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7 Principais ferramentas da qualidade
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48 – M O B I L I Z A RM O B I L I Z A RM O B I L I Z A RM O B I L I Z A RM O B I L I Z A R
Ferramentasda qualidadeNas empresas, as decisões devem
ser tomadas com base na análise de fa-tos e dados. Para aproveitar melhor es-tas informações, algumas técnicas e fer-ramentas podem ser aproveitadas. Oobjetivo principal é identificar os maioresproblemas de um processo, produto ouserviço e, com a análise, buscar a me-lhor solução.
Esta edição do Chão de Fábrica nãopretende capacitar o leitor no uso destasferramentas. A idéia é demonstrar comoinseri-las no contexto da qualidade totalda fábrica.
Com este propósito, vamos apresen-tar as ferramentas de qualidade mais uti-lizadas pelo mercado com, figuras, ilus-trações, gráficos e tabelas, além de umexemplo prático de cada caso. Conheçaestas ferramentas nas páginas a seguir:
MÓBILE CHÃO DE FÁBRICAParte integrante do projeto Mobilizar
Ilustrações: OpenthedoorTextos: Maurício Koyano
Responsável técnico:Vasco de Almeida Martins [email protected]
AS SETE FERRAMENTAS DA QUALIDADE
• São um conjunto de ferramentas estatísti-cas de uso consagrado para melhoria da quali-dade de produtos, serviços e processos. A esta-tística desempenha um papel fundamental nogerenciamento da qualidade e da produtividade,por uma razão muito simples: não existem doisprodutos exatamente iguais ou dois serviçosprestados da mesma maneira, com as mes-mas características. É necessário, então, terdomínio sobre estas variações. A estatística ofe-rece o suporte necessário para coletar, tabular,analisar e apresentar estes dados.
• Elas fazem parte de um grupo de métodosestatísticos elementares. É indicado que estesmétodos sejam de conhecimento de todas aspessoas – desde o presidente aos colaborado-res – e devem fazer parte do programa básicode treinamento.
Para usar as ferramentas da qualidade é precisoter domínio sobre as variações da produção, comcoleta, tabulação, análise e apresentação de dados
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O objetivo desta ferramenta é gerar um qua-dro com dados claros, que facilitem a análise e otratamento posterior.
Para tanto, é necessário que os dados obti-dos correspondam à necessidade da empresa,como a análise de um processo de corte, porexemplo.
A coleta de dados não segue nenhum pa-drão pré-estabelecido e pode ser adequada deacordo com as particularidades do processo fa-bril da sua própria empresa.
O importante é que cada empresa desen-volva o seu formulário de registro de dados quepermita quem, além dos dados, também sejamregistrados os responsáveis pelas medições eregistros, quando e como estas medições ocor-reram.
Lista deverificaçãoEXEMPLO
A lista de verificação a seguir servepara levantar e demonstrar as causas deassistência técnica em uma fábrica demóveis de painel com acabamento desuperfície e pintura.
Ela mostra o número de vezes queocorreu algum erro na produção, em quefase da fabricação houve a falha e revelaainda sua influência sobre o total desper-diçado.
Na hora de coletar os dados, nãoesqueça:a) tenha um objetivo bem definidob) obtenha contabilidade nas mediçõesc) registre os dados de forma clara e or-
ganizada
CAUSAS NO DE PEÇAS PARTICIPAÇÃO NO TOTAL ACUMULADO
Falta de algum item (acessórios) 19 24,05% 24,05%
Vidro quebrado 18 22,78% 46,83%
Padrão de cor não conforme 11 13,92% 60,76%
Pintura de borda sem conformidade de cor 9 11,39% 72,15%
Fita de borda descolando 6 7,59% 79,75%
Furação errada 5 6,33% 86,08%
Verniz não alastrado 3 3,80% 89,87%
Falta do kit completo de acessórios 2 2,53% 92,40%
Peça riscada 2 2,53% 94,94%
Falta de peças 2 2,53% 97,47%
Desplacamento 1 1,27% 98,73%
Dimensão fora de padrão 1 1,27% 100,00%
LISTA DE VERIFICAÇÃO
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EXEMPLO DE GRÁFICO DE PARETO
O Gráfico de Pareto é uti-lizado para dividir um problemagrande em vários problemasmenores - com o objetivo devisualização do problema.
Ela serve para mostrar -por ordem de importância - acontribuição de cada item parao efeito total e classificar opor-tunidades para a melhoria decada um deles.
Gráficode ParetoOs dados utilizados são
reportados a uma Lista de Ve-rificação ou a uma outra fontede coleta de dados qualquer(criada a partir do processo queestá sendo estudado).
O Gráfico de Pareto con-centra os esforços para proble-mas ou assuntos verdadeira-mente importantes (separa oimportante do trivial).
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100%
80%
60%
40%
20%
0%
% do totalAcumuladoCAUSAS
Na maioria das vezes, te-mos melhores resultados seatuarmos nos dados da barramais alta do gráfico do que nosembaraçarmos nas barras me-nores.
No exemplo abaixo, osnúmeros foram retirados da Lis-ta de Verificação na página an-terior. Confira a visualizaçãodos problemas encontrados:
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Diagrama decausa e efeitoTambém conhecido como
Diagrama Espinha de Peixe(por seu formato) e Diagramade Ishikawa (Kaoru Ishikawa –quem o criou), foi desenvolvi-do para representar a relaçãoentre o efeito e todas as possí-veis “causas” que podem estarcontribuindo para este efeito.
O efeito ou problema écolocado no lado direito do grá-fico e as causas são agrupadassegundo categorias lógicas elistadas à esquerda.
