3
 Como a arte através dos princípios da Arteterapia pode produzir a inclusão escolar de alunos com necessidades especiais?  BORBA, Eloise Ferreir a Faistauer de ([email protected]); VIEIRA, Sandra Corrêa ( [email protected] ) Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense.  Polo de Apoio Presencial do Município do Balneário Pinhal, RS   Amai a infância; favorecei suas brincad eiras, seus prazeres, seu amável instinto. Quem de vós não teve alguma vez saudade dessa época em que o riso está sempre nos lábios, e a alma está sempre em paz?  J.J. Rousseau O trabalho aqui apresentado tem como seu principal tema a utilização da Arteterapia como ferramenta para a inclusão escolar de alunos com necessidades especiais. Busca-se pensar sobre a utilização de espaços que possibilitem a inclusão dos educandos através de oficinas de criação, sendo que o foco central do trabalho visa discutir sobre essas atividades na Educação Especial.  CONSIDERAÇÕES INICIAIS Analisar e descrever a tividades desen volvidas com alunos com necessidades especiais, tendo como princípio o universo arteterapêutico , na busca da inclusão desses sujeitos. Objetivos específico s: aprofundar os estudos sobre os princípios da Arteterapia como ferramenta de inclusão na escola; desenvolver oficinas de criação através dos princípios da Arteterapia com alunos com necessidades especiais;  relatar os proveitos que a Arteterap ia proporciona em crianças na normalidade e crianças e adultos com necessidades especiais;  OBJETIVOS ARTETERAPIA O uso da Arteterapia em âmbito escolar teve como pioneiras duas professor as e irmãs Margaret Naumburg e Florence Cane, no ano de 1914. Foram elas as precursoras e as primeiras a utilizar a Arteterapia e a arte-e ducação como método d e psicoterapia e pedagogia. A ARTETERAPIA E A INCLUSÃO Ao utilizarmos a arte como terapia, proporcionamos as crianças e/ou adultos com necessidades especiais a possibilidade de poder criar , resga tando e a florando o seu potencial criativo. Muitas vezes a arte é a única forma que aluno tem para expressar a sua capacidade e mostrar o s eu dom artístico. Ao oferecer atividades artísticas como desenho, pintura, modelagem, dança, música e teatro às crianças e adultos com deficiências teremos como principal objetivo, a sociabilização com a probabilidade de integração/inclusão entre outros fins sociais. POR QUE A ARTE? A arte facilita a criatividade. A arte é útil no trabalho com a imaginação e o i nconsciente. Os produtos artísticos são concretos e podem ser examinados depois de prontos. A arte pode ser prazerosa e isso pode levar um grupo ao prazer compartilhado. (LIEBMANN, 1994)

ARTE E INCLUSÃO

Embed Size (px)

Citation preview

5/13/2018 ARTE E INCLUSÃO - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/arte-e-inclusao 1/3

 

Como a arte através dos princípios da Arteterapia pode produzir a inclusão escolar de alunos com necessidades especiais?  

BORBA, Eloise Ferreira Faistauer de ([email protected]); VIEIRA, Sandra Corrêa ([email protected] ) Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense. 

Polo de Apoio Presencial do Município do Balneário Pinhal, RS  

  Amai a infância; favorecei suas brincadeiras, seus prazeres, seu amável 

instinto. Quem de vós não teve alguma vez saudade dessa época em que o

riso está sempre nos lábios, e a alma está sempre em paz? 

 J.J. Rousseau

O trabalho aqui apresentado tem como seu principaltema a utilização da Arteterapia como ferramenta para ainclusão escolar de alunos com necessidades especiais.

Busca-se pensar sobre a utilização de espaços quepossibilitem a inclusão dos educandos através de oficinas decriação, sendo que o foco central do trabalho visa discutirsobre essas atividades na Educação Especial.

 

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Analisar e descrever atividades desenvolvidas com alunos comnecessidades especiais, tendo como princípio o universo

arteterapêutico, na busca da inclusão desses sujeitos.

Objetivos específicos:

aprofundar os estudos sobre os princípios da Arteterapiacomo ferramenta de inclusão na escola;

desenvolver oficinas de criação através dos princípios daArteterapia com alunos com necessidades especiais;

relatar os proveitos que a Arteterapia proporciona emcrianças na normalidade e crianças e adultos comnecessidades especiais;

 

OBJETIVOS 

ARTETERAPIAO uso da Arteterapia em âmbito escolar teve como pioneirasduas professoras e irmãs Margaret Naumburg e Florence Cane,no ano de 1914. Foram elas as precursoras e as primeiras autilizar a Arteterapia e a arte-educação como método depsicoterapia e pedagogia.

A ARTETERAPIA E A INCLUSÃO Ao utilizarmos a arte como terapia, proporcionamos as criançase/ou adultos com necessidades especiais a possibilidade depoder criar, resgatando e aflorando o seu potencial criativo.Muitas vezes a arte é a única forma que aluno tem paraexpressar a sua capacidade e mostrar o seu dom artístico. Aooferecer atividades artísticas como desenho, pintura,modelagem, dança, música e teatro às crianças e adultoscom deficiências teremos como principal objetivo, a

sociabilização com a probabilidade de integração/inclusão entreoutros fins sociais.

POR QUE A ARTE? A arte facilita a criatividade. A arte é útil no trabalho com a imaginação e o inconsciente. Os produtos artísticos são concretos e podem ser

examinados depois de prontos.

