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Análise do Conteúdo Trabalho apresentado à disciplina Métodos de Pesquisa II Carlos Eduardo Daisy Lima Elisana Almeida Roberto Gordilho Tiara Rubim

Análise do Conteúdo pequeno grupo (p.ex.: símbolos icônicos numa sociedade secreta, numa casta...). Sinais de trânsito, cinema, publicidade, pintura, cartazes, televisão Outros

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Análise do Conteúdo

Trabalho apresentado à disciplina Métodos de Pesquisa II

Carlos EduardoDaisy LimaElisana Almeida Roberto GordilhoTiara Rubim

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Aspectos Históricos

❑Suécia, XVII - 1640: pesquisas sob a autenticidade dos hinos religiosos e os efeitos quepoderiam existir sobre os luteranos [temas, valores, estilísticas, etc]

❑1882 - 1892: Frances B. Bourbon, buscou compreender emoções e outros efeitosutilizando textos bíblicos, especialmente sob o Êxodo numa perspectiva temática equantitativa.

❑EUA, início do séc. XX: Imprensa - visava medir o impacto sensacionalista dos artigos,com um rigor quantitativo sob tamanho das fontes, números de páginas, temáticas, etc.

❑1927: H. Lasswell durante a I Guerra Mundial apresentou o trabalho “PropagandaTechinique in the WorldWar” e outros em estudos de Ciências Políticas.

❑1948: Berelson e Lazarsfeld que sistematizaram as preocupações epistemológicas daépoca no livro “The analisys of communication contents”.

❑1960-1970: Computador - Interesse por estudos de comunicação não verbal -Inviabilidade de precisão de trabalhos linguísticos.

❑1977: Bardin publicou a sua obra L’analyse de contenu, na qual o método foiconfigurado em detalhes, servindo de orientação e principal referência até hoje.

❑Tendência atual - Informática / Inteligência Artificial - multiplicando aplicações dométodo.

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Objetivos do Método

❑É uma TÉCNICA DE ANÁLISE DE DADOS❑Serve para condensar ideias e construir

CATEGORIAS❑Precisa estar alinhada com a metodologia

❑Principal Referencia atual: Laurence Bardin

Indagação: O que essa mensagem

significa exatamente?

A Análise de Conteúdo:

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O que é o Método

A análise de conteúdo é uma técnica que consiste em avaliar de forma sistemática umcorpo de texto (ou material audiovisual), por forma a desvendar e quantificar aocorrência de palavras/frases/temas considerados “chave” que possibilitem umcomparação posterior.

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Abordagens do Método

Fonte: Adaptado de Bardin (2009)

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Campo1) Alguns Exemplos citados por Bardin (2016) da infinidade de análises de conteúdos possíveis com o método:

Medir a implicação do político em seus discursos;

Provar que os objetos da nossa vida cotidiana

funcionam como uma linguagem, que o

vestuário é mensagem que a disposição do

nosso apartamento “fala”, etc.

Seguir a evolução da moral da nossa época, por meios de

anúncios de revistas

Encontrar o inconsciente coletivo, por de trás da aparente incoerência dos grafites escritos em locais públicos;

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Objetivos para qual o Método é mais Apropriado

2) Para Quivy, o método tem uma aplicação muito vasta. Podeincidir sobre comunicações de formas muito diversas (textosliterários, programas de tv ou rádio, filmes, relatórios deentrevista, mensagens não verbais, conjuntos decorativos, etc)

Análise dos processos de difusão e de socialização (manuais escolares, jornais,

publicidade…)

Análises das ideologias, dos sistemas de

valores, suas representações e aspirações bem

como sua transformação

Estudo das produções culturais e teatrais

Exame da lógica de funcionamento dasorganizações, graças aos documentos queelas produzem.

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Domínios Possíveis da Aplicação

(...) Em última análise, qualquer comunicação, isto é, qualquer veículo de significados de um emissor para um receptor,

controlado ou não por este, poderia ser escrito, decifrado pelas técnicas de análise de conteúdo. (Bardin; 2016)

Tudo que é dito ou escrito é suscetível de ser submetido a

uma análise de conteúdo.

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Principais Variantes do Método - Quivy

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Domínios Possíveis da Aplicação

TABELA 1 – Domínios possíveis da aplicação da análise de conteúdo

Código e suporte Número de pessoas implicadas na comunicação

Uma pessoa

(monológo)

Comunicação dual

(diálogo)

Grupo restrito Comunicação de massa

Linguístico

escrito

Agendas, maus

pensamentos,

congeminações,

diários íntimos

Cartas, respostas a questionários e a

testes projetivos, trabalhos escolares

Ordens de serviço numa

empresa, todas as

comunicações escritas,

trocadas dentro de um grupo.

