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MEIO AMBIENTE Boletim Informativo Edição 06 | Maio | 2019

Apresentação do PowerPoint · precedentes no Brasil, como o manifesto de ex-Ministros de Estado do Meio Ambiente, a Carta Aberta de três dos mais renomados doutrinadores do Direito

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MEIO AMBIENTEB o l e t i m I n f o r m a t i v o

Edição 06 | Maio | 2019

Page 2: Apresentação do PowerPoint · precedentes no Brasil, como o manifesto de ex-Ministros de Estado do Meio Ambiente, a Carta Aberta de três dos mais renomados doutrinadores do Direito

ÍNDICE

03 O compromisso pelo não retrocesso de proteção do meio ambiente brasileiro.

Nova Diretoria da ABRAMPA toma posse em Campo Grande

FPI fiscaliza crimes ambientais em dez municípios do centro-norte baiano

FPI apresenta resultado de ações em 10 cidades da Bacia do São Francisco

Acordo prevê enfrentamento de problemas relacionados a esgotamento sanitário em Salvador

Coleta seletiva e logística reversa de embalagens são temas de reunião no MP

MP recomenda que Vaquejada de Biritinga não seja realizada

Praça Fonte da Bica em Itaparica será requalificada após recomendação do MP

Proposta para criação de Bosque Modelo no extremo sul da Bahia é aprovada por Rede Ibero-Americana

MP pede à Justiça que determine ao Município de Candeias a retirada de moradores de áreas de risco

Jurisprudências

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O compromisso pelo não retrocesso de proteção do meio ambiente brasileiro

Há cerca de 47 anos, todos os países que participaram da Conferência deEstocolmo em 1972, incluindo o Brasil, firmaram um pacto de preservaçãocom o estabelecimento de princípios voltados para a manutenção domodelo de proteção dos recursos naturais e para um desenvolvimentoeconômico alicerçado em bases sustentáveis. Assim, o dia 05 de junho foia data escolhida para comemorar o Dia Mundial do Meio Ambiente,buscando chamar a atenção para os problemas ambientais e aimportância da preservação dos recursos naturais do planeta para apreservação das presentes e futuras gerações.

Baseada nesta visão de conservação proposta desde Estocolmo econfirmada no Rio em 1992, a sociedade brasileira construiu umimportante arcabouço normativo e aparato institucional de tutelaambiental, considerado como um dos mais evoluídos entre os paísesdesenvolvidos. Somado a isso, estabeleceu um sistema de governança(SISNAMA) onde a participação social encontrava-se garantida, operandode forma democrática através de conselhos e institutos que, em parceriacom os gestores públicos, promoviam a gestão do nosso patrimônioambiental.

Grande parte das leis ambientais nacionais é fruto dessa consciênciasocial e de longas discussões no Congresso Nacional, gerando como dito,um patamar de proteção que elevou ao máximo a posição do Brasil noranking internacional de países que adotaram um novo paradigma deproteção do meio ambiente, de combate às mudanças climáticas epreservação da biodiversidade. Podemos citar, dentre muitas normasdessa agenda positiva brasileira: a criação da Lei da Politica Nacional deMeio Ambiente, a Politica nacional de Recursos Hídricos, a Lei da MataAtlântica, a Lei de Proteção a Vegetação Nativa, a Lei de CrimesAmbientais, e ações como a redução do desmatamento da Amazônia nosúltimos dez anos, incentivos para gestão de resíduos sólidos, a politica deextinção dos lixões com inclusão de catadores, a melhoria da qualidadedo ar, a criação de unidades de conservação em todo território nacional, a

proteção da fauna silvestre e doméstica, a ampliação da transparêncianos processos de licenciamento e informações ambientais, significandoenormes avanços.

Após todos esses anos de esforço para cumprir a legislação e o arranjoinstitucional de garantia de um estado democrático de direito ambiental,para que os brasileiros possam desfrutar de um meio ambienteequilibrado, vemos uma severa ameaça a toda essa construção,verificada nos diversos decretos editados, atos e ações governamentaisnos últimos 5 meses, que reduziram substancialmente a proteçãoambiental contrariando os compromissos assumidos pelo EstadoBrasileiro em sua agenda de desenvolvimento sustentável e comosignatário de Tratados e Convenções internacionais de proteçãoecológica, além de estar ferindo a Constituição da República, em especialo direito fundamental ao meio ambiente equilibrado das presentes efuturas gerações, então consagrado no texto do artigo 225 da ConstituiçãoFederal de 1988.

