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INSTITUTO EDUCACIONAL SÃO JOÃO DA ESCÓCIA CURSO TÉCNICO EM ELETRÔNICA GILBER VITOR ARAUJO RAONY LINO DE OLIVEIRA WILLIAM DE CASTRO ATARI PUNK (SINTETIZADOR DE ÁUDIO) POÇOS DE CALDAS - MG 2017

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INSTITUTO EDUCACIONAL SÃO JOÃO DA ESCÓCIA

CURSO TÉCNICO EM ELETRÔNICA

GILBER VITOR ARAUJO

RAONY LINO DE OLIVEIRA

WILLIAM DE CASTRO

ATARI PUNK

(SINTETIZADOR DE ÁUDIO)

POÇOS DE CALDAS - MG

2017

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GILBER VITOR ARAUJO

RAONY LINO DE OLIVEIRA

WILLIAM DE CASTRO

ATARI PUNK

(SINTETIZADOR DE ÁUDIO)

Trabalho apresentado na mostra 2017 do Curso Técnico em Eletrônica do Instituto Educacional São João da Escócia, sob orientação do professor (Alexsander Michel Dias Lima).

POÇOS DE CALDAS – MG

2017

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...............................................................................................................................4

1.1 PROBLEMA .................................................................................................................................7

1.2 OBJETIVOS .................................................................................................................................7

1.2.1 Objetivo Geral ......................................................................................................................7

1.2.2 Objetivos Específicos ..........................................................................................................7

1.3 METODOLOGIA .........................................................................................................................8

2. COMPREENDENDO OS CIRCUITOS BÁSICOS DO ATARI PUNK ...................................9

2.1 Circuito Integrado 555 ................................................................................................................9

2.2 Conhecendo o oscilador de áudio básico ............................................................................ 11

2.3 Osciladores Modulado em Frequência ................................................................................. 12

2.4 O Transistor .............................................................................................................................. 13

2.4.1 Transistor como amplificador .......................................................................................... 14

2.4.2 Transistor como chave .................................................................................................... 15

2.5 Modulação ................................................................................................................................. 16

3. COMO FUNCIONA O CONSOLE PUNK ............................................................................... 20

4. CONCLUSÃO ............................................................................................................................. 25

5. REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 26

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1. INTRODUÇÃO

Os sintetizadores de áudio ou música eletrônica foi um projeto que teve inicio de seu

desenvolvimento por volta de 1880. O projeto definido veio a partir de criação de

instrumentos que geravam sons de uma fonte puramente eletrônica em vez de

manipulação de eletromecânica ou eletroacústica.

Apesar do instrumento o Denis D‟or ou “Golden Dionysis”, construído pelo teólogo

Václav Prokop Diviš (1698-1765). Pioneiro da pesquisa elétrica descrito como um

“orchestrion” por causa de sua capacidade de imitar os sons de instrumentos de

sopro e de corda, este é muitas vezes descrito como o primeiro instrumento musical

eletrônico. No entanto, devido à falta de documentação histórica detalhada e relatos

contemporâneos, esta afirmação permanece incerto.

Em 1867 Matthias Hipp criou um „Piano Eletromecânica‟. Como na época, também,

este instrumento não teve uma significante importância, não existem registros

contemporâneos que descrevem o instrumento, mas textos modernos sugerem que

ele era um “verdadeiro” instrumento eletrônico, de produção de sons através de

múltiplos dínamos.

Elisha Gray em 1876 (inventor americano, que contestou a invenção do telefone com

Alexander Graham Bell) teria sido conhecido por nós como o inventor do telefone, se

Alexander Graham Bell não tivesse chegado ao escritório de patentes, “uma hora

antes”. Em vez disso, ele vai ficar na história como o criador acidental de um dos

primeiros instrumentos musicais eletrônicos. Instrumento chamado de Telegraph

Musical.

Em 1897 foi criado o que pode ser considerado o primeiro instrumento musical

eletrônico significativo. Patenteado por Thaddeus Cahill, desenvolveu o que viria a

se tornar o “Telharmonium” ou “Dynamophone”, que pode ser considerado o primeiro

instrumento musical eletrônico significativo.

