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Rector Daniel Gomez

Vicerrector Jorge Flores

Actos, actores y artefactos Sociologia de la tecnologia

Hernán Thomas, Alfonso Buch ( coordinadores)

con la colaboración de Mariano Fressoli y Alberto Lalouf

(t) Universidad Nacional de Quilmes Editorial

Bernal, 2008

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Colección "Ciencia, tecnología y sociedad" Dirigida por Pablo Kreimer

Actos, actores y artefactos: sociología de la tecnología I compilado por Hernán Thomas y Alfonso Buch. - la ed. -Bernal : Universidad Nacional de Quilmes, 2008. 296 p. : il. ; 20x 15 cm. - (Ciencia, tecnología y sociedad I Pablo Kreimer)

ISBN 978-987-558-148-7

l. Sociología de la Tecnología. 1. Thomas, Hernán, comp. n. Buch, Alfonso, comp. IlI. Título CDD 306.46

Universidad Nacional de Quilmes, 2008 Roque Sáenz Peña 352 (B 1876BXD) Bernal Buenos Aires

http://www.unq.edu.ar editorial@unq.edu.ar

Diseño de tapa: Hernán Morfese

ISBN: 978-987-558-148-7

Queda hecho el depósito que marca la ley 11.723

Índice

Introducción, Hernán Thomas, Mariano Fressoli y Alberto LalouJ ..... ........................................ 9

La construcción social de hechos y de artefactos: o acerca de cómo la sociologia de la ciencia y la sociología de la tecnología pueden beneficiarse mutuamente, Trevor J. Pinch y Wiebe E. Bijker . .............................. 19

La construcción social de la baquelita: hacia una teoría de la invención, Wiebe E. Bijker ............................ 63

La evolución de los grandes sistemas tecnológicos, Thomas P. Hughes . ................................. 101

La dinámica de las redes tecno-económicas, Michel Callon . ..... 147

Cruzando fronteras: un diálogo entre tres formas de comprender el cambio tecnológico, Henrik Bruun y Janne Hukkinen . .... 185

Estructuras cerradas versus procesos dinámicos: trayecto rías y estilos de innovación y cambio tecnológico, Hernán Thomas . ................................... 217

Referencias bibliográficas ............................... 263

Autores y compiladores ................................. 291

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U9p311p0.1)U1 Introducción

Hernán Thomas / Mariano Fressoli I Alberto Lalouf

Un homínido recoge una gruesa rama del suelo. Juega con ella entre

sus manos torpes y sucias. La balancea, la sopesa, la blande. Luego de largos minutos decide llevarla consigo. Se cruza con otro humanoide,

extraño, ajeno a su grupo. Sin dudar, de una sola vez, aporrea a su

adversario, abriéndole un claro surco de sangre en el cuero cabelludo.

Un acto simple que lo convierte, al mismo tiempo, en asesino, sujeto de

poder... y generador de un artefacto. En este caso, de un "naturfacto"

(una herramienta creada por la mera acción de tomar algo de la natu-

raleza en el estado en que se encuentra y asignarle una cierta función,

una cierta utilidad).

La existencia de hombres y mujeres sobre la Tierra (yen el es-

pacio exterior, ¡claro!), es impensable sin tecnologías. Haga usted un

simple ejercicio mental. ¿Cuál de las actividades que realiza cotidia-

namente es posible sin recurrir al uso de alguna tecnología?, ¿desper-

tarse?, ¿bañarse?, ¿desayunar café, jugo y medialunas?, ¿viajar a su

trabajo?, ¿su trabajo?, ¿o, tal vez, ir al cine o al teatro? .. ¡No hablemos

de cosas obvias, como asistir a un programa de televisión, o chatear en

su computadora, o hablar por teléfono! Todo lo que se vincula a su

existencia, desde la más simple de las comunicaciones verbales hasta el

complejo acto de leer este libro participa de una dimensión estricta-

mente humana: la tecnológica.

y no se trata solamente de los artefactos que utiliza usted, y de las múltiples redes de las que estos artefactos forman parte (energía, transpor-

tes, logística, comunicación, etc.), sino también de los conocimientos nece-sarios para producir y utilizar esas tecnologías. Aun de todas aquellas que

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usted utiliza sin saber cómo es que sabe operarlas. Aquellas que aprendió a utilizar por el mero hecho de estar allí.