Jornais, livros, anúncios

publicitários, cartazes,

literatura,

textos jurídicos,panfletos.

Linguístico oral Delírio do doente

mental, sonhos

Entrevistas e conversações de

qualquer espécie

Discussões, entrevistas,

conversações de grupo de

qualquer natureza.

Exposições, discursos, rádio,

televisão, cinema, publicidade,

discos.

Icônico

(sinais, grafismos,

imagens,

fotografias,

filmes, etc.)

Garatujas mais ou

menos

automáticas,

grafitos, sonhos.

Resposta aos testes projetivos,

comunicação entre duas pessoas

mediante imagem

Toda a comunicação icônica

num pequeno grupo

(p.ex.: símbolos icônicos numa

sociedade secreta, numa

casta...).

Sinais de trânsito, cinema,

publicidade, pintura, cartazes,

televisão

Outros códigos

semióticos(i.é, tudo que não sendo

linguístico pode ser portador

de significações; ex.:música,

objetos, comportamento,

espaço, tempo, sinais

patológicos, etc.)

Manifestações

histéricas da doença

mental, posturas,

gestos, tiques, dança,

coleções de objetos.

Comunicação não verbal com destino a outrem (posturas, gestos,

distância espacial, sinais olfativos, manifestações emocionais, objetos

quotidianos, vestuário, alojamento...), comportamentos diversos, tais

como os ritos e as regras de cortesia.

Meio físico e simbólico:

sinalização urbana,

monumentos,

arte...; mitos,estereótipos,

instituições, elementos de

culturaFonte: Adaptado de Bardin (1979: p. 229).

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Autores Consultados

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“Conjunto de técnicas de análise das comunicações visando obter, por procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens, indicadores (quantitativos ou não) que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção (variáveis inferidas) destas mensagens”. Bardin (1997, p.42)

Laurence BardinProfessora da Universidade de Paris V

BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa, Portugal; Edições 70, LDA, 2016.

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Conjunto de técnicas de análise dascomunicações, visando obter por procedimentossistemáticos e objetivos de descrição doconteúdo das mensagens, indicadores(quantitativos ou não) que permitem ainferência de conhecimentos relativos àscondições de produção/recepção (variáveisinferidas) destas mensagens.

Laurence Bardin

ANÁLISE DE CONTEÚDO

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ANÁLISE DE CONTEÚDO

Quivy

Incide sobre mensagens variadas como obrasliterárias, artigos de jornais, documentosoficiais, programas audiovisuais, declaraçõespolíticas, atas de reuniões ou relatórios deentrevistas pouco diretivas. A escolha dostermos utilizados pelo locutor, a sua frequênciae o seu modo de disposição, a construção do“discurso” e o seu desenvolvimento são fontesde informações a partir das quais o investigadortenta construir um conhecimento.

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ANÁLISE DE CONTEÚDO

Minayo

Os pesquisadores que buscam a compreensão dossignificados no contexto da fala, em geral, negam ecriticam a análise de frequências dasfalas e palavras como critério de objetividade ecientificidade e tentam ultrapassar o alcancemeramente descritivo da mensagem, para atingir,mediante inferência, uma interpretação mais

profunda.

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ANÁLISE DE CONTEÚDO

VergaraÉ considerada uma técnica para o tratamento dedados que visa identificar o que está sendo ditoa respeito de determinado tema.

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ANÁLISE DE CONTEÚDO

Gil À medida que as informações obtidas sãoconfrontadas com informações já existentes,pode-se chegar a amplas generalizações, o quetorna a análise de conteúdo um dos maisimportantes instrumentos para a análise dascomunicações de massa.

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ANÁLISE DE

CONTEÚDO

BARDIN

QUIVY

VERGARA

MINAYOGIL

BERELSON

LASSWELL

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Método - Organização da Análise

TRÊS ETAPAS CRONOLÓGICAS DE BARDIN

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Organização da Análise

3 Etapas Cronológicas

de Bardin

Pré-Análise

Exploração do Material

Tratamento dos Resultados, Inferência e Interpretação

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Organização da Análise

1

Pré-Análise

▪ É a fase da organização

propriamente dita;

▪ Organiza-se o material a ser

analisado com o objetivo de torná-

lo operacional e sistematizar as

ideiais iniciais;

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Organização da Análise

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Pré-Análise

1.Leitura “flutuante”;

2.Escolha dos documentos;

3.Formulação das hipóteses e dos

objetivos;

4.Referenciação dos índices e

elaboração dos indicadores;

5.Preparação do material.

