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UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
SERVIÇO SOCIAL-7º Semestre
COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS
Senhor do Bonfim-BA
2015
UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Serviço Social
Turma – N70
Claudenice Mota da Silva – RA 368292Delma Reis de Oliveira – RA 336006Simone de Souza Vieira – RA 352134Valéria Bezerra Avelino – RA 376083
Ylenia Naline de C. Correia RA 368721
DESAFIOS E PERSPECTIVAS DO PROJETO ÉTICO- POLÍTICO DO EXERCÍCIO
PROFISSIONAL
Trabalho apresentado ao Curso de Serviço Social da Universidade Anhanguera Universidade- Centro de Educação a Distancia, para Disciplina Pesquisa em Serviço Social.
Prof. ª EAD – Ma. Elisa Cléia R. Nobre
Tutora Presencial – Neuseildes A. Rios do Vale.
Senhor do Bonfim- BA
29 de Março de 2015
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
1. Origem dos Conselhos de Fiscalização das Profissões...............................................1
2. Regulamentação do Serviço Social contemporâneo...................................................2
3. A Ruptura Conservadora.............................................................................................3
4.Código de Ética do Serviço Social.................................................................................4
5.Direitos e Responsabilidade do Serviço Social.............................................................5
5.Concepção Conservadora...........................................................................................6
6. Um novo patamar........................................................................................................7
7.Relevancia do Assistente Social...................................................................................8
8. Vedação no Exercício da Profissão/Resolução CFESS/569. 2010..............................9
9. O Serviço Social contemporâneo, Desafios da Profissão...........................................
9.1 Relatos de Profissionais ...........................................................................................
9.2 O Mercado de Trabalho...............................................................................................
Considerações Finais....................................................................................................12
Bibliografias Referenciadas..........................................................................................13
INTRODUÇÃO
O presente estudo busca analisar o exercício profissional do Serviço Social inserido
na dinâmica contraditória do cenário contemporâneo, identificando os desafios na luta
pela efetivação do projeto ético-político do serviço social.
Apresentando as perspectivas que estabelecem um cenário propositivo sobre a
legislação em vigor as competências profissionais no Serviço Social por meio de
procedimentos técnicos e metodológicos bem como o teor da investigação da
realidade social, captações, solução de problemas, especificidades e instrumentação
rumo a qualidade dos serviços prestados a população.
Entretanto, a busca dos meios tem uma especificidade é por meio dela que a
finalidade ideal se aproxima da finalidade real, ela é responsável pela
operacionalização da ação, encontrar os meios aponta para a necessidade de aplicá-
los, o que faz emergir outra dimensão, a técnico-operativa.
Segundo Rios, (p.1.2001) para que o sujeito se responsabilize por sua ação, é necessária que tenha consciência desse caráter ético-político, assim, essa ação deve ser consciente, intencional e livre. (RIOS, P1. 2001).
A produção da análise na acepção do debate contemporâneo do Serviço Social pela
efetivação dos direitos sociais e dos usuários, á análise deste tema vale ressaltar o
projeto ético-político do Serviço Social o dinamismo desde as suas origens, que tem
por base a orientação profissão no compromisso com a construção de uma sociedade
humana, digna e justa.
Segundo o autor Martinelli (2009,p.150) “ parte de uma concepção sócio-histórica da profissão o Serviço Social é visto como especialização do trabalho coletivo, a prática de um processo de trabalho que tem como objetivo o enfretamento das inúmeras expressões da questão social.” (MARTINELLI,2009,P.150).
1. A ORIGEM DOS CONSELHOS DE FISCALIZAÇÃO DAS PROFISSÕES
Os conselhos de fiscalização das profissões no Brasil tem sua origem a partir do ano
de 1950, com a decisão do Estado de regulamentares profissões e ofícios
considerados liberais.
1
O Serviço Social foi uma das primeiras profissões da área social que teve sua lei de
regulamentação aprovada como profissão, sob a Lei de nº 3252 de 27 de agosto de
1957, posteriormente regulamentada pelo Decreto nº 994 de 15 de maio de 1962.
