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MARÇO/2013 ANO 18 Nº 72 Ao passageiro, com carinho Eucatur As muitas vantagens de viajar de ônibus

As muitas de ônibusabrati.org.br/uploads/arquivos/42-rev72.pdf · tem bons planos para 2013. 48 Marcopolo No ano passado teve vendas ... ANTP de Qualidade. TEMPOS BOM PRA CABEÇA

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MARÇO/2013 ANO 18 Nº 72

Ao passageiro, com carinhoEucatur

As muitas

vantagens

de viajar

de ônibus

Com uma combinação perfeita entre tecnologia e design inovador, a Marcopolo produz soluções que trazem, em sua concepção, o que há de mais moderno e avançado no segmento de ônibus rodoviários para aproximar pessoas com conforto e segurança.

O futuro do transportepassa por aqui.

facebook.com/OnibusMarcopolo twitter.com/OnibusMarcopolo youtube.com/OnibusMarcopolo

www.marcopolo.com.br

A P R O X I M A N D O P E S S O A S

Paradiso 1800 DD Paradiso 1200

umárioS

Conforto e carinho estão sempre presentes nos serviços da Eucatur, cujos modernos ônibus trafegam em boa parte do

território brasileiro, e que também chegam à Venezuela.

O espaço que

falta nos aviões é

confortavelmente

desfrutado pelos

passageiros nas

viagens de ônibus.

Na página 12,

apresentamos

outras

comparações

que resultam na

preferência de

90% dos viajantes

brasileiros

pelo ônibus.

1212

3232

Cartas ..................................................6

Carta do Presidente .............................7

Bagageiro .............................................8

Opinião .............................................. 58

LEIA MAIS:

Ao comemorar

40 anos de

funcionamento,

o terminal

rodoferroviário

de Curitiba está

passando por uma

profunda reforma.

Vai ficar ainda

mais moderno e

funcional.

Já estão sendo

distribuídas

nos ônibus

interestaduais

em todo o País

as edições de

número 5 do

Almanaque

de Bordo e da

revista Diversão

a Bordo.

Renovação constante da frota e inovação periódica dos métodos de gestão

fazem da União uma das mais eficientes empresas de transporte rodoviário de

passageiros do Brasil.

4242

4646

2020

26 Comil A encarroçadora teve muito

o que comemorar em 2012. E tem bons planos para 2013.

48 Marcopolo No ano passado teve vendas

estáveis no mercado interno e forte evolução no exterior.

50 Volvo Teve crescimento de 25% nas

vendas de ônibus e continua ampliando seu espaço.

54 Nova edição ABRATI e ANTP preparam a

terceira edição do Prêmio Boas Práticas.

56 Qualidade Artigo de Alexandre Resende

traz detalhes sobre o Prêmio ANTP de Qualidade.

PASS

ATEM

POS

BOM PRA CABEÇA

No 6

A Revista ABRATI é uma publicação da

Associação Brasileira das Empresas de

Transporte Terrestre de Passageiros

Editor Responsável

Ciro Marcos Rosa

Produção, edição e editoração eletrônica

Plá Comunicação – Brasília

Editor Executivo

Nélio Lima – MTb 7903

Impressão

Gráfica e Editora Athalaia – Brasília

Imagem da capa

Divulgação

Esta revista pode ser acessada via

internet: http://www.abrati.org.br

Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre

de Passageiros

Presidente Renan Chieppe

Vice-PresidenteLuiz Wagner Chieppe

Diretor Administrativo-FinanceiroPaulo Alencar Porto Lima

DiretoresCarlos Alberto de O. Medeiros, Cláudio Nelson C. Rodrigues de Abreu, Francisco Tude de Melo Neto, Jacob Barata Filho, Leônidas Elias Júnior, Letícia Sampaio Kitagawa, Mário Luft, Paulo Humberto Naves Gonçalves, Pedro Antonio Teixeira, Sandoval Caramori,Telmo Joaquim Nunes e Washington Peixoto Coura.

SuperintendenteJosé Luiz Santolin

Assessoria TécnicaAtaíde de Almeida

Assessoria de Comunicação SocialCiro Marcos Rosa

SAUS Quadra 1 - Bloco J - Edifício CNT Torre A – 8º andar - Entrada 10/20 CEP: 70.070–944Brasília - Distrito Federal

Telefone: (061) 3322-2004Fax: (061) 3322-2058/3322-2022E-mail: [email protected] Internet: http://www.abrati.org.br

SONHOS SOBRE RODASQuero lançar meus sinceros cum-

primentos pela obra Sonhos sobre

rodas, na qual se pode verificar com

riqueza de detalhes os caminhos dos

pioneiros do transporte terrestre de

passageiros no Brasil. Nesse sentido,

destaco a carta de Theodor Darius

– transcrita na íntegra –, a qual trans-

mite a exata dimensão do choque de

culturas e ao mesmo tempo a visão

mercadológica deste pioneiro, em

tempos em que sequer haviam vias

pavimentadas, tampouco sistemas

de concessão de linhas, conforme o

próprio Theodor sugestionara. Não

diferente fora a saga de Tito Mascioli

ou ainda a de João Tude de Melo,

personagens de imaginação e perseve-

rança na busca pela excelência, cujos

exemplos perduram e encantam até

os dias atuais. Enfim, a obra é enri-

quecedora, de leitura muito agradável

e recomendada a todos os que se

interessam pela história do transporte

rodoviário de passageiros.

Eduardo Lopes Paixão

HOMENAGENS 1Muito oportunas e justas as ho-

menagens prestadas em dezembro

passado pela ABRATI aos líderes do

setor de transporte do País, os sena-

dores Clésio Andrade e Acir Gurgacz,

e o empresário José Antônio Martins.

Ninguém ignora os muitos serviços

prestados a esse setor por essas três

personalidades e tenho para mim que

se nas últimas décadas o Brasil deu

passos importantes no processo do

seu desenvolvimemento, foi com a

contribuição de brasileiros da têmpera

dos homenageados. Muito bom que a

ABRATI esteja atenta ao papel desem-

penhado por esses e outros líderes.

Raul de Castro Parente

BELO HORIZONTE – MG

artasC

HOMENAGENS 2Sem dúvida, muito merecidas as

homenagens do setor de transporte

rodoviário de passageiros aos senho-

res José Antônio Fernandes Martins,

Clésio Andrade e Acir Gurgacz, todos

eles na linha de frente da defesa do

transporte de pessoas no Brasil.

Joaquim Carlos da Madeira

RIO NEGRINHO – SC

INTERNET A BORDOHá duas semanas tive minha

primeira experiência de viajar em um

ônibus com sinal de internet a bordo.

No meu caso, levei meu tablet por la-

zer, mas no mesmo ônibus da Planalto

em que eu estava havia pelo menos

um executivo (ou chefe de família,

não sei) tratando de negócios. Uma

modernidade impensável até pouco

tempo atrás, e que mostra o nível de

atualização das empresas de ônibus

hoje. Diga-se de passagem, a minha

viagem começou (e muito bem, aliás)

pela sala VIP da empresa na rodoviária

de Porto Alegre.

Ildefonso de Campos

SÃO LEOPOLDO – RS

ICMSFiquei impressionada com os cálcu-

los e as informações da matéria publi-

cada pela revista ABRATI número 71,

mostrando a diferença do preço das

passagens com e sem a cobrança de

ICMS. Também fiquei indignada com a

informação de que, como passageira

de ônibus, eu pago ICMS e passa-

geiros de avião não pagam. Gostaria

que alguém me explicasse por que a

inexplicável diferença de tratamento;

se é justo para o passageiro de avião,

mais justo ainda seria para o passa-

geiro de ônibus.

Serafina de Almeida Souza

SOROCABA – SP

6 REVISTA ABRATI, MARÇO 2013

REVISTA ABRATI, JUNHO 2006REVISTA ABRATI, MARÇO 2013 7

arta do PresidenteC

É sempre tempo de Boas Práticas

O que vemos agora é um sistema

consolidado, que opera com veículos cada

vez mais sofisticados, dotados de internet a

bordo, ar-condicionado e serviços diferenciados,

como, por exemplo, leito e executivo em um

mesmo ônibus.

Renan Chieppe,

Presidente da ABRATI.

A ABRATI sempre se empenhou em contribuir para o aperfeiçoamento dos ser-

viços prestados aos passageiros pelas empresas associadas. Exemplo disso

é o incentivo permanente dado pela Associação aos programas de qualidade das

empresas ou dos quais elas participam. Mais recentemente, os programas ou

ações de qualidade das associadas passaram a ser ainda mais valorizados com o

advento do Prêmio Boas Práticas no Transporte Terrestre de Passageiros, instituído

há dois anos pela ABRATI, em conjunto com a ANTP – Associação Nacional dos

Transportes Públicos.

Em 2013, caminhamos para a terceira edição do Prêmio, registrando desde já

a perspectiva de participação de diversas empresas, interessadas em fazer jus à

premiação nas diversas categorias abertas à disputa. Tudo isso se encaixa perfei-

tamente nas diretrizes das nossas associadas, diretrizes essas que se traduzem

na busca incessante pelo aperfeiçoamento dos serviços prestados.

Hoje são muitas as empresas detentoras de certificações de qualidade e que

acabam se tornando referência nos serviços que prestam. E temos notado, com

enorme satisfação, que é cada vez maior o número de companhias que investem

sistematicamente no aperfeiçoamento dos seus serviços, principalmente com o

uso de contínuos treinamentos e cursos de reciclagem.

Aliás, o sistema de transporte rodoviário de passageiros que se desenvolveu

no Brasil, e cujo início data de cerca de 80 anos atrás, goza de elevado prestígio

entre os técnicos em transporte no mundo todo, por conseguir atender a um País

de dimensões continentais com tarifa módica, regularidade e qualidade.

Como bem sabem os empresários que mantêm esse sistema, tudo isso foi

construído com enorme esforço e abnegação, desde o tempo do desbravamento

de tantas regiões brasileiras onde o único meio de transporte disponível era ou

seria o ônibus, e onde, muitas vezes, o próprio empreendedor se via na obrigação

de abrir seus próprios caminhos de terra para ligar cidades e lugarejos distantes

às capitais.

O que vemos agora é um sistema consolidado, que opera com veículos cada

vez mais sofisticados, dotados de internet a bordo, ar-condicionado e serviços

diferenciados como, por exemplo, leito e executivo em um mesmo ônibus. Enfim,

um sistema que utiliza equipamentos e veículos iguais aos que circulam nos países

mais avançados do mundo.

O significado disso pode ser resumido em uma palavra: qualidade. E a terceira

edição do Prêmio Boas Práticas, a exemplo das anteriores, mais uma vez dará

visibilidade ao notável e permanente esforço das empresas para oferecer sempre

o melhor aos seus passageiros.

Júlio

Fer

nand

es

8 REVISTA ABRATI, MARÇO 2013

B A G A G E I R O

DEMONSTRAÇÃO CONFORTO

RODOVIASCANADÁ

CARAVANA ESTRELAS DO BRASIL, DA MERCEDES-BENZ, PERCORRE O PAÍS

NO CAMINHÃO PESADO ACTROS ATÉ A CAMA UTILIZA TECNOLOGIAS AVANÇADAS

GOVERNO MUDA O MODELO DAS CONCESSÕES

MARCOPOLO FAZ INVESTIMENTO ESTRATÉGICO

A Mercedes-Benz do Brasil,

em parceria com seus

concessionários, está

realizando uma nova ação

itinerante de demonstração

de caminhões e de

divulgação de produtos,

serviços e tecnologia

da marca. Denominada

“Estrelas do Brasil”, na

primeira etapa a caravana

percorrerá 20 cidades

das regiões Sudeste, Sul,

Centro-Oeste e Nordeste.

Em cada uma delas são

expostos caminhões

indicados para o setor

atacadista, varejista e

hortifrutigranjeiro, com

a oferta de condições

especiais para a compra

dos veículos. Pode-se fazer

test-drive com caminhões

de todas as linhas Accelo,

Atego, Atron, Axor e Actros.

Caminhões de todos os modelos

da Mercedes-Benz na caravana.

Na cabine, além dos assentos,

também uma cama confortável.

Foto

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gaçã

o

O Governo mudou as regras

do modelo de concessão

de rodovias para tornar o

negócio mais rentável e

atraente aos investidores.

O prazo das concessões foi

estendido para 30 anos e

a perspectiva de aumento

da demanda foi reduzida

de 5% para 4%. O prazo

de carência passou de

até três anos para cinco

anos e o tempo total de

financiamento foi ampliado

de 20 para 25 anos. Ao

mesmo tempo, foram

diminuídas as exigências

de comprovação

do patrimônio líquido.

No caminhão pesado top

de linha da Mercedes-

Benz, até a cama se

destaca pelo bem-estar

PARCERIA

CAIO INDUSCAR OFERECE CURSOS GRATUITOS PARA A COMUNIDADE

Em parceria com a

Prefeitura Municipal de

Botucatu-SP, o Senai

e a Guarda-Mirim, a

Caio Induscar está

oferecendo dois cursos

profissionalizantes

gratuitos à comunidade:

de Auxiliar de

Montagem de

Carrocerias de Ônibus

e de Soldador MAG.

O objetivo do projeto

é qualificar mão de

obra especializada. As

primeiras turmas foram

iniciadas na terceira

semana de fevereiro.

No total, cerca de 360

pessoas sairão dos

cursos aptas a trabalhar

em diversos postos de

trabalho que exigem

esse tipo de formação.

e pelos benefícios que

proporciona para a saúde

do motorista. A cama da

cabine Megaspace dos

cavalos-mecânicos Actros

2646 6x4 e 2546 6x2 tem

colchão de alta qualidade,

que facilita a máxima

ventilação e não acumula

umidade. O estrado

de molas anatômicas

independentes assegura

melhor distribuição de

peso, ajustando-se ao

perfil físico do motorista.

A cama tem 1,95 metro

de comprimento e 70

centímetros de largura.

A Marcopolo está

subscrevendo 11.087.834

novas ações ordinárias

a serem emitidas pela

encarroçadora New Flyer

Industries Inc., com sede

em Winnipeg, Canadá, que

produz ônibus naquele país

e nos Estados Unidos. O

valor das ações ordinárias

totalizará 116,4 milhões

de dólares canadenses,

representando 19,99%

do capital social empresa

canadense. New Flyer e

Marcopolo pretendem

explorar oportunidades de

cooperação em áreas do

ramo em que atuam.