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1. Leitura “flutuante”:

Consiste em estabelecer contato com os documentos a

analisar, deixando-se invadir por impressões e orientações.

▪ O termo é uma analogia à atenção “flutuante”, definida

por Sigmund Freud.

1 Pré-Análise

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1 Pré-Análise

2. Escolha dos Documentos:

Faz-se a constituição do corpus a analisar;

Para esta delimitação, o analista deve seguir

as seguintes normas :

▪ Regra da Exaustividade

▪ Regra da Representatividade

● Regra da Pertinência

● Regra da Homogeneidade

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1 Pré-Análise - REGRAS

● Regra da Exaustividade

Deve-se esgotar a totalidade da comunicação, do

acervo, da coleção;

● Regra da Representatividade

A amostra deve representar o universo;

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1 Pré-Análise - REGRAS

● Regra da Homogeneidade

Os dados devem referir-se ao mesmo tema, serem

obtidos por técnicas iguais e selecionados por

indivíduos semelhantes;

● Regra da Pertinência

Os documentos precisam adaptar-se ao conteúdo e

objetivos previstos.

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1 Pré-Análise

3. Formulação das hipóteses e objetivos

A hipótese é uma suposição, cuja origem é a intuição,

que permanece em suspenso enquanto não for

submetida à prova de dados seguros;

O objetivo é a finalidade geral a que nos propomos, o

quadro teórico ou pragmático, no qual os resultados

obtidos serão utilizados.

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1 Pré-Análise

4. Referenciação dos índices e elaboração dos indicadores:

● Índices fornecem indícios da mensagem, do conteúdo;

● Indicadores são os elementos que asseguram os índices

previamente estabelecidos.

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1 Pré-Análise

5. Preparação do Material

● Trata-se de uma preparação material e,

eventualmente, de uma preparação formal (edição);

● A preparação forma dos textos pode ir desde o

alinhamento dos enunciados intactos, proposição, até

a transformação linguística dos sintagmas, para

padronização e classificação por equivalência.

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Organização da Análise

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Exploração do Material

A exploração do material consiste

“nas operações de codificação,

desconto ou enumeração, em função

de regras previamente formuladas”

(BARDIN, 2016, p.125-130).

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2 Exploração do Material

● É a etapa mais longa e cansativa;

● É a efetivação das decisões tomadas na Pré-Análise;

● É o momento em que os dados brutos são

transformado de forma organizada e agregadas em

unidades, as quais permitem uma descrição das

características pertinentes do conteúdo;

● Divide-se em codificação e categorização.

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2 Exploração do Material

1.Codificação:

Corresponde a uma identificação que por recorte,

agregação, enumeração, etc., permite atingir uma

representação de conteúdo e de sua expressão;

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2 Exploração do Material

1.1 Unidades de Registro

● É a unidade de significação a codificar e

corresponde ao segmento de conteúdo a

considerar como unidade de base, visando à

categorização e à contagem frequencial;

● Exemplo: A palavra, o tema, o objeto, o

personagem, o acontecimento, etc.

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2 Exploração do Material

1.2 Unidades de Contexto

● Servem para compreender a Unidade de

Registro;

● Exemplo: A frase para a palavra e o

parágrafo para o tema.

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2 Exploração do Material

3. Categorização

● A categorização é a passagem de dados brutos para

dados organizados. As rubricas ou classes agrupam

alguns elementos, que são as Unidades de Registro;

● Esses elementos são agrupados devido ao fato de

possuírem características comuns.

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2 Exploração do Material

A Categorização ocorre em duas etapas:

● Inventário - Isolam-se os elementos comuns;

● Classificação - Repartem-se os elementos e

impõe-se certa organização.

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2 Exploração do Material

Para serem consideradas boas, as categorias

devem possuir certas qualidades:

● Exclusão Mútua;

● Homogeneidade;

● Pertinência;

● Objetividade e Fidelidade;

● Produtividade.

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Utilidade da Informática para a Análise do Conteúdo

Em 1966, Stone et al publicam uma obra considerada referência no que diz

respeito a análise de conteúdo com o auxilio do computador: “The General

Inquirer: a computer approach to content analysis in the behavioral sciences”.

