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PORTUGUÊS PARA ANAC E ANCINE – TEORIA E EXERCÍCIOS
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br
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Olá, concurseiro!
Finalmente foi publicado o edital do concurso da AGÊNCIA
NACIONAL DO CINEMA (ANCINE), e você não pode mais ficar aí de braços
cruzados. É hora de começar a estudar!
A equipe do Ponto e eu preparamos este curso de teoria e
exercícios comentados de Língua Portuguesa especialmente para ajudá-lo a
conquistar uma das vagas oferecidas pelo órgão.
Ah, você não me conhece ainda? Então, permita-me fazer uma
breve apresentação. Sou o professor Albert Iglésia, formado em Letras
(Português/Literatura) pela Universidade de Brasília (UnB) e pós-graduado em
Língua Portuguesa pelo Departamento de Ensino e Pesquisa do Exército
Brasileiro em parceria com a Universidade Castelo Branco. Há onze anos
ministro aulas de Língua Portuguesa voltadas para concursos públicos. Iniciei
minhas atividades docentes no Rio de Janeiro – meu estado de origem. Desde
2004 moro em Brasília, onde dou aulas de gramática, interpretação de texto e
redação oficial. Durante quase seis anos estive cedido à Casa Civil da
Presidência da República, onde atuei no setor de capacitação de servidores e
ministrei cursos de atualização gramatical e redação oficial. Já integrei o
quadro de instrutores da Esaf e de outras instituições particulares. No Ponto
dos Concursos, já participei de vários trabalhos, por exemplo: CGU, Susep,
Anvisa, Incra, TCM-CE, TCU, MinC, MPOG, DPU, MPU, Seplag-RJ, Tribunais
(FCC), TJSP, Abin, Senado Federal, Câmara dos Deputados, Ministério do
Turismo, INSS, Inmetro, TRT-21ª Região, TRT-12ª Região, Petrobras, BNDES,
PF, TJDFT, STJ, CEF, Banco do Brasil, MDIC, Anatel, Receita Federal. Meu
endereço eletrônico é [email protected]. Sempre que precisar,
faça contato comigo.
Você agora deve querer saber como este curso está estruturado,
certo? Tudo bem, eu vou explicar cada detalhe. Nossas aulas serão
desenvolvidas com base no edital publicado para o concurso da Ancine. O
Cespe foi contratado para elaborar as provas e estabeleceu o seguinte
conteúdo programático:
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LÍNGUA PORTUGUESA: 1 Compreensão e interpretação de textos de gêneros
variados. 2 Reconhecimento de tipos e gêneros textuais. 3 Domínio da
ortografia oficial. 3.1 Emprego das letras. 3.2 Emprego da acentuação gráfica.
4 Domínio dos mecanismos de coesão textual. 4.1 Emprego de elementos de
referenciação, substituição e repetição, de conectores e outros elementos de
sequenciação textual. 4.2 Emprego/correlação de tempos e modos verbais. 5
Domínio da estrutura morfossintática do período. 5.1 Relações de coordenação
entre orações e entre termos da oração. 5.2 Relações de subordinação entre
orações e entre termos da oração. 5.3 Emprego dos sinais de pontuação. 5.4
Concordância verbal e nominal. 5.5 Emprego do sinal indicativo de crase. 5.6
Colocação dos pronomes átonos. 6 Reescritura de frases e parágrafos do texto.
6.1 Substituição de palavras ou de trechos de texto. 6.2 Retextualização de
diferentes gêneros e níveis de formalidade. 7 Correspondência oficial
(conforme Manual de Redação da Presidência da República). 7.1 Adequação da
linguagem ao tipo de documento. 7.2 Adequação do formato do texto ao
gênero.
Ficou assustado? Calma. O bicho não é tão feio quanto parece.
Minha experiência com o Cespe me permite direcionar você para aquilo que a
banca mais costuma cobrar nas provas que elabora. Digo frequentemente aos
meus alunos que ninguém precisa saber tudo o que consta no edital, mas deve
saber o que geralmente aparece em prova. É aí que eu entro em cena,
direcionando seus estudos.
Você estudará todos esses assuntos comigo em nove aulas. Eis a
distribuição do conteúdo:
Aula 0 – Ortografia oficial e acentuação gráfica – itens 3, 3.1 e 3.2
Simulado
Aula 1 – Emprego e colocação das classes de palavras – itens 4,
4.1, 4.2 e 5.6
Simulado
Aula 2 – Regência e crase – itens 5 e 5.5
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Simulado
Aula 3 – Sintaxe dos termos da oração – itens 5, 5.1 e 5.2
Simulado
Aula 4 – Sintaxe das orações do período – itens 5, 5.1 e 5.2
Simulado
Aula 5 – Pontuação – itens 5 e 5.3
Simulado
Aula 6 – Sintaxe de concordância – itens 5 e 5.4
Simulado
Aula 7 – Texto: compreensão e interpretação, tipologia, coesão e
coerência, reescritura - itens 1, 2, 4, 4.1, 6, 6.1 e 6.2
Simulado
Aula 8 – Redação de correspondências oficiais – itens 7, 7.1 e 7.2
Simulado
Visando à sua melhor preparação, comentarei questões de
provas elaboradas pelo Cespe/UnB, inclusive as que caíram
recentemente, em 2012. São cerca de 380!
Além disso, em cada aula você terá pela frente um simulado
com 10 questões de diversas bancas, para avaliar seu aprendizado sobre os
assuntos estudados comigo. O gabarito também estará disponível para você.
Reproduzirei os textos e os itens (será respeitada a grafia original
dos enunciados) que tratam do assunto abordado em cada aula. Como a
instituição tem o costume de usar um mesmo texto para, a partir dele,
apresentar várias assertivas, é possível que eu repita o mesmo texto (ou
fragmento dele) na explicação do conteúdo de outras aulas. Portanto, não
estranhe se isso acontecer. O procedimento é puramente didático. Dessa
forma, pretendo aproximar você daquilo que vem sendo exigido pelo Cespe
sobre determinado assunto da Língua Portuguesa em concursos públicos.
Espero que aproveite cada explicação e cada exemplo da melhor
forma possível. Interaja comigo nos fóruns. A sua participação é fundamental
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para o bom rendimento do curso. No mais, vamos ao que interessa, pois já
existe muita gente estudando enquanto eu e você estamos aqui conversando.
Apresentação da Matéria
A partir de agora, começo a ministrar os primeiros conteúdos deste
curso de Língua Portuguesa.
Acredito que você obterá uma noção de como as explicações serão
transmitidas, do grau de complexidade das aulas e da linguagem que usarei
em nossos próximos encontros.
Espero que aproveite cada explicação da melhor forma possível.
Interaja comigo nos fóruns. A sua participação é fundamental para o bom
rendimento do curso. No mais, vamos ao que interessa!
Ortografia
No Brasil, quem dita as normas para a correta escrita das palavras
é a Academia Brasileira de Letras (ABL). Em seu Vocabulário ortográfico da
língua portuguesa (VOLP), a instituição mantém registrada a forma oficial de
escrever as palavras.