Em 1899, William Duddell descobriu que variando a tensão das lâmpadas, ele

poderia criar frequências audíveis controláveis a partir de um circuito de ressonância

provocada pela taxa de pulsação dos arcos elétricos expostos. Com isso, Willian

Duddell acabou criando o “Singing Arc” um dos primeiros instrumentos eletrônicos e

o primeiro instrumento eletrônico que era audível sem usar o sistema de

amplificador.

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Em 1876 uma empresa construiu instrumentos mecânicos e elétricos na Alemanha.

A empresa criou uma enorme gama de equipamentos vendidos em todo o mundo

para laboratórios e universidades. Incluindo um projeto criado pelo físico e psicólogo

Hermann von Helmholtz. A fábrica da empresa “Max Kohl AG” foi destruída pelos

bombardeios da 2 ª Guerra Mundial.

Em 1909, o Choralcelo (“Vozes celestiais”) foi projetado e desenvolvido por Melvin

Severy com a ajuda de seu cunhado George B. Sinclair e fabricado pela “Choralcelo

Manufacturing Co „em Boston, Massachusetts.

1915 o “Audion Piano” e o Audio Oscillator de Lee De Forest. Inventor e detentor de

mais de 300 patentes, inventou a válvula eletrônica tríodo ou “válvula Audion „em

1906- um desenvolvimento muito mais sensível de John A. De Forest, também

descobriu o “heterodyning” técnica de freqüência / batida: a maneira de criar sons

através da combinação de dois sinais de alta frequência para criar uma frequência

mais baixa. O que acabou surgindo o primeiro verdadeiro oscilador de áudio que

facilitou o caminho para futuros instrumentos eletrônicos e música.

Pulando mais para frete para um resumo da trajetória da invenção da música

eletrônica, a partir das grandes invenções passadas, um pouco mais tarde surge

com força diversas outras importantes invenções como “Optophonic Piano” por

Vladimir Rossiné em 1916, o „Tone Synthetic de Sewall Cabot em 1918 e diversas

outras invenções e influencias de grandes nomes como Hugo Gernsback e C.J.Fitch,

Jörg Mager, Hugo Gernsback que projetou o “Pianorad”, Freidrich Trautwein que

desenvoltou o Trautonium (um importante instrumento musical eletrônico), dentre

outros. (Fonte histórica retirada em http://www.ahistoria.com.br/musica-eletronica)

Em 1957 Max Mathews desenvolve o „Music 1‟ na Bell Labs; primeiro software de

programas de áudio do computador, programa amplamente utilizado para a síntese

e composição de áudio. Em seguida veio o „Music N‟ que tornou-se uma figura-

chave em áudio digital, tornando-se a primeira vez que um computador foi utilizado

para gerar som e música.

Ainda nos anos 60 ao fim dos anos 70 tivemos muitas descobertas e influencias de

vários ícones importantes que enfim possibilitou na década de 1980 a popularização

da música eletrônica dançante.

Também no fim da década de 70 entrando no início da década 80, surgiu interesse

sem criar novos instrumentos para a música eletrônica. Assim dentro uma rápida

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evolução na música eletrônica, surge novas ramificações como o techno, o house e

o trance.

O Atari punk, não é diferente, é um sequenciador usado em dispositivos musicais

com sons pré definidos por uma frequência especifica, com varias chaves que são

definidas em uma sequência, acionando um oscilador, comumente seus

comutadores são múltiplos de 2 e gerando um looping para que a comutação se

reinicie após a ultima chave em série ser ligada é um circuito muito popular usando

circuitos integrados 555 , seu circuito original é chamado de ¨ soundSynthesizer ¨e

foi publicado em 1980 no ¨Caderno do engenheiro ¨ num livreto da Radio Shark ; seu

criador Forrest M Mims III o chamou mais tarde de ¨pisada gerador de tom ¨e logo

em seguida recebeu o nome de Atari Console Punk (APC) pelo pessoal da

KausticMachine devido ao seu low-fi que se parecia com os dos clássicos jogos do

Atari ¨console da década de 1980 ¨ e possuir uma saída de onda quadrada igual ao

do Atari 2600.

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1.1 PROBLEMA

A popularização da internet e a evolução constante dos recursos

computacionais podem ser consideradas como as grandes responsáveis pelo

crescente volume de informação, tanto na Web quanto nas organizações. E com o

crescimento da informação, este diretamente relacionada à evolução dos aparatos

eletrônicos, por sua vez esta, também, diretamente relacionado à evolução dos

componentes eletrônicos.

