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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL UNIDADE LONDRINA - PR CURSO QUALIFICAÇÃO EM ELETRICISTA INDUSTRIAL COMANDOS ELÉTRICOS E PRINCIPAIS DISPOSITIVOS MATERIAL DE APOIO E CONSULTA

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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL UNIDADE LONDRINA - PR

CURSO QUALIFICAÇÃO EM ELETRICISTA INDUSTRIAL

COMANDOS ELÉTRICOS E PRINCIPAIS DISPOSITIVOS MATERIAL DE APOIO E

CONSULTA

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COMANDOS ELÉTRICOS E PRINCIPAIS DISPOSITIVOS

SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - Unidade Londrina – PR.

Professor: Omar Custódio Vieira

SENAI LONDRINA

Page 3: ApostilaIndustrial.pdf

1 Motores elétricos .................................................................................................. 3

1.1 Tipo de Motores ................................................................................................ 4

1.2 Funcionamento ................................................................................................. 4

1.3 Campo Giratório ............................................................................................... 5

1.4 Escorregamento ............................................................................................... 8

1.5 Componentes ................................................................................................... 9

1.5.1 CARCAÇA .................................................................................................... 9

1.5.2 ESTATOR ................................................................................................... 10

1.5.3 ROTOR ....................................................................................................... 10

1.5.3.1 Tempo de Rotor Bloqueado ........................................................................ 11

1.5.4 Caixa de Ligação ........................................................................................ 11

1.6 Síncronos ....................................................................................................... 12

1.7 Motores de corrente continua ......................................................................... 12

1.7.1 Vantagens ................................................................................................... 13

1.7.2 Desvantagens ............................................................................................. 13

1.7.3 Aplicações ................................................................................................... 13

1.8 Motores universais.......................................................................................... 13

1.8.1 Vantagens ................................................................................................... 14

1.8.2 Desvantagens ............................................................................................. 14

1.8.3 Aplicações ................................................................................................... 14

1.9 Motores de duas velocidades ......................................................................... 14

1.9.1 Motores Dahlander...................................................................................... 14

1.9.2 Aplicações ................................................................................................... 15

1.9.3 Motores de duplo enrolamento ................................................................... 15

1.10 DADOS DA PLACA DE IDENTIFICAÇÃO ...................................................... 15

1.10.1 Tensão Nominal .......................................................................................... 15

1.10.2 Corrente nominal......................................................................................... 16

1.10.3 Freqüência Nominal .................................................................................... 16

1.10.4 RPM Nominal .............................................................................................. 16

1.10.5 IP/IN ............................................................................................................ 16

1.10.6 Grau de Proteção IP ................................................................................... 16

1.10.7 Rendimento ................................................................................................. 17

1.10.8 Conjugado ( Torque ) .................................................................................. 18

Page 4: ApostilaIndustrial.pdf

1.10.9 Energia e Potencia Mecânica ..................................................................... 18

1.10.10 Energia e Potencia Elétrica ..................................................................... 20

1.10.10.1 Circuito de Corrente Contínua ............................................................. 20

1.10.10.2 Circuito de Corrente Alternada............................................................. 20

1.10.10.3 Potencias - Aparente - Ativa - Reativa ................................................. 21

1.10.10.3.1 Potencia Aparente (S) .......................................................................... 21

1.10.10.3.2 Potencia Ativa (P) ................................................................................ 21

1.10.10.3.3 Potencia Reativa (Q) ............................................................................ 22

1.10.11 Fator de Potencia .................................................................................... 22

1.10.11.1 Importância da Correção do Fator de Potencia ................................... 22

1.10.11.1.1 Correção do Fator de Potência ............................................................ 23

1.10.12 Classe de Isolamento .............................................................................. 23

1.11 TIPOS DE LIGAÇÃO EM MOTORES TRIFÁSICOS ...................................... 24

1.11.1 Seis Pontas ................................................................................................. 24

1.11.2 Doze Pontas ............................................................................................... 25

1.12 MONOFÁSICO ............................................................................................... 26

1.12.1 Tipo de Mores Monofásico .......................................................................... 27

1.12.1.1 Pólos Sombreados .................................................................................. 27

1.12.1.2 Fase Dividida ........................................................................................... 28

1.12.1.3 Condensador de Partida .......................................................................... 28

1.12.1.4 Condensador Permanente ...................................................................... 29

1.12.1.5 Dois Condensadores ............................................................................... 29

2 Dispositivos de Proteção Contra Sobrecarga Elétrica ........................................ 35

2.1 Fusíveis .......................................................................................................... 35

2.1.1 Fusíveis Diazed (Tipo D) ............................................................................. 35

2.1.2 Fusíveis NH ................................................................................................ 38

2.2 Disjuntores Termomagnético .......................................................................... 42

2.3 Disjuntor Motor ............................................................................................... 47

3 Dispositivos de comandos elétricos ................................................................... 54

3.1 Simbologia utilizada em comandos elétricos .................................................. 54

3.2 Botoeiras ........................................................................................................ 55

3.2.1 Botão NA (normalmente aberto) ou NO (normal open) ............................... 56

3.2.2 Botão NF (normalmente fechado) ou NC (normal close) ............................ 56

3.2.3 Botões com contatos reversíveis C-NO-NC (comum normal open e normal

Page 5: ApostilaIndustrial.pdf

close) 57

3.3 Chaves de comando ....................................................................................... 57

3.3.1 Chave de duas posições ............................................................................. 57

3.3.2 Chave de três posições ............................................................................... 58

3.3.3 Chave de comando com o contato reversível ............................................. 58

3.4 Botões de emergência .................................................................................... 58

3.5 Sinalizadores .................................................................................................. 58

3.6 Sistemas de identificação (anilhas) ................................................................ 59

3.7 Tipos de terminais .......................................................................................... 59

3.8 Chaves de fim de curso .................................................................................. 60

3.8.1 Aplicações ................................................................................................... 60

3.8.2 Chave fim de curso NA ............................................................................... 60

3.8.3 Chave fim de curso NF ............................................................................... 61

3.8.4 Chave fim de curso reversível ..................................................................... 61

3.8.5 Tipo de acionamento de fim de curso (cabeçote) ....................................... 61

3.9 Chave bóia ..................................................................................................... 61

3.9.1 Aplicações ................................................................................................... 62

3.10 Contatores ...................................................................................................... 62

3.10.1 Tipos de Contatores .................................................................................... 63

3.10.2 Dimensionamento ....................................................................................... 63

3.10.3 Contatores de comando .............................................................................. 63

3.10.4 Contatores de potência ............................................................................... 63

3.10.5 Aplicações ................................................................................................... 63

3.11 Ponte retificadora ........................................................................................... 70

3.11.1 Aplicações ................................................................................................... 70

3.12 Reles .............................................................................................................. 71

3.12.1 Dispositivos de sobrecarga ......................................................................... 71

3.12.2 Reles temporizadores ................................................................................. 72

3.12.2.1 Com retardo na energização ................................................................... 72

3.12.2.2 Com retardo no desligamento ................................................................. 73

3.12.3 Aplicações ................................................................................................... 73

3.12.4 Reles falta de fase ...................................................................................... 77

3.12.4.1 Aplicações ............................................................................................... 77

3.12.4.2 Aplicações ............................................................................................... 77

Page 6: ApostilaIndustrial.pdf

3.12.5 Reles de acionamento bi-manual ................................................................ 79

3.12.5.1 Aplicações ............................................................................................... 79

3.12.6 Reles de Nível ............................................................................................. 79

3.12.6.1 Aplicação ................................................................................................. 80

3.12.7 Reles Bi Manual .......................................................................................... 80

3.12.7.1 Aplicações ............................................................................................... 80

3.12.8 Reles de interfase ....................................................................................... 80

3.12.8.1 Aplicações ............................................................................................... 80

3.12.9 Micro relê .................................................................................................... 81

3.12.9.1 Aplicações ............................................................................................... 81

3.13 Sensores ........................................................................................................ 81

3.13.1 Sensores PNP ............................................................................................ 81

3.13.2 Sensores NPN ............................................................................................ 82

3.13.3 Indutivos ...................................................................................................... 82

3.13.3.1 Aplicações ............................................................................................... 82

3.13.4 Capacitivos ................................................................................................. 83

3.13.4.1 Aplicações ............................................................................................... 83

3.13.5 Ópticos ........................................................................................................ 83

3.13.5.1 Aplicações ............................................................................................... 83

3.13.6 Magnéticos .................................................................................................. 84

3.13.6.1 Aplicações ............................................................................................... 84

4 Tipos de acionamentos de motores elétricos ..................................................... 85

4.1 Partida direta .................................................................................................. 85

4.1.1 Aplicações ................................................................................................... 86

4.2 Partida Direta com Múltiplos acionamentos .................................................... 86

4.2.1 Aplicações ................................................................................................... 88

4.3 Partida reversora ............................................................................................ 88

4.3.1 Aplicações ................................................................................................... 91

4.4 Partida estrela triângulo .................................................................................. 91

4.4.1 Partida estrela triângulo reversora .............................................................. 93

4.5 Partida compensadora .................................................................................... 94

4.5.1 Partida compensadora reversora ................................................................ 96

4.6 Motor dahlander ............................................................................................. 98

4.6.1 Reversora dahlander ................................................................................... 99

Page 7: ApostilaIndustrial.pdf

4.7 Frenagem por injeção de corrente continua ................................................. 100

4.7.1 Aplicações ................................................................................................. 102

5 Diagramas ........................................................................................................ 103

6 Bibliografia ....................................................................................................... 140

Page 8: ApostilaIndustrial.pdf

3

1 MOTORES ELÉTRICOS

Todos os tipos motores transformam algum tipo de energia em

movimento, no caso do motor elétrico a energia utilizada é a elétrica.