São lançados no mercado vários softwares com a finalidade de auxiliar o

pesquisador no tratamento e armazenamento de grandes quantidades de dados,

como: NUD*IST (gerenciador de referências para biblioteca pessoal), ATLAS*ti

(planejar projetos) e MAXqda (importa e exporta materiais de diferentes fontes).

É uma tendência as pesquisas qualitativas também fazerem

uso da informática, visando à agilização e qualificação do

material de análise.

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1) Em que posição do discurso é levantado os temas:

2) Em que posição do discurso é levantado os temas:

Estudar a ocorrência de um determinado tema

proposto nos discursos dos presidentes do Brasil na

Nações Unidas 2001, 2009 e 2011

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Potencialidades do MaxQda

Complexidade de Filtros Inter-relações

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Organização da Análise

3

Tratamento dos

Resultados, Inferência e

Interpretação

Tratamento estatístico simples dosresultados, permitindo a elaboraçãode tabelas que condensam edestacam as informações fornecidaspela análise.

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3 Tratamento dos Resultados

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3 Tratamento dos Resultados

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3 Inferência

A intenção da análise do conteúdo é a inferência deconhecimentos relativos às condições de produção (oueventualmente de recepção), inferência esta que recorre aindicadores (quantitativos ou não). Bardin, 2016,p…

Nas ciências empíricas a inferência é um processo fundamental, visto que com ela se pretende partir do conhecimento do fato para se chegar ao conhecimento das razões para o fato. Gondim, 2014, p.194

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3 Inferência

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3 Interpretação

▪ As inferências levam às interpretações.

▪ São sempre no sentido de buscar o que se esconde sob os documentos selecionados.

▪ É a leitura profunda das comunicações, indo além da leitura aparente. O papel do analista é semelhante ao do arqueólogo, do detetive, do terapeuta.

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Modelo

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3 Análise

1) Análises Temáticas:

1.1) Análise categorial - Consiste em calcular e comparar as

frequências de certas características previamente

agrupadas em categorias significativas;

1.2) Análise da avaliação - Incide sobre os juízos formulados

pelo locutor. (QUIVY E CAMPENHOUDT, 2005, p.228-

229)

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3 Análise

2) Análises Formais:

2.1) Análise da Expressão - Incide sobre a forma da

comunicação, cujas características (vocabulário, etc.)

comunicam uma informação sobre o locutor;

2.2) Análise da Enunciação - Investiga o discurso, a ordem das

suas sequências, as repetições, as quebras do ritmo, dentre

outras características.(QUIVY E CAMPENHOUDT, 2005, p.228-

229)

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3 Análise

3) Análises Estruturais:

3.1) Análise de Coocorrência - As coocorrências entre temas

informam o investigador acerca de estruturas mentais e

ideológicas ou acerca de preocupações latentes;

3.2) Análise Estrutural propriamente dita - Revela os

princípios que organizam os elementos do discurso,

independentemente do próprio conteúdo destes elementos.

.

(QUIVY E CAMPENHOUDT, 2005, p.228-

229)

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Análise do Conteúdo x Análise do Discurso

Análise de Conteúdo: Ênfase na codificação/ decodificação,

geralmente partindo de dados quantitativos, nem sempre

propondo uma análise qualitativa do material coletado.

Análise do Discurso: Parte do processo de constituição

histórico-social e ideológica da linguagem. Ênfase no

processo de construção e desconstrução do discurso,

buscando seu sentido.

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Análise do Conteúdo x Análise do Discurso

Fonte: ROCHA e DEUSDARÁ, 2005

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Análise do Discurso

“Compreender um enunciado não é

somente referir-se a gramática e a um

dicionário, é mobilizar saberes muito

diversos, fazer hipóteses, raciocinar,

construindo um contexto que não é um

dado preestabelecido e estável”

(MAINGUENEAU, 2011, p.20).

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Análise da entrevista

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Análise da entrevista

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Análise da entrevista

Sonho

Fugir aos

constrangimentos

mudança de atividade

Constrangimento

s de sucesso das

férias, riscos de

insuceso

Organizar

/ arriscar

1) Resumo do papel central dos constrangimentos.

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2) Jogo afetivo entre o desejo e o receio da partida - o imprevisto

e o medo do nada, o outro e a solidão

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Exemplos

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Exemplo1

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As concepções do trabalho: Um Estudo de Análise de Conteúdo de Dois Periódicos de Circulação Nacional

▪O objetivo do artigo foi levantar as concepções do trabalho presentes em artigos nojornal Folha de São Paulo e na revista Exame.

