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A N O III D O M IN G O , 6 D E A G O S T O D E 1933
J O f Q L31
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□ um | folhetim da I autoria do nosso
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director
S E M A N Á R I O R E P U B L I C A N O , R E G I O N A L I S T A E D K F i N S O R D O S I N T E R E S S E S L O C A I S
8pp»rnaai||^^aiBBBaai«BBHBBaggBm«SBgggMBiMi si»r?iiiií!OSOB 00Ost; a o ■ • . v„REDAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO Praça 1.° òe maio J
&§| C O M P O S T O E I M P R E S S O N A
| Tlp. Peregrino A. Quaresma - -R. Teofllo Braga—MONTIJO I s a s fP R O P R I E D A D E D O E D I T O R j |
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e d i t o r e p r o p r i e t á r i o | j g N ã 0 SG r G S tÍ t lI 6 !T l 0 F Í g I II 3 Í S |j
| A dm in istrador.- j u l i o f e r r e i r a s * Os escritos são da responsabilidade dos seus autores |aa»aa»g0®aasBSEGSs®BBaaéi5ras®^B»ffliffl^ffls Bssassaaafflts»®BHfflBESfflfflKffiaOTBHBiBKíBHisffl®HS BBaS
F \ § F \ S. . . encarcerar a asa
é encarcerar o pensam ento hum ano.
Guerra J uxqçbíro
□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□ □□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□□DO pensamento humano encar
cerado, sem ar, sem luz, sem vida e sem liberdade, qual v e lho Promoteu agrilhoado, sofre as algemas inquisitoriais da força esmagando o direito.
A asa que é luz, que é côr, que é espírito, jaz despedaçada como um desastre de aviação.
Entrechocam-se apopléticas, sob a égide brutal dum falso patriotismo, as-múmias dum v e lho mundo anquilosado, sedento de tirania, ávido de poderio, triturando e pulverizando êsse pensamento que quere voar e essa asa que aspira a desferir seus vôos, em direcção a mais belos sonhos distantes.
Uma onda pletórica, avassaladora, varre as encostas do Ideal, pretende submergir, arrastar para as profundidades dêsse mare magnum deinterêsses ocultos, as conquistas sangrentas dum grande ciclo de lutas, que vem desde o homem das cavernas até nossos dias.
O mundo estrem ece nos alicerces, sente-se a galopada sinistra esmagando na passagem as titans da dôr moral, que só pensam num maior aperfeiçoamento da alma humana, num melhor equilíbrio da vida, num superior destino dos povos.
Em pleno século dos triunfos ciêntistas, quando as antigas utopias se transformam em espantosas realidades, reflectem- -se ao longe, nos horizontes es- carvoados, as lúgubres chamas dos autos de fé onde se queimam livros aos montões.
O esforço intelectual dos seus autores alimenta uma fogueira de ódios, diverte as multidões ignaras que cabriolam à sua volta, d ’ olhos incendidos, afogueados, como se houvesse um gesto redentor nêsse desvaira- mento ou um novo caminho de beleza e progresso a desbravar para bem da Humanidade.
Pelo crime de pensar, enchem-se as masmorras do d espotismo, sufoca-se o cérebro pela garganta e o pavor estrangula inexoravelmente os sonhadores que passam na ante-ma- drugada algente dum futuro longínquo.
O pensamento encarcerado, a asa partida, dilacerada, feita em frangalhos e o materialismo absurdo ceiebrando sua vitória sôbre as cinzas dessa fogueira de i d e i a s ! . . .
A luz, a côr, a vida, a liberdade, trocadas pelo pêso metálico dum capacête agoirento, como sustentáculo duma nova era de extermínio e s a n g u e ! . . .
P a re c e que a teoria de Epi- curo pretende renascer, extinguindo duma v e z para sempre, por uma hegemonia canhestra e bruxuleante, a parte espiritual que distingue o Homem das feras.
P arece que Torquem ada ressuscitou e legisla novamente seus códigos de opressão e terror.
P arece que a núvem marvó- tica do passado com eça a formar-se no céu pardacento das tragédias humanas.
Nada, porêm, conseguirá d e struir uma convicção.
O pensamento encarcerado, a asa destruida, a fogueira crepitante, o espírito esmagado, a ideia recalcada, não chegarão para inutilizar por completo o mundo moral.
Das profundezas dêsses cárceres, das cinzas dêsses autos de fé, há-de sempre ouvir-se, ainda que débil, e quase inane, uma Voz de protesto contra a hecatombe macabra que desabou; e essa voz fica, marca, abre novos rastros luminosos pelo universo, reproduzindo fenómenos apagados, cantando novas litanias de beleza e so nho, levantando novos castelos de aspirações anímicas.
O ar regorgitará de bacilos e bactérias; os aviões encetarão sua obra incendiária e destruidora; os canhões rugirão de força e poder; os g a z e s continuarão sua faina mortífera e tudo completará a preparação do presente.' Não obstante, dêsse montão fumegante derui- nas, vêr-se-á surgir um braço, um punho enclavinhado que, apontando o vago, expremirá a revolta do pensamento e da asa na ânsia insatisfeita de Vi- Ver e triunfar.
A lvaro Valente
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Fazer jornalismo é coisa di- ficil nos tempos que vão correndo, e por mais que se esforcem aqueles que o fazem , não conseguem satisfazer a todos.
Todavia há os teimosos, os que não desanimam, os idealistas, os que aspiram avidamente a um mundo melhor, a uma so ciedade mais perfeita, e os jornais fazem -se, propagando a idéa que aspiram, batendo-se, pela causa que defendem, pelo fim que têm em vista atingir.
Mudou de>f«:c;ríaçãlo e ro sso jornal porque a que mantinha, não se impunha, nada a recomendava.
Regionalista, não fazia re- gionalismo, republicano, de igual modo, não fazia a política republicana que se impunha e era para desejar.
Ouvimos um dia dizer algures que era um jo r n a l áe bola , de revista e de p u b lica çã o de e r- tensas lis ta s de acom panham entos de f u n e r a is ! . . .
Oito números atirámos já para a publicidade após a mudança de orientação da nossa gazeta, e sem pretenções de fazer bom jornalismo, sem nos querermos alcandorar neste ofício que não é o nosso, alguma coisa de diferente e de melhor temos feito do que até então existia.
Passem os em breve revista esta pequena co lecção de oito exemplares do nosso jornal que, com vontade de acertar e de bem servir a nossa terra temos redigido, e nós verificamos com desvanecimento, que nas suas colunas temos aborbado todos os pontos, todos os problemas de interêsse capital para a colectividade.
Combatemos desassombra- damente o estado deplorável em que se encontram os serviços de limpeza da vila: varrer- se e reco lher-se lixo e dejectos em pleno dia, a falta de e sg o tos e de regas na época estival, a deficiência de f iscalisação sa nitária aos géneros alimentícios etc., etc.
Estigmatizámos o desastre da iluminação, dapavim en taçãodas ruas, da vergonha dos urinóis, da falta dum médico veterinário et., etc.
Defendem os a corporação dos bombeiros, á organização
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N ó s sem pre fo m o s a p o lo g is ta s d os d ivertim entos que, sem serem em lon g a cavalgada s ô fre g a , seja m o so fr iv e l p ara nos d istra ir o e sp ír ito . N a vida de sem pre, p esa da e fo r te, s ó nos resta um as h o ra s suaves que nos alegrem e que façam arrem essar p a ra lo n g e o tr iste p en sa r sob re p en sa m en tos tr is tíss im o s.
N ada m elhor p a ra n ós, nós tod os, o povo, do q ue um concerto p o r uma m ú sica afina- dinha. D istra i-n os bem, lava- n os o esp írito e esquecem o- n os do resto .
Um program a e sco lh id o , ao g o sto de tod os e p ara to d os, é q u a lq u er coisa q ue em briaga e que tenta. A rra sta a m u ltid ão,dom in a-a , su b ju g a -a , vence-a e a m esm a m u ltid ã o não se dá p o r vencida. B a te p a lm as , ovaciona, so lta vivas—p o r que se sente bem.
Em M o n tijo , terra onde tem os duas colectiv id a d es m u sica is e três coretos, p o u c o ou nada se tem fe ito p o r q u e um concerto m u sica l s e ja uma rea lidade.
E - o presentem ente g ra ça s á B a n da D em ocratica que sob a regência do seu M estre já há a lg um as sem anas nos tem p r o p o rcio n a d o uns b elo s m om entos m u sica is no seu recinto de fe s ta s .
E '-n o s grato registar que tem constituído um verdadeiro Sucesso no meio montijense
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essa s n oites de arte, com provado p e la a ssistên cia q ue tem sid o com pacta e correctíssim a .
