1948: Berelson e Lazarsfeld que sistematizaram as preocupações epistemológicas daépoca no livro “The analisys of communication contents”.
❑1960-1970: Computador - Interesse por estudos de comunicação não verbal -Inviabilidade de precisão de trabalhos linguísticos.
❑1977: Bardin publicou a sua obra L’analyse de contenu, na qual o método foiconfigurado em detalhes, servindo de orientação e principal referência até hoje.
❑Tendência atual - Informática / Inteligência Artificial - multiplicando aplicações dométodo.
Objetivos do Método
❑É uma TÉCNICA DE ANÁLISE DE DADOS❑Serve para condensar ideias e construir
CATEGORIAS❑Precisa estar alinhada com a metodologia
❑Principal Referencia atual: Laurence Bardin
Indagação: O que essa mensagem
significa exatamente?
A Análise de Conteúdo:
O que é o Método
A análise de conteúdo é uma técnica que consiste em avaliar de forma sistemática umcorpo de texto (ou material audiovisual), por forma a desvendar e quantificar aocorrência de palavras/frases/temas considerados “chave” que possibilitem umcomparação posterior.
Abordagens do Método
Fonte: Adaptado de Bardin (2009)
Campo1) Alguns Exemplos citados por Bardin (2016) da infinidade de análises de conteúdos possíveis com o método:
Medir a implicação do político em seus discursos;
Provar que os objetos da nossa vida cotidiana
funcionam como uma linguagem, que o
vestuário é mensagem que a disposição do
nosso apartamento “fala”, etc.
Seguir a evolução da moral da nossa época, por meios de
anúncios de revistas
Encontrar o inconsciente coletivo, por de trás da aparente incoerência dos grafites escritos em locais públicos;
Objetivos para qual o Método é mais Apropriado
2) Para Quivy, o método tem uma aplicação muito vasta. Podeincidir sobre comunicações de formas muito diversas (textosliterários, programas de tv ou rádio, filmes, relatórios deentrevista, mensagens não verbais, conjuntos decorativos, etc)
Análise dos processos de difusão e de socialização (manuais escolares, jornais,
publicidade…)
Análises das ideologias, dos sistemas de
valores, suas representações e aspirações bem
como sua transformação
Estudo das produções culturais e teatrais
Exame da lógica de funcionamento dasorganizações, graças aos documentos queelas produzem.
Domínios Possíveis da Aplicação
(...) Em última análise, qualquer comunicação, isto é, qualquer veículo de significados de um emissor para um receptor,
controlado ou não por este, poderia ser escrito, decifrado pelas técnicas de análise de conteúdo. (Bardin; 2016)
Tudo que é dito ou escrito é suscetível de ser submetido a
uma análise de conteúdo.
Principais Variantes do Método - Quivy
Domínios Possíveis da Aplicação
TABELA 1 – Domínios possíveis da aplicação da análise de conteúdo
Código e suporte Número de pessoas implicadas na comunicação
Uma pessoa
(monológo)
Comunicação dual
(diálogo)
Grupo restrito Comunicação de massa
Linguístico
escrito
Agendas, maus
pensamentos,
congeminações,
diários íntimos
Cartas, respostas a questionários e a
testes projetivos, trabalhos escolares
Ordens de serviço numa
empresa, todas as
comunicações escritas,
trocadas dentro de um grupo.
Jornais, livros, anúncios
publicitários, cartazes,
literatura,
textos jurídicos,panfletos.
Linguístico oral Delírio do doente
mental, sonhos
Entrevistas e conversações de
qualquer espécie
Discussões, entrevistas,
conversações de grupo de
qualquer natureza.
Exposições, discursos, rádio,
televisão, cinema, publicidade,
discos.
Icônico
(sinais, grafismos,
imagens,
fotografias,
filmes, etc.)
Garatujas mais ou
menos
automáticas,
grafitos, sonhos.
Resposta aos testes projetivos,
comunicação entre duas pessoas
mediante imagem
Toda a comunicação icônica
num pequeno grupo
(p.ex.: símbolos icônicos numa
sociedade secreta, numa
casta...).
Sinais de trânsito, cinema,
publicidade, pintura, cartazes,
televisão
Outros códigos
semióticos(i.é, tudo que não sendo
linguístico pode ser portador
de significações; ex.:música,
objetos, comportamento,
espaço, tempo, sinais
patológicos, etc.)
