24
1 NÚCLEO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS CULTURA POPULAR CONSTRUINDO UM NOVO MUNDO APOSTILA LÍNGUA PORTUGUESA ENSINO FUNDAMENTAL MÓDULO 3 PROFESSORA LOURDES SPLENDOR

APOSTILA LÍNGUA PORTUGUESA ENSINO · PDF file1 nÚcleo estadual de educaÇÃo de jovens e adultos cultura popular construindo um novo mundo apostila lÍngua portuguesa ensino fundamental

Embed Size (px)

Citation preview

1

NÚCLEO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

CULTURA POPULAR CONSTRUINDO UM NOVO MUNDO

APOSTILA LÍNGUA PORTUGUESA

ENSINO FUNDAMENTAL

MÓDULO 3

PROFESSORA

LOURDES SPLENDOR

2

O que é a Língua Portuguesa?

O PORTUGUÊS é a língua que os portugueses, os brasileiros, muitos africanos e alguns

asiáticos aprendem no berço, reconhecem como patrimônio nacional e utilizam como instrumento de

comunicação, quer dentro da sua comunidade, quer no relacionamento com as outras comunidades

luso falantes.

Esta língua não dispõe de um território contínuo (mas de vastos territórios separados, em vários

continentes) e não é privativa de uma comunidade (mas é sentida como sua, por igual, em

comunidades distanciadas). Por isso, apresenta grande diversidade interna, consoante as regiões e os

grupos que a usam. Mas, também por isso, é uma das principais línguas internacionais do mundo.

É possível ter percepções diferentes quanto à unidade ou diversidade internas do português,

conforme a perspectiva do observador.

Quem se concentrar na língua dos escritores e da escola, colherá uma sensação de unidade.

Quem comparar a língua falada de duas regiões ou grupos sociais não escapará a uma sensação

de diversidade, até mesmo de divisão.

Utilizado por mais de 220 milhões de pessoas, é uma das cinco línguas mais faladas no mundo.

Está presente em quatro continentes – Europa, América, África e Ásia- e é a língua oficial em oito

países-Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné- Bissau, Monique, Portugal, Santo Tomé e Príncipe e Timor

Leste.

Além desses países, o Português ainda está presente em Macau, Território chinês que

permaneceu sob administração portuguesa até 1999, onde convive com o chinês como língua oficial, e

em Goa, Estado indiano que foi possessão portuguesa até 1961.

A Língua Portuguesa no mundo.

3

Conhecendo os principais elementos da comunicação

A comunicação nos permite interagir com as outras pessoas

Como você sabe, nós somos considerados seres sociais e dispomos de um instrumento

importantíssimo o qual nos permite interagir de modo efetivo com as pessoas que estão à nossa volta –

a linguagem.

Pelo fato de não conseguirmos viver sozinhos, sentimos necessidade e precisamos realmente

nos comunicar com nossos semelhantes. E esta comunicação somente se dá por meio da linguagem,

realizada de maneiras distintaspor forma :

Escrita

Gestos Oralidade

Imagens Símbolos Cores

Pois bem, agora precisamos compreender que esse processo comunicativo se constitui de

elementos específicos para se realizar. Assim sendo, vamos conhecê-los?

Emissor – é aquele que transmite a mensagem.

Receptor – é a pessoa que recebe a mensagem.

Mensagem – é tudo aquilo que o emissor envia ao receptor

Código – é o conjunto de sinais utilizados na comunicação para transmitir a mensagem, podendo ser

de várias maneiras, como as que vimos por meio dos exemplos acima.

Canal de comunicação – é o meio pelo qual é transmitida a mensagem, ou seja, pode se pelo meio

eletrônico, livros, rádio, televisão, etc.

Contexto ou referente – representa o assunto contido na mensagem.

4

Os elementos da comunicaçãopodem ser representados da seguinte forma:

CONTEXTO

CÓDIGO

EMISSOR MENSAGEM RECEPTOR

CANAL

5

O QUE É UM TEXTO?

Você já se perguntou o que é, de fato, um texto? Geralmente, entendemos o texto como um

conjunto de frases, ou seja, algo que foi feito para ser lido. Mas a definição de texto não é tão simples

quanto parece.