Apesar da vigência do novo Acordo Ortográfico, as regras antigas e
as atuais estarão em vigor até 31 de dezembro 2012. Por quê? Porque o então
presidente Lula, por meio do Decreto nº 6.583, de 26 de setembro de 2008,
além de ter promulgado o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa – que foi
assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990 –, também estabeleceu um
período de transição: “de 1º de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2012,
durante o qual coexistirão a norma ortográfica atualmente em vigor e a nova
norma estabelecida”.
Você e eu sabemos que é humanamente impossível decorar a
grafia de todas as palavras da nossa Língua. Só para você ter uma ideia da
dificuldade que é isso, saiba que a nova edição do VOLP, lançada oficialmente
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pela ABL em 19 de março de 2009, tem 976 páginas, 381 mil verbetes e
outras coisas mais. Você se atreve a decorar tudo isso?!
Entretanto podemos sistematizar a grafia de certas palavras, em
decorrência, por exemplo, da sua origem, do seu radical. É isso que você verá
aqui. A experiência nos permite dizer que esse processo é muito útil no
momento de resolver uma questão de concurso. Não estou dizendo que tudo
se resumirá ao que será demonstrado nestas poucas linhas. O que você
precisa entender é que a prática de leitura de livros, jornais, revistas e
dicionários deve ser somada à minha explicação.
Comecemos pelo EMPREGO DE ALGUMAS LETRAS. Sempre que for
preciso, trarei para nossa aula as mudanças das novas regras ortográficas
• Usa-se, normalmente, a letra X:
QUANDO EXEMPLO CUIDADO
1 – depois de ditongos ameixa, frouxo, peixe Recauchutar
2 – depois da sílaba EN enxame, enxergar
encher, encharcar,
enchova, enchumaçar e
derivados dessas
palavras
3 – depois da sílaba ME,
quando “fechada” mexa (verbo), mexerico
mecha (substantivo) =
pronúncia “aberta”
• Usa-se, normalmente, a letra G:
QUANDO EXEMPLO CUIDADO
1 – nos sufixos AGEM,
IGEM e UGEM
viagem (substantivo),
vertigem, ferrugem
pajem, lajem,
lambujem
2 – nos sufixos AGIO,
EGIO, IGIO, OGIO e
pedágio, colégio,
prestígio, relógio,
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UGIO refúgio
3 – nas palavras
derivadas daquelas que
possuem G no radical
(você perceberá que
esse princípio vale
também para o emprego
de outras letras)
margem/margear,
homenagem/homenagear
monge/monja, eu dirijo
(flexão do verbo dirigir).
Imaginem se
mantivéssemos a letra
“g” nas palavras
derivadas...
• Usa-se, normalmente, a letra J:
QUANDO EXEMPLO
1 – nas palavras de origem indígena,
africana e árabe
pajé, jiboia, jeca, jenipapo, jirau, jiló,
cafajeste, jerico, jequitibá
2 – nas flexões dos verbos que
possuem J no radical
viajar (verbo) – que eles viajem;
bocejar – eu bocejei
3 – nas palavras derivadas daquelas
que possuem J no radical gorja – gorjeta; lisonja – lisonjeado
4 – nas palavras de origem latina jeito, hoje, majestade, injetar, objeto,
ultraje
• Usa-se, normalmente, a letra Ç:
QUANDO EXEMPLO
1 – nas palavras derivadas daquelas
que possuem T no radical
exceto – exceção, setor – seção, cantar
– canção
2 – nas palavras de origem indígena,
árabe e africana
miçanga, paçoca, muriçoca,
muçulmano, açougue, açoite
3 – nos sufixos AÇU e AÇO babaçu, Paraguaçu, Nova Iguaçu,
golaço, poetaço, atrevidaço
4 – depois de ditongo compleição, feição, beiço
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• Usa-se, normalmente, a letra S:
QUANDO EXEMPLO
1 – nos substantivos que designam
origem, título honorífico e feminino
chinês, japonês, baronesa, duquesa,
sacerdotisa, poetisa
2 – Nos sufixos ASE, ESE, ISI e OSE fase, ascese, eletrólise, apoteose
3 – nos sufixos OSO e OSA formoso, formosa, gostoso, gostosa
4 – nas palavras derivadas daquelas
que possuem D, RT ou RG no seu
radical
iludir – ilusão, defender – defesa;
divertir – diversão, inverter – inversão;
imergir – imersão, submergir –
submersão
5 – no prefixo TRANS e nos seus
derivados
transatlântico, trasladar (ou
transladar)
6 – após os ditongos maisena, Sousa, coisa
7 – nas formas verbais derivadas dos
verbos QUERER e PÔR quis, quisera, pusera, compusera
• Usa-se, normalmente, SS:
QUANDO EXEMPLO CUIDADO
1 – nas palavras
derivadas daquelas que
possuem as expressões
CED, GRED, PRIM, MIT,
MET e CUT no radical
suceder – sucessão,
regredir – regressão,
comprimir –
compressão, demitir –
demissão, intrometer –
intromissão, discutir –
discussão
2 – prefixo terminado
em vogal + palavra
começada por S
pre + sentir = pressentir
(repare que o “s” foi
duplicado”)
• Usa-se, normalmente, a letra Z:
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QUANDO EXEMPLO CUIDADO
1 – nas terminações EZ
e EZA, formando
substantivos
abstratos derivados de
adjetivos
insensato – insensatez,
nu – nudez; claro –
clareza, belo – beleza
2 – nas terminações
IZAR, formando
infinitivos verbais
sintonia – sintonizar,
real – realizar, visual –
visualizar
a) se a palavra possuir
S em sua parte final, o
infinitivo verbal também
levará S: análise –
analisar, paralisia –
paralisar;
b) Hipnose – hipnotizar;
Síntese – sintetizar;
Batismo – batizar;
Catequese – catequizar;
Ênfase – enfatizar.
(Lembre-se da sigla de
um famoso banco, só
que com E no final:
HSBCE).
3 – como consoante de
ligação
pé + udo = pezudo; guri
+ ada = gurizada
• Usa-se, normalmente, a letra H:
QUANDO EXEMPLO CUIDADO
1 – nas palavras ligadas
por hífen em que o
segundo elemento
começa com H
anti-higiênico, pré-
histórico, super-homem desarmonia, lobisomem
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2 – na palavra Bahia as palavras derivadas
não possuem H: baiano
• Verbos terminados em EAR e IAR:
1 – são irregulares os
verbos terminados em
EAR; eles recebem a
letra I nas formas
rizotônicas (eu, tu, ele,
eles – a sílaba tônica
integra o radical)
passear: passeio,
passeias, passeia,
passeamos, passeais,
passeiam
2 – são regulares os
verbos terminados em
IAR
premiar: premio,
premias, premia,
premiamos, premiais,
premiam
Mediar, Ansiar,
Remediar, Incendiar,
Odiar (MARIO): apesar
de terminarem em IAR,
são irregulares e
recebem a letra E nas
formas rizotônicas (eu,
tu, ele, eles): odeio,
odeias, odeia, odiamos,
odiais, odeiam
Passemos agora ao EMPREGO DE ALGUMAS EXPRESSÕES que,
certamente, já deixaram muita gente com dúvida na hora de optar por uma ou
outra forma. Selecionei para esta aula apenas alguns vocábulos que, volta e
meia, surgem em diversos textos. Vejamos quais são.
