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“Defesa Civil somos todos nós” Edição: 2017. RELATÓRIO ANUAL DE AÇÕES

“Defesa Civil somos todos nós”“RIO... · Sistema Nacional de Defesa Civil. A partir da promulgação da Lei nº 5.855/93, o CBMMA assumiu definitivamente o comando e controle

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“Defesa Civil somos todos nós”

Edição: 2017.

RELATÓRIO ANUAL DE AÇÕES

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 5

2 DEPARTAMENTO DE GESTÃO DE RISCOS DE DESASTRES ........................................ 7

2.1 Capacitações de agentes municipais ........................................................................... 7

2.1.1 Pio XII ..................................................................................................................... 7

2.1.2 São José de Ribamar ............................................................................................. 7

2.1.3 Arari ........................................................................................................................ 8

2.1.4 Lima Campos ......................................................................................................... 8

2.1.5 Imperatriz ............................................................................................................... 8

2.1.6 Itinga do Maranhão ................................................................................................ 9

2.2 Qualificações do público interno .................................................................................. 9

2.2.1 Especialização em Defesa Civil ............................................................................. 9

2.2.2 Formação de instrutores ...................................................................................... 10

2.2.3 Treinamento do software SISVUCLIMA-MA ........................................................ 10

2.2.4 Capacitação em Sistema de Informações Geográficas ....................................... 11

2.3 Parceria com o Núcleo Geoambiental da UEMA ....................................................... 11

2.4 Abalo sísmico no Maranhão ........................................................................................ 12

2.5 Monitoramento hidroclimático .................................................................................... 13

2.5.1 Rio Mearim ........................................................................................................... 13

2.5.2 Rio Grajaú ............................................................................................................ 20

2.5.3 Rio Itapecuru ........................................................................................................ 22

2.5.4 Rio Parnaíba ........................................................................................................ 24

2.5.5 São Luís ............................................................................................................... 25

2.6 Monitoramento de queimadas..................................................................................... 26

2.6.1 Conjuntura nacional ............................................................................................. 27

2.6.2 Panorama estadual .............................................................................................. 28

2.7 Decretos municipais .................................................................................................... 30

3 DEPARTAMENTO DE GERENCIAMENTO DE DESASTRE ............................................. 31

3.1 Obra de recuperação (Paciência I e II) ....................................................................... 31

3.2 Envio de pedido de prorrogação de prazo ao Governo Federal ............................. 34

3.3 Envio de Termo de Referência à Comissão Setorial de Licitação .......................... 35

3.4 Confecção de ata de registro de preço ...................................................................... 36

4 SEÇÃO DE VISTORIA TÉCNICA ....................................................................................... 37

4.1 Residências situados em São José de Ribamar ....................................................... 37

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4.2 Ponte sobre o Rio São João em São José de Ribamar ............................................ 38

4.3 Prefeitura do municipal de Morros ............................................................................. 38

4.4 Taludes próximos ao Quartel do Comando Geral do CBMMA ................................ 39

4.5 Condomínio Punta Del Leste ....................................................................................... 39

4.6 Imóvel na Avenida dos Franceses .............................................................................. 40

4.7 Estrutura em concreto armado (ponte sobre o Rio São João) ................................ 41

4.8 Antiga Pousada Nova Jerusalém ................................................................................ 42

4.9 Relatório Técnico de Engenharia nº 55/2015 ............................................................. 43

4.10 Barragem situada na Rodovia Estadual (MA 259) .................................................... 44

4.11 Imóveis residenciais .................................................................................................... 45

4.12 Imóvel na rua Ararajubas ............................................................................................. 45

4.13 Condomínio Residencial Village das Palmeiras II .................................................... 46

4.14 Prefeitura de Morros .................................................................................................... 47

4.15 Área de risco na Vila Maranhão .................................................................................. 48

4.16 Edificação em situação de risco (Bairro Bom Fim) .................................................. 48

4.17 Áreas de risco de desabamento ................................................................................. 49

4.18 Escola Estadual Conego Nestor Cunha ..................................................................... 50

4.19 Assentamento entroncamento .................................................................................... 50

4.20 Edificação onde funciona o Conselho Tutelar .......................................................... 51

4.21 Edifício Marília .............................................................................................................. 52

4.22 Casarão em situação de risco contiguo ao Tribunal de Justiça ............................. 52

4.23 Delegacia de Homicídios ............................................................................................. 53

4.24 Escola Aline Soeiro ...................................................................................................... 53

4.25 Escola Estadual Maria Pinho....................................................................................... 54

4.26 Quadra Poliesportiva (São Raimundo do Doca Bezerra) ......................................... 55

4.27 Desabamento de Muro AABB (Bacabal) .................................................................... 55

4.28 Edifício Brasillar (Bacabal) .......................................................................................... 56

4.29 Ponte Povoado Cirivela (Pedro do Rosário) .............................................................. 56

4.30 Capela de São Pedro (São Luís) ................................................................................. 57

4.31 Terminal Rodoviário de São Luís ............................................................................... 57

4.32 Escola Mista Newton Neves (Itapecuru-Mirim) .......................................................... 58

4.33 Loteamento APACO (São Luís) ................................................................................... 59

4.34 Quadra poliesportiva no 2º BBM (RTE 35/2017) ........................................................ 59

4.35 Áreas de risco de movimentação de massa (Porção de Pedras) ............................ 60

4.36 Centro de Ensino Ribeiro do Amaral (São José de Ribamar) .................................. 60

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4.37 Superintendência Federal de Agricultura .................................................................. 61

4.38 Delegacia da Polícia Civil (Dom Pedro) ...................................................................... 61

4.39 Edificação na rua do Sol (Casarão Antigo) ................................................................ 62

4.40 Torre de telefonia ......................................................................................................... 63

4.41 Unidade de Ensino Básico da Santa Clara ................................................................ 63

4.42 Residência no município de Carolina ........................................................................ 64

4.43 Residência no Bairro Fé em Deus .............................................................................. 64

4.44 Residência na Vila Nova República ............................................................................ 65

4.45 Arte Fogos Confiança .................................................................................................. 65

4.46 Viaduto do café ............................................................................................................. 66

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................. 68

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1 INTRODUÇÃO

A incidência periódica de desastres naturais provocados por intensos

períodos de chuvas e/ou sua ausência (estiagem) induziram a criação, em 19 de

outubro de 1973, da Defesa Civil maranhense (Decreto Estadual nº 5.150). A seguir,

com o Decreto Estadual nº 8.055, de 11 de agosto de 1981, houve uma reorganização

de sua estrutura, passando a denominar-se “Comissão Estadual de Defesa Civil –

CODECIMA”, funcionando junto a Secretaria de Justiça do Estado.

Na época, a Defesa Civil maranhense atuava apenas como um setor de

emergência, todavia, desenvolvia o atendimento de forma isolada nos casos de secas

e enchentes. Ainda sem uma estrutura definida, já exercia de maneira tímida suas

atividades. No entanto, em 1º de outubro de 1990, a Constituição Estadual, por meio

do art. 116, atribuiu ao Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão – CBMMA, o

estabelecimento e a execução da Política Estadual de Defesa Civil articulada com o

Sistema Nacional de Defesa Civil.

A partir da promulgação da Lei nº 5.855/93, o CBMMA assumiu

definitivamente o comando e controle das ações de defesa civil no Maranhão,

estabelecendo, portanto, a Coordenadoria Executiva de Defesa Civil como órgão

responsável pelo desenvolvimento e execução das atividades estabelecidas nas

legislações federal e estadual.

Competia a Coordenadoria Executiva de Defesa Civil: prestar socorro nos

casos de inundações, desabamentos e catástrofes, sempre que houvesse ameaça de

destruição de bens ou pessoas em iminente perigo de vida; desenvolver a Política

Nacional de Defesa Civil; participar ativamente na elaboração dos planejamentos;

mapear os locais atingidos por desastre; realizar consultas médicas e distribuir cestas

básicas de alimento, colchões e outros mantimentos aos afetados pelos desastres.

A situação no estado permaneceu estável por vários anos até que ocorreram

grandes inundações em diversos municípios maranhenses. Desastres semelhantes

aconteceram por todo o país, revelando a fragilidade das ações. Isto revelou a urgente

necessidade de reformulação da Política Nacional de Defesa Civil. Sendo, então,

aprovada a Lei 12.608/12, delegando as atribuições de cada ente federado e

acrescentado o nome “Proteção” a nomenclatura utilizada pelas Defesas Civis em

todo o país.

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Com isso, a Coordenadoria Executiva de Defesa Civil transformou-se na

Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil do Maranhão – CEPDECMA.

Dando início, em 2014, a rotina de elaboração e publicação de relatórios mensais,

através do seu site oficial, a fim de tornar mais transparente as ações desenvolvidas

durante os anos.

No ano de 2015, observou-se um grande avanço nas atividades

desenvolvidas pela CEPDECMA, representando uma nova dinâmica no cenário

estadual. A busca por novos métodos e a absorção de experiências trazidas por meio

de treinamentos em outros estados possibilitou o fortalecimento do sistema.

No ano seguinte ocorreram diversas capacitações internas, tornando a equipe

técnica mais preparada para instruir e formar novos agentes por todo o estado. Soma-

se a isso, o número excepcional de vistorias técnicas realizadas neste período.

Este relatório vem, enfim, descrever as ações desenvolvidas por cada setor

da CEPDECMA, no decorrer de todo o ano de 2017, mantendo, assim, o banco de

dados atualizado com todas as informações mensais e anuais.

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2 DEPARTAMENTO DE GESTÃO DE RISCOS DE DESASTRES

2.1 Capacitações de agentes municipais

A CEPDECMA realizou em parceria com as prefeituras municipais, o Curso

de Agentes em Proteção e Defesa Civil, com o objetivo de transmitir aulas teóricas e

práticas possibilitando a implementação da sua COMPDEC.

2.1.1 Pio XII

INFORMAÇÕES GERAIS

Data 14 a 17 de fevereiro.

Palestrantes Cap. BM Rodrigues, 1º Ten. BM Rafael e Sd BM Wanderson.

Nº de alunos 24 participantes.

Observação 1º CAPDEC realizado no município.

Imagem 1 - Entrega de certificados aos alunos.

Fonte: CEPDECMA (2017).

2.1.2 São José de Ribamar

INFORMAÇÕES GERAIS

Data 20 a 24 de fevereiro.

Palestrantes 1º Tenentes BM Rafael e Breno.

Nº de alunos 24 participantes.

Imagem 2 - Visita de campo com os alunos.

Fonte: CEPDECMA (2017).

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2.1.3 Arari

INFORMAÇÕES GERAIS

Data 14 a 17 de março.

Palestrantes 1º Ten. BM Rafael, 1º Ten. BM Veiga e 2º Ten. BM Marques.

Nº de alunos 24 participantes.

Imagem 3 - Equipe em entrevista no município.

Fonte: CEPDECMA (2017).

2.1.4 Lima Campos

INFORMAÇÕES GERAIS

Data 24 a 27 de outubro.

Palestrantes Cap. BM Martins, 1º Ten. BM Breno e ST BM França.

Nº de alunos 16 participantes.

Imagem 4 - Apresentação dos alunos.

Fonte: CEPDECMA (2017).

2.1.5 Imperatriz

INFORMAÇÕES GERAIS

Data 20 a 22 de novembro.

Palestrantes 1º Ten. BM Rafael e os 2º Ten. BM Paulo e Wellington.

Nº de alunos 16 participantes.

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Imagem 5 - Alunos em visita de campo.

Fonte: CEPDECMA (2017).

2.1.6 Itinga do Maranhão

INFORMAÇÕES GERAIS

Data 23 a 24 novembro.

Palestrantes 1º Ten. BM Rafael e 2º Ten. BM Wellington.

Nº de alunos 14 participantes.

Imagem 6 - Entrega de certificados aos alunos.

Fonte: CEPDECMA (2017).

2.2 Qualificações do público interno

2.2.1 Especialização em Defesa Civil

Os Capitães QOCBM Jairon e Fernandes concluíram o curso de pós-

graduação Lato Sensu – Especialização – em Defesa Civil, realizado pela Faculdade

UnYLeYa, com sede no Rio de Janeiro – RJ, tal qualificação aconteceu entre os dias

26 de agosto de 2015 a 17 de outubro de 2016, totalizando uma carga horária de 420

horas e realizada com recursos próprios. Destacando-se, ainda, que ambos os oficiais

obtiveram, ao término do curso, o conceito excelente.