Esse cenário de retrocessos ambientais promovidos pela gestão públicaquanto à desestruturação ou diminuição da capacidade operacional dosórgãos públicos de fiscalização, além da nocividade das proposições dealteração de atos normativos para flexibilização e diminuição dospatamares de proteção ambiental, inclusive por meio de projetos de leique se observam tramitando no Congresso Nacional, preocupa a todos osque defendem a Constituição Federal não somente pelo risco à garantiada manutenção dos processos ecológicos e da biodiversidade brasileira,mas também no que refere à nossa economia, em razão doestabelecimento de barreiras comerciais e taxação de emissões quecertamente virão diante dos tratados internacionais em grande partevoltados para as consequências geradas pelas mudanças climáticas que,acreditem ou não, é uma realidade, e diante da condução dos paísesintegrantes desse pacto global, deve gerar considerável prejuízo àeconomia e ao mercado nacional.

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CRISTINA SEIXAS GRAÇA

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Portanto, o modelo de exploração predatória dos recursos naturais, que está sendo imposto ao País,caminha na contramão da tendência mundial de redução de emissões de poluentes, da conservação dasflorestas, e das espécies que já estão em níveis excepcionais de extinção, conforme relatório recente daONU, fomentando um desestímulo para o cumprimento das leis e o crescimento da nossa economia, esignificando uma violação ao princípio de vedação do não retrocesso de proteção ambiental até agoraalcançada.

Diversas manifestações estão surgindo para alertar a sociedade brasileira acerca da crise ecológica semprecedentes no Brasil, como o manifesto de ex-Ministros de Estado do Meio Ambiente, a Carta Aberta detrês dos mais renomados doutrinadores do Direito Ambiental e ex-membros do Ministério Público, amanifestação da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) e da Associação Nacional de Órgãos Municipais deMeio Ambiente (ANAMMA), todas elas demonstrando que a situação assume muita gravidade.

Esse contexto de retrocesso e desestimulo à preservação ambiental, entre outros prejuízos, gera umainsegurança jurídica para as atividades econômicas vez que aumenta a litigiosidade, ocasionando maiscustos sociais.

Desse modo, no dia em que se comemora a natureza, é imperioso fazer uma reflexão sobre os caminhosque o nosso País pretende trilhar na área ambiental, promovendo tanto para esta como para as futurasgerações de brasileiros, condições de minimizar e, quiçá reverter, todos os prejuízos socioambientais queestão sendo implementados.

A sociedade brasileira deve manter a esperança nas instituições que acreditam em um Brasil sustentável,com Justiça social e equidade, e estão atuando para reverter esse quadro, entre elas está o MinistérioPúblico de meio ambiente cujos membros têm a responsabilidade de assegurar o cumprimento dacláusula pétrea prevista no artigo 225 da Constituição Federal de que todos devem viver em um ambientesaudável.

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CRISTINA SEIXAS GRAÇA

O compromisso pelo não retrocesso de proteção do meio ambiente brasileiro

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Tomou posse, no 24 de maio, a nova Diretoria daAssociação Brasileira dos Membros do MinistérioPúblico de Meio Ambiente, eleitos para o triênio 2019-2022, em solenidade realizada na sede do ConselhoRegional de Engenharia e Agronomia de Mato Grossodo Sul.

Eleita para conduzir a associação no triênio 2019-2022, a Presidente empossada, Promotora de JustiçaCristina Seixas Graça (MPBA), Coordenadora doCentro de Apoio às Promotorias de Justiça do MeioAmbiente e Urbanismo do Ministério Público doEstado da Bahia, falou em nome dos demaisdiretores, manifestando-se sobre o momento históricode crise ambiental que se instalou no país comgraves retrocessos de proteção ao equilíbrioecológico e a biodiversidade nacional, reafirmando aresponsabilidade dos membros do Ministério Públicode Meio Ambiente em encontrar o caminho adequadoe efetivo para fazer com que o sistema normativo seja

cumprido, buscando atender ao compromisso socialde desenvolvimento sustentável e da proteção domeio ambiente, atuando sempre em parceria com asociedade civil para que esse ideal seja possível dealcançar, com respeito as liberdades, a dignidadehumana e aos demais seres vivos, e para prevalênciada justiça socioambiental.