Os motores mais amplamente utilizados nos acionamentos elétricos são

os motores de indução monofásicos e trifásicos. Estes motores, quando alimentados com

tensão e freqüência constantes, sempre que não estejam operando a plena carga

(potência da carga igual a potência nominal do motor) estarão desperdiçando energia.

É importante ressaltar também o fato de que um motor de indução

transforma em energia mecânica aproximadamente 85% de toda a energia elétrica que

recebe os 15% restantes são consumidos pelo próprio motor, sendo assim devemos

acionar os motores elétricos da forma mais racional possível.

Page 9: ApostilaIndustrial.pdf

4

1.1 TIPO DE MOTORES

1.2 FUNCIONAMENTO

Para compreender o funcionamento de um motor de Indução temos que

entender os princípios físicos básicos da conversão de energia elétrica em energia

mecânica.

Uma corrente circulando por um condutor (A) produz um campo

magnético, representado na figura 1.0 pelas linhas circulares chamadas de linhas de

indução magnética. No centro da figura encontra o condutor (A) e as linhas circulares em

volta são uma representação gráfica do campo magnético gerado pela corrente. Neste

caso o condutor percorrido por uma corrente elétrica transforma-se em um eletro imã.

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5

Se um condutor (B) é movimentado dentro de um campo magnético,

aparecerá uma tensão induzida entre os terminais do condutor (B), proporcional ao

número de linhas de indução cortadas por segundo e a intensidade das mesmas. Se o

condutor (B) formar um circuito fechado, circulará por ele uma corrente elétrica.

Podemos enrolar o condutor (A) para formar espiras e várias espiras

juntas formaram uma bobina. O campo magnético presente ao redor de cada condutor

Interage com os demais para formar um campo combinado.

Quando dois condutores paralelos (A e B) são percorridos por uma

corrente elétrica (Ia e Ib) produzem cada um deles um campo magnético (Figura 2.0). A

interação entre estes dois campos magnéticos produzirá uma força (F) de atração ou

repulsão entre os condutores, proporcional à corrente que circula por ambos condutores e

à distância (d) entre eles.

Figura 2.0

1.3 CAMPO GIRATÓRIO

Um bobinado trifásico, igual ao mostrado na figura 3, alimentado por um sistema de tensões trifásico (figura 4) produzirá um campo magnético girante (figura 5.0).

Figura 3 Figura 4

Page 11: ApostilaIndustrial.pdf

6

Na figura 5.0, os pontos identificados com os números correspondem aos

momentos em que a tensão de uma das três fases é igual a zero.

Desta maneira é mais fácil fazer a composição dos vetores de indução

magnética para cada instante.

Na figura pode-se ver que a resultante destes vetores está girando

(campo girante) com uma velocidade proporcional a freqüência e ao número de pólos do

motor.

Figura 5.0

A velocidade do campo girante descrito anteriormente, chamada de

velocidade síncrona, é proporcional à freqüência do sistema de tensões trifásico e ao

número de pólos do bobinado.

A velocidade de um motor de indução é determinada pela freqüência da

energia fornecida ao motor e pelo numero de pares de pólos existentes no estator.

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7

No motor assíncrono ou de indução o campo girante roda a velocidade

síncrona, como nos motores síncronos. A velocidade do campo girante obtêm-se pela

seguinte expressão:

Para análise de funcionamento pode se considerar o motor de indução

como um transformador, onde o enrolamento primário deste transformador é formado pelo

estator e o enrolamento secundário pelo rotor. Inclusive o nome “motor de indução” se

deve ao fato de que toda a energia requerida pelo rotor para a geração de torque é

“induzida” pelo primário do transformador (estator) no secundário (rotor).

Como existem dois campos magnéticos, um no estator e outro no rotor,

aparecerá uma força entre o rotor e o estator que fará com que o rotor gire, já que é o

único que pode se movimentar pois está montado sobre rolamentos, disponibilizando

assim energia mecânica (torque) no seu eixo.

Consideraremos um motor de dois pólos com o “rotor bloqueado”, Nesta

condição, se aplicarmos tensão trifásica com freqüência de 60Hz nos terminais do

bobinado do estator, este produzirá um campo magnético girante com velocidade de 3600

RPM . As linhas de indução deste campo magnético “cortarão” as espiras do rotor com

velocidade máxima induzindo assim a máxima tensão nas espiras do rotor, e como estas

estão em curto-circuito, circulará também a máxima corrente por elas. Como toda a

energia produzida no rotor tem de ser “induzida” pelo estator, circulará no bobinado do

estator uma corrente elevada (6 a 8 vezes maior que a corrente nominal do motor). Se

esta condição for mantida por mais que alguns segundos os fios do bobinado do estator

irão esquentar de forma indevida, podendo até danificar (queimar) o bobinado, pois não

foram projetados para suportar esta corrente por um período de tempo grande.

Agora vamos para o outro extremo. Vamos supor que o rotor do motor

possa girar exatamente à velocidade de 3600 RPM. Neste caso as linhas de indução do

campo magnético girante produzido pelo estator “não cortarão” as espiras do rotor pois os

dois estão girando com mesma velocidade. Sendo assim não haverá tensão induzida,

nem corrente, nem geração de campo magnético. Para a produção de energia mecânica

(torque) no motor é necessária a existência de dois campos magnéticos, sendo assim,

não haverá torque no eixo do motor.

Porem vamos supor que a velocidade do rotor esteja em 3550 RPM. O

campo magnético girante tem uma velocidade de 3600 RPM, é assim que as linhas de

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8

indução do campo magnético girante do estator “cortarão” as espiras do rotor com uma

velocidade de 50 RPM (3600 RPM – 3550 RPM = 50 RPM), produzindo uma tensão e

uma corrente induzida no rotor. A interação entre os dois campos magnéticos, o do

estator e o do rotor, produzirão uma força, que pela sua vez produzirá torque no eixo do

motor.

Desta forma concluímos que na partida o rotor esta parado e a linhas do

campo magnético irão passar pelo rotor a 3600 RPM, provocando uma aumento na

corrente de 6 a 8 vezes a corrente nominal do motor, a medida que o rotor vai acelerando

esta corrente vai diminuído. Quando a velocidade do rotor se aproxima da velocidade

síncrona (3600 RPM) o torque produzido diminuirá, fazendo diminuir também a velocidade

do rotor. Existirá então um ponto de equilíbrio entre a carga do motor e a velocidade do

rotor.

1.4 ESCORREGAMENTO

A diferença entre a velocidade síncrona (Campo Giratório) e velocidade

do rotor é conhecida como “escorregamento”.

Pode ser calculada da seguinte forma:

Se a carga no eixo do motor aumenta, a velocidade do rotor tenderá a

diminuir, e o escorregamento aumentará. Se o escorregamento aumenta a velocidade

com que as linhas de indução do campo magnético do rotor “cortam” o estator aumentará,

aumentando também a tensão e corrente induzida no rotor.

Se a corrente é maior, o campo magnético gerado por esta também será

maior, aumentando assim o torque disponível no eixo do motor, chegando novamente

numa condição de equilíbrio. Se o torque requerido pela carga é maior que o nominal do

motor, e se esta condição é mantida por muito tempo, a corrente do motor será maior que

a nominal e o motor será danificado.

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9

1.5 COMPONENTES

Estator: Carcaça (1), Núcleo de Chapas (2),Enrolamento trifásico (8)

Rotor: Eixo (7), Núcleo de chapas (3), Barras e anéis de curto-circuito (12) Outras partes:

Tampas (4), Ventilador (5), Proteção do ventilador (6), Caixa de ligação (9),

Terminais (10), Rolamentos (11).

Nestes motores o rotor é fabricado com espiras em curto-circuito

formando uma verdadeira gaiola. O estator é formado por três bobinas (bobinado

trifásico), com pares de pólos em cada fase.

1.5.1 CARCAÇA

A carcaça dos motores elétricos são na sua maioria produzida em ferro

fundido, porem podemos encontrar pequenos motores com carcaça em confeccionadas

em chapas de aço, alumínio ou até mesmo materiais plástico.

São projetadas para proporcionar uma boa troca de calor com o meio

Page 15: ApostilaIndustrial.pdf

10

ambiente, suportar os esforços mecânicos de acordo com sua categoria, evitar acúmulo

de líquidos. A carcaça deve ser selecionada de acordo com o tipo de flange a ser utilizada

para acoplamento e fixação do mesmo. Também devemos escolher em qual lado da

carcaça devera ficar a caixa de ligação do motor.

1.5.2 ESTATOR

Tem seu núcleo composto por laminas de aço silício de grão orientado

utilizados na produção de núcleos de transformadores, motores e outros instrumentos

elétricos. Esses aços são processados de modo a se obter excelentes propriedades

magnéticas (baixas perdas e elevadas permeabilidades) na direção de laminação e um

isolamento elétrico adequado em suas superfícies.

O núcleo do estator possui ranhuras por onde serão inseridas as bobinas

que formarão o enrolamento do estator.

1.5.3 ROTOR

O rotor é o elemento girante do motor elétrico, seu núcleo também é

composto por laminas de aço silício. No motor assíncrono o rotor possui dois anéis um

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11

cada extremidade do rotor, estes anéis são construídos em alumínio e interligados por

meio de tiras de alumínio incrustadas no núcleo do rotor de maneira a formar uma espécie

de gaiola, daí a origem do nome “rotor gaiola de esquilo”, de fato se observarmos o rotor

ignorando o núcleo de chapa o que veríamos seria muito semelhante, a uma daquelas

gaiolas onde os esquilos ou ratos de gaiola ficam correndo para se exercitar dentro das

gaiolas.