O referido Decreto determina em seu artigo 6º a quais conselhos caberiam a disciplina
e fiscalização do exercício profissional do Serviço Social foi uma das primeiras
profissões da área social a ser aprovada pela regulamentação da profissão a Lei nº
3252 de 27 de agosto de 1957. Ficando sob a responsabilidade do Conselho Federal
de Assistentes Sociais (CFAS) e aos Conselhos Regionais de Assistentes Sociais
(CRESS).Atualmente denominado como Conselho Federal de Serviço Social (CFESS)
e Conselho Regional do Serviço Social (CRESS).
Inicialmente os conselhos profissionais caracterizavam-se somente por funcionar como
entidades autoritárias, restringindo-se a fiscalizar apenas a inscrição do profissional e a
cobrança dos tributos, não se preocupando com a aproximação dos profissionais nem
tampouco com sua coletividade. Essas características marcaram a origem dos
conselhos no âmbito social. A regulamentação profissional ocorreu num contexto em
que o país assumiu uma perspectiva reguladora delegando aos conselhos profissionais
a função de controle.
2. A REGULAMENTAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL CONTEMPORÃNEO
Contudo, o serviço social compreendeu a profissão e suas entidades em outra
perspectiva, a partir da adoção de referenciais teórico-metodológicos que possibilitam a
construção de um processo critico, enquanto instrumento de proposição de um projeto
profissional ético-político. Os Conselhos passaram, então a questionar sua função
meramente burocrática, repensando seu caráter disciplinador no processo de
regulamentação do CFESS (Conselho Federal de Serviço Social) e de seus
instrumentos normativos:
O Código de Ética, a Lei de Regulamentação Profissional e a Política Nacional de
Fiscalização. A postura conservadora que caracterizou o serviço social nas primeiras
décadas era o reflexo da perspectiva vigente na profissão, sendo orientada por
pressupostos critico e despolitizados face às relações econômico-sociais.
2
A concepção conservadora da profissão também estava presente nos códigos de Ética de 1965 e 1975 “Os pressupostos positivistas e neotomistas fundamentam os Códigos de Ética Profissional, no Brasil, 1948 a 1975” (Barroco, 2001, p. 95)
3. A RUPTURA CONSERVADORA
O significado do Movimento de Reconceituação para o Serviço Social representa uma
grande mudança, dada sua busca de desvinculação do Conservadorismo e das
técnicas importadas do Serviço Social Norte-Americano.
O Movimento de Reconceituação decorre na tentativa de ruptura com o
conservadorismo para um método em que houvesse questionamentos e investigação
com propostas de intervenção com a finalidade de foi uma tentativa de ruptura com o
Conservadorismo para um método crítico e intervir e compreender o contexto social.
Segundo Silva ,(2002)“ um notável movimento de renovação do Serviço Social surge nas sociedades latino-americanas, a partir da década de 1960, como manifestação de denúncia e contestação do ‘Serviço Social Tradicional” (SILVA, 2002).
Não era um movimento homogêneo, havia uma fragmentação da categoria entre
Revolucionários e Conservadores, um visava uma Modernização Conservadora e o
outro uma renovação transformadora para construção de uma nova ordem societária.
Documentos como de Araxá (1967), Teresópolis (1970) e de Sumaré (1980), foram
elaborados na busca de propostas de teorização para o Serviço Social, contendo as
primeiras expressões de Renovação da profissão.
O movimento de reconceituação do Serviço Social exigia um novo posicionamento da
categoria e das entidades do Serviço Social, sendo assumidas a partir do III CBAS
(Congresso Brasileiro de Assistência Social) que foi realizado em São Paulo em 1979,
conhecido no meio profissional como Congresso da Virada, pois possuía caráter
contestador e expressava o desejo de mudança da práxis político profissional do
Serviço Social na Sociedade Brasileira. (CFESS- 1996).
Era notória a necessidade de revisão da Lei de Regulamentação vigente desde 1957,
onde na realização do I Encontro Nacional CFESS-CRESS, tinha como pauta principal
a discussão acerca da normativa do exercício profissional, percebendo-se a fragilidade
da legislação em vigor em relação às atribuições profissionais.