Durante a cerimônia foi prestada uma homenagem aoPromotor de Justiça Luis Fernando Cabral BarretoJúnior (MPMA), que presidiu a Abrampa de 2015 a2019 e, atualmente, exerce a função de Diretor deRelações Institucionais da entidade.

Estiveram presentes na solenidade de posse opromotor de Justiça Fábio Fernandes Corrêa, 1ºSecretário; o procurador de Justiça Luiz AlbertoEsteves Scaloppe, Diretor de RelaçõesInternacionais; o promotor de Justiça Roberto CarlosBatista, Diretor de Relações Internacionais; apromotora de Justiça Andréa Cristina Peres Da Silva,

Vice-Diretora Centro-Oeste; o promotor de JustiçaDaniel Martini, Vice-Diretor Sul; a Promotora deJustiça Suelena Carneiro Caetano Fernandes Jayme,Diretora Acadêmica Centro-Oeste Da Escola Superiore a promotora de Justiça Valéria Guimelli Canestrini,Diretora Acadêmica Norte da Escola Superior. Aindaneste evento foi nomeada a nova composição daEscola Superior do Ministério Público de MeioAmbiente.

Veja a nova composição da ABRAMPA

Nova Diretoria da ABRAMPA toma posse em Campo Grande

05Foto: Messias Ferreira Fotografia

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FPI fiscaliza crimes ambientais em dez municípios do centro-norte baiano

Uma série de crimes ambientais, como o tráfico deanimais silvestres e a extração ilegal de areia, foiidentificada na 44ª etapa da Fiscalização PreventivaIntegrada (FPI), que aconteceu de 6 a 17 de maio emdez municípios do centro-norte baiano. Até o momento,11 pessoas foram presas, quase 300 animais silvestresresgatados, um carro roubado foi recuperado, além deapreendidos uma arma, cerca de R$ 5 mil em dinheiroe metais preciosos oriundos da atividade de garimpoilegal. A operação, comandada pelo Ministério Públicodo Estado da Bahia (MP-BA) e pelo Comitê da BaciaHidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), érealizada por 30 órgãos públicos estaduais e federais,além de organizações não-governamentais. Asfiscalizações estão acontecendo nos municípios deJacobina, Andorinha, Campo Formoso, Mirangaba,Miguel Calmon, Várzea Nova, Morro do Chapéu,Ourolândia, Umburanas e Jaguarari.

Segundo o promotor de Justiça Pablo Almeida, daPromotoria Regional Ambiental de Jacobina, afiscalização é bastante ampla e pretende fazer umdiagnóstico da situação ambiental da região. Estãosendo verificadas questões como o saneamentoambiental, através de inspeções em lixões e nosistema de esgotamento sanitário; a qualidade daságuas; a ocorrência de desmatamento e existência decarvoarias; a comercialização e aplicação deagrotóxicos; a situação do patrimônio histórico eartístico; a situação de áreas de preservaçãopermanente e de reserva legal, tanto em áreaspúblicas quanto em propriedades privadas; e aextração mineral. Além disso, as equipes tambémestão realizando visitas às 28 barragens de água,muitas delas funcionando sem licença ambiental e semgarantir a vazão do rio, explica Pablo Almeida.

Audiência PúblicaNo próximo dia 17[maio], às 8h, os resultados

das ações da FPI serão apresentados em uma audiência pública no Auditório do Colégio

Municipal Gilberto Dias de Miranda, situado na Rua Antônio Vieira de Mesquita, S/N, Bairro

Félix Tomás, Jacobina.

“Estas barragens têm promovido a morte do RioSalitre”, advertiu ele.