À medida que a informação aumenta, a interatividade deve também

acompanhar essa evolução.

Desse modo suje a pergunta que motiva a elaboração desse projeto “Como

desenvolver um exosensor universal e barato capaz de perceber o ambiente alem do

próprio aparato eletrônico que o utiliza?”

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral

O objetivo desse projeto é reproduzir o sintetizador eletrônico Atari Punk.

1.2.2 Objetivos Específicos

Visando atingir o objetivo principal, alguns objetivos específicos são requeridos,

entre eles:

Analisar o funcionamento dos circuitos empregados nesse dispositivo

Desenvolver um protótipo do circuito e analisar os sons produzidos e

comparar com os sons produzidos por circuitos profissionais.

Realizar uma discussão dos resultados oriundos do processo de descoberta

de conhecimento.

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1.3 METODOLOGIA

O trabalho será desenvolvido com base um uma pesquisa exploratória

utilizando um circuito típico do sintetizador Atari Punk.

Etapa 1: Analise das frequências e dos sons gerados

Etapa 4: Testes do protótipo considerando um cenário do uso como hobby ou

ate mesmo uso profissional

Etapa 5: avaliação dos resultados obtidos

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2. COMPREENDENDO OS CIRCUITOS BÁSICOS DO ATARI PUNK

2.1 Circuito Integrado 555

O coração do circuito Atari Punk é um temporizador baseado no IC 556 dual e

só precisa de dois controles (frequência do oscilador e controle de comprimento de

pulso) para a função. O circuito integrado 555 consiste em um timer de uso geral que

pode operar tanto na configuração atável quanto monoestável. A pinagem básica

deste CI é mostrada na figura 1.

Figura 1 – Pinagem do CI 555

Fonte: Datasheet do fabricante

Esse CI poder ser usado de duas formas básicas (que serão analisadas em

pormenores), as quais são astável (free running) e monoestável (pulso único). Na

versão astável, o circuito opera como oscilador gerando sinais retangulares

disponíveis na saída do pino 3. Na versão monoestável, o circuito gera um pulso

retangular único ao ser disparado externamente. As características principais do 555

são:

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Características: (*)

Faixa de Tensões de Alimentação: 4,5 - 18 V

Corrente máxima de saída: +/- 200 mA

Tensão de limiar típica com alimentação de 5 V: 3,3 V

Corrente de limiar típica: 30 nA

Nível de disparo típico com alimentação de 5 V: 1,67 V

Tensão de reset típica: 0,7 V

Dissipação máxima: 500 mW

Corrente típica de alimentação com 5 V: 3 mA

Corrente típica de alimentação com 15 V: 10 mA

Tensão típica de saída no nível alto com 5 V de alimentação (Io = 50 mA): 3,3 V

Tensão típica de saída no nível baixo com 5 V de alimentação (Io = 8 mA): 0,1 V

(*) As características dessa tabela são dadas para o NE555 da Texas Instruments, podendo variar levemente

para CIs de outros fabricantes ou ainda com eventuais sufixos indicando linhas especiais.

O circuito integrado 555 pode ser empregado em duas configurações básicas,

astável e monoestável, que analisamos a seguir:

a) Astável

Na figura 2 temos o circuito básico do 555 na configuração astável.

Figura 2 – CI555 na configuração astável

Fonte: Datasheet do fabricante

Esse circuito pode gerar sinais de 0,01 Hz a 500 kHz.

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b) Monoestável

Na configuração monoestável, quando a entrada de disparo (pino 2) é

momentaneamente levada ao nível baixo, a saída (pino 3) vai ao nível alto por um

intervalo de tempo que depende dos valores de R e de C no circuito da figura 3.

Figura 3 – CI555 na configuração monoestável

Fonte: Instituto Newton C. Braga (ART 011)

Há vários circuitos que podem ser utilizados para gerar sinais em alarmes,

produzir sinais de áudio, proporcionar temporizações até pouco mais de uma hora,

detectar ausência de pulsos e muito mais.