¿Ya pensó también en las múltiples, infmitas series de prácti-cas estereotipadas que usted pone en juego en cada acto de su vida, desde escribir o jugar al tenis, hasta manejar su automóvil o diseñar programas de computación? Centenares de miles de técnicas, tácitas o codifIcadas, que usted aprendió a desplegar, con mayor o menor com-petencia, a lo largo de su vida.

Es que, en verdad, no se trata de "sus tecnologías y usted", o en un nivel más abstracto, de la relación entre "tecnología y sociedad". Usted está tecnológicamente constituido. Usted es un ser tecnológico, más allá de que esta idea le resulte agradable o no. Porque las sociedades están tecnológicamente confIguradas, exactamente en el mismo momento y nivel en que las tecnologías son socialmente construidas y puestas en uso. Todas las tecnologías son sociales. Todas las tecnologías son huma-nas (por más inhumanas que a veces parezcan).

Pero no solo se trata de considerar a las tecnologías como pro-ductos o procesos productivos. Solo recientemente hemos percibido que las formas de organización son también tecnologías. Desde aquellas que asignan un orden a un conjunto de operaciones de producción, de ac-ciones bélicas, o de sistemas de evacuación de un estadio, hasta aquellas que adquieren formatos normativos, como los sistemas legales o las re-gulaciones de comercio. En este nivel organizacional, una legislación no se diferencia de otros artefactos tecnológicos.

La dimensión tecnológica atraviesa la existencia humana. Desde la producción hasta la cultura, desde las fmanzas hasta la política, desde el arte hasta el sexo.

Lo curioso es que, normalmente, reflexionamos poco sobre la tecnología. Pasa desapercibida, naturalizada como la lluvia o las olas. Solo se hace visible en dos momentos particulares: cuando deja de funcionar o cuando cambia rápidamente.

Recién cuando se corta el suministro de energía pensamos -normalmente, entre maldiciones- en la compañía eléctrica, las regu-laciones del sistema de energía local, el servicio de atención al público.

10

Introducción

¿Y por qué maldecimos? No simplemente porque se han apagado las lámparas, sino porque percibimos que con el apagón han dejado de funcionar el ascensor, la heladera, el teléfono inalámbrico, la televi-sión, la radio, y todos los artefactos que nos rodean cotidianamente. Si pensamos un poco más, también tomamos conciencia de la eventual escasez de agua, del estado de los alimentos, del lavado de nuestras ro-pas, del profundo aburrimiento que nos invade lentamente cuando lo único que queda por hacer es aguardar el regreso de la energía a la luz de una vela. Claro que la vela es también un artefacto de iluminación. Solo que correspondiente a otro sistema tecnológico, que no requería electricidad, pero sí producción de cera, y un sistema de transporte, distribución y comercialización. ¿Habremos comprado velas?, ¿dura-rán hasta que vuelva la luz? Porque siempre regresa, en algún mágico momento en que nos alegramos por haber superado la crisis, y pode-mos volver a nuestras prácticas cotidianas.

Pero, durante ese luctuoso momento en que solo podemos refle-xionar a oscuras, a veces podemos percibir otra de las caracteristicas básicas de las tecnologías que manejamos: su interconexión, su interde-pendencia. Hacemos un viaje imaginario que comienza en el interruptor y continúa por los sistemas de cables. Recorremos la casa visualizando todo lo que está directamente conectado a la red. Avanzamos hasta los sistemas troncales de distribución, pasamos por subestaciones y llegamos a unidades de generación (turbogeneradores, centrales hidroeléctricas). ¡Y no hay por qué detenerse! Desde sistemas de producción, distribución y abastecimiento de gas y fueloil a regímenes de lluvia y nieve en la cordillera, nos trasladamos hasta pozos de petróleo, guerras en Medio Oriente o fenómenos de cambio climático. Las ramifIcaciones que se nos presentan son múltiples: minas de cobre, fIbras ópticas, sistemas de con-trol informatizados, formación de recursos humanos, regulaciones de servicios eléctricos, políticas de privatización, estrategias de desarrollo industrial, políticas de ajuste, empresas, inversiones, ideologías. Y el re-corrido se complica aún más si incorporamos (¡y cómo excluirlos!) polí-ticos y procesos de tomas de decisión, empresarios y negocios, técnicos e ingenieros, publicistas y científIcos, agentes de atención al público y