3
Logo, após a redemocratização da sociedade, a partir de 1983, deu-se o inicio de
vários debates conduzidos pelo CFESS (Conselho Federal de Serviço Social) com o
objetivo de alterar o Código de Ética profissional de 1986, onde foi superada a
“perspectiva-histórica e a crítica que tiveram seus valores tidos como universais e
acima dos interesses de classe”. Em 1991, o Conjunto CFESS-CRESS novamente
indicava que havia a necessidade de uma nova revisão do Código de Ética, sendo
concluído em 1993. Houve um longo processo para que a legislação entrasse em vigor,
sendo aprovada a Lei 8662 em 7 de junho de 1993, que dispunha sobre a fiscalização
profissional onde haveria maiores possibilidades de intervenção, pois define com maior
precisão as competências e atribuições privativas do assistente social. Trazendo
novidades também no reconhecimento dos Encontros Nacionais CFESS-CRESS como
o fórum máximo de deliberação da profissão. Além desses importantes instrumentos
normativos, ressaltar a existência de outros, que dão suporte às Ações do Conjunto
para e efetivação da fiscalização do exercício profissional, todos os instrumentos
normativos se articulam e mantém coerência entre si.
A Lei de Regulamentação, o Código de Ética, o Estatuto do Conjunto, os Regimentos
Internos, o Código Processual de Ética, dentre outros; além das resoluções do CFESS
que disciplinaram variados aspectos.
A Lei n° 8662/93 do Conselho Federal de Serviço Social- CFESS, Código de Ética do/a Assistente Social. “Institui o Código de Ética Profissional do/a Assistente Social e dá outras providências. “
O Conselho Federal de Serviço Social-CFESS, no uso de suas atribuições legais e regimentais, e de acordo com a deliberação do Conselho Pleno, em reunião ordinária, realizada. Discorre sobre as competências, atribuições privativas, representação da categoria e funcionamento do conjunto CFESS/CRESS, que pode ser dividida em: Ação do assistente social: planejar, elaborar, coordenar, executar, orientar e avaliar campo de atuação: administração pública, direta ou indireta, empresas, entidades, organizações populares e movimentos que pulverizam compromisso com movimentos sociais e a defesa de direitos sociais. Brasília,--DF. em 13 de março de 1993. CFESS-9ª Edição Revista e Atualizada. Disponível em e:///F:/CEP2011_CFESS%20(1).pdf.Acesso em 25/03/15.
O profissional assistente social deve ter competência critica e capaz de desvendar e
reconhecer as estratégias de ação.
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Conhecer os pontos de vista das classes como suas bases históricas, a maneira de
refletir e interpretar a vida social e seus seguimentos.
Identificar lacunas e omissões , contemplar e racionalizar ações que versem o que não
foi visto nem dito tendo uma visão implícita das situações, um profissional politicamente
atento a realidade e seu movimento que direcionarão a sua ação profissional
decifrando estratégias que visão diminuir a distância entre o desejável e o possível. O
Conselho Federal de Serviço Social, no uso de suas atribuições legais e regimentais
considerando os artigos 4º e 5° artigo e o 8º, da Lei 8.662/93 normatiza as
competências e as atribuições privativas do Assistente Social; que lhe são conferidas
como órgão competente para regulamentar o exercício profissional do Assistente
Social; Considerando ser competência de cada profissão regulamentada, respeitar os
limites de sua atuação técnica previstos na respectiva legislação, assegurados o
princípio da interdisciplinaridade.
4. DIREITOS E DAS RESPONSABILIDADES GERAIS DO ASSISTENTE SOCIAL.
Art. 2º. Constituem direitos do/a assistente social e ao projeto social defendente que se conecta ao projeto profissional do Serviço Social e cabe pensar a ética como pressuposto teórico-político que remete ao enfrentamento das contradições postas à profissão, a partir de uma visão crítica, e fundamentada teoricamente, das derivações ético-políticas do agir profissional[...] Art. 4º. A presente Resolução entrará em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União, revogadas as disposições em contrário, em especial, a Resolução CFESS nº 195/86, de 09.05.86. -9ª Edição Revista e Atualizada. Disponível em e:///F:/CEP2011_CFESS%20(1).pdf.Acesso em 25/03/15. Disponível .(http://www.cfess.org.br/cfess_historico.php,acesso em 20/03/2015). F:/RES.CFESS_569-2010. PDF.