1.5.3.1 Tempo de Rotor Bloqueado

Tempo de rotor bloqueado é o tempo necessário para que o enrolamento

da máquina, quando percorrido pela sua corrente de partida, atinja a sua temperatura

limite, partindo da temperatura em condições nominais de serviço e considerando a

temperatura ambiente no seu valor máximo.

Este tempo é um parâmetro que depende do projeto da máquina.

Encontra-se normalmente no catálogo ou na folha de dados do fabricante.

1.5.4 Caixa de Ligação

A caixa de ligação dos motores geralmente são constituídas do mesmo

material da carcaça e tampas.

Para que o grau de proteção do motor seja mantido, o prensa-cabos

utilizado para a instalação terá que assegurar o mesmo grau de proteção descrito na

placa. A não observação desse detalhe não garante o grau de proteção (IP) descrito na

tampa do motor .

Os cabos dos motores são identificados com números ou letras.

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12

Quando identificados por números são de 1 a 6 , 1 a 9 ou 1 a 12.

Quando identificados por letras são as seguintes:

U1 V1 W1 U2 V2 W2 U3 V3 W3 U4 V4 W4.

1.6 SÍNCRONOS

Motores síncronos são bastante semelhantes aos motores de indução no

seu aspecto geral, embora usualmente os motores síncronos possuem potências

elevadas e/ou rotação muito baixa quando comparado com o motor de indução normal.

As aplicações dos motores síncronos na indústria, na maioria das vezes,

resultam em vantagens econômicas e operacionais consideráveis ao usuário devido as

suas características de funcionamento. As principais vantagens da utilização dos motores

síncronos são as seguintes:

Melhora do fator de potência.

Manter a velocidade constante tanto nas situações de sobrecarga como

também durante momentos de oscilações de tensão, dentro dos limites do conjugado

máximo.

Possui alto rendimento e performance na conversão de energia elétrica

em mecânica, alta capacidade de torque, mantendo a velocidade constante mesmo em

aplicações com grandes variações de carga.

Maior estabilidade na utilização com inversores de freqüência podendo

atuar em uma ampla faixa de velocidade, mantendo a estabilidade independente da

variação de carga,(ex.: laminadores, extrusoras de plástico, etc.).

1.7 MOTORES DE CORRENTE CONTINUA

São conhecidos por seu controle preciso de velocidade e por se ajuste fino, portanto são

largamente utilizados que exigem tais características. Vale comentar que, graças à

grande evolução da eletrônica de potencia, fontes estáticas de correntes continua com

tiristores confiáveis, de baixo custo e manutenção simples, substituíram os grupos

conversores rotativos. Com isso, motores de corrente continua, apesar de seu custo

elevado, passaram a constituir alternativa em uma série de aplicações que necessitem

desse ajuste fino de velocidade.

Page 18: ApostilaIndustrial.pdf

13

1.7.1 Vantagens

Possuem um controle preciso de velocidade.

1.7.2 Desvantagens

Os motores de corrente continua tem um custo elevado.

1.7.3 Aplicações

São utilizados em fabricas de embalagens devido a seu elevado torque e

capacidade de operar em varias velocidades.

1.8 MOTORES UNIVERSAIS

Vários aparelhos eletrodomésticos, especialmente de cozinha, e diversas

ferramentas portáteis utilizam outro tipo de motor monofásico, denominado universal, cujo

princípio de funcionamento é completamente diferente do motor de indução. A

denominação de motor universal deriva do fato de poder operar tanto sob alimentação

CA, o estator e o rotor devem ser de chapas laminadas, para evitar perdas por interesse e

correntes parasitas.

Trata-se de um motor de velocidade variável, com baixas velocidades

para pequenas cargas. O conjugado de partida também é elevado. Devido a isso, são

usados comumente em pequenos eletrodomésticos como furadeiras elétricas e lixadeiras

que requerem conjugado elevado, e em liquidificadores, aspiradores de pó e bombas

centrífugas, que requerem alta velocidade.

Normalmente são fabricados para potências fracionárias de até ¾ cv.

Para potências acima de alguns poucos cv, funcionam precariamente em

corrente alternada. Há um grande faiscamento nas escovas, e o rendimento e o fator de

potência decresce.

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14

1.8.1 Vantagens

O fato de poder operar tanto sob alimentação CA como CC.

1.8.2 Desvantagens

Praticamente não funciona em corrente alternada com potências acima de

alguns poucos Cv.

1.8.3 Aplicações

São usados em pequenos eletrodomésticos que requerem alta velocidade

Exemplo: Eletrodomésticos tipo, batedeira de bolo, liquidificador, aspirador de pó.

1.9 MOTORES DE DUAS VELOCIDADES

1.9.1 Motores Dahlander

O enrolamento Dahlander é o preferido para motores de duas

velocidades, sendo uma velocidade maior e outro menos. O número de rotações em

velocidade menor corresponde sempre á metade do número de rotações em velocidade

maior. O rendimento do motor em velocidade maior é melhor do que em velocidade

menor. A potência do motor em velocidade maior é 1.5 até 1.8 vezes maior do que em

velocidade menor.

O enrolamento Dahlander consiste em seis bobinas, que podem ser

combinadas de duas formas. O motor possui seis terminais, como o motor para uma

velocidade, porém não pode ser adaptado para duas tensões.

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15

1.9.2 Aplicações

Qualquer equipamento que tenha que rodar em duas velocidades.

Exemplo: Tornos, Batedeiras, Talhas.

1.9.3 Motores de duplo enrolamento

Esses tipos de motor existem dois enrolamentos separados, o que possibilita duas

Velocidades em um só motor. Cada enrolamento é ligado para obter a respectiva

velocidade, deixando o segundo enrolamento desligado e vice-versa. Isso traz a

desvantagem de que apenas metade do motor está ativa, o que diminui seu rendimento.

Ex. esteiras, escadas rolantes.

1.10 DADOS DA PLACA DE IDENTIFICAÇÃO

1.10.1 Tensão Nominal

São as tensões de alimentação elétricas da qual o motor foi projetado

para trabalhar. As tensões mais comum são 220, 380 e 440.

Page 21: ApostilaIndustrial.pdf

16

1.10.2 Corrente nominal

É máxima corrente elétrica que o motor pode suportar em regime de

trabalho contínuo.

1.10.3 Freqüência Nominal

É a freqüência em que o motor foi projetado para operar, no Brasil a

freqüência padrão é de 60 Hz , porem em muitos paises é de 50 Hz (Europa)

1.10.4 RPM Nominal

Numero de Rotações por minuto, operando com a freqüência nominal.

1.10.5 IP/IN

É o numero de vezes que a corrente elétrica do motor almenta durante a

partida do motor, ente valor fica em torno de 6 a sete vezes a corrente nominal do motor.

1.10.6 Grau de Proteção IP

Os invólucros dos equipamentos elétricos, conforme as características do

local em que serão instalados e de sua acessibilidade devem oferecer um determinado

grau de proteção. Por exemplo, um equipamento a ser instalado num local sujeito a jatos

de água deve possuir um invólucro capaz de suportar tais jatos sob determinados valores

de pressão e ângulo de inclinação sem que haja penetração de água.

As normas IEC e ABNT – NBR 6146 definem os graus de proteção dos

equipamentos elétricos por meio das letras características IP seguidas por dois

algarismos.

1° Algarismo – indica o grau de proteção contra penetração de corpos

sólidos estranhos e contato acidental.

0 – Sem proteção;

1 – Corpos estranhos com dimensões acima de 50 mm;

2 – Corpos estranhos com dimensões acima de 12 mm;

4 – Corpos estranhos com dimensões acima de 1 mm;

5 – Proteção contra acúmulo de poeiras prejudiciais ao gerador;

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17

2° Algarismo – Indica o grau de proteção contra penetração de água no

interior do gerador.

0 – Sem proteção;

1 – Pingos de água na vertical;

2 – Pingos de água na inclinação de 15° com a vertical;

3 – Água da chuva na inclinação de 60° com a vertical;

4 – Respingos de água em todas as direções;

5 – Jatos de água em todas as direções;

6 – Água de vagalhões (BALDE);

7 – Imersão temporária;

8 – Imersão permanente.

As combinações entre dois algarismos, isto é, entre os dois critérios de

proteção é indicada pelo IP da máquina. Estas combinações podem ser de muitas

maneiras, mas os mais usuais para geradores abertos são IP 21 e IP 23, para aplicações

mais rigorosas como ambientes empoeirados temos IP 54, e nos casos onde os

equipamentos são lavados periodicamente com mangueiras (fábrica de papel, indústrias

alimentícias, indústrias de tinturaria, etc.) temos o IP 55.

1.10.7 Rendimento

Na placa de identificação do motor existe um parâmetro chamado de

rendimento e identificado pela letra grega η. Este parâmetro é uma medida da quantidade

de potência elétrica transformada pelo motor em potência mecânica. A potência

transmitida à carga pelo eixo do motor é menor que a potência elétrica absorvida da rede,

devido às perdas no motor. Essas perdas podem ser classificadas em:

perdas no enrolamento estatórico (perdas no cobre);

perdas no rotor;

perdas por atrito e ventilação;

perdas magnéticas no núcleo (perdas no ferro);

As perdas, que são inerentes ao processo de transformação, são

quantificadas através do rendimento.