REVISTA ABRATI, JUNHO 2006REVISTA ABRATI, MARÇO 2013 9

CAMINHÕES MEIO AMBIENTE

INTEGRAÇÃO

SEGUNDA FÁBRICA

RENOVAÇÃO

DAIMLER INDIA DEVE LANÇAR 17 NOVOS MODELOS

CITARO ELÉTRICO PRESENTE NO FÓRUM DE DAVOS

FILHOS DE COLABORADORES CONHECEM AS FÁBRICAS DA MARCOPOLO NO SUL

ATÉ DEZEMBRO A COMIL COMEÇA A PRODUZIR SEUS URBANOS EM LORENA

CATARINENSE COMPRA MAIS QUATRO MARCOPOLO 1800 DOUBLE DECKER

Boas vendas levaram a Daimler

India a ampliar a linha.

O Citaro híbrido: transporte

limpo para os participantes.

Silvio Calegaro, Diretor-Geral da

Comil: produção em um turno.

Pais e filhos reunidos à mesa no local de trabalho.

A Comil anunciou que no

quarto trimestre deste ano

passará a produzir ônibus

urbanos em sua segunda

unidade industrial, que está

sendo instalada em Lorena-

-SP. Inicialmente, a unidade

funcionará com um turno. A

partir de então, a matriz, em

Erechim-RS, passará a fabri-

car exclusivamente ônibus

rodoviários, intermunicipais,

micros e alguns modelos

urbanos mais sofisiticados.

Somada a capacidade de

produção das duas unida-

des, a Comil poderá fabricar

até 8.000 unidades/ano.

Desde o dia 20 de

fevereiro a Daimler India

está comercializando no

mercado indiano, com

a marca BharatBenz,

caminhões médios de 9 a

12 toneladas. A montadora

anunciou que até o fim

deste ano colocará à

venda, no total,

17 modelos de

caminhões BharatBenz.

Dois ônibus híbridos

Citaro, da Mercedes Benz,

com tecnologia de célula

de combustível, foram

utilizados no transporte

regular dos participantes

do 43º Fórum Econômico

Mundial de Davos, na

Suíça, deste ano. Os dois

veículos foram fornecidos

pela empresa suíça

PostAuto Schweiz AG.

Em fevereiro, a Auto Viação

Catarinense passou a

contar com mais quatro

unidades do ônibus

Double Decker 1800,

da Marcopolo, todas

destinadas às linhas

de longa distância da

empresa, especialmente

Florianópolis–São Paulo.

Cerca de 500 filhos

de colaboradores da

Marcopolo visitaram as

fábricas onde trabalham

seus pais e conheceram

o funcionamento da

encarroçadora Marcopolo,

em Caxias do Sul-RS.

Divididas em turmas, elas

estiveram nas unidades

Ana Rech e Planalto,

onde participaram

de várias atividades,

como apresentações

de palhaços, oficinas

de música, narração de

histórias, sessão de

cinema e brincadeiras.

Também foi servido

lanche. Elas andaram em

um ônibus Marcopolo G7

que passou por um teste

d’água. E ainda ganharam

uma camiseta e um

baldinho para pipocas,

alusivos ao evento, além

de fazerem uma refeição

com os pais.

Os carros oferecem

dois diferentes tipos de

serviço, com 44 poltronas

executivas na parte

superior e nove poltronas

leito na parte de baixo. Ao

longo do ano a companhia

estará dando sequência ao

seu rotineiro programa de

renovação de frota.

assageirosP

Mais barato, confortável e pontual: é o ônibus!Não é novidade que a maioria dos viajantes prefere utilizar o ônibus nos seus deslocamentos pelo

Brasil e por vários países vizinhos. Houve um tempo em que a principal razão para isso eram apenas

as tarifas muito mais baratas. Atualmente, porém, os passageiros sabem que continuam pagando

menos, mas estão viajando com conforto cada vez maior.

Os passageiros brasileiros pagam tarifas acessíveis e viajam em ônibus modernos que se colocam entre os melhores do mundo.

A primeira experiência da enfermei-

ra Anielle Samara de Souza com

viagem de avião foi bem complicada.

Os problemas começaram na hora de

comprar as passagens de ida e volta

entre Uberlândia e São Paulo: sem

querer, ela digitou o nome incompleto.

Depois tentou corrigir, mas a compa-

nhia aérea não aceitou; sugeriu que

ela cancelasse a passagem para pos-

teriormente receber o dinheiro de volta,

e comprasse outra. Foi o que ela fez,

mas logo descobriu que já não havia

passagens de promoção disponíveis,

e assim, para pagar o mesmo preço

de antes teve que antecipar a viagem

em 12 horas e descer em Campinas.

“Precisei trocar a folga no trabalho

e não sei quando vou receber de volta o

dinheiro da primeira compra. O valor vai

ser cobrado na próxima fatura do meu

cartão de crédito” – lamentou Anielle

ao reportar o episódio, que teve ou-

tros desdobramentos desagradáveis.

Uma pessoa iria apanhá-la à noite no

aeroporto de Congonhas e, como ela

chegou às 13 horas, vinda de Campi-

nas, teve de ficar mais de seis horas

esperando até ser apanhada.

Se Anielle tivesse embarcado na

rodoviária de Uberlândia, teria chegado

ao terminal com apenas 10 minutos de

antecedência, embarcado sem stress

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12 REVISTA ABRATI, MARÇO 2013

Anielle Samara de Souza: queria pousar em

São Paulo, desceu em Campinas.

e desembarcado direto em São Paulo

oito horas depois, a bordo de um ôni-

bus bem confortável. Esse foi o tempo

que ela gastou no complicado percurso

Uberlândia–Campinas–São Paulo.

Também teria escolhido entre quatro

opções de horários, dos quais três em

ônibus convencional e um executivo. A

companhia aérea lhe ofereceu duas.

É verdade que estes não são os

transtornos mais comuns para quem

viaja de avião. Mas o que dizer dos

atrasos e cancelamentos constantes

por razões meteorológicas? E como ex-

plicar desvios motivados por acidentes

como o que ocorreu em Congonhas,

onde um jatinho perdeu os freios e

provocou a interdição da pista? Algo

ainda pior aconteceu em Viracopos,

Campinas, onde um avião cargueiro

quebrou o trem de pouso e causou

a interdição de pousos e decolagens

por dois dias, infernizando a vida de

25.000 passageiros de várias com-

panhias. Tornaram-se mais ou menos

comuns os problemas nos sistemas

de controle de check-in das operado-

ras aéreas, ocasionando centenas de

atrasos nos voos.

CONVIVÊNCIA

É claro que, em situações normais,

as modalidades rodoviária e aérea de

transporte de passageiros oferecem

espaço para uma convivência em

regime de competição comercial. O

passageiro escolhe a opção que mais

lhe convém. Por exemplo: não faz mui-

to tempo que o engenheiro Francineto

dos Santos Queiroz, do Rio de Janeiro,

estava trabalhando em Santos. Para

ele, a melhor maneira de ganhar tempo

era viajar de ônibus pela Rodovia Rio-

-Santos. Atualmente, ele trabalha em

São Paulo e continua morando no Rio

de Janeiro. Optou então pelo avião.

Já o casal Walter Braga e Maria

Bernadete, que mora em Londrina-PR,

usa sempre os ônibus da Viação Garcia

em suas viagens de ida e volta a São

Paulo. A mesma opção é feita para

ir do Paraná ao Espírito Santo. “Nós

gostamos muito de viajar de ônibus”,

diz Bernadete. “E é mais barato”,

emenda Walter.

NOVOS VIAJANTES

A classe média brasileira, que

segundo recente estudo do Banco

Mundial cresceu 50% nos últimos dez

anos, estimulou não só a compra de

automóveis – o que, teoricamente,

poderia tirar passageiros dos ônibus

– como também fez aumentar o inte-

resse por viagens. O resultado foi o

aumento do volume de passageiros

nas modalidades ônibus e avião. Num

primeiro momento, as companhias aé-

reas passaram a oferecer promoções

e passagens pagas em muitas parce-

las. Em consequência, uma parte dos

passageiros de menor poder aquisitivo

trocou momentaneamente de modal.

Isso afetou principalmente as rotas de

longa distância, como, por exemplo,

entre São Paulo e a região Nordeste.

Ocorreu, no entanto, que os prejuízos

acusados nos balanços trimestrais das

companhias aéreas no ano passado,

somados ao aumento no preço dos

combustíveis, levaram a aumentos

nas tarifas de avião. Isso tem levado

de volta ao ônibus muitos passageiros

das rotas de longa distância.

Claro que nas distâncias de até

300 ou 400 quilômetros e nas cidades

sem ligações aéreas adequadas com

os grandes centros, o ônibus continua

Walter Braga e Maria Bernadete gostam de

ônibus e das tarifas muito mais baixas.

Francineto dos Santos Queiroz usa o avião

ou o ônibus, dependendo do percurso.

REVISTA ABRATI, MARÇO 2013 13

assageirosP

sendo a melhor opção para o usuário.

Porém, mesmo nas distâncias maio-

res, uma eventual opção pelo avião

deve considerar que o tempo gasto

na viagem precisa ser acrescido do

tempo de deslocamento até o aero-

porto (principalmente em metrópoles

como São Paulo e Rio de Janeiro), e

a vários outros fatores como aqueles

60 minutos de antecedência exigidos

para o check-in, a superlotação dos

aeroportos, os constantes atrasos

para a decolagem (muitas vezes provo-

cados por questões meteorológicas), a

demora para desembaraçar a bagagem

no destino e o tempo de deslocamen-

to do aeroporto até o ponto final da

viagem. Tudo isso pode anular pelo

menos parte da vantagem da maior

velocidade do avião.

Outro detalhe importante é que

as viagens rodoviárias se beneficiam

da melhor localização dos terminais

– quase sempre mais próximos dos

centros das grandes cidades e melhor

servidos de transporte público. É o

caso do Terminal Rodoviário Tietê,

de São Paulo. Ali, a administradora

Socicam controla a movimentação de

2.500 ônibus e 450.000 passageiros

por dia. A pontualidade das partidas

é controlada por um sistema de sof-

twares que libera o acesso de cada

veículo exatamente 15 minutos antes

do embarque dos passageiros, para

que a partida ocorra no horário e sem

filas. As empresas mantêm seus veí-

culos em pátios próximos do terminal

para evitar atrasos em dias de grande

movimento. Os ônibus de linhas curtas

deslocam-se diretamente da área de

desembarque para a de embarque e,

nos raros casos de atraso na chegada,

o veículo programado é substituído por

um reserva mantido de plantão nas

proximidades. O Terminal Tietê dispõe

de circuito interno de TV, que monitora

todas as suas instalações e arredores

para garantir a segurança dos frequen-

tadores. Também conta com um centro

de compras e com amplas salas de

espera. Algumas empresas mantêm

salas VIP no local.

RETOMADA

O professor Leonardo Vasconcelos,

da Universidade de Brasília, com mes-

trado em transportes, lembra outras

diferenças:

“A aviação regional, ligando as

capitais ao interior dos Estados, ope-

ra com aviões de menor capacidade,

que são mais lentos e estão sujeitos

aos mesmos contratempos de infra-

estrutura e meteorologia da aviação

nacional. Ela perde para os ônibus por

não dispor da mesma quantidade de

Anuar Helayel, da Cometa: com mais

conforto e maior variedade de serviços, o

ônibus continua sendo muito vantajoso.

A diferença entre voar apertado e viajar de ônibus

Máximo 88,5 cm

Mínimo 68,5 cm

Ônibus

O reduzido espaço entre as poltronas é uma das queixas de quem viaja de avião. No ônibus, ao contrário, o espaço é muito maior.

Máximo 61,3 cm

Mínimo 57,1 cm

Avião

Div

ulga

ção

14 REVISTA ABRATI, MARÇO 2013

Há algum tempo, a jornalista Lilian

Beclende, que mora em Campinas

mas viveu nos últimos dez anos em

Londres, resolveu fazer, em companhia

de um amigo inglês, uma viagem de

quinze dias pelas regiões Sul e Sudes-

te do Brasil. Para economizar, decidiu-

-se pelos ônibus de linhas regulares.

“Em cada lugar onde chegávamos,

eu fazia a programação do trecho se-

guinte e sempre conseguia encontrar

passagem para o dia e o horário que

procurava”, conta a jornalista.

Nas distâncias maiores, eles via-

javam à noite para poupar o custo do

pernoite em hotel. Foi assim que saiu

de Campinas para Curitiba, daí para

Foz do Iguaçu, depois para Florianópo-

lis. A viagem prosseguiu para o Rio de

O prazer de viajar de ônibus

frequências das viagens rodoviárias,

sem falar que a rede de aviação regio-

nal ainda é muito limitada quando se

considera o tamanho do país.”

Além disso, ele chama atenção

para o fato de que as empresas de

ônibus não só adotaram práticas e

inovações que anteriormente eram

típicas do transporte aéreo, como

introduziram outras, com a implanta-

ção da compra virtual de passagens,

de classes de serviço diferentes em

um mesmo veículo, de segmentação

tarifária conforme o tempo de ante-

cipação na compra da passagem,

entre outras comodidades ao usuário.

Finalmente, o professor Vasconcelos

observa que muitos usuários, entre

eles os pequenos empresários e

profissionais liberais que transitam

frequentemente nas médias distân-

cias, “começam a enxergar a vanta-

gem econômica e de conforto quando

utilizam ônibus mais equipados em

substituição ao avião”.

Essa tendência, aliás, já foi apon-

tada pelo jornal Folha de S. Paulo, que

informou sobre um aumento de 20%

nas vendas de passagens rodoviárias,

no ano passado, em comparação com

as vendas de 2011. Segundo o mesmo

jornal, no final de 2012 na linha São

Paulo-Rio de Janeiro, a mais movimen-

tada do país, com dois milhões de

passageiros por ano, esse crescimento

foi de 15%.

Ouvido sobre o assunto, também

o consultor de transportes Adriano

Murgel Branco, ex-secretário de Trans-

portes do Estado de São Paulo, disse

entender que, além de o transporte

rodoviário de passageiros oferecer

tarifas mais baixas em qualquer distân-

cia, suas outras vantagens são mais

nítidas nas viagens de curta distância,

como também nas médias distâncias

onde não haja voos regulares. Lilian Beclende: praticidade e economia.

MAIS SERVIÇOS

Diretor da Viação Cometa, Anuar

Helayel assegura que as empresas

rodoviárias vêm ganhando terreno não

só por causa da elevação do preço

das tarifas aéreas, mas porque elas

passaram a oferecer mais itens de

conforto no interior dos ônibus e maior

variedade de serviços. Por exemplo,

os ônibus, sempre novos, ganharam

configurações com assentos de pri-

meira classe nos modelos executivos.