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Imagem 7 – Oficiais que concluíram especialização em Defesa Civil.

Fonte: CEPDECMA (2017).

2.2.2 Formação de instrutores

O Capitão QOABM Martins participou do módulo I e II, e o 1º Tenente QOCBM

Breno, para o módulo III e IV do “Programa de Capacitação da Secretaria Nacional de

Proteção e Defesa Civil 2017/2018”.

Imagem 8 - Sede da ONU em Brasília.

Fonte: CEPDECMA (2017).

2.2.3 Treinamento do software SISVUCLIMA-MA

Entre os dias 18 e 19 de outubro, os Soldados BM Wanderson e Elberth

participaram do treinamento do software SisVuClima-MA, intitulado de projeto

“construção de indicadores de vulnerabilidade da população às mudanças climáticas”.

Imagem 9 - Sala da capacitação com alunos.

Fonte: CEPDECMA (2017).

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Esta iniciativa conjunta teve como objetivo elaborar um sistema de

indicadores, em escala municipal, para avaliar a vulnerabilidade da população

a mudanças do clima em seis estados brasileiros: Amazonas, Espírito Santo, Mato

Grosso do Sul, Maranhão, Paraná e Pernambuco.

O SisVuClima possibilitará a identificação dos setores que necessitem de

prioridades na elaboração, implementação e acompanhamento de ações de políticas

públicas voltadas para a adaptação da população a mudança do clima.

2.2.4 Capacitação em Sistema de Informações Geográficas

Durante os dias 07, 14 e 21 de outubro, foi realizada a habilitação de membros

da CEPDECMA no uso do Sistema de Informações Geográficas – SIG. Participaram

desta qualificação, o 3° Sargento BM Conrado e o Soldado BM Wanderson.

Imagem 10 - Capacitação na sala da reunião da CEPDECMA.

Fonte: CEPDECMA (2017).

Os conhecimentos abordaram temas como cartografia e análise espacial,

elaboração de mapas, compilação de dados geográficos, análise de informações,

aquisição de dados, geoestatística e gerenciamento de bancos de dados espaciais.

2.3 Parceria com o Núcleo Geoambiental da UEMA

No dia 17 de março, o Capitão QOCBM Marcelo e o 1º Tenente QOCBM

Breno compareceram no Núcleo Geoambiental – NUGEO com o objetivo de

viabilizarem o acordo de cooperação técnica.

As informações sobre monitoramentos climatológicos do NUGEO seriam de

grande importância para a CEPDECMA, visto que se teria acesso a informações de

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previsões climatológicas em todo o Estado do Maranhão. Portanto, o grau de

importância das informações seria significativo, por causa do período chuvoso que

temos enfrentado.

Imagem 11 - Reunião entre os membros da CEPDECMA e NuGeo.

Fonte: CEPDECMA (2017).

O Chefe do Laboratório de Meteorologia e o meteorologista Carlos Márcio de

Aquino Elói apresentaram as instalações do Núcleo e os mecanismos que são

utilizados para se realizar os monitoramentos.

2.4 Abalo sísmico no Maranhão

Ocorrido no dia 03 de janeiro, por volta das 09h43min, classificado como de

magnitude leve ou ligeiro (4,6 de magnitude na escala Richter). O epicentro aconteceu

no município de Belágua - MA, entretanto, foi sentido tremores nos municípios de

Itapecuru, Urbano Santos, Chapadinha, Vargem Grande e, também, em algumas

partes de São Luís.

É importante destacar, que abalos entre os valores de 4 a 6 de magnitude,

podem acarretar no máximo a quebra de vidros, rachaduras de paredes e

deslocamento de móveis.

Das 17 solicitações associadas a este evento adverso, do dia 03 para o dia

04 de janeiro, 14 foram atendidas pela CEPDECMA e pela SUDEC de São Luís. Em

nenhuma das ocorrências foi constatado danos causados por este evento. Podemos

citar apenas um caso atendido pela SUDEC, em que foi verificado desprendimento do

forro do teto, todavia, nada de tão grave.

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Somente acima da escala de 7 graus na escala Richter é que devemos nos

preocupar, pois, neste caso, já podem surgir danos em edifícios, destruição de

construções e/ou danos mais graves.

2.5 Monitoramento hidroclimático

Devido ao período chuvoso, a CEPDECMA tem realizado – diariamente – o

monitoramento de alguns municípios maranhenses com maior probabilidade de risco

de desastre e históricos relacionados ao período. Este relatório considera o

levantamento dos registros diários do período chuvoso de janeiro a maio. As variáveis

analisadas durante o monitoramento foram: níveis fluviométricos, fornecidos pelos

Coordenadores Municipais – COMPDEC’s e disponíveis no site da Agência Nacional

de Águas – ANA e ainda a probabilidade de chuvas e volume, segundo os dados do

Climatempo, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE e do Centro Nacional

de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais – CEMADEN, através de suas

PCD’s.

2.5.1 Rio Mearim

Segundo a série climatológica (1981-2010) de precipitação do CPC/NCEP, o

mês de janeiro chegou ao fim com chuvas que alcançaram toda a extensão da bacia

nesse período, apresentando comportamento de normalidade (áreas sem coloração

no mapa abaixo), com exceção das áreas pontuais situadas na parte central da bacia,

que apresentaram anomalias positivas em torno de 40 a 70% de chuvas acima da

média.

Mapa 1 - Anomalias de precipitação (%) no Maranhão (mês de janeiro).

Fonte: CPC/NCEP (2017).

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Gráfico 1 - Monitoramento de precipitações no Maranhão (mês de janeiro).

Fonte: SUDAM/UFPA (2017).

No município de Bacabal, o nível do rio Mearim apresentou estabilidade por

dois dias consecutivos, sendo que no final do mês de janeiro, o rio permaneceu na

marca de 1,59 m, apontaram os dados obtidos da estação telemétrica da ANA.

Gráfico 2 - Monitoramento dos níveis fluviométricos do rio Mearim em Bacabal.

Fonte: SUDAM/UFPA (2017).

A situação examinada mostra que o nível do rio Mearim se encontrava 2,50 m

abaixo do observado no ano anterior. Conforme demonstra a linha em lilás (Gráfico

02). Portanto, a tendência era que o nível do rio Mearim apresentasse variação de

estabilidade e elevação nos próximos dias.

De acordo com os dados de precipitação do CPC/NCEP, em fevereiro, os

maiores volumes de chuvas se concentraram na porção do baixo Mearim, onde houve

um volume acumulado superior a 40 mm de chuva. Por outro lado, as chuvas de fraca

intensidade foram observadas no alto Mearim.

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No mapa abaixo, observa-se o comportamento climatológico das chuvas, para

o período, no oeste do estado do Maranhão, com ênfase para a bacia hidrográfica do

rio Mearim.

Mapa 2 - Precipitação acumulada (mm/24h) – mês de fevereiro.

Fonte: NuGeo (2017).

Dentre os municípios que foram monitorados, compreendidos pela bacia do

Mearim temos: Bacabal, Trizidela do Vale, Pedreiras e São Luiz Gonzaga do

Maranhão. Como mostra o gráfico a seguir:

Gráfico 3 - Monitoramento de precipitação (mês de fevereiro).

Fonte: SUDAM/UFPA (2017).

No município de Bacabal, o nível do Rio Mearim apresentou variações

mínimas durante os dez primeiros dias, sendo que durante os demais dias do mês de

fevereiro, o rio alcançou a máxima de 4,76 m no dia vigésimo quinto dia do mês

(Gráfico 04).

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Gráfico 4 - Monitoramento do nível rio Mearim em Bacabal (mês fevereiro).

Fonte: SUDAM/UFPA (2017).

De acordo com a série histórica climatológica de precipitação do CPC/NCEP

(1981-2010), o período analisado em março foi marcado pelo padrão de normalidade

de chuvas em toda a mesorregião do Norte maranhense onde se insere o baixo

Mearim. As áreas pontuais situadas na porção do alto Mearim indicaram variações de

anomalias positivas/negativas em torno de 40% de chuvas acima/abaixo da média

observada.

Mapa 3 - Anomalia de precipitação (%) - mês de março.

Fonte: NuGeo (2017).

Dentre os municípios monitorados inseridos na bacia do Mearim temos:

Bacabal, Trizidela do Vale, Pedreiras e São Luiz Gonzaga do Maranhão. Todos

localizados na mesorregião do Centro e Norte maranhense, como exibe o gráfico a

seguir:

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Gráfico 5 - Monitoramento de precipitação – mês de março.

Fonte: SUDAM/UFPA (2017).

Os dados das estações pluviométricas do CEMADEN/INMET, comprova que

os municípios do Centro maranhense totalizaram chuvas acima de 300 mm, exceto

os municípios de Barra do Corda (169,6 mm) e Poção de Pedras (254,4 mm). No

Norte, o maior volume acumulado foi registrado em Conceição do Lago Açu (390,4

mm), conforme indicação do gráfico acima.

No município de Bacabal, o nível do rio Mearim apresentou instabilidade

durante dias consecutivos no mês de março, chegando a ultrapassar a cota de alerta

de cheia na marca de 5,4 metros, conforme dados obtidos da estação telemétrica da

ANA.

A situação verificada mostrou que o nível do rio Mearim se encontrava inferior

ao observado no mesmo período de 2009, quando ocorreu a segunda maior enchente

do estado, conforme demonstra a linha verde (Gráfico 6):

Gráfico 6 - Monitoramento dos níveis fluviométricos do rio Mearim em Bacabal.

Fonte: SUDAM/UFPA (2017).

A série climatológica de precipitação do CPC/NCEP (1981-2010) apresentou

um padrão de chuvas abaixo do normal – em torno de 40% – sobre áreas pontuais

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situadas na porção do alto e baixo Mearim, no mês de abril. Nas áreas pontuais no

centro da bacia predominaram padrões de chuvas dentro da normalidade.

Mapa 4 - Anomalia de precipitação (%) no Maranhão – mês de abril.

Fonte: NuGeo (2017).

As chuvas observadas no município de Bacabal totalizaram um volume acumulado

de 437 mm, conforme os dados obtidos da estação pluviométrica da ANA.

Climatologicamente, esse volume correspondeu a 32% acima da média esperada para o mês

de abril que é de 331 mm.

Mapa 5 - Monitoramento fluviométrico do Rio Mearim em Bacabal.

Fonte: SUDAM/UFPA (2017).

O Gráfico 05 apresenta os extremos do nível do rio Mearim no mês de abril,

sendo o máximo de 5,66 m (no dia 10 de abril) e o mínimo 4,03 m (no dia 1º de abril).

A série climatológica de precipitação do CPC/NCEP (1981-2010) demonstrou

que praticamente toda a área de influência da bacia se comportou abaixo da

normalidade esperada para o mês de maio, destacando-se as áreas pontuais que

integram a região hidrográfica do alto Mearim, onde as chuvas resultaram em torno

de 70% abaixo do padrão climatológico.

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Mapa 6 - Anomalia de precipitação (%) no Maranhão – mês de maio.

Fonte: NuGeo (2017).

Dentre os municípios monitorados inseridos na bacia do Mearim estão:

Bacabal, Trizidela do Vale, Pedreiras e São Luiz Gonzaga do Maranhão, todos

localizados na mesorregião Centro maranhense.

As chuvas observadas no município de Bacabal, no mês de maio, totalizaram

161,0 mm, apontam os dados obtidos da estação meteorológica automática do

Instituto Nacional de Meteorologia – INMET. Isto significa que o comportamento das

chuvas se manteve dentro da normalidade, já que a média para o período é de 192,4

mm.

Dentre os casos significativos registrados em maio, ressalte-se um evento de

chuva extrema ocorrido em Bacabal, no dia 05, com registro de 33,8 mm. Por sua vez,

o dia 15 foi considerado o mais quente do mês, momento no qual os termômetros

acusaram a máxima de 34,0°C e a mínima de 24,1°C.

Os extremos do nível do rio Mearim em Bacabal registrados no mês de maio

foram: máximo de 4,29 m, dia 06, e mínimo 1,54 m, no dia 31, conforme demonstra o

gráfico a seguir.