“Potência absorvida” Pa é a potência elétrica que o motor retira da rede o

rendimento será a relação entre as duas, ou seja:

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18

1.10.8 Conjugado ( Torque )

O conjugado (também chamado torque, momento ou binário) é a medida

do esforço necessário para girar um eixo. É sabido, pela experiência prática que, para

levantar um peso por um processo semelhante ao usado em poços - ver figura - a força F

que é preciso aplicar à manivela depende do comprimento E da manivela. Quanto maior

for a manivela, menor será a força necessária.

Se dobrarmos o tamanho E da ma nivela, a força F necessária será

diminuída à metade. No exemplo da figura, se o balde pesa 20N e o diâmetro do tambor é

0,20m, a corda transmitirá uma força de 20N na superfície do tambor, isto é, a 0,10m do

centro do eixo. Para contrabalançar esta força, precisam de 10N na manivela, se o

comprimento E for de 0,20m. Se E for o dobro, isto é, 0,40m, a força F será a metade, ou

seja 5N. Como vemos, para medir o “esforço” necessário para girar o eixo não basta

definir a força empregada: é preciso também dizer a que distância do eixo a força é

aplicada. O “esforço” é medido pelo conjugado, que é o produto da força pela distância, F

x E.

No exemplo citado, o conjugado vale:

C = 20N x 0,10m = 10N x 0,20m = 5N x 0,40m = 2,0Nm

C = F . E ( N . m )

1.10.9 Energia e Potencia Mecânica

A potência mede a “velocidade” com que a energia é aplicada ou

consumida. No exemplo anterior, se o poço tem 24,5 metros de profundidade, a energia

gasta, ou trabalho realizado para trazer o balde do fundo até a boca do poço é sempre a

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mesma, valendo 20N x 24,5m = 490Nm (note que a unidade de medida de energia

mecânica, Nm, é a mesma que usamos para o conjugado - trata-se, no entanto, de

grandezas de naturezas diferentes, que não devem ser confundidas).

A potência exprime a rapidez com que esta energia é aplicada e se

calcula dividindo a energia ou trabalho total pelo tempo gasto em realizá-lo. Assim, se

usarmos um motor elétrico capaz de erguer o balde de água em 2,0 segundos, a potência

necessária será:

Se usarmos um motor mais potente, com capacidade de realizar o

trabalho em 1,3 segundos, a potência necessária será:

A unidade mais usual para medida de potência mecânica é o CV (cavalo-

vapor), equivalente a 736W. Então as potências dos dois motores acima serão:

como, 1cv = 736W então:

Para movimentos circulares:

onde:

C = conjugado em Nm

F = força em N

r = raio da polia em m

v = velocidade angular em m/s

d = diâmetro da peça em m

n = velocidade em rpm

Relação entre unidades de potência

P (kW) = 0,736 . P (cv) ou

P (cv) = 1,359 P (kW)

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Á relação entre unidades de potência P (kW) = 0,736 . P (cv) ou P (cv) =

1,359 P (kW)

1.10.10 Energia e Potencia Elétrica

Embora a energia seja uma coisa só, ela pode se apresentar de formas

diferentes. Se ligarmos uma resistência a uma rede elétrica com tensão, passará uma

corrente elétrica que irá aquecer a resistência. A resistência absorve energia elétrica e a

transforma em calor, que também é uma forma de energia. Um motor elétrico absorve

energia elétrica da rede e a trans for ma em energia mecânica disponível na ponta do

eixo.

1.10.10.1 Circuito de Corrente Contínua

A “potência elétrica”, em circuitos de corrente contínua, pode ser obtida

através da relação da tensão ( U ), corrente ( I ) e resistência ( R ) envolvidas no circuito,

ou seja:

Onde: U = tensão em volt

I = corrente ampère

R = resistência em ohm

P = potência média em Watt

1.10.10.2 Circuito de Corrente Alternada

No caso de “resistências”, quanto maior a tensão da rede, maior será a

corrente e mais depressa a resistência irá se aquecer. Isto quer dizer que a potência

elétrica será maior. A potência elétrica absorvida da rede, no caso da resistência, é

calculada multiplicando-se a tensão da rede pela corrente, se a resistência (carga), for

monofásica:

Em sistemas trifásicos a equação é a seguinte:

OBS.: Esta expressão vale para a carga formada por resistências, onde

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não há defasagem da corrente.

Para as “cargas reativas”, ou seja, onde existe defasagem, como é o caso

dos motores de indução, esta defasagem tem que ser levada em conta e a expressão

fica:

Onde U e I são, respectivamente, tensão e corrente de linha e é o

ângulo entre a tensão e a corrente de fase. A unidade de medida usual para potência

elétrica é o watt (W), correspondente a 1 volt x 1 ampère, ou seu múltiplo, o quilowatt =

1.000 watts. Esta unidade também é usada para medida de potência mecânica. A unidade

de medida usual para energia elétrica é o quilo-watt-hora (kWh) correspondente à energia

fornecida por uma potência de 1kW funcionando durante uma hora - é a unidade que

aparece, para cobrança, nas contas de luz.

1.10.10.3 Potencias - Aparente - Ativa - Reativa

1.10.10.3.1 Potencia Aparente (S)

É o resultado da multiplicação da tensão pela corrente ( para

sistemas monofásicos e para sistemas trifásicos). Corresponde à potência

que existiria se não houvesse defasagem da corrente, ou seja, se a carga fosse formada

por resistências. Então,

Lembre-se que para cargas resistivas, =1

potencia ativa é igual a Potencia Aparente. A unidade de medidas para potência aparente

é o Volt-ampère (VA) ou seu múltiplo, o quilo-volt-ampère (kVA).

1.10.10.3.2 Potencia Ativa (P)

É a parcela da potência aparente que realiza trabalho, ou seja, que é

transforma da em energia:

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1.10.10.3.3 Potencia Reativa (Q)

É a parcela da potência aparente que “não” realiza trabalho. Apenas é

transferida e armazenada nos elementos passivos (capacitores e indutores) do circuito.

1.10.11 Fator de Potencia

O fator de potência, indicado por , onde é o ângulo de defasagem

da tensão em relação à corrente, é a relação entre a potência real ativa ( P ) e a potência

aparente ( S ).

Assim,

- Carga Resistiva: = 1

- Carga Indutiva: atrasado

- Carga Capacitiva: adiantado

Os termos, atrasado e adiantado, referem-se à fase da corrente em

relação à fase da tensão.

Um motor não consome apenas potência ativa que é convertida em

trabalho mecânico, mas também potência reativa, necessária para magnetização, mas

que não produz trabalho. No triangulo das potencias, o vetor P representa a potência ativa

e o ( Q ) a potência reativa, que somadas resultam na potência aparente ( S ). A relação

entre potência ativa, medida em kW e a potência aparente medida em kVA, chama-se

fator de potência.

1.10.11.1 Importância da Correção do Fator de Potencia

Visando otimizar o aproveitamento do sistema elétrico brasileiro,

reduzindo o trânsito de energia reativa nas linhas de transmissão, sub-transmissão e

distribuição, a portaria do DNAEE número 85, de 25 de março de 1992, determina que o

fator de potência de referência das cargas passasse dos então atuais 0,85 para 0,92. A

mudança do fator de potência, dá maior disponibilidade de potência ativa no sistema, já

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que a energia reativa limita a capacidade de transporte de energia útil. Os motores

elétricos são componentes fundamentais dentro das indústrias, representa mais de 60%

do consumo de energia. Logo, é imprescindível a utilização de motores com potência e

características bem adequadas à sua função. O fator de potência varia com a carga do

motor.

1.10.11.1.1 Correção do Fator de Potência

O aumento do fator de potência é realizado, com a ligação de uma carga

capacitiva, em geral, um capacitor ou motor síncrono super-excitado, em paralelo com a

carga.

Por exemplo:

Um motor elétrico, trifásico de 100cv (75kW), IV pólos, operando com

100% da potência nominal, com fator de potência original de 0,87 e rendimento de 93,5%.

O fator de potência desejado é de 0,95.

Solução:

Utilizando-se da tabela 1.2, na intersecção da linha 0,87 com a coluna de

0,95, obtém-se o valor de 0,238, que multiplicado pela potência do motor em kW,

absorvida da rede pelo motor, resulta no valor da potência reativa necessária para elevar-

se o fator de potência de 0,87 para 0,95.

Onde:

kVAr = Potência trifásica do banco de capacitores a ser instalado

P(cv) = Potência nominal do motor

F = fator obtido na tabela 1.2

Rend. % = Rendimento do motor

1.10.12 Classe de Isolamento

Sendo o motor de indução uma máquina robusta e de construção simples,

a sua vida útil depende quase exclusivamente da vida útil da isolação do bobinado e da

vida mecânica dos rolamentos. Vida útil da isolação refere-se ao envelhecimento gradual

do isolante, não suportando mais a tensão aplicada e produzindo curto-circuito entre as

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espiras do bobinado. Para fins de normalização, os materiais isolantes e os sistemas de

isolamento (cada um formado pela combinação de vários materiais) são agrupados em

CLASSES DE ISOLAMENTO, cada qual definida pelo respectivo limite de temperatura, ou

seja, pela maior temperatura que o material pode suportar continuamente sem que seja

afetada sua vida útil. As classes de isolamento utilizadas em máquinas elétricas e os

respectivos limites de temperatura conforme norma NBR-7094, são mostradas na tabela a

seguir:

1.11 TIPOS DE LIGAÇÃO EM MOTORES TRIFÁSICOS

1.11.1 Seis Pontas

Fechamento motor trifásico 6 pontas 220 e 380 volts

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1.11.2 Doze Pontas

Fechamento 12 pontas 220 volts triangulo paralelo.