A caça predatória, o tráfico de animais silvestres e acriação ilegal de animais são outros graves problemasidentificados na região que estão sendo combatidosdurante a fiscalização. Somente em uma residência nomunicípio de Jacobina, foram encontrados 35 animaissilvestres em cativeiro ilegal, além de partes de umanimal abatido, R$ 5 mil reais em dinheiro e 300gramas de ouro. O dono do imóvel, que já tinhapassagem pela polícia por crimes ambientais, seapresentou na Delegacia e foi preso. Outras oitopessoas presas nos primeiros dias de FPI foramliberadas e responderão pela manutenção ilegal deanimais silvestres em cativeiro. No município deMirangaba, durante a apuração de existência de umcativeiro ilegal de animais, uma das equipes da FPIainda identificou um veículo clonado, que teria sidoroubado em Salvador em novembro de 2013. Ohomem que se identificou como dono do carro foi presoe responderá pelo crime de receptação.

A FPI também identificou a extração ilegal de areia naregião, sendo que uma pessoa foi presa em flagrantepor receptação do material e seis caminhões querealizavam transporte irregular foram apreendidos.

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SubTítuloFiscalização de barragens e lixões, resgate de animaissilvestres, multas por desmatamento, interdição demineração ilegal e prisões foram alguns dos resultadosalcançados pela 44ª etapa da Fiscalização PreventivaIntegrada (FPI) realizada em dez cidades da BaciaHidrográfica do Rio São Francisco. A força-tarefa da FPI tevea participação do Ministério Público estadual e contou comcolaboração de mais de 150 membros de mais de 30 órgãospúblicos durante as duas semanas de atuação, nas quaisvisitou os municípios de Andorinha, Campo Formoso,Mirangaba, Miguel Calmon, Várzea Nova, Morro do Chapéu,Ourolândia, Umburanas, Jaguarari e Jacobina. Nesta últimacidade, o relatório final de atividades foi apresentado nestasexta-feira (17/05), junto a integrantes da força-tarefa,promotores de Justiça, representantes de movimentossociais e sindicais e gestores do poder público.

FPI apresenta resultado de ações em 10 cidades da Bacia do São Francisco

As fiscalizações incluíram diversas áreas da Bacia do RioSão Francisco. 18 barragens da região, por exemplo, foramvisitadas pela equipe – entre elas, 16 não possuíam oupossuem de forma inoperante as estruturas de liberação dofluxo hídrico à jusante, o que representa risco para osecossistemas aquáticos. Além disso, duas das barragens jáhaviam sido rompidas e outras 15 apresentaram grandenúmero de problemas que afetam sua segurança estrutural.Em relação à fauna silvestre da região, a atuação da FPIresultou na prisão de 20 pessoas, a maior parte por caçailegal de animal silvestre ou por posse de animal silvestre emcativeiro sem licença do IBAMA, e no resgate de mais de 800animais. Outro ponto de fiscalização, as 13 comunidadestradicionais dos municípios, compostas por territóriosquilombolas, indígenas e de fundo de pasto, relataram àforça-tarefa da FPI falta de serviços básicos, escassez derecursos hídricos e perda gradativa de suas terras.

Outras áreas que receberam trabalhos da FPI foram as desaneamento básico, educação ambiental, desmatamento,utilização de agrotóxicos, uso irregular de água, extraçãomineral, patrimônio cultural e histórico e patrimônioespeleológico (referente a grutas e cavernas). A promotorade Justiça Luciana Khoury, coordenadora do projeto, ressaltaque a ida a campo nas 10 cidades revelou muitos problemasambientais na região: “identificamos diversos vetores dedegradação da bacia, como o uso excessivo e indiscriminadode agrotóxicos nas produções agrícolas. Nossos técnicos emcampo observaram, ainda, problemas relacionados aoesgotamento sanitário e ao saneamento básico”,exemplificou a promotora. As informações coletadas pelaforça-tarefa serão enviadas a promotores de Justiça para queas medidas cabíveis, a cada caso, sejam adotadas.

NÚCLEO DA BACIA DO SÃO FRANCISCO

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Adoção de Medidas

Uma série de medidas voltadas ao enfrentamento deproblemas relacionados ao esgotamento sanitário embairros de Salvador serão implementadas a partir daassinatura de Termo de Acordo entre o MinistérioPúblico estadual, a Secretaria Estadual deInfraestrutura Hídrica e Saneamento (SIHS), SecretariaMunicipal de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra) ea Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa).O documento foi assinado na terça-feira, dia 30, eprevê a adoção de medidas administrativas quesolucionem problemas detectados nos chamados“trechos críticos” - áreas com ocupação humanairregular e desordenada, que leva a uma ausência deelementos mínimos de urbanização.