Os passageiros de primeira classe

têm poltronas com graus variáveis de

inclinação e recebem manta e lanche

na viagem. Os ônibus convencionais

estão equipados com ar-condicionado

e sistema wi-fi de internet a bordo.

“A capilaridade e o maior número

de frequências do sistema rodoviário

são fatores imbatíveis na comparação

com o aéreo”, afirma o executivo.

Ele enumera outras comodidades.

Uma delas é o fato de as passagens

poderem ser compradas não apenas

nos guichês e totens instalados nos

terminais rodoviários, mas ainda por

call center, internet, smartphone e

nos sites especializados. O pagamento

pode ser parcelado em até dez vezes.

No caso da Cometa, ela também criou

um cartão fidelidade com o qual, a

cada dez trechos viajados, o passa-

geiro ganha um.

“Nas viagens de 400 a 500 quilô-

metros, temos condições de competir

com o modal aéreo, o que é comprova-

do por nossos contratos corporativos,

e apesar de as passagens aéreas não

serem tributadas com o ICMS, enquan-

to as rodoviárias são”, diz Helayel.

Segundo o executivo, a inclusão

das empresas de transporte rodoviá-

rio na nova sistemática de cobrança

do INSS, agora feita com base no

faturamento e não mais na folha de

pagamento, permitirá o repasse de

benefícios para os passageiros.

João

Lui

z O

livei

ra

REVISTA ABRATI, MARÇO 2013 15

Janeiro, e em seguida ela e o amigo

pegaram a Rio-Santos rumo ao litoral

norte paulista. Dali seguiram para São

Paulo, de onde partiram para as cida-

des históricas de Minas Gerais. Lilian

conta que ambos ficaram encantados

com a qualidade dos ônibus e dos

serviços oferecidos.

“Se fosse possível fazermos toda

a viagem de avião, certamente o gasto

seria muito maior e não teríamos apre-

ciado a paisagem diferente e encanta-

dora dessas duas regiões do Brasil.”

Operadora autônoma de turismo

em Caldas Novas-GO, Wanessa Silva

Rocha viaja duas a três vezes por mês

para São Paulo, sempre de ônibus,

embora já tenha usado avião algumas

vezes. Nem sempre ela consegue apro-

veitar as promoções das companhias

aéreas porque a viagem é decidida na

última hora; já o ônibus, tem tarifa fixa Marc Elie opta sempre pelo convencional. Fernando Gresele destaca o conforto.

assageirosP

e está sempre disponível.

“É uma questão de gosto, adoro

estrada, gosto do ruído dos pneus

rodando no asfalto e aprecio as pai-

sagens do caminho”.

Ela diz que se programa para viajar

e que não fica cansada, mesmo levan-

do 12 horas em cada pernada, pois

sempre dorme uma parte da viagem.

Em geral, viaja nos ônibus convencio-

nais, saindo de São Paulo às duas da

tarde e chegando a Caldas Novas às

duas da madrugada. Na sua opção,

contam também o custo da passagem

e a facilidade de acesso ao Terminal

Tietê por metrô.

No caso do haitiano Marc Elie,

professor de línguas, que mora há dois

anos no Brasil, as viagens são para

a cidade do Rio de Janeiro. Sempre

que tem uns dias de folga ele toma

o ônibus e vai lá visitar os amigos. A

opção é sempre pelo ônibus conven-

cional. Compra a passagem na hora Wanessa Rocha adora estrada e paisagem.

e não tem preferência por empresa:

“Viajo naquela que tem o horário mais

próximo”.

O motivo das viagens do adminis-

trador de empresas Fernando Greselle

é profissional. Ele tem família em São

Paulo e trabalha há quatro anos em

Curitiba. É passageiro habitual da Via-

ção Cometa e aprecia os serviços da

empresa: “Os ônibus são confortáveis,

as poltronas espaçosas e aguardo o

embarque na sala VIP.”

Ele descobriu recentemente que a

internet é liberada no ônibus. Mora na

Vila Mariana, próximo do metrô, o que

facilita o deslocamento até o terminal

rodoviário.

“Se fosse de avião, alguém teria

de me dar carona ou eu precisaria ir

de táxi. Sem contar que passagem

de avião é muito mais cara. A opção

pelo ônibus é de ordem econômica

mesmo”, salienta.

Foto

s: Jo

ão L

uiz

Oliv

eira

16 REVISTA ABRATI, MARÇO 2013

assageirosP

Avaliando os dois modais

São mais confortáveis do que as da classe econômica dos aviões e o espaço

livre varia de 68,5 cm a 88,5 cm.

Nas linhas nacionais não há diferença de classes e o maior espaço entre as

poltronas é de cerca de 61,3 cm.

Chegam a praticamente todos os 5.500 municípios brasileiros.

As ligações se restringem às cidades com aeroportos capacitados a receberem voos.

Em geral a passagem é bem mais barata, mesmo em casos de promoções e grande antecipação na compra da aérea.

Para alguns destinos, em período de férias e em feriados, o preço ainda

é mais caro que o rodoviário, se a compra é na véspera do embarque.

O passageiro entrega e pega a bagagem diretamente no veículo.

O passageiro não tem o controle depois do check-in e a bagagem disputa

espaço na esteira com outros voos

Se desistir da viagem, o passageiro pode pedir o reembolso e não perde dinheiro.

O reembolso exige maior antecedência na desistência, e geralmente a companhia

aérea cobra taxa e multa.

Não é cobrada nenhuma taxa de remarcação.

Além da taxa de remarcação, o passageiro pode ter que pagar diferença de tarifa se não houver passagem com o

mesmo preço para o voo escolhido.

Os terminais rodoviários são mais próximos dos centros e os custos

com deslocamento, menores. Os aeroportos geralmente são mais afastados, o que demanda mais

tempo e gera custos adicionais.

Os ônibus costumam partir quase sempre no horário.

Pontualidade é um dos principais problemas das companhias áreas.

Dependendo do destino, pode ser maior. Costuma ser

muito menor.

Não interfere na saída do veículo. Pode interferir nos

pousos e decolagens.

Oferece gratuidade em obediência a determinadas regras.

Não há gratuidade para idosos nem descontos para estudantes.

Poltronas

Destinos

Preço

Bagagem

Reembolso

Remarcação de horário e dia

de viagem

Terminais

Pontualidade

Tempo de viagem

Clima

Idosos e estudantes

Font

e: L

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etvi

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REVISTA ABRATI, MARÇO 2013 17

ÔNIBUS X AVIÃO – VALOR DAS PASSAGENS NO TRECHO SÃO PAULO-RIO DE JANEIRO

Promoção (R$) - Fevereiro/2013 Tarifa cheia (R$) - Fevereiro/2013

GOL 286,00 a 408,00 853,90 a 1.219,90

TAM 144,00 a 468,00 1.450,00 a 1.570,00

Viação Cometa 70,50(Convencional com ar)

99,00(Executivo)

129,00(Leito)

119,00(1ª classe)

A política tarifária é diferente

entre os modais rodoviário e aéreo.

Enquanto no rodoviário a tarifa é fixa

e específica para cada tipo de serviço

(convencional, executivo, leito e primei-

ra classe), no aéreo ela varia de acordo

com a antecedência da compra e com

as promoções. A tabela cheia, geral-

mente aplicada quando se aproxima a

hora do embarque, tem valor até dez

vezes maior que no modal rodoviário.

Sem nenhuma dúvida, na compara-

ção das tarifas a vantagem é do siste-

ma rodoviário sobre o aéreo, como se

pode ver na tabela abaixo. Ela mostra

O ônibus é a melhor opção. Basta comparar.

que, na rota São Paulo-Rio, a tarifa de

1ª classe, a mais cara da Viação Come-

ta, custa R$129,00. Portanto, é mais

baixa do que a maior promoção ofereci-

da nos sites da Tam (R$ 144,00) e da

Gol (286,00) para a ponte aérea entre

as duas capitais. Além de mais cara,

na promoção das aéreas a compra tem

de ser feita com antecedência. Se o

passageiro comprar a passagem na

véspera estará sujeito à tarifa cheia,

que, na Gol, varia de R$ 853,90 a R$

1.219,90 e, na TAM, de R$703,00

a R$ 1.310,00, conforme os sites

oficiais das duas empresas.

Preços mais baixos, facilidade para a compra da passagem e grande disponibilidade de horários: conforto para o passageiro.

A tarifa mais barata da Tam

(R$144,00) custa mais que o dobro

da do ônibus convencional com ar-

-condicionado da Cometa (R$ 70,50).

E a da Gol (R$ 286,00) equivale a

2,2 vezes a tarifa do ônibus de 1ª

classe (R$ 129,00). As empresas de

ônibus interestaduais oferecem três a

quatro opções de tarifas, dependendo

dos níveis de conforto de cada um:

convencional, executivo, leito e 1ª

classe. Nesta última opção, há um

grupo de poltronas segregadas que

proporcionam ainda mais conforto em

um ônibus executivo.

assageirosPJo

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uiz

Oliv

eira

18 REVISTA ABRATI, MARÇO 2013

mpresaE

A Empresa União se renova dia a diaAos 55 anos de existência, comemorados em dezembro do ano passado, a União, de Araranguá-SC,

continua se reinventando. Para isso, dinamiza cada vez mais suas atividades com a implantação de

novos programas de treinamento para os colaboradores, forte ênfase no processo de renovação da

frota e integração total de suas agências e pontos de venda.

Quem vê nas ruas e estradas do

Sul brasileiro os modernos ônibus

Marcopolo G7 da União, transportando

com o máximo conforto e segurança

milhares de passageiros, não imagina

que, no princípio, quando a empresa

foi fundada, todos os seus veículos ti-

nham carroçarias de madeira. No caso,

eram cinco os veículos que trafegavam

sob a razão social da Transportes

Coletivos Pereira e Irmão. O lugar era

o pequeno distrito de Ermo, no muni-

cípio de Turvo, em Santa Catarina. E

o ano, 1956.

A realidade de hoje é bem dife-

rente, e tende a ser cada vez mais. O

nome Empresa União de Transporte foi

adotado dois anos após a fundação,

com a transferência da sede para Ara-

ranguá, também em Santa Catarina.

De lá para cá, a companhia nunca

parou de crescer, tanto em território

catarinense como no estado vizinho do

Rio Grande do Sul. Ao mesmo tempo,

ela se modernizou e aumentou con-

tinuamente a eficiência dos serviços

prestados. O número de segmentos

de atuação, dentro da atividade de

transporte rodoviário de passageiros,

cresceu. A intervalos, a empresa tam-

Foto

s: D

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gaçã

o

20 REVISTA ABRATI, MARÇO 2013

bém deu grande ênfase aos processos

de reestruturação administrativa e

operacional, sempre com o objetivo de

oferecer serviços cada vez melhores

aos usuários.

Essa política alcançou um de seus

pontos altos em 2001, quando, no

contexto de uma reestruturação mais

ampla, a direção dos negócios foi assu-

mida pela atual presidente, Denoraide

de Souza Pereira. Desde então, vêm

sendo permanentemente implementa-

dos novos programas de treinamento,

informatização e ações de marketing e

fidelização. Em junho do ano passado,

por exemplo, foi feita a Apresentação

do Clima Organizacional – Ano 2012. A

direção da empresa definiu o trabalho

com o intuito de promover mudanças

gradativas baseadas na opinião dos

colaboradores. Consulta então reali-

zada mostrou que 90,34% dos cola-

boradores disseram-se satisfeitos em

trabalhar na Empresa União.

FROTA

A atenção com a idade da frota

é outro aspecto que mobiliza anual-

mente a companhia. Em 2012, por

exemplo, foram incorporados novos

veículos Marcopolo G7, sendo oito

unidades do modelo Paradiso 1050

com chassis Mercedes-Benz 0500R;

quatro do modelo Ideale com chasssi

Mercedes-Benz 0500M, e dois micro-

-ônibus. Todos foram destinados às

linhas rodoviárias e de fretamento

entre os estados do Rio Grande do

Sul e Santa Catarina. Para atender o

segmento de turismo foram adquiridos

mais dois novos Geração 7 com mo-

torização Scania K400. Cada um está

equipado com três geladeiras, duas

cafeteiras, sete monitores para filmes

e DVDs, internet a bordo e toalete. O

salão da parte de baixo conta com TV

e mesas para jogos. Também há uma

mesa para jogos no salão superior.

Nas novas aquisições foram investidos

aproximadamente R$ 7.500.000,00.

Para 2013 está prevista a sequên-

cia da ampliação e renovação da frota

em todos os segmentos de atuação

da empresa.

TECNOLOGIA

Os investimentos são ainda orien-

tados para outras áreas ou necessi-

dades, dentro da política de atender

cada vez melhor os clientes internos e

externos. O setor de Tecnologia da In-

formação vem recebendo volume cres-

cente de recursos para modernização

dos equipamentos e aperfeiçoamento

dos serviços. Em 2012, mais de 20%

do parque computacional foi renovado.

Para o público externo, consolidou-

-se a venda de passagens pela inter-

net, o que permitiu maior comodidade

aos usuários. Eles já não precisam

deslocar-se até uma agência ou ponto

de venda para comprar passagens,

basta entrar no site da União (www.

empresauniao.com.br), onde é possí-

vel consultar, em tempo real, horários

e a situação de ocupação dos lugares.

Em 2013, a renovação dos equi-

pamentos vai prosseguir, em ritmo

ainda mais acelerado. Mudanças nos

procedimentos da escala estão em

fase de testes, e atualizações do ERP

serão sentidas, tanto para os clientes

internos como para os externos.

Para os clientes que preferem optar

pelas agências e pontos de venda, são

Teoria e prática na transmissão de conceitos e ensinamentos voltados à melhor operação.

Apresentação do Clima Organizacional 2012: consultas ao pessoal e mudanças gradativas.

REVISTA ABRATI, MARÇO 2013 21

35 e se espalham por cidades do Rio

Grande do Sul e do Sul de Santa Cata-

rina, de modo a assegurar o transporte

de ida e volta aos passageiros das

linhas Araranguá-Torres, Araranguá-

mpresaE

-Bom Jesus, Araranguá-Florianópolis,

Araranguá-Jaraguá do Sul e Araranguá-

-Blumenau, como também para a maio-

ria dos municípios do Sul catarinense.

Os pontos de venda oferecem ainda

passagens para fretamento nacional

e internacional.