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Gráfico 7 - Monitoramento fluviométrico do Rio Mearim em Bacabal.

Fonte: SUDAM/UFPA (2017).

2.5.2 Rio Grajaú

Os extremos do rio, em janeiro, foram: máximo de 2,69 m (dia 20) e mínimo

de 1,93 m (dia 05), segundo os dados da ANA (Gráfico 08).

Gráfico 8 - Monitoramento fluviométrico do rio Grajau – mês de janeiro.

Fonte: SUDAM/UFPA (2017).

No período monitorado, verifica-se que o rio Grajaú apresentou níveis

fluviométricos distantes das cotas de atenção, alerta e emergência. Todavia alcançou

a máxima de 8,09 m ao longo período observado (Gráfico 9).

Gráfico 9 - Monitoramento fluviométrico do rio Grajau – mês de fevereiro.

Fonte: SUDAM/UFPA (2017).

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No período monitorado, verifica-se que o rio apresentou níveis fluviométricos

bem acentuados ultrapassando a cota de atenção, alerta e emergência. Deste modo,

apresentando os extremos: máximo de 4,97 m (dia 17) e mínimo de 2,61 m (dia 08),

conforme demonstra o gráfico abaixo.

Gráfico 10 - Monitoramento fluviométrico do rio Grajau – mês de março.

Fonte: SUDAM/UFPA (2017).

O nível do rio apresentou oscilação de descenso e elevação ao longo do

período, permanecendo abaixo da cota de atenção, alerta e emergência, conforme

dados apresentados pela ANA. O gráfico abaixo apresenta os extremos do nível do

rio observados no mês de abril, sendo o máximo de 3,91 m (dia 06) e mínimo de 2,34

m (dia 27).

Gráfico 11 - Monitoramento fluviométrico do rio Grajau – mês de abril.

Fonte: SUDAM/UFPA (2017).

Os extremos do nível do rio para o mês de maio foram: máximo de 3,70 m (dia

02) e mínimo de 2,18 m (dia 31).

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Gráfico 12 - Monitoramento fluviométrico do rio Grajau – mês de maio.

Fonte: SUDAM/UFPA (2017).

2.5.3 Rio Itapecuru

Dos municípios pertencentes à Bacia do Itapecuru, monitoradas diariamente

pela CEPDECMA, estão: Caxias e Codó.

Nos gráficos a seguir, o acumulado de chuvas no mês de janeiro, para o

município de Caxias ficou em 200 mm, comparando-se com o mesmo período do ano

anterior, observa-se que o volume de chuvas foi inferior.

Gráfico 13 - Chuva acumulada x normal climatológica – janeiro de 2017 e 2016.

Segundo o gráfico abaixo, o acumulado de chuva em fevereiro, no município

de Caxias, ficou abaixo dos 100 mm. Enquanto que o acumulado no mês de março

superou os 200 mm.

Gráfico 14 - Chuva acumulada x normal climatológica – fevereiro e março.

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O município de Codó apresentou baixas variações no aspecto de acumulados

pluviométricos em grande parte do período. Sendo registrado no dia 1º de março, o

maior índice, mas sem alterações significativas e alarmantes (Gráfico 16).

Gráfico 15 - Precipitação acumulada em 35 dias.

O gráfico abaixo indica que em abril, o acumulado de chuvas na cidade de

Caxias extrapolou os 200 mm.

Gráfico 16 - Chuva acumulada x normal climatológica – abril.

O município de Codó apresentou baixas variações no aspecto de acumulados

pluviométricos, sendo 70,4 mm o maior índice registrado (dia 13 de abril), sem

alterações significativas e alarmantes para desastres característicos da estação

chuvosa.

O gráfico abaixo apresenta o acumulado de chuvas para o mês de maio no

município de Caxias. Em Codó, o maior índice registrado chegou a 48,6 mm (dia 20

de maio).

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Gráfico 17 - Chuva acumulada x normal climatológica – maio.

2.5.4 Rio Parnaíba

Timon foi a principal cidade monitorada nessa bacia hidrográfica. As variações

foram bastantes reduzidas, não havendo ameaças de inundações e sinistros.

Informações da COMPDEC do município indicaram que os níveis de chuva foram bem

distribuídos, inexistindo qualquer situação de instabilidade para grandes

preocupações.

Contudo, no dia 30 de março, houve um caso de alagamento, em

consequência de uma atípica e intensa chuva ocorrida em curto intervalo de tempo no

município. Dados da COMPDEC de Timon indicam que aproximadamente 200

famílias foram afetadas, havendo 42 desabrigadas e 40 desalojadas.

Gráfico 18 - Precipitação acumulada em 35 dias (28/02 a 03/04).

No mês de abril, os níveis e volumes foram bastante reduzidos, sendo o maior

índice registrado no dia 19 – 62,8 m – conforme gráfico a seguir.

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Gráfico 19 - Precipitação acumulada em 36 dias (04/04 a 08/05).

Enquanto que no mês de maio, os níveis e volumes permaneceram bastante

reduzidos, apresentando o seu maior índice no dia 29, ocasião na qual foi registrado

um volume inferior a 50 mm em uma das estações existentes do município, conforme

aponta o gráfico abaixo.

Gráfico 20 - Precipitação acumulada em 36 dias (02/05 a 05/06).

2.5.5 São Luís

O município apresentou, durante o monitoramento diário do mês de janeiro,

variações na probabilidade de chuva. Segundo o gráfico abaixo, os maiores índices

pluviométricos registrados no mês ocorreram nos dias 09 e 19. Já a média mensal

total do município chegou próximo dos 400 mm.

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Gráfico 21 - Acumulado de chuvas nos meses de janeiro, março, abril e maio.

Janeiro

Março

Abril

Maio

No mês de fevereiro, a média mensal de chuva acumulada ficou abaixo de

100 mm. Enquanto que nos meses de março, abril e maio; os acumulados máximos

ficaram, respectivamente, acima de 50 mm, 100 mm e 40 mm.

2.6 Monitoramento de queimadas

As queimadas causam grandes impactos nos mais diversos ecossistemas,

afetando a saúde das populações e acarretando grandes prejuízos econômicos e

ambientais.

No estado do Maranhão, o fogo ainda é bastante utilizado no manejo de

pastagem e na limpeza de terrenos para a agricultura tradicional, pois é uma forma

rápida e barata de reduzir a biomassa acumulada, de estimular a rebrota de forragem

para a pecuária, de diminuir as pragas e de remover os remanescentes agrícolas.

Todavia, no período seco, a vegetação fica mais suscetível, tornando a queimada

mesmo de forma controlada perigosa, pelo risco de ela atingir áreas de vegetação

nativa, provando a morte de animais silvestres e, podendo, até mesmo avançar sobre

áreas rurais e urbanas.

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Logo, em consequência do começo do período de estiagem no estado, a

CEPDECMA deu início ao monitoramento de alguns municípios maranhenses,

dedicando atenção especial aos que apresentam histórico de grande incidência de

queimadas.

Este relatório considerou o levantamento dos registros diários, entre os

períodos de 1º de setembro a 30 de novembro de 2017. Momento em que se observou

as condições meteorológicas diariamente, por meio do site do Instituto Nacional de

Pesquisas Espaciais – INPE.

Logo, essas informações nortearam, parcialmente, as ações de prevenção e

preparação da Coordenadoria Estadual e do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão

– CBMMA.

2.6.1 Conjuntura nacional

De acordo com os dados do programa de queimadas do INPE, coletados

através do satélite de referência AQUA_M-T, o acumulado de focos de queimadas no

Brasil, em setembro, totalizou 110.988 focos, como ilustra no gráfico a seguir.

Gráfico 22 - Número de focos registrado no 3º trimestre de 2017.

Entre as cidades brasileiras com os maiores índices de queimadas está

Grajaú-MA ocupando o 3º lugar no ranking nacional e o primeiro no Maranhão, mês

de setembro. Nesse período foram observados 2.098 focos, o equivalente a 1,9% de

todos registrados no país.

Já o acumulado de focos de queimadas no Brasil, no mês de outubro, totalizou

42.511 focos. Sendo o município maranhense de Alto Parnaíba, o sétimo no ranking

nacional e o primeiro no estadual com maior número no mês de outubro. Contando

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com 343 focos, o equivalente a 8.9% dos focos registrados no país. Enquanto que no

mês de novembro, foram registrados 19.812 focos no Brasil.

De acordo com o banco de dados de queimadas do INPE (2017), os estados

brasileiros que se posicionaram nas 03 (três) primeiras colocações no ranking

nacional de focos de calor contabilizaram, estatisticamente, 52% do total de

queimadas em todo o país. Sendo, respectivamente, o Pará (23,8%), o Mato Grosso

(16%) e o Maranhão (12,5%).

Gráfico 23 – Ranking nacional de focos de calor no Brasil.

Fonte: INPE (2017).

2.6.2 Panorama estadual

Em setembro, o Maranhão foi o terceiro em índice de queimadas, totalizando

14.825 focos, perdendo apenas para os estados do Pará (25.004 focos) e Mato

Grosso (23.945 focos).

Dados do Serviço de Monitoramento de Queimadas e Incêndios do INPE, em

outubro de 2017, foram identificados 6.008 focos, o equivalente a 14,1% dos focos

registros no país, conforme gráfico a seguir.

Gráfico 24 - Percentual de focos por estado brasileiro.

Fonte: INPE (2017).

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O município com maior ocasionalidade de focos de calor no estado foi Alto

Parnaíba, que apresentou o maior quantitativo de 343 queimadas no mês de outubro.

Seguidos pelos municípios de Amarante do Maranhão (302 focos), Mirador (249

focos), Parnarama (197 focos) e Arame (194 focos).

No mês de novembro, o Maranhão ficou no segundo ranking nacional de

queimadas, registrando 2.832 focos de calor, o equivalente a 13,7% dos registros de

queimadas no país.

Gráfico 25 - Percentual de focos por estado brasileiro – mês de novembro.

Fonte: INPE (2017).

O município maranhense com maior índice de queimadas no mês de

novembro foi Santa Luzia, com 162 focos, ou seja, 5,9% dos focos registrados no

estado.

Nas unidades de conservação do estado, a que apresentou o maior registro

foi a APA da Baixada Maranhense, sendo que no mês de novembro, registrando 231

focos de um total de 394. Além disso, foram monitoradas as Terras Indígenas – TI,

onde a redução dos focos já é mais expressiva neste período. A TI Alto Turiaçu

apresentou o maior número de focos (22) junto com TI Arariboia (22).

Gráfico 26 - Focos de calor em terras indígenas maranhenses – mês de novembro.

Fonte: INPE (2017).

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No panorama estadual, os municípios maranhenses mais afetados estão

inseridos no gráfico abaixo. Sendo que na região Nordeste, o estado ocupou o

primeiro lugar no ranking de queimadas (INPE, 2017). Comprovando intensidade

desse desastre no território maranhense.

Gráfico 27 – Ranking dos municípios maranhenses mais afetados pelas queimadas.

Fonte: INPE (2017).

No que se refere a sazonalidade, as queimadas ganharam maior proporção e

destaque no segundo semestre de cada ano, isto se deve influência de diversos

fatores como: baixa precipitação pluviométrica, prolongado período de estiagem e

manejo incorreto do fogo. Logo, a maior quantidade de ocorrência de focos de calor

se dá entre os meses de agosto a novembro.

Quanto ao fator vegetacional, constatou-se que o bioma mais atingido pelas

queimadas foi o Cerrado, seguido dos biomas Amazônia e Caatinga, com índices bem

inferiores ao seu.

2.7 Decretos municipais

O ciclo de gestão em proteção e defesa civil englobou atividades antes,

durante e após os desastres, possuindo como divisor de águas a concretização do

risco previsto em uma ocorrência que gere danos e prejuízos. Considerado tudo isso,

seis municípios maranhenses decretaram Situação de Emergência – S.E. em suas

circunscrições.

Em fevereiro, os municípios de Itapecuru e Matões do Norte decretaram SE

por alagamento, já o município de Marajá do Sena decretou por enxurrada. No mês

de março, Conceição do Lago Açu decretou por inundação e Timon por enxurrada.

No mês seguinte, abril, o município de Santa Rita decretou em decorrência de

inundação e Timon, por erosão continental (boçoroca), em novembro.