Fechamento 12 pontas 380 volts estrela paralela

Fechamento 12 pontas 440 (triangulo serie) e 760v estrela serie

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1.12 MONOFÁSICO

Os motores monofásicos são assim chamados porque os seus

enrolamentos de campo são ligados diretamente a uma fonte monofásica. Os motores de

indução monofásicos são a alternativa natural aos motores de indução trifásicos, nos

locais onde não se dispõe de alimentação trifásica, como residências, escritórios, oficinas

e em zonas rurais. Apenas se justifica a sua utilização para baixas potências (1 a 2 KW).

Entre os vários tipos de motores elétricos monofásicos, os motores com

rotor tipo gaiola destacam-se pela simplicidade de fabricação e, principalmente, pela

robustez e manutenção reduzida. Por terem somente uma fase de alimentação, não

possuem um campo girante como os motores trifásicos, mas sim um campo magnético

pulsante. Isto impede que tenham torque de arranque, tendo em conta que no rotor se

induzem campos magnéticos alinhados com o campo do estator. Para solucionar o

problema de arranque utilizam-se enrolamentos auxiliares, que são dimensionados e

posicionados de forma a criar uma segunda fase fictícia, permitindo a formação do campo

girante necessário para o arranque.

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1.12.1 Tipo de Mores Monofásico

1.12.1.1 Pólos Sombreados

O motor de pólos sombreados, também chamado de motor de campo

distorcido (ou shaded pole), graças ao seu processo de arranque, é o mais simples,

confiável e econômico dos motores de indução monofásicos. Construtivamente existem

diversos tipos, sendo que uma das formas mais comuns é a de pólos salientes. Cada pólo

vai ter uma parte (em geral 25% a 35% do mesmo) é abraçada por uma espira de cobre

em curto-circuito. A corrente induzida nesta espira faz com que o fluxo que a atravessa

sofra um atraso em relação ao fluxo da parte não abraçada pela mesma.

O resultado disto ‚ semelhante a um campo girante que se move na

direção da parte não abraçada para a parte abraçada do pólo, produzindo o torque que

fará o motor partir e atingir a rotação nominal.

O sentido de rotação, portanto, depende do lado em que se situa a parte

abraçada do pólo. Consequentemente, o motor de campo distorcido apresenta um único

sentido de rotação. Este geralmente pode ser invertido, mudando-se a posição da ponta

de eixo do rotor em relação ao estator. Existem outros métodos para se obter inversão de

rotação, mas muito mais dispendiosos. Quanto ao desempenho, os motores de campo

distorcido apresentam baixo torque de arranque (15% a 50% do nominal), baixo

rendimento e baixo fator de potência. Devido a esse fato, eles são normalmente

fabricados para pequenas potências, que vão de alguns milésimos de cv a 1/4 cv.

Pela sua simplicidade, robustez e baixo custo são ideais em aplicações

tais como: movimentação de ar (ventiladores, exaustores, purificadores de ambiente,

unidades de refrigeração, secadores de roupa e de cabelo), pequenas bombas e

compressores, projetores de slides, gira-discos e aplicações domésticas. Apesar de sua

aparente simplicidade, o projeto deste tipo de motor é de extrema complexidade,

envolvendo conceitos de duplo campo girante, campos cruzados e complexa teoria

eletromagnética.

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1.12.1.2 Fase Dividida

Este motor possui um enrolamento principal e um auxiliar (para o

arranque), ambos defasados de 90 graus. O enrolamento auxiliar cria um deslocamento

de fase que produz o torque necessário para a rotação inicial e a aceleração. Quando o

motor atinge uma rotação predeterminada, o enrolamento auxiliar‚ é desligado da rede

através de uma chave que normalmente é atuada por uma força centrífuga (chave ou

disjuntor centrífugo) ou em casos específicos, por relé de corrente, chave manual ou

outros dispositivos especiais. Como o enrolamento auxiliar é dimensionado para atuar

apenas no arranque, se não for desligado logo após o arranque danifica-se.

O ângulo de defasagem que se pode obter entre as correntes do

enrolamento principal e do enrolamento auxiliar é pequeno e, por isso, estes motores têm

torque de arranque igual ou pouco superior ao nominal, o que limita a sua aplicação a

potências fracionárias e a cargas que exigem pouco torque de arranque, tais como

máquinas de escritórios, ventiladores e exaustores, pequenos polidores, compressores

herméticos, bombas centrífugas, etc. Motor de Fase Dividida;

1.12.1.3 Condensador de Partida

É um motor semelhante ao de fase dividida. A principal diferença reside

na inclusão de um condensador eletrolítico em série com o enrolamento auxiliar de

arranque. O condensador permite um maior ângulo de defasagem entre as correntes dos

enrolamentos principal e auxiliar, proporcionando assim, elevados torques de arranque.

Como no motor de fase dividida, o circuito auxiliar é desligado quando o motor atinge

entre 75% a 80% da velocidade síncrona. Neste intervalo de velocidades, o enrolamento

principal sozinho desenvolve quase o mesmo torque que os enrolamentos combinados.

Para velocidades maiores, entre 80% e 90% da velocidade síncrona, a curva do torque

com os enrolamentos combinados cruza a curva de torque do enrolamento principal de

maneira que, para velocidades acima deste ponto, o motor desenvolve menor torque,

para qualquer escorregamento, com o circuito auxiliar ligado do que sem ele.

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Devido ao fato de o cruzamento das curvas não ocorrer sempre no

mesmo ponto e, ainda, o disjuntor centrífugo não abrir sempre exatamente na mesma

velocidade, é prática comum fazer com que a abertura aconteça, na média, um pouco

antes do cruzamento das curvas. Após a abertura do circuito auxiliar, o seu

funcionamento é idêntico ao do motor de fase dividida.

Com o seu elevado torque de arranque (entre 200% e 350% do torque

nominal), o motor de condensador de partida pode ser utilizado numa grande variedade

de aplicações e‚ fabricado para potências que vão de ¼ cv a 15 cv.

1.12.1.4 Condensador Permanente

Neste tipo de motor, o enrolamento auxiliar e o condensador ficam

permanentemente ligados, sendo o condensador do tipo eletrostático. O efeito deste

condensador é o de criar condições de fluxo muito semelhantes às encontradas nos

motores polifásicos, aumentando, com isso, o torque máximo, o rendimento e o fator de

potência, além de reduzir sensivelmente o ruído.

Construtivamente são menores e isentos de manutenção, pois não

utilizam contactos e partes móveis, como nos motores anteriores. Porém o seu torque de

arranque é inferior ao do motor de fase dividida (50% a 100% do conjugado nominal), o

que limita sua aplicação a equipamentos que não requerem elevado torque de arranque,

tais como: máquinas de escritório, ventiladores, exaustores, sopradores, bombas

centrifugas, esmeris, pequenas serras, furadeiras, condicionadores de ar, pulverizadores,

etc. São fabricados normalmente para potências de 1/50 a 1,5 cv.

1.12.1.5 Dois Condensadores

É um motor que utiliza as vantagens dos dois anteriores: arranque como o

do motor de condensador de partida e funcionamento em regime idêntico ao do motor de

condensador permanente. Porém, devido ao seu alto custo, normalmente são fabricados

apenas para potências superiores a 1 cv.

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2 DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO CONTRA SOBRECARGA ELÉTRICA

2.1 FUSÍVEIS

Os fusíveis são dispositivos de grande importância dentro dos sistemas

de proteção elétrica. Pessoas, equipamentos, animais, entre outros podem não ser

atingidos em caso de algum acidente elétrico, graças à existência dos fusíveis. A sua

principal função é proteger o sistema de qualquer curto-circuito.

O fusível é um dispositivo simples projetado para superaquecer e queimar

extremamente rápido em uma situação em que aconteça algum tipo de sobrecarga no

sistema elétrico. Em um fusível, um pedaço fino de fio vaporiza rapidamente quando uma

corrente elevada passa por ele. Isso interrompe a corrente no cabo imediatamente,

protegendo-o do superaquecimento. Os fusíveis devem ser substituídos cada vez que

queimarem.

2.1.1 Fusíveis Diazed (Tipo D)

O fusível Diazed (tipo D) possui a mesma função de proteção ao

curto-circuito, porém a sua utilização é feita em indústrias nos circuitos com motores

elétricos. É do tipo retardado e fabricado para correntes de 2 a 63 A (Vmax = 500V e Icc =

50 kA).

Os fusíveis de proteção Diazed são formados por: tampa, anel de

proteção, fusível, parafuso de ajuste e base unipolar ou tripolar (com fixação rápida ou

por parafusos).

Esse tipo de fusível possui em sua extremidade, um indicador que tem a

cor correspondente à sua corrente nominal, que é a mesma cor do parafuso de

ajuste.

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2.1.2 Fusíveis NH

O fusível NH (N-baixa tensão; H-alta capacidade) é usado nos mesmos

casos do Diazed, porém é fabricado para correntes maiores que o anterior, sendo de 4 a

630 A (Vmax = 500V e Icc = 120 kA).

O conjunto é formado por fusível e base. A colocação e/ou retirada do

fusível é feita com o punho saca-fusível. Existe nele um sinalizador de estado

(bom/queimado), porém não em cores diferentes, como no

Diazed.

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2.2 DISJUNTORES TERMOMAGNÉTICO

Os disjuntores são de grande uso em grande parte das instalações

elétricas, possuindo uma importante função dentro dos equipamentos para proteção

elétrica.