N a u ltim a seg u n d a fe ir a 31 de J u llio o program a do concerto f o i deveras adm iravel e a B a n d a executou -o ch eia de b rilha n tism o.
O Guerreiro f o i dum sa bor adm iravel; Rienzy s a tis fe z p le nam ente; M ercado Persa atraiu im enso a atenção d o s ouvintes ta lvez p o r j á a terem escutado b a sta s vezes nos ani- m atógrafos; Baile de M áscaras bastante ovacionada.
Ê ste sim p les resum o do concerto da sem ana p a ssa d a , não vai á g u is a de crítica , m as serve de m otivo sim plesm ente p a ra pedirm os ao M e s t r e S to ffe l que no fu tu r o concerto in tercale no p rogram a, novam ente, o M ercado Persa. E sta p a rtitu ra é bela, prende-nos a atenção, su g estion a -n o s, e vivem os assim uns m om entos p en san d o no Oriente, na P é rsia , nos tem pos h istó r ic o s das g u erra s, ou n os s ilv o s n o stá lg ic o s dos cantares de m ulheres fo rm o sa s.
A m úsica f o i fe ita p a ra se a preciar, p a ra nos d istra ir , para nos lavar aas canceiras de tod os os d ias.
Com preende-o a B a n d a D em ocrática e f a z bem . Que continue a execu ta r p e r io d ica m ente as su a s n oites de arte e n ós todos, o povo, lá irem os ouvir e a p la ud ir.
da assistência local, a arte, a instrução e o sport, e conforme as circunstânciaso permitem fazem os a defeza da dem ocracia.
E" pouco tudo isto?E ’ possivel, mas é mais do
que se fazia, e é tudo o que tem cabido no tempo e no espaço das colunas do nosso periódico.
Entretanto p arece que o nosso jornal não agrada, é b anal, insignificante, fastidioso.
Mas porque não lhe em prestam aqueles que o censuram e que o aborrecem, o concurso da sua inteligência, do seu saber, colaborando nele e debatendo os magnos e momentosos problemas locais, com o calor, com o brilhantismo e com o talento que o amor da terra mãi reclama e impõe?E o comodismo que faz parte
integrante da sua existência e emparelha com o egoismo que para aí guardam avaramente no íntimo da suas almas, o que seria feito deles?
E o silêncio que é de oiro, que não prejudica situações presentes nem futuras, e que respeitam religiosamente, onde iria parar?
Ah I a legião dos insatisfeitos, sempre na sombra e na encruzilhada a malsinar todas as obras, todas as iniciativas, todo o progresso, causa-nos tédio mas dá-nos ânimo para prosseguir neste caminho donde não nos afastaremos, sem pretendermos afasta-la do seu que não nos interessa, porque nos provoca somente o desprezo a que tem ju z l . . .
C hico V e r d a d e s
2 J O R N A L L E ' M O N TIJO 6-8-933
Já há muito cfhe andava para j Quiz-me parecer que estava fazer a minha reportagem sobre assistindo ao fim do mundo: Os o trânsito nesta vila mas, fran- I cães ladravam, a creança berrava,camente . faltava-me a coragem precisa para escrever sobre tão complicado assunto, tão fácil de re so lv e r . . .
Como hoje me tivesse levantado bem disposto, sem hesitação, lancei mãos à obra animado por um certo optimismo humorístico . . .
Mal saí a porta da minha casa, fui delido por uma corda, que estava atravessada na minha frente.
Deu-me a impressão que tinha cortado a m e t a . . . mas como ainda não tinha começado o meu trabalho, dispus-me a observar mais atentamente o que se passava: Afinal era um burro que estava amarrado ao fecho da porta dum estabelecimento. Então, gritei lá para dentro: E h mu- lherzinha, faça favor de desamarrar o burro que eu quero passar:
Ela, então, respondeu me muito «amavelmente»: Vã lá pelo largo; não tem ali uma rua tão ampla para p assar?!Resígnei-me, dei-lhe razão, entrei no estabelecimento e, meti-lhe uma «gorgeta» no bolso, para a paga da lição que meu d e u . . .‘ Meti rua abaixo e ainda tinha andado poucos metros, fui obrigado a trepar por um poste do telegrafo para dar passagem a uma vara de porcos que vinha cantando uma melodia em dó m a io r . . .
Passaram e eu desci. Aspirei com força a odorància e o perfume que exalavam e disse com igo: 0 assunto, pelo que vejo, não deve escassear. . . e meti novamente peruas a caminho.
Então, agora, parece que estou dançando a quadrilha. Tanta volta tenho de dar oraá gaúche, ora à droit, ora en avante, ora á der- rière. para poder passar da rua do Conde para a rua Direita, onde aos domingos se junta uma massa de gente, parecendo que esperam observar o eclipse da l u a . . .
Desta vez é um burro que desce pelo lado contrário àquele que deve seguir. 0 seu conductor mais burro que o burro, talvez com pretensões a «chauffeur», vai atraz dele, a guia-lo, m a s . . . eis senão quando, dois cavalheiros que conversavam animadamente num passeio, apanham com as cangalhas nas costas, em virtude do gerico ir muito junto da valeta. . .
Daí a momentos passa um rapaz numa bicicleta a ziguezaguear para a direita e para a esquerda (anda a aprender) e depois de ter «limpo» a via pública de todos os peões, acabou por subir o passeio e atropelar o fogareiro e o assador das castanhas duma pobre velha que tentava governar a v i d a . . .
Pouco depois: outro ciclista! (nesta terra há muitos e . . . bons).
Escuzado será dizer que deu-se outra fatalidade: Descia a mesma artéria a toda a brida, fazendo alarme com a respectiva campainha; mas, de repente, saia duma casa um garoto em correria d es- ordenada, indo chocar com a bicicleta, no momento preciso em que o ciclista tentava desenvinci- lhar-se dum cão que lhe saltara a ladrar— o que é caso r a r o . . . o logo seguido doutro !
( F Í 1 ASSUNTOS MUNDl AíS
os seus pais ralhavam e o ciclista p ro testava.. .
Houve, até quem julgasse ser fogo, m a s . . . o que valia é que o badalo do sino não tinha corda e o sino está rachado.
Mudei de rua para não endoidecer e, realmente naquela que tomei apenas ouvia o zumbido eufónico das nuvens de moscas que se levantavam e fugiam espavoridas, com medo de ficarem reduzidas a massa, ao presenti- rem aproximar-se dois carros de distribuição de água que, com os seus conductores sentados nos varais, vinham em competição de velocidade, a semearem as bilhas pelo chão, enquanto meia dúzia de rapazes, com as bilhas nas mãos e braços erguidos gritavam desesperadamente:
E’h home, éh liome— olhe as b ilhas! ! ! . . .
Mau— disse eu— Tambem aqui não estou muito bem, e dobrei para outra artéria, um pouco mais estreita m a s . . . foi-me impossível passar, porque estavam paradas duas carroças a par uma da outra, e nem sequer pelo passeio pude ir porque. . . a rua não o tinha,
E' claro, voltei para traz e— desta vez era ao contrário — vejo um homem guiando um cavaio atrelado a uma cairoça, a assobiar em silvos estridentes com quanta força tinha, para que os transeuntes se dignassem tomar
indo que o ■rava a monte úa uma pista gura para a
Sob esta epW afe no nosso último me praticado no pelo mercado assassino se ene* e que a guarda mais ou menos sua captura.
Hoje informaásSs que o criminoso já se encontra detido.
As constantes batidas da nossa guarda, pelas charnecas, sob o comando do 1 :abo Sr. Antonio João Baía. fez afugentar o miserável até Aiuicer do Sal onde foi capturado peia guarda dessa localidade. 4
Con ’ ,shívíí> com o comandante do uosso Pòsto apuramos que dèsde o conhecimento do crime jamais abandonou a charneca assim como todos os sítios
relatamos j A conferência económica mun- iune'-o o cri-j dial encerrou os seus trabalhos,
local conhecido no passado dia 27 , declarandoMacdonal, primeiro ministro inglês, esperar que os trabalhos da importante assem blea internacional recomecem dentro de poucos meses.
Após a interrupção desta já célebre conferência, ocorre preguntar aqui o que produziu ela de útil para remediar o de- siquilíbrio económico em que o mundo se debate ?
Q ue nós saibamos nada, pelo menos as gazetas estrangeiras e jornais de grande circulação do nosso país, nada nos d isseram acêrca das suas deliberações benéficas, tendentes a debelar a crise.