Para 2013, a União está estudando

a instalação de totens nas rodoviá-

rias, de modo a facilitar ainda mais a

compra dos bilhetes de passagem e a

validação das compras pela internet.

Outra novidade em estudo para este

ano é a implantação do Cartão Fideli-

dade União. A empresa pretende ainda

dar grande atenção aos setores de tu-

rismo e ao transporte de encomendas

rápidas em suas linhas rodoviárias.

O empenho em proporcionar maior

comodidade aos passageiros levou a

empresa a instalar uma Sala VIP no

terminal rodoviário de Florianópolis. A

intenção é estender o modelo a outras

cidades atendidas pela União.

QUALIFICAÇÃO

Outra grande preocupação da com-

panhia é proporcionar treinamento e

reciclagem contínuos a seus mais de

160 colaboradores. Nessa área, tem

grande importância o projeto Motorista

OS NÚMEROS DA EMPRESA UNIÃO EM 2012

Quilometragem percorrida

Linhas rodoviárias 3.316.510 km

Fretamentos 1.981.848 km

Total 5.298.358 km

LinhasInterestaduais 2

Intermunicipais 38

FrotaRodoviária 50

Fretamento 36

Regiões atendidas

LinhasNos estados de Santa Catarina

e Rio Grande do Sul

TurismoNacional e internacional

(Chile, Argentina, Uruguai)

Matriz Araranguá-SC

Garagens 4 Florianópolis-SC, Criciúma-SC,

Sombrio-SC, Torres-RS

Colaboradores 164

Agências e pontos de venda 20 agências 15 pontos de venda

A frota foi parcialmente renovada em 2012. O programa de renovação é anual e prosseguirá agora em 2013.

Foto

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22 REVISTA ABRATI, MARÇO 2013

Instrutor, que constitui uma forma de

consolidar entre os profissionais moto-

ristas o Padrão União de Conduzir, ao

lado de noções sobre os conceitos de

direção defensiva e econômica.

Além disso, todos os colaborado-

res participam de treinamentos nas

áreas de transporte rodoviário e aten-

dimento aos clientes externo e interno.

Também participam de cursos externos

de aprimoramento.

A cada incorporação de novos ôni-

bus à frota os motoristas são subme-

tidos a treinamentos específicos, com

base nos quais aperfeiçoam seu estilo

de condução e conseguem o desem-

penho mais adequado dos veículos,

inclusive nos aspectos de preservação

do meio ambiente e de economia de

combustível. No mais recente desses

cursos, os profissionais da empresa

puderam familiarizar-se com vários dos

avanços tecnológicos introduzidos nos

ônibus Scania.

A atuação se estende à comuni-

dade. Periodicamente são realizados

levantamentos com o propósito de

Os avanços tecnológicos introduzidos nos novos ônibus sempre são objeto de treinamento ministrado aos motoristas e mecânicos.

Treinamento prático anual ensina aos colaboradores como apagar incêndios.

determinar ou redirecionar os trajetos

dos ônibus da empresa, de forma a

proporcionar mais segurança para as

pessoas e para a operadora.

Uma vez por ano é realizada cam-

panha de vacinação antigripal, quando

todos os colaboradores são vacinados.

Também há um treinamento anual

em que os colaboradores são instruí-

dos, inclusive na prática, sobre como

combater incêndios.

Todo ano, por intermédio da Asso-

ciação dos colaboradores, é realizada

uma grande festa de confraternização

do pessoal, com a participação dos

familiares, que passam o dia na sede

da entidade, recebem brindes e se

divertem com seus filhos.

REVISTA ABRATI, MARÇO 2013 23

ncarroçadoraE

Comil comemora as conquistas de 2012A Comil comemorou vários avanços que, no ano passado, reforçaram a posição da empresa entre as

principais fabricantes de ônibus do Brasil. O anúncio da nova unidade em Lorena-SP, o sucesso do

Campione Double Decker e os bons negócios no mercado interno foram alguns feitos importantes.

26 REVISTA ABRATI, MARÇO 2013

A encarroçadora Comil está investin-

do R$ 110 milhões na instalação

de sua nova unidade de produção,

agora em território paulista, e que

se dedicará à produção de ônibus

urbanos. A aprovação do projeto foi

anunciada em julho do ano passado. A

fábrica vai gerar 500 empregos diretos

e 1.000 indiretos e terá capacidade

para produzir 20 ônibus urbanos/

dia. Deverá estar pronta em meados

deste ano e com ela a Comil elevará

em 100% sua capacidade produtiva. Inaugurada a fábrica de Lorena,

a unidade de Erechim-RS passará a

produzir somente ônibus rodoviários.

Em 2012, a Comil lançou dois

novos modelos de ônibus. O Cam-

pione Double Decker foi apresentado

em janeiro. Projetado para atender o

transporte rodoviário de alto padrão,

encerrou o ano como o modelo mais

exportado da encarroçadora no perío-

do. Estimativa divulgada pela empresa

diz que “cerca de 250 unidades foram

vendidas ao mercado externo, princi-

palmente para a América Latina, que

absorveu 40% do total comercializado

para outros países no período”.

Um outro modelo foi lançado em

outubro, o Doppio BRT. Adaptado para

atender os sistemas de transporte

rápido, o ônibus chegou ao mercado

como um dos veículos com melhor

custo-benefício para esse segmento.

O modelo apresenta design frontal

marcantemente aerodinâmico, com o

ar-condicionado integrado à carroçaria.

CHILE E ARGENTINA

Segundo a Comil, os maiores vo-

lumes de venda do Campione Double

Decker foram para importadoras da

Argentina e do Peru, “onde o carro está

sendo utilizado em larga escala nos

sistemas de transporte rodoviário”.

Recentemente, duas importadoras

argentinas fizeram pedidos que to-

talizaram 50 unidades do modelo. A

Plusmar comprou 30 e a Colcar, 20

Campione DD. No início de 2013, a

Plusmar realizou um evento em Buenos

Aires, no qual apresentou o primeiro

Double Decker Comil que passará a

circular nas estradas argentinos.

Já as importadoras Diveimport

e Scania estão entre as principais

clientes de DD’s no Peru, com 110 e

40 unidades, respectivamente. “A con-

solidação do Double Decker Comil no

mercado externo é resultado do forte

trabalho que realizamos em conjunto

com nossos parceiros em cada país.

O mercado esperava um produto como

o Campione DD, com alto padrão de

qualidade, bom custo-benefício e um

pós-venda especializado”, afirma o

gerente de exportação, Airton A. Dalla

Corte.

A encarroçadora também alcançou

importantes mercados onde começa

a consolidar sua presença: caso da

Bolívia, por intermédio da Empresa

Transcopacabana, e do Panamá, com

a empresa CDM. No Chile, o maior

parceiro, a Comisa, adquiriu 40 ôni-

bus DD.

Aqui no Brasil, desde o lançamen-

to, 25 unidades do Campione Double

Decker foram vendidas para diferentes

empresas de transporte. As empresas

Transportes Thomaz, Capital Turismo,

Adelazeri, MS Transportes e Turismo,

Bem recebido na Argentina, o Campione DD já roda nas cidades e estradas de lá.

O Doppio BRT é uma das apostas da

Comil para 2013. Muitas cidades ainda

estão se preparando para os grandes

eventos que o País promoverá

em 2014 e 2016.

Foto

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gaçã

o

REVISTA ABRATI, MARÇO 2013 27

Neddstur, Ricardo Turismo e Osvaldo

Turismo são algumas das operadoras

que incorporaram o DD a suas frotas.

PARCERIAS

Ainda no mercado interno, em re-

lação a outros produtos, a companhia

conquistou novos clientes, além de

manter suas parcerias com diversas

empresas de transporte de passagei-

ros. Também participou ativamente de

eventos como a FetransRio, em outu-

bro. Um de seus principais parceiros

no ano foi o Grupo Belarmino, segundo

maior em transporte coletivo do Estado

ncarroçadoraE

O Doppio BRT está conquistando a confiança das operadoras de transporte meteropolitano.

de São Paulo e quarto no Brasil. O gru-

po adquiriu mais de 300 novos ônibus

Comil, inclusive 40 unidades do Doppio

BRT. Os ônibus foram incorporados às

frotas das empresas Ouro Verde, Via-

ção Lira, VB e São José, que atendem

os destinos de Campinas, Americana e

Sumaré. Recentemente, outro lote de

mais de 40 carros foi vendido para a

empresa de transportes Tuca, também

do Grupo Belarmino.

Nos últimos meses, a Comil entre-

gou ainda 124 ônibus urbanos Svelto

para duas empresas do consórcio

PróUrbano, de Ribeirão Preto-SP. Por

sua vez, a empresa Transcorp adquiriu

92 novos ônibus, e a Sertran, mais 32.

Os sistemas de transporte público

da Zona Leste de São Paulo e da cida-

de de Guarulhos receberam 31 ônibus

novos, todos do modelo Svelto Midi,

montados sobre chassi Mercedes-

-Benz. Foram comprados pela Vipol

para renovação de sua frota, atual-

mente de 80 carros. Com a compra,

a Vipol tornou-se uma das primeiras

empresas da região metropolitana

entre Guarulhos e São Paulo a utilizar

a tecnologia Euro 5. O investimento

também possibilitou o aumento da ca-

pacidade de transporte de passageiros

da empresa, mantido o mesmo número

de veículos. É que alguns micro-ônibus

da frota foram substituídos pelos

modelos da Comil, com espaço para

35 passageiros sentados e 27 passa-

geiros em pé.

Enfim, o ano passado foi de muito

trabalho e 2013 promete ainda mais:

conforme o gerente de marketing e

pós-vendas da Comil, Rodrigo Montini,

o desempenho e as conquistas de

2012 tornam 2013 ainda mais desa-

fiador. “Esperamos dar sequência ao

nosso trabalho, com foco nas neces-

sidades dos nossos clientes, e nos

prepararmos para o início da operação

na nova fábrica”.

Dedicada ao objetivo de oferecer

cada vez mais aos seus passageiros

um transporte de alto padrão, a Ex-

presso Gardênia comprou dois ônibus

Comil Campione HD 4.05 que vão ser

utilizados em linhas rodoviárias. Eles

farão viagens em distâncias de 450

km a 600 km, ligando Belo Horizonte

a balneários do Sul de Minas Gerais,

como Poços de Caldas e São Lourenço.

A Gardenia incorpora dois Campione HDNum primeiro momento, serão feitos

testes para averiguação do comporta-

mento dos veículos nas estradas, da

aceitação do público e da adaptação

dos carros às rodoviárias .

Depois de um período rodando com

os carros, a Gardenia poderá traçar

uma nova estratégia de aquisição de

novos veículos, explica o presidente

da Gardenia, Antonio Afonso da Silva:

“Escolhemos a Comil por ser uma

indústria de porte e qualidade, com

know how gabaritado neste segmen-

to”, diz Silva.

No ano passado, a encarroçadora

apresentou uma nova versão do Cam-

pione HD, acompanhando o mesmo

estilo do modelo Double Decker. O HD,

utilizado principalmente por empresas

de fretamento de turismo, apresenta

Foto

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28 REVISTA ABRATI, MARÇO 2013

Os dois Campione HD adquiridos pela Gardenia vão passar por testes de aceitação do público e de comportamento nas estradas.

Nos últimos 26 anos, a Novo Horizonte comprou mais de 200 ônibus da marca Comil.

um novo conceito, com linhas, cores

e texturas mais suaves.

O ônibus também incorpora solu-

ções de espaço e ergonomia que pro-

porcionam maior conforto e segurança

ao usuário. Um novo porta-pacotes,

mais compacto, e um novo sistema

de iluminação e de direcionamento do

ar-condicionado foram desenvolvidos

para valorizar a individualidade do

usuário. O sistema de som integrado

e a opção de monitores em LED com-

plementam o conforto.

Em 2012, a Gardênia adquiriu

100 ônibus, dos quais 83 modelo

Campione e dois Campione HD. Os

carros estão operando no serviço de

fretamento e em linhas de até 150km.

A Gardênia tem uma frota de apro-

ximadamente 100 carros para linhas

intermunicipais de região metropoli-

tana e mais 350 que operam linhas

rodoviárias. Desse total, 100 carros

são da Comil.

VIAÇÃO NOVO HORIZONTE

A Viação Novo Horizonte, uma das

grandes empresas que atuam nos

trechos que ligam a Bahia aos estados

de São Paulo e Goiás, adquiriu, no final

do ano passado e início deste ano,

48 unidades do rodoviário Campione

3.65. Próprios para viagens de longas

distâncias e para suportar diferentes

terrenos, os ônibus devem ser entre-

gues até o fim de dezembro.

A parceria entre a Comil e a Novo

Horizonte existe desde a criação da

empresa, há 26 anos. Até hoje, mais

de 200 ônibus Comil foram comprados

pela companhia, que opera uma frota

com mais de 400 ônibus. Os veículos

adquiridos em 2012 servirão para

renovar parte dessa frota.

“A Novo Horizonte é um dos nos-

sos maiores parceiros. Temos muito

orgulho de fazer parte dessa frota de

ônibus que liga estados tão distantes

com qualidade e conforto para os

passageiros”, afirma o representante

comercial da região de São Paulo,

Fermino Kozak.

REVISTA ABRATI, MARÇO 2013 29

mpresaE

Eucatur: transporte feito com carinhoA Empresa União Cascavel Transporte e Turismo está completando 49 anos de atividades.

Tal como foi no princípio e ao longo de toda a sua trajetória, uma das principais metas

da Eucatur continua sendo a de proporcionar aos seus

passageiros a máxima atenção possível.

No ano passado, a Eucatur pro-

moveu uma revisão de toda a

sua filosofia de trabalho, assim como

das suas práticas de gestão. Fez isso

para fortalecer o compromisso com a

Missão assumida para o seu negócio,

que é: “Atuar na integração das re giões

brasileiras através do transporte de

pessoas e cargas”. Seus diretores

partem do princípio de que a prestação

de serviços no Brasil e no mundo se

transforma em uma atividade cres-

cente e de grande perspectiva futura.

Nesse contexto, a inovação é o grande

diferencial para quem deseja continuar

no mercado e competir. E quando fala

em inovação, a companhia não se refe-

re somente à tecnologia, mas a todas

as ideias que visam, principalmente,

facilitar a vida do cliente.