Manifestações
histéricas da doença
mental, posturas,
gestos, tiques, dança,
coleções de objetos.
Comunicação não verbal com destino a outrem (posturas, gestos,
distância espacial, sinais olfativos, manifestações emocionais, objetos
quotidianos, vestuário, alojamento...), comportamentos diversos, tais
como os ritos e as regras de cortesia.
Meio físico e simbólico:
sinalização urbana,
monumentos,
arte...; mitos,estereótipos,
instituições, elementos de
culturaFonte: Adaptado de Bardin (1979: p. 229).
Autores Consultados
“Conjunto de técnicas de análise das comunicações visando obter, por procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens, indicadores (quantitativos ou não) que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção (variáveis inferidas) destas mensagens”. Bardin (1997, p.42)
Laurence BardinProfessora da Universidade de Paris V
BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa, Portugal; Edições 70, LDA, 2016.
Conjunto de técnicas de análise dascomunicações, visando obter por procedimentossistemáticos e objetivos de descrição doconteúdo das mensagens, indicadores(quantitativos ou não) que permitem ainferência de conhecimentos relativos àscondições de produção/recepção (variáveisinferidas) destas mensagens.
Laurence Bardin
ANÁLISE DE CONTEÚDO
ANÁLISE DE CONTEÚDO
Quivy
Incide sobre mensagens variadas como obrasliterárias, artigos de jornais, documentosoficiais, programas audiovisuais, declaraçõespolíticas, atas de reuniões ou relatórios deentrevistas pouco diretivas. A escolha dostermos utilizados pelo locutor, a sua frequênciae o seu modo de disposição, a construção do“discurso” e o seu desenvolvimento são fontesde informações a partir das quais o investigadortenta construir um conhecimento.
ANÁLISE DE CONTEÚDO
Minayo
Os pesquisadores que buscam a compreensão dossignificados no contexto da fala, em geral, negam ecriticam a análise de frequências dasfalas e palavras como critério de objetividade ecientificidade e tentam ultrapassar o alcancemeramente descritivo da mensagem, para atingir,mediante inferência, uma interpretação mais
profunda.
ANÁLISE DE CONTEÚDO
VergaraÉ considerada uma técnica para o tratamento dedados que visa identificar o que está sendo ditoa respeito de determinado tema.
ANÁLISE DE CONTEÚDO
Gil À medida que as informações obtidas sãoconfrontadas com informações já existentes,pode-se chegar a amplas generalizações, o quetorna a análise de conteúdo um dos maisimportantes instrumentos para a análise dascomunicações de massa.
ANÁLISE DE
CONTEÚDO
BARDIN
QUIVY
VERGARA
MINAYOGIL
BERELSON
LASSWELL
Método - Organização da Análise
TRÊS ETAPAS CRONOLÓGICAS DE BARDIN
Organização da Análise
3 Etapas Cronológicas
de Bardin
Pré-Análise
Exploração do Material
Tratamento dos Resultados, Inferência e Interpretação
Organização da Análise
1
Pré-Análise
▪ É a fase da organização
propriamente dita;
▪ Organiza-se o material a ser
analisado com o objetivo de torná-
lo operacional e sistematizar as
ideiais iniciais;
Organização da Análise
1
Pré-Análise
1.Leitura “flutuante”;
2.Escolha dos documentos;
3.Formulação das hipóteses e dos
objetivos;
4.Referenciação dos índices e
elaboração dos indicadores;
5.Preparação do material.
1. Leitura “flutuante”:
Consiste em estabelecer contato com os documentos a
analisar, deixando-se invadir por impressões e orientações.
▪ O termo é uma analogia à atenção “flutuante”, definida
por Sigmund Freud.
1 Pré-Análise
1 Pré-Análise
2. Escolha dos Documentos:
Faz-se a constituição do corpus a analisar;
Para esta delimitação, o analista deve seguir
as seguintes normas :
▪ Regra da Exaustividade
▪ Regra da Representatividade
● Regra da Pertinência
● Regra da Homogeneidade
1 Pré-Análise - REGRAS
● Regra da Exaustividade
Deve-se esgotar a totalidade da comunicação, do
acervo, da coleção;
● Regra da Representatividade
A amostra deve representar o universo;
1 Pré-Análise - REGRAS
● Regra da Homogeneidade
Os dados devem referir-se ao mesmo tema, serem
obtidos por técnicas iguais e selecionados por
indivíduos semelhantes;
● Regra da Pertinência
Os documentos precisam adaptar-se ao conteúdo e
objetivos previstos.
