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luisprista
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Nos dois primeiros parágrafos (ll. 1-9), refere-se duas contradições do primeiro poema da série de «O Guardador de Rebanhos»:
a) entre o paradoxo como processo de representação e a inocência do autor; entre o que se afirma no título e o que se nega quase a seguir.
b) entre um pensamento poético complexo e a inocência de Caeiro; entre os procedimentos poéticos e a natureza.
c) entre Caeiro e o guardador de rebanhos; entre o contacto íntimo com a natureza e a poesia.
d) entre o título e a afirmação no primeiro verso [4-5]; entre elaboração do discurso e a alegada ingenuidade do eu poético [6-9].
Na l. 3 [mais complexo do que], «que» é
a) pronome relativo.
b) conjunção completiva.
c) conjunção comparativa.
d) conjunção causal.
No terceiro parágrafo (ll. 10-19), por um lado, menciona-se um processo (de negação do que se afirmara antes) já observado no poema I [10-12], mas mostra-se ainda que no poema IX
a) se estabelece uma teoria de raiz sensacionalista.
b) se marca a importância das sensações [12-17] e, em particular, das visuais [17-19].
c) se considera a relação entre o poeta e o mundo como prioritária.
d) a alusão aos sentidos não é aleatória: Caeiro privilegia, antes de todos eles, a visão [17-19].
As palavras «sensacionista» (l. 13), «olhos» (l. 14), «ouvidos», «mãos», «pés», «nariz», «boca» (l. 15), «sentidos» (l. 15), «sentidos» (l. 17), «visão», «audição», «tato», «olfato» e «gosto» (l. 19) contribuem para a coesão
a) referencial. (pronomes)
b) lexical (co-hipónimos, hiperónimo-hipónimos, sinonímia, etc.)
c) interfrásica. (conectores)
d) temporoaspetual. (verbos)
A oração introduzida por «que» em «Com esse misto de inocência e perversidade que é a essência mesma da sua forma de estar no mundo» (ll. 21-22) é subordinada
a) substantiva completiva.
b) adverbial causal.
c) adjetiva relativa restritiva.
d) adjetiva relativa explicativa.
No quarto parágrafo, nas ll. 23-25 são referidas duas aceções de «saber». Por esta ordem:
a) ‘sabor’ e ‘gosto’.
b) ‘gosto’ e ‘conhecimento’.
c) referencial e conotativo.
d) ‘saber’ e ‘sabor’.
A palavra «ambíguo» (l. 23) é usada com o sentido de
a) repetido.
b) polissémico. (cfr. duas aceções)
c) expressivo.
d) inequívoco.
Segundo o parágrafo incial da p. 90 (ll. 29-41), Caeiro
a) prefere a religião à metafísica.
b) teria uma religiosidade, por assim dizer, pagã, fundada nas sensações e na natureza.
c) prefere a metafísica à religião.
d) dá prioridade às sensações e à natureza, sem, porém, descartar a cultura e a religião convencional.
No contexto em que ocorrem, os termos «sensações» (l. 29) e «metafísica» (l. 30) mantêm entre si um relação de
a) equivalência.
b) inclusão.
c) oposição.
d) hierarquia.
A expressão «sob o signo de», usada na passagem «Caeiro procede a uma espécie de reconstituição da ideia de Deus, sob o signo da Natureza» (ll. 33-34), significa
a) dentro de.
b) com a influência de.
c) ao contrário de.
d) a partir de sinais de.
No parágrafo que abrange as ll. 42-48, a referência à repetição da conjunção copulativa [=
e… e… e…] ilustra como
a) o sujeito poético, sofregamente, se deixa conduzir pelos sentimentos.
b) os polissíndetos desmentem as características de Alberto Caeiro.
c) o estilo contradiz a alegada simplicidade de Alberto Caeiro.
d) a linguagem usada no poema imita a espontaneidade de Alberto Caeiro.
Com a utilização de «que» [convém notar que estilisticamente o discurso poético de Caeiro parece…] (l. 42), inicia-se uma oração
a) subordinada adjetiva relativa restritiva.
b) subordinante.
c) subordinada substantiva completiva.
d) subordinada adjetiva relativa explicativa.
Relativamente à reflexão desenvolvida no parágrafo anterior, o parágrafo iniciado por «Contudo» (l. 49) apresenta
a) uma consequência.
b) um facto semelhante.
c) uma ideia equivalente.
d) uma posição adversa.
Com o recurso ao conector «afinal» (l. 59), o enunciador insere um nexo
a) causal.b) conclusivo. [quase concessivo, adversativo]
c) final.
d) condicional.
“a prosa dos meus versos” acaba, afinal, por exigir ao poeta uma atitude formal e construtiva: decidir onde fragmentar o discurso, …
No último período do penúltimo parágrafo, defende-se que
a) o verso livre faz que a poesia de Caeiro possa ser menos trabalhada.
b) a «prosa dos meus versos» traduz a informalidade da poesia de Caeiro.
c) a rima implica um cuidado rítmico que o verso não rimado dispensa.
d) o verso, mesmo sem rima, obriga já a bastante elaboração poética.
No último parágrafo (ll. 63-69),
a) reconhece-se o magistério de Caeiro relativamente aos outros heterónimos.
b) põe-se em causa a importância de Caeiro.
c) declara-se atenuada a posição crucial de Caeiro relativamente aos outros heterónimos.
d) considera-se estar patente, na poesia de Caeiro, uma conceção contrastante com a do restante Pessoa.
O sujeito poético não se preocupa com os aspetos formais, já que pretende que a sua poesia seja natural, sem o constrangimento da rima. Aliás, na natureza não há rima, pois que «raras vezes há duas árvores iguais, uma ao lado da outra» (v. 2).
O sujeito poético não consegue atingir a «perfeição», pois falta-lhe «a simplicidade divina / De ser todo só o meu exterior» (vv. 5-6). Não responde, como deveria, apenas a «sensações», à realidade — infelizmente, também pensa.
O eu lírico defende de novo a «poesia natural» através da crítica «aos poetas que são artistas», os que trabalham os seus textos, em vez de colherem apenas inspiração na natureza.
9
Penso nisto, não como quem pensa, mas como quem respira.
atitude antimetafísica
10
E olho para as flores e sorrio...
objetivismo
13
Mas sei que a verdade está nelas e em mim
misticismo
14
E na nossa comum divindade
paganismo
13-14
Mas sei que a verdade está nelas e em mim
E na nossa comum divindade
panteísmo
15-16
E levar ao colo pelas Estações contentes
E deixar que o vento cante para adormecermos
sensacionismo
18
E não termos sonhos no nosso sono.
atitude antimetafísica
a. Com o recurso ao complexo verbal «ter que pôr» (v. 5),
6. o enunciador confere à ação um caráter de obrigatoriedade.
b. Com a utilização do pronome «Que» (v. 8),
1. o enunciador contribui com informação adicional sobre o referente anteriormente expresso.
c. Com a utilização de «Não sei» (v. 11) e «Nem [sei]» (v. 12),
4. o enunciador apresenta o conteúdo das frases como dúvidas.
d. Com o uso do conetor «mas» (v. 13),
7. o enunciador integra uma conexão adversativa.
e. Com o recurso à conjunção «que» (v. 13),
2. o enunciador introduz uma oração que complementa o sentido dos verbos.
TPC — Resolve o ponto 1.1 da p. 76 (em cerca de oitenta a cem palavras).