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funcionarios burocráticos públicos y privados, productores y usuarios. Para colmo, no se trata de poder clasifIcar a priori esas acciones

en series homogéneas de artefactos tecnológicos y actos sociales. Porque los ingenieros se entremezclan con los procesos de toma de decisión, los políticos con los sistemas fmancieros, los negocios con el mantenimien-to del tendido eléctrico, los cables con los economistas, las lámparas con las empresas transnacionales, las centrales hidroeléctricas con Green-peace, la luz que no se enciende con José Alfredo Martínez de Hoz y la carne deteriorándose en la heladera con Domingo Cavallo.

y no se trata de que nos hayamos vuelto maníacos obsesivos, sino de que las relaciones entre humanos y artefactos nos llevaron, en un viaje de causas a efectos, a reconstruir un laberinto heterogéneo de hombres y máquinas, de grupos sociales y sistemas tecnológicos. Llega un momento en que nos detenemos, porque regresó la luz y podemos volver a distraernos con todos esos artefactos en los que gastamos nuestros salarios, o porque comenzamos a mareamos por la compleji-dad del entramado de actos y artefactos.

Vivimos no solo con tecnologías singulares, sino gracias a siste-mas tecnológicos. Cientos de miles de millones de interjuegos se pro-ducen a cada instante para reproducir nuestra existencia. Y, a veces, para cambiarla.

No hay una relación sociedad-tecnología, como si se tratara de dos cosas separadas. Nuestras sociedades son tecnológicas así como nuestras tecnologías son sociales. Somos seres socio-técnicos.

Lo que ocurre en el nivel individual, también ocurre en el nivel social. Así como raras veces pensamos en la dimensión tecnológica, las ciencias sociales se han ocupado poco de la temática. Solo algunas pequeñas y periféricas sub disciplinas de la sociología, la antropología, la fIlosofía y, ¡sorprendentemente!, de la economía, se han focalizado en el análisis de la dimensión tecnológica de la existencia humana. Las dimensiones política, económica y cultural de las ciencias sociales, en particular, han ocupado la atención de sociólogos, antropólogos, politólogos y economistas, prácticamente en ausencia de la dimen-sión tecnológica. A punto tal que la producción académica de ciencias

12

Introducción

sociales ha construido alrededor de la cuestión tecnológica un área de vacancia.

Tanto a nivel internacional como nacional, las producciones so-bre la cuestión socio-técnica son relativamente escasas, y fragmenta-rias. Tampoco ocupan un espacio relevante en la formación curricular de científicos e intelectuales. ¿Ha tenido usted formación escolar o universitaria en alguna materia titulada "Tecnología y sociedad", "Sis-temas sociales y sistemas tecnológicos", "Tecnología y civilización", "Tecnología y cultura"? Seguramente no, si ha cursado usted progra-mas de formación en ciencias sociales. Pero probablemente tampoco si tiene estudios universitarios en ingenieria o ciencias exactas.

Problema: si las tecnologías son construcciones sociales, inter-conectadas en un altísimo grado de complejidad, constitutivas de las sociedades humanas, ¿no sería pertinente prestar atención sobre los procesos de cambio tecnológico y social? 0, en otro plano, si uno de nuestros principales problemas sociales y económicos se vincula clara-mente a un déficit de desarrollo organizacional y productivo, ¿no sería prudente focalizar nuestra atención en las múltiples formas de generar, utilizar y seleccionar nuestra dotación tecnológica local?

Este libro ha sido concebido como un paso hacia la resolución de este problema. Claro, en el nivel y alcance en el que un libro puede realizar una contribución. Así, el objetivo principal de este texto es proponer una serie de lecturas que contienen herramientas de análisis, conceptos teóricos generados con el objetivo de comprender por qué tanto las tecnologías como las sociedades son como son, y no son de otra manera.

De la literatura disponible, hemos realizado una selección de los principales artículos de algunos autores considerados hoy como refe-rencias en el campo de la sociología de la tecnología: Wiebe E. Bijker, Michel Callan, Thomas P. Hughes, Trevor 1. Pincho Los otros dos artícu-los, de Henrik Bruun y Janne Hukkinen, y Hernán Thomas, constituyen tentativas de integración y profundización de estas propuestas teóricas.

La traducción implicó un proceso de ajustes sucesivos. Alfonso Buch realizó una primera versión de los textos, luego, Polly Maclaine

13

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