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Apresentação Plenária ABRAGE Mecanismo de Realocação de Energia – MRE Diagnóstico do MRE em função da evolução estrutural da matriz e de variáveis advindas da política de operação. 30/Março/17

Apresentação Plenária ABRAGE · 2020. 3. 11. · Data: 30/12/2016. Geração Fora da Ordem de Mérito ... 10,3% de impacto no GSF) ... Redução na Tarifa e MP 579/12 (Lei 12.783/13)

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  • Apresentação Plenária ABRAGE

    Mecanismo de Realocação de Energia – MRE Diagnóstico do MRE em função da evolução estrutural da matriz e de variáveis

    advindas da política de operação.

    30/Março/17

  • Sumário

    • Bases Regulatórias

    • Cenário Antigo x Cenário Atual

    • Consequências

  • Estabelecimento do MRE

    • O Mecanismo de Realocação de Energia - MRE, foi estabelecido pelo Decreto nº2.655/98 e regulamentado pela Resolução ANEEL nº 249/98, com o objetivo decompartilhar entre as usinas hidráulica os riscos hidrológicos.

    • O MRE é um mecanismo financeiro de compartilhamento do risco hidrológico,associado à otimização do sistema hidrotérmico através de um despacho centralizado.

    • À época do estabelecimento do MRE, a geração hidráulica correspondia aaproximadamente 90% da geração total do sistema, reforçando o foco do mecanismonessa fonte de energia.

    • No RESEB tinha-se em mente a manutenção de investimentos em fontes hidráulicas, oque manteria sua predominância na matriz energética.

  • Fatores de Imposição de Riscos Extraordinários

    • 20 anos após sua concepção, a essência da regra do MRE não acompanhou amudança estrutural e de políticas operativas do setor, impondo assim riscosextraordinários ao gerador, em grande parte motivados por:

    Políticas de expansão que reduziram a participação hidráulica na matriz.

    Políticas operativas que não visam o menor custo.

    Geração Fora da Ordem de Mérito.

    Interferências regulatórias (atos do príncipe).

  • Sumário

    • Bases Regulatórias

    • Cenário Antigo x Cenário Atual

    • Consequências

  • Alteração Estrutural da Matriz Energética

    Fonte: EPE / ANEEL / ONS

    • A fonte hidráulica perdeu participação na matriz energética brasileira para as fontes intermitentes etérmicas; passou de 86% em 1995 para 61% em 2016, em termos de Capacidade Instalada.

    • O Operador nos últimos anos vem priorizando o despacho térmico em detrimento do hidráulico,conforme demonstra o gráfico Participação da Geração por fonte.

    • A promoção de 12 leilões de energia de reserva, com inserção de 5,3 GWm de eólicas e térmicas(biomassa) – a partir de 2007, também vem contribuindo para o deslocamento do despachohidráulico.

  • Políticas Operativas Heterodoxas

    • É opção do ONS utilizar geração hidráulica para equilibrar o balanço energético devido avolatilidade da geração intermitente e da carga.

    • Se o objetivo do modelo é minimizar custo, por que não priorizar as hidráulicas?

    IPDO – Informativo Preliminar Diário da Operação

    Fonte: IPDO – ONS Data: 30/12/2016

  • Geração Fora da Ordem de Mérito

    • Foi calculada a média dos despachos no período de 2015 a 2016.

    PLD Médio do período: R$ 191,00/MWhImpacto Financeiro Geradores: R$ 17,8 bi (2015-2016)

    50.254 47.640 45.093

    9.632 12.246 12.133

    Decomp ONS Realizado

    Planejamento do Sistema vs Operação Realizada (MWm)

    Geração Hidráulica Geração Térmica

    Com a Operação das Térmicasacima da otimização doDecomp, o Despacho Hidráulicopara o período estáaproximadamente 5,2 GWmabaixo do valor otimizado peloDECOMP (Aproximadamente10,3% de impacto no GSF) –Nesse caso, além do despachofora da ordem de mérito, aredução nas hidráulicas foiutilizada para compensar afrustração da carga (mesmosendo uma energia mais barata).

    Fonte: ONS

  • Interferências Regulatórias

    Fonte: InfoMercado CCEE

    Medidas paliativas (Repactuação do Risco Hidrológico)

    Parcela de 47% da GF do SIN segue não repactuada (ACL e ACR) – corresponde à 70%

    da Garantia Física elegível à repactuação

    Fonte: ONS

    Redução na Tarifa e MP 579/12 (Lei 12.783/13).

  • Sumário

    • Bases Regulatórias

    • Cenário Antigo x Cenário Atual

    • Consequências

  • Consequências do ProblemaAprofundamento do GSF

    O GSF foi se aprofundando à medida que a Geração Hidráulica foi sendo deslocada.

    Fonte: CCEE

    GSF médio esperado para 2017: 83,30 %Mínimo previsto de 68,20 % em agosto

  • Consequências do ProblemaExposição Residual

    • Com a priorização do despacho térmico, ONS deixa “folga” na interligação Nordeste –Sudeste, criando reserva hidráulica ociosa para possível controle da frequência eestabilidade na região Nordeste.o Desequilíbrio no surplus: exposição negativa superior ao excedente financeiro;

    Exposição Residual em jan-ago/2016:

    Aprox. R$ 1,2 bilhões

    USINAS PARTICIPANTES DO MRE

    Fonte: APINE – Carta Pre 336/2016

  • Consequências do Problema Judicialização

    • Liminares do GSF: travamento de liquidações na CCEE (outubro e novembro de 2016).

    • Resultado da última Liquidação do Mercado de Curto Prazo – MCP (Jan/17).

    • Situação 2017: possível aprofundamento da judicialização em decorrência do GSF.

    Fonte: CCEE

  • Próximos Passos

    • Quais mudanças estruturais pode-se propor para o MRE?

    – Possíveis desonerações dos geradores pelas operações heterodoxas do ONS.

    – Repensar a influência do deslocamento hidráulico provocado pela Energia deReserva.

    – Trabalho técnico da ABRAGE para encontrar soluções, podendo contar comcontratação de consultoria externa, dada a relevância do assunto.

    – Desenvolvimento de trabalhos conjuntos com outras associações paraconstrução de soluções e inclusão em pauta legislativa.