• MAL x MAU
a) Ela se houve mal na prova. (advérbio de modo, contrário de bem,
refere-se a um verbo)
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b) Mal entrou, os portões foram fechados. (conjunção subordinativa
adverbial, equivale-se a assim que, quando, indica circunstância de tempo)
c) Apesar do mau tempo, foi à praia. (adjetivo, refere-se a um substantivo,
contrário de bom)
ATENÇÃO! Quero que você perceba que o vocábulo MAL não possui a mesma
classificação gramatical nas alternativas “a)” e “b)”. Isso é importante porque
a banca examinadora pode sugerir o contrário. O Cespe/UnB, por exemplo,
pode selecionar duas frases de um texto em que esses vocábulos aparecem,
destacá-los e formular a seguinte assertiva: “Nas linhas X e Y, os vocábulos
em destaque possuem a mesma classificação gramatical”. Muito cuidado antes
de responder. Como vimos anteriormente, isso nem sempre será verdade.
Quero que note ainda as diferentes classificações dos vocábulos que surgirão
nos próximos exemplos.
• POR QUE x POR QUÊ
a) Por que você não veio? (advérbio interrogativo de causa, usado no início
da oração, equivale-se a por qual motivo, o “que” é átono)
b) Quero saber por que você não veio. (a única diferença é que a frase
interrogativa é indireta)
c) Você não veio por quê? (agora a expressão aparece no final da frase, e
o “que” é tônico)
d) Quero saber o motivo por que você não veio. (preposição + pronome
relativo, usado no início da oração, equivale-se a pelo qual)
ATENÇÃO! Note a colocação no final da frase ou no final de oração,
antes de pausa, com sentido de motivo, razão pela qual, sendo tônico.
Ex.: O cantor estava inquieto, sem saber por quê. (Sem saber por quê, o
cantor estava inquieto.
Advertido pelo presidente da Mesa, o deputado quis saber por quê.
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Ninguém lhe dava atenção. Por quê?
• PORQUE x PORQUÊ
a) Não vim porque estava cansado. (conjunção subordinativa adverbial,
indica circunstância de causa)
b) Fique quieto, porque você está incomodando. (conjunção coordenativa
explicativa)
c) Quero saber o porquê da sua falta. (vem precedido de artigo, é
substantivo, equivale-se a motivo, razão, causa)
ATENÇÃO! Sempre que estiver diante de uma pergunta (direta ou indireta),
use a expressão separada.
• SENÃO x SE NÃO
a) Estudem, senão ficarão reprovados. (pode ser substituído por ou, indica
alternância de ideias que se excluem mutuamente)
b) Não fazia coisa alguma, senão criticar. (equivale-se a mas sim, porém,
a não ser)
c) Essa pessoa só tem um senão. (significa defeito, mácula, mancha; é
substantivo)
d) Se não houver dedicação, ficarão reprovados. (“Se” = conjunção
subordinativa adverbial condicional; “não” = advérbio de negação)
ATENÇÃO! É muito útil perceber que a expressão será separada apenas
quando introduzir uma oração subordinada adverbial condicional.
• ACERCA DE x A CERCA DE x HÁ CERCA DE
a) Hoje falaremos acerca dos pronomes. (locução prepositiva – “dos” = de
+ os –, equivale-se a sobre, a respeito de)
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b) Os primeiros colonizadores surgiram há cerca de quinhentos anos.
(refere-se a acontecimento passado)
c) Estamos a cerca de quatro meses da prova. (equivale-se a
aproximadamente)
• AFIM x A FIM DE
a) Temos ideias afins. (adjetivo, refere-se a um substantivo, varia em
número para com ele concordar)
b) Estudou muito, a fim de tirar o primeiro lugar. (locução prepositiva,
denota finalidade, objetivo, intenção)
• DEMAIS x DE MAIS
a) Estudei demais. (advérbio de intensidade, liga-se a um verbo,
equivale-se a muito, bastante, demasiadamente, em excesso)
b) Eu estudo muito; os demais, pouco. (pronome indefinido, equivale-se a
outros, restantes, vem precedido de artigo)
c) Surgiram candidatos de mais. (locução que se contrapõe a de menos)
ATENÇÃO! Com relação a de menos, a professora Maria Tereza de Queiroz
Piacentini ensina que nem sempre tal expressão tem como oposto de mais.
De menos pode se referir a substantivo ("gente de menos") e verbo ("saber
de menos"), segundo a autora do livro Português para redação (edição
esgotada). Moral da história: junto a substantivo, use de mais e de menos;
junto a verbo, use demais e pode usar de menos também.
• ONDE x DONDE x AONDE
a) Onde você está? (usa-se onde com verbo estático que pede a
preposição em, na língua portuguesa não existe a suposta contração nonde,
indicada por em + onde; é errada sua utilização para substituir nomes que
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não indicam lugar: Na reunião onde estávamos, houve muita discussão.
Nesse caso, prefira a locução em que.)
b) Donde você vem? (usa-se com verbo de movimento que peça, em
razão sua regência, a preposição de, caso do verbo “vem”: “Donde” = de +
onde)
c) Aonde você vai? (usa-se com verbo de movimento que exige, também
por causa de sua regência, a preposição a, caso da forma verbal “vai”:
“Aonde” = a + onde)
• MAS x MAIS
a) Ela estudou muito, mas não foi aprovada. (conjunção coordenativa
adversativa, conecta orações que guardam entre si ideias opostas)
b) Ela era a aluna mais simpática da turma. (advérbio de intensidade,
refere-se a adjetivo, outro advérbio ou verbo)
c) Menos ódio e mais amor. (pronome indefinido adjetivo, refere-se a
substantivo)
• HÁ x A
a) Ele chegou da Europa há dois anos. (refere-se a acontecimento passado)
b) Ela voltará daqui a um ano. (refere-se a acontecimento futuro)
• DE ENCONTRO A x AO ENCONTRO DE
a) O ônibus foi de encontro ao carro, causando a morte de duas pessoas.
(indica posição contrária, colisão, confronto)
A proposta da diretoria foi de encontro aos anseios dos funcionários.
b) O filho foi ao encontro do pai, abraçando-o. (sugere posição favorável,
concordância)
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• À TOA (o novo Acordo retirou o hífen, a diferença se dará pelo
contexto)
a) Ele era uma pessoa à toa. (locução adjetiva invariável; refere-se a um
substantivo; significa desprezível, sem valor, insignificante)
b) Ele andava à toa na rua. (locução adverbial; indica maneira, modo, sem
rumo certo, a esmo, sem fazer nada)
• DIA A DIA (o novo Acordo aboliu o hífen, a diferença se dará pelo
contexto)
a) O dia a dia do operário brasileiro é desgastante. (substantivo, precedido
por artigo, equivale-se a cotidiano)
b) Os preços das mercadorias aumentam dia a dia. (locução adverbial de
tempo, equivale-se a diariamente)
• TAMPOUCO x TÃO POUCO
a) Não realizou a tarefa, tampouco apresentou qualquer justificativa.