Imagine, por exemplo, que você está lendo um livro e, de repente, encontra em uma página

qualquer um papel.

Agora, vamos imaginar outra situação: você está no meio de uma floresta e ouve alguém gritar:

“Madeira!”. Bem, se você pretende preservar sua vida, sua reação imediata é sair correndo . Isso

acontece porque a situação em que você se encontra levou-o a interpretar o grito como um sinal de

alerta.

A partir desses exemplos simples, podemos chegar a algumas conclusões importantes:

1º - os textos não são apenas escritos, eles também podem ser orais;

2º - os textos não são simples amontoados de palavras ou frases, ou seja, eles precisam fazer sentido.

Na segunda situação, uma única palavra foi capaz de transmitir uma mensagem de sentido

completo, por isso ela pode ser considerada um texto. Mas o que leva um texto a fazer sentido? Isso

depende de alguns fatores, como o contexto e o conhecimento de mundo.

Textos Verbais e Visuais

Há textos que não contam com o auxílio da palavra, seja ela escrita ou oral. É o caso, por

exemplo, da fotografia e da pintura. Há textos verbais e visuais. Há ainda textos que utilizam os dois

recursos, como os filmes, que usam imagens, diálogos e legendas.

Linguagem Verbal e Não-Verbal

No cotidiano, sem percebermos usamos frequentemente a linguagem verbal, quando por

algum motivo em especial não a utilizamos, então poderemos usar a linguagem não verbal.

Linguagem verbal é uso da escrita ou da fala como meio de comunicação.

Linguagem não verbal é o uso de imagens, figuras, desenhos, símbolos, dança, tom de voz,

postura corporal, pintura, música, mímica, escultura e gestos como meio de comunicação. A

linguagem não verbal pode ser até percebida nos animais, quando um cachorro balança a cauda quer

dizer que está feliz ou coloca a cauda entre as pernas medo, tristeza.

Dentro do contexto temos a simbologia que é uma forma de comunicação não verbal.

Exemplos: sinalização de trânsito, semáforo, logotipos, bandeiras, uso de cores para

chamar a atenção ou exprimir uma mensagem.

É muito interessante observar que para manter uma comunicação não é preciso usar a fala e sim

utilizar uma linguagem, seja verbal ou não verbal.

Linguagem mista é o uso simultâneo da linguagem verbal e da linguagem não verbal usando

palavras escritas e figuras ao mesmo tempo.

6

Abaporu, pintura de Tarsila do Amaral, 1929.

A pintura de Tarsila de Amaral é um exemplo de linguagem não verbal dentro da pintura. Para

cada pessoa será uma mensagem.

O poema “As borboletas” de Vinicius de Moraes corresponde a um belo exemplo de linguagem

verbal, através de palavras.

As borboletas

Brancas

Azuis

Amarelas

E pretas

Brincam

Na luz

As belas

Borboletas.

Borboletas brancas

São alegres e francas.

Borboletas azuis

Gostam muito de luz.

As amarelinhas

São tão bonitinhas!

E as pretas, então...

Oh, que escuridão!

O semáforo é um exemplo de linguagem não verbal. Um objeto capaz de interferir na vida do ser

humano de forma tão extraordinária, onde o sentido das cores comanda o trânsito.

Ilustração: ktsdesign / Shutterstock.com

A foto mostra uma mímica, através da feição do protagonista tem um significado, uma

mensagem. Aqui ocorre linguagem não verbal.

7

Foto: LjupcoSmokovski / Shutterstock.com

Atividades

• O ser humano inventa ( cria ) sinais para se comunicar. Explique para que serve os sinais

abaixo. (Texto não verbal)

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________ Leia o poema de José Paulo Paes (Texto verbal)

PARAÍSO

Se esta rua fosse minha

eu mandava ladrilhar,

não para automóvel matar gente,

mas pra criança brincar.

Se esta mata fosse minha

eu não deixava derrubar.

Se cortarem todas as árvores,

onde é que os pássaros vão morar?

Se este rio fosse meu,

eu não deixava poluir.

Joguem esgotos noutra parte,

que os peixes moram aqui.