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Logo, no S2ID do Ministério da Integração e nos registros internos da

CEPDECMA foram computados 07 (sete) decretos situação de emergência em

decorrência do intenso período de chuvas.

Quadro 1 – Decretos de situação de emergência registrados no S2ID.

ORD. MUNICÍPIO DATA DESASTRE SITUAÇÃO AFETADOS

01 Marajá do Sena 04/03/17 ENXURRADAS HOMOLOGADO / RECONHECIDO 8.051

02 Timon 03/04/17 ENXURRADAS HOMOLOGADO / RECONHECIDO 511

03 Timon 17/11/17 EROSÃO CONTINENTAL HOMOLOGADO / RECONHECIDO 2.578

04 Conceição do Lago-Açú 18/05/17 INUNDAÇÕES HOMOLOGADO / RECONHECIDO 8.051

05 Itapecuru 02/17 ALAGAMENTOS HOMOLOGADO / RECONHECIDO ---

06 Matões do Norte 13/03/17 ALAGAMENTOS NÃO FOI HOMOLOGADO E NEM

RECONHECIDO ---

07 Santa Rita 05/05/17 INUNDAÇÕES NÃO RECONHECIDO 2.938

FONTE: CEPDECMA e S2ID (2017).

3 DEPARTAMENTO DE GERENCIAMENTO DE DESASTRE

3.1 Obra de recuperação (Paciência I e II)

O Departamento acompanhou o desenvolvimento e finalização parcial da obra

de recuperação dos sistemas de abastecimento de água do Paciência I e II. Esta obra

é resultado da união de competências entre a CEPDECMA e a Companhia de

Saneamento Ambiental – CAEMA, concretizado através de um Termo de Cooperação

Técnica.

Imagem 12 - Entrada do prédio de controle do sistema Paciência I e II.

Fonte: CEPDECMA (2017).

A obra teve como finalidade proporcionar um aumento da captação de água

subterrânea dos sistemas Paciência I e II, localizados na ilha de São Luís. Esta ação

visou: colocar em operação os poços já construídos, perfurar novos poços, construir

novos sistemas adutores, construir mais reservatórios e reformar e ampliar as

estações elevatórias de água já existentes.

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Para a implementação de todo o serviço, o Governo do Maranhão obteve

recursos junto ao Ministério da Integração Nacional, buscando aumentar a oferta de

água para a cidade de São Luís, principalmente por causa do risco de colapso no

abastecimento de água da capital maranhense.

A principal finalidade da obra foi oferecer uma solução para a crise na

produção de água através da capacitação por baterias de poços tubulares de grandes

vazões para melhoria no abastecimento.

Imagem 13 - Reservatório ampliado.

Fonte: CEPDECMA (2017).

O sistema, formado por duas baterias de poços tubulares profundos, com a 1ª

bateria de poços denominada de Paciência I, constituída por nove poços e a 2ª

denominado Paciência II, constituídos por sete poços. Conforme os dados técnicos

disponibilizados pela CAEMA, cada uma das baterias possui um potencial de vazão

de 1.470,00 m³/h.

Destaca-se, ainda, que em 2017 o contrato realizado com as empresas para

executarem a obra foi executado e encerrado. Contudo, apesar de finalizada, a obra

ainda não foi operacionalizada. Isto porque o departamento de fiscalização da obra,

que é composto por engenheiros da CAEMA, conforme termo de cooperação técnica

celebrado entre o CBMMA e a CAEMA, alegou que é de extrema necessidade a

implantação de alguns itens elétricos que não estavam previstos no projeto inicial.

Imagem 14 - Parte paisagística da área de controle do sistema.

Fonte: CEPDECMA (2017).

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Visando a inauguração da obra e efetivação de sua entrega, a CAEMA iniciou

um novo processo licitatório com recursos do Governo do Estado. A empresa a ser

contratada cumprirá, portanto, com as exigências do setor de fiscalização da CAEMA,

que acompanhou a execução dos serviços do sistema Paciência desde o seu início e

julgou de extrema necessidade, para a entrega da obra, alguns ajustes, em especial

na parte elétrica.

A previsão de inauguração desse sistema, com a energização e

operacionalização de todos os poços tubulares profundos que o compõem está

previsto para o início de 2018.

No mês de fevereiro, a CEPDECMA recebeu do Ministério da Integração

Nacional recursos financeiros a serem executados em ações de resposta a desastres,

conforme Ordem Bancária nº 2017OB800048 do dia 23/02.

O envio de tal recurso federal foi resultado de processo de decretação

estadual de situação de emergência nos municípios de Matões, Gonçalves Dias,

Governador Luiz Rocha e Duque Bacelar. O desastre nos municípios citados foi a

estiagem, declarado devido as perdas agrícolas e danos ambientais por conta da

escassez de chuvas e com o agravante de vários pontos de incêndios florestais.

Com envio de relatórios que comprovavam os danos e prejuízos nas

localidades, todos enviados pelo Sistema Integrado de Informação de Desastres –

S2iD, o processo de situação de emergência foi reconhecido pelo Ministério da

Integração, o que possibilitou o pleito de assistência federal.

Inicialmente foram solicitados pela CEPDECMA, ao Ministério da Integração,

autorização para execução de várias ações que poderiam ser aplicadas mediante

dificuldades enfrentadas pelos municípios em SE.

A compra e distribuição de cestas de alimentação e filtros de água, perfuração

de poços simplificados para abastecimento dos povoados mais afetados pela

estiagem e distribuição de água potável por carros-pipa eram metas do Plano

Detalhado de Resposta – PDR, enviado à Secretaria Nacional de Proteção e Defesa

Civil, porém, a verba disponibilizada foi somente para execução da última ação.

O valor global transferido para a conta corrente da CEPDECMA foi de R$

1.800.000,00 (um milhão e oitocentos mil reais) tendo como alvo, estritamente

estabelecido pelo Governo Federal, à contratação de carros-pipa para a distribuição

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de água potável. O termo de referência necessário para o início do processo licitatório

foi elaborado.

Em 02 de março, foi efetivado o pagamento da indenização da execução de

serviços realizados sem cobertura contratual à empresa Vale do Paraíba. Empresa

executora do contrato nº 01/2015/CBMMA, relativo aos serviços remanescente da

obra do sistema de abastecimento de água do Paciência I e II.

Ao executar os itens do contrato 01/2015, a firma acabou realizando, também,

alguns serviços que não possuíam cobertura contratual. Isto para não prejudicar a

execução do escopo elencado no contato mencionado. Além disso, a empresa

realizou alguns reparos na obra, para que a mesma fosse entregue a CEPDECMA em

15 de maio.

Foram realizadas duas reuniões na CAEMA, nos dias 08 e 28 de março, com

a finalidade de discutir sobre a obra do paciência e prazo de entrega da mesma, bem

como alguns itens construídos que já sofreram avarias e que precisam ser reparados.

Participaram desse encontro o Capitão QOCBM Rodrigues, Técnico Gildásio Santos

e o Arquiteto Edson Sousa – Chefe do Departamento de Obra, ambos da CAEMA.

No dia 26 de maio, foi enviado a SEDEC ofício nº 80/2017/CEDECMA que

solicitava a reanálise do parecer técnico nº 2015_086_AT_DRR_MGC. Tal parecer,

emitido pela SEDEC, versava sobre as metas e etapas já realizadas, e seus

respectivos pagamentos ora realizados referentes aos serviços de melhorias no

sistema de abastecimento de água do Sacavém e Paciência I.

Toda a documentação citada faz parte do Termo de Compromisso nº

020/2012, assim como do Processo nº 59050.000194/2012-42, que trata de todas as

melhorias do sistema Paciência I e II.

3.2 Envio de pedido de prorrogação de prazo ao Governo Federal

No mês de abril, o DGD da CEPDECMA enviou para a Secretaria Nacional de

Proteção e Defesa Civil – SEDEC, documento na qual solicitava a prorrogação de

prazo para atendimento aos municípios maranhenses afetados pelo desastre

estiagem.

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Os municípios de Balsas, Chapadinha, Formosa da Serra Negra, Paraibano,

Pastos Bons, São João dos Patos, Sítio Novo e Tufilândia tiveram Situação de

Emergência reconhecida pelo Governo Federal através da Portaria Interministerial n°

174 de 15 de setembro de 2016, publicada em Diário Oficial da União n° 184 de 23 de

setembro de 2016. Este reconhecimento federal foi resultado de decretação estadual

de anormalidade em 35 municípios, pelo decreto nº 31.395 de 05 de julho de 2016,

onde somente os 7 municípios acima mencionados obtiveram reconhecimento federal.

A portaria nº 425, de 21 de novembro de 2016, publicada em Diário Oficial da

União, datado de 23 de novembro de 2016, autorizou a transferência do recurso ao

Maranhão para atender os 7 municípios em situação de emergência. No total,

transferido R$ 468.000,00 (quatrocentos e sessenta e oito mil reais) para execução

do abastecimento de água potável por carro-pipa.

O lapso temporal entre a decretação de situação de emergência dos

municípios afetados e a liberação do recurso federal foi bastante significativo.

Transcorrendo aproximadamente 5 meses, pode-se dizer que quando o auxílio

financeiro foi disponibilizado para o enfrentamento da estiagem, a gravidade da

situação já havia se abrandado com a ocorrência das primeiras precipitações do

período chuvoso. Consequentemente, a CEPDECMA ficou impossibilitada de realizar

a contratação carros-pipas, haja vista que já estava chovendo nestes municípios.

Como o prazo se encerraria no dia 23 de maio, a CEPDECMA enviou o

documento de solicitação de prorrogação, no dia 20 de abril, 30 dias antes do fim da

vigência, conforme exigência protocolar da SEDEC.

3.3 Envio de Termo de Referência à Comissão Setorial de Licitação

A CEPDECMA atualmente tem dois processos vigentes de Situação de

Emergência decretados pelo estado. Em ambos os casos o desastre que atingiu os

municípios afetados foi a estiagem, ou seja, grande período sem chuvas, causando

danos e prejuízos aos cidadãos que residem nestes municípios.

Estes dois decretos de Situação de Emergência foram reconhecidos pelo

Governo Federal, que prontamente também enviou recursos financeiros a serem

empregados em resposta a estiagem que assolou a região. No primeiro caso foram

reconhecidos 8 municípios e no segundo somente 4. Para este foram enviados R$

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1.800.000,00 (um milhão e oitocentos mil reais) e para aquele R$ 468.000,00

(quatrocentos e sessenta e oito mil reais).

Para os dois casos de reconhecimento, a Secretaria Nacional de Proteção e

Defesa Civil se posicionou de forma a elencar somente uma ação a ser executada: a

distribuição de água potável por carro pipa. Tal imposição se deu com a justificativa

de que somente esta ação configura uma ação de resposta a desastre dentre as que

foram pleiteadas por esta CEPDECMA (filtros, cesta básicas e perfuração de poços

simplificados).

Levando em conta o contexto mencionado acima, esta coordenadoria

estadual confeccionou os respectivos Termos de Referência e enviou ao Ordenador

de Despesas do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão, o Comandante Geral para

apreciação e posterior envio à CSL, cuja incumbência é realizar a contratação da

empresa.

3.4 Confecção de ata de registro de preço

Nos meses de janeiro e fevereiro de 2017 o índice pluviométrico no estado do

Maranhão foi consideravelmente alto. Tal fato se confirma quando se tem como

referência o mesmo período em anos anteriores, chegando a ser comparado aos altos

índices do ano de 2009. Nesse referido ano vários municípios, principalmente os

localizados as margens do rio Mearim, tiveram vários danos e prejuízos decorrentes

do desastre inundação.

A CEPDECMA, ciente da situação de risco em que os municípios

maranhenses estavam suscetíveis com a exacerbada quantidade de chuva que já

havia caído nos meses de janeiro e fevereiro, bem como tendo posse das previsões

meteorológicas para o mês de março e abril, que também eram de chuvas intensas,

resolveu agir de forma preventiva e mitigatória. Tomou como umas de suas primeiras

ações a elaboração de uma ata estadual de registro de preço para aquisição de itens

de assistência humanitária.

A elaboração desta ARP possibilita que a empresa ganhadora do processo

licitatório e, consequentemente, contratada forneça a qualquer momento a preço fixo

e num período de um ano itens como: cesta de alimentação, lonas plásticas, kits de

higiene, kits de limpeza e kits de hidratação.