(advérbio de negação, equivale-se a também não)
b) Tenho tão pouco entusiasmo pelo trabalho. (tão = advérbio de
intensidade; pouco = pronome indefinido adjetivo, alude a um substantivo)
c) Estudamos tão pouco. (tão = advérbio de intensidade, refere-se a outro
advérbio: pouco = advérbio de intensidade, refere-se ao verbo)
A respeito do EMPREGO DO HÍFEN, várias mudanças foram
introduzidas pelo novo Acordo Ortográfico. Resumirei aqui os casos
importantes.
Prefixos Usa-se hífen Não se usa hífen
Agro, ante, anti, arqui, auto,
contra, extra, infra, intra,
macro, mega, micro, maxi,
Quando a palavra
seguinte começa com h
ou com vogal igual à
a) Em todos os demais
casos: autorretrato,
autossustentável,
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mini, semi, sobre, supra,
tele, ultra...
última do prefixo: auto-
-hipnose, auto-
-observação, anti-herói,
anti-imperalista, micro-
-ondas, mini-hotel
autoanálise,
autocontrole,
antirracista, antissocial,
antivírus, minidicionário,
minissaia, minirreforma,
ultrassom... (perceba
que as letras R e S
são duplicadas).
b) Quando se usam os
prefixos des- e in-,
caem o h e o hífen:
desumano, inabitável,
desonra, inábil.
c) Também com os
prefixos co- e re- caem
o h e o hífen: coordenar,
coerdeiro, coabitar,
reabilitar, reeditar,
reeleição.
Hiper, inter, super
Quando a palavra
seguinte começa com h
ou com r: super-homem,
inter-regional
Em todos os demais
casos: hiperinflação,
supersônico
Sub, sob, ob, ab
Quando a palavra
seguinte começa com b,
h ou r: sub-base, sub-
-reino, sub-humano (ou
subumano)
Em todos os demais
casos: subsecretário,
subeditor
Vice, ex, sem, além, aquém,
recém, pós, pré, pró
Sempre: vice-rei, vice-presidente, além-mar,
além-túmulo, aquém-mar, ex-aluno, ex-diretor,
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ex-hospedeiro, ex-prefeito, ex-presidente,
pós-graduação, pré-história, pré-vestibular,
pró-europeu, recém-casado, recém-nascido,
sem-terra
Pan, circum, mal
Quando a palavra
seguinte começa com h,
m, n ou vogais: pan-
americano, circum-
hospitalar
Em todos os demais
casos: pansexual,
circuncisão
Quero enfatizar as seguintes mudanças:
1 – Com prefixos, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h.
Exemplos: anti-higiênico, anti-histórico, macro-história, mini-hotel,
proto-história, sobre-humano, super-homem, ultra-humano.
2 – Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal
com que se inicia o segundo elemento.
Exemplos: aeroespacial, agroindustrial, anteontem, antiaéreo, antieducativo,
autoaprendizagem, autoescola, autoestrada, autoinstrução, coautor, coedição,
extraescolar, infraestrutura, plurianual, semiaberto, semianalfabeto,
semiesférico, semiopaco.
3 – Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo
elemento começar pela mesma consoante.
Exemplos: hiper-requintado, inter-racial, inter-regional, sub-bibliotecário,
super-racista, super-reacionário, super-resistente, super-romântico.
4 – Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo
elemento começar por vogal.
Exemplos: hiperacidez, hiperativo, interescolar, interestadual, interestelar,
interestudantil, superamigo, superaquecimento, supereconômico,
superexigente, superinteressante, superotimismo.
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Acentuação Gráfica
A partir de agora, vamos falar sobre acentuação gráfica, que
também é mais um tópico do programa. Novamente, enfatizarei as regras
novas. Tudo da forma mais clara e objetiva possível. Comecemos assim:
REGRAS GERAIS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA
O propósito delas é sistematizar a leitura das palavras de nossa
língua; assim sendo, baseiam-se na posição da sílaba tônica, no timbre da
vogal, nos padrões prosódicos menos comuns da língua. Em relação aos
vocábulos:
1 – MONOSSÍLABOS TÔNICOS � o acento é empregado naqueles
terminados por A(S), E(S) ou O(S)
Ex.: Elas são más. / Pisaram o meu pé. / Ninguém ficará só.
CUIDADO! Quando os prefixos PRÉ e PRÓ vierem separados por hífen, eles
serão acentuados: pré-técnico, pró-labore.
Quando não estiverem, não serão acentuados: pressentir,
prosseguir.
Nas formas verbais terminadas em R, S ou Z e seguidas por
pronomes oblíquos átonos A(s) ou O(S), essas consoantes são suprimidas, as
vogais A, E ou O da terminação verbal recebem acento gráfico e os pronomes
oblíquos átonos A(S) ou O(S) recebem a letra “L”: dar + o = dá-lo; pôs + os =
pô-los; fez + a = fê-la.
2 – OXÍTONOS (a sílaba tônica da palavra é a última) � usa-se o acento
quando terminarem em A(S), E(S), O(S), EM, ENS:
Ex.: cajá, cafés, cipó, armazém, armazéns
CUIDADO! Os vocábulos oxítonos terminados por I ou U não serão
acentuados, salvo se estiverem em hiato.
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Ex.: Bangu – Grajaú // dividi-lo – construí-lo
3 – PAROXÍTONOS (a sílaba tônica é a penúltima) � são acentuados aqueles
que terminam em I(S), US, Ã(S), ÃO(S), UM, UNS, L, N, R, X, PS, DITONGO
ORAL.
Ex.: júri, íris, vírus, ímã, órfãs, órgão, sótãos, médium, álbuns, amável,
abdômen, mártir, látex, bíceps, íon, íons, vôlei, jóquei, história, gênio.
CUIDADO! Não serão acentuados os vocábulos paroxítonos terminados por EM
ou ENS: item, itens, hifens (mas: hífen ou hífenes), polens (mas: pólen ou
pólenes)
Os prefixos paroxítonos terminados por I ou R não serão
acentuados: semi-histórico, super-homem.
4 – PROPAROXÍTONOS (a sílaba tônica é a antepenúltima) � todos são
acentuados.
Ex.: histórico, cântico, lâmpada, hífenes, pólenes.
REGRAS ESPECIAIS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA (note as mudanças
introduzidas pelas novas regras)
1 – HIATOS
a) Não se acentua mais a primeira vogal dos hiatos OO, EE.
Ex.: voo, enjoos, creem, deem, leem, veem. (3ª pessoa do plural dos verbos
crer, dar, ler e ver)
ATENÇÃO! De acordo com as novas regras, o acento circunflexo deixa de
existir, mas até 31/12/2012 é possível usá-lo (vôo, crêem etc.).
b) Acentuam-se as vogais I(S) e U(S), quando formam a sílaba tônica e
ocupam a segunda posição do hiato, sozinhas ou acompanhadas de S.