Se este mundo fosse meu,

Eu fazia tantas mudanças,

que ele seria um paraíso

de bichos, plantas e crianças.

8

1. A ideia principal do poema é

(A) asfaltar a rua.

(B) desmatamento florestal.

(C) poluição dos rios.

(D) conservação do meio ambiente.

2. No verso “onde é que os pássaros vão morar?”, a palavra sublinhada indica:

(A) modo.

(B) lugar.

(C) causa.

(D) consequência.

3. No verso “que ele seria um paraíso” a palavra sublinhada refere-se

(A) ao mundo.

(B) ao paraíso.

(C) ao rio.

(D) ao bicho.

MINHA TERRA Luiz Peixoto

Minha terra

tem uma índia morena

toda enfeitada de penas,

que anda caçando ao luar.

Minha terra

tem também uma palmeira,

parece a rede maneira,

ao vento se balançar.

Minha terra,

que tem do céu a beleza,

que tem do mar a tristeza,

tem outra coisa também:

Minha terra,

na sua simplicidade,

tem a palavra saudade,

que as outras terras não têm! Luiz Carlos Peixoto de Castro, (RJ 1889 – RJ 1973). Foi poeta, letrista, cenógrafo, teatrólogo, diretor de teatro,

pintor, caricaturista e escultor.

1) O texto refere se a________________________________________________

2) O texto exalta a__________________________________________________

3) Há a predominância de sentimentos que são:___________________________

_________________________________________________________________

4) O autor do texto é:

5) Quantas estrofes tem o poema?_____________________________________

9

TIPOLOGIA TEXTUAL:

Tipos de textos

Observe a seguir a distinção entre narração, descrição e dissertação:

NARRAÇÃO: A narração consiste em contar um fato, uma história, um acontecimento real ou

imaginário (ficção) Numa narração, aparecem personagens que agem com suas próprias características,

em circunstâncias de tempo e espaço. Na narração, a maioria dos verbos expressa ação.

A história narrada apresenta uma sequência de fatos a que chamamos enredo. Este geralmente é

desenvolvido em três etapas:

• Apresentação dos personagens e cenário em geral.

• Desenvolvimento dos fatos (das ações) pelos personagens. No desenrolar dos acontecimentos há

um momento culminante (chamado clímax) em que a história atinge seu momento de maior

interesse, vibração, dramaticidade.

• Desfecho ou final da história. Os fatos voltam à normalidade ou tem um fim feliz ou dramático.

Veja o exemplo:

O CICLISTA

Autor desconhecido

Um funcionário de meia idade, querendo economizar gasolina, resolveu adotar a bicicleta para ir ao trabalho. Sem preparo físico, vai percorrendo as ruas, sob vaias dos motoristas. Num cruzamento, atrapalha o trânsito a ponto de receber uma tremenda advertência do guarda. Atropela pedestres, mata galinhas, sobe calçadas, entra em bares, machuca-se demais. Num esforço sobre-humano, o improvisado ciclista consegue ainda avançar mais uns quarteirões. Por fim, mais morto que vivo, chega ao local de trabalho. Para surpresa sua, não lhe permitem assinar o ponto por estar em condições físicas lamentáveis. A roupa, além de muito suja estava toda suada. O nosso ciclista teve que retornar para casa. E que sacrifício para voltar.

DESCRIÇÃO:

É descrever um determinado objeto, uma cena, uma paisagem. É como se fosse uma foto do

objeto com seus detalhes, seus pormenores. O ambiente é a parte mais importante dentro do contexto.

A descrição, atualmente não é muito utilizada, mas ela é importante porque ajuda na construção de

uma narração e de uma dissertação. Quase sempre a descrição é feita em 3ª pessoa, exceto se a pessoa

vai descrever algo consigo mesmo.

Cada pessoa tem sua maneira própria de observar, sentir e descrever as coisas, os animais e as

pessoas.