2.2 Conhecendo o oscilador de áudio básico

Na figura 4 esquema básico do circuito de um oscilador de áudio que excita

um alto-falante ou transdutor. A freqüência pode ser ajustada numa faixa de 1:10 no

potenciômetro e está basicamente determinada pelo valor do capacitor usado. Com

as variações de frequência se produzira sons diferentes.

Para a excitação de um pequeno transdutor piezelétrico de alta impedância

ou uma cápsula de fone, pode-se usar diretamente a saída do pino 3. No entanto,

para uma carga de baixa impedância como um alto-falante, deve ser usado um

transistor excitador, montado em um radiador de calor.

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Figura 4 – Circuito básico de um oscilador de áudio

Fonte: Instituto Newton C. Braga (ART 011)

2.3 Osciladores Modulado em Frequência

O pino 5 do circuito integrado 555 pode ser usado para se controlar o ciclo

ativo dos sinais na configuração astável e assim proporcionar uma modulação de

freqüência. Na figura 5 um circuito oscilador modulado em frequência básico com

dois circuitos integrados 555, onde temos a modulação de freqüência feita pelo sinal

de baixa freqüência de um dos osciladores, no qual é baseado o Atari Punk.

Figura 5 – Circuito oscilador modulado em frequência

Fonte: Instituto Newton C. Braga

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Nesse circuito, CI1 gera um sinal de baixa freqüência que é determinado

basicamente pelo capacitor C1 e pelo ajuste de P1.Esse sinal é aplicado ao pino 5

de modulação atuando diretamente sobre a freqüência gerada por CI2. Em CI2 a

freqüência é ajustada por P2 e pelo valor de C2. O resistor R3 determina a

"profundidade" da modulação, ou seja, a amplitude da variação da freqüência gerada

pelo segundo oscilador (CI2).

Etapas de potência como a observada no oscilador básico podem ser usadas

para aplicar o sinal gerado pelo circuito a um transdutor ou ainda a um alto-falante.

2.4 O Transistor

Esse componente ativo pode gerar sinais, amplificar sinais e funcionar ainda

como uma chave eletrônica. A base de funcionamento de uma boa quantidade de

equipamentos eletrônicos está no transistor. Os transistores bipolares são formados

por estruturas em que três regiões semicondutoras do tipo N e P são dispostas

alternadamente. Na figura 6 mostramos os dois tipos possíveis de estruturas com os

símbolos dos transistores obtidos.

Figura 6 - Estruturas dos dois tipos de transistores bipolares comuns: NPN e PNP

Fonte: Arquivo pessoal

Observe que os transistores possuem três terminais denominados emissor

(E), coletor (C) e base (B). Na forma mais simples de usar um transistor, a corrente

entre o coletor e o emissor é controlada por uma corrente aplicada à base. Como

uma pequena corrente de base pode causar uma corrente muito maior de coletor,

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dizemos que o transistor apresenta "ganho", ou seja, pode amplificar correntes, ou

utilizá-los como chaves.

2.4.1 Transistor como amplificador

Os transistores comuns podem ter ganhos entre 5 e 800. Esse ganho também

é chamado de "Beta" ou "hFE" de um transistor. Na figura 7 temos o modo típico de

se usar um transistor num circuito amplificador, numa configuração denominada

"emissor comum".

Figura 7 – Circuito amplificador de áudio típico

Fonte: Newton C. Braga (Curso de Eletrônica Parte 04)

As variações de uma corrente aplicadas à entrada do sinal causam variações

maiores da corrente na saída. Se o sinal aplicado à entrada for obtido de um

microfone, por exemplo, correspondendo a um som, na saída obtemos esse sinal

amplificado. Podemos ligar diversas etapas como esta em seqüência de modo que

cada uma amplifique um pouco o sinal, de tal forma, que no final, o sinal apareça

muito amplificado podendo ser aplicado a um alto-falante.

Dessa forma funcionam os amplificadores comuns. É claro que existem, além

dos componentes mostrados neste circuito outros, como capacitores e resistores

que são usados para fazer a transferência do sinal de uma etapa para outra ou

ainda para evitar que eles se deformem (distorçam). Os transistores para as

aplicações eletrônicas são divididos em três grupos, cujas aparências são mostradas

na figura 8. Os transistores de uso geral amplificam sinais de pequenas intensidades

sendo normalmente pequenos. Os transistores de RF são transistores que trabalham

com sinais de altas freqüências. Finalmente temos os transistores de potência que

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são os maiores e normalmente possuem recursos para montagem em radiadores de

calor. Os transistores são especificados pela tensão máxima que suportam entre o

coletor e o emissor, seu ganho, a corrente máxima de coletor e a freqüência máxima

do sinal que podem amplificar (freqüência de corte).