Desta forma, ao aproximar-se do

seu cinquentenário, a Eucatur não

pensa apenas no seu processo de re-

novação e modernização permanentes,

inclusive da frota, mas também em

novos procedimentos administrativos

e operacionais. No ramo de passa-

geiros, busca manter a consolidação

nas áreas já atendidas; no ramo de

transporte de cargas, e dos serviços

de maneira geral, procura ampliar sua

32 REVISTA ABRATI, MARÇO 2013

área de atuação. Não por acaso, sua

Visão consiste em “Ser referência

em transporte rodoviário nas regiões

Norte, Centro Oeste e Sul até 2016,

e no Sudeste até 2020”.

Para isso, investe incessante-

mente no seu patrimônio humano,

promovendo constantes cursos de

treinamento para as áreas de manuten-

ção, operacional, agentes de venda de

passagens e, principalmente, na qua-

lificação dos motoristas. Ao mesmo

tempo, busca a máxima aproximação

com os clientes por meio de um atendi-

mento harmonioso, tentando fazer com

que cada usuário se sinta em casa e

veja a operadora como uma extensão

de sua família.

A política de promover o contínuo

treinamento do pessoal é bem antiga.

Começou há 33 anos, quando, em

março de 1980, depois de ter adquiri-

do um lote de ônibus novos da marca

Volvo, realizou o primeiro curso de

direção defensiva para os seus mo-

toristas, em parceria com o Senai de

Cascavel-PR. Desde então, o trabalho

de capacitação dos profissionais na

própria empresa nunca foi interrom-

pido. Também vem de longe a preo-

Foto

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gaçã

o

REVISTA ABRATI, MARÇO 2013 33

cupação de ter uma gestão moderna.

Naquele mesmo ano, foi contratada

uma primeira consultoria, encarregada

de rever a metodologia administrativa

da Eucatur. A mesma revisão voltou a

ser feita em 2002.

A qualificação corporativa é uma

preocupação constante e está presen-

te na parceria iniciada no ano passado

com a Fundação Dom Cabral, que vem

qualificando diretores, gerências e

demais colaboradores com o objetivo

de modernizar a administração, capa-

citando os profissionais para atingir

metas e reduzir custos sem perda da

qualidade. Com o mesmo objetivo é

mantida uma parceria com a Funda-

ção Assis Gurgacz, por meio da qual

os colaboradores podem se qualificar

para o melhor desempenho em suas

áreas de trabalho.

Os esforços permanentes de reno-

vação e de contínuo avanço tecnológi-

co se estendem a todos os aspectos

da operação e do atendimento, e

contam com o forte apoio da informá-

tica. Por exemplo, o passageiro tem à

sua disposição todos os canais para

a consulta de horários e a compra de

bilhetes de passagem. Basta acessar

o site www.eucatur.com.br e escolher

a data da viagem, a origem, o destino,

a forma de pagamento. Assim, o pas-

sageiro pode programar melhor sua

viagem e bastará que no momento

indicado esteja no local do embarque

portando um documento de identifi-

cação com foto. Caso tenha alguma

dúvida por esclarecer, ele pode manter

contato por meio dos telefones 0800

45 5050 ou 0800 69 0800. Também

lhe é disponibilizado um serviço de

venda de passagem por telefone. E

ele pode ainda enviar um e-mail para

[email protected]

CANAIS

A companhia está se preparando

para em breve disponibilizar mais

alguns serviços pela internet, entre

eles a contratação de serviços de

transporte de encomendas. Esse

serviço já está disponível através do

0800 648 0009.

Estão à disposição dos usuários

os seguintes canais:

– Site www.eucatur.com.br, onde o

usuário pode adquirir sua passagem,

consultar linhas, consultar agências de

venda de passagens e acessar o setor

de transporte de encomendas.

– O serviço de venda via telefone

é feito pelo 0800 69 0800.

mpresaE

A garagem da Eucatur em Ji-Paraná, Rondônia: estrutura moderna e tecnologia de ponta.

O casal Nair Ventorin Gurgacz e Assis

Gurgacz: fundadores da Eucatur.

Foto

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o

34 REVISTA ABRATI, MARÇO 2013

O Amazon Bus, homenagem da empresa à Amazônia e valorização do que é brasileiro.

– No setor de cargas é disponibili-

zado o 0800 648 0009 para cotação

de frete.

– O Serviço de Atendimento ao

Cliente, SAC, atende pelo 0800 45

5050. O 0800 648 0008 é exclusivo

para deficientes auditivos ou de fala.

ALTERNATIVAS

A empresa oferece grande varie-

dade de alternativas de serviços de

transporte rodoviário de passageiros,

começando pelos convencionais,

abrangendo parte do território nacional

e chegando à Venezuela.

Em alguns itinerários e horários, é

oferecida internet a bordo (WiFi) dos

ônibus da Eucatur.

Os passageiros da linha Porto Ale-

gre–Florianópolis contam com o Double

Service (serviço executivo e leito).

A linha Florianópolis–Porto Alegre

é atendida com o serviço Linha Direta.

São Linhas Executivas: Cascavel–

Porto Velho e Manaus–Boa Vista.

Horários convencionais são aten-

didos com veículos equipados com

poltronas semileito.

ENCOMENDAS

Um serviço diferenciado e altamen-

te eficiente é oferecido aos clientes de

encomendas. Utilizando o computador

e acessando a internet, o cliente pode

fazer o acompanhamento de suas

encomendas e mercadorias até o des-

tino. A única exigência é que faça um

cadastro na empresa, como medida

de segurança.

A Eucatur também faz o transporte

de pequenas encomendas, com grande

agilidade: é o serviço de Encomendas

Express. Para isso, ela disponibiliza

embalagens adequadas e seguras.

As encomendas são transportadas

preferencialmente em ônibus, por isso

o serviço é rápido e seguro.

Trajetória de desbravadores

A Eucatur foi fundada em 31 de

março de 1964 por Assis Gurgacz e

sua esposa Nair Ventorin Gurgacz. O

empreeendimento começou com a cria-

ção da firma individual Assis Gurgacz

e com a compra de um ônibus usado,

junto com a linha Cascavel-Santa Te-

reza do Oeste, cidades paranaenses.

Dois meses depois, o ônibus usado

não teve mais condições de rodar e

Gurgacz comprou outro, um F-600,

dando um jipe como entrada. Passou

então a fazer a linha Cascavel-Guavirá,

ambas cidades do Paraná. Simultane-

amente, deu à sua firma o nome de

Empresa União Cascavel de Transporte

e Turismo Ltda., do qual resultou a

sigla Eucatur.

Segundo Assis, o nome União foi

uma forma de demonstrar sua inten-

ção de, por meio do transporte de

passageiros, aproximar as localidades

do Oeste paranaense, aproveitando

a abertura de novas estradas, prin-

cipalmente a ligação de Cascavel às

cidades de Catanduvas, Boa Vista da

Aparecida e Capitão Leônidas Mar-

ques. A época era de forte crescimento

da região, também o turismo estava se

fortalecendo, e assim a empresa de

Assis Gurgacz pôde se expandir mais

rapidamente.

Seis anos mais tarde a Eucatur

comprou o seu primeiro ônibus novo,

um Mercedes-Benz LPO 1113 de

32 lugares, com carroçaria Incasel

Continental II, considerado modelo

superluxo. Naquela altura, as linhas

da empresa já atendiam 22 cidades

da região, entre elas Alvorada, Ibira-

cema, Alto Alegre e Santa Helena. Ela

também operava uma linha municipal

ligando Capanema a Porto Busato.

Um dos momentos mais importan-

tes da trajetória da União Cascavel e

da própria família Gurgacz, digno dos

grandes desbravadores, ocorreu em

agosto de 1972, quando Assis deci-

diu estabelecer uma linha ligando o

Oeste paranaense ao então Território

REVISTA ABRATI, MARÇO 2013 35

de Rondônia. Era um passo ousado, e

tinha explicação: naquela época, agri-

cultores paranaenses e gaúchos, em

número crescente, vinham se deslo-

cando para Rondônia e o Norte do País,

de maneira geral. Em parte, porque

estavam sendo praticamente expulsos

pela construção da Hidrelétrica de

Itaipu e pela acelerada mecanização

da agricultura; e, em parte, porque se

sentiam atraídos pela grande disponi-

bilidade de terras em Rondônia.

No início da linha da Eucatur as

viagens eram feitas a cada dois me-

ses, mas os intervalos foram ficando

cada vez menores, até que a frequên-

cia se tornou diária. Em menos de

uma década a União Cascavel estaria

fazendo não só aquela linha pioneira,

mas viagens especiais e de turismo,

além de fretamentos, para Rondônia.

mpresaE

Para isso, era necessário recorrer a

uma especie de ginástica operacional:

os ônibus Volvo B58B com carroçaria

Incasel Jumbo, incorporados à frota

em 1980, viajavam do Sul até Cuiabá,

Mato Grosso e, lá, eram substituídos

por ônibus Mercedes-Benz, mais altos

e mais apropriados para as precárias

condições da rodovia BR 364, que não

tinha um só milímetro de asfalto.

No início de 1984, a transportadora

comprou mais alguns ônibus da marca

Volvo, todos do novo modelo B58E,

com carroçarias Marcopolo Paradiso

e Viaggio.

No dia 3 de dezembro do mesmo

ano, a União Cascavel começou a ope-

rar o prolongamento da linha Curitiba-

-Porto Velho, via Cascavel. Tinha 3.640

km e era a linha regular mais longa do

Brasil. Mais tarde, em 1992, a com-

panhia estabeleceu uma linha ainda

mais longa, ligando Porto Alegre a Rio

Branco, no Acre, com 4.200 km e 72

horas de viagem.

A nova garagem de Ji-Paraná, em

Rondônia, entrou em funcionamento

em 2003, com estrutura moderna e

tecnologia de ponta. Também nesse

ano, com a assessoria de consultorias

externas, foi implementada uma nova

atualização administrativa.

Em 2004, os ônibus da Eucatur

passaram a trazer, estampadas nas

carroçarias, imagens adesivadas

das regiões atendidas pela empresa,

mostrando desta forma as belezas do

Brasil. Ao longo dos anos os ônibus

Amazon Bus continuaram marcando

presença nas estradas brasileiras,

sempre mais modernos e ainda mais

bonitos.

A história da Eucatur também pode

ser contada pelas sucessivas gerações

de ônibus com os quais ela operou

suas numerosas linhas e marcou sua

Também a frota conta a história da empresa

Com água até o motor e a ajuda de cordas, a travessia tinha muito de aventura.

incansável atuação. No princípio, usou

um ônibus praticamente sucateado

que não conseguiu rodar mais que dois

meses. Passou a um F-600 e, mais

tarde, ao Mercedes-Benz LPO 1113

de 32 lugares, com carroçaria Incasel

Continental II.

Depois desse veículo, nunca mais

ela deixaria de contar sempre com os

carros mais modernos e avançados em

suas linhas. Por exemplo, em 1980

passou a operar os revolucionários ôni-

bus Volvo B58B. Em seguida, e com a

frota sempre sendo aumentada, vieram

os Volvo B58E com as vistosas carro-

çarias Marcopolo Paradiso e Viaggio.

Os ônibus Volvo B10M, com carro-

çaria Marcopolo Paradiso, chegaram

em 1995. Receberam da Eucatur a

denominação Amazon Bus, em refe-

rência à região amazônica. Traziam as

mais recentes tendências mundiais em

motorização e design e eram equipa-

dos com ar-ocondicionado, calefação

e geladeira. A Eucatur aproveitou para

inovar no atendimento aos clientes,

Ace

rvo

Euca

tur

36 REVISTA ABRATI, MARÇO 2013

proporcionando a eles um nível de con-

forto que até então só era encontrado

nos ônibus leito.

Quatro anos depois, foi a vez dos

ônibus de dois pisos, para os quais a

Eucatur adotou novo nome: Amazon

Bus Imigrante – uma homenagem

àquelas pessoas que, 25 anos antes,

começaram a impulsionar o desenvolvi-

mento do então Território de Rondônia.

Esses carros podiam transportar 40

passageiros na parte superior e mais

12 na parte de baixo. Uma de suas

características era a visão privilegiada

que ofereciam nos dois níveis, graças

às amplas janelas em vidro fumê.

No ano seguinte, 2000, a compa-

nhia adquiriu mais um lote de ônibus

novos, desta vez dos modelos B10R da

Volvo, também com encarroçamento

Marcopolo 1550LD. Foram os primei-

ros veículos B10 com motorização

traseira – uma tendência que logo

dominaria em definitivo o mercado de

rodoviários.

A Eucatur começou a operar os ônibus Double Decker em 1999. A frota de DDs é renovada periodicamente.

O ônibus (ou jardineira) Mercedes-Benz dos primeiros tempos é um ícone da empresa.

Em 2002, a Eucatur promoveu

mais uma significativa ampliação da

sua frota, adquirindo novos ônibus,

desta vez com mecânica Mercedes-

-Benz, modelo O 400 e carroçarias

Marcopolo.

Na última década, o cuidado em

manter a melhor frota, e sempre a mais

nova, teve sequência com a elevação

dos investimentos na aquisição dos

mais recentes lançamentos em chas-

sis e carroçarias.

Ace

rvo

Euca

tur

Div

ulga

ção

REVISTA ABRATI, MARÇO 2013 37

mpresaE

Além de dedicar seus melhores

esforços à prestação de serviços de

qualidade no setor de transporte rodo-

viário de passageiros, os fundadores

e executivos da Eucatur sabem como

é importante concorrer para o bem-

-estar social e para a proteção ao meio

ambiente nas comunidades onde atua.

A empresa desenvolve vários projetos

nesse sentido. Eis alguns:

CRECHE VÓ NAIR

Instalada em Ji-Paraná, Rondônia,

proporciona tranquilidade às funcioná-

rias, cuidando de seus filhos enquanto

elas trabalham. O nome da creche é

uma homenagem à senhora Nair Ven-

torin Gurgacz, cofundadora da Eucatur

e esposa de Assis Gurgacz, presidente

da empresa.

A creche tem estrutura para aten-

der crianças de 4 meses a 6 anos de

idade, com sala de aula, sala de recre-

ação, dormitório, berçário, refeitório,

horta, lavanderia, área externa coberta

e gramado com diversos brinquedos.

Forte consciência da responsabilidade social

As crianças de 3 a 6 anos estu-

dam como em qualquer outra escola

da rede pública ou privada. De acodo

com a idade, participam das turmas do

Jardim I,II ou do Pré-escolar.

APAE

A empresa faz a manutenção gra-

tuita dos veículos de apoio e transporte

utilizados pelas APAE de várias cidades

do Brasil. Também realiza treinamen-

tos periódicos com os motoristas

desses veículos, proporcionando-lhes

conhecimentos de direção defensiva

e econômica, e também instruções

sobre a maneira correta de conduzir

os veículos, desta forma reduzindo a

manutenção.