Ex.: saída, saúde, país, baús, incluí-lo.
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Compare com mia, via, lua, nua. Nessas palavras, as vogais I e U não ocupam
a segunda posição do hiato, ainda que constituam a sílaba tônica.
CUIDADO! Se as vogais I ou U formarem sílabas com L, M, N, R, Z ou vierem
seguidas de NH, não haverá acento gráfico: pa-ul, ru-im, a-in-da, sa-ir, ju-iz,
ra-i-nha.
Se as vogais I ou U formarem hiato com uma vogal idêntica, não
se usará acento gráfico: xi-i-ta, va-di-i-ce, su-cu-u-ba (nome de uma planta).
O acento só surgirá se a palavra for uma proparoxítona: fri-ís-si-mo.
ATENÇÃO! Conforme as novas regras, se essas vogais surgirem após ditongos
e a palavra for paroxítona, não levarão acento: baiuca, feiura. Ressalto que até
31/12/2012 você decidirá se quer ou não usar o acento: baiúca, feiúra.
Interessante é o que acontece, por exemplo, com o vocábulo
Piauí. Observe que, agora, a vogal tônica I ocupa a última posição, a palavra é
oxítona. Casos como esse não foram atingidos pelas mudanças ortográficas.
2 – DITONGOS
a) EI, OI: deixam de receber acento agudo quanto tônicos, abertos e como
sílabas tônicas de palavras paroxítonas; mas o recebem em outras ocasiões
(quando a palavra for oxítona ou monossílaba tônica, por exemplo).
Ex.: chapéu, assembleia, jiboia, céu, herói.
ATENÇÃO! Ressalto que até 31/12/2012 é facultativo recorrer ao novo Acordo
Ortográfico. Portanto até lá ainda é possível escrever jibóia, assembléia etc.
3 – GUE, GUI e QUE, QUI
a) Diante de E ou I, a letra U que compõe os grupos GUE, GUI e QUE, QUI
receberá trema quando for pronunciada fracamente; sendo, pois, semivogal.
Ex.: agüentar, pingüim, lingüiça, eloqüente, qüinqüênio.
b) A letra U receberá acento agudo quando for pronunciada fortemente;
sendo, pois, vogal.
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Ex.: averigúe, apazigúe, argúi, obliqúes.
CUIDADO! Quando a letra U não for pronunciada, não receberá trema nem
acento agudo: quilo, quente, guerra, guincho. O que temos aqui é
simplesmente um dígrafo representado pelas letras “qu” e “gu”.
Diante de A e O, a letra U não receberá trema: água, quota (ou
cota), mesmo sendo semivogal. Mas receberá acento agudo, sendo vogal, em
flexões dos verbos aguar (agúo), apaniguar, apaziguar, apropinquar, averiguar
(averigúo), desaguar, enxaguar, obliquar, delinqüir e afins.
ATENÇÃO! O trema foi abolido pelas novas regras. Também o foi o acento
agudo no U tônico dos grupos verbais mencionados acima (averiguar,
apaziguar, arguir, redarguir, enxaguar e afins). Exemplos: arguo, arguis,
argui, arguem, argua, arguas, arguam, redarguo, averiguo, enxague, oblique.
Repito: até 31/12/2012 estaremos no período de transição, sendo aceitas as
duas formas.
4 – ACENTO DIFERENCIAL (com a vigência das novas regras, foi
abolido, salvo algumas exceções, que estão destacadas abaixo; todavia
o período de transição – que vai até 31/12/2012 – dá-nos a faculdade
quanto ao uso)
Ele tem – eles têm (verbo TER na 3ª pessoa do plural do presente do
indicativo)
Ele vem – eles vêm (verbo VIR na 3ª pessoa do plural do presente do
indicativo)
ATENÇÃO! Repare que as formas TEM e VEM constituem monossílabos tônicos
terminado por EM. Lembre-se de que apenas as terminações A(S), E(S) e O(S)
recebem acento: má, fé, nó. É muito comum as bancas examinadoras
explorarem questões envolvendo esses verbos. Elas relacionam, por exemplo,
um sujeito no singular à forma verbal TÊM (com acento circunflexo mesmo) e
perguntam se a concordância está correta. Obviamente, se a forma verbal
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empregada é TÊM, o sujeito deve ser representado por um nome plural. Fique
atento para esse detalhe.
Atente ainda para o fato de o acento circunflexo (diferencial)
não ter sido abolido desses verbos nem de seus derivados. Portanto,
continue a usá-lo.
Ele detém – eles detêm (verbo DETER na 3ª pessoa do plural do presente do
indicativo)
Ele provém – eles provêm (verbo PROVIR na 3ª pessoa do plural do presente
do indicativo)
ATENÇÃO! Agora, a “pegadinha” é outra. As bancas gostam de explorar o
motivo do acento nos pares detém/detêm, mantém/mantêm, provém/provêm,
todos derivados dos verbos TER e VIR. Repare que a forma correspondente à
terceira pessoa do singular recebe acento AGUDO em virtude de ser uma
oxítona terminada por EM. Já a forma correspondente à terceira pessoa do
plural recebe acento CIRCUNFLEXO para diferenciar-se do singular.
Pôde (3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo)
Pode (3ª pessoa do singular do presente do indicativo)
ATENÇÃO! O novo acordo não aboliu o acento diferencial de PÔDE. Você deve
usá-lo.
Pôr (verbo)
Por (preposição)
ATENÇÃO! O novo acordo também não aboliu o acento diferencial de PÔR.
Você deve usá-lo.
Fôrma (substantivo = molde)
Forma (substantivo = disposição exterior de algo)
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ATENÇÃO! É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as
palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais
clara: Qual é a forma da fôrma do bolo?
Significação Contextual de Palavras
Para você compreender melhor a mensagem transmitida por meio
de um texto, às vezes não é suficiente conhecer o significado isolado das
palavras nele utilizadas. Há momentos em que a interpretação só é possível se
você considerar o contexto em que as palavras estão inseridas. Tenho
percebido que as bancas examinadoras também exploram esse fato em provas
de concursos públicos. Por isso é importante que você estude um pouco de
semântica na sua preparação.
Semântica é a parte da linguística que estuda a significação das
palavras, que pode variar de acordo com o contexto. A palavra GATO, por
exemplo, apresenta diversos significados em um dicionário (considerada
isoladamente): animal mamífero da família dos felídeos; indivíduo esperto;
erro, engano; etc.
Ex.: O cão correu atrás do gato.
O ladrão foi muito ligeiro, e a polícia não conseguiu pegar o gatuno.
A fiscalização flagrou um gato na instalação telefônica do prédio.
Trarei à sua memória alguns conceitos sobre semântica que,
acredite, serão muito úteis na hora de resolvermos questões de prova,
principalmente quando elas tratarem de interpretação de texto.
• Antônimos
São palavras de sentido contrário. Assim como é difícil encontrar
um par perfeito de sinônimos, o mesmo ocorre com os antônimos. Em alguns
casos, é mais adequado falar em graus de antonímia.