Quanto custou aos vários paí-onde ia colhendo informações da | ses que enviaram os seus re- passagem do miserável. presentantes a Londres, esta
Continuando a nossa conversa conferência que ao iniciar osconcluímos que aquela autori-
to-pégadas até á sua
dade seguiu inteligentementeseus trabalhos caiu num malogro retumbante?
das as suas pégadas até á sua Muito dinheiro, sem dúvida captura. alguma, que a juntar ao custo
Após a consumação do s e u ; de tantas outras realizadas e crime o miserável foge veloz pe- ao sorvedoiro da So cie d ad e das los seguintes logarejos: passa a N ações, estamos convencidosponte do Vau onde aproveita uma camioneta que se dirigia para a Carreira do Tiro e daqui segue até ao Cabeço de Aranha pedindo a um tal Parreira que seguia para o Ameixoal para o levar no seu carro onde passou a a noite numa cabana dèste, e, alta madrugada dizendo ao Parreira que ia urinar desapareceu pelas charnecas Aqui a guarda, sem perder o seu norte volta a ter informações do miserável que no dia 27 esteve em Cacho (Ca-
que tudo isto constitui um pe-. sadíssimo encargo para os povos, nesta época de desiquilíbrio.
Enfim é ir pagando, embora isto muito tarde, não se sabe quando, venha estar equilibrado.
Um dos acontecimentos mais sensacionais da última semana, na política internacional, foi o reconhecimento dos sovietes pelo govêrno espanhol.
Não nos surpreendeu a nós essa resolução do visinha R epública, sabido como é que a-pesar-de não ter enviado a M oscov o seu plinipotenciário, mantinha no entanto relações comerciais com a União S o v iética comprando-lhe vários produtos,
As gazetas reacionárias da nossa terra, parece que não gostaram do atrevimento do Sr. Azana, e metendo fo ice em seara alheia atiram-se a êle que nem gato a bofes.
Mas a Itália fascista, a A le manha nazi, a Inglaterra dos Lords, a França democrática, também têm embaixadores em Moscov!
Estranha atitude a dos referidos jornais que não usam para com estes países, que igual crime cometem, da atitude que usam para com a jovem República, que Vai seguindo o seu destino, e sem dúvida, o grasnar destes corvos não lhe perturbará o seu progresso e a sua marcha para a organização duma so ciedade melhor mais humana, mais perfeita.
Retalhos dos Jornais
o passeio e dixassem a via livre. (Não é caso virgem, é um caso de todos os dias. Muita gente ainda ignora para que se construíram os passeios que ladeiam as ruas).
Entretanto encontro-me jánou-j tro sitio, e por ele sigo tranquilamente julgando-me, talvez, na rua da P a z . . . quando subitamente tenho de fugir para dentro duma casa particular, em virtude de uma carreta vir tão cheia de mato e caruma que arranhava até as paredes das casas que a ladeavam . . .
Passaram-se uns instantes e resolvi sair.
Porém, ao transpor os umbrais da porta, fiquei atónito e perplexo perante este facto, para mim no momento inexplicável: A rua encontrava-se completamente cheia dum fumo sofucante.
Pensei: teria ardido o mato da carreta? Haverá incêndio? 0 que será,?
En Ião. a limem que notou a| minha unciedade em saber o que se liavia passado, apressou-se a 1 explicar-m e:
Foi um automovel que aqui passou. Um automovel do século passado e que no entanto hoje é muito util: faz parte da nova tá- tica de g u e rra : fazer cortinas de fu m o .
Achei graça à piada e farto já de peripécias de toda a natureza, resolvi ir até à ponte dos vapores, observar se no elemento liquido, tambem reinava a mesma anarquia, u mesma d eso rd em .. .
E.-am quàsi horas do «Monli- jense» chegar. Meti ponte fóra e sou surpreendido, a meio do caminho, pela correria louca e de-
nha) onde preguntou a António
Do nosso prezado colega B eira M ar que se publica em llhavo, transcrevemos a seguin-
Braz o que se dizia em Montijo, te local:a seu respeito, df.^.ndo-lhe êste 0 deputado m onárquico es- que a guarda o procurava e acon-1 p a n h o l e fid a lg o D. /o sé L u iz selhando-lhe a entregar-se, ao O ria l f o i apanhado num avião que o assassino respondeu que | quando passava contrabando.vivo não o prenderiam.
Passa pelo Arieiro, Moura. Pegões e Alcácer onde foi capturado.
Espera-se a toda a hora gresso do criminoso.
Aguas do
F o i afiançado e obrigad o a de p a g a r 4 m ilhõ es de p eseta s
Sal p a ra con tinuar em lib erdade . . .
re- Não nos surpreendeu o oficio de contrabandista, do homem de linhagem do país visinho. Nós
----- — — — —— — — tambem por cá temos alguns,bei por não saber a certa altura descendentes de muitos bon s para que lado estava virado. . . n egreiros que neste oficio arran-
Pareceu-me estar na festa da jaram titulo e fortuna e queAtalaia ou nalgumas espera de hoje não se dedicam a arte datouros a que nós chamamos «en- candonga, porque lhe
Uma b a g a t e l a ! . . . Uma ninharia mesmo custa a manutenção da p a z !
D epois o que as nações poupam uns armamentos chega bem para sustentar êste organismo que Wilson, num puro idealismo instituiu!
* * *
tradas» Cheguei.
1 possivelmente o avião?Vi o traga- * * *
D e 0 S ecu lo extraímos a seguinte local:
0 S ecretariado da S . D . N . acaba de p u b lic a r o rela torio
vapor, vi tas, vi canoas, vi mais barcos e não notei nada de anormal, porque, concordei, no mar por en- quanto não há peões. . .
Entretanto choveu. E choveu bastante!
Ainda bem, disse eu, da poeirai da obra rea liza d a p o r a q u ele já eu estou livre na volta. organism o, d esde a X IIIs e ss ã o
Regressei: e, quando vinha j da A ssem bléa. S erá subm eti- qu.isi no tenniuus da estrada, • do d A ssem b léa ordin aria passam novamente os mesmos I d este ano, q ue reun irá em 25 automoveis na mesma correriaj de Setem bro. 0 orçam ento do j camisola desorden ad a... secretariado e o rg a n iza çõ es profissão.
Ia a voltar-me para lhes dizer esp ecia is da S o cied a d e, p a ra A primeira que agora não me em poeiravam ! 1934, é de 15. 703:631 fra n co s nos oferecer,
Do orgão do nacional-síndi- calista União N a cio n a l que se publica em Leiria, extraímos o seguinte bocadinho.
H a d ia s um p r o fe sso r , p e ssoa cu lta , ou qu e p e lo m enos tivesse obrigação de o se r , teve uma g ra n d e rep u g n â n cia
falta em f a zer en g ra xa r o seu ca lçado p o r um en g ra xa d o r que, com o bom N a cio n a l-S in d ica - lista , ostentava na la p ela o d istin tivo do M ovim ento N . S .
O orgão dos n askis não perdõa ao p ro fesso r m a lcriado a relutância que teve em se deixar engraxar, pelo que concluímos que é homem lançado ás feras uma vez que a causa triunfe.
D eve ter muita graça, muita mesmo, um engraxador com a
azul a exercer a sua
mas, a emenda foi pior que o soneto: Apanhei com tanta lama pelo fato. pela cara e pelos olhos que não pude ver mais coisa alguma. Senão ainda teria muito que co n tar. . .
A j a x
ouro, contra 11.322:459 fr a n cos ouro, em 1933 e 19.174:317 fra n co s ouro em 1932.
ocasiao que se servimo-nos dum
dêsses caramadas que mais não seja para observarmos se ele não engraxa a c a m i s a . . .
IMPORTANTEA G R A D E C I M E N T O
sordenada de cinco automoveis, a j doença e que acompanharam a pequena distancia um dos outros, | sua ultima morada seu marido levantando tal poeirada, que aca- c pai Gercmiets de Oliveira.
[nformam-nos que os chefes de familia que pretendam ma-
e seus fiihos tricular seus filhos nos liceusagradecer a j devem faze-lo até ao dia 10 do
todas as pessoas que se interes- corrente. Assim as crianças quesaram pelas melhoras durante a êste ano fizeram exame do 2.°
Verdiuna Çard.eira vèm por esta forma
grau devem pedir desde já a sua certidão de exame á Inspecção Escolar Destrital.
eG R A N D E C O N C U R S O
O R G A N I S A D O P O R Ê S T E J O R N A L
Leia no proxim o numero mais detalhes sobre o n o sso concurso . »
6-8-933 JO R N A L D E M O N TIJO 3
U M A C A R T A* * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
Do Snr. José Pereira F ia lh o , ' limpos, mas em simples passeio, importante proprietário da nos-* Lançando os nossos olhares sa terra, recebem os a seguinte para asplacas verificám osque as carta: plantas que as povoam estavam
. . ... n , . , j 1A__! sêcas, umas por chegar a épo-Montijo 2 de Agosto de 19oo ca terminar a sua vegetação
Ex. Snr. Joao Lopes ou(;ras qUe podiam vegetar ain- Montqo com exuberância, secavam
Ten do lido no «J o r n a l d e i igualmente, e para estas é que M o n tijo » de 30 do passado mês * lançámos a nossa atenção e lhe uma noticia sôbre o Parque i fizemos referência.Municipal, venho di;er a V. São as plantas que povoam Ex.a que não é verdad e tudo |as placas, regadas como são o que nela se diz. as arvores?