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Vale lembrar que todos os documentos exigidos e necessários para que o

certame licitatório se inicie, tais como termo de referência e cotações de preço de cada

lote, já foram enviados à Comissão Setorial de Licitação do Corpo de Bombeiros Militar

do Maranhão. A CSL nos informou que já está procedendo com confecção de edital

convocatório para posterior publicação.

4 SEÇÃO DE VISTORIA TÉCNICA

4.1 Residências situados em São José de Ribamar

No dia 09 de janeiro, o corpo técnico da CEPDECMA deslocou ao município

de São José de Ribamar, localizado na região metropolitana de São Luís, para realizar

vistorias em edificações que por conta das chuvas intensas da noite anterior, teriam

sofrido alguns abalos estruturais.

Imagem 15 - Verificação da profundidade do

poço.

Fonte: CEPDECMA (2017).

Imagem 16 - Visão superior dos danos do desabamento.

Fonte: CEPDECMA (2017).

No local havia um desnível entre uma rua e outra. Na rua que se localizava

no nível acima, onde situam-se as quitinetes, foram construídas no fundo do terreno

um sumidouro de forma irregular. Em virtude das chuvas intensas, a quantidade de

água que entrou no sumidouro, saturou o solo que, por sua vez, rompeu o muro do

quintal das casas da rua que se localizam no nível mais baixo, ocasionando o

desmoronamento. A massa de terra desprendida atingiu 3 casas e colocou em risco

outras.

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4.2 Ponte sobre o Rio São João em São José de Ribamar

No dia 11 de janeiro, a equipe técnica foi deslocada ao município de São José

de Ribamar com o intuito de realizar vistoria na ponte que fica sobre o rio São João.

Tal deslocamento se deu por solicitação do Comandante Geral do CBMMA ao

Coordenador Estadual de Proteção e Defesa Civil, que foi prontamente atendido.

A urgência no atendimento da solicitação se deu pelo fato de que a ponte

acima mencionada é um dos principais acessos da capital São Luís ao município de

São José de Ribamar.

Imagem 17 - Técnico da CEPDECMA vistoriando as avarias na ponte.

Fonte: CEPDECMA (2017).

No local, os indícios apontavam que as avarias na ponte não eram recentes.

De acordo com relatos do senhor Tomas Edson de Araújo Silva, que reside ao lodo

da ponte e as margens do rio São João, o parapeito foi danificado por um acidente

automobilístico há cerca de 3 anos, o que levou a deduzir que os danos estruturais

não se deram por ação abrupta da natureza.

4.3 Prefeitura do municipal de Morros

Em meados do mês de janeiro, os técnicos da CEPDECMA deslocaram para

o município de Morros, com o objetivo de realizar vistoria no prédio da prefeitura

municipal. Tal solicitação se deu pelo fato de ter ocorrido, no interior do estado, um

terremoto de média intensidade no dia 04 de janeiro e este tremor teria se refletido no

interior da edificação mencionada.

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Imagem 18 - Vistoria no interior do prédio.

Fonte: CEPDECMA (2017).

Na inspeção visual realizada, chegou-se à conclusão que o tremor sentido no

município não acarretou danos estruturais no prédio da prefeitura. O engenheiro

ressaltou que os principais problemas identificados (infiltrações e forros desprendidos)

são consequência da falta de manutenção.

4.4 Taludes próximos ao Quartel do Comando Geral do CBMMA

No mês de janeiro, houve o acompanhamento de profissionais da Secretaria

Estadual de Infraestrutura do Maranhão – SINFRA nas encostas que ficam nas

imediações do Quartel do Comando Geral do CBMMA. Na ocasião, as equipes da

CEPDECMA e SINFRA realizaram uma vistoria no entorno do terreno, inclusive, nos

barrancos próximos às comportas da barragem do Bacanga, buscando identificar as

áreas de risco e suscetíveis a deslizamento.

Imagem 19 - Vistoria na região de atingimento da encosta.

Fonte: CEPDECMA (2017).

4.5 Condomínio Punta Del Leste

No dia 26 de janeiro, foi realiza uma vistoria no Condomínio Punta Del Leste,

localizado no Renascença. Solicitação se originou por meio dos moradores que

observaram – no prédio – algumas rachaduras, que segundo os funcionários do

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condomínio, se potencializaram após os tremores de terra ocorridos no interior do

estado.

Imagem 20 - Inspeção visual em rachadura.

Fonte: CEPDECMA (2017).

Após inspeção visual realizada pelo engenheiro da CEPDECMA, foi

constatado que o prédio visitado não apresentava nenhum risco de colapso estrutural.

As rachaduras que surgiram são resultado de uma espessa camada de

revestimento que se desprendeu da superfície do pilar, ou seja, problemas com a

aplicação do acabamento da parede, não oferecendo qualquer risco à estrutura

predial.

O relatório foi emitido pelo engenheiro após análise de perícia que já fora

realizada no local por outros profissionais contratados.

4.6 Imóvel na Avenida dos Franceses

O local vistoriado é trecho de uma edificação onde nela se desenvolvem

funções diversas, por exemplo, atendimento médico, cozinha industrial, refeitório, etc.

Indubitavelmente, o local sofre por falta de manutenção há muito tempo. Mais

precisamente, a corregedoria funciona no nível inferior da edificação que, por uma

arquitetura limitada e ultrapassada, fica à mercê de insuficiente ventilação e

iluminação natural, contribuindo para as limitações normais de uso.

Outro fator externo, de real monta e muito pernicioso é o altíssimo teor de

umidade de origens diversas que já promove anomalias e, se não combatida, por

certo, comprometerá a sua estrutura.

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Imagem 21 - Forte humidade em parede com revestimento de argila.

Fonte: CEPDECMA (2017).

O teor conclusivo abordou uma classificação técnica, em termos físicos, como

de “Risco Mínimo”, ou seja, com pequenas perdas de desempenho e funcionalidade

estrutural. No tocante aos efeitos psicológicos, às condições de salubridade e de

trabalho, o ambiente tem conotações restritivas e de impedimento de uso. No quesito

segurança, é recomendável que a Diretoria de Atividades Técnicas do CBMMA avalie

as condições de prevenção e combate a incêndio do local.

4.7 Estrutura em concreto armado (ponte sobre o Rio São João)

O tema em epígrafe versa sobre uma ponte, com mão dupla, composta de

plataforma de rolamento e apoios em concreto armado, de idade construtiva bem

elevada, manutenção sofrível, sinalização deficitária e cuja segurança de pedestres

tem grau de risco altíssimo. Deve ser dito, por oportuno, que em que pese o motivo

maior ser a estrutura em si, mas todos os detalhes à montante e à jusante – direção

do rio – precisam fazer parte do processo.

Em tempo, diga-se que não houve acesso a qualquer tipo de projeto original

ou de eventual reforma, o que seria muito bom e facilitador para o entendimento da

estrutura como um todo.

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Imagem 22 - Ferragem da ponte exposta.

Fonte: CEPDECMA, 2017.

O caso é delicado não só tecnicamente como, por excelência, no quesito

social, pois a estrutura está em uma via de acesso de elevado fluxo e que, em eventual

colapso, provocará muitos problemas para toda aquela região metropolitana.

Não se trata de causar pânico, mas de um trabalho responsável que está

mostrando diversas desconformidades apenas em nível visual, tais como:

generalizada coloração esbranquiçada do concreto podendo ser por carbonatação do

mesmo, relativa deterioração da sua camada superficial, coloração pontual

avermelhada que é sintoma de corrosão de armadura, presença de fissuras, alguns

pontos com armadura praticamente exposta, drenagem inservível no tabuleiro.

4.8 Antiga Pousada Nova Jerusalém

Situada na Avenida Ponta Grossa, s/nº, Praia do Meio, São José de Ribamar,

o local foi vistoriado e em termos técnicos e de acordo com a Doutrina da Defesa Civil

– rigor na segurança – o estudo da sua competência mostra a probabilidade de riscos

intrínsecos à fase operacional em curso exatamente pelas modalidades de falhas

constatadas e os efeitos delas sobre o sistema global.

Todo o elencado tem cunho preventivo, ademais que nada é do conhecimento

da Defesa Civil, no que concerne a todo o aparato técnico e legal que o caso requer.

Seria desnecessária a presente intervenção, se em condições normais, não houvesse

indícios de risco. Ele existe tanto para os usuários, ao meio ambiente e ao patrimônio

dos vizinhos, diante das condições técnicas e de operação dos serviços ora

desenvolvidos.

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Imagem 23 - Vista lateral direita da pousada.

Fonte: CEPDECMA (2017).

O grau de risco é avaliado quanto à natureza das anomalias encontradas e

quanto às falhas analisadas. No primeiro, a literatura diz que elas podem ser de origem

endógena, exógena ou funcional; sem sombra de dúvidas as causas são todas

externas. No segundo, o planejamento, a execução, a operacionalização e o

gerenciamento da obra, todos, deixam a desejar exatamente pela falta de justificativas

técnicas que comprovem aquele serviço.

Portanto, pelo exposto, classifica-se como de risco regular o estágio dos

muros vizinhos e de risco crítico – irrecuperável – no quesito ambiental.

Conclusivamente, o entendimento é que a obra deva ser paralisada até que os

órgãos responsáveis, ou seja, Prefeitura, Secretaria de Meio Ambiente e Serviço da União

se posicionem oficialmente sobre o fato que se instalou e a sua legalidade.

4.9 Relatório Técnico de Engenharia nº 55/2015

As diversas informações desencontradas no local da vistoria colocaram em

dúvida qualquer conclusão definitiva àquela época, razão pela qual foi solicitado da

Prefeitura de São José de Ribamar esclarecimentos sobre os detalhes questionados.

Isto porque pela responsabilidade com a urbanização municipal, como de forma geral,

pela autoridade que tem para esclarecer e tomar medidas no âmbito da sua

competência.

No momento em que o poder municipal declara que “para a solução definitiva

e conclusão deste processo a SEMOSP informa que deverá ser tomada as seguintes

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providências”, a Defesa Civil Estadual entende que os três itens que compõem tais

medidas são suficientes para alcançar o estágio satisfatório naquela região.

O levantamento topográfico é imprescindível, pois dará conformação

planialtimétrica através de coordenadas de pontos da superfície de cada lote. O

projeto de drenagem vai prevê condições ideais de solo com um mínimo necessário,

como galerias, dispositivos de armazenamento, destino final, enfim, tudo o que for

pertinente. E, por último, a execução da obra de drenagem obedecendo as normas e

ao plano diretor municipal.

4.10 Barragem situada na Rodovia Estadual (MA 259)

O local vistoriado, barragem do rio Flores, é composto pelas seguintes

estruturas: barragens a montante e jusante, represa, vertedouro, diques e lagoa de

estabilização. Para efeitos de modelação no critério de arguir os elementos estruturais

convém destacar que não fora apresentado qualquer tipo de projeto. Sendo assim,

apenas verificados os reflexos negativos sobre a construção, suas deformações,

defeitos e agressões, bem como os impactos que podem causar na materialização

das ameaças identificadas em um ambiente vulnerável, proporcionando danos e

prejuízos a comunidade afetada.

Imagem 24 - Vista da barragem a jusante.

Fonte: CEPDECMA (2017).

Há de se lembrar de que esta obra foi projetada para funcionamento de

hidrelétrica com entrega em meados dos anos de 1987, ou seja, aproximadamente 30

anos, mesmo não sendo mostrado, no momento, comprometimento estrutural

relevante, o número elevado de anomalias não condiz para uma obra de tamanha

relevância para a sociedade maranhense.

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No que pese as características da bacia hidrográfica do rio Mearim, que

engloba 83 municípios, dos quais 65 possuem sedes localizadas nesta, onde 50

municípios estão totalmente inseridos na bacia.

Conclusivamente, deveria ser feito um trabalho de ingerência sobre os

responsáveis pela obra, a fim de que sejam definidas as causas e soluções para o

local. Bem como um posicionamento formal do órgão responsável, DNOCS, sobre a

operacionalização, manutenção e critério de abertura das comportas. Além de um

plano de trabalho de ações corretivas e preventivas, pois o controle sobre as

comportas das barragens precisa ser recuperado com brevidade.