A isso chamamos de ponto de vista, importante para a análise de uma descrição: Veja os

exemplos:

10

CECÍLIA

José de Alencar

No pequeno jardim da casa do Paquequer, uma linda moça balançava-se indolentemente numa

rede de palha, presa aos ramos de uma acácia silvestre que, estremecendo, deixava cair algumas de

suas flores miúdas e perfumadas. Os grandes olhos azuis, meio cansados, às vezes se abriam

languidamente como para se submeterem à luz e abaixavam-se de novo as pálpebras rosadas. Os lábios

vermelhos e úmidos pareciam uma flor e ligeira exalava-se um perfume formando um sorriso pelo

sereno da noite. O seu traje era do gosto mais mimoso e mais original que é possível conceber, mistura

de simplicidade. Essa moça era Cecília.

Descrição de uma paisagem

"Abriu as venezianas e ficou a olhar para fora. Na frente alargava-se a praça, com o edifício

vermelho da Prefeitura, ao centro. Do lado direito ficava o quiosque, quase oculto nas sombras do

denso arvoredo; ao redor do chafariz, onde a samaritana deitava um filete d'água no tanque circular,

arregimentavam-se geometricamente os canteiros de rosas vermelhas e brancas, de cravos, de azáleas,

de girassóis e violetas".

("Um Rio Imita O Reno", - Vianna Moog).

11

Interpretação de texto

O RATO, O GATO E O GALO

Monteiro Lobato.

Certa manhã um ratinho saiu do buraco pela primeira vez. Queria conhecer o mundo e travar

relações com tanta coisa bonita de que falavam seus amigos.

Admirou a luz do sol, o verdor das árvores, a correnteza dos ribeirões, a habitação dos homens.

E acabou penetrando no quintal duma casa da roça.

Examinou tudo, farejou a trilha do milho e a estrebaria. Em seguida notou um certo animal de

belo pelo que dormia sossegado ao sol. Aproximou-se dele e farejou-o sem receio nenhum.

Nisso apareceu um galo, que bate asas e canta.

O ratinho por um triz não morre de susto. Arrepiou-se todo e disparou como um raio para a

toca. Lá contou à sua mãe as aventuras do passeio.

Observei muita coisa interessante - disse ele - mas nada me interessou tanto como dois animais

que vi no terreiro. Um de pêlo macio e ar bondoso seduziu-me logo. Devia ser um desses bons amigos

da nossa gente, e lamentei que estivesse a dormir, impedindo-me assim de cumprimentá-lo.

O outro... Ai, que ainda me bate o coração! O outro era um bicho feroz, de penas amarelas, bico

pontudo, crista vermelha e aspecto ameaçador. Bateu as asas barulhentas, abriu o bico e soltou um co-

ri-có-có tamanho que quase cai de costas. Fugi. Fugi com quantas pernas tinha, percebendo que devia

ser o famoso gato que tamanha destruição faz ao nosso povo.

A mamãe rata assustou-se e disse:

- Como te enganas, meu filho! O bicho de pelos macios e ar bondoso é que é o terrível gato. O

outro, barulhento e de olhar feroz e crista rubra, o outro, filhinho, é o galo, uma ave que nunca nos fez

mal nenhum.

As aparências enganam: aproveita, pois, a lição e fica sabendo que quem vê cara não vê

coração.

Atividade: Entendimento do texto:

• Com que finalidade o ratinho saiu do buraco?

• O que o ratinho achou do mundo lá fora?

• Que animais o ratinho encontrou?

• De qual deles o ratinho gostou? Por quê?

• Que animal assustou o ratinho? Por quê?

• Por que a mãe do ratinho ficou assustada com o que ele contou?

• Qual dos ditados abaixo pode ser aplicado ao texto? Explique.

• “ Nem tudo que brilha é ouro.”

• “ Quem vê cara não vê coração.”

• “ Quem tudo quer tudo perde.”

12

Fonema e Letra

Fonologia é a parte da Gramática que estuda o fonema.

Fonema é a unidade mínima sonora que é capaz de estabelecer diferenciação entre um

vocábulo e outro.

Ex: bola / bota.

Como se vê a diferenciação entre as duas palavras acima é marcada pelos fonemas /l/ e /t/.

Fonemas e letras apresentam conceitos distintos:

- Fonema é a representação sonora;

- Letra é a representação gráfica do fonema;

- Sílaba é um conjunto de fonemas transmitidos num só impulso.

Numa palavra, nem sempre há o mesmo número de letras e fonemas.