A arte pode ser prazerosa e isso pode levar um grupo aoprazer compartilhado. (LIEBMANN, 1994)

5/13/2018 ARTE E INCLUSÃO - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/arte-e-inclusao 2/3

 

O referencial teórico parte dos estudos de Pain (2009) eAndrade (2000) sobre a Arteterapia.

A metodologia consistiu na realização de oficinas decriação tendo como princípio a Arteterapia.

A coleta dos dados foi realizada através das anotações,em um diário de bordo, sobre os resultados obtidos nasatividades desenvolvidas.

A busca teórica desta pesquisa buscou ressaltar aArteterapia como metodologia ou ferramenta quecontribui para a inclusão de crianças/adultos comnecessidades especiais no contexto escolar.

A prática iniciou através de atividades com os alunos, comênfase na Arteterapia, na Escola Antônio Francisco Nunes,

no ano de dois mil e nove (2009) até os dias de hoje. As primeiras experiências em Arteterapia desenvolvidas

nesta instituição aconteceram no turno inverso. Aclientela era composta de crianças e adultos.

REFERENCIAL TEÓRICO 

MEU JARDIM Diz Rubem Alves que segundo as Escrituras Sagradas, Deus estava

infeliz. Por isso teve um sonho. Sonhou em construir um jardim.

Dedicou-se, assim, a plantar um jardim para ficar alegre. Colocou

nesse jardim estrelas, sol, lua e foi afunilando até chegar a um lugar 

bem pequeno que chamou de Paraíso. (ALVES, 2004. P.17)

Meu jardim foi o primeiro processo arteterapêutico realizado naescola.

O primeiro grupo era composto por dez crianças, do 3° ao 5°ano. Nesta turma tínhamos um menino cadeirante e um meninocom deficiência auditiva.

O projeto “Meu Jardim “ocorreu em cinco encontros.O objetivo era levar o aluno a vivenciar os cinco sentidos:

olfato, paladar, tato, visão e audição. Esses sentidos não seriamprovocados de forma simples. Os alunos seriam levados a percorrerum caminho que fizesse aflorar de dentro de cada um deles osverdadeiros sentidos. Sabemos que os sentidos funcionam o tempo

todo como verdadeiros informantes do mundo exterior.

 

UM EXEMPLO DETALHADO 

5/13/2018 ARTE E INCLUSÃO - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/arte-e-inclusao 3/3

 

A primeira oficina de criação relatada nesse artigo foi escolhidapor sua característica de oferecer facilidade operacional, não era

preciso ser um artista plástico, entender de arte, o que facilitou enão agravou as já naturais defesas e resistências apresentadas emqualquer processo terapêutico. Com isso abriram-se portas para asnovas oficinas de criação.

Os benefícios notados:

As crianças levavam seus trabalhos para casa como um troféu eisso satisfez os pais.

A inclusão ocorreu de forma simples e natural. O fato deproporcionar momentos de integração entre os alunos refletiu nasala de aula. O ajudar aquele que necessita passou a ser umaatividade comum entre educandos.

A arte auxilia na inclusão. Quando utilizamos oficinas de criaçãoque não possuem cunho estético fica evidente que é menos sofridoincluir. A arte em si, não precisa ser perfeita. Qualquer manifestaçãoé aceita. Não é preciso pensar no correto, não é preciso pensar noresultado.

Pensava-se que aos alunos com necessidades especiais precisavamse adaptar a escola. Hoje se acredita que, o conceito de inclusão prevêque as escolas se adaptem para atender a necessidade de todos. Agrande mudança é que o número de matriculas em escolas regularesem dois mil e oito (2008) já ultrapassou o das escolas especiais. E omelhor de tudo isso é que há muito mais professores engajados emfazer da inclusão uma realidade e com isso preparar o aluno de hojepara no futuro ser o profissional que irá conviver de forma harmoniosae sem preconceito com a diferença.

CONSIDERAÇÕES FINAIS 

ALVES, Rubem. Educação dos sentidos e mais... Campinas, SP: Verus Editora,

2005.ANDRADE, Liomar Quinto de. Terapias Expressivas. São Paulo: Vector, 2000.ANTUNES, Celso. A prática dos quatro pilares da Educação na sala de aula.Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Marcos

Político- Legais da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva/ 

Secretaria de Educação especial. Brasília: Secretaria de Educação Especial, 2010.FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à prática

educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.Fundação Victor Civita. Nova Escola. As leis sobre diversidade. São Paulo, SP.Encontrado em http://revistaescola.abril.com.br/inclusao - visto em08/01/2012. LIEBMANN, Maria. Exercícios de arte para grupos: um manual de temas, jogos e

exercícios. Tradução de Rogério Migliorini. São Paulo: Summus, 2000.PAÍN, Sara. Os fundamentos da Arteterapia. Tradução de Giselle Unti.  – Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.PAIN, Sara e JARREAU, Gladys .  – Teoria e Técnica da Arteterapia – A

compreensão só sujeito  – Tradução de Rosana Severino Di Lecone  – Artes Medicas - Porto Alegre – 1996.PHILIPPINI, Angela. Mas o que é mesmo Arteterapia? Volume V da Coleção de

Revistas de Arteterapia “Imagens da Transformação” – Pomar – 1998.

Encontrado em http://www.arteterapia.org.br  –visto em 17/01/2012

PRECIOSA, Rosane. Produção estética: notas sobre roupas, sujeitos e modo sdevida. São Paulo: Anhembi Morumbi, 2005.

REFERÊNCIAS