▪ O desenvolvimento do estudo consistiu na aplicação do método designado poranálise de conteúdo (análise temática). Tanto no jornal como na revista,selecionaram-se os artigos que abordavam, principalmente, os assuntostrabalho/emprego/desemprego. Dentre eles, tomaram-se como amostra: 60 artigosda revista Exame e 299 do jornal Folha de São Paulo.

▪ No referencial teórico o autor apresenta, de forma sumarizada, as principaisconcepções formais do trabalho a clássica, a capitalista tradicional, a marxista, agerencialista, a de centralidade expressiva e a de centralidade externa.

▪ Foi avaliado o trabalho nas suas principais concepções no tempo.

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Exemplo2

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O envelhecimento da população brasileira: uma análise de conteúdo das páginas da REBEP.

▪O objetivo deste artigo é analisar, de maneira sistemática, o quanto e o que os demógrafos brasileiros têm produzido e refletido sobre o envelhecimento populacional brasileiro, tendo como base nos artigos da REBEP

▪ Para a realização deste trabalho, foram analisados todos os artigos publicados pela revista entre os anos de 1984 a 2003. A metodologia escolhida foi a análise de conteúdo.

▪ No referencial teórico o autor apresenta uma introdução onde aborda questões levantadas por Thomas Malthus no livro “Ensaio sobre a População”, a transição demográfica no Brasil, o envelhecimento da população brasileira e o declínio da fecundidade.

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Exemplo3

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Drogas e saúde na imprensa brasileira: uma análise de artigos publicados em jornais e revistas.

▪Objetivo: O estudo analisa as informações que a imprensa escrita vem divulgando atualmente no Brasil sobre as implicações do uso de drogas para a saúde.

▪ Foi realizado um levantamento dos artigos conduzido pela Lupa Clipping, empresa especializada em clipping de artigos publicados em jornais e revistas do País. Foram analisados os artigos que discorriam sobre saúde, publicados no período de janeiro a dezembro de 1998. Posteriormente, foi realizada uma nova triagem, tendo sido selecionadas apenas as matérias referentes ao tema “drogas” divulgadas nos seguintes meios de comunicação: a) jornais de abrangência estadual (Estado de São Paulo, Folha de São Paulo, Jornal do Estado – Curitiba, Paraná; O Povo – Fortaleza, Ceará; A Crítica – Manaus, Amazonas, entre outros); b) revistas de abrangência nacional (Veja, Isto É, Criativa, Época, entre outras).

▪ No referencial teórico o autor apresenta uma introdução onde aborda questões relacionadas a matérias sobre o uso de drogas no Brasil.

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Etapa Critério de Avaliação Evidência Sim/Não Conclusão

1. Pré Análise: Demonstrar que houve

uma seleção prévia e organização do

material a ser estudado com o objetivo

de sistematizar as ideias iniciais, de

maneira a conduzir um esquema preciso

de desenvolvimento das próximas etapas.

Sim

Atende

Plenamente aos

Critérios

Esta etapa possui três missões:

1.       Escolha dos documentos

2.       Formulação da hipótese/objetivo

3. Elaboração final dos indicadores

Análise

Verificar a organização da análise

seguindo o definido na fase de pré

análise.

Na etapa de análise do material todos os artigos selecionados

foram submetidos a uma análise de conteúdo detalhada. A

análise foi iniciada a partir de uma “leitura flutuante” dos artigos.

Ao longo desse processo de leitura dos artigos, foram

selecionados alguns temas considerados mais relevantes para

investigação. Esses temas serviram de base para a elaboração

de uma ficha-padrão (“Planilha de análise de conteúdo”) para a

análise individual de cada artigo. A planilha contemplou os

seguintes tópicos: (a) temas centrais (da manchete e do texto);

(b) personagens (faixa etária, sexo, grupos específicos, relação

com a droga); (c) droga (papel e conseqüências); (d)

intervenções mencionadas (legislação, repressão, prevenção,

redu- ção de danos e/ou tratamento); (e) enfoque do artigo

(eventual tendenciosidade e conseqüências privilegiadas); (f)

fonte das informações divulgadas; (g) autoria do artigo.

Sim

Atende

Plenamente aos

Critérios

Tretamento dos

Resultados

Verificar a Apresentação dos resultados

de forma coerente com o plano previsto

na etapa de pré análise.

Como resultado foram contados 502 artigos que estavam de

acordo com as especificações estabelecidas para o presente

estudo, ou seja, artigos que envolviam o tema drogas dentro da

perspectiva da área de saúde, veiculados no ano de 1998. Os

artigos sobre drogas representaram 7% do total de artigos

relacionados a saúde.