Figura 8 - Aparências dos transistores dos três principais grupos em que podemos classificá-los.

Fonte: Arquivo pessoal

2.4.2 Transistor como chave

Quando a base do transistor é saturada, ou seja, é aplicada a máxima tensão

e corrente permitida, o mesmo diminui a oposição apresentada à passagem da

corrente elétrica entre coletor e emissor permitindo a circulação da mesma. O

circuito “a” abaixo faz uma analogia entre a chave e o transistor. Sendo que para a

chave, figura 09/a, deixar circular a corrente, de um terminal (c), para o outro

terminal (e), é necessária uma ação mecânica exercida pelo dedo, que ao pressionar

a alavanca “b”, fecha o contato entre os terminais acendendo a lâmpada.

O transistor, figura 09/b, necessita de uma ação elétrica, ou seja, de uma

tensão e corrente apropriados para polarizar sua base “b”, permitindo que haja a

máxima circulação de corrente elétrica entre coletor (c) e emissor (e).

Figura 9 – Circuito a) circuito com interruptor, circuito b) circuito utilizando transistor como chave

Fonte: Professor Alexsander M.D Lima

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2.5 Modulação

Processo que consiste em modificar uma das características da onda

portadora, ou seja, sua amplitude, sua fase ou sua freqüência proporcionalmente ao

sinal modulante ou modulador contendo a informação transmitida ou recebida.

Antes de continuarmos vamos definir o que é sinal, pulso, corrente continua,

corrente alternada e frequência.

Entende-se por “sinal” qualquer variação de tensão e corrente de curta ou

longa duração que geralmente carrega uma informação. Podendo ser digital ou

analógico. Este pode ter qualquer forma, senoidal, retangular, dente de serra,

aleatórios e etc., e pode ser alternado ou não. Pulso é um tipo de sinal que

normalmente tem sua amplitude e frequência fixa com comprimento de onda fixa ou

variável, normalmente empregado para excitar outros dispositivos ou componentes

que trabalham com impulsos. Podendo ser, também, senoidal, retangular, dente de

serra, etc. A corrente continua não tem variação de sua amplitude em função do

tempo, seu valor é constante enquanto constante a fonte geradora do mesmo. Já a

corrente alternada varia sua amplitude em função do tempo. A frequência de um

pulso ou sinal ou corrente alternada é inversamente proporcional ao comprimento de

sua onda, ou seja, quanto maior a frequência menor o comprimento da onda.

Frequência é o número de vezes em que um evento qualquer completa um ciclo

estabelecido em função de um tempo, e sua unidade de medida é o Hertz (1Hz = um

ciclo por segundo). O gráfico da figura 10, busca ilustrar estas informações.

Figura 10 – Representação de algumas formas de ondas

Fonte: Prof. Alexsander Michel Dias Lima

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Na figura 10/a, temos a representação de uma senoide com uma frequência

fixa, na figura 10/b, temos uma senoide com o dobro da frequência, note que ao

aumentarmos a frequência diminui-se o comprimento da onda, dobrando também, o

número de ciclos para o mesmo período de tempo. Na figura 10/c, forma de onda de

um sinal analógico de vídeo, que contem as informações para formação da imagem

em um televisor. Na figura 10/d, um pulso de clock.

Tomemos, agora, como exemplo o circuito amplificador abaixo, o sinal entra

muito pequeno na base e é retirado com uma grande amplificação na saída.

Figura 11 – Circuito amplificador de áudio típico

Fonte: Prof. Alexsander Michel Dias Lima

Analisemos o circuito da figura 12, trata-se de um circuito que também utiliza

um transistor, só que agora o mesmo estará atuando como chave.

Figura 12 – Circuito transistorizado de chaveamento

Fonte: Prof. Alexsander Michel Dias Lima

Observe que no circuito 12/a devemos pressionar a chave Sw1 para que haja

uma polarização da base do Q1, fazendo com que o mesmo conduza acendendo a

lâmpada.