Segundo as promotoras de Justiça Ana Luzia Santanae Sheila Costa, também deverão ser executadas açõesque visem a preservação e/ou recuperação dos cursosde água e praias, em especial com a desativação das“captações de tempo seco” para esgotamento sanitário.O problema atinge uma área que tem, estimadamente,cem mil habitantes. [...] continue lendo.

Acordo prevê enfrentamento de problemasrelacionados a esgotamento sanitário emSalvador

TAC

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O Ministério Público Estadual e o Ministério Público doTrabalho se reuniram, 16/05, no CAB, com cooperativas decatadores para analisar os resultados do trabalho de logísticareversa realizado no carnaval 2019 e iniciar os debates sobrea operação que será realizada na festa de 2020. Coordenadapelo Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente eUrbanismo (Ceama), do MPBA, a reunião foi uma prestaçãode contas sobre o Carnaval 2019. “Analisamos os resultadosda última festa e ouvimos os cooperados para informarmos asposturas que estamos adotando e articularmos novas medidaspara que em 2020 o trabalho seja ainda melhor”, afirmou aCoordenadora do Centro, Promotora de Justiça CristinaGraça, que apresentou o balanço com a engenheira ambientaldo Ceama, Cristiane Tosta.

O relatório produzido pela Central de Apoio Técnico do MPBA(Ceat) foi realizado com base nas visitas de campo feitasdurante a ‘Operação Carnaval’, que esteve em todas ascentrais de apoio à coleta seletiva montadas no circuito.Segundo Cristiane Tosta, o relatório revela que todas ascentrais apresentavam problemas, como área insuficiente paraestocagem e para a alimentação dos catadores, falta de luz eágua, além de atraso nas diárias. Os catadores tambémregistraram suas críticas, sobretudo quanto à importância demelhorar a localização e o tamanho dos espaços destinados àestocagem de material coletado. Segundo a promotoraCristina Graça, com as informações colhidas, o MP fará osacertos necessários para 2020 verificando o que precisa serampliado e melhorado. “Ano passado tivemos algumasdificuldades, pois a articulação com as cooperativas e acervejaria patrocinadora da festa foi feita tardiamente. Esteencontro de hoje é o marco inicial para o carnaval de 2020”,afirmou a Coordenadora do Ceama.

Coleta seletiva e logística reversa deembalagens são temas de reunião no MP

Foto: Isto É

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O Ministério Público Estadual, por meio da Promotorade Justiça Letícia Baird, recomendou ao Parque deVaquejada Fazenda Pontal, em Biritinga, que suspendaa realização da ‘Vaquejada na Fazenda Pontal’,programada para ser realizada de hoje (23) até opróximo domingo, dia 26. A 3ª Promotoria de JustiçaRegional de Serrinha recomendou ainda que, “caso sepretenda realizar a vaquejada depois, o MP e asautoridades sanitárias, de segurança pública e defesacivil, deverão ser comunicados com antecedênciamínima de 10 dias”, o que não teria ocorrido desta vez.Segundo a promotora de Justiça Letícia Baird,diligências realizadas pelo MP e documentos daSecretaria de Meio Ambiente de Biritinga apontam para“falta de estrutura no local e ausência de providênciaspreventivas para a segurança e saúde dos animais”.

A promotora levou em conta ainda o fato dorepresentante do Parque de Vaquejada não terapresentado evidências de que cumpre as normas daAgência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB),bem como a informação de que animais de outrosestados poderiam participar do evento, sem a tomadadas medidas obrigatórias previstas pelaSuperintendência Federal de Agricultura.

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MP recomenda que Vaquejada deBiritinga, anunciada para começar(23/05), não seja realizada

Recomendação

MUDANÇAS NA VAQUEJADA

Foto: Isto É [.com.br]

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Fonte histórica resguardada

A pedido do Ministério Público Estadual, o Município deItaparica promoverá obra de requalificação da PraçaFonte da Bica conforme prescrições arquitetônicas queconstam em parecer técnico do Instituto do PatrimônioHistórico e Artístico Nacional (IPHAN).

Através de ofício encaminhado ao MP, a Prefeitura deItaparica informou que uma empresa já foi licitada paraa execução da obra e que aguarda parecer final doIPHAN para emissão da ordem de serviço.