A palavra táxi, por exemplo, possui:

- quatro letras (t-á-x-i)

- cinco fonemas (t-á-k-s-i)

A palavra hora possui:

- quatro letras (h-o-r-a)

- três fonemas (o-r-a)

Na palavra canta temos:

-cinco letras ( c-a-n-t-a )

-quatro fonemas (c-ã-t-a)

Classificação dos fonemas

VOGAIS: são fonemas pronunciados sem obstáculo à passagem do ar, chegando livremente ao

exterior.

Ex:pa-to e bo-ta

Vogais: a, e, i,o,u

Orais: a,e i, o, u

Nasais: ã,ê,õ

A nasalização das vogais é marcada pelo til (~), ou pelas letras m e n, quando estiverem em

final de sílaba. Ex:ambiente, ombro , algum

SEMIVOGAIS: são os fonemas que se juntam a uma vogal, formando com esta uma só sílaba.

Ex:Cou-ro, bai-le.

Cuidado! As semivogais sempre estão acompanhadas de vogais, formando sílaba com ela.

13

CONSOANTES: São fonemas produzidos mediante a resistência que os órgãos bucais (língua,

dentes, lábios) opõem a passagem de ar.

Ex:caderno - lâmpada

Importante! Em nossa língua, a vogal é o elemento básico, suficiente e indispensável para a formação da

sílaba. Você encontrará sílabas constituídas só de vogais, Mas nunca formadas somente com

consoantes.

Ex:vi-ú-vaa-be-lha

SÍLABA

É um grupo de fonemas pronunciados numa só expiração. Quanto ao número de sílabas, as palavras

classificam-se em:

Monossílabas: Aquelas que possuem uma só sílaba. Ex: dó, mão, cruz

Dissílabas: Aquelas que possuem duas sílabas: Ex: lá-pis, fo-lha, á-gua

Trissílabas: Aquelas que possuem três sílabas. Ex: mé-di-co, es-co-la, ca-ne-ta

Polissílabas: Aquelas que possuem mais de três sílabas. Ex: na-tu-re-za, ve-te-ra-no,por-tu-gue-as

Atividades:

• Complete, classificando as palavras quanto ao número de sílabas.

a) Picareta é _______________________________ porque tem ____ sílabas.

b) Céu é ___________________________________ porque tem _____ sílaba.

c) Avó é ___________________________________ porque tem _____ sílabas.

d) Moleque é _______________________________ porque tem _____ sílabas

• Pesquise em livros, jornais e revistas e escreva:

a) três palavras monossílabas:

__________________________________________________________

b) três palavras dissílabas:

__________________________________________________________

c) três palavras trissílabas:

__________________________________________________________

d) três palavras polissílabas:

_________________________________________________________

14

ENCONTROS VOCÁLICOS

Há três tipos de encontros vocálicos: ditongo, hiato e tritongo.

Ditongo: é a junção de uma vogal + uma semivogal (ditongo decrescente), ou vice-versa

(ditongo crescente), na mesma sílaba.

Ex.: no- ite (ditongo decrescente), qua-se (ditongo crescente).

Tritongo: é a junção de semivogal + vogal + semivogal, formando uma só sílaba.

Ex.: Paraguai, arguiu

Hiato: é a junção de duas vogais pronunciadas separadamente, formando sílabas distintas.

Ex.:sa-í-da, co-e-lho

ENCONTROS CONSONANTAIS

Quando existe uma sequência de duas ou mais consoantes em uma mesma palavra,

denominamos essa sequência de encontro consonantal.

O encontro pode ocorrer:

- na mesma sílaba: cla-ri-da-de, fri-tu-ra, am-plo

- em sílabas diferentes: af-ta, com-pul-só-rio

Atenção:Nos encontros consonantais, somos capazes de perceber o som detodas as consoantes.

DÍGRAFOS

Observe atentamente estas palavras:

carro – ninho – formigueiro – folha - pássaro

Percebemos o encontro de algumas consoantes juntas. Em todas elas, só ouvimos o som de

apenas uma letra (um só fonema). Quando isto acontece damos o nome de dígrafo.