1 Pré-Análise
3. Formulação das hipóteses e objetivos
A hipótese é uma suposição, cuja origem é a intuição,
que permanece em suspenso enquanto não for
submetida à prova de dados seguros;
O objetivo é a finalidade geral a que nos propomos, o
quadro teórico ou pragmático, no qual os resultados
obtidos serão utilizados.
1 Pré-Análise
4. Referenciação dos índices e elaboração dos indicadores:
● Índices fornecem indícios da mensagem, do conteúdo;
● Indicadores são os elementos que asseguram os índices
previamente estabelecidos.
1 Pré-Análise
5. Preparação do Material
● Trata-se de uma preparação material e,
eventualmente, de uma preparação formal (edição);
● A preparação forma dos textos pode ir desde o
alinhamento dos enunciados intactos, proposição, até
a transformação linguística dos sintagmas, para
padronização e classificação por equivalência.
Organização da Análise
2
Exploração do Material
A exploração do material consiste
“nas operações de codificação,
desconto ou enumeração, em função
de regras previamente formuladas”
(BARDIN, 2016, p.125-130).
2 Exploração do Material
● É a etapa mais longa e cansativa;
● É a efetivação das decisões tomadas na Pré-Análise;
● É o momento em que os dados brutos são
transformado de forma organizada e agregadas em
unidades, as quais permitem uma descrição das
características pertinentes do conteúdo;
● Divide-se em codificação e categorização.
2 Exploração do Material
1.Codificação:
Corresponde a uma identificação que por recorte,
agregação, enumeração, etc., permite atingir uma
representação de conteúdo e de sua expressão;
2 Exploração do Material
1.1 Unidades de Registro
● É a unidade de significação a codificar e
corresponde ao segmento de conteúdo a
considerar como unidade de base, visando à
categorização e à contagem frequencial;
● Exemplo: A palavra, o tema, o objeto, o
personagem, o acontecimento, etc.
2 Exploração do Material
1.2 Unidades de Contexto
● Servem para compreender a Unidade de
Registro;
● Exemplo: A frase para a palavra e o
parágrafo para o tema.
2 Exploração do Material
3. Categorização
● A categorização é a passagem de dados brutos para
dados organizados. As rubricas ou classes agrupam
alguns elementos, que são as Unidades de Registro;
● Esses elementos são agrupados devido ao fato de
possuírem características comuns.
2 Exploração do Material
A Categorização ocorre em duas etapas:
● Inventário - Isolam-se os elementos comuns;
● Classificação - Repartem-se os elementos e
impõe-se certa organização.
2 Exploração do Material
Para serem consideradas boas, as categorias
devem possuir certas qualidades:
● Exclusão Mútua;
● Homogeneidade;
● Pertinência;
● Objetividade e Fidelidade;
● Produtividade.
Utilidade da Informática para a Análise do Conteúdo
Em 1966, Stone et al publicam uma obra considerada referência no que diz
respeito a análise de conteúdo com o auxilio do computador: “The General
Inquirer: a computer approach to content analysis in the behavioral sciences”.
São lançados no mercado vários softwares com a finalidade de auxiliar o
pesquisador no tratamento e armazenamento de grandes quantidades de dados,
como: NUD*IST (gerenciador de referências para biblioteca pessoal), ATLAS*ti
(planejar projetos) e MAXqda (importa e exporta materiais de diferentes fontes).
É uma tendência as pesquisas qualitativas também fazerem
uso da informática, visando à agilização e qualificação do
material de análise.
1) Em que posição do discurso é levantado os temas:
2) Em que posição do discurso é levantado os temas:
Estudar a ocorrência de um determinado tema
proposto nos discursos dos presidentes do Brasil na
Nações Unidas 2001, 2009 e 2011
Potencialidades do MaxQda
Complexidade de Filtros Inter-relações
Organização da Análise
3
Tratamento dos
Resultados, Inferência e
Interpretação
Tratamento estatístico simples dosresultados, permitindo a elaboraçãode tabelas que condensam edestacam as informações fornecidaspela análise.