FUNDAÇÃO ASSIS GURGACZ

Preocupado em atender as neces-

sidades sociais e educacionais da

comunidade, o casal Assis Gurgacz

e Nair Ventorin Gurgacz fundou, em

outubro de 1997, a FAG – Fundação

Assis Gurgacz, entidade sem fins

lucrativos. A Fundação tem um histó-

rico de atuantes intervenções junto

à comunidade, com a prestação de

Adolescentes beneficiados pelo projeto Jovem Aprendiz: transformação pelo conhecimento.

Curso de computação para adolescentes na Fundação Assis Gurgacz.

Foto

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gaçã

o

38 REVISTA ABRATI, MARÇO 2013

serviços socioeducativos voltados aos

aspectos mais importantes da socie-

dade, desenvolvendo valores éticos

e consciência cidadã, e contribuindo

para as transformações sociais e ma-

nifestações do espírito democrático.

A Fundação é mantenedora de

instituições de ensino superior e,

com seu auxílio científico, desenvolve

ações que possibilitam atingir seus

objetivos. Ela presta atendimento em

áreas diversificadas, promovendo a

dignidade e a qualidade de vida de

cidadãos que estejam à margem da

sociedade econômica. Suas ações

buscam atender necessidades locais

e regionais, diagnosticadas por espe-

cialistas em problemas geopolíticos.

O universo social, bem como as suas

manifestações, são atendidos por pro-

gramas socioeducativos que visam a

promoção do ser humano, na perspec-

tiva crítica e emancipada, afastando,

portanto, qualquer ação simplesmente

assistencialista.

Com esta filosofia de ação, a Fun-

dação Assis Gurgacz vem construindo

uma identidade pautada na promoção

de conhecimentos que visam a trans-

formação dos modos de vida de seus

participantes. Suas ações são resulta-

do de pesquisas desenvolvidas espe-

cialmente para atender aos problemas

oriundos do déficit econômico social,

ou de pesquisas desenvolvidas duran-

te as ações, cujos conhecimentos são

utilizados para o aprimoramento de

futuras intervenções.

Todas as pesquisas, os materiais

necessários e os pesquisadores são

financiados com recursos da Funda-

ção, fazendo com que, cada vez mais,

docentes e estudantes se envolvam

nos processos de construção e na

aquisição de conhecimentos fomenta-

dos sob a égide da transformação e da

promoção da pessoa humana.

A política está no sangue da família

Gurgacz. Assis Gurgacz, o fundador

da Eucatur, sempre atuou no cenário

político da sua região. Em 1968, foi

eleito vereador em Cascavel, Paraná.

Em 1976, elegeu-se vice-prefeito.

Os vínculos estabelecidos com

Rondônia tornaram necessário que,

em 1976, um irmão de Assis, Airton

Pedro Gurgacz, se mudasse para lá a

fim de administrar as operações locais

Apaixonados pela políticada União Cascavel. Dois anos depois,

Acir Marcos Gurgacz, filho de Assis,

também se transferiu para Rondônia

e assumiu os negócios da família.

Em 2000, ele também entraria para a

política, elegendo-se prefeito da cidade

de Ji-Paraná. Em 2009, assumiu uma

cadeira no Senado Federal, represen-

tando o Estado de Rondônia.

Em 2010, Airton Pedro Gurgacz

tornou-se vice-governador de Rondônia.

As principais linhas da EucaturCascavel/PR – Porto Velho/RO (Executivo)

Manaus/AM – Boa Vista/RR – (Executivo)

Tubarão/SC – São Paulo/SP

Florianópolis/SC – Porto Alegre/RS (Direto)

Florianópolis/SC – Porto Alegre/RS

Curitiba/PR – Porto Velho/RO

Cascavel/PR – Rio Branco/AC

Cascavel/PR – Porto Velho/RO

Curitiba/PR – Campo Grande/MS

Cuiabá/MT – Porto Velho/RO

Cuiabá/MT – Rio Branco/AC

Aripuanã/MT – São Paulo/SP

Aripuanã/MT – Porto Alegre/RS

Aripuanã/MT – Brasília/DF

Tubarão/SC – Curitiba/PR

Erechim/RS – Ji-Paraná/RO

Balneário Camboriú/SC – São Paulo/SP

xecutivo)

xecutivo)

S (Direto)

RS

S

Senador Acir Gurgacz, Assis Gurgacz e Airton Pedro Gurgacz: a política no sangue.

REVISTA ABRATI, MARÇO 2013 39

arketingM

O sucesso da Rede de ComunicaçãoA ABRATI e as empresas de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros

comemoram o crescente sucesso das ações de marketing desenvolvidas desde agosto do ano

passado pela Rede de Comunicação formada e mantida pelas operadoras.

Na avaliação do Grupo de Trabalho

criado para coordenar a Rede e

assessorar as empresas na sua im-

plementação, os objetivos pretendidos

vêm sendo plenamente alcançados,

com a divulgação de mensagens estru-

PASS

ATEM

POS

BOM PRA CABEÇAN o 6

O Almanaque de

Bordo e a revista

Coquetel Diversão a

Bordo proporcionam

leitura amena e

entretenimento para

os passageiros a

bordo dos ônibus

interestaduais.

turadas e unificadas cujo público-alvo

são os milhões de passageiros que

utilizam os ônibus interestaduais como

seu meio de transporte.

Mensalmente, a Rede de Comuni-

cação produz 2 milhões de exemplares

do jornal Almanaque de Bordo; 250 mil

exemplares da revista Coquetel Diver-

são a Bordo; um vídeo institucional

para veiculação nos ônibus equipados

com sistema de áudio e vídeo, e um

spot de rádio de 30 segundos para

42 REVISTA ABRATI, MARÇO 2013

05

Projetados no interior dos ônibus, os

vídeos tratam de assuntos de assuntos

relacionados à segurança e ao universo do

transporte rodoviário de passageiros.

veiculação pelas empresas em emis-

soras de rádio de suas regiões. Além

disso, está sendo mantida uma rede

social — a Juntos a Bordo —, consti-

tuída de um blog e de perfis no twitter

e no facebook.

O Almanaque de Bordo e a revis-

ta Coquetel Diversão a Bordo são

distribuí dos pelas empresas aos

passageiros a bordo dos seus ônibus.

O almanaque fornece leitura leve e in-

formações úteis. A Coquetel Diversão

a Bordo contém jogos voltados para a

atividade de transporte.

As mensagens divulgadas nessas

mídias próprias – almanaque, revista,

vídeos, spot e redes sociais — estão

interconectadas e têm sempre conteú-

do leve, voltado ao entretenimento.

Usam linguagem simples e coloquial.

O OBJETIVO

O objetivo da ABRATI e das em-

presas associadas ao utilizar essas

mídias de forma coordenada e contí-

nua, é levar aos passageiros mensa-

gens sobre a importância do ônibus

como meio de transporte utilizado

pela grande maioria dos viajantes

brasileiros. Com isso, busca-se forta-

lecer a imagem positiva da atividade

de transporte rodoviário de pessoas

(aliás, comprovada por sucessivas pes-

quisas periódicas) e enfatizar o forte

comprometimento das empresas com

os conceitos de qualidade, segurança,

conforto, pontualidade e abrangência

da rede.

O projeto Rede de Comunicação foi

montado com base nas conclusões de

um seminário realizado pela ABRATI

em outubro de 2011. Naquela oca-

sião, especialistas em comunicação e

marketing debateram com as empre-

sas associadas os principais desafios

que se apresentam atualmente às

empresas de transporte rodoviário de

passageiros.

05

REVISTA ABRATI, MARÇO 2013 43

emóriaM

Há 40 anos, nossa primeira rodoviária de verdadeHá 40 anos era inaugurada em Curitiba, Paraná, a primeira estação rodoviária realmente moderna do

País, projetada e construída para proporcionar ao passageiro de ônibus o conforto e funcionalidade

que ele merece. O projeto superou amplamente tudo o que havia no melhor terminal da época – o

Novo Rio – e até hoje muitos dos conceitos adotados ali quatro décadas atrás permanecem válidos e

foram incorporados a outros empreendimentos.

Foto

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44 REVISTA ABRATI, MARÇO 2013

Os 40 anos de operação do ter-

minal rodoferroviário de Curitiba

foram comemorados em novembro do

ano passado da forma como convém:

em meio à agitação e efervescência

devidas a uma série de obras que vão

torná-lo ainda melhor.

Ao ser inaugurado oficialmente, em

1972, o terminal já dispunha das 50

plataformas atuais: 25 na ala interes-

tadual e 25 na ala estadual. Além, é

claro, de lanchonetes, restaurantes,

casa lotérica, posto da Polícia Militar,

bancas de revistas e lojas de artigos

para presentes e de lembranças. As

obras atuais, quando forem concluí-

das, acrescentarão à rodoviária 24

conjuntos sanitários (oito masculinos,

oito femininos e oito entre deficientes

físicos e fraldários, 560 assentos na

área de embarque, praça de alimen-

tação climatizada com 142 m2, um

restaurante para 56 pessoas e novos

estacionamentos. Mas não só isso.

As salas de espera serão clima-

tizadas. A sala de embarque ficará

separada, na parte interna do piso

térreo, também climatizada e com

acesso exclusivo controlado por catra-

cas equipadas com sistema de leitura

dos bilhetes de passagem por código

de barras. A finalidade é diminuir a

aglomeração de pessoas durante

os embarques, especialmente em

vésperas de feriados e períodos de

férias, quando o movimento se torna

consideravelmente maior.

Na parte térrea externa, onde até

recentemente ficavam os guichês das

empresas de ônibus, serão instalados

pontos de comércio e serviços. A venda

de bilhetes passará a ser feita no piso

superior. Os usuários contarão com

quatro elevadores e quatro escadas

rolantes. Haverá uma plataforma eleva-

tória para uso de pessoas portadoras

de deficiência física.

O projeto de revitalização é do

Instituto de Pesquisa e Planejamento

Urbano de Curitiba (Ippuc) e faz parte

dos preparativos para a Copa do Mun-

do de 2014. As obras deverão ser

concluídas até o fim deste ano.

REFORMA PARA VALER

As mudanças irão além. A área

exclusiva para desembarque terá

plataformas para 10 ônibus; haverá

uma central telefônica concentrada

e espaço exclusivo para 10 caixas

eletrônicos. Acompanhantes dos que

viajam ou chegam disporão de espaços

exclusivos, fora da área de embarque.

Uma nova central de informações,

cafeterias e revistarias estarão insta-

ladas nos espaços de embarque e fora

deles. Estão previstos espaços para

uma farmácia e sete outros estabe-

lecimentos comerciais, cada um com

aproximadamente 35 m2, tudo isso no

pavimento térreo.

A administração do terminal terá

nova localização e serão readequados

os espaços destinados à Polícia Mili-

tar, ao Juizado de Menores, à Agência

Nacional de Transportes Terrestres

(ANTT), ao Departamento de Estradas

de Rodagem (DER-PR) e a organismos

afins. Serão reativadas todas as 36

câmeras de vídeo distribuídas pelo

terminal, cujas imagens internas e

externas são monitoradas pela admi-

nistração central e pela Polícia Militar

(parte delas foi desativada por causa

das obras de reforma).

Também na área externa será de-

limitado um estacionamento com 278

vagas, mais nove para deficientes, e

63 vagas rotativas. Os táxis ocuparão

área separada da entrada dos carros, e

um novo estacionamento, subterrâneo

e com 450 vagas, será implantado sob

a avenida Presidente Affonso Camargo.

Estão previstas ainda a criação de

uma ciclovia defronte ao terminal e a

instalação de um bicicletário no com-

plexo rodoviário. Todo o paisagismo

do terminal, que abrange 10.000 m2,

será revitalizado.

Estação tubo próxima à rodoviária: transporte eficiente e confortável para chegar ou sair.

REVISTA ABRATI, MARÇO 2013 45

INFRAESTRUTURA

Estão projetadas ou em andamento

várias intervenções na infraestrutura

do terminal. Uma delas diz respeito

à cobertura, cujas antigas telhas de

amianto estão sendo substituídas por

um novo material dotado de isolamen-

to térmico e acústico. Também serão

reformadas as instalações elétricas,

hidráulicas e de sonorização, com

substituição da rede de fiação, troca

das caixas de som e da iluminação

em geral. Outro melhoramento será

um sistema de reaproveitamento das

águas pluviais.

Em todo o complexo serão ins-

taladas telas e monitores nas áreas

comuns, semelhantes aos dos aero-

portos, para divulgação dos horários

de saída e chegada dos ônibus. O

serviço será interligado ao sistema de

operação de plataformas, já existente.

Futuramente, os avisos e mensagens

sobre serviços poderão ser repassa-

das aos passageiros e demais usuá-

rios também em outros idiomas.

Eventuais quedas de energia elétri-

ca serão contornadas com a instalação

de um grupo de geradores com capa-

cidade para atender a todo o terminal.

Uma nova e moderna comunicação vi-

sual possibilitará ao viajante encontrar

rapidamente os serviços disponíveis.

Nas plataformas serão instalados

relógios digitais em substituição aos

convencionais.

emóriaM

As obras de revitalização estão

sendo implementadas pela Urbs –

Urbanização de Curitiba S/A –, que

gerencia e administra equipamentos

urbanos da cidade e opera a rodofer-

roviária desde sua inauguração.

A reforma é ampla e preserva o projeto arquitetônico.

As máquinas ajudam a garantir a celeridade da reforma.

A remoção de divisórias e do piso precedeu as intervenções mais severas.

Foto

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o

46 REVISTA ABRATI, MARÇO 2013

Em 1972, de certo modo o terminal

rodoferroviário de Curitiba foi inaugu-

rado duas vezes. Na primeira, houve

uma espécie de ensaio operacional, no

dia 26 de outubro, quando o primeiro

ônibus rodoviário partiu dali. Somente

18 dias depois, no dia 13 de novem-

bro, aconteceu a inauguração oficial.

No fim do mesmo mês, a adminis-

tração da rodoviária fechou as contas

e verificou que, apesar do curto período

de operação, haviam se processado

22.007 saídas, 18.717 chegadas e

361 ônibus em trânsito, totalizando

41.085 coletivos. Registraram-se

403.640 embarques, 459.627 desem-

barques e 8.009 pessoas em trânsito,

o que totalizou 961.276 passageiros.