Segundo a Promotora de Justiça Eduvirges RibeiroTavares, autora da recomendação, “a Fonte da Bicaconstitui-se como patrimônio histórico que deve serprotegido pelo Poder Público com a colaboração dacomunidade, por meio de vigilância, tombamento e deoutras formas de acautelamento e preservação”. Elacomplementou que, a última revitalização do local,ocorrida em 2010, gerou descontentamento emdiversos moradores, turistas e veranistas após aretirada da balaustrada, dos cinco antigos portões deferro ricamente trabalhados e de luminárias queenfeitavam e prestavam segurança ao conjuntoarquitetônico.

Praça Fonte da Bica em Itaparica serárequalificada após recomendação do MP

Recomendação

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Uma área com aproximadamente dois milhões dehectares (o mesmo que quase dois milhões de camposde futebol) passará a contar com uma gestão territorialparticipativa e ambientalmente adequada parapreservar e potencializar a floresta de Mata Atlântica eseu ecossistema existente no extremo sul da Bahia enorte do Espírito Santo. Nessa área, com abrangênciade 18 municípios (14 baianos e quatro capixabas), seráimplementado o Bosque Modelo da Hileia Baiana, cujacriação foi aprovada pela Rede Ibero-Americana deBosques Modelos (RIABM), em reunião realizada naúltima sexta-feira, dia 17, na cidade de Santa Cruz deLa Sierra, na Bolívia. A proposta de implementação doBosque foi apresentada à Rede pelo Serviço FlorestalBrasileiro (SFB) e pelo Ministério Público estadual,representado pelo Promotor de Justiça AmbientalRegional de Teixeira de Freitas, Fábio Corrêa.

Segundo o promotor, com a aprovação, o próximopasso é a elaboração do regimento interno do BosqueModelo e a busca de parceiros para a formatação desua gestão, que, provavelmente, será realizada pormeio de um conselho. Fábio Corrêa explicou que oprocesso de criação do Bosque foi iniciado no anopassado com uma apresentação do ProgramaArboretum de Conservação e Restauração daDiversidade Florestal, em reunião da RIABM na cidadede Antigua, Guatemala. O Programa Arboretum édesenvolvido pelo MP, pela SFB e outras instituições noextremo sul da Bahia. [...] continue lendo

Proposta para criação de BosqueModelo no extremo sul da Bahia éaprovada por Rede Ibero-Americana

UM PASSO A FRENTE

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Ações Preventivas

O Ministério Público Estadual ajuizou uma ação civilpública contra o Município de Candeias, por conta dasituação dos moradores de áreas de risco. No documento,o MP pediu à Justiça que determine ao Município aretirada dos moradores das áreas suscetíveis adeslizamentos e inundações na cidade. Caso a Justiçaacate o pedido formulado pela Promotora de JustiçaCecília Carvalho Marins Dourado, o Município terá 30 diaspara reassentar em locais seguros a população que moranessas áreas. A ação pede ainda que a Justiça determineà Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado daBahia (Conder) que, no mesmo prazo, apresente umcronograma de intervenções, com metas e prazosdefinidos para a execução das obras de recuperação dasáreas de risco.

A ação toma por base o inquérito civil que constatou aexistência de 16 áreas no município, considerados peloServiço Geológico do Brasil como de risco alto e muitoalto, situação confirmada por parecer da Central de ApoioTécnico (CEAT) do MP. Outros dois inquéritos detectarama existência de três áreas de risco geológico; na Rua JoãoCândido, no Bairro Malembá; na Rua Wanderley de AraújoPinho e na Rua do Cajueiro, ambas no Centro. Apromotora de Justiça pede que as ações emergenciaissejam executadas nessas três áreas. Segundo CecíliaCarvalho Martins, as obras a serem realizadas pelaConder resultam de repasses de verba federal em razãodo Estado de Emergência decretado no Município em2015, por conta das fortes chuvas daquele ano.