Podemos destacar os instrumentais técnico operativo as visitas domiciliares, busca
ativas, visitas Institucionais, Perícias Técnicas, Orientações e Pareceres Técnicos,
Acompanhamento Familiar , Projetos Sociais, Diagnósticos Sociais, da demanda
social . Contribuir para viabilizar a participação dos usuários nas decisões
institucionais; Prestar assessoria e consultoria a órgãos de administração pública,
empresas privadas e movimentos sociais em matéria relacionada às políticas sociais e
à garantia de direitos civis, políticos e sociais da coletividade; Elaborar, executar e
avaliar planos, programas e projetos na área social; Realizar pesquisas que subsidiem
formulação de políticas e ações profissionais.
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Os Serviços prestados pelo assistente social ao usuário devem ser efetivados com
absoluta qualidade e competência teórico-metodológica; ético-política; e técnico-
operativa, nos limites de sua atribuição profissional.
Segundo Netto (1999, p. 102) a profissão de Serviço Social vem se construindo a sete décadas de existência no Brasil e no mundo, historicamente o serviço social foi considerado vocação, habilidade, ocupação, ofício ou até mesmo arte, atualmente é reconhecido como profissão, uma especialização do trabalho coletivo. (NETTO 1999, p.102).
Apreender o Serviço Social como trabalho significa considerar os elementos que
integram o processo de trabalho dos assistentes sociais como partes indissociáveis,
reconhecendo que o assistente social é um trabalhador que oferece um serviço ao
usuário, aos grupos, à comunidade, às organizações e as instituições.
O Assistente Social na área de atuação o essencial para o desenvolvimento de um
processo de trabalho consistente, conhecer como a questão social se manifesta no
cotidiano dos sujeitos sociais e suas formas de organização e resistência é
imprescindível para que se tenham subsídios para construir coletivamente alternativas
para seu enfrentamento.
O cerne da questão social esta enraizado no conflito entre capital versus trabalho,
suscitado entre a compra (detentores dos meios de produção) e venda da força de
trabalho (trabalhadores) que geram manifestações e expressões que são divididas por
sua vez, entre a geração de desigualdades: desemprego, exploração, analfabetismo,
fome, pobreza, entre outras formas de exclusão e segregação social que constituem as
demandas de trabalho dos assistentes sociais; também se expressa pelas diferentes
formas de rebeldia e resistência.
5. A CONCEPÇÃO CONSERVADORA
O serviço social do início do século XX, nasce como uma profissão prático-interventiva,
através de várias instituições prestadoras de serviços que atendiam as necessidades
sociais de uma sociedade excluída do acesso à riqueza.
No campo Educacional, o Serviço Social surgiu em 1906 nos Estados Unidos quando
os Centros Sociais designaram visitadoras para estabelecer uma ligação com as
6
escolas do bairro, a fim de averiguar porque as famílias não enviavam seus filhos ao
processo do educação as razões da evasão escolar ou a falta de aproveitamento das
crianças e a adaptação destas à escola.
Outros trabalhos na área escolar eram especializados no setor da saúde, resolvendo
problemas de aprendizagem relacionados a saúde dos alunos (VIEIRA, 1997, p. 67).
O marco histórico importante para a assistência social foi a criação do Conselho
Nacional de Serviço Social, em 1/7/1938, pelo Decreto Lei nº 525, a expressão máxima
da assistência social no Brasil foi a Legião Brasileira de Assistência – LBA, órgão de
cooperação com o Estado em 1942 com origem na mobilização do trabalho civil,
feminino e de elite, que prestavam serviços assistenciais às famílias durante a II Guerra
Mundial, em 1974 foi incorporada ao Ministério da Previdência e Assistência Social, e
em 1/1/1995 é extinta no governo de Fernando Henrique Cardoso juntamente com o
Ministério do Bem-Estar Social e a FLBA.