3 Tratamento dos Resultados
3 Tratamento dos Resultados
3 Inferência
A intenção da análise do conteúdo é a inferência deconhecimentos relativos às condições de produção (oueventualmente de recepção), inferência esta que recorre aindicadores (quantitativos ou não). Bardin, 2016,p…
Nas ciências empíricas a inferência é um processo fundamental, visto que com ela se pretende partir do conhecimento do fato para se chegar ao conhecimento das razões para o fato. Gondim, 2014, p.194
3 Inferência
3 Interpretação
▪ As inferências levam às interpretações.
▪ São sempre no sentido de buscar o que se esconde sob os documentos selecionados.
▪ É a leitura profunda das comunicações, indo além da leitura aparente. O papel do analista é semelhante ao do arqueólogo, do detetive, do terapeuta.
Modelo
3 Análise
1) Análises Temáticas:
1.1) Análise categorial - Consiste em calcular e comparar as
frequências de certas características previamente
agrupadas em categorias significativas;
1.2) Análise da avaliação - Incide sobre os juízos formulados
pelo locutor. (QUIVY E CAMPENHOUDT, 2005, p.228-
229)
3 Análise
2) Análises Formais:
2.1) Análise da Expressão - Incide sobre a forma da
comunicação, cujas características (vocabulário, etc.)
comunicam uma informação sobre o locutor;
2.2) Análise da Enunciação - Investiga o discurso, a ordem das
suas sequências, as repetições, as quebras do ritmo, dentre
outras características.(QUIVY E CAMPENHOUDT, 2005, p.228-
229)
3 Análise
3) Análises Estruturais:
3.1) Análise de Coocorrência - As coocorrências entre temas
informam o investigador acerca de estruturas mentais e
ideológicas ou acerca de preocupações latentes;
3.2) Análise Estrutural propriamente dita - Revela os
princípios que organizam os elementos do discurso,
independentemente do próprio conteúdo destes elementos.
.
(QUIVY E CAMPENHOUDT, 2005, p.228-
229)
Análise do Conteúdo x Análise do Discurso
Análise de Conteúdo: Ênfase na codificação/ decodificação,
geralmente partindo de dados quantitativos, nem sempre
propondo uma análise qualitativa do material coletado.
Análise do Discurso: Parte do processo de constituição
histórico-social e ideológica da linguagem. Ênfase no
processo de construção e desconstrução do discurso,
buscando seu sentido.
Análise do Conteúdo x Análise do Discurso
Fonte: ROCHA e DEUSDARÁ, 2005
Análise do Discurso
“Compreender um enunciado não é
somente referir-se a gramática e a um
dicionário, é mobilizar saberes muito
diversos, fazer hipóteses, raciocinar,
construindo um contexto que não é um
dado preestabelecido e estável”
(MAINGUENEAU, 2011, p.20).
Análise da entrevista
Análise da entrevista
Análise da entrevista
Sonho
Fugir aos
constrangimentos
mudança de atividade
Constrangimento
s de sucesso das
férias, riscos de
insuceso
Organizar
/ arriscar
1) Resumo do papel central dos constrangimentos.
2) Jogo afetivo entre o desejo e o receio da partida - o imprevisto
e o medo do nada, o outro e a solidão
Exemplos
Exemplo1
As concepções do trabalho: Um Estudo de Análise de Conteúdo de Dois Periódicos de Circulação Nacional
▪O objetivo do artigo foi levantar as concepções do trabalho presentes em artigos nojornal Folha de São Paulo e na revista Exame.
▪ O desenvolvimento do estudo consistiu na aplicação do método designado poranálise de conteúdo (análise temática). Tanto no jornal como na revista,selecionaram-se os artigos que abordavam, principalmente, os assuntostrabalho/emprego/desemprego. Dentre eles, tomaram-se como amostra: 60 artigosda revista Exame e 299 do jornal Folha de São Paulo.
▪ No referencial teórico o autor apresenta, de forma sumarizada, as principaisconcepções formais do trabalho a clássica, a capitalista tradicional, a marxista, agerencialista, a de centralidade expressiva e a de centralidade externa.