Ele é desenhado para ilus-trar claramente as várias cau-sas que afetam um processopor classificação e relação dascausas. Para cada efeito exis-tem seguramente, inúmerascategorias de causas. As prin-cipais podem ser agrupadassob seis categorias conhecidas
como os “6 M”: Método, Mão-de-obra, Material, Meio Ambi-ente, Medida e Máquina.
Nas áreas administrativas,talvez seja mais apropriadousar os “4 P”: Políticas, Proce-dimentos, Pessoal e Planta (ar-
ALASTRAMENTODO VERNIZ
Mão-de-obra Método Máquinas
Matéria-prima Medições Meio Ambiente
— Regulagem — Alta velocidade — Rolo desalinhado
— Viscosidade — Frio (4º C)
ranjo físico). Estas categoriassão apenas sugestões. É pos-sível utilizar outras que ressal-tem ou auxiliem as pessoas apensar criativamente. As cau-sas principais podem ainda serramificadas em causas secun-dárias e/ou terciárias.
Com o diagrama de dispersão, é possível identificarpossíveis falhas de acordo com os sintomas apresentados
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FluxogramaO fluxograma é o mais importante instru-
mento para visualizar o trabalho. Ele permite oestudo preciso dos métodos, processos e roti-nas. Assim como o organograma, ele serve paraestudar a estrutura de uma empresa e do seufuncionamento.
Usam-se habitualmente duas modalidadesde fluxograma, sendo possível defini-lo de duasmaneiras:
a) Fluxograma é o gráfico que representaos postos de trabalho (uma máquina, uma mesa)de uma empresa e o curso das tarefas nessasunidades. Ele mostra o relacionamento entreelas, e as tarefas realizadas por esses postos.
b) É o gráfico que representa o curso oucaminho percorrido por certo elemento (docu-mento, matéria-prima, produto, etc), por váriasunidades da empresa, mostrando o tratamentoque cada unidade realiza.
AJUDA COMPLETAO fluxograma auxilia o trabalho de
organização na fase de levantamento, ouna planejamento, da seguinte maneira:
• Permite compreender ou estabelecercom clareza as relações entre as uni-dades de trabalho.
• Identifica as relações ou processos quepodem ser eliminados ou que devem seralterados.
• Estabelece, nos dois casos acima, aidentificação das fases do processo e anecessidade de alteração de seu fluxo.
• Permite identificar e suprimir os movi-mentos inúteis de um elemento qual-quer (um requerimento ou uma pilha depeças, por exemplo).
O fluxogramapermite identificar
e suprimir osmovimentos
inúteis de umelemento qualquer(um requerimento
ou uma pilha depeças, porexemplo).
Acompanhe umexemplo na
página seguinte
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FluxogramaO fluxograma utiliza um conjunto de símbolos que representam as fases dos processos, as
pessoas ou setores envolvidos. Por uma questão de simplificação, só representaremos os maisutilizados, sendo eles:
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HistogramaO Historigrama é uma fer-
ramenta que mostra a freqüên-cia em que os valores obtidosna medição ocorrem.
No gráfico (veja ao lado),a espessura das barras repre-senta o intervalo da variável ea altura da barra mostra o nú-mero de vezes que ela ocorre.
Ele é utilizado para desta-car as modificações nas dimen-sões de peças, variações detemperatura e outros dados.
Mesmo tendo um visualbastante simples, o Histograma
exige muito cuidado na hora deser criado porque é possívelexistir variações de interpreta-ção do número de barras, daespessura (classes) e das al-turas destas barras.
Por isso, o Fluxogramaexige cuidados de um especia-lista ou de um engenheiro. Amedição equivocada vai resul-tar num gráfico sem a precisãonecessária.
Gráficode controleO gráfico de controle é
uma ferramenta utilizada paraavaliar a estabilidade do pro-cesso, distinguindo suas varia-ções.
Quando casuais, elas serepetem aleatoriamente dentrode limites previsíveis. Já as de-correntes de causas especiaisnecessitam de tratamento.
É necessário, então, iden-tificar, investigar e colocar sobcontrole alguns fatores que afe-tam o processo.
Período
quan
tidad
e (g
/m2 )
Gramatura (g/m2) Lsc (g/m2) Média (g/m2) Lic (g/m2)
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As setenovas ferramentasTambém chamadas de Ferramentas da Administra-
ção, este conjunto de técnicas é utilizado para a organi-zação do pensamento e o planejamento da qualidade.
Este grupo de ferramentas é voltado para o trata-mento de dados não numéricos, complementando as-sim, uma lacuna deixada pelas sete ferramentas da qua-lidade.
Visam, então, fornecer às áreas administrativas sub-sídios para o gerenciamento da qualidade. Neste senti-do, este grupo é de interesse especial para o setor admi-nistrativo, tornando os problemas baseados em dadosqualitativos mais compreensíveis, possibilitando umaanálise mais eficiente.
MAIS INSTRUMENTOSConheça as sete novas fer-
ramentas• Diagrama de afinidades• Diagrama de inter-relaciona-
mento• Diagrama árvore• Matriz de priorização• Diagrama matriz• Gráfico do programa do proces-
so de decisão (PDPC)• Diagrama de rede de atividades
Ele é utilizado para estudar apossibilidade de relação entre duasvariáveis ou na relação de causa eefeito.
É construído de forma que o eixohorizontal representa os valores me-didos de uma variável e o eixo verti-cal representa os valores da outra va-riável.
As relações entre os conjuntosde dados são analisadas pelo forma-to da “nuvem de pontos formada”. Osdiagramas podem apresentar diver-sas formas de acordo com a relaçãoexistente entre os dados.
Diagramade dispersão
Produto X Embalagem
Quantidade de funcionários
Qui
logr
amas
por
min
uto