Eles são representados pelo encontro das principais consoantes:

ch - chuva

lh – milho

rr – terra

gu – guerra

xc – exceção

sc – nascer

sç – nasça

ss – pássaro

qu - queijo

nh-unha

15

Vale destacar algo muito importante:

Os dígrafos “gu” e “qu” sempre aparecem antes das vogais “e” e “i”.

Este você também não pode nunca se esquecer:

Os dígrafos rr, ss, sc e sç nunca permanecem juntos na mesma sílaba. Como por exemplo:

massa – mas –sa

barro – bar – ro

nascimento – nas– ci- men- to

cresça – cres- ça

Dígrafos que desempenham a função de vogais nasais:

am (campo), en (bento), om (tombo) e outros.

Sílaba e Divisão silábica

Sílaba: É a unidade ou grupo de fonemas emitidos num só impulso da voz.

Divisão silábica: A fala é o primeiro e mais importante recurso usado para a divisão silábica na

escrita.

Regra geral: Toda sílaba, obrigatoriamente, possui uma vogal.

Regras práticas:

1) Não se separam ditongos e tritongos. Exemplos: mau, averiguei.

2) Separam-se as letras que representam os hiatos. Exemplos: sa-í-da, vo-o..

3) Separam-se somente os dígrafos rr, ss, sc, sç, xc .Exemplos: pas-se-a-ta, car-ro, ex-ce-to..

4) Separam-se os encontros consonantais pronunciados separadamente. Exemplo: car-ta.

5) Os elementos mórficos das palavras (prefixos, radicais, sufixos), quando incorporados à

palavra, obedecem às regras gerais Exemplos: de-sa-ten-to, bi-sa-vô, tran-sa-tlân-ti-co..

6) Consoante não seguida de vogal permanece na sílaba anterior. Quando isso ocorrer em início de

palavra, a consoante será anexa à sílaba seguinte. Exemplos: ad-je-ti-vo, tungs-tê-nio, psi-có-lo-go,

gno-mo...

16

Exercícios sobre divisão silábica

1)Tendo em vista os conhecimentos dos quais você dispõe acerca dos critérios de divisão silábica,

separe as sílabas das palavras demarcadas a seguir:

a ) secretária

b) fluído

c) cadeado

d) pássaro

e )terra

f) prato

g ) psicológico

h) pneumático

i) fruta

j)rainha

l) substância

m) gratuito

n ) atualização

2)Assinale a alternativa em que a divisão silábica de todas as palavras está correta:

a) e – nig – ma ;su – bju – gar ; rai – nha

b) co – lé – gi – o; pror – ro – gar ; je – suí – ta

c) res – sur – gir ; su – bli – nhar ; fu – gi – u

d) i – guais ; ca- ná – rio ; due – lo

e) in – te – lec – ção ; mi – ú – do ; sa – guões

3)Dadas as palavras:

1) des – a – ten – to

2) sub – es – ti – mar

3) trans – tor – no

Constatamos que a separação silábica está correta:

a) apenas em 1.

b) apenas em 2.

c) apenas em 3.

d) em todas as palavras.

e) NRC

17

4) Atendo-se à charge em evidência, explicite suas impressões acerca do vocábulo que se formou

oriundo da separação silábica errônea, referente à palavra “canalhice.

5) Texto:

O Pinguim (Vinicius de Moraes)

Bom dia, pinguim

Onde vai assim

Com ar apressado?

Eu não sou malvado

Não fique assustado

Com medo de mim

Eu só gostaria

De dar um tapinha

No seu chapéu jaca

Ou bem de levinho

Puxar o rabinho

Da sua casaca

Quando você caminha

Parece o Chacrinha

Lelé da caixola

E um velho senhor

Que foi meu professor

No meu tempo de escola

Pinguim, meu amigo

Não zangue comigo

Nem perca a estribeira

Não pergunte por quê

Mas todos põem você

Em cima da geladeira

18

Copie do texto: O Pinguim

• Cinco palavras com encontros vocálicos. Circule-os.

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

________________________

• Cinco palavras com encontros consonantais. Circule-os.

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

________________________

• Cinco palavras com dígrafos.