Em 1993 foi apresentado pelo então Ministério do Bem-Estar Social o projeto de lei
que resultaria no LOAS ( Lei Orgânica Assistência Social) que tinha desenvolvido
intensa negociação com importantes entidades como o Congresso Nacional; as
Universidades, com destaque para a Pontifícia Universidade Católica PUC/SP ;
Universidade Nacional de Brasília –UNB; Conselho Nacional de Seguridade Social; o
MAS/MBES e as Frentes Estaduais de Dirigentes Público de Assistência Social, e a
comunidade profissional dos assistentes sociais, através de seus organismos nacionais
e regionais como Associação Brasileira de Serviço Social-CFESS, e os Conselhos
Regionais de Serviço Social CRESS.
No Brasil a relatos históricos de que no ano de 1946 os Estados de Pernambuco e Rio
Grande do Sul foram pioneiros no debate e no início do trabalho a cerca do Serviço
Social Escolar, no Rio Grande do Sul o Serviço Social foi implantado como serviço de
assistência ao escolar na antiga Secretaria de Educação e Cultura, sendo suas
atividades voltadas a identificação de problemas sociais emergentes que repercutissem
a adaptação dos escolares ao seu meio e o equilíbrio social da comunidade escolar.
Os assistentes sociais eram requisitados a intervir em situações escolares
consideradas desvio, defeito ou anormalidade social (AMARO, 1997, p. 51).
7
6.UM NOVO PATAMAR
Até meados da década de 1970, o Serviço Social teve uma vinculação ideológica por
subordinação ou por opção ao projeto político do Estado legitimando a ordem vigente.
Mas como Movimento de Reconceituação fundamentado nos desdobramentos críticos
da identidade profissional e no rompimento com um Serviço Social conservador e
tradicional, é que a intervenção no contexto educacional ganhou novas perspectivas e
destaque, especialmente na década de 1980.
7. A RELEVANCIA DO PAPEL DO ASSISTENTE SOCIAL
O profissional com formação em Serviço Social deve se respaldar dos instrumentos
técnico-operativos, teóricos-metodológicos bem como o projeto ético-politico ,
priorizando o sigilo profissional pela garantia e defesa de suas atribuições como
prerrogativas, estabelecidas na Lei n° 8662/93 no Conselho Federal de Serviço Social-
CFESS, Código de Ética do/a Assistente Social, Regulamentação da Profissão e dos
princípios firmados .
O profissional Assistente Social vem se inserindo cada vez mais nas diversas áreas e é
que identifica as necessidades dos usuários e as condições em que ele esta inserido
numa perspectiva de totalidade, passando a interpretar junto à equipe os aspectos
relevantes no âmbito social.
A finalidade do trabalho do assistente social esta voltada para a intervenção nas
diferentes manifestações da questão social com vistas a contribuir com a redução das
desigualdades e injustiças sociais, como também fortalecer os processos de resistência
dos sujeitos, na perspectiva da democratização, autonomia dos sujeitos e do seu
acesso a direitos.
Para (IAMAMOTO, 1998: 20). Sabe-se que “um dos maiores desafios que o Assistente Social vive no presente é desenvolver sua capacidade de decifrar a realidade e construir propostas de trabalho criativo e capazes de preservar e efetivar direitos, a partir de demandas emergentes no cotidiano”. “Enfim, ser um profissional propositivo e não só executivo”.
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8. DA VEDAÇÃO DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL RESOLUÇÃO CFESS Nº 569 DE 25/03/2010
Pode se destacar como competência de cada profissão os respeitos o limites da
atuação técnica respeitando a Legislação em vigor, competência da profissão
regulamentada, respeitar os limites de sua atuação técnica, previstos na respectiva
legislação, assegurado o princípio da interdisciplinaridade.