4.11 Imóveis residenciais

Com características do tipo casa e situados na Avenida Garrastazu Médici, nº

882 como referência, bairro Campina, São José de Ribamar. A localização desta obra

demandava cuidado extremo e obediência ao projeto estrutural, haja vista as

peculiaridades naturais do lugar.

O concreto armado sempre é de alta confiança, desde que os critérios sejam

obedecidos e que haja um responsável técnico para gerenciá-lo. Infelizmente, não é

o que foi constatado durante a vistoria, onde diversas desconformidades ficaram

claras e evidentes tornando o local de risco crítico.

Imagem 25 - Engenheiro realizando vistoria.

Fonte: CEPDECMA (2017).

4.12 Imóvel na rua Ararajubas

Localizado no Jardim Renascença, nº 05, onde funciona o Condomínio Punta

Del Leste. A finalidade básica de ida neste local foi o de avaliar a estabilidade e a

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segurança da estrutura e estabelecer parâmetros consistentes de uso e ocupação

predial.

Imagem 26 - Trincas na edificação.

Fonte: CEPDECMA (2017).

Em linhas gerais, este quadro não indicou sinais de colapso na estrutura –

viga, pilar, laje – mas preocupou pela fragilidade localizada nos trechos e,

principalmente, pelo risco de eventual queda de pedaços da parte afetada. Por

questões preventivas a circulação externa na área afetada – térreo – foi isolada para

evitar qualquer acidente e atingir pessoas ou veículos.

4.13 Condomínio Residencial Village das Palmeiras II

O teor básico do documento do PROCON diz respeito ao desabamento do

muro – ao fundo – que serve de limite com um terreno que se encontra em cota

superior, com bastante mato, todo murado e os seus outros lados intactos. Pelo que

foi informado pela pessoa que acompanhava o nosso trabalho no local, o referido muro

é do Condomínio e, facilmente, é percebível pela formatação do que resta do fundo e

das partes laterais.

Portanto, procede a afirmação de que o muro é de propriedade do

Condomínio.

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Imagem 27 - Danos na edificação.

Fonte: CEPDECMA, 2017.

O estudo desenvolvido é fruto de uma atividade classificada como “Inspeção

de Nível 1”, representada por análise expedita dos fatos e sistemas construtivos

vistoriados, com a finalidade de identificar suas anomalias e falhas aparentes.

4.14 Prefeitura de Morros

Fora realizada vistoria técnica na edificação situada na Avenida José Lopes

de Sousa, esquina com a rua Dr. Paulo Ramos, Centro, na cidade de Morros, onde

funciona a Prefeitura.

O presente trabalho buscou maximizar a importância do local para o

município, notadamente por ser a sede do Poder Executivo e, conforme foi observado,

abriga diversas secretarias o que propicia ao local uma concentração bem sugestiva

de funcionários e demanda de atendimento acima do que a ambiência física suporta.

Neste preâmbulo fica claro que as normas não estão sendo obedecidas no

quesito “utilização com segurança” e que a dinâmica operacional fica comprometida,

ou limitada. Faça-se oportuno dizer, ainda, que, neste mister, uma incompatibilidade

deve ser destacada que é a existência de um caixa eletrônico do Banco do Brasil mal

localizado e sem segurança.

Imagem 28 - Trincas na edificação.

Fonte: CEPDECMA (2017).

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Visto pelo prisma iminentemente técnico, as intervenções necessárias à

manutenção e conservação de um bem são previsíveis, inclusive a necessidade de

recuperação. Os conhecimentos de engenharia permitem prever a vida útil dos vários

componentes e até mesmo da construção como um todo, exatamente o que não vem

acontecendo neste caso, haja vista o grau bem evidente de desconformidades e

comprometimentos pelo fato principal que é o tipo de uso predial.

4.15 Área de risco na Vila Maranhão

Vistoria realizada com a finalidade de identificar a relação causas efeito dos

processos de assoreamento de brejo e erosão dos quintais da região da Vila

Maranhãozinho reflexo das obras de terraplanagem e drenagem pluvial executadas

por empresa de cunho particular.

Na ocasião, foi constatado relações entre os serviços de engenharia

executados e os problemas acima identificados. Tais verificações foram

materializadas no Relatório Técnico de Engenharia nº 14/2017 e encaminhado à

Defensoria Pública do Estado do Maranhão.

Imagem 29 - Corpo receptor provocando erosão.

Fonte: CEPDECMA (2017).

4.16 Edificação em situação de risco (Bairro Bom Fim)

A vistoria realizada na edificação residencial teve fulcro a identificação de

situação de vulnerabilidade estrutural dos elementos construtivos face as

características topográficas do terreno no qual estão locadas.

Foi evidenciado o desabamento de um banheiro, bem como trincas e

rachaduras nos elementos construtivos nos planos horizontais e verticais em escala

macro. Com o intuito de salvaguardar os moradores foi isolado toda área de risco de

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desabamento, área está contigua a ação marítima, em virtude da elevação do status

da situação de risco à perigo. Entretanto, para a edificação principal foi mantido o uso

com a ressalva do acompanhamento da evolução do cenário de risco.

As ações e orientações tomadas para este caso foram materializadas na

confecção do Relatório Técnico de Vistoria nº 16/2017 e encaminhado ao solicitante.

Imagem 30 - Paredes externas com manchas de umidade.

Fonte: CEPDECMA (2017).

4.17 Áreas de risco de desabamento

O objetivo da vistoria nas áreas de risco do bairro COHEB-Sacavém foi a

identificação dos serviços executados pela Prefeitura Municipal de São Luís no

tocante aos serviços de drenagem de águas pluviais e replantio de vegetação. Além

da neutralização de situação de risco de desabamento das edificações nesta

comunidade.

No entanto, é perceptível a situação de vulnerabilidade sócio espacial desta

região com edificação ainda em situação de risco de desabamento. Tais constatações

foram cristalizadas na elaboração do Relatório Técnico de Engenharia nº 17/2017.

Imagem 31 - Escadaria fora da norma técnica.

Fonte: CEPDECMA (2017).

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4.18 Escola Estadual Conego Nestor Cunha

Vistoria fruto de solicitação da Promotoria do Município de Santa Quitéria com

intuito de identificação dos riscos aos quais estão expostos alunos e colaboradores,

bem como a apreciação dos serviços de engenharia executados a fim de corrigir os

problemas do desabamento parcial do telhado e paredes das salas de aulas 08 e 09.

A edificação visitada não apresentou condições mínimas de segurança contra

incêndio e habitabilidade para funcionamento. Isto posto, pela identificação de

exposição massiva dos colaboradores aos riscos ambientais, em especial de incêndio,

bem como em virtude dos serviços paliativos executados para a reconstrução do

telhado e paredes outrora desabados. Quanto a elaboração do Relatório Técnico de

Engenharia nº 18/2017, foi solicitado a interdição do local até que todas as anomalias,

falhas e patologias fossem corrigidas.

Imagem 32 - Suporte da caixa d’água.

Fonte: CEPDECMA (2017).

4.19 Assentamento entroncamento

A abordagem para esta vistoria teve como objeto a demanda solicitada pelo

Poder Judiciário, por meio da Justiça Federal de 1º Grau, com fulcro na avaliação da

situação de risco e habitabilidade das edificações que compõem o Assentamento

Entroncamento no município de Itapecuru-Mirim. Nestes termos foram vistoriadas 22

casas, sendo que todas apresentaram anomalias, falhas e patologias.

O agravante é refletido na execução das casas sem a devida sondagem do

solo para a definição da fundação adequada, edificações sem nenhum tipo de

amarração, além das ocorrências de desabamentos já materializadas. Do exposto foi

elaborado o Relatório Técnico nº 19/2017, solicitando a interdição em caráter de

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urgência das edificações vistoriadas, sendo entregue à Justiça Federal de 1º Grau,

Seção Judiciária do Maranhão, uma cópia do referido documento.

Imagem 33 - Trinca na parte lateral da casa.

Fonte: CEPDECMA (2017).

4.20 Edificação onde funciona o Conselho Tutelar

A demanda para esta vistoria foi proposta pela Promotoria do Município de

Dom Pedro e possuiu como objeto a análise dos riscos ambientais aos quais os

servidores e população transeuntes estavam expostos. De forma macro, foram

constatadas inúmeras ilegalidade e não conformidades, bem como anomalias, falhas

e o advento de patologias.

São destaques deste cenário a inexistência de acessibilidade as pessoas com

deficiências e a exposição excessiva dos colaboradores a umidade, fruto do

gotejamento do telhado e infiltrações pontuais da laje.

Com a finalidade de salvaguardar a segurança dos ocupantes foi

providenciado o isolamento da área com perigo de destacamento de placas do forro

mineral. Do exposto foi elaborado o Relatório Técnico nº 20/2017, solicitando a

interdição em caráter de urgência da edificação vistoriada em virtude do perigo

identificado.

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Imagem 34 - Infiltração na parte externa da edificação.

Fonte: CEPDECMA, 2017.

4.21 Edifício Marília

Com o intuito de promover ampla defesa e contraditório entre as partes

envolvidas, garantindo a imparcialidade das ações executadas por este órgão, foi

procedida uma nova vistoria no Edifício Marilia com a emissão do comunicado do

Relatório Técnico de Engenharia 35/2017.

4.22 Casarão em situação de risco contiguo ao Tribunal de Justiça

Fruto de solicitação do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão, sito na

Praça Dom Pedro II, frente ao desabamento parcial do telhado de edifício contíguo a

sua sede, foi constatado risco iminente de outros desabamentos, além da

possibilidade de acidentes por projeção de elementos construtivos da fachada frontal

aos transeuntes e bens móveis.

Para o cumprimento da demanda supracitada foi confeccionado o Relatório

Técnico de Engenharia com as devidas recomendações.

Imagem 35 - Destacamento de peças da fachada.

Fonte: CEPDECMA (2017).

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4.23 Delegacia de Homicídios

Com fulcro na análise dos riscos ambientais aos quais os servidores e a

população flutuante estão expostos a vistoria na edificação na qual funciona a

Delegacia de Homicídios, foi pautada na identificação das anomalias, falhas e

patologias latentes.

A edificação apresentou um grau macro trincas em planos horizontais e

verticais em elementos de vedação, além de excesso de humidade por falta de

manutenção adequada. Face ao cenário abordo, foi solicitado o acompanhamento da

evolução das anomalias, manutenção preventiva e corretiva dos pontos de

infiltrações, bem como um laudo conclusivo emitido por autoridade competente

pautada nos devidos aparatos técnicos científicos.

Imagem 36 - Infiltração na parede.

Fonte: CEPDECMA (2017).

4.24 Escola Aline Soeiro

Em face da solicitação da Prefeitura Municipal de Vargem Grande, foi realizada

vistoria na Escola Aline Soeiro, o objeto era o desabamento total do seu telhamento. In loco,

foi perceptível verificar que a edificação se encontra em processo de reforma com telhado

já executado em estrutura e telha metálicas. Entretanto, não foi fornecido pelo Poder

Municipal e/ou Gestão do Empreendimento os documentos mínimos para a execução de

obras no estado do Maranhão.

Outro fator agravante, foi o fato dos funcionários que executavam os serviços de

engenharia não dispunham de equipamentos de proteção individuais. Neste contexto,

orientou-se aos representantes que encaminhassem com brevidade todas as

documentações referentes a segurança do empreendimento ao Corpo de Bombeiros

responsável por sua jurisdição.

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Imagem 37 - Corredor das salas.

Fonte: CEPDECMA (2017).

4.25 Escola Estadual Maria Pinho

Conforme vistoria realizada no dia 07 de julho, às 09h00min, em concordância

com as normas vigentes do Estado e diante do que foi possível observar, a referida

escola apresentou inúmeras falhas construtivas, reflexo da falta de conservação de

suas instalações físicas, em especial, elétricas e estrutural, que apresenta quesitos

questionáveis para os padrões construtivos e de funcionamento como qualidade,

segurança, salubridade, conforto ambiental, durabilidade, manutenção e

acessibilidade.

Bem como a exposição de seus ocupantes a uma gama de perigos, com o

agravante descumprimento das exigências dos itens elencados pela Notificação nº

21583-CBMMA, datada de 22/06/2017 e após reavaliação foi conclusivo a

permanência da interdição da edificação.

Imagem 38 - Edificação interditada.

Fonte: CEPDECMA, 2017.