O disjuntor tem o mesmo princípio de funcionamento do fusível: abre o

circuito assim que a corrente atinge níveis maiores do que a capacidade do sistema.

Porém, o disjuntor pode ser reutilizado, diferente do fusível que funciona uma única vez e

necessita ser trocado.

Esses dispositivos são compostos basicamente de um interruptor

conectado a uma lâmina bimetálica ou a um eletroímã.

O disjuntor termomagnético é o dispositivo que se encontra na maioria

dos quadros elétricos residenciais, proporcionando à entrada de energia elétrica de

nossas casas. A sua função é proteger os circuitos no interior destas. Cada um dos

disjuntores é responsável por proteger uma parte da nossa instalação elétrica.

Os disjuntores protegem os circuitos contra curto-circuito e sobrecarga,

disparando quando se verifica uma destas situações e prevenindo assim danos na

instalação que podem levar até ao incêndio.

Este tipo disjuntor possui três funções:

1. Manobra (abertura ou fecho voluntário do circuito);

2. Proteção contra curto-circuito que efetua a abertura do disjuntor com o

aumento instantâneo da corrente elétrica no circuito protegido;

3. Proteção contra sobrecarga que provoca a abertura quando a corrente

elétrica permanece, por um determinado período, acima da corrente nominal do

disjuntor.

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2.3 DISJUNTOR MOTOR

O Disjuntor-Motor é um aparelho composto de disparadores térmicos e

magnéticos que atua na partida do motor elétrico, assegurando o comando e a proteção

do motor e da partida em si contra: queima causada por variação de tensão e corrente na

rede, elevação de temperatura do motor e condutores, e contra sobrecargas. Para essa

proteção o Disjuntor-Motor deve exercer 4 funções básicas:

Seccionamento: Sua função é isolar da rede os condutores ativos

quando o motor está desligado e protege quando há queima de fases do motor;

Proteção contra curto-circuitos: Essa função detém e interrompe o mais

rápido possível correntes elevadas de curto-circuitos para impedir a deterioração da

instalação.

Proteção contra Sobrecargas: tem como função deter correntes de

sobrecarga e interromper a partida, antes que a temperatura do motor e dos condutores

fique muito elevada e deteriore os isolantes;

Comutação: sua função é ligar e desligar o motor, podendo ser manual,

automático ou a distância.

A vantagem de utilizar o Disjuntor-Motor além da tradicional associação

(seccionador, fusível, contator, rele térmico) é a redução de custos com um aparelho

simples e de dimensões reduzidas, que realiza com maior precisão as funções exigidas

de proteção.

O Disjuntor pode ou não ser associado ao contator. Quando está

associado é possível realizar ligação a distância, quando do contrário deve ser acionado

manualmente. Na associação disjuntor/contator, ambos exercem a função de

proteção.

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3 DISPOSITIVOS DE COMANDOS ELÉTRICOS

3.1 SIMBOLOGIA UTILIZADA EM COMANDOS ELÉTRICOS

Ao desenharmos um circuito elétrico, onde aparecem vários componentes,

representamos esses através de símbolos, com o objetivo de facilitar a construção

do desenho. Embora existam normas que padronizam esses símbolos, a realidade é

que encontramos nas indústrias uma variedade muito grande de símbolos para um

mesmo componente pois algumas empresas preferem criar simbologia própria do

que seguir determinada norma. Apesar de tudo, com uma boa observação, é

possível para o profissional da área decifrar todos os símbolos que eventualmente

se possa encontrar.

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3.2 BOTOEIRAS

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Os botões de comando de diversos tipos possibilitam o acionamento ou

interrupção da corrente de comando. Podem ser do tipo pulsante ou travante, com

contatos normalmente abertos ou normalmente fechados, ou ambos. Pulsantes são

aqueles que após cessar a força que os pressiona volta ao estado anterior. Os travantes

possuem uma trava que os mantém pressionados até que uma nova ação seja tomada

com a finalidade de retorná-los a posição inicial.

3.2.1 Botão NA (normalmente aberto) ou NO (normal open)

Os botões NA são contatos abertos com numerações terminadas em 3 e

4, podendo variar de acordo com a precisão. ( Exemplo: 3 e 4 / 13 e 14 / 23 e 24 e etc.)

3.2.2 Botão NF (normalmente fechado) ou NC (normal close)

Os botões NF são contatos fechados com numerações terminadas em 1

e 2 e como no botão NA varia de acordo com a pressão. Exemplo: 1 e 2 / 11 e 12 / 21 e

22 e etc.)

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3.2.3 Botões com contatos reversíveis C-NO-NC (comum normal open e normal

close)

Contatos reversíveis possuem os contatos abertos e fechados (11,12,13 e

14) e são usados em reles e chaves.

3.3 CHAVES DE COMANDO

São aquelas destinadas a comandar uma ação, e podem ser desde as

menores, monopolares, que ligam cargas através da energização das bobinas dos

contatores, ate aquelas que ligam ou desligam diretamente a alimentação trifásica dos

motores.

3.3.1 Chave de duas posições

As chaves de duas posições são utilizadas em circuitos elétricos para a

seleção de modo automático e manual. Ela não permite que o circuito fique desligado.

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3.3.2 Chave de três posições

O que diferencia a chave de três posições da de duas posições é que ele

possui a posição OFF podendo assim desligar o circuito.

3.3.3 Chave de comando com o contato reversível

São as que possuem os contatos Comum, NO(normal open) e NC(normal

close).

3.4 BOTÕES DE EMERGÊNCIA

É um botão que desativa o funcionamento da maquina podendo ser tipo

soco (o mais usado), pois trava o botão no lugar abrindo um contato fazendo com que não

passe corrente no circuito.

3.5 SINALIZADORES

Botões que possuem internamente uma lâmpada ou rede de LEDS para

indicar a situação em que se encontra o sistema. Podem ser de várias cores e várias

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tensões.

3.6 SISTEMAS DE IDENTIFICAÇÃO (ANILHAS)

Usados em conectores, condutores e em vários outros componentes, os

identificadores auxiliam na montagem de uma instalação completamente mapeada,

ficando muito fácil executar qualquer tipo de serviço posterior.

São vários os modelos, cores e tamanhos existentes, tendo cada um sua aplicação.

Os identificadores trazem impressos letras, números e símbolos, atendendo a mais

diversificada necessidade.

Os identificadores utilizados em condutores são também chamados de anilhas.

3.7 TIPOS DE TERMINAIS

Uma conexão realizada com cabo flexível não oferece boa garantia de contato. Para

que isso aconteça de forma mais eficiente, utilizam-se terminais prensados nas

pontas desses condutores.

São diversos os tamanhos e modelos existentes, variando conforme o fabricante.

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60

3.8 CHAVES DE FIM DE CURSO

Botão acionado mecanicamente através da limitação de curso do seu

batente. O miolo da chave é que contém os contatos e os terminais do dispositivo fim de

curso.

3.8.1 Aplicações

Os fins de curso têm a maior aplicação como limitadora de deslocamento e proteção de

máquinas.

3.8.2 Chave fim de curso NA

Possui contato aberto para ser fechado ao atingir Chave fim de curso NF

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61

seu FDC e ligar algum.

3.8.3 Chave fim de curso NF

Possui contato fechado para ser aberto ao atingir seu FDC desligando

algum.

3.8.4 Chave fim de curso reversível

Ao atingir o FDC inverte a rotação ou o lado do motor.

3.8.5 Tipo de acionamento de fim de curso (cabeçote)

Elemento que abriga os mecanismos de acionamento da chave fim-de-curso. É escolhido

de acordo com o comando a ser executado. Existem vários tipos de cabeçote, que

trabalham em dois movimentos básicos: percurso de ação retilínea e percurso de ação

angular, e seu retorno pode ser automático ou por acionamento.

O seu funcionamento ocorre da seguinte maneira: acionando-se o cabeçote de comando,

através de partes móveis de maquinas como hastes, excêntricos, ressaltos, etc. Será

executada a comutação dos contatos, que irão operar diretamente em circuitos auxiliares

e de comando.

3.9 CHAVE BÓIA

A chave bóia elétrica é um regulador de nível ideal para o controle de

nível em liquidos, comandos de bombas, eletrovalvulas, sistemas de alarme e

similares.

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62

3.9.1 Aplicações

A chave bóia é utilizada na detecção e controle de nível de liquidos em

tanques ou reservatórios.

3.10 CONTATORES

É uma chave com acionamento eletromagnético que liga e desliga

circuitos. É constituído de uma bobina que quando alimenta cria um campo magnético no

núcleo fixo que por sua vez atrai o núcleo móvel que fecha o circuito. Cessando

alimentação da bobina, desaparece o campo magnético, provocando o retorno do núcleo

através de molas.

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63

3.10.1 Tipos de Contatores

Os contatores podem ter somente um dos tipos de contatos (auxiliares ou principais)

ou ambos. Assim, classificam-se como contatores (ou ainda: de força, ou principal, ou bi,

tri, tetrapolar) aqueles que possuem os contatos principais (mesmo que tenham também

contatos auxiliares) e, contatores auxiliares aqueles que aí sim, só possuem contatos

auxiliares. Este último exercerá funções apenas no circuito de comando da instalação,

como por exemplo, aumentar o número de contatos auxiliares disponíveis de um contator

tripolar (ligando-os em paralelo). Com função semelhante à dos contatores auxiliares

existem os relés de comando que mudam basicamente só na aparência física.

3.10.2 Dimensionamento

Ver a distribuição de entradas e saídas, sem tumultuar as ligações em

seus contatos, respeitando a tensão de sua bobina.