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

________________________

Diga quantas letras e quantos fonemas em cada palavra abaixo:

• Pinguim;

• tapinha

• mim:

• assustado:

• malvado:

• chapéu:

• bem:

• rabinho:

6) Faça uma narração:

Na narração, precisa-se distinguir e desenvolver os seguintes elementos:

narrador, personagem, enredo, cenário e tempo.

7) Faça um texto descritivo:

Lembre-se que a descrição objetiva apresenta a pessoa, lugar ou objeto de uma

maneira realística, sem inclusão das percepções pessoais. Na descrição subjetiva,

porém, o observador faz uso de suas impressões particulares.

19

8) Texto “Batatinha aprende a latir”

No texto “Batatinha aprende a latir”

a) Sublinhe os encontros vocálicos;

b) Circule os dígrafos.

c) Copie 10 palavras que apresentam encontro consonantal.

CLASSES GRAMATICAIS

As classes gramaticais da língua portuguesa.

Todas as palavras que utilizamos no dia a dia ou até mesmo aquelas descritas no

dicionário estão classificadas dentro de uma, das dez, classes gramaticais existentes na

Língua Portuguesa Brasileira.

20

ARTIGOS: São as palavras que se antepõem aos substantivos, variáveis em gênero e

número. Exemplos: o, os, a, as, uma, umas, uns, um.

Artigos definidos: O, a, os, as

Artigos indefinidos: um, uma, uns, umas

SUBSTANTIVOS: São as palavras que nomeiam seres em geral, reais ou imaginários.

Também designam lugares, estados, ações, etc

Classificação e formação

Substantivo comum: é aquele que designa que designa os seres de uma espécie de

forma genérica. Ex: pedra, computador, cachorro, homem, caderno...

Substantivo próprio: é aquele que designa um ser específico, determinado,

individualizando-o. Ex: Maxi, Londrina,Dilson, Ester... O substantivo próprio sempre

deve ser escrito com letras maiúsculas.

Substantivo concreto: é aquele que designa seres que existem por si só ou apresentam-

se em nossa imaginação, como se existissem por si. Ex: ar, som, Deus, computador,

pedra...

Substantivo abstrato: é aquele que designa prática de ações verbais, existência de

qualidades ou sentimento humanos. Ex: saída (prática desair), beleza (existência do

belo), saudade.

FORMAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS

• Substantivos Simples e Compostos

O substantivo chuva é formado por um único elemento ou radical. É um substantivo

simples.

Substantivo Simples: é aquele formado por um único elemento.

Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc.

Veja agora:

O substantivo guarda-chuva é formado por dois elementos (guarda + chuva).

Esse substantivo é composto.

Substantivo Composto: é aquele formado por dois ou mais elementos.

Outros exemplos: beija-flor, passatempo.

21

• Substantivos Primitivos e Derivados

Veja: Meu limão meu limoeiro,

meu pé de jacarandá...

O substantivo limão é primitivo, pois não se originou de nenhum outro dentro de

língua portuguesa.

Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva de nenhuma outra palavra da própria

língua portuguesa.

O substantivo limoeiro é derivado, pois se originou a partir da palavra limão.

Substantivo Derivado: é aquele que se origina de outra palavra.

ADJETIVOS: São palavras que qualificam e caracterizam seres e objetos em geral.

Podem variar entre gênero (masculino/ feminino), número (singular/ plural) e grau

(comparativo/ superlativo). Existem também as locuções adjetivas, formadas por duas

ou mais palavras (preposição + substantivo), que assumem valor de adjetivo. Exemplos:

Adjetivos: lindo, feio, estranho, maravilhoso, nojento, louco...

Locuções adjetivas: de dinheiro (pecuniário), de chuva (pluvial), de velho (senil), de

morte (mortal)...

NUMERAIS: Palavras que indicam o número ou quantidade exata de pessoas ou

coisas. Podem ser cardinais, ordinais, fracionários ou multiplicativos. Exemplo: três,

quatro, cinco, segunda, terceira, dobro, triplo, metade, um décimo...

USO DOS PORQUÊS:

POR QUÊ

Caso surja no final de uma frase, imediatamente antes de um ponto (final, de

interrogação, de exclamação) ou de reticências, a sequência deve ser grafada por

quê, pois, devido à posição na frase, o monossílabo "que " passa a ser tônico.