MP pede à Justiça que determine aoMunicípio de Candeias a retirada demoradores de áreas de risco

Ação Civil Pública

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As "praias marítimas“ são "bens da União"

STJ-1143942) ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL.PRAIA E ZONA COSTEIRA. ARRAIAL DO CABO. ART. 10DA LEI 7.661/1988. BEM DA UNIÃO. AÇÃOREIVINDICATÓRIA E DEMOLITÓRIA. ESBULHO.QUIOSQUE. ARTIGOS 64 E 71, PARÁGRAFO ÚNICO, DODECRETO-LEI 9.760/1946. USURPAÇÃO DECOMPETÊNCIA AMBIENTAL PELO MUNICÍPIO. ART. 4ºDA LEI 9.636/1998. DANO AO MEIO AMBIENTE.PAISAGEM. INDENIZAÇÃO PELA OCUPAÇÃO PREVISTANO ART. 10, PARÁGRAFO ÚNICO, DA LEI 9.636/1998.CABIMENTO. PRECEDENTES. 1. Na origem, cuida-se deação reivindicatória e demolitória mediante a qual a Uniãopostulou: a) retomada de imóvel público federal ilicitamenteocupado e desfazimento de construção irregular (quiosque"Sol e Mar", destinado ao comércio de bebidas e produtosdiversos, construído sobre a faixa de areia da PraiaGrande, no Município de Arraial do Cabo, Estado do Rio deJaneiro); b) condenação do infrator ao pagamento daindenização prevista no parágrafo único do artigo 10 da Lei9.636/1998; e c) cominação de pena pecuniária (astreinte)em caso de nova ocupação ilícita. 2. O recorrido sustenta,em síntese: a ocupação impugnada teve início em 1982,mediante alvará da Administração Pública Municipal;sempre pagou a taxa anual municipal cobrada; exerceu aocupação de boa-fé; não houve agressão ambientalalguma, uma vez que o antigo quiosque não tinha"sanitário", e sim mesas e cadeiras para comercialização debebidas geladas. 3. As "praias marítimas“ são "bens daUnião" (art. 20, IV, da Constituição Federal). Maisespecificamente: "As praias são bens públicos de usocomum do povo, sendo assegurado, sempre, livre e francoacesso a elas e ao mar, em qualquer direção e sentido,ressalvados os trechos considerados de interesse desegurança nacional ou incluídos em áreas protegidas porlegislação específica" (Lei 7.661/1988, art. 10, grifoacrescentado). [...]... Precedentes: REsp 1.432.486/RJ, Rel.Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe18.12.2015, e REsp 855.749/AL, Rel. Ministro FranciscoFalcão, Primeira Turma, DJ 14.06.2007, p. 264. 14.Recurso Especial provido. (Recurso Especial nº1.730.402/RJ (2018/0055301-9), 2ª Turma do STJ, Rel.Herman Benjamin. j. 07.06.2018, DJe 12.03.2019).

STF-0128755) AÇÃO DIRETA DEINCONSTITUCIONALIDADE. LEI Nº 3.579/2001 DOESTADO DO RIO DE JANEIRO. SUBSTITUIÇÃOPROGRESSIVA DA PRODUÇÃO E DACOMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS CONTENDOASBESTO/AMIANTO. LEGITIMIDADE ATIVA ADCAUSAM. PERTINÊNCIA TEMÁTICA. ART. 103, IX,DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. ALEGAÇÃODE INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL PORUSURPAÇÃO DA COMPETÊNCIA DA UNIÃO.INOCORRÊNCIA. COMPETÊNCIA LEGISLATIVACONCORRENTE. ART. 24, V, VI E XII, E §§ 1º A 4º,DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA.CONVENÇÕES NºS 139 E 162 DA OIT.CONVENÇÃO DE BASILEIA SOBRE O CONTROLEDE MOVIMENTOS TRANSFRONTEIRIÇOS DERESÍDUOS PERIGOSOS E SEU DEPÓSITO.REGIMES PROTETIVOS DE DIREITOSFUNDAMENTAIS. INOBSERVÂNCIA. ART. 2º DA LEINº 9.055/1995. PROTEÇÃO INSUFICIENTE. ARTS.6º, 7º, XXII, 196 E 225 DA CONSTITUIÇÃO DAREPÚBLICA. CONSTITUCIONALIDADE MATERIALDA LEI FLUMINENSE Nº 3.579/2001.IMPROCEDÊNCIA. DECLARAÇÃO INCIDENTAL DEINCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 2º DA LEI Nº9.055/1995. EFEITO VINCULANTE E ERGA OMNES.1. Legitimidade ativa ad causam da ConfederaçãoNacional dos Trabalhadores na Indústria - CNTI (arts.103, IX, da Constituição da República).Reconhecimento da pertinência temática com o objetoda demanda, em se tratando de confederação sindicalrepresentativa, em âmbito nacional, dos interessesdos trabalhadores atuantes em diversas etapas dacadeia produtiva do amianto. [...] ... 8. Ação direta deinconstitucionalidade julgada improcedente, comdeclaração incidental de inconstitucionalidade do art.2º da Lei nº 9.055/1995 a que se atribuem efeitosvinculante e erga omnes. (Ação Direta deInconstitucionalidade nº 3406/RJ, Tribunal Pleno doSTF, Rel. Rosa Weber. j. 29.11.2017, maioria, DJe01.02.2019).