3.10.3 Contatores de comando

São contatores auxiliares, desprovidos dos contatos de força.

3.10.4 Contatores de potência

Contatores de potência são relés de comando projetados para correntes

elevadas.

3.10.5 Aplicações

Usado de preferência em comandos elétricos automáticos à distância.

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3.11 PONTE RETIFICADORA

É formado de quatro diodos que retificam a onda de VAC para VDC, o

diodo por ser constituído de silício dentro tem um lado que transmite com mais facilidade

a parte positiva da senoide e o outro lado a parte negativa, através disso ele corta a onda

ao meio e transforma a energia alternada em continua.

3.11.1 Aplicações

Fontes que recebem alimentação em corrente alternada e precisam gerar

corrente continua.

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71

3.12 RELES

3.12.1 Dispositivos de sobrecarga

Trata-se de um dispositivo de proteção sobrecargas. Ele é acionado por

efeito térmico sobre uma chapa bi metálica.

É utilizado para proteção de motores elétricos contra sobrecargas.

Existem basicamente dois tipos: Bimetálico e Eletrônico. Os bimetálicos possuem

três elementos pelos quais passa a corrente do motor. Quando é excedido o limite

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72

de corrente, ocorre o curvamento dos elementos bimetálicos por efeito Joule e isso

faz com que seja acionado um contato auxiliar que comuta de posição, motivo pelo

qual os relés térmicos devem ser usados com contatores ou componentes de

acionamento semelhante.

3.12.2 Reles temporizadores

Os temporizadores possuem funcionamento semelhante a um contator auxiliar,

diferenciando-se na comutação dos contatos que não ocorrem simultaneamente a

energização ou desenergização de sua bobina. O atraso (tempo) pode ser regulado

de acordo com a necessidade da instalação.

Os temporizadores mais usados são eletrônicos ou pneumáticos. Alguns modelos

são motorizados. Nem todos temporizadores necessitam de alimentação individual.

Alguns são usados como blocos aditivos e outros simplesmente ligados em série

(como se fosse um interruptor simples) com o componente a temporizar.

3.12.2.1 Com retardo na energização

Energizando-se a bobina, os contatos levam um tempo predeterminado para mudar

de posição. Ao desligar, instantaneamente os contatos assumem a posição normal.

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3.12.2.2 Com retardo no desligamento

Energizando-se a bobina, os contatos instantaneamente mudam de posição.

Quando desenergizada, seus contatos demoram um tempo pré-ajustado para

retornar à posição normal.

3.12.3 Aplicações

Pode ser utilizado em diversos tipos de aplicações industriais como

partidas de motores elétricos, quadros de comando, fornos industriais, injetoras entre

outras. Também pode ser utilizado em aplicações residenciais e comerciais.

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3.12.4 Reles falta de fase

Este relé é um componente eletroeletrônico que monitora um circuito elétrico

verificando a presença, ou não, das três fases. Desliga-o caso isso ocorra, evitando

que a máquina funcione com falta. Alguns modelos verificam também a presença do

neutro, sendo então chamados de relé falta de fase e neutro.

A ligação desses componentes exige um circuito apropriado com dispositivos de

controle a distância integrado (contator, por exemplo), pois a atuação ocorre com a

modificação da posição de um contato auxiliar, que então deve atuar em um circuito

de comando. Normalmente o contato que deve ser conectado em série ao circuito é

o contato NA (normalmente aberto), pois fecha assim que recebe os condutores

energizados da rede elétrica.

3.12.4.1 Aplicações

Reles de nível Os relés de nível são bastante utilizados para verificação de nível de água.

O funcionamento baseia-se na medição da corrente elétrica do líquido do reservatório por

meio de um conjunto de eletrodos os quais funcionam como sensores de presença ou

ausência de líquido

3.12.4.2 Aplicações

São utilizados em circuitos de comando elétricos.

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78

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79

3.12.5 Reles de acionamento bi-manual

O Relé de Proteção Bimanual (RPB) tem a função de obrigar seus

operadores a utilizar ambas as mãos para o acionamento de equipamentos onde o risco

para o mesmo é iminente. O operador é obrigado a acionar as entradas B1 e B2 em

sincronismo, onde a diferença máxima do tempo para o acionamento é de 300ms, caso

essa condição não ocorra é necessário o desacionamento dos botões, para que ocorra o

reset do aparelho, e com isso o processo poderá ser recomeçado.

O RPB conta também com os LEDs de indicação, onde é possível visualizar o estado dos

botões (B1 e B2), saída e se o aparelho está ou não energizado.

3.12.5.1 Aplicações

O rele de proteção bi-manual encontra aplicação em todos os

equipamentos cujas características coloquem em risco os operadores dos mesmos, tais

como, prensas hidráulicas, maquinas de solda, guilhotinas, rebitadeiras, puncionadoras,

etc.

3.12.6 Reles de Nível

É um dispositivo eletrônico de controle que permite o monitoramento e a

regulagem automática de nível de líquidos condutivos (não explosivos) através de

eletrodos submersos. Possui seletor frontal que permite ajustar o circuito eletrônico a

resistividade do liquido.

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3.12.6.1 Aplicação

Prevenção de funcionamento a seco de bombas, proteção contra

transbordamento de tanques de enchimentos, acionamento de solenoides, alarmes(

sonoros ou luminosos).

3.12.7 Reles Bi Manual

Rele de saída que comuta seus contatos para a posição de trabalho

somente quando os dois botões de comandos ligados ao aparelho forem acionados com

um intervalo de tempo menor ou igual a 0,3 seg.

3.12.7.1 Aplicações

O rele de proteção Bi manual encontra aplicação em todos os

equipamentos cujas características coloquem em risco os operadores dos mesmo, tais

como, Prensas Hidráulicas, maquinas de solda etc.

3.12.8 Reles de interfase

São reles eletrônicos que podem ser usados para acoplar entradas e

saídas, na multiplicação de contatos, chaveamento de pequenas cargas e do rele sem

sinal de controle.

3.12.8.1 Aplicações

Os reles de interface são dispositivos para aplicações de comando e

manobra com larga aplicação na industria, normalmente confeccionados com

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81

componentes de alta qualidade.

3.12.9 Micro relê

São reles de baixa potência. Normalmente eles possuem em seu interior

um REED SWITE (elemento ativo dos sensores magnéticos) a vantagem desse

acionamento REED SWITE é que não possui arco voltaico, possibilitando dessa forma

uma maior vida útil.

3.12.9.1 Aplicações

Comandos elétricos.

3.13 SENSORES

3.13.1 Sensores PNP

Os sensores PNP possuem entrada positiva, sinal negativo e saída

positiva. Geralmente é mais utilizado por ter uma maior facilidade para encontrá-lo.

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3.13.2 Sensores NPN

Os sensores NPN possuem entrada negativa, sinal positivo e saída

negativa.

3.13.3 Indutivos

Os sensores indutivos atuam pela aproximação de materiais metálicos.

3.13.3.1 Aplicações

Em máquinas operatrizes, injetoras de plástico, indústria cerâmica,

máquinas de embalagens, indústria automobilística, etc

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3.13.4 Capacitivos

Os sensores capacitivos atuam com a aproximação de qualquer tipo de material.

3.13.4.1 Aplicações

Encontram aplicações em alarmes, sensores de posição, sensores de

níveis delíquidos em reservatórios, etc.

3.13.5 Ópticos

Os sensores ópticos atuam quando ocorre a interrupção dos raios de luz

provenientes de um emissor para um receptor, devidamente alinhados.

3.13.5.1 Aplicações

Barreiras ópticas ,detecção de peças a grande distância .

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3.13.6 Magnéticos

Os sensores de campo magnético reagem a um campo magnético

externo. Seu principal campo de aplicação é a detecção da posição de pistões em

cilindros pneumáticos.

3.13.6.1 Aplicações

Utilizados em atuadores elétricos pneumáticos.

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85

4 TIPOS DE ACIONAMENTOS DE MOTORES ELÉTRICOS

4.1 PARTIDA DIRETA

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4.1.1 Aplicações

Esta chave é apropriada para motores de baixa inércia inicial de carga.

Geralmente usa-se chave de partida direta para motores até 10HP, porém é possível

utilizá-la para motores maiores, de acordo com o tipo de carga que esta sendo acionado.

Existem também condições especiais em que um motor de 10HP ou menos não pode ser

acionado por chave de partida direta.

4.2 PARTIDA DIRETA COM MÚLTIPLOS ACIONAMENTOS

Vários botões ativando liga ou desliga um único motor

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4.2.1 Aplicações

Quando precisa ligar mais em motor em apenas um botão, ou um motor

em vários pontos de acionamento.

4.3 PARTIDA REVERSORA

A partida que inverte a rotação do motor quando uma chave ou botão é

acionado, dependendo assim do comando.

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89

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90

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91

4.3.1 Aplicações

Esteiras e maquinas que precisão de duas rotações

4.4 PARTIDA ESTRELA TRIÂNGULO

Este tipo de partida é utilizado para cargas cuja inércia faça com que o

motor demore em torno de 10s para atingir a rotação nominal. Na pratica ela é apropriada

para motores desde 7HP até em torno de 60HP.

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4.4.1 Partida estrela triângulo reversora

É a partida que sai em estrela, vai para triangulo aumentando a tensão

nas bobinas do motor e também inverte o sentido da rotação

.