«As plantas secam á falte dei E ’ possivel, mas se o são po- água». V . Ex.a de certo foi m al de suceder que o não sejam informado, pois que, desde o j suficientemente, tanto mais que principio de Maio até ontem to- a terra onde vegetam necessita das as noites o Parque tem sido de muita íg u a , porque é frouxa regado, como V. Ex.a p o d e r ia ! delgada e disto não pode ser ter verificado se ali fosse d e responsável o Snr. Pereira Fia- noite. O facto de algumas ár- lho, porque até se pode dar o vores apresentarem as folhasj caso do Parque não a possuir sêcas , não é devido á falta d e para satisfazer as exigências, e rega, mas sim devido aos c a - , necessidades das plantas, nas lores excessivos que têm feito, condições expojtas.
«Que os arruamentos estão porcos, imundos». Tambem não é verdade. Há dias que anda pessoal raspando e limpando as placas e as ruas, sendo êste serviço feito êste ano pela 4 .1 vez.
Doeu-me esta noticia porque d esd e o inicio da form ação do dito parque, até agora, não o tenho desamparado, fazendo todo a diligênc.ia ao meu alcance de fazer dele um recinto bonito e agradavel, o que espero conseguir com o tempo se a minha pessoa continuar a dirigir os serviços do mesmo, e doeu-me tambem por não ver a expressão da verdade.
Com referência á iluminação do dito Parque, não passo deixar de concordar: é verdade; mas a isto que responda quem de direito.
V. Ex.a fará o uso que entender desta minha carta podendo informar-se da veracidade do que acabo de expôr.
Com muita consideração sou
D e V. Ex.aM.° At.° e V en .or
J osé P e r e ir a F ialh o
Muito gostosamente publicamos a carta do Snr. Pereira Fialho, um amigo dedicado do Parque, e que veni cuidando dêle desde o seu inicio com desvelado carinho, o que nos apraz registar nas colunas do nosso jornal, porque tal facto só abona as suas boas qualidades de caracter.
Há aproximadamente quinze dias visitamos de tarde o parque, não a titulo de investigar se as plantas estavam sêcas ou vegetavam normalmente, nem tão pouco para examinar se os arruamentos estavam sujos ou
Aqui tem V. Ex.a Snr. Pereira Fialho o que nós vimos, com os nossos próprios olhos, passe o plionasmo, no Parque, quando há quinze dias o visitámos, muito antes destas canículas que nos têem turturado ch egarem, isto no que diz respeito ás plantas.
A gora volvamos a nossa atenção para a limpeza.
D iz V. Ex.a na sua carta que há dias que anda pessoal raspando e limpando as placas e as ruas.
S e V. Ex.a mandou proceder a esse serviço certamente é porque as placas estavam sujas e igualmente os arruamentos, pois de contrário não se faria por desnecessário.
Ora nós perante esta afirmação de V. E x.a concluímos que quando o acaso nos levou ao Parque em passeio os serviços de limpeza ainda não se tinham iniciado e daí as nossas objecções insertas no último número do nosso jornal por no anterior, devido á falta de e s paço, não o puderem ser.
Para terminar, por julgarmos e s c l a r e c i d o suficientemente êste caso, cumpre-nos declarar aqui por um dever de lealdade, que não foi nossa intenção ao fazermos a referência que f izemos ao Parque, melindrar ou maguar V, Ex.a porque nenhum interêsse tinhamos nisso. A p e nas o desejo de chamar para o caso a atenção de quem supe- rientendia nele.
Q ue V. Ex.a continue a in- teressar-se pelo Parque, que faça dele aquele recinto bonito e aprazivel que constitua o seu orgulho e o seu enlêvo e que faça o nossa diiicia, são os nossos votos.
D E S P O R T O SA avenida principal do Parque
Municipal nau está -linda enri- A s p r o V a s desportivas leVa-quecida _ <•■ ;:i o mu linda casinha j a efe jf0 p e j0 Aldegalense
numeme portu- § p 01q Club, em comemoraçãoi0 ,!‘ n,S | . a ,1.’ * do seu 24 ." aniversario, termi- !"',r naram com um espectáculo in-
desui da. teressante, que foi um jogo de pouco caso. «!ootball» infantil entre o In-
duguesu. que < fantil Azul, e outra igual cate-' lU.a íg o r i a d e Setúbal,
sorteios ne.w as e og-n. i r i m e s - A injc iativa de criar nos Clubs trais entre os seus coii&ui iidores, I <(f00^ aj|# uma secção in-ofereceu mo {*:» ' ^ como | fantil é interessante sob todos este ano i g u a l m e n t e o l e i v í o, u m a
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
em estilo guòs, da autoii quiteto Raul LSI Câmara Muuid
Histori .‘mos A Fosforeira muitos :
casa em estiio poviuguès, como prémio dc consolação, aos portadores do s-ribas não premiadas, nos sorteios ;:í>reriore.«, E sa casa coube— como ó do domínio de todos— a um pobre rapa/ desta vila, chamado Américo «ía Silva, e que se encontrava ao tempo desempregado.
Prevendo as eventualidades, a Fosforeira comprometeu-se a mandar construir a casa onde o contemplado indicasse. Foi escolhido o Parque Municipal, e á Camara pedidas imediatamente as necessárias facilidades para se iniciar a sua construção. Aquela entidade bem ou mal, (não discutimos) resolveu não facilitar.
Isto passa-se em Janeiro precisamente quando mais se fazia sentir a crise na classe da construção civil. A sua construção, nesta altura, atenuá-ia um pouco.
Mais tarde, vencidas as dificuldades que então se apresentaram, foi requerida a venda do terreno, e a Câmara vendeu como a qualquer particular. Claro que a escritura não podia ser admitida a registo, porque as Câmaras só podem vender em hasta publica, salvo auctorização especial..
Vão já decorridos 2. meses que a escritura foi feita, a qual não tem validade alguma pelos motivos já expostos.
A Fosforeira insiste pela sua legalidade; quere construir a casa o mais breve possivel; quer dar trabalho a todos os operários de Montijo. quer torná-la um facto; quer acima de tudo mostrar que dará aquilo que prometeu, mas a Câmara espera impassivel que os poderes públicos venham dar remédio ao caso, A -a lid a n d o a escritura que erradamente efectuou.
E aqui tèem os leitores e os operários da construção civil como se descreve a história da i . a Casa em Estilo Português que saiu a Américo da Silva.
C O N D E N A D O I R E V O L U Ç Ã OFez-se finalmente o julga
mento do celebre Cerqueira de V ascon celos, ex-inspector-chefe da Região Escolar de Lisboa, e feroz inimigo dos republicanos, poiseraum reacionário exaltado.
Pelo crime de burla, prati-
Êste jornal dirigido pelo Sr Rolão Preto, o Hitler português, suspendeu a publicidade, facto que muito lamentamos, pois as suas doutrinas eram desopilantes e faziam-nos muito bem ao
cada contra a assistência, o tr i - ! „ . ,bunal sentenciou da seguinte;, P e l° s modos aquilo lá pelas forma: 22 m êses de prisão cor- h ° s tes n a sç u is anda pela horarecional, igual tempo de multa a 5$00 por dia, 1 .500$00 de imposto de justiça, 5 .000$00 de indemnização para a Assistência Nacional aos Tuberculosos.
As gazetas reaccionárias a êste respeito . . . nem um monossílabo, entretidas como estão a difamar os republicanos.
bastantes distraídos, e que conseguiu, com a sua grande vontade e bastante geito, vencer pelo «score» d e ‘ 4-2 um «team» de jogadores muito mais experimentados, e muito superiores fisicamente.
E ’ necessário que o Club não descure o assunto, dedicando a devida atenção ás crianças que se quérem fazer desportistas, pois eles mais tarde saberão elevar o nome do Club que os soube lançar no grandioso e belo campo do Desporto.
H u m b e r t o S o u s a
Após o brilhantismo com que decorreu a prova de natação do dia 24 é vontade do Alde-
os aspectos. O desportista que o é de creança, tem indiscutível Vantagem sobre o que começa a ser depois de se sentir já homem. S e mostra habilidade para o jogo e as necessarias condições fisicas, e tendo quem dêle queira fazer o devido caso, é evidente que é mais natural vir jgalense realizar uma corrida dea ser um «ás» que qualquer outro que se lembre de praticar qualquer desporto depois dos 20 anos.