▪ Foi avaliado o trabalho nas suas principais concepções no tempo.
Exemplo2
O envelhecimento da população brasileira: uma análise de conteúdo das páginas da REBEP.
▪O objetivo deste artigo é analisar, de maneira sistemática, o quanto e o que os demógrafos brasileiros têm produzido e refletido sobre o envelhecimento populacional brasileiro, tendo como base nos artigos da REBEP
▪ Para a realização deste trabalho, foram analisados todos os artigos publicados pela revista entre os anos de 1984 a 2003. A metodologia escolhida foi a análise de conteúdo.
▪ No referencial teórico o autor apresenta uma introdução onde aborda questões levantadas por Thomas Malthus no livro “Ensaio sobre a População”, a transição demográfica no Brasil, o envelhecimento da população brasileira e o declínio da fecundidade.
Exemplo3
Drogas e saúde na imprensa brasileira: uma análise de artigos publicados em jornais e revistas.
▪Objetivo: O estudo analisa as informações que a imprensa escrita vem divulgando atualmente no Brasil sobre as implicações do uso de drogas para a saúde.
▪ Foi realizado um levantamento dos artigos conduzido pela Lupa Clipping, empresa especializada em clipping de artigos publicados em jornais e revistas do País. Foram analisados os artigos que discorriam sobre saúde, publicados no período de janeiro a dezembro de 1998. Posteriormente, foi realizada uma nova triagem, tendo sido selecionadas apenas as matérias referentes ao tema “drogas” divulgadas nos seguintes meios de comunicação: a) jornais de abrangência estadual (Estado de São Paulo, Folha de São Paulo, Jornal do Estado – Curitiba, Paraná; O Povo – Fortaleza, Ceará; A Crítica – Manaus, Amazonas, entre outros); b) revistas de abrangência nacional (Veja, Isto É, Criativa, Época, entre outras).
▪ No referencial teórico o autor apresenta uma introdução onde aborda questões relacionadas a matérias sobre o uso de drogas no Brasil.
Etapa Critério de Avaliação Evidência Sim/Não Conclusão
1. Pré Análise: Demonstrar que houve
uma seleção prévia e organização do
material a ser estudado com o objetivo
de sistematizar as ideias iniciais, de
maneira a conduzir um esquema preciso
de desenvolvimento das próximas etapas.
Sim
Atende
Plenamente aos
Critérios
Esta etapa possui três missões:
1. Escolha dos documentos
2. Formulação da hipótese/objetivo
3. Elaboração final dos indicadores
Análise
Verificar a organização da análise
seguindo o definido na fase de pré
análise.
Na etapa de análise do material todos os artigos selecionados
foram submetidos a uma análise de conteúdo detalhada. A
análise foi iniciada a partir de uma “leitura flutuante” dos artigos.
Ao longo desse processo de leitura dos artigos, foram
selecionados alguns temas considerados mais relevantes para
investigação. Esses temas serviram de base para a elaboração
de uma ficha-padrão (“Planilha de análise de conteúdo”) para a
análise individual de cada artigo. A planilha contemplou os
seguintes tópicos: (a) temas centrais (da manchete e do texto);
(b) personagens (faixa etária, sexo, grupos específicos, relação
com a droga); (c) droga (papel e conseqüências); (d)
intervenções mencionadas (legislação, repressão, prevenção,
redu- ção de danos e/ou tratamento); (e) enfoque do artigo
(eventual tendenciosidade e conseqüências privilegiadas); (f)
fonte das informações divulgadas; (g) autoria do artigo.
Sim
Atende
Plenamente aos
Critérios
Tretamento dos
Resultados
Verificar a Apresentação dos resultados
de forma coerente com o plano previsto
na etapa de pré análise.
Como resultado foram contados 502 artigos que estavam de
acordo com as especificações estabelecidas para o presente
estudo, ou seja, artigos que envolviam o tema drogas dentro da
perspectiva da área de saúde, veiculados no ano de 1998. Os
artigos sobre drogas representaram 7% do total de artigos
relacionados a saúde.
Sim
Atende
Plenamente aos
Critérios
Inferência e
Interpretação
Verificar o resultado da análise e
tratamento dos dados através da
apresentação da conclusão do autor e
coerência com a revisão bibliográfica.