Sim

Atende

Plenamente aos

Critérios

Inferência e

Interpretação

Verificar o resultado da análise e

tratamento dos dados através da

apresentação da conclusão do autor e

coerência com a revisão bibliográfica.

Na inferência, os autores apresentaram uma seção de

Conclusão onde analisou de forma muito competente todos os

resultados encontrados a luz do referencial teórico apresentado.

Sim

Atende

Plenamente aos

Critérios

Pré Análise

Na etapa de pré análise foi realizado um levantamento dos

artigos conduzido pela Lupa Clipping, empresa especializada

em clipping de artigos publicados em jornais e revistas do

País. Para o presente estudo, foram adquiridos dessa empresa

os artigos que discorriam sobre saúde, publicados no período

de janeiro a dezembro de 1998. Posteriormente, foi realizada

uma nova triagem, tendo sido selecionadas apenas as

matérias referentes ao tema “drogas” divulgadas nos

seguintes meios de comunicação: a) jornais de abrangência

estadual (Estado de São Paulo, Folha de São Paulo, Jornal do

Estado – Curitiba, Paraná; O Povo – Fortaleza, Ceará; A Crítica –

Manaus, Amazonas, entre outros); b) revistas de abrangência

nacional (Veja, Isto É, Criativa, Época, entre outras).

Durante a preparação do material foi realizada uma

classificação preliminar, tendo como referência o tema

destacado nas manchetes: a) para os artigos cuja manchete

enfatizava alguma droga em especial (65,1%), como tabaco,

álcool, maconha, cocaína, entre outros: a classificação foi

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Limitações do método(QUIVY E CAMPENHOUDT, 2005)

▪ Trata-se de várias técnicas e cada uma tem a sua especificidade.

▪ Análise categorial Simplista;

▪ Análise avaliativa Laboriosa;

▪ De maneira geral, apresenta um campo vasto, mas isto nãoacontece com cada um dos métodos particulares.

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Limitações do método -Cavalcante et al (2014).

▪ Incoerência entre o distanciamento do pesquisador em

relação à pesquisa,

▪ Necessidade da habilidade do pesquisador em extrapolar o

que está além do texto;

▪ Trazer a tona temas que sejam reprimidos, de difícil

verbalização ou de difícil manifestação visual, exigindo aí

uma criteriosa escolha dos instrumentos de recolha de

dados, assim como a utilização destas.

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Referências

BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo. Tradução: Luís Augusto Pinheiro. São Paulo: Edições 70, 2016.

CAVALCANTE, Ricardo Bezerra; CALIXTO, Pedro e PINHEIRO, Marta Macedo Kerr. (2014). Análise de Conteúdo: Considerações Gerais, relações com a Pergunta de Pesquisa, Possibilidades e Limitações do Método. Inf & Soc.:Est., João Pessoa, v.24, n.1, p. 13-18, jan./abr.

GONDIM, Sonia Maria Guedes and BENDASSOLLI, Pedro Fernando. Uma crítica da utilização da análise de conteúdo qualitativa em psicologia. Psicol. estud. [online]. 2014, vol.19, n.2, pp.191-199. ISSN 1413-7372. http://dx.doi.org/10.1590/1413-737220530002.

GILL, R. Análise de Discurso. In: Bauer MW, Gaskell G. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. 3a ed. Petrópolis (RJ): Vozes; 2002. p.244-70.

LAVILLE, C.; DIONNE, J. A construção do saber. Belo Horizonte: UFMG, 1999. 340 p.

MAINGUENEAU, Dominique. Análise de textos de comunicação. 6. Ed. São Paulo: Cortez, 2011.

ORLANDI, Eni Puccinelli. Análise do discurso: princípios & procedimentos. Campinas: Pontes, 2007.

ORLANDI, Eni P. GUIMARÃES, Eduardo. Unidade e dispersão: uma questão do texto e do sujeito. In: Série Cadernos PUC- 31. São Paulo: Educ, 1988.

QUIVY, R. e CAMPENHOUDT, L.v. Manual de investigação em ciências sociais. Lisboa: Gradiva, 2005.

ROCHA, Décio e DEUSDARÁ, Bruno. Análise de Conteúdo e Análise do Discurso: aproximações e afastamentos na (re)construção de uma trajetória. Alea vol.7 no.2 Rio de Janeiro July/Dec. 2005. Acesso em 04 de set. de 2016. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-106X2005000200010.