Alem destas vantagens, os «teams» formados por crianças despertam interesse, distraem bastante o publico, d e s d e que esses «teams» estejam formados por rapazes habilidosos, e que joguem com um conjunto que por ve ze s nos façam lembrar os regulares «teams» de «crescidos».
Neste caso está o Infantil Azul, que na tarde de 50 p. p. nos fez passar uns momentos
barcos á vela. E’ interessantíssima esta prova e reina o maior entusiasmo nos nossos meios desportivos.
Tambem é vontade do Alde- galense realizar uma corrida de 100 km. e uma prova de atlétismo,
— Foi no dia 24 do mês passado que vimos pela 1 .a vez entrar numa prova oficial o Bela Vista Club da nossa terra iniciado e fundado por humildes rapazes de Montijo.
A o novo club, tão simpático por ser humildemente iniciado, os nossos melhores votos.
SINDICATO DO PESSOALDE
HORÁRIO DE T R A B A L H OPedem-nos que chamemos a
especial atenção do Sr. Adm inistrador do Concelho para o facto dos estabelecimentos abrirem muito antes das 8 horas e encerrarem quási ás 22, ch egando, alguns ao domingo a encerrar as suas portas ás 25 ,5 0 !
Porque razão é aqui desrespeitado o horário de trabalho?
No próximo numero faremos alguma luz sôbre o caso.
" A VOZ DO OPERÁRIO, ,Êste importante organismo
operário da capital, enviou á R edacção do nosso jornal um bem apresentado livreto que insere o discurso que o professor Canhão Junior pretendeu proferir na Assem bleia Geral daquela agremiação, mas que uma parte da mesma interrompeu, vaiando o orador.
Lemos com atenção o referido discurso que se intitula «Homens e Princípios» e que tem como sugestivo sub-titulo « A M ordaça em Mãos de Proletários'» e agradou-nos sobremaneira, não só por nele haver eloquência, calor e vibração de alma, mas porque também há doutrina, humanismo, inteligência, elegância moral e muita fé e convicção na causa que defende.Agradecem os a oferta e manifestamos aqui os nossos maiores desejos para que uma rajada de bom senso paire sobre tão prestante agremiação operária, conciliando todos os desavindos, pois de contrário a causa do proletariado será prejudicada nas suas justíssimas reivindicações.
da morte. E nós a julgarmos que por lá havia muito bagninho para sustentar a gazeta que tanto nos r e g a la v a !
As aparências muitas vezes iludem, ou estaremos nós iludidos e o motivo da suspensão foi outro?
A seu tempo se s a b e r á . . .
A C H A D O SEncontra-se na nossa Reda-
ção uma chave grande, enfiada numa argola que será entregue a quem por provar pertencer-lhe.
Com vista á Sociedade Marí t i ma de Transpor tes
Vimos chamar a atenção da Empreza para o facto que repetidas ve ze s temos notado, nos dias de maior movimento de passageiros nos vapores que, sem querer arvorar-nos em ul- tra-moraiistas, m erece, no entanto, os reparos das pessoas de bom senso.
E’ o facto de, uns determinados cavalheiros, useiros e ve-
O TempoC A L O R
Uma onda de calor caiu sobre o país, subindo o termómetro em várias partes a 43°
No observatório de Lisboa, informaram os jornais, que nos últimos 25 anos a temperatura mais alta ali registada foi a do dia 1 do corrente.
Cam po Maior, foi a localidade que, segundo há notícia, registou a maior subida da c o luna termométrica, pois ali marcou 45“ centígrados.
A seguir foi Coimbra onde se elevou a 42,8 e depois Beja que registou 4 2 .
Na nossa terra contámos n esse dia 56° o que pôs a população masculina em camisa a passear pelas ruas, e as s e nhoras a exibirem as mais finas e leves toiletes.
No cais dos vapores, nestas noites de canícula, são numerosos os habitantes que mergulham no rio e bastantes os visitantes àquele lugar á procura da brisa que refresque e console.
F U R A C Ã OPelas 5 horas e meia da ma
drugada do dia 5 do corrente, passou sôbre esta vila um pequeno furacão que felizmente não causou estragos, não se apercebendo a popuiação àquela hora matutina do fenómeno me- tereológico que noutros pontos causou prejuízos.
da escad a que dá acesso á parte superior do «Ribatejo».
Sentados neste sítio, ficam observando e criticando as formas mais ou menos harmoniosas dos membros inferiores das senhoras, que vão subindo ou que resolvem descer a escada, em virtude de, para cumulo do descaramento, ficarem de cos-
A L V IÇ A R A SD ão-se a quem entregar n a ! zeiros neste estratagema, assim
nossa Redação uma carteira| que chegam ao barco, teem o ! tas voltadas para a ré, para com diversos documentos, que; cuidado de se munir de b a n c o s ; verem e observarem sem artifí- só ao dono fazem falta j portáteis, colocando-os ao fu n d o ! cios nem su b terfú g io s. . .
J O R N A L D E M O N T IJ O
c i B U Q T ç C A M U N I C I P . 4 L.1 D P M O m T i j q I
c o i r ~ ~ - —
LAfcGláTO N *ÍSTANTL ___ ^ ' ~~...... 6-8-933
ser um fjrande país
é uma vila extra lurai mente republicana, é precioso provar-se:E’ obrigação de todos os republicanos serem regionalistas,' ou, i uuuo cuvuineiru c. atenta ctmira \ n ç,. i h-nvn Vnlont* / /•„ , • ? , ,melhor, a simples qualidade de I a/AcfV, . - m ,liio<J ,n is ! O S, Alvcmo Valente publicou < cinco homens como o autor dasrepublicano deve significar só por 1 a , 1 0S" ‘“ f . ’ nao ha mu,lo tempo um (,- .O des Modernas, A , r ^ a / co«-si re°ionalismo 1 p£ir mhssmios ha oro de sonetos a que deu o nome
A republica e ; o regime que íairtda cIu e ’ sern . aspeito algum | melhor pode satisfazer as aspi- pela saúde ou pela sensibilidade Antes de encetar a leitura destarações dos povos. ! alheia, escau-an; por toda a parte j Vor instantes o
E verdadeiramente o . regime j on(je se encontrem, quer seja fí"'úm 'titu b iuieifioo vow odo povo pelo povo. mudo longe, . , . ' ; ‘ , 7 . j P 0 , í >e fóra dos excessos e das velhas nOS cincmas' cIuer dentro d e j oulgar, .fora dos moldes, longe detendencias para a politica da m a -; qualquer estabelecimento, quer | roçar pelo lugar-comum.nobra eleitoral. As Câmaras Mu-1 ainda dentre- dos nossos vapo-nicipais não dòvem sair de p e - i r e s . . . quenos ninhos eleitorais devem \ Tornar-se-ia.uma ' série
N0U05 HORIZONTES0 espírito regionalisla, que
hoje predomina por todo o país. à margem do que cada um de nós portugueses, pos^apensar de política. Faz-nos encontrar, lado a lado para o engrandecimento local, para o progresso das nossas cidades, vilas e aldeias.
Dentro do regionalismo, não combatemos portanto peSsòas nem a acção dessas p essoas; mas também não podèmos guardar uma ideia, esconder um ponto de vista, deixar de anunciar uma opinião só para que não possa parecer que estamos fazendo jogo contra determinado sector : quando chega a ocasião de falar, de bradar ás armas.
Terminou mais um ano económico, sem que o estado, tivesse dado um centavo, ao abrigo da lei dos melhoramentos rurais, para o nosso concelho.
E isto porquê? Pelo desinte- rêsse, pelo egoismo de cada uni, pelo desamor do bem colectivo. Deste desleixo que cada qual põe, em vincar sempre nas mais simples atitudes tomadas resulta a situação de decadência, sobre todos os aspectos, em relação ao Barreiro, do concelho de Montijo.
A ’ margem continuam os bons valores, que Montijo possui, não dando cooperação aos negócios Municipais.
Nos novos está o remédio contra esses velhos vícios da passada Aldeia Galega.