Na inferência, os autores apresentaram uma seção de
Conclusão onde analisou de forma muito competente todos os
resultados encontrados a luz do referencial teórico apresentado.
Sim
Atende
Plenamente aos
Critérios
Pré Análise
Na etapa de pré análise foi realizado um levantamento dos
artigos conduzido pela Lupa Clipping, empresa especializada
em clipping de artigos publicados em jornais e revistas do
País. Para o presente estudo, foram adquiridos dessa empresa
os artigos que discorriam sobre saúde, publicados no período
de janeiro a dezembro de 1998. Posteriormente, foi realizada
uma nova triagem, tendo sido selecionadas apenas as
matérias referentes ao tema “drogas” divulgadas nos
seguintes meios de comunicação: a) jornais de abrangência
estadual (Estado de São Paulo, Folha de São Paulo, Jornal do
Estado – Curitiba, Paraná; O Povo – Fortaleza, Ceará; A Crítica –
Manaus, Amazonas, entre outros); b) revistas de abrangência
nacional (Veja, Isto É, Criativa, Época, entre outras).
Durante a preparação do material foi realizada uma
classificação preliminar, tendo como referência o tema
destacado nas manchetes: a) para os artigos cuja manchete
enfatizava alguma droga em especial (65,1%), como tabaco,
álcool, maconha, cocaína, entre outros: a classificação foi
Limitações do método(QUIVY E CAMPENHOUDT, 2005)
▪ Trata-se de várias técnicas e cada uma tem a sua especificidade.
▪ Análise categorial Simplista;
▪ Análise avaliativa Laboriosa;
▪ De maneira geral, apresenta um campo vasto, mas isto nãoacontece com cada um dos métodos particulares.
Limitações do método -Cavalcante et al (2014).
▪ Incoerência entre o distanciamento do pesquisador em
relação à pesquisa,
▪ Necessidade da habilidade do pesquisador em extrapolar o
que está além do texto;
▪ Trazer a tona temas que sejam reprimidos, de difícil
verbalização ou de difícil manifestação visual, exigindo aí
uma criteriosa escolha dos instrumentos de recolha de
dados, assim como a utilização destas.
Referências
BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo. Tradução: Luís Augusto Pinheiro. São Paulo: Edições 70, 2016.
CAVALCANTE, Ricardo Bezerra; CALIXTO, Pedro e PINHEIRO, Marta Macedo Kerr. (2014). Análise de Conteúdo: Considerações Gerais, relações com a Pergunta de Pesquisa, Possibilidades e Limitações do Método. Inf & Soc.:Est., João Pessoa, v.24, n.1, p. 13-18, jan./abr.
GONDIM, Sonia Maria Guedes and BENDASSOLLI, Pedro Fernando. Uma crítica da utilização da análise de conteúdo qualitativa em psicologia. Psicol. estud. [online]. 2014, vol.19, n.2, pp.191-199. ISSN 1413-7372. http://dx.doi.org/10.1590/1413-737220530002.
GILL, R. Análise de Discurso. In: Bauer MW, Gaskell G. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. 3a ed. Petrópolis (RJ): Vozes; 2002. p.244-70.
LAVILLE, C.; DIONNE, J. A construção do saber. Belo Horizonte: UFMG, 1999. 340 p.
MAINGUENEAU, Dominique. Análise de textos de comunicação. 6. Ed. São Paulo: Cortez, 2011.
ORLANDI, Eni Puccinelli. Análise do discurso: princípios & procedimentos. Campinas: Pontes, 2007.
ORLANDI, Eni P. GUIMARÃES, Eduardo. Unidade e dispersão: uma questão do texto e do sujeito. In: Série Cadernos PUC- 31. São Paulo: Educ, 1988.
QUIVY, R. e CAMPENHOUDT, L.v. Manual de investigação em ciências sociais. Lisboa: Gradiva, 2005.
ROCHA, Décio e DEUSDARÁ, Bruno. Análise de Conteúdo e Análise do Discurso: aproximações e afastamentos na (re)construção de uma trajetória. Alea vol.7 no.2 Rio de Janeiro July/Dec. 2005. Acesso em 04 de set. de 2016. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-106X2005000200010.
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