Ex.: velho – novo / bom – mau
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Um objeto velho, em princípio pode ser o oposto de um objeto
novo. Porém, dizer que um objeto é menos velho, em certos casos, pode ser
equivalente a dizer que ele é mais novo. O que torna relativa a antonímia entre
novo e velho. O mesmo ocorre com o par bom/mau.
O par emigrante – imigrante, aparentemente são antônimos
perfeitos, já que a primeira palavra se refere àqueles que saem de
determinado lugar (cidade, estado, país); e a segunda, àqueles que entram.
Contudo, o emigrante, no momento em que chega a outro lugar, não passa a
ser também, obrigatoriamente, um imigrante?
• Sinônimos
São palavras de sentidos idênticos ou aproximados, que podem ser
substituídas uma pela outra em diferentes contextos. Embora se fale em
palavras sinônimas, também existem frases sinônimas.
Ex.: Você já vacinou seu cão? / Você já vacinou seu cachorro.
Joana é a mulher de Marcelo. / Marcelo é o marido de Joana.
“O uso de palavras sinonímias pode ser de grande utilidade nos
processos de retomada de elementos que inter-relacionam as partes dos
textos.” (Cipro & Neto, 1999:565)
Ex.: Alguns segundos depois, apareceu um menino. Era um garoto magro, de
pernas compridas e finas. Um típico moleque.
• Polissemia
É a propriedade de uma palavra apresentar vários sentidos.
Compare este par de enunciados:
a) Não consigo prender o fio de lã na agulha de tricô.
b) Enrosquei minha pipa no fio daquele poste.
Observe que, nas duas ocorrências da palavra fio, ela apresenta
sentidos diferentes: “fibra”, no primeiro enunciado, e “cabo de metal” no
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segundo. Apesar disso, há um sentido comum entre elas: sequência, fiada,
eixo, alinhamento, encadeamento.
• Campo semântico, hiponímia e hiperonímia
Leia o enunciado abaixo:
Comprou um computador, um monitor, um teclado e uma
impressora para o escritório, pois, sem esse equipamento, não conseguiria dar
conta do trabalho.
Palavras como “computador”, “monitor”, “impressora” e “teclado”
apresentam certa familiaridade de sentido pelo fato de pertencerem ao mesmo
campo semântico, ou seja, ao universo da informática. Já a palavra
“equipamento” possui um sentido mais amplo, que engloba todas as outras.
Nesse caso, dizemos que “computador”, “monitor”, “impressora” e “teclado”
são hipônimos de “equipamento”. Por sua vez, “equipamento” é um
hiperônimo das outras palavras.
• Homônimos
São palavras diferentes no sentido, tendo a mesma escrita ou a
mesma pronúncia.
Ex.: são (verbo ser – eles são) / são (saudável) / são (santo); como (advérbio
interrogativo) / como (verbo) � homônimos perfeitos;
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caçar (apanhar) / cassar (anular); concerto (harmonia) / conserto
(remendo) � homônimos homófonos
ele (pronome pessoal) / ele (substantivo, nome da letra L); almoço
(verbo) / almoço (substantivo); sede (vontade de beber) / sede (residência) �
homônimos homógrafos
• Parônimos
São palavras diferentes no sentido, na escrita e na pronúncia,
apesar de se assemelharem nos dois últimos aspectos.
Ex.: flagrante (evidente) / fragrante (perfumado)
arrear (por arreios) / arriar (abaixar)
mandado (ordem judicial) / mandato (procuração)
inflação (alta dos preços) / infração (violação)
eminente (elevado) / iminente (prestes a ocorrer)
comprimento (extensão) / cumprimento (saudação)
• Denotação
Em semântica, a denotação de um termo é o objeto ao qual o
mesmo se refere. A palavra tem valor referencial ou denotativo quando é
tomada no seu sentido usual ou literal, isto é, naquele que lhe atribuem os
dicionários; seu sentido é objetivo, explícito, constante. Ela designa ou denota
determinado objeto, referindo-se à realidade palpável.
Ex.: O papel foi rabiscado por todos. (papel: sentido próprio, literal)
A linguagem denotativa é basicamente informativa, ou seja, não
produz emoção ao leitor. É informação bruta com o único objetivo de informar.
É a forma de linguagem que lemos em jornais, bulas de remédios, em um
manual de instruções etc.
• Conotação
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Além do sentido referencial, literal, cada palavra remete a
inúmeros outros sentidos, virtuais, conotativos, que são apenas sugeridos,
evocando outras ideias associadas, de ordem abstrata, subjetiva.
Conotação é, pois, o emprego de uma palavra tomada em um
sentido incomum, figurado, circunstancial, que depende sempre de contexto. A
linguagem conotativa não é exclusiva da literatura, ela é empregada em letras
de música, anúncios publicitários, conversas do dia-a-dia, etc.
Ex.: “Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim
jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede”. (João 6:35)
Agora, prezado aluno, você precisa colocar em prática tudo o que
aprendeu e notar como o examinador costuma cobrar esses conceitos em
prova.
Lembre-se sempre de que o novo Acordo Ortográfico está em vigor
e que a Academia Brasileira de Letras já lançou oficialmente o novo VOLP.
Portanto nada impede que a banca examinadora exija de você conhecimentos
a respeito dele.
[...]
1. (Cespe/EBC/Cargos de Nível Superior/2011) Na linha 26, “por que”
poderia, sem prejuízo para a correção gramatical, ser grafado porque,
em razão de estar empregado como conjunção causal, tal como ocorre em
“mas o mandamento de agir unicamente porque se trata de um dever”
(L.31-32).
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27
Comentário – Questão muito fácil. Você nem precisa ter o trabalho de
analisar tudo o que a banca propôs. De acordo com o que foi explicado sobre o
assunto, jamais a expressão por que (com separação; equivale-se a pela
qual, no caso sob análise) poderá ser substituída corretamente pela expressão
porque (sem separação; conjunção causal ou explicativa, dependendo do
caso). O texto é até dispensável. Assim, você não desperdiça tempo durante
uma prova.
Resposta – Item errado.
2. (Cespe/EBC/Cargos de Nível Superior/2011)
[...]
[...]
No período “Parece que sim, porque (...) receberão efeitos.” (l.11-16), a
substituição do ponto final por ponto de interrogação manteria a coerência
do texto, mas, nesse caso, de acordo com a prescrição gramatical, o
vocábulo “porque” deveria ser grafado como por que.
Comentário – A forma porque serve para introduzir uma explicação ou causa
de um acontecimento. No texto sob análise, o enunciador apresenta uma
justificativa para se considerar importante o que foi declarado anteriormente.
Já a forma por que, associada a um ponto de interrogação e no início de
orações interrogativas diretas ou indiretas, deve ser escrita separadamente e
sem acento. No entanto, estaria prejudicada à coerência textual. No trecho não
cabe uma pergunta, mas sim a apresentação de um motivo que justifique
aquela importância.
Resposta – Item errado.
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28
[...]
22 Os grandes líderes de mercado parecem ainda ter
dificuldade para entender o que está acontecendo de fato. O
discurso e a prática dessas empresas ainda estão baseados em
25 modelos ultrapassados, que veem os custos ainda da maneira
tradicional, deixando as externalidades para a sociedade.