Não é só dizer-se que M ontijo
G r f f l õ a L i t e r á r i ainacredilàve! /ias éE ’ quási
verdade.Não é um único o>i determi
nado cavalheiro 3 a te n ta contra \
éé E U ” — Sonetos por A L V A R O V A L E N T EMOST1JO, 1933
, . _________________ _ _____ ín te r *snn sair de todas as correntes • • , . ,mmavel e noienta de citações, se de opimao do puro regionalismo, j , .•' vpara poderem enfrentar os gran- eu l°ssc aqui desenvolver e raos- des e velhos problemas locais. : trar aos que escarram de dentro
Todas as correntes de opinião de casa para a rua, sem indaga- devem ter compreendido já que j rem se irá atingir alguém, que parar é morrer e portanto se qui- zerem levar Mont
1 cho que o autor, com o nome que deu ao seu trabalho, se preocupou bastante e nisto fès bem, porque assim jà nos prepara um caminho para a compreensão da finalidade que quer que nós tiremos do «Eu». E pensamos pois lá, dentro do eu, deve estar o au: lar a viver a sua obra; aqui deve estar uma vida que necessita ex-
outras grandesnliio ao nível das 1 nao Passam* dims falhados de plicar-se, liberta-se de si pro-vilàs para que te- raciocínio; aos que o fazem nos \pria, expôr-se, a sair á claridade
nha um aspeto diferente daquele 'cinemas e estabelecimentos, que e r(jjJressar a0 seu pensamento.em que por tantos anos perma- são tarados e não vèm um pal- <J aulov do poder-se-ia
mncoírHAnrin ,inmo irairra1 . ' servir doutro nome para a pro-neceu, consequcncia duma lon a | mo a(jeante jJq nanz; e , final-! dução e dentro do sofisma es- e larga poldica de compadno, , . «urao, e uatt/o ao so/isma, tstêm de agrupar os seus valores mente’ aos (' UC em .viaSem nos ^nder-se, contando a sua pro- em torno da Comissão de Inicia- j vapores, entre Montijo e a capi- tiva e da Camara Municipal. tal que preferem-escarrar para o
E ‘ êste o caminho da resolução chão a fazer um leve movimento dos seus magnos problemas e , : apenas para lançar a mucosa no assim, Montr/o, podera vanglo- „riar-se continuando sendo a sóde!m ar’ nao fezem mais cIue dedai’ da sua comarca que data de 28 para o chão uma pequena amos
tra de si mesmo!AJAX
de Fevereiro de 183o.
(Julgado de Jurados)
C a r l o s H y d a l g o G o m e s d e L o u r e ir o
UMA INICIATIVALisboa, 28 de Julhp de 1933 . E x.moSr. Director do «Jornal de
Montijo».Incluso remeto aV. Sr.;
circular queser dirigida
umabrevemente deve a varias pessoas
desse concelho para V. S .a fazer a fineza de publicar no seu jornal.
Caso aceda a êste meu pedido, rogo-lhe que me remeta um exemplar do número em que ela seja incerta.
Concordando Y . Sr.a com a organização do grémio, era favor fazer os seus comentários con- juntamente a publicação.
De Y. etc.J. R u m in a
E x .mo Sr.
0 Distrito de Setúbal que administrativamente pertence á Extre- madura, cor o graficamente é Alen- tejo- Litoral e assim o consideravam os nossos antigos geógrafos e historiadores.
Como porém os alente/anos não estão habituados a ter-nos por seus cornprovincianos, apesar das nossas características se aproximarem mais das cláles que dos extremenhos, é natural que no futuro êste Distrito passe à categoria de província com a designação de Alentejo-Litoral.
A exemplo do qae têm feito as outras regiões do país, é necessário que nós organisemos o nosso Grémio Regional para que èle seja o nosso Senado Provincial onde se cuide dos nossos interesses materiais e intelectuais e a nossa Casa Fam iliar onde nos reúna- rnos para diliberar e conviver.
São muitas as vantagens dos Grémiós regionais. Inumerarei apenas algumas para elucidar e entusiasmar V. E x .a a cooperar comnosco na sua criação.
l.° Evitar o urbanismo e emigração, excitando o apêgo ao torrão natal.
2 ° Desenvolver o patriotismo
pria vida. Mas assim è sincero, franco, lea l e dis-nos a realidade duma Vida— que. é a sua.
Está bem. 0 titulo dos sonetos è belo, e só por si muito vale:
Desfolho o «Eu» Vários é o capitulo I e Este livro é o primeiro soneto deste capitulo que encetei,
Nesta poesia o sr, Alvaro Va- lertte mostra-nos que conhece aquele dizer que nos indica que todo o homem para ser completo deve
Achamos, interessante esta iui- plantar uma arvore, gerar um ciativa, pois os grémios regio- filh o e escrever um livro. nais, como está sobejamente de- Escrever um livro! monstrado têm um valor social í Que coisa tão form idável!
! que os impôe e escusado se torua Quantos não labutam nesse desejo1 quantos os que ficam a bracejar, bracejar doidamente, porque não
e a solidariedade entre os regionais.
3 ° Promover a cultura inte- aqui evidenciá-lo, não só. porque lectual por meio de conferências j a circular que nos foi remetida e bibliotecas organizadas espe- \ com clareza foca tal facto, como cialmente com obras que versem j também por esse valor ser de assuntos regionais e de autores ! todos nós conhecido dada a acção patrícios. | benéfica e constructora, desen-
4." Coadjuvar os estudos sôbre volvida pelos que ha fundados e o nosso Distrito, especialmente a funcionar com notável êxito.as monografias de cada um dos \ Mas, no caso presente que é nossos concelhos. posto á nossa modesta aprecia-
ò.° Organizar exposições produetos regionais, obras de j tiva cm marcha, algumas obser- arte e literatura sôbre o nosso' vações, sem de modo algum de- Distríto para o. q u é se auxiliará sejarmos contrariá-la as indústrias locais, escritores e Diz-se na presente circular que artistas que forem aparecendo. o Districto de Setúbal que admi-
fí.° Estudar os projectos de in- nistrativamente pertence á Extre- terêsse local ou regional para os j madura, corográlicamente é Alen- apresenlar ás •instâncias oficiais tejo-Litorál. Muito bem, estamos completamente esclarecidos.
7.0 Promover festas que inte-
alçam o alvo !Recorda-me isto o cantar do
poeta latino: apparent vari nan- tes in gurgite vasto Escrever um livro !
0 espirito artístico nãsce com o indivíduo. Este não o cria. Ele
de perfeito e inteiro acòrdo com essa divisão regional. Mas se assim é porque não havemos,
tinua a vivo» » .
Esta idea vale mais que muitas foi^mas. Vale muito. Vale tanto como este dizer' do burilador do Primo Bazilio e do estatuário dos Maias: Então perante este céuonde os escravos eram mais gloriosamente acolhidos que os doutores, destracei a capa, tambem me sentei num degrau, quási aos pés de Antero que improvisava, a escutar, num enlevo, como um discípulo.
E para sempre assim me conservei na vida»».
F oi assim que Eça de Queiroz um dia se deixou prender, em Coimbra, ainda estudante, a uma amizade e admiração fortíssimas por Antero.
E no «E u * leio mais sonetos alguns que já conheço dos tempos em que Montijo surgiu à p u b licidade e prende-me a m usicalidade das Andorinhas Passam, repassam, num recorte
airosocomo um sorriso de infinita graça. Tocam de leve. tocam na vidraça num cumprimento amigo, donai-
roso.Conheço poesias maravilhosas,
cheias de encantos lírico e filoso- fico e eu quero que esta seja, para mim, tão bela como as sublimes que conheço.
Depois este cantar nos M oinhos:Moer......... moer s e m p r e . . . ,
r u g ir . . . . penar.E seduz-me a vida, a luz, o
so l, o colorido, a natureza etri flo r nas Paisagens.
0 capitulo II— Do Amor e do passado— é belo, e o auctor mos- tra-nos que c inspirado numa fonte, talvez inexgotavel e pronta a proporcianar-lhiTmais poesias.
0 capitulo III e ultim o— Orientais— é enriquecido pelo vocabulário do misterioso levante, da terra hindu, essa índia que Mariano Grácias, há pouco fale-
nos revela no! seu livro Terra de Rajás.
Os sonetos deste capitulo, de
está criado. Aquele modifica-oí/e|ção, vamos fazer á grande inicia- apenas. Etodas as tentativas que
1 o homem, que não nasce artista, j " f u m o ^rucuis, ne tenta esboçar, serão sempre heca-1 cldo> ,ã0 belamente tombes, tantas, que por fim se \convencer do êrro eni que lavrou \ 7 - , ,tanto tempo precioso. \ gosto oriental, são sobremodo
A certa altura deste soneto 0 \ encantadores.autor d is : que lembre o meu «Eu» é um livro que honra opassado e lembre Antero! RecordeA ntero! Para mim tem muitovalor este pensamento. LembrarAntero é trazer sempre viva na
nós extremenhos, por fòrça duma divisão administrativa, de nos aproximar dos alentejanos a quem nos ligam caracteres semelhantes, tratando primeiro de que o Districto de Setúbal
ressem a mocidade com o fim de os relacionar, criar amòr por esta Instituição e amigos para a mesma e para o Distrito.