Amianto

JURISPRUDÊNCIA

RECURSO ESPECIAL Nº 1.775.867 - SP(2017/0043536-2) RELATOR: MINISTRO OGFERNANDES; RECORRENTE: FAZENDA DOESTADO DE SÃO PAULO; PROCURADOR: ANNALUIZA MORTARI E OUTRO(S) - SP199158;RECORRIDO: PEDRO HENRIQUE DE LIMA COUBE;ADVOGADO: DIMAS SILOE TAFELLI E OUTRO(S) -SP266340 ADMINISTRATIVO. AMBIENTAL.RECURSO ESPECIAL. SUPRESSÃO DEVEGETAÇÃO. NECESSIDADE DE AUTORIZAÇÃO.PRINCÍPIO DA SOLIDARIEDADE AMBIENTAL.INEXISTÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO À MENORPATAMAR PROTETIVO. FATO CONSUMADO.INVIÁVEL EM MATÉRIA AMBIENTAL. 1. Na origem,trata-se de ação declaratória ajuizada pelo recorridocontra a Fazenda Pública do Estado de São Paulo, naqual, o requerente sustentou que, sendo legítimoproprietário dos imóveis descritos na inicial,diligenciou perante o órgão competente visandoautorização para a supressão da vegetação da área,recebendo orientação de que tais procedimentosestão submetidos à Resolução SMA-14, de 13 demarço de 2008, que estabeleceu fatorescondicionantes para tal fim. Diante da situação, naexordial, arguiu a inaplicabilidade das normassuscitadas, tendo em vista a superveniência dalegislação ambiental ante a aquisição da propriedadee a aplicabilidade mitigada do Código Florestal àsáreas urbanas. 2. Inicialmente, é importante elucidarque o princípio da solidariedade intergeracionalestabelece responsabilidades morais e jurídicas paraas gerações humanas presentes em vista da ideia dejustiça intergeracional, ou seja, justiça e equidadeentre gerações humanas distintas. Dessa forma, apropriedade privada deve observar sua funçãoambiental em exegese teleológica da função social dapropriedade, respeitando os valores ambientais edireitos ecológicos. [...] Documento: 1827390 - InteiroTeor do Acórdão - Site certificado - DJe: 23/05/2019

Inexistência de Direito Adquirido à Menor Patamar Protetivo.

Page 15: Apresentação do PowerPoint · precedentes no Brasil, como o manifesto de ex-Ministros de Estado do Meio Ambiente, a Carta Aberta de três dos mais renomados doutrinadores do Direito

EXPEDIENTEProcuradora-Geral de JustiçaEdiene Santos Lousado

Coordenadora do CEAMACristina Seixas Graça

CEAMACristiane Sandes TostaDanilo Oliveira SantosDelina Santos AzevedoEduardo José dos Santos VieiraFabrine dos Santos LimaJamson Guimarães CerqueiraJeliane Pacheco de AlmeidaJuliana Carvalho Marques PortoLarissa Brito Gama Luiz Humberto Erundilho Ribeiro CoelhoMarta Conceição da Paixão Santos Araújo RibeiroMonique de Souza MaiaMarlus Oliveira SinfronioPatrícia Valesca SantosRenavan Andrade Sobrinho Roberta Silva CostaRodrigo Almeida AlvesRousyana Gomes de AraujoVictor Brasil Nunes Ramos

EDIÇÃOUnidade de Informações Ambientais

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