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4.26 Quadra Poliesportiva (São Raimundo do Doca Bezerra)

Conforme vistoria realizada em 12 de julho, às 14h00min, a obra vistoriada

encontrava-se paralisada, em fase de execução, não propiciando um parecer

definitivo. Entretanto, de forma macro, havia evidências de situações de

vulnerabilidades frente a possibilidade do movimento de massas fruto da associação

da angulação extrema do corte de talude sem contenção, regime chuvoso e aparente

fragilidade do solo.

Imagem 39 - Talude sem contenção.

Fonte: CEPDECMA (2017).

4.27 Desabamento de Muro AABB (Bacabal)

A obra vistoriada foi finalizada e apresentou elementos de agastamento

proporcionando a amarração e formação de um bloco monolítico. Neste contexto

foram identificados pilares, cintamento inferior e superior na área reconstruída.

Entretanto, não foram apresentados os registros de responsabilidade técnica para

projeto e execução da referida obra, bem como existiam, ainda, carência de alguns

dispositivos construtivos como pingadeiras e revestimento do muro na face

residencial.

Imagem 40 - Tombamento do muro.

Fonte: CEPDECMA (2017).

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4.28 Edifício Brasillar (Bacabal)

Conforme vistoria realizada em 13 de julho, às 10h00min, a edificação

vistoriada possuía como finalidade de uso misto, ou seja, comercial e residencial.

Neste ambiente, além dos circunstantes, convivem aproximadamente 21 famílias em

situação de vulnerabilidade aos riscos ambientais e em ambiente com potencialidade

de insalubridade.

Diante do exposto e considerando os parâmetros de avaliação de risco

estabelecido, foi necessário adotar medidas corretivas e preventivas concernentes

aos itens de segurança, haja vista que o usufruto desta edificação expõe os ocupantes

ao perigo de acidentes, em especial, ao de incêndio, choque elétrico, desabamento

de elementos construtivos, assim como aos danos provenientes das anomalias

acometidas na estrutura.

Imagem 41 - Destacamento do forro.

Fonte: CEPDECMA, 2017.

4.29 Ponte Povoado Cirivela (Pedro do Rosário)

A ponte sobre o riacho Cirivela no município de Pedro do Rosário encontrava-

se em situação de vulnerabilidade estrutural materializada pela flexão dos vigamentos,

processo de rompimento e deslocamento das peças do tabuleiro, assoreamento das

bases dos pilares, deficiência do pavimento e abatimento das cabeceiras. Isto poderia

provocar acidentes de tráfego e, em maior magnitude, um desastre causado por

colapso estrutural.

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Imagem 42 - Exposição das ferragens.

Fonte: CEPDECMA (2017).

4.30 Capela de São Pedro (São Luís)

A vistoria de inspeção aconteceu no dia 23 de julho e do que foi possível

observar identificamos um processo erosivo de movimentação de massas resultante

em deslizamento de terra, comprometendo o passeio público, estacionamento e

capela, proporcionando riscos aos circunstantes. E neste contexto, foi isolado

totalmente a área sinistrada, gerada ocorrência junto a Defesa Civil Municipal e

informado o status da ocorrência ao CIOPS.

4.31 Terminal Rodoviário de São Luís

Vistoria com finalidade de atender demanda solicitante da Poder Judiciário,

Comarca de São Luís, Vara de Interesses Difusos e Coletivos, mediante Ofício

nº153/2017-GJVIDC. Com apuração do cumprimento de obrigação de fazer

consistente à recuperação e manutenção do Terminal Rodoviário de São Luís, locada

na Avenida dos Franceses, nº 1, Tirirical.

E neste contexto, como foram mitigadas as anomalias, falhas e patologias que

comprometiam a segurança e funcionamento do elemento construtivo, ocorre a

mudança da cena de perigo iminente para um ambiente com níveis mínimos de

segurança global.

Desta forma, evitando danos ao patrimônio, erário público e garantindo a

preservação da dinâmica social daquela edificação. Ocorreu então a liberação para

funcionamento do referido objeto, em conformidade com a manutenção das condições

de segurança verificadas “in loco”, que estão amparadas na legalidade.

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Imagem 43 - Estrutura e pilares em condições de uso.

Fonte: CEPDECMA (2017).

4.32 Escola Mista Newton Neves (Itapecuru-Mirim)

Vistoria com a finalidade de atender à solicitação da 3ª Companhia

Independente de Bombeiro Militar, através do Ofício nº 224/3ªCIBM/2016. Atividade

fulcro a constatação de anomalias, falhas e patologias construtivas, bem como a

observância do grau de segurança da estrutura do telhado do Centro de Ensino

Professor Newton Neves locado na BR-222.

Conforme vistoria realizada no dia 24 de agosto, às 09h00min, foi possível

observar que é necessário a adoção de medidas corretivas e preventivas

concernentes aos itens de segurança, haja vista que a edificação expõe os ocupantes

ao perigo de acidentes (incêndio, choque elétrico, desabamento de elementos

construtivos e aos danos provenientes das anomalias acometidas na estrutura).

Corroborando a isto, as falhas construtivas identificadas na carência de

manutenção são agravantes, pois possibilitam a extrapolação dos efeitos nocivos da

edificação para o entrono propiciando a exposição da vida, integridade.

Imagem 44 - Pilar de sustentação corroído.

Fonte: CEPDECMA (2017).

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4.33 Loteamento APACO (São Luís)

Realizada no dia 13 de setembro, às 09h00min, observou-se problemas

associados a magnitude dos eventos adversos, em especial, o regime pluviométrico

do verão chuvoso com elevados índices de volume e intensidade de precipitações.

Entretanto, pode inviabilizar, a curto prazo, o uso deste objeto e, caso isto ocorra,

atentar de forma macro contra a segurança física dos circunstantes, expondo-os aos

riscos de vida, patrimônio, segurança física, saúde, interferindo de forma negativa na

dinâmica social.

Imagem 45 - Perspectiva do sistema de drenagem.

Fonte: CEPDECMA (2017).

4.34 Quadra poliesportiva no 2º BBM (RTE 35/2017)

A quadra encontra-se abandonada e apresentou anomalias e falhas

construtivas consideráveis. As incompatibilidades encontradas são fomentadoras de

fatores de riscos e sua correção demanda custos elevados ao erário público. Exige,

ainda, uma demanda temporal de procedimentos administrativos para situação legal

de reforma e reconstrução.

Imagem 46 - Estrutura metálica do teto.

Fonte: CEPDECMA (2017).

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4.35 Áreas de risco de movimentação de massa (Porção de Pedras)

As áreas verificadas apresentavam características de insegurança frente a

não observância dos requisito mínimos de segurança para o desenvolvimento de

serviços e obras de engenharia, pela própria tipologia topográfica, intervenção

antrópica, com retirada da camada vegetal, aparente desrespeito às normativas

ambientais, ocupação desordenada do solo urbano, exploração descontrolada da

extração do solo culminando na exposição latente dos circunstantes a um ambiente

de risco potencial e real de acidentes pautados nas movimentações de massas. Em

especial, os processos de deslizamentos, desmoronamentos, desbarrancamentos e

quedas.

Imagem 47 - Encosta com risco de deslizamento.

Fonte: CEPDECMA (2017).

4.36 Centro de Ensino Ribeiro do Amaral (São José de Ribamar)

Diante da situação encontrada, o processo de alagamento visto é

possivelmente um reflexo da tipologia topográfica do terreno somada a contribuição

de águas pluviais de todas as edificações do entorno, com agravante, a execução de

um muro no final da rua o que impede o escoamento das águas superficiais.

Além disso, a região citada é carente de microdrenagem urbana, isto

associado à magnitude dos eventos adversos, em especial, o regime pluviométrico do

verão chuvoso, que quando apresenta elevados índices de volume e intensidade de

precipitações contribui, em curto prazo, para os processos de alagamentos e todos os

seus desdobramentos maléficos, ou seja, atenta de forma macro contra a segurança

física dos circunstantes.

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Imagem 48 - Esgotamento sanitário a céu aberto.

Fonte: CEPDECMA (2017).

4.37 Superintendência Federal de Agricultura

Realizada no dia 18 de outubro, às 10h23min, foi possível observar muitas

desconformidades, em destaque, a carência de dispositivos contra incêndio e pânico,

falta de manutenção preventiva e corretiva das instalações físicas, corrosão dos

elementos metálicos, carência de acessibilidade e, sobretudo, infestação de cupins,

acondicionamento de materiais químicos de forma irregular, exposição dos

trabalhadores a risco de choque elétrico e extrapolação dos riscos identificados ao

entorno.

Imagem 49 - Armazenamento inadequado de material.

Fonte: CEPDECMA (2017).

4.38 Delegacia da Polícia Civil (Dom Pedro)

No dia de novembro, às 10h23min, atendendo ao pedido do Excelentíssimo

Secretário de Estado de Segurança Pública do Maranhão, Jefferson Miler Portela e

Silva, técnicos da CEPDECMA foram no endereço descrito no Ofício nº 1927/2017 –

GAB/SSP, para realizar a diligência. Visualizou-se que o atual estado de segurança

da Delegacia de Polícia Civil no município de Dom Pedro indicava muitas

desconformidades, como a carência de dispositivos contra incêndio e pânico, falta de

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manutenção preventiva e corretiva das instalações físicas, corrosão dos elementos

metálicos, carência de acessibilidade, infestação de cupins, acondicionamento de

materiais combustíveis de forma irregular, umidade excessiva, exposição dos

trabalhadores aos riscos ambientais e extrapolação dos riscos identificados ao

entorno.

Imagem 50 - Estrutura de suporte da caixa d’água.

Fonte: CEPDECMA (2017).

4.39 Edificação na rua do Sol (Casarão Antigo)

No dia 16 de novembro, às 09h35min, atendeu-se a solicitação do

Excelentíssimo Senhor Douglas de Melo Martins, Juiz Titular da Vara de Interesses

Difusos e Coletivos da Ilha de São Luís.

Ao chegar no endereço descrito, foi possível observar o atual estado de

conservação da edificação, tombada, que de pronto indica, mesmo em procedimentos

de reforma, baixo risco de vulnerabilidade do sistema estrutural à colapso.

Imagem 51 - Parte externa da edificação.

Fonte: CEPDECMA (2017).

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4.40 Torre de telefonia

Vistoria realizada no dia 09 de novembro, às 11h00min, na qual foi possível

observar o atual estado de segurança das instalações das estações rádio-base

(ERB’s) localizadas em área residencial e sem afastamentos de segurança. Sendo

observado visualmente onde foi possível a condição dos elementos metálicos e

fundação aparente e aparente extrapolação dos riscos ao entorno.

Imagem 52 - Torre das ERB’s.

Fonte: CEPDECMA (2017).

4.41 Unidade de Ensino Básico da Santa Clara

No dia 23 de novembro, às 09h00min, atendendo a determinação do Senhor

Promotor Paulo Silvestre Avelar Silva. Foi realizada uma vistoria na qual foi possível

observar o estado de segurança da estrutura de cobertura de quadra poliesportiva da

UEB Santa Clara que indicou muitas desconformidades, peças metálicas com

presença massiva de oxidação, tirantes seccionados, telhamento oxidado e com

solturas, terças metálicas corroídas e com presença de rupturas transversais,

suportes de quebra sol oxidados com ruptura, além de refletores e peças metálicas.

Imagem 53 - Suporte metálico da parte lateral da quadra.

Fonte: CEPDECMA (2017).

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4.42 Residência no município de Carolina

Ratificando a vistoria realizada pela Equipe da CORPDEC do 9º BBM,

Estreito-MA, no dia 11 de outubro, o atual estado de segurança do imóvel do Sr.

Benjamin de Fernandes da Silva indicou problemas estruturais e o advento de

patologias na edificação.

Imagem 54 - Rachadura no canto.

Fonte: CEPDECMA, 2017.

4.43 Residência no Bairro Fé em Deus

Realizada dia 1º de dezembro, às 11h00min, em cumprimento a determinação

do Senhor Promotor José Augusto Cutrim Gomes. Diante do que foi possível observar,

o atual estado de segurança do imóvel situado na rua Boa Vista, nº 328, bairro Fé em

Deus, município São Luís.