8.9 Pôr em evidência os valores intelectuais da região para osgovernantes afim de serem apro- que o Districlo de Setúbal seja veitados a bem da nação. [considerado oficialmente Alente-
9.° Organizar excursões turis- jo-Litoral e ingressar depois to- ticas aos locais do Distrito que | dos nós no Grémio Alenlejano mereçam ser visitados. \ existente em Lisboa em plena !
Pelo exposto fica V. E x .a in-1 actividade e progresso? formado das beneméritas inten j Se nos consideramos álente- ções que nos movem a fundar o \ janos, debaixo do ponto de vista nosso Grémio. \ corográlico, e sob o aspecto de
Pedimos a fineza de dar a esta j afinidade de costumes e psicolo- circular a maior publicidade p o s-, gia, amanhã oficialmente reco- sivel e de nos enviar nomes e mo- nhecidos como tal, só teríamos radas de pessoas que devam ser \ de fazer isto, ingressar na casa convidadas a ingressar no nosso
memória a nossa querida Pátria. E ’ não esquecermos Portugal, um Portugal imenso. E pensarmos no dizer de M itchelet: ««Se em Portugal restam quatro ou
Grémio.Esperamos que V. E x .a nos dê
a sua adesão, o que desde já agradecemos.
Pela Comisssão Organizadora
0 .Secretário
J. RUMINA Rua Primeiro de Dezembro,
101 2 .°— LISBOA.
propriedade se chama de Portugal, acolheria com
alentejana, onde a lhaneza da gente da terra a que com muita
o celeiro entu
siasmo os seus novos irmãos.Não será isLo viável? E possi
vel, mas achamos que a iniciativa em marcha tem o inconveniente de pulverizar fòrças da mesma província, uma vez que isso fosse uma idealidade.
B O M -H U M O RUm carrasco ia debutar na
sua arte e receiando da sua anim osidade, d isse para o paciente:
—P eço que me ajude irmão, por que é a primeira vez que taço o sacrifício de enforcar.
— Oh! que contrariedade,não posso satisfazê-lo, vou ser enforcado pela primeira vez.
♦ **Entre escritores de revistas:— Então a tua obra dá di
nheiro?— D eve dar bastante; mas o
emprezário só a leva á cena quando não vai ninguém ao teatro.
sr. Alvaro Valente, que fa z com que nós, se já apreciavamos os seus dotes de poeta, fiquem os agora presos de futuros sonetos sempre belos e sempre cheios de encanto.
Agosto de 83
J o r g e A n t u n e s
Um patrão dá ao creado várias cartas para deitar no correio.Quando o creado volta, diz-lhe:
— O ’ Manuel não esq u eceste carta nenhuma?
—Isso havéra de esquecer!Antão eu que inté tenho lume
nos o l h o s ! . . . Eu bem sei como faço as c o is a s !
A que tinha no subrescrito u rg en te foi a primeira que eu deitei na ca i xa!
Outro fosse eu que não fi- jesse c a s o . . .
□ □ □ □ 3 D □ □ □ □ □ □□□□□□□□□□□□□□□□□ !□□;□□!□□□□□□□□ □□□□□□foi v isado de censura.
qD □ □ □ □ □ □ □ □ OL □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □ □
Este numero pela com issão
6 -8-933 J O R N A L D E M O N T IJ O
Lavra grande
Misérias U sgssa terra
contentamento entre os pais e encarregados de educação, a propósito da fundação de um Colégio dentro dos métodos pedagógicos modernos, e a par das modalidades que, o ensino contemporâneo, requer com urgência.
Essa nova Escola de Ensino Secundário, que funcionará 11a Rua Santos Oliveira, terá como corpo docente professores dos mais competentes, sabedores e habeis a que a missão de ensinar não dispensa de possuir como bagagem.
Neste periodo dificil em que 0 magistério é um sacrifício, e a aprendizagem um esforço titânico, muitas vezes mal compensados, é grato revelarmos aos nossos leitores que o novo estabelecimento de ensino já tem inúmeras simpatias e de dia para dia cresce a afluência de pessoas a inquirir do seu desenvolvimento.
0 curso dc ferias iniciado 110 dia 1 do corrente mès funciona regularmente, frequentando-o alunos que, no desejo de saber, acorrem á Escola do Ensino Secundário diariamente.
Nessa Escola tambem funciona um curso de Comércio ministrado por um distinto professor diplomado,
Este curso é nocturno e é preenchido por inúmeros rapazes do nosso meio comercial.
E x a m e s do 2.° g r a u
Por sentença de 17 do corrente, que transitou em julgado, proferida nos autos de acção de divorcio litigioso, com beneficio de assistência judiciaria, que Francisco Gomes, servente, move contra Maria Gertrudes de Andrade Rola, domestica, ambos moradores em Santo Antonio da Charneca, freguesia de Palhais, desta co marca, foi decretado 0 divorcio definitivo dos cônjuges referido.—
Montijo, 28 de Junho de 1955.O Escrivão do 5 .° Oficio
J o ã o A . de B . F ig u e irô a J . 0TVerifiqueia a exactidão.
O Juiz de Direito, Substituto B en to M a to so
Iniciamos hoje a publicação dos resultados destes examès que conforme noticiámos terminara no pretérito dia 2 8 :
Alunos da Ex.ma professora D. Emilia Maria Nobre Silva.
Ivone da purificação Ribeiro, Benvinda de Jesus dos Santos, C eleste Rosa Bordeira, Emilia Neto, Helena Fonseca dos S a n tos Rocha, Arlete Maria da.Costa Silva, Maria Cândida S an ch ez Alvarez, Maria Carmina da Veiga Marques, Maria Luiza Soares Luz, Maria S o ares Pinto, Carolina M endes Catarino, Leonor Marques Tavares, M aria Júlia Milho da Rosa, Doro- tea Maria Gouveia, Juvenália Caria, Maria Antonieta Felix de Sousa Pontes, Luiza Benito Ro- mina, Raquel de Brito Figueirôa, Maria Gomes Martins, Maria Helena V az de Carvalho, Maria Augusta Pinto, Maria José Baptista V asconcelos, distintas.
Maria Matilde Morgado Quintino, Lubélia Pereira Coutinho Salgado, Maria Laura Ribeiro de Carvalho, Maria Jacinta Espírito Santo, Maria Angélica dos Santos, aprovadas.
Alunos do professor Rodrigo Pimenta,:
Acácio Artur Soeiro Dores, Jacinto Levi Ramos Dias, M anuel Almeida Cordeiro, Manuel da Veiga Marques Junior, Ricardo Raimundo da Silva, Henrique Oliveira Dias, João Bastos Panelas Junior, Francisco António Faria, Joaquim Sam paio Gervásio, António Lopes Tavares, distintos.
Carlos Ramos Sequeira, José G om es da C osta Lopes, Manuel Gom es Simões, Francisco Luiz Báldrico, Armando Valério Rodrigues, Amadeu da C osta Junior, Joaquim Ribeiro, aprovados.
No proximo número concluiremos a publicação dos resultados destes exames.
I .a p u b lica cã o No dia 1 de Outubro, proximo,
pelas 15 horas, no Bairro do Moisem, da vila de Alcochete, pelos autos de justificação para arresto que Julio Maria Maduro requereu contra Carlos de Abreu, ambos daquela vila, Vão pela segunda vez á praça para serem arrematados por quem maior preço oferecer acima de metade dos valores da avali- açãO( os seguintes bens.
Diversos materiais de construção e um motor a gaz pobre com todos os seus pertences.
Pelo presente e respectivo edital são citados quaisquer credores incerto para assistirem á arrematação e deduzirem os seus direitos.
Montijo. 28 de Julho de 1955 O Escrivão da 5 .a Secção
Jo ã o A . de B . F ig u e irô a J . nTVerifiquei a exactidão.
O Juiz de Direito.J . R a p o so
FAZEDORV E N D E - S E
Tratar com JOAQUIM FERNANDES SUPELOS Rua
França Borges.
Recebem os dos professoresD. Alice Costa e Bernardo C o s ta, com 0 pedido de publicação, a relação nominal dos alunos que apresentaram a exame e os respectivos resultados obtidos.
2.° ano— exame singular de português: Maria Fernanda Dô- res Mira Reis, aprovada com 12 valores.
1.° ano— curso g e r a l : Helena Caetano Mora, aprovada com15 valores, Maria Manuela V a sconcelos Rodrigues, aprovada com 15 valores; João Narciso Ferra Junior, aprovado com 12 valores.
Tod os estes alunosforam dispensados de prestar provas orais.
Pequenos mdas que muito valem
S e se mostrasse 0 inestético barracão ie m e e i r a da Rua da Ponte, a todos os visitantes que viessem á nossa terra pela primeira vez, nenh.;m diria tratar-se dum >Cine-' aa tro» .