E que a realização de terapias não possui relação com a formação profissional estabelecida nas diretrizes curriculares do curso de graduação em Serviço Social, aprovadas pela Resolução CNE/CES/MEC n.º 15, de 13 de março de 2002, sendo incompatíveis com as competências e atribuições estabelecidas na Lei 8.662/93. Art. 1º. A realização de terapias não constitui atribuição e competência do assistente social.Art. 2º. Para fins dessa Resolução consideram-se como terapias individuais, grupais e/ou comunitárias: A Intervenção profissional que visa a tratar problemas somáticos, psíquicos ou psicossomáticos, Suas causas e seus sintomas.Atividades profissionais e/ou clínicas com fins medicinais, curativos, psicológicos e/ou psicanalíticos que atuem sobre a psique.Art. 3º. Fica vedado ao Assistente Social vincular ou associar ao título de assistente social e/ou ao exercício profissional as atividades definidas no artigo 2º desta Resolução;Parágrafo primeiro – O Assistente Social, em seu trabalho profissional com indivíduos, grupos e/ou famílias, inclusive em equipe multidisciplinar ou interdisciplinar, deverá ater-se às suas habilidades, competências e atribuições privativas previstas na Lei 8662/93, que regulamenta a profissão de assistente social. Disponível em acesso:http://www.cfess.org.br/arquivos/RES.CFESS_569-2010.pdf acesso em 24/03/2015
9.O SERVIÇO SOCIAL CONTEMPORANEO, DESAFIOS DA PROFISSÂO
Compreender o contexto político, econômica, social e cultural da sociedade a
realidade instável e, portanto histórica. Os processos de reprodução das relações
sociais estabelecidas e determinadas historicamente.
Segundo, Iamamoto (2001,p.55) O Serviço Social não atua apenas sobre a realidade, mas atua na realidade [...] a conjuntura não é pano de fundo que emolduram o exercício profissional; ao contrário são partes constitutivas da configuração do trabalho do Serviço Social devendo ser apreendidas como tais. (IAMAMOTO, 2001, p. 55).
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O contexto da realidade social e sua complicação compreendida aponta como desafio
dado a função do assistente social, apresentar novas respostas no âmbito do
exercício profissional, desde o embasamento como a direcionalidade da
instrumentação técnico- operativa , projeto teórico metodológico da Legislação em
vigor são componentes indispensáveis para a prática do exercício profissional O
cotidiano das classes sociais que a sua intervenção é lidar com os diversos problemas
sociais provenientes do mundo capitalista/globalizado/tecnológico/neoliberal, que se
aperfeiçoam e se moldam com a metodologia inerente ao contexto social. O processo
interdisciplinar e interinstitucional não pode ser desprezado, são mecanismos voltados
para a participação de docentes e voltados para a prática profissional.
9.1 Relatos de Profissionais (Fonte : Entrevista)
Tendo por base relatos de profissionais Assistentes Sociais da área de Assistência
Social os desafios são enormes, estão implicados nas constantes modificações que
a sociedade apresenta aos novos arranjos , novas demandas bem com as respostas
do Estado que é o indutor de politicas sociais, fica aquém a atender e garantir os
Direitos Sociais . o SUAS Sistema Único de Assistência Social (Suas) é um sistema
público que organiza, de forma descentralizada, os serviços sócio assistenciais no
Brasil é um sistema de gestão participativo, mas ainda se apresenta fragmentado,
demandando mais ações concretas pela efetivação dos Direitos dos seus usuários,
mas voltados para a categoria os trabalhadores do SUAS.
O Sistema do SUAS foi um ganho para sociedade , embora exista o patamar de
exclusão social inerente as Politicas Públicas , voltada para população visto que esse
mapa é real, dessa forma o processo interventivo não há molde pronto, dimensiona ao
profissional pesquisar dados de realidade quantitativas e qualitativas, possível
trabalhar com o real em movimento em toda a sua plenitude.
O contexto da realidade social é flexível, ativo condiz e necessário conhecer a
realidade do território pontuado. As transformações que vem ocorrendo no mercado
mundial, na globalização, no avanço do neoliberalismo algumas hipóteses explicativas
dos fenômenos da pós-modernidade que mudaram o espaço ocupacional do Serviço
Social e as demandas a profissão.
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9.2 MERCADO DE TRABALHO
Com o aparecimento do Neoliberalismo as mudanças no mercado de trabalho tornam
as relações de trabalho desestruturadas e precarizadas, onde os empregos formais
são substituídos pelos informais e os contratos passam a ser em sua maioria
temporários, pondo em risco a garantia de direitos estabelecidas pela CLT
(Consolidação das Leis Trabalhistas). Estas consequências são aplicáveis também
para o Serviço Social, nas quais se pode caracterizar pelos contratos temporários de
profissionais nas prefeituras para desenvolver projetos sociais e na redução do
número de concursos públicos em caráter de efetividade.