Ex: Estudei bastante ontem à noite. Sabe por quê?

Será deselegante se você perguntar novamente por quê!

PORQUE

A forma porque é uma conjunção, equivalendo apois, já que, uma vez que,

como. Costuma ser utilizado em respostas, para explicação ou causa.

Ex:

Vou ao supermercado porque não temos mais frutas.

Você veio até aqui porque não conseguiu telefonar?

22

PORQUÊ

A forma porquê representa um substantivo. Significa "causa", "razão",

"motivo" e normalmente surge acompanhada de palavra determinante (artigo,

por exemplo).

Ex:

Não consigo entender o porquê de sua ausência.

Existem muitos porquês para justificar esta atitude.

Você não vai à festa? Diga-me ao menos um porquê.

Veja abaixo o quadro-resumo:

Forma Emprego Exemplos

Por que

Em frases interrogativas (diretas e

indiretas)

Em substituição à expressão "pelo

qual" (e suas variações)

Por que ele chorou? (interrogativa

direta)

Digam-me por que ele chorou.

(interrogativa indireta)

Os bairros por que passamos eram sujos

(por que = pelos quais)

Por quê No final de frases

Eles estão revoltados por quê?

Ele não veio não sei por quê.

Porque Em frases afirmativas e em respostas

Não fui à festa porque choveu.

Porquê Como substantivo

Todos sabem o porquê de seu medo.

EXERCÍCIOS

1) Complete as lacunas utilizando por que, por quê, porque, porquê.

A ) Não sei o ----------- de tanta euforia.

B ) Você não compareceu à reunião -----------------?

C) Os caminhos ---------- percorremos são tortuosos.

D) --------------- não desiste dessa aventura maluca?

E) Voltamos ---------------- estávamos com muita saudade.

2)Relacione a primeira coluna de acordo com a segunda, tendo em vista o emprego

de por que, porquê, por quê e porque:

(a) porquê ( ) Não fiz a pesquisa * estava doente.

(b) por que ( ) * marcela não conta toda a verdade?

(c) porque ( ) Não quis ir ao cinema *?

(d) por quê ( ) Nem imagino o * dessa alegria.

23

“MAU” - “MAL”/ “BOM” – “BEM”

MAU, o contrário de bom, é adjetivo - portanto sempre acompanha um

substantivo e tem o feminino má (plural: maus e más)

Fez um mau negócio, num mau momento.

• Os homens maus e as mulheres más sempre se dão mal.

• O lobo mau enfrentou um homem bom.

MAL tem por antônimo a palavra bem e pode ser:

1) Advérbio

• Quando ele se comporta mal, nada vai bem.

• Isso pegou mal.

• Ela joga muito mal.

• Ele é mal-humorado.

• Estamos mal servidos.

2) Substantivo:

• O pequeno mal que o remédio provoca é compensado pelo bem que lhe traz.

• Ele não imagina o mal que fez.

3) Conjunção:

• Mal chegou de viagem, já deseja partir.

EXERCÍCIOS

MAL OU MAU? Na dúvida, use o velho macete: mal => bem – mau => bom.

Substitua os asteriscos por: Mal -Males - Mau - Maus - Má – Más.

01. A firma possuía um ** administrador.

02. O ** está sempre à nossa volta.

03. O balconista era um tipo ** encarado.

04. Eu ** compreendia o que estava acontecendo.

05. ** saímos de casa, quase fomos assaltados.

06. Antônio fala ** o Inglês.

07. Não seja pessimista, nem todo o político é **.

08. O combate entre as forças do bem e do ** é eterno.

09. Ele jamais entenderá o ** que causou a todos.

10. Está com um ** incurável.

24

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MODERNA, Editora, EJA Moderna, Anos Finais do Ensino Fundamental, São Paulo,

Editora Moderna 2013.

CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar; Português Linguagens

1,Editora Saraiva, São Paulo,2010.

WWW.soportugues.com.br

WWW.portugues/gramatica/silaba.com.br

WWW.revistaescolaabril.com.br

WWW.nlnp.net/exercicios.com.br

WWW.mundovestibular.com.br