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O circuito da figura 12/b também esta funcionando como uma chave

transistorizada, porem agora para o acionamento esta sendo utilizado um trem de

pulsos. Perceba que o trem de pulsos tem uma variação do pulso, hora para 5Vcc

(tensão positiva) e 0Vcc. Quando o pulso positivo (nível alto) chega a base do

transistor, o mesmo conduz acendendo a lâmpada. Quando chega o nível baixo

(0Vcc) o transistor entra em corte e a lâmpada apaga. O tempo em que a lâmpada

fica acesa ou apagada depende da frequência e da largura do pulso. Desta forma a

lâmpada se comporta conforme a variação do sinal “modulante” na base de Q1.

O circuito de modulação de áudio pode ser uma combinação dois circuitos

vistos acima, o circuito amplificador e o circuito chaveador. A figura 13 mostra um

circuito que representa esta situação.

Figura 13 – Representação de um circuito modulador de áudio

Fonte: Prof. Alexsander Michel dias Lima

No circuito da figura 13/a, o transistor Q1 é um amplificador comum, Q2 por

sua vez esta chaveando Q1 tendo referência os pulsos do sinal modulante. Quando

o pulso em nível alto chega à base de Q2, Liga o transistor Q1, que por sua vez

deixa a primeira onda do sinal de áudio passar e ser amplificada. Gerando a primeira

parte do sinal modulado na saída do mesmo. Observe, agora, na figura 13/b o sinal

modulante está em nível baixo, desligando o transistor Q1, bloqueando a passagem

do sinal de áudio. Na saída temos um sinal suprimido na saída modulada. Esse

processo ocorre sucessivamente como mostra a figura 13/c. O sinal modulado pode

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assumir diversas formas em função da frequência do sinal modulante, da frequência

do sinal modulado e do tipo de modulação. Podendo produzir assim uma variedade

de sons na saída. A figura abaixo mostra dois tipos de sinal modulante e sinal

modulado.

Figura 14 – Tipos de sinal modulado

Fonte: www.joinville.udesc.br/portal/professores/joaquim/materiais/PC_08.ppt - slide 14

2.6 CI CD4017 (Contador/Divisor ou Sequenciador /10 saídas)

O integrado CD4017, esquematicamente representado na figura 15,

juntamente com a relação entre pulsos retangulares de “clock” e saída, é um

contador/divisor de tecnologia CMOS com uma entrada (clock) e 10 saídas,

conhecido também como sequenciador de 10 saídas. Em qualquer instante, apenas

uma de suas 10 saídas está num nível alto enquanto todas as demais estão no nível

baixo. Se, por exemplo, a saída 0 (S0) estiver inicialmente no nível alto, como

mostrado no diagrama, voltará para o nível baixo imediatamente após a chegada de

um pulso na entrada do integrado, enquanto a saída seguinte (S1) passará para o

nível alto (as demais continuarão no nível baixo). Com a chegada do pulso seguinte,

S1 volta para o nível baixo enquanto S2 vai para o nível alto, e assim por diante.

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Figura 15 – Circuito integrado CD4017

Fonte: Datasheet do fabricante

3. COMO FUNCIONA O CONSOLE PUNK

O console que construiremos será um sequenciador de 8 etapas que

comumente é feito somente com duas etapas. O diagrama foi pesquisado na

internet (http://electro-music.com/forum/topic-37770.html), e o projeto se baseia no mesmo.

Este circuito foi idealizado encima de um chip 4017 que é um controlador de

década e é redefinido para reiniciar a contagem em qualquer etapa em seus pinos,

neste projeto foi usado para fazer a varredura de uma sequência com oito etapas.

Para isto usamos potenciômetros que atribuem uma tensão especifica para cada

etapa de saída, variando assim a frequência do gerador de áudio permitindo que se

possa programar melodias com até 8 notas .

O oscilador utilizado para nosso projeto foi baseado em três circuitos

utilizando o CI 555 nas seguintes configurações; gerador de tons, modulador e clock

para o CI 4017.

Na figura 16, encontramos um diagrama em blocos do circuito, onde podemos

encontrar o bloco (Vermelho-1) composto pelo ajuste de tons (teclado com

potenciômetros), o CI 4017 que faz a varredura do mesmo, e o oscilador do mesmo.

