Upload
internet
View
107
Download
1
Embed Size (px)
Citation preview
ASSOCIAÇÃO DE ASSISTÊNCIA À CRIANÇA DEFICIENTE (AACD) - Brasil
Fisioterapia Aquática no controle de tronco de paciente com Hemicorporectomia: Relato de caso
Daniela Potas Cavalheiro; Sheila J. McNeill Ingham; [email protected]
Introdução
Hemicorporectomia é a amputação acima da cintura pélvica, desenvolvida na década de 1960, e realizada em circunstâncias extremas, como neoplasias avançadas dos órgãos pélvicos.
Neste procedimento o paciente perde uma parte do tronco que é fundamental para a estabilidade postural e portanto uma das complicações é a redução das capacidades funcionais e qualidade de vida.
A Hidrocinesioterapia é um recurso que pode ser utilizado no trabalho de controle de tronco.
As propriedades do meio líquido sustentam o corpo submerso e permitem ao paciente maior tempo para recuperar-se da perda de estabilidade postural, devido ao aumento do tempo de resposta motora frente a queda, tornando assim, um ambiente propício para restaurar estratégias de equilíbrio e proteção, como também as reações de endireitamento que são fundamentais para o controle de tronco.
Objetivo
Avaliar os benefícios da Fisioterapia Aquática no controle de tronco de paciente submetido a Hemicorporectomia.
Materiais e Métodos
Estudo de caso prospectivo, de caráter clínico descritivo.
Participou deste estudo uma paciente do sexo feminino, 55 anos, amputada nível L4/L5, etiologia tumoral (Cordoma de Região Sacral).
A paciente foi submetida a 20 sessões de Fisioterapia Aquática , utilizando como instrumento de avaliação: Functional Independence Measure (MIF), Amputee Mobility Predictor (AMP), Functional Reach Test (FRT) e Short-Form Health Survey (SF36) . O protocolo de intervenção da Fisioterapia Aquática foi definido com enfoque em controle de tronco.
Conclusão
Os resultados demonstraram que o tratamento foi favorável para a paciente, houve melhora do controle de tronco na postura sentada, beneficiando a funcionalidade e a qualidade de vida.
Resultados
Houve melhora do controle de tronco em todas as escalas. Na AMP notamos ganho de equilíbrio nos ítens Balance sentado, Alcance sentado e Transferência de uma cadeira para outra, fato este também observado no FRT em relação ao alcance anterior e látero-lateral que repercutiu de forma positiva na MIF nos itens cuidados pessoais, mobilidade/transferência e locomoção. E consequentemente melhora da qualidade de vida na SF-36.
Referências
1. Barnett, C. C., Jr et al. Hemicorporectomy: back to front. Am. J. Surg. 196, 1000–1002 (2008).
2. Ciconelli, R. M., Ferraz, M. B., Santos, W., Meinao, I. & Quaresma, M. R. Brazilian-Portuguese version of
the SF-36. A reliable and valid quality of life outcome measure. Rev bras reumatol (1999).
3. Janis, J. E. et al. A 25-year experience with hemicorporectomy for terminal pelvic osteomyelitis. Plast.
Reconstr. Surg. 124, 1165–1176 (2009).
4. Katz-Leurer, M., Fisher, I., Neeb, M., Schwartz, I. & Carmeli, E. Reliability and validity of the modified
functional reach test at the sub-acute stage post-stroke. Disabil Rehabil 31, 243–248 (2009).
5. Peterson, R. & Sardi, A. Hemicorporectomy for chronic pressure ulcer carcinoma: 7 years of follow-up. Am
Surg 70, 507–511 (2004).
6. Rodrigues, L. M. R., Cavalheiro, D. P., Baccaro, V. M. & Braga, D. M., Fisioterapia Aquática Funcional em
Pacientes Amputados, In: Silva, J. B., Branco, F. R. e cols, Fisioterapia Aquática Funcional , 11, 219-238,
Artes Médicas (2011).
7. Shields, R. K. & Dudley-Javoroski, S. Musculoskeletal deterioration and hemicorporectomy after spinal cord
injury. Phys Ther 83, 263–275 (2003).
8. Terz, J. J. et al. Translumbar amputation. Cancer 65, 2668–2675 (1990).
9. Tuel, S. M. et al. Interdisciplinary management of hemicorporectomy after spinal cord injury. Arch Phys Med
Rehabil 73, 669–673 (1992).
10.Weaver, J. M. & Flynn, M. B. Hemicorporectomy. J Surg Oncol 73, 117–124 (2000).
Figura 1: Ativação dos músculos Paravertebrais Figura 2: Ativação de tronco associada ao treino de equilíbrio
Figura 3: Ativação de tronco associada a atividade de alcance
Figura 4: Preparo da colostomia para entrada na piscina
Gráfico 1: Functional Reach Test (FRT) Gráfico 2: Amputee Mobility Predictor (AMP)
Gráfico 3: Functional Independence Measure (MIF) Tabla 1: Short-Form Health Survey-36
Itens SF-36 Inicial Final
1. La capacidad funcional 0% 20%
2. Rendimiento físico 0% 70%
3. Dolor 41% 100%
4. Salud general 0% 82%
5. Vitalidad 0% 70%
6. Aspecto social 0% 75%
7. Aspecto emocional 0% 70%
8. Salud mental 0% 72%
Figura 5: Paciente submetida à Hemicorporectomia (L4/L5)