Os números atuais são superlati-

vos. No ano passado, por exemplo,

o movimento total chegou a 295.924

ônibus, com 139.768 partidas e

134.070 chegadas. Houve 22.086

veículos em trânsito e foram trans-

portados 7.131.307 passageiros. O

mês de maior número de saídas foi

dezembro, com 14.689 ônibus, e o

maior índice de chegadas se registrou

em janeiro, com 14.223 ônibus, além

de 2.147 em trânsito.

Em 40 anos de funcionamento, o

maior movimento de ônibus verificou-

-se em 1987, quando 394.045 coleti-

vos chegaram ou saíram do terminal.

O movimento recorde de embarques,

desembarques e pessoas em trânsito

também foi apurado em 1987, totali-

zando 11,5 milhões de passageiros.

Operam na rodoferroviária 35 em-

presas com linhas intermunicipais,

interestaduais e internacionais. São

62 linhas intermunicipais, 85 linhas in-

terestaduais e cinco linhas internacio-

nais. Há outras 36 linhas em trânsito.

Além dos seus 10.000 m2 de área

verde, a rodoferroviária ocupa outros

72.160 m2, sendo 25.600 deles de

área construída. O complexo está

localizado junto à avenida Presidente

Affonso Camargo. O acesso é facilitado

pelo Sistema Integrado de Transporte,

servido por ônibus executivos e pelos

Ligeirinhos, que contam com uma

estação-tubo nas imediações.

As plataformas de embarque passam por remodelação total. As obras também estão mudando a feição da parte externa.

Um grande sucesso desde a inauguração

Com informações da Urbs – Urbaniza-

ção de Curitiba S/A – e da Secretaria

de Comunicação Social da Prefeitura

de Curitiba.

REVISTA ABRATI, MARÇO 2013 47

esempenhoD

Negócios da Marcopolo crescem 50% no exteriorEm 2012, as exportações da encarroçadora, somadas aos negócios no exterior, geraram a

receita de R$ 1.370,8 milhões, contra R$ 912,3 milhões no exercício anterior, portanto com crescimento

de 50,3%. A receita líquida consolidada foi 13,3% superior à obtida em 2011, tendo alcançado R$ 3,817

bilhões, contra R$ 3,368 bilhões do exercício precedente.

Foto

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o

48 REVISTA ABRATI, MARÇO 2013

No ano passado, a produção total

da Marcopolo, consideradas suas

fábricas no Brasil e no exterior, tota-

lizou 31.296 unidades. Houve ligeira

redução (0,7%) em comparação com o

volume produzido em 2011, que foi de

31.526 unidades. Do total produzido,

nada menos que 37,7% saíram das

fábricas instaladas no exterior. Assim,

as unidades brasileiras produziram

62,3% do total.

As vendas para o mercado interno

ficaram praticamente estáveis, chegan-

do a R$ 2.446,3 milhões, com discreta

queda de 0,4%. Em termos percen-

tuais, esse montante representou

64,1% da receita líquida total. No ano

anterior, as vendas para o mercado

interno haviam representado 72,9%

da receita líquida total. Em 2012, o

lucro líquido da encarroçadora atingiu

R$ 302,4 milhões. O volume total de

investimentos no período foi de R$

277,2 milhões.

Segundo a Marcopolo, seu desem-

penho no mercado brasileiro em 2012

foi um reflexo dos desafios represen-

tados pela transição da motorização

Euro 3 para a Euro 5. Na avaliação da

encarroçadora, a nova motorização –

necessária para atender aos níveis de

emissões de poluentes estabelecidos

pela regulamentação do Conama

Proconve P7 –, impactou a produção

nacional de ônibus, que teve queda de

8,1% em relação ao desempenho al-

cançado em 2011. Nessas condições,

foram produzidas 33.080 unidades,

enquanto em 2011 haviam sido produ-

zidas 35.989 unidades. Uma medida

adotada pelo Governo Federal – a com-

pra de até 8.570 ônibus escolares do

projeto Caminho da Escola, através do

Programa de Aceleração do Crescimen-

to (PAC Equipamentos) – evitou que a

queda na produção fosse ainda maior.

Do total das aquisições viabilizadas

pelo projeto Caminho da Escola por

governos estaduais e administrações

municipais, a Marcopolo produziu

3.911 unidades.

MERCADO EXTERNO

No mercado externo, as exporta-

ções da Marcopolo a partir do Brasil

cresceram 25,9% em relação a 2011

e atingiram 2.864 unidades. Ainda

na avaliação da encarroçadora, a

desvalorização do real frente ao dólar

norte-americano e o Regime Especial

de Reintegração de Valores Tributários

para Empresas Exportadoras (REINTE-

GRA) tornaram os ônibus brasileiros

mais competitivos no mercado inter-

nacional.

O desempenho das operações no

exterior foi destacado pela Marcopolo.

Elas contribuíram com 37,7% da produ-

ção consolidada – ou 11.813 unidades

–, correspondendo a um crescimento

de 14,3%. As unidades controladas/

coligadas da Índia e do México au-

mentaram sua produção em 23,0% e

27,3%, respectivamente.

A expectativa da Marcopolo para

este ano é de crescimento, tanto na

maioria dos países onde ela opera

como no próprio mercado brasileiro.

Especificamente no que diz respeito

ao Brasil, os executivos da encarro-

çadora consideram que as melhores

condições de crédito, a aceleração

na renovação da frota de ônibus, as

licitações dos serviços de transporte

interestadual e os investimentos em

infraestrutura urbana, em especial na

implementação de sistemas BRT (Bus

Rapid Transit), deverão assegurar à

companhia uma elevada carteira de

pedidos, que já se mostra volumosa

neste início de ano. A médio prazo,

os eventos esportivos que o País vai

sediar, principalmente a Copa das

Confederações deste ano, a Copa do

Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos

de 2016, serão os principais fomen-

tadores da demanda por ônibus. A

Marcopolo aponta ainda que o projeto

Caminho da Escola continuará sendo

fator importante de estímulo à produ-

ção de carroçarias.

Em 2013 o Viale BRT deve alavancar ainda mais as vendas da Marcopolo.

REVISTA ABRATI, MARÇO 2013 49

ontadoraM

Vendas de ônibus Volvo no Brasil evoluem 25%Em 2012 a Volvo do Brasil comercializou 1.687 chassis de ônibus pesados no Brasil. Ao anunciar em

São Paulo o desempenho da montadora no ano passado, o presidente da Volvo Bus America Latina,

Luis Carlos Pimenta, destacou que o volume de vendas foi 25% maior que o de 2011, quando haviam

sido vendidas 1.350 unidades.

Luis Carlos Pimenta credita o resul-

tado principalmente a dois fatores:

1º) a Volvo produz veículos de qualida-

de, “que atendem às necessidades

do mercado”, e 2º) dispõe de uma

rede de concessionárias com foco no

atendimento ao cliente. Ele comenta

que a montadora conseguiu também

bons resultados nos demais países

da América Latina, principalmente

Chile e Peru.

Os 25% de crescimento nas vendas

internas de chassis valeram à compa-

nhia a conquista do segundo lugar no

segmento de ônibus pesados. Outro

motivo de satisfação para o executivo

foi o fato de que nos últimos seis anos

a Volvo aumentou continuamente sua

participação de mercado. Finalmente,

ele informa que também houve ex-

pressivo volume de emplacamentos

de ônibus semipesados, nos quais

apostou firmemente, e que agora

tiveram desempenho de quase três

vezes mais que o resultado alcançado

em 2011: “Passamos de 220 ônibus

semipesados para 600 unidades. Lan-

çado em 2011, nosso modelo B270 F

já conquistou 5% do mercado.”

Para o executivo, o crescimento da

Volvo nesse segmento mostra como o

B270 F teve excelente aceitação pelos

operadores de transporte coletivo

urbano e também pelas empresas de

fretamento. “Esse novo produto contri-

buiu decisivamente para crescermos

no Brasil”, acrescenta.

Outros fatos que ajudaram a for-

talecer a presença da Volvo America

Latina no mercado brasileiro e nos de-

mais países latino-americanos foram o

início da produção de ônibus híbridos

na planta de Curitiba e as vendas de

ônibus para os sistemas BRT de trans-

porte coletivo urbano. Somando-se as

vendas aos demais países da América

Latina, a montadora comercializou

2.795 chassis em 2012, sendo 1.259

chassis rodoviários e 1.536 urbanos.

O Brasil representou 62% das vendas

no continente.

Na Colômbia, a Volvo consolidou

sua liderança em BRT, com entregas

que representaram a participação de

77% no segmento. No Chile, a parti-

cipação de mercado aumentou para

cerca de 10% no segmento de chassis

pesados. No Peru, o market share da

montadora passou de 7% no mercado

de pesados em 2011 para aproximada-

mente 18% no ano passado. Quanto ao

semipesado B270F, alcançou 7,2% de

participação no Peru no primeiro ano

de seu lançamento.

Roger Alm: apesar das incertezas...

Luis Carlos Pimenta: aposta certa.

Foto

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o

50 REVISTA ABRATI, MARÇO 2013

CAMINHÕES

Por outro lado, a Volvo foi o fabri-

cante que mais vendeu caminhões

com motores Euro 5 no Brasil em

2012, além de alcançar progressos

significativos nos mercados da Amé-

rica Latina. No Chile, Peru, Argentina

e Venezuela – quatro importantes

mercados latino-americanos para o

Grupo – a empresa também registrou

resultados positivos.

“Apesar das incertezas na eco-

nomia, 2012 foi um bom ano para

o Grupo Volvo na América Latina,”

afirma Roger Alm, presidente do Grupo

Volvo América Latina. “Mais uma vez

expandimos nosso negócio, prova de

que estamos produzindo os melhores

veículos comerciais para os transpor-

tadores latino-americanos.”

Foram vendidos 19.164 caminhões

da marca na América Latina. No Brasil,

foram emplacadas 15.878 unidades.

A marca liderou os emplacamentos no

segmento de pesados do Brasil com

uma participação de 27%. “De cada

quatro caminhões pesados vendidos

no país, um é Volvo”, diz Alm. No

segmento de semipesados, o market

Carroçaria Irizar montada sobre o chassi B270 F da Volvo. Em pouco mais de um ano, o produto conquistou 5% do mercado brasileiro.

share da empresa atingiu a marca iné-

dita de dois dígitos, com participação

de 10,1% do mercado e 4.643 veículos

emplacados.

O Volvo FH 460cv foi, pela quarta

vez, o caminhão pesado mais vendido

no Brasil. “A grande aceitação pelo

mercado de nossos caminhões é

resultado de muitos anos de inten-

so trabalho para produzir veículos

robustos, com alta produtividade e

baixo consumo de combustível,” diz

Bernardo Fedalto, Diretor Comercial

de Vendas e Marketing para o Brasil.

“Estes atributos asseguram maior

rentabilidade para os transportadores.

Temos também uma rede de conces-

sionárias totalmente comprometidas

em atender nossos clientes com gran-

de qualidade”, complementa.

Somando-se a esses resultados

todas as vendas de caminhões das

demais marcas de veículos comer-

ciais de propriedade da Volvo (Mack,

Renault e UD) em outros países do

continente, o Grupo comercializou um

total de 23.586 unidades no mercado

latino-americano.

REVISTA ABRATI, MARÇO 2013 51

Caminhões pesados com motorização Euro 5 (Proconve P7) foram os mais vendidos da Volvo.

ualidadeQ

Vem aí a terceira edição do Prêmio Boas PráticasEm parceria com a Associação Nacional dos Transportes Públicos, a ABRATI prepara-se para promover

a edição de 2013 do Prêmio ANTP/ABRATI de Boas Práticas no Transporte Terrestre de Passageiros.

As inscrições deverão ser abertas em maio próximo.

Osucesso das duas primeiras edi-

ções do Prêmio, rea lizadas em

2011 e 2012, é um motivo a mais para

as empresas de transporte rodoviário

interestadual e internacional inscre-

verem cases sobre as boas práticas

implementadas em suas organizações

com o objetivo de aperfeiçoar os servi-

ços e as relações com os clientes e a

comunidade. Registre-se que as boas

práticas não são benéficas apenas

para quem as pratica ou recebe: sua

divulgação mais ampla pode viabilizar

um valioso processo de intercâmbio de

informações e de experiências, obten-

do-se assim um efeito multiplicador.

JCA Holding Transportes, Logísti-

cas e Mobilidade Ltda., Viação Águia

Branca (premiada em duas categorias),

Expresso Guanabara (também duas ca-

tegorias), Planalto Transportes e Pluma

Conforto e Turismo, além do Instituto

Jelson da Costa Antunes, foram as

vencedoras da edição do ano passado.

Por menor que pareça, cada passo para aperfeiçoar o atendimento aos clientes pode constituir uma Boa Prática que merece ser difundida.

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uiz

Oliv

eira

54 REVISTA ABRATI, MARÇO 2013

Em cada edição, são premiadas

três categorias: Adesão dos Colabo-

radores, Atendimento ao Cliente e

Responsabilidade Socioambiental.

O regulamento da edição 2013 será

divulgado em maio próximo, com a

abertura do prazo para as inscrições,

que deverão ser feitas por meio digital.

O presidente da ABRATI, Renan

Chieppe, destacou a importância

do interesse e da participação das

empresas associadas e lembrou que

rotineiramente as operadoras brasi-

leiras de transporte rodoviário de pas-

sageiros já desenvolvem avançados

procedimentos, ações e programas de

qualidade. Por isso, segundo ele, o pa-

pel da ABRATI ao instituir a premiação

anual das melhores práticas tem sido

exatamente o de realçar os esforços

das empresas para evoluir cada vez

mais na prestação dos serviços. Sob

esse aspecto, o Prêmio representa

um estímulo a mais para que elas

prossigam no seu esforço por contínuo

aperfeiçoamento.

QUEM PARTICIPA

Podem participar do Prêmio Boas

Práticas todas as empresas de trans-

porte rodoviário de passageiros de

longa e média distâncias, associadas

à ABRATI. Cada organização pode ins-

crever uma Boa Prática em cada uma

das três categorias em que se divide

o Prêmio. São elas:

Atendimento ao cliente – engloba

ações de melhoria da qualidade dos

serviços prestados aos clientes, ações

de promoção de novos serviços e

ações de melhoria no relacionamento

com os clientes, usuários e comuni-

dade em geral. Exemplos: canais de

comunicação, centrais de atendimen-

to, mobilização social, pesquisas ou

sondagens permanentes, ações de

fidelização.