Em roxo, (Bloco-2), podemos ver o modulador e em azul claro, (Bloco-3), o gerador

de áudio.

Seus respectivos blocos com os circuitos que o compõe, podem ser

analisados na figura 17. Começando pelo bloco vermelho (1), como dissemos acima,

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é formado pelo CI 4017, esse CI faz a varredura dos oitos circuitos de ajuste de ton‟s

compostos por um resistor variável e um LED. Esse CI vai alimentar um circuito de

cada vez.

Figura 16 – Circuito em bloco do Atari Punk

Fonte: Professor Alexsander Michel dias Lima

Este circuito, por sua vez, esta ligado ao bloco roxo (2) pela chave sw1 na

posição 2 e faz o ajuste da frequência do modulador. Assim cada potenciômetro

ajustado em diferentes graus produzira uma frequência diferente no modulador. O

circuito modulador esta ligado ao circuito azul claro (3), gerador de áudio na entrada

tigger (como pode ser observado na figura 17), este por sua vez faz com que o circuito de

áudio seja habilitado e desabilitado em função da frequência recebida pelo circuito

modulador, considerando a chave sw2 aberta. Gerando assim um sinal modulado e

produzindo tons diferentes. Quando a chave sw2 e fechada pode se produzir tons

ainda mais variados, pois a mesma também gera variações na frequência do

gerador de áudio modulada pelo circuito modulador. Quando há uma mudança na

chave sw1 para posição 1, os potenciômetros de ajuste de tons é que vai gerar os

sinais de áudio que será modulado por uma frequência fixa do circuito modulador. E

a chave sw2 passa a variar a frequência do circuito modulador.

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Figura 17 - Divisão em blocos dos circuitos do Atari Punk

Fonte: Prof. Alexsander Michel dias Lima

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Figura 18 - Diagrama esquemático do Atari Punk

Fonte: Prof. Alexsander Michel Dias Lima

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Figura 19 – Em sequência decrescente; Layout do circuito, montagem do circuito e gabinete

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4. CONCLUSÃO

Alem da pesquisa, análise do circuito proposto, montagem do relatório e os

conhecimentos adquiridos, o projeto ainda está em fase de teste, tendo sido

confeccionado o layout da placa, a soldagem dos componentes e a confecção do

gabinete onde será alojado o circuito. O circuito apresentou uma pequena falha

no layout original, onde o terminal enablle, do CI4017, estava acionado. Inibindo

o seqüenciamento do mesmo, e alguns resistores variáveis acionados e

paralisados. Verificou-se que os osciladores estavam funcionando perfeitamente.

Para correção será acrescentado um capacitor se 10nF que vai do pino 15 ao

pino 16 e um resistor de 100K, que vai do pino 16 para massa. Dessa forma

desabilitando o enablle e criando um auto reset ao ligar o equipamento.

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5. REFERÊNCIAS

Joinville, acessado em www.joinville.udesc.br/portal/professores/joaquim/materiais

/PC_08.ppt no dia 06/05/2017 as 19:40.

Instituto Newton C. Braga, acesado em http://www.newtoncbraga.com.br/index.php

/como-funciona/592-o-circuito-integrado-555-art011.html?showall=1 no dia

06/05/2017 as 20:35.

A Historia, acessado em http://www.ahistoria.com.br/musica-eletronica/ no dia

06/05/2017 as 20:48.

Electro Music, acessado em http://electro-music.com/forum/topic-37770.html no dia

06/05/2017 as 21:10.

Mundo da Escola, acessado em https://www.mundodaeletrica.com.br/o-que-e-um-

reostato/ no dia 06/05/2017 as 19:40.

Instituto Newton C. Braga, acessado em http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/

almanaque-tecnologico/7410-diodos-semicondutores-alm296 no dia 06/05/2017 as

19:40.

Alunos On Line, acessado em http://alunosonline.uol.com.br/fisica/led-diodo-emissor-

luz.html no dia 06/05/2017 as 19:40.

Info Escola, acessado em http://www.infoescola.com/eletronica/led-diodo-emissor-

de-luz/ no dia 06/05/2017 as 19:40.

Instituto Newton C. Braga, acessado em http://www.newtoncbraga.com.br/index

php/ como-funciona/733-como-funcionam-os-leds-art096 no dia 06/05/2017 as

19:40.