A princípio, a edificação não possuía condições mínimas de habitação e toda

a construção foi realizada de maneira precária e através de improvisos. Logo a

cobertura e paredes apresentavam riscos eminentes de desabamento, visto que não

atenderam as normas de construções.

A cobertura não possuía estrutura adequada para suportar o telhado de

fibrocimento e, as peças de madeira existentes, algumas estão podres e outras

fletidas, devido ao peso do telhado; as paredes, estão com muitas trincas, cintamento

com ferragem exposta e oxidada; o piso com muitos buracos de ratos e sujeira em

toda em toda extensão; a edificação possui janelas e portas em estado precário e com

muitos improvisos.

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Imagem 55 - Parte externa.

Fonte: CEPDECMA (2017).

4.44 Residência na Vila Nova República

No dia 11 de dezembro, às 12h00min, foi atendido a determinação do

Excelentíssimo Promotor de Justiça, José Augusto Cutrim Gomes, de que fosse realizado

vistoria no endereço descrito no Ofício nº 353/2017 – 16ªPJE-1ªPjIdoso.

Realizado a diligência conforme a ordem, constatou-se que o atual estado de

segurança do imóvel indicava muitas desconformidades como: falta de manutenção

preventiva e corretiva das instalações físicas, carência de acessibilidade, infestação de

cupins e acondicionamento de materiais combustíveis de forma irregular.

Imagem 56 - Ambiente externo do imóvel.

Fonte: CEPDECMA (2017).

4.45 Arte Fogos Confiança

No dia 07 dezembro, às 12h00min, atendendo a demanda do CIOPS, na

ocorrência nº B259250, na qual foi possível observar o estado de segurança da

estrutura “edificação Comercial Arte Fogos Confiança” – comércio de fogos de artifício

– após sofrer incêndio e aos efeitos do mesmo às edificações circunvizinhas,

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identificou-se muitas anomalias provocadas pelos efeitos do incêndio e explosões dos

fogos de artifício, em destaque, a nível térreo, paredes colapsadas e desplacamento

de reboco de paredes e teto.

O colapso de paredes atingiu edificações vizinhas, geminadas nos fundos e

na lateral direita, no nível superior há paredes colapsadas, comprometimento da laje

de cobertura, trilhos de concreto armado sofreram avarias, destruição da cobertura da

edificação vizinha (lado direito), projeção de materiais construtivos nos terrenos

vizinhos. Além de paredes e lajes com risco desabamento ou em situação de queda.

Imagem 57 - Situação interna do imóvel.

Fonte: CEPDECMA, 2017.

4.46 Viaduto do café

Em 22 de dezembro, às 10h00min, realizou-se vistoria neste viaduto. Sendo

detectado algumas desconformidades: ferragens dos pilares de concreto aparentes

com presença massiva de oxidação, parte da contenção do talude inexistente,

ferragens do tabuleiro da ponte em alguns pontos estão aparentes e com infiltração,

processo erosivo próximo às laterais do viaduto no talude por falta de cobertura

vegetal, perda de massa térrea sob a camada asfáltica por erosão surgindo cavidades,

na parte inferior há visível recalque do terreno.

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Imagem 58 - Pilar com ferragens expostas.

Fonte: CEPDECMA (2017).

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Coordenadoria Estadual realizou diversas capacitações pelo estado,

atendendo, principalmente, aos pedidos de alguns municípios. Esses treinamentos

buscaram difundir os conhecimentos técnicos na área de proteção e defesa civil,

possibilitando aos agentes municipais atuarem com mais efetividade no

desenvolvimento de suas ações.

Durante o ano de 2017, efetuaram-se 06 (seis) capacitações básicas de

proteção e defesa civil, formando, portanto, 118 agentes. Dentre os municípios

maranhenses atendidos estão: Imperatriz, Itinga do Maranhão, São José de Ribamar,

Pio XII, Arari e Lima Campos.

Gráfico 28 - Quantidade de CAPDEC’s realizados por mês.

Fonte: CEPDECMA (2017).

Ao mesmo tempo, os técnicos da CEPDECMA participaram de cursos e

seminários ao longo do ano. Sendo eles: curso de especialização em Defesa Civil, I

Seminário Nacional de Avaliação de Alertas, treinamento do software SisVuClima-MA

(construção de indicadores de vulnerabilidade da população às mudanças climáticas),

capacitação em Sistema de Informações Geográficas – SIG e curso de formação de

instrutores em Proteção e Defesa Civil.

Preventivamente, realizou-se durante o ano, o monitoramento climático do

estado, feito diariamente. Além disso, foram elaborados relatórios mensais com todas

as informações compiladas e organizadas sobre essas atividades. No período de

janeiro a maio, ocorreu o monitoramento hidroclimático com a intuito de acompanhar

a evolução dos níveis dos principais rios maranhenses. O gráfico abaixo ressalta o

mês de abril como o que apresentou o maior volume acumulado e o mês de maio, o

menor.

2

1 1

2

0

1

2

3

FEVEREIRO MARÇO OUTUBRO NOVEMBRO

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Gráfico 29 - Precipitação acumulada de janeiro a maio de 2017.

Fonte: CEPDECMA (2017).

No período de estiagem, a quantidade de focos de calor no estado manteve-

se acima da média, em 05 (cinco) meses do 2º semestre, aponta gráfico abaixo.

Gráfico 30 - Comparativo do 2º semestre do estado do Maranhão.

Fonte: CEPDECMA (2017).

Quanto aos incêndios florestais, desastre recorrente nos últimos anos, se

destacaram no estado do Maranhão, principalmente, nas regiões Centro e Leste

maranhenses. Essas regiões apresentam, historicamente, um grande volume de

ocorrências de incêndios florestais, graças as suas características morfológicas e

climáticas.

Nas mesorregiões Centro e Leste do Maranhão, foram observados diversas

locais com densidade de focos oscilando de média a muito alta, contrastando com as

densidades do Norte e Oeste, nos quais se observou uma concentração menor.

De forma geral, verificou-se que os focos de calor estavam dispersos em

algumas regiões e concentrados em outras, entretanto, nota-se a presença de um

certo padrão em sua distribuição espacial.

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Do ponto de vista da gestão do fogo no estado, o mapa de densidade de

incêndios florestais, gerado para a área de estudo, representou uma ferramenta útil

para o planejamento e atuação dos órgãos competentes, indicando as áreas

prioritárias para o desenvolvimento de ações preventivas e de controle.

Mapa 7 – Densidade de focos de calor no estado Maranhão em 2017.

Fonte: CEPDECMA (2017).

A caracterização das queimadas no Maranhão permitiu, também, comprovar

a alta correlação negativa dos incêndios florestais com os fatores climáticos,

vegetacionais e antrópicos, principalmente nos longos períodos de estiagem, quando

aumentam as ocorrências de incêndios de intensidade mais elevada. Sazonalmente,

os maiores índices de focos de queima ocorreram a partir do segundo semestre.

Em relação a decretação de Situação de Emergência – SE, apenas 06 (seis)

municípios maranhenses a fizeram. No mês de fevereiro, os municípios maranhenses

de Itapecuru e Matões do Norte decretaram situação anormal por alagamento, e

Marajá do Sena por enxurrada. Em março, Conceição do Lago-Açu decretou por

inundação e Timon, por enxurrada. Já em abril, o município de Santa Rita decretou

em decorrência de inundação. Por fim, no mês de novembro, Timon decretou por

erosão continental (boçoroca).

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Gráfico 31 – Modalidades de desastres registradas no Maranhão.

Fonte: CEPDECMA (2017).

Todas as situações anormais provocadas por desastres no estado do

Maranhão, no ano de 2017, estiveram relacionadas a situações de risco envolvendo

corpos d’água.

Destaca-se, também, que entre os que decretaram situação de emergência

neste ano, foram homologados, mediante análise dos documentos enviados, os

municípios Timon (os dois decretos) e Marajá do Sena. Quanto ao reconhecimento

federal, apenas Timon, Conceição do Lago-Açu e Marajá do Sena obtiveram êxito no

pedido.

Ainda neste ano, o corpo técnico de oficiais e subtenentes da CEPDECMA

reuniu-se, nos meses de fevereiro e março, para elaborar e discutir os Planos

Estaduais de Contingência para desastres relacionados a chuvas intensas e a

incêndios florestais. Estes documentos foram moldados de acordo com as diretrizes

estabelecidas na Lei 12.608/12 e de modo a possibilitar uma estruturação e

organização das ações desenvolvidas pelos órgãos e instituições parceiras em um

provável cenário de desastre.

A Coordenadoria Estadual recebeu do Governo Federal, uma quantia de R$

2.268.000,00 (dois milhões duzentos e sessenta e oito mil reais) por intermédio da

Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, órgão vinculado ao Ministério da

Integração Nacional.

Essa quantia foi liberada para que fossem implementadas, nos municípios do

interior maranhense, as ações de socorro, assistência humanitária e

reestabelecimento dos serviços essenciais. No entanto, tal recurso só poderia ser

aplicado nos municípios em situação de emergência.

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O valor foi liberado em duas parcelas, a primeira no valor de R$ 468.000,00

(quatrocentos e sessenta e oito mil) e a segunda de R$ 1.800.000,00 (um milhão e

oitocentos mil reais), ambas com direcionamento específico da Secretaria Nacional

para a contratação de distribuição de água por carro-pipa.

Esse valor não foi aplicado em nenhuma ação para os municípios

maranhenses, por exigência do Ministério da Integração. Isto se deve, em

consequência de o recurso ter sido liberado já no período chuvoso, período

incompatível com a finalidade do recurso.

A CEPDECMA enviou várias solicitações de mudança no objeto da ação

(carro-pipa) ou para prorrogação do prazo de utilização, porém, sem êxito. Logo, a

Secretaria Nacional exigiu a devolução de todo o montante.

Quadro 2 – Resumo dos recursos federais.

Nº DESASTRE MUNICÍPIOS AÇÃO RECURSO (R$) STATUS

1 Estiagem

Balsas, Chapadinha,

Formosa da Serra Negra,

Paraibano, Pastos Bons, São

João dos Patos e Tufilândia

Carro-pipa 1.800.000,00 Recurso

devolvido

2 Estiagem

Gov. Luís Rocha, Matões,

Duque Bacelar e Goncalves

Dias

Carro-pipa 468.000,00 Recurso

devolvido

Fonte: CEPDECMA (2017).

As vistorias técnicas realizadas objetivaram identificar estruturas que

ofereceriam riscos a sociedade.

As atividades desenvolvidas pelo Departamento Técnico da CEPDECMA, em

especial as vistorias e relatórios de engenharia, podem ser expressas no gráfico a

seguir.

Gráfico 32 – Vistorias efetivadas pela Coordenadoria Estadual por mês em 2017.

Fonte: CEPDECMA (2017).

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O gráfico abaixo apresenta um comparativo onde abstrai-se o quantitativo de

53 (cinquenta e seis) vistorias e 50 (cinquenta) relatórios de engenharia realizadas em

2017. Desses, mais da metade foram direcionados ao atendimento no município de

São Luís.

Gráfico 33 - Comparativo de vistorias efetivadas em São luís e no interior do estado.

Fonte: CEPDECMA (2017).

Assim, o trabalho desenvolvido pelo Departamento Técnico da CEPDECMA,

no recorte espaço temporal, apresentou área de atuação em 02 (duas) microrregiões

maranhenses, 16 municípios, originando a elaboração de 53 vistorias técnicas e 50

relatórios de engenharia.

Desta forma, a CEPDECMA permanece atuando fortemente no estado, na

busca pelo fortalecimento do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil, em suas

diversas áreas.

Jairon Moura da Silva – Maj. QOCBM Coordenador Adjunto de Proteção e Defesa Civil

Fernando Fernandes de Almeida – Cap. QOCBM Chefe do Departamento de Gestão de Riscos

Rafael Lima de Araújo – 1º Ten. QOCBM Chefe da Seção de Homologação

Paulo Breno Santana Sousa – 1º Ten. QOCBM Chefe do Departamento de Gerenciamento de Desastres

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Wellington Cardoso da Silva – 2º Ten. QOCBM Chefe da Seção de Vistoria Técnica

Paulo Sergio Reis Nascimento – 2º Ten. QOABM Chefe do Departamento Administrativo

De Acordo,

Izac Muniz Matos – Cel. QOCBM Coordenador Estadual de Proteção e Defesa Civil