Adesão dos colaboradores – ações

desenvolvidas pelas organizações para

ampliar a adesão dos colaboradores

aos seus valores e projetos; ações

destinadas a melhorar a capacitação

e a qualificação do colaboradores;

ações para melhoria do clima interno

de trabalho.

Responsabilidade socioambiental

– ações de responsabilidade social e

ambiental voltadas ao fortalecimento

da inserção da empresa na sociedade

em geral; ações envolvendo a redução

ou compensação dos impactos da

atuação da empresa sobre o meio am-

biente; ações voltadas para a melhoria

da qualidade de vida nas comunidades

onde as empresas atuam.

CRONOGRAMA

Os formulários de inscrição serão

disponibilizados no site do Prêmio a

partir de maio. No formulário de inscri-

ção a empresa informará seus dados

cadastrais e a categoria ou categorias

em que está sendo inscrita. A empresa

também fará um sumário de cada Boa

Prática inscrita.

Na etapa seguinte, já inscrita, ela

registrará no site do Prêmio um Rela-

tório Descritivo, descrevendo sua(s)

Boa(s) Prática(s) nestes aspectos:

Descrição do contexto da expe-

riência: objetivos, metas projetadas,

público alvo.

Relato da experiência: concepção,

etapas ou atividades envolvidas, recur-

sos tecnológicos, de planejamento e

gestão utilizados; proposta de divulga-

ção; recursos de mídia e de promoção.

Envolvimento da empresa e de par-

ceiros: identificação dos segmentos

da(s) empresa (s) envolvida(s) ; impac-

to sobre as práticas da(s) empresa(s).

Avaliação da experiência: resul-

tados obtidos, indicativos do grau de

satisfação do público alvo, dos parti-

cipantes e da comunidade; indicativo

do grau de satisfação dos acionistas;

impactos sobre o posicionamento da

empresa no mercado.

Em maio, a ABRATI e a ANTP di-

vulgarão o regulamento completo do

Prêmio e os prazos para: a) inscrições;

b) entrega dos trabalhos inscritos;

c) avaliação pela banca de juízes; d)

anúncio das empresas vencedoras.

A entrega dos prêmios ocorrerá em

dezembro, por ocasião do evento anual

de confraternização da ABRATI.

Os programas de treinamento e reciclagem de pessoal são exemplos de Boas Práticas.

REVISTA ABRATI, MARÇO 2013 55

rtigoA

Gestão no transporte públicoOs habitantes das grandes cidades do País vivem um paradoxo.

De um lado convivem com o crescimento da economia, com os

avanços tecnológicos, o acesso constante e irrestrito à internet e a

uma complexa gama de informações em uma fração de segundo.

O mundo inteiro a um clique. De outro lado, as constantes

dificuldades de deslocamento em suas cidades para as mais

simples e diárias tarefas de trabalho, escola ou lazer.

O mundo ganha em velocidade

enquanto as cidades congestio-

nadas param.

Este cenário atual coloca a mobilida-

de urbana em foco. O tema é uma das

principais demandas da população, é

pauta constante da mídia e de debates

envolvendo múltiplos atores sociais,

que cobram por ações imediatas dos

poderes constituídos.

São desafios contínuos e cotidia-

nos para os quais a sociedade, em

geral, espera que órgãos gestores e

operadores privados encontrem, em

curto prazo, soluções compatíveis

para este problema crônico de nossas

cidades, que é o transporte urbano.

A superação destes desafios

certamente exige das organizações

do setor uma gestão empresarial ca-

paz, moderna, atuante, para atender

a estas demandas com eficiência

e eficácia.

Para estimular e orientar as orga-

nizações de transporte e trânsito do

País para um modelo de gestão voltada

à excelência de seu desempenho, a

Associação Nacional dos Transportes

Públicos – ANTP – criou em 1995 o

Prêmio ANTP de Qualidade, que é um

programa de incentivo e educação

para a melhoria da eficiência da

gestão do trânsito e da gerência dos

transportes públicos.

O programa tem como principal

objetivo fornecer às organizações de

transporte e trânsito um referencial

atualizado compatível com as realidades

e recursos, e que possibilite a análise

crítica e a melhoria dos sistemas de

gestão e os consequentes resultados

com base em critérios mundialmente

reconhecidos.

Os oito critérios que compõem

a base da estrutura sistêmica de

avaliação do programa são liderança,

estratégias e planos, clientes, socie-

dade, informações e conhecimento,

pessoas, processos e resultados.

Constam da estrutura destes cri-

térios 23 itens que são divididos e

relacionados aos processos gerenciais

e aos resultados organizacionais. O

conjunto de respostas aos itens rela-

tivos aos processos gerenciais deve

demonstrar a aplicação integrada das

práticas de gestão pela organização e

comprovar o seu atendimento segundo

a metodologia do programa, visando

seu aprendizado organizacional. A

descrição das práticas de gestão deve,

sempre que possível, ser reforçada

com a apresentação de exemplos

que demonstrem sua aplicação. É

particularmente importante que se-

jam também apresentados exemplos

de melhorias em implantação, ou já

implantadas, nos últimos anos, como

forma de evidenciar o aprendizado.

Os itens relativos aos resultados orga-

nizacionais solicitam a apresentação de

dados que permitam fazer comparações

apropriadas ao nível atual alcançado pela

organização, assim como a avaliação

da tendência da implantação da prática

gerencial. Alguns itens solicitam que

os resultados sejam apresentados de

forma estratificada, para permitir uma

análise mais detalhada.

Relevante ainda citar que os cri-

térios do Prêmio ANTP de Qualidade

Alexandre Rocha Resende

Gerente de Capacitação e Mobilização do

Prêmio ANTP de Qualidade

Div

ulga

ção

56 REVISTA ABRATI, MARÇO 2013

estão fundamentados em uma série de

valores e conceitos gerenciais que se

traduzem em práticas encontradas em

organizações de elevado desempenho,

e que formam a base de um modelo

de gestão orientado para a obtenção

de resultados cada vez melhores.

São eles liderança e constância

de propósitos, visão sistêmica, orien-

tação para o futuro, ação proativa e

resposta rápida, melhoria contínua e

aprendizagem, inovação, gestão cen-

trada em clientes, responsabilidade

social, gestão baseada em informa-

ções, valorização de pessoas, gestão

de processos, desenvolvimento de

parcerias e integração do setor e,

finalizando, foco nos resultados.

As organizações do setor de trans-

portes podem participar do programa

de duas formas distintas, não exclu-

dentes entre si. A adesão ao programa

consiste no estabelecimento de um

compromisso formal com a melhoria,

acompanhado da realização de uma

autoavaliação em relação aos critérios

do Prêmio e da elaboração de Planos

de Ação. A segunda maneira é a can-

didatura ao Prêmio, que implica na

elaboração pela Organização de um

relatório sobre seu sistema de gestão

e resultados, que será submetido à

avaliação de uma banca examinadora

independente especialmente constituí-

da para esta finalidade.

Ao longo dos oito ciclos já realizados

podemos, com certeza, afirmar que

as empresas que se comprometem

a participar do programa têm como

principais benefícios os tópicos rela-

cionados a seguir:

– Melhora do desempenho da

organização de forma contínua e sus-

tentada, em função da implantação do

processo de gestão e de aprendizagem,

que estarão internalizados na cultura

organizacional, tornando-se parte do

trabalho cotidiano dos colaboradores.

Este processo de gestão compreende a

realização da autoavaliação com base

nos critérios, elaboração do plano de

ação para as oportunidades de melhoria

da autoavaliação e a elaboração do

Relatório de Progresso.

– Recebimento de um Relatório de

Realimentação com os principais pontos

fortes e oportunidades de melhoria da

organização, realizado por profissionais

isentos, após leitura minuciosa do rela-

tório de candidatura e visita técnica à

empresa participante, constituindo-se

em poderoso instrumento para elabo-

ração de planos de melhoria.

– Maior amplitude e nitidez, por

parte de todas as partes interessa-

das, a saber, clientes, acionistas,

colaboradores, comunidade, poder

público e proprietários quanto à visão

sistêmica da organização.

– Elevação do nível de valorização

dos trabalhos desenvolvidos pelos

colaboradores em suas diversas áreas

de atuação, através do melhor aprovei-

tamento das habilidades e criatividade

das pessoas para atingir as principais

metas e objetivos da organização.

– Ampliação do conhecimento

profissional e motivação dos cola-

boradores, visando ter pessoas mo-

tivadas, envolvidas e alinhadas com

os objetivos da organização e de seu

principal papel neste conjunto, bem

como de seu comprometimento com

a melhoria do processo, objetivando

a retenção de talentos na empresa.

– Apresentação das práticas de

gestão da organização vencedora em

diversos eventos, promovidos pela

ANTP e pelos apoiadores institucionais,

em várias cidades do País, elevando

o nome da Empresa.

– Compartilhamento dos métodos

de gestão responsáveis com outras

organizações brasileiras, por meio

da troca contínua de experiências, de

visitas técnicas e, principalmente, de

referenciais comparativos. A empresa

torna-se referência de excelência através

do relacionamento mutuamente benéfico

de parceria no setor de transporte.

– Reconhecimento da comunidade

de transporte e da sociedade em geral,

como empresa vencedora do Prêmio,

detentora de boas práticas de gestão

que são devidamente divulgadas pelos

meios eletrônicos, impressos e em

eventos da ANTP.

– Entendimento claro e detalhado

dos processos internos que levam ao

conhecimento do funcionamento da

organização. Este entendimento permite

a definição de responsabilidades, uso

eficiente dos recursos disponíveis, a

prevenção e solução de problemas, e

a eliminação de tarefas redundantes.

Com este elenco de benefícios, já

comprovados na prática pelo registro

histórico dos últimos oito ciclos – bia-

nuais –, reiteramos que adotar modelos

de gestão orientados para a excelência

do desempenho é, em consequência,

melhorar a qualidade de seus serviços

de forma contínua e sustentada.

Encorajados pelo sucesso dos ciclos

anteriores, em que pudemos constatar

uma imensa gama de trabalhos e pro-

jetos de excelência, com este artigo

visamos principalmente convidar os

líderes das organizações do setor de

transportes urbanos a conhecer com

mais detalhes o programa e realmente

comprovar tais benefícios em suas

empresas.

Visamos, literalmente, convidar as

empresas a compartilhar com outras

organizações brasileiras os métodos

de gestão responsáveis por seu su-

cesso e a participar deste movimento

de melhoria do setor de transporte

público e trânsito no País, liderado

pelo Prêmio ANTP de Qualidade.

REVISTA ABRATI, MARÇO 2013 57

piniãoO

Orgulho de fazer o ônibus brasileiro

Div

ulga

ção

Wilson Pereira

Diretor de Vendas de Ônibus

da Scania Brasil

O ônibus brasileiro encontra-se em

estágio notavelmente avançado;

equipara-se aos veículos produzidos

nos países mais desenvolvidos e,

em determinados casos, até mesmo

supera algumas dessas nações. O

brasileiro que viaja ao exterior tem tido

a oportunidade de ver nossos ônibus

contribuindo para melhorar o trânsito

em muitas cidades, como Bogotá e

Santiago, por exemplo.

Numa demonstração inequívoca

da qualidade do nosso produto, quem

viaja ao exterior pode observar, com

orgulho, ônibus brasileiros circulando

pelas cidades e estradas de países

europeus com alto grau de desen-

volvimento. Os conjuntos mecânicos

que equipam esses carros são, em

sua maioria, idênticos aos produzidos

em nosso País pelas montadoras aqui

instaladas. Com elevado volume de

exportações, elas contribuem positi-

vamente para a balança comercial do

Brasil e abastecem o mercado interno.

No que se refere aos ônibus rodo-

viários, nossa evolução chama ainda

mais a atenção dos especialistas de

todo o mundo. O Brasil é o único país

que conseguiu estabelecer um sistema

de transporte que abrange mais de

5.000 municípios, e que opera com

custos acessíveis e elevados índices

de segurança, conforto e regularidade.

Para se ter uma ideia da capilaridade

do sistema rodoviário, é suficiente lem-

brar que o transporte aéreo só chega a

cerca de 120 cidades no Brasil.

O ônibus é, portanto, o veículo de

massa que, em pouco mais de oito

mas a elevada qualidade dos demais

equipamentos colocados à disposição

dos passageiros pelas empresas per-

missionárias. Isso sem se falar nas

comodidades das salas de embarque

especiais, as chamadas salas VIP,

inexistentes nos aeroportos e dotadas

de todo o conforto, e nos próprios ôni-

bus, que oferecem facilidades como

internet a bordo.

As indústrias que produzem os

ônibus brasileiros se sentem muito

orgulhosas de contribuírem para o

funcionamento desse sistema, que

continua atingindo mais de 90% dos

brasileiros e que goza de grande

aprovação popular – 87,8%, conforme

atestam os resultados de uma pes-

quisa mandada realizar pela Agência

Nacional de Transportes Terrestres –

ANTT –, publicada em 2011.

O ônibus é o veículo de massa que, em pouco mais de oito décadas,

propiciou a grande integração brasileira,

desde que as primeiras empresas começaram

a surgir, atuando como verdadeiras

desbravadoras, ao ponto de se responsabilizarem,

em determinados casos, até mesmo pela construção de estradas.

décadas, propiciou a grande integração

brasileira, desde que as primeiras em-

presas começaram a surgir, atuando

como verdadeiras desbravadoras, ao

ponto de se responsabilizarem, em

certos casos, até mesmo pela cons-

trução de estradas. Tudo isso para

que o passageiro do interior pudesse

ter a oportunidade de chegar a outros

municípios, numa época em que ainda

não estavam disponíveis os meios de

comunicação hoje presentes na maio-

ria das localidades.

Estudos recentes dão destaque

ao conforto do ônibus em relação ao

avião, no quesito distância entre as

poltronas. Quem tem a oportunidade

de viajar numa linha entre Rio de

Janeiro e São Paulo, apenas para

citar um exemplo, constata não só

a maior distância entre os assentos,

58 REVISTA ABRATI, MARÇO 2013

Inovação, conforto esegurança: três eixos

que compõemnossa história.

Para a Guanabara, estar sempre à frente de seu tempo é uma necessidade e um prazer.

Frota constantemente renovada, climatizada, 100% rastreada e segurada, motoristas

capacitados e com larga experiência e o Programa Afetividade são apenas alguns de seus

diferenciais. Fornecer o melhor serviço a seus passageiros é a força que nos move nesses

mais de 20 anos de história.

/expressoguanabara

@ViajeGuanabara

http://blog.expressoguanabara.com.br/