As políticas sociais como observa se constituem em fator de sustentação funcional ocupacional dos assistentes sociais (sua funcionalidade, sua instrumentalidade, sua legitimidade) se estas foram significativamente alteradas no atual contexto sócio- econômico e político (suas orientações e funcionalidade) podemos pois, afirmar que a base de sustentação funcional-ocupacional do Serviço Social tem sofrido (ou ainda estão sofrendo) transformações relevantes.( CARLOS MONTAÑO 1997:117).
Estes seguimentos estão estreitamente Inter-relacionados, pois existe uma linha entre
as dificuldades da pratica profissional atual, os baixos salários, aumento de demanda a
na capacidade técnica dos profissionais que disputam o mesmo espaço ocupacional.
Com base nestas observações é importante destacar que apesar do maior empregador
ainda ser o Estado, também existe uma tendência de abertura para novos postos de
trabalho em outras esferas, como nas Organizações Não Governamentais, ampliação
das consultorias devido a terceirização dos serviços, e nos serviços privados de saúde
entre outros. Só através da formação profissional desperte as novas exigências do
mercado de trabalho e a buscar sempre novos conhecimentos permeados por uma
reflexão critica é que poderemos tornar competentes, podendo assim incumbir lado a
lado com outras profissões da área de humanas.
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10. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O papel do Assistente Social deve partir do seu compromisso ético-político a contribuir
e viabilizar a participação popular a ampliação dos direitos sociais.
Para isso, o processo de trabalho do Assistente Social na Instituição caracteriza-se
Assistente Social deve se pautar na prática profissional propiciar as condições, os
meios e os instrumentos a converter em condições a contribuir junto às principais
conquistas para ampliação e consolidação da cidadania, considerada tarefa primordial
de toda sociedade, com vistas à garantia dos direitos civis sociais e políticos das
classes trabalhadoras, a defesa do aprofundamento da democracia.
Estes instrumentos norteadores consolidam e dão suporte a um trabalho ético,
organizado e que prime pela equidade e justiça social. O profissional com formação em
Serviço Social deve se respaldar dos instrumentos técnico-operativos, teóricos-
metodológicos bem como o projeto ético- politico, priorizando o sigilo profissional pela
garantia e defesa de suas atribuições como prerrogativas, estabelecidas na Lei n°
8662/93 no Conselho Federal de Serviço Social- CFESS, Código de Ética do assistente
Social que foi sendo atualizado ao longo da trajetória da profissão ,Regulamentação da
Profissão e dos princípios firmados .
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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
BRASIL. Conselho Federal Serviço Social. CFESS.http://www.cfess.org.br/cfess_historico.php, acesso em 20/03/2015.
_____________.CFESS(Conselho Federal Serviço Social )/RESOLUÇÃO Nº 569, de 25 de março de 2010.Ementa: Dispõe sobre a VEDAÇÃO do Exercício do Serviço.Social –itens . Disponível emle:///F:/RES.CFESS_569-2010. pdf.Acesso em 24/03/2015.
NETTO,.J.P .A construção do projeto ético –politico contemporâneo .in capacitação em Serviço Social e Política Social. MODÚLO 1 –BRASÍLIA: Cead /ABEPSS /CFESS,1999.
IAMAMOTO, M. V. O Serviço Social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. São Paulo: Cortez, 1998. ________. Renovação e Conservadorismo no Serviço Social: ensaios críticos. São Paulo: Cortez, 1992.
MARTINELLI, M.L. (org.).O uso das abordagens qualitativas na pesquisa em Serviço Social: um instigante desafio. São Paulo: Veras :1994.(Caderno de Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre Identidade- Nepi n.1).
NOBRE, Elisa Cléia Pinheiro Rodrigues. Competências Profissionais: O Assistente Social e a Construção dos Direitos Sociais. Caderno de Atividades: Anhaguera Educacional,2014.
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