No que toca a sua es té t ica não nos alongamor. em considerações, visto ser absolutamente condenávei aos olhos de todos.
O segando ponto im en sam en te importante é 0 que periga a vida dos esp ectad ores que des- preocupadamer.íe assistem ao desenrolar do esp ec tá cu lo sem preverem 0 perigo catastrófico que osarrieaça inexoravelmente.
S e se preguntasse a qualquer desses espectadores qual seria a sua surpreza ao despertar rodeado por quatro intransponíveis e enormes linguas de fôgo, na impossibilidade de salvar seus filhinhos filados ao seu pescoço, sua espôsa sem sentidos e a sua própria vida, ficaria aterrorizado dentro daquele fôrno crematório de m adeiras ressequidas.
Por muito vigilante e cuidadoso que seja 0 seu serviço de bombeiros 'não pode obstar a uma catástrofe prevista.
Os bombeiros não podem acudir a tudo e todos, e, á menor falha seguir-se-á a conclusão lógica que é a aflição decerto fatal para tantas vidas.
«Mais vale prevenir do que remediar» diz 0 velho aforismo.
Por que se não previne salvaguardando centenas de vidas que correm 0 risco de desaparecer em alguns minutos?
O «Cine Parque» está igualmente condenado por que as suas minguadas dimensões não permitem 0 arejamento n ecessário de casas com as condições higiénicas para êste fim, nem afastar suficientemente 0 écram afim de não ferir a vista dos seus espectadores.
De casas tão acanhadas não se devia pensar em fazer e s pectáculos públicos.
Urge, pois, construir uma casa própria para espectáculos fazendo desaparecer tudo quanto denote atraso para a nossa terra.
Montijo é uma das maiores vilas de Portugal com justas aspirações a cidade, portanto exige 0 seu embelezamento em proporção com a sua grandeza.
F A L E C IM E N T O SFaleceu em 21 de Julho na
sua residencia da Avenida da Liberdade, 211-2.° Esq., a sr.a D. Cristina de Jesus Sant’Ana Soares Ventura esposa do nosso prezado assinante sr. Henrique Soares Ventura.
O funeral realizou-se no dia seguinte para o Cemitério dos Pra- zeres tendo a urna sido depositada em jazigo de familia.
Da porta do cemitério até ao jazigo foram organisados diversos turnos.
Dirigiu o funeral 0 Dr. Pinto Gouveia, advogado em Lisboa.
Á distinta familia enlutada apresenta o «jornal de montijo» ja expressão sincera do seu sentimento.
Segundo noticias colhidas de fonte auctorizada, a Mesa da Misericórdia acaba de fechar contrato para a exploração da Praça de Touros, com os Srs. José Vi- lalonga Gomes, Francisco dos Santos e Jaime Rodrigues que se propõem dar alguns espectáculos. constando-nos, que o primeiro será no próximo dia 28 de Agosto segunda feira da Festa da Atalaia > sendo de esperar uma grande enchente.
PELA I MPRENS AAcaba de sair á publicidade
0 quinzenário regionalista E cos do G u a d ia n a que se publica na importante vila de Mértola.
Ao colega que apresenta um magnifico aspecto gráfico e uma escolhida colaboração, desejamos longa vida e vamos es- tabecer permuta.
Faleceu no dia 30 de Julho após poucos dias de sofrimento, na residencia de seu irmão, a sr.a D. Maria José Nunes, 11a avançada idade de 82 anos.
A extinta era irmã do sr. José Antonio Nunes e da sr.a D. Maria de Jesus Marques.
0 seu funeral foi muito concorrido.
0 «jornal de montijo» envia a toda a familia enlutada os seus sentidos pêsames.
Faleceu 11a passada semana no Asilo de S. José onde se encontrava internado o Sr. José Antonio Torga.
0 finado era tio das Sr.as D. Luisa Xavier Lopos e D. Ofélia Soeiro de Oliveira e do Sr. Carlos Jacinto Soeiro.
A toda a familia enlutada os nossos sentidos pêsames.
A Impressão do nosso
S e m a n á r io
C om o era p a r a d e s e ja r 0 n o sso jo r n a l p a s s o u a se r im p resso em M o n tijo , na t i p o g r a fia do n o sso a m ig o P ere g r in o A n to n io Q u a resm a .
E scu sa d o se to rn a encarecer as m ú lt ip la s va n ta g en s d e s ta reso lu çã o q u e há m u ito se im p u n h a , d a d a s a s d ific ie n c ia s de que 0 n o sso p er ió d ico p o r vezes en ferm a va , en tre e a p r in c ip a l, 0 a tra so com q u e p o r vezes sa ía , p o r m o tiv o s e s tra n h o s á n o ssa vo n ta d e .
S a i h o je 0 * J o r n a l de M on- t i j o » com novo fo r m a to e com se is p a g in a s . C rem os q u e a g ra d a rá a o s n o sso s , a s s in a n tes, le ito res , e p u b lic o em g e ra l. P orém da d o o seu novo fo r m a to ele terá 4 p a g in a s , a u m en ta n d o 0 seu n ú m ero , sem p re q u e is so s e ja necessá rio e se im p o n h a ao bem da terra .
N ão q u erem o s te rm in a r e s ta p eq u e n a n o tic ia sem a q u i e lo g ia r o corpo t ip o g rá fic o que ora tra b a lh a no n o sso se m a ná rio , p o is d isp en d em u m e s fo rço enorm e p a ra q u e ele se se a p resen te com o asp ec to g r á fic o q u e m u ito a b o n a a
[ su a co m p eten cia p r o fis s io n a l .
A niversários— Completou no passado dia
25 de Julho, mais um aniversário natalacio, a menina Maria José Rosa, nossa gentil con- terranea.
— Tambem completou mais uin aniversário, no passado dia4 do corrente mês 0 Sr. João Carlos de Oliveira pai do nosso querido Director.
Partidas e chegadasC hegou de Monte Real,
acompanhado de sua Ex.ma e sposa do nosso prezado amigo Snr. José Salgado de Oliveira, importante industrial da nossa terra.
* **Acompanhado de sua Ex.ma
esposa e filhos retirou desta viia para 0 Monte de Caparica 0 nosso amigo Snr. Henrique José Leão, professor oficial nesta vila.
Encontra-se nesta vila a menina Maria Manuela Brandão Ferreira, que acabou de prestar provas do exame do 2.° grau no Colégio de N. S . do Rosário e é gentil sobrinha do nosso amigo Julio Ferreira companheiro de trabalho nesta casa.
♦ **Com sua Familia retirou para
S a n t’Ana onde conta passar 0 verão 0 nosso estimável co laborador e amigo Sr. Carlos Hidalgo G om es de Loureiro.
DfoentesDeu entrada no hospital de
Santo António dos Capuchos, onde foi operada pelo distinto cirurgião, Dr. A zeved o G om es, com um feliz êxito, a Ex.ma Snr.aD. Alice Dimas Gregorio, e sposa do nosso amigo Antonio Joaquim Gregório.
Desejam os as rápidas melhoras da virtuosa senhora.
Encontra-se melhor das seus padecimentos 0 nosso prezado amigo João António Xavier Lopes que hoje parte para Monte Real onde vai fazer uma cura de águas.
Ao nosso querido editor desejamos melhores sensiveis.
Direitos da Cr iançaA União Internacional de S o
corros á criança; de Genebra, fez publicar a D eclaração dos direitos da criança que são:
I— A cria n ça deve s e r h a b il i ta d a a desenvo lver-se d u m a m a n e ira n o rm a l, m a te r ia l e esp ir itu a lm e n te .
I I — A cria n ça q u e tem fo m e deve se r a lim e n ta d a ; a c r ia n ça d o en te deve se r tr a ta d a ; a cr ian ça a tra sa d a deve se r a n im a d a ; a cr ia n ça d esen ca m in h a d a deve se r en ca m in h a d a ; do orfão e 0 a b a n d o n a d o devem ser rec o lh id o s e s o c o r r idos.
I I I — A criança deve ser qu em em p r im e iro lu g a r receberá so c o rro s em tem p o s de crise .
I V— A criança deve se r h a b il i ta d a a g a n h a r a v id a e deve s e r p ro te g id a co n tra to d a a e x p lo ra ç ã o .
V— A cr ia n ça deve se r ed u cada no se n tim en to de q u e a s su a s m e lh o re s q u a lid a d e s devam se r p o s ta s ao serv iço do s se u s irm ã o s .
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11 $Importantes d esco n to s nos segu ros efectuados directamente p e lo s Srs- Proprietários na d elegação de Montijo §^§
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Capital e reservas cerca de Duzentos mil contos
D i r i g i d a t e c n i c a m e n t e e n P o r t u p i p o r Joaquim Freire Caria
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