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4.5 PARTIDA COMPENSADORA

Aplicável em todos os motores trifásicos, desde que funcionem com a tensão da

rede elétrica local, não interessando o tipo de ligação nem o número de terminais. A

redução da tensão é feita com um autotransformador de partida trifásico,

alimentado-se o motor com um percentual da tensão da rede, até sua aceleração

total. Após isso, o transformador é retirado do circuito e o motor recebe tensão total.

Os valores mais usuais disponíveis na saída dos autotrafos são 50, 65 e 80%.

Na partida compensada, os valores da corrente na rede e no motor são diferentes,

por terem tensões diferentes. A maior corrente será no motor, por ter a menor

tensão, já que a potência de entrada é a mesma de saída (considerando um

transformador ideal).

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95

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96

4.5.1 Partida compensadora reversora

Em algumas situações é necessário realizar uma partida compensada e

com reversão de rotação. Não é muito comum isso ocorrer, mas é sempre interessante

saber que isso é possível de ser realizado. Em seguida é apresentado um circuito para

realizar este tipo de partida. A lógica desse circuito é muito simples: faz-se uma partida

compensada normal e depois acrescenta-se os contatores necessários para fazer a

inversão de uma das fases e assim conseguir a reversão da rotação.

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4.6 MOTOR DAHLANDER

É o motor que possui dois enrolamentos dentro de si, fazendo assim

funcionar em duas velocidades.

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4.6.1 Reversora dahlander

É a partida reversora que alem de mudar a velocidade, também muda a

rotação do motor.

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4.7 FRENAGEM POR INJEÇÃO DE CORRENTE CONTINUA

Ao acionar a ponte retificadora ligada no circuito de força ele injeta a

corrente continua no motor fazendo o motor para, ou seja, a VDC age como um freio no

motor já que o mesmo não funciona nesta condição.

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4.7.1 Aplicações

Talhas, elevadores, teares, tornos e em qualquer outra aplicação que haja

necessidade de parar por segurança, posicionamento ou economia de tempo.

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5 DIAGRAMAS

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Ajustes inversor WEG CFW-10

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Verificar compatibilidade de tensão entre inversor e rede

Verificar compatibilidade de potencia inversor e motor

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Reset aos parâmetros de fabrica:

P000=5 P204=5 Reseta aos parâmetros de fabrica (Pag 71)

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P000=5 P142=100% P145 =60 Hz P156= 1,2 A P169=1,5 A

OBS: P156 Deve ser 10 a 20% maio que corrente nominal do motor

Após o reset o controle será local com ajuste de frequência nas teclas < e > da IHM.

Controle Remoto:

DI1 Habilita geral

DI2 Inverte sentido de giro

DI3 Local/Remoto

DI4 Gira/Para

Para configurar modo remoto P000=5 P229=1 P230=1.

Para voltar ao modo local P000=5 P229=0 P230=0

Controle local com ajuste de frequência por potenciômetro: P000=5 P221=1

Configurar inversor para funcionar tipo partida direta ver pg 35 do manual

Para configurar sentido de giro P231=2 e entrada selecionada = 5 ( Ex P265=5)

Configuração de MultSpeed:

P000=5 (Programação)

P221=6 (MultSpeed)

P222=6 (MultSpeed)

P229=1 (Bornes)

P230=1(Bornes)

P=263=4 (Função da entrada DI1 Gira/Para

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126

P264=7, P265=7, P266=7 (Função das entradas DI2, DI3, DI4 MultSpeed).

Comissionar os parâmetros 124 a 131 (Referencia de frequência MultSpeed)

Fim

Verificar parâmetros 133 e 134 Frequência mínima e máxima.

Abaixo segue sugestão para programação do CLP Zelio para execução sequencial de todas as possibilidades

de frequências com 3 variáveis binaria .

Técnico Omar Custodio Vieira.

Configuração dos inversores Siemens MM440 ou G110

Comissionamento Rápido P0003 Nível de Acesso do Usuário

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1271 Básico 2 Estendido // O nível 1 apenas para aplicações muito simples 3 Avançado P0010 Comissionamento Rápido 0 Operação 1 Comissionamento Rápido (Entra em modo de programação) 30 Reset aos ajustes de fábrica(ajustar P970=1 Aguardar 3 minutos para RESET P0100 Operação Europa/América 0 Potência em KW; frequência 50 Hz 1 Potência em HP; frequência 60 Hz 2 Potência em KW; frequência 60 Hz P0205 Aplicação do Inversor 0 Torque constante // Informar tipo de torque do motor 1 Torque variável P0304 Tensão nominal do motor (10 V a 2000 V // Informar á tensão que esta na placa do motor // Exemplo 220V. P0305 Corrente nominal do motor (0 a 2x a corrente nominal do inversor) // Informar corrente (A) que esta na placa do motor. // Exemplo 1,4 A P0307 Potência nominal do motor (0,01 KW a 2000 KW) // Informar potencia (KW) que esta na placa do motor. // Exemplo 0,25 KW P0308 CosPhi do motor (cosseno de fi / cossenofi) (0,000 a 1,000) // Informar fator de potencia que esta na placa do motor. // Exemplo 0,75 % P0310 Frequência nominal do motor (12 Hz a 650 Hz) // Informar frequência (Hz) que esta na placa do motor. // ou frequência máxima que se pretende operar // Exemplo 90 HZ

P0309 Eficiência nominal do motor (0,0 a 99,9%) // Informar eficiência do motor que esta na placa do motor. // Exemplo 80%. Por força de Norma, todo motor auto ventilado pode ser submetido à corrente nominal até uma velocidade mínima de 50% da nominal. Se operar longos períodos abaixo de 50% da rotação nominal, medidas adicionais de refrigeração ou de seu monitoramento deverão ser adotadas. Os parâmetros possuem outras opções de ajuste, além das aqui apresentadas; ver na Lista de Parâmetros a relação completa de opções. Se P0700 = 2, as funções das entradas digitais deverão ser determinadas pelos ajustes de P0701 até P0708. Para selecionar referências adicionais, ver a lista de parâmetros. Se P1000 = 1 ou 3, a seleção dependerá dos ajustes de P0700 a P0708. Modos de controle vetorial somente poderão ser selecionados em conjunto com um motor assíncrono.

P0311 Velocidade nominal do motor (0 a 40.000 rpm) // Informar rotação do motor (RPM) que esta na placa do motor. // Exemplo 1710 RPM P0335 Refrigeração do motor 0 auto ventilação // Motor com ventoinha na parte de traz 1 ventilação forçada

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1282 auto ventilação e ventilador interno 3 ventilação forçada e ventilador interno P0640 Fator de sobrecarga do motor (10 a 400%) // Informar fator de serviço (Fs) que esta na placa do motor. // Exemplo 115% P0700 Seleção da fonte de comando 1 BOP / AOP // Painel BOP (IHM) 2 Régua de bornes (entradas digitais) P1000 Seleção da referência de frequência 1 Potenciômetro motorizado // Painel BOP (IHM) 2 Entrada analógica 1 // Potenciômetro 3 Frequências fixas // MultSpeed 7 Entrada analógica 2 P1080 Frequência mínima de trabalho (0 a 650 Hz) // Exemplo 5 Hz P1082 Frequência máxima de trabalho (0 a 650 Hz) // Exemplo 90 Hz P1120 Rampa de aceleração (0 a 650 s) // Exemplo 10 s P1121 Rampa de desaceleração (0 a 650 s) // Exemplo 10s P1135 Rampa de desaceleração em OFF3 (0 a 650 s) // Exemplo 5 s P1300 Modo de Controle 0 V/f com característica linear 1 V/f com FCC 2 V/f com característica parabólica 3 V/f com característica programável 5 V/f para aplicações têxteis 6 V/f com FCC para aplicações têxteis 19 V/f com ref. de voltagem independente 20 Controle vetorial sem sensor 21 Controle vetorial com sensor 22 Controle vetorial de torque sem sensor 23 Controle vetorial de torque com sensor P1910 Seleciona identificação do motor 0 Desabilitada 1 Identificação de todos os parâmetros com atualização dos mesmos (recomendado). 2 Identificação de todos os parâmetros sem atualização dos mesmos 3 Identificação da curva de saturação com atualização dos parâmetros 4 Identificação da curva de saturação sem Alarme A0541 Ativada a identificação do motor P3900 Fim do Comissionamento Rápido 0 Sem cálculos do motor e sem reset aos parâmetros de fábrica 1 Com cálculos do motor e com reset aos parâmetros de fábrica (recomendado). 2 Com cálculos do motor e parâmetros de entradas/saídas digitais são resetados. 3 Com cálculos do motor e sem reset dos demais parâmetros. // Recomendado Comissionamento rápido finalizado. O inversor fica no estado "pronto para ligar".

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Configuração do MM440 de operação para o modo MultSpeed.

No comissionamento rápido configurar P0700= 2 e P1000= 3

Na sequencia configurar função das entradas digitais:

DIN 1 P0701= 16 // Frequência fixa + Acionamento

DIN 2 P0702= 16 // Frequência fixa + Acionamento

DIN 3 P0703= 16 // Frequência fixa + Acionamento

DIN 4 P0704= 12 // Inverte sentido do giro

Agora vamos configurar as frequências fundamentais

P1001= 10 Hz / P1002 = 20 Hz / P1003= 40 Hz

Com esta programação obtemos oito frequências diferente e possibilidade de inversão do sentido do giro

com o acionamento do bit 4 (DIN4)

Para execução de um teste sequencial onde acionamos todas as frequências podemos utilizar o mesmo

exemplo do CLP Zelio utilizado no inversor WEG, com uma pequena alteração do projeto em Ladder

podemos inverter o sentido de giro

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automaticamente.

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6 BIBLIOGRAFIA