E mais, não são apenas os grandes líderes do setor
28 privado que demonstram essa dificuldade. Uma manchete
recente em um grande jornal diário mostra que pesquisadores
e jornalistas também não entenderam as oportunidades que
31 estão surgindo a partir das transformações que estamos
vivendo. Eis o título da matéria: “Só estagnação econômica
pode reduzir aquecimento global, diz estudo”.
[...]
Ricardo Young. Mudanças no consumo. In: CartaCapital,
26/2/2010. Internet: <www.cartacapital.com.br> (com adaptações).
3. (Cespe/AGU/Administrador/2010) O trecho “a partir das” (l.31) poderia
ser substituído, sem prejuízo sintático ou semântico ao texto, por um dos
termos a seguir: por razão das, em consequência das, com as.
Comentário – De acordo com o texto, “as oportunidades” (l. 30) são o efeito
das “transformações que estamos vivendo” (l. 31-32). Essa ideia é corroborada
pela expressão “a partir das”, que ajuda a expressar essa noção de causa (ou
motivo, razão) e consequência (ou efeito). Não há prejuízo sintático ou
semântico ao texto devido às mudanças propostas. Vamos reescrever a
passagem e tirar a dúvida:
– “...pesquisadores e jornalistas também não entenderam as
oportunidades que estão surgindo por razão das transformações que estamos
vivendo.”
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29
– “...pesquisadores e jornalistas também não entenderam as
oportunidades que estão surgindo em consequência das transformações que
estamos vivendo.”
– “...pesquisadores e jornalistas também não entenderam as
oportunidades que estão surgindo com as transformações que estamos
vivendo.”
Resposta – Item certo.
4. (Cespe/AGU/Administrador/2010) Na linha 22, o deslocamento do
vocábulo “ainda” para imediatamente antes da forma verbal “parecem” —
ainda parecem — alteraria a ideia original do vocábulo substituído, que
passaria a significar também.
Comentário – O significado do vocábulo “ainda” é o mesmo; ele não se altera
por causa da mudança proposta pela banca. A ideia, já presente no texto
original, é de continuidade (noção de tempo), e não de inclusão. O período
seguinte fortalece essa ideia:
“O discurso e a prática dessas empresas ainda estão baseados
em modelos ultrapassados, que veem os custos ainda da
maneira tradicional, deixando as externalidades para a
sociedade” (l. 23-26).
Resposta – Item errado.
5. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011 – adaptada) Na opção a seguir,
é apresentado trecho adaptado de texto extraído do sítio dos Correios na
Internet. Julgue-a quanto à correção gramatical.
O progresso comercial advindo da chegada da família real no novo mundo
abriu caminhos afim de que o serviço postal se desenvolvesse. Esse fato
permitiu a elaboração do primeiro Regulamento Postal do Brasil, o
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30
funcionamento regular dos Correios Marítimos e a emissão de novos
decretos que criassem os Correios Interiores.
Comentário – Repara na expressão “afim de”, usada para exprimir finalidade,
propósito, intento. Nesse sentido, a grafia correta é separada: a fim de.
Resposta – Item errado.
[...]
O planejamento caiu em descrédito com a queda do
16 Muro de Berlim, a implosão da União Soviética e a
contrarreforma neoliberal baseada no mito dos mercados que
se autorregulam. Seria ingênuo pensar que esse mito
19 desapareceu com a recente crise, mas, que ele está mal das
pernas, está. Chegou, portanto, o momento de reabilitar e
atualizar o planejamento. Até Jeffrey Sachs — diretor do Earth
22 Institute, da Columbia University, em Nova Iorque, e
conselheiro do secretário-geral das Nações Unidas —
pronuncia-se em favor de um planejamento flexível a longo
25 prazo, voltado para o enfrentamento dos três desafios
simultâneos da segurança energética, segurança alimentar e
redução da pobreza, buscando uma cooperação tripartite entre
28 os setores público e privado e a sociedade civil.
[...]
34 O fenomenal crescimento da economia mundial no
decorrer dos dois últimos séculos, baseado no uso das energias
fósseis, provocou um aquecimento global de consequências
37 deletérias e, em parte, irreversíveis. Seria, no entanto, um erro
considerar que o clima é a bola da vez e as urgências sociais
podem esperar. Em 2007, existiam, no Brasil, 10,7 milhões de
40 indigentes e 46,3 milhões de pobres. E, enquanto os latifúndios
de mais de mil hectares — 3% do total das propriedades rurais
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31
do Brasil — ocupam 57% das terras agriculturáveis,
43 4,8 milhões de famílias sem-terra estão à espera do chão para
plantar.
[...]
Ignacy Sachs. Voltando ao planejamento.
Internet: <www.envolverde.com.br.> (com adaptações).
6. (Cespe/Aneel/Cargos de Nível Superior/2010) O sentido da expressão
“mal das pernas” (l.19-20), característica da oralidade, seria prejudicado
caso se substituísse “mal” por mau.
Comentário – Em linguagem figurada, a expressão nos comunica que o “mito
dos mercados que se autorregulam” está desacreditado, já não produz o
mesmo efeito, sua sustentabilidade está abalada, enfraquecida.
O vocábulo “mal”, no contexto, é o contrário de bem
(advérbio) e não pode ser trocado por mau, antônimo de bom (adjetivo).
Resposta – Item certo.
7. (Cespe/Aneel/Cargos de Nível Superior/2010) O termo “consequências
deletérias” (l.36-37) significa resultados que não podem ser
apagados, alterados.
Comentário – Não adianta resmungar. Às vezes o examinador abre o
dicionário e de lá retira uma palavra (que quase ninguém usa) para montar
uma questão de prova. Literalmente, o adjetivo deletério significa algo que
prejudica a saúde, é insalubre; que destrói, causa dano. Figuradamente, indica
aquilo que corrompe, que é degradante.
Resposta – Item errado.
1 O poder político é produto de uma convenção, não
da natureza, como postulava Aristóteles, e nasce juntamente
com a sociedade, quando os homens decidem abrir mão de
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32
4 toda a sua liberdade natural, a fim de protegerem os seus
direitos naturais, consubstanciados na propriedade, na vida,
na liberdade e em outros bens. Mesmo antes do estado de
7 sociedade, o homem não é um ente isolado, avesso ao
contato com outras pessoas. De um lado, a sociedade
conjugal tem o escopo de possibilitar a perpetuação da
10 espécie. De outro lado, a sociedade política visa à
preservação da propriedade.
[...]
Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia,
ciência & vida. Ano III, nº 27, p. 40-1 (com adaptações).
8. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) A organização do texto permite a
substituição da expressão “ao contato” (l.7-8) por à convivência, sem
prejuízo para a coerência entre os argumentos e para a correção
gramatical.
Comentário – A palavra “contato” foi empregada figuradamente para indicar
relação de proximidade, relacionamento contínuo, coexistência, mesmo
significado que “convivência”.
Resposta – Item certo.
9. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) Na linha 3, a argumentação do texto
mostra que “a sociedade” e “os homens” podem ser considerados, em
significação conotativa, como sinônimos textuais; por isso, a troca de
posição entre esses dois termos preservaria a coerência e a correção
gramatical do texto.
Comentário – Não se deixe levar pelo “canto da sereia”. Esse jogo de
palavras tem a finalidade de distraí-lo. Vá ao texto e troque os dois termos de
posição: “...e nasce juntamente com os homens, quando a sociedade
decidem...”. Apesar de os dois termos serem sinônimos textuais e de estarem
empregados em sentido conotativo (a “sociedade” não nasce literalmente e
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33
“homens” não representa apenas seres do sexo masculino), a troca causa
prejuízo à correção gramatical do texto, pois desfaz-se a concordância entre o
verbo “decidem” e o sujeito correspondente.
Resposta – Item errado.
1 Com um alto grau de urbanização, o Brasil já
apresenta cerca de 80% da população nas cidades, mas,
como advertem estudiosos do assunto, o país ainda tem
4 muito a aprender sobre crescimento e planejamento urbanos.
[...]
o alerta: onde morar em metrópoles? É melhor optar por uma
28 casa ou um apartamento o mais distante possível — a dois
quarteirões, no mínimo — das ruas e avenidas mais
movimentadas. [...]
Gazeta do Povo (PR), 8/1/2009 (com adaptações).
10. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A substituição de “cerca de” (l.2) por
acerca de manteria a correção gramatical do período.
Comentário – Cerca de e acerca de são locuções prepositivas, mas elas não
devem ser confundidas. A primeira é usada para indicar quantidade
aproximada; a segunda equivale-se à preposição sobre.
Resposta – Item errado.
11. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Manteria a correção gramatical e o
sentido do texto a inserção de há dois quarteirões no lugar de “a dois
quarteirões” (l.28-29).
Comentário – A forma verbal “há”, nesse contexto, causaria incoerência, visto
que indicaria a existência de dois quarteirões. Não é isso o que se pretende
dizer no texto. O autor pretende indicar a distância mínima da localização do
imóvel. Nesse sentido, o vocábulo adequado é “a”.
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34
Resposta – Item errado.
[...] Tendo como principal propósito a
13 interligação das distantes e isoladas províncias com vistas à
constituição de uma nação-Estado verdadeiramente
unificada, esses pioneiros da promoção dos transportes no
16 país explicitavam firmemente a sua crença de que o
crescimento era enormemente inibido pela ausência de um
sistema nacional de comunicações e de que o
19 desenvolvimento dos transportes constituía um fator crucial
para o alargamento da base econômica do país. [...]
Olímpio J. de Arroxelas Galvão. In: Internet: <www.ipea.gov.br> (com adaptações).
12. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A palavra “crucial” (l.19) está sendo
empregada com o sentido de árduo, difícil.
Comentário – Cuidado com as aparências. Em se tratando de significação
contextual de palavras e expressões, a melhor coisa que você deve fazer é ir
ao texto. O adjetivo crucial pode realmente ser utilizado para caracterizar algo
árduo, difícil, espinhoso: Deixar a casa paterna foi uma decisão crucial. Mas,
no texto em que surge, ele expressa a importância para que algo aconteça,
ocorra, ou exista; é o mesmo que capita; essência; fundamental.
Resposta – Item errado.
1 No mundo moderno em que vivemos, é certamente
difícil reconstituir as sensações, as impressões que tiveram os
primeiros homens em contato com a natureza. [...]
José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e
História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações).
13. (Cespe/Antaq/Especialista – Economia/2009) No desenvolvimento da
textualidade, a substituição do trecho “em que vivemos” (l.1) por no qual
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vivemos ou por onde vivemos não acarreta prejuízo para a coerência
nem para a correção gramatical do texto.
Comentário – A ênfase aqui será dada ao emprego de onde, que é usado
com verbo estático (“vivem”) e pede a preposição em; na língua portuguesa
não existe a contração nonde, supostamente indicada por em + onde.
O pronome relativo que pode ser substituído por o/a qual.
Logo, a forma em que pode ser trocado pela forma no/na qual, conforme o
caso.
Resposta – Item certo.
1 Nossos projetos de vida dependem muito do futuro
do país no qual vivemos. E o futuro de um país não é
obra do acaso ou da fatalidade. Uma nação se constrói.
4 E constrói-se no meio de embates muito intensos — e, às
vezes, até violentos — entre grupos com visões de futuro,
concepções de desenvolvimento e interesses distintos e
7 conflitantes.
[...]
Plínio Arruda Sampaio. O Brasil em construção. In: Márcia Kupstas (Org.). Identidade
nacional em debate. São Paulo: Moderna, 1997, p. 27-9 (com adaptações).
14. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Na linha 2, mantendo-se a correção
gramatical do texto, pode-se empregar em que ou onde em lugar de “no
qual”.
Comentário – Esta foi só para confirmar o que eu disse anteriormente e como
o Cespe, volta e meia, explora o emprego dessas expressões. Quando
tratarmos de pronomes, falaremos mais sobre o uso dos relativos.
Resposta – Item certo.
[...]
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A coisa é mais complicada na modernidade, em que
10 os cidadãos comuns (como você e eu) são a fonte de toda
autoridade jurídica e moral. [...]
15. (Cespe/PF/Agente/2012) Suprimindo-se o emprego de termos
característicos da linguagem informal, como o da palavra “coisa” (l.9) e o
do trecho “(como você e eu)” (l.10), o primeiro período do segundo
parágrafo poderia ser reescrito, com correção gramatical, da seguinte
forma: Essa prática social apresenta-se mais complexa na
modernidade, onde a autoridade jurídica e moral submete-se à
opinião pública.
Comentário – O que pretendo demonstrar com esta questão é o uso
inadequado do vocábulo onde. Ele deve ser empregado para substituir termo
que designe lugar, não uma situação, um conceito etc. Observe que na
reescritura o termo substituído é “modernidade”, que não expressão sentido de
lugar.
Resposta – Item errado.
16. (Cespe/MRE–IRBr/Bolsas-Prêmio/2009) As palavras “líderes”,
“empréstimo”, “Econômico” e “públicas” recebem acento gráfico com base
na mesma justificativa gramatical.
Comentário – Sim, todas são proparoxítonas e por isso devem ser
acentuadas.
Resposta – Item certo.
17. (Cespe/TRE-ES/Técnico/Operação de Computadores/2011) As palavras
“catástrofe” e “climática” recebem acento gráfico com base em
justificativas gramaticais diferentes.
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Comentário – A justificativa é uma só. Ambas são palavras proparoxítonas e
devem ser acentuadas por isso.
Resposta – Item errado.
O protocolo de adesão, assinado em julho de 2006,
ainda precisa ser aprovado pelo Senado para entrar em vigor.
7 Os congressos do Uruguai, da Argentina e da própria
Venezuela já votaram pela entrada do país no MERCOSUL.
Apenas o Paraguai e o Brasil ainda não chancelaram o
10 acordo. [...]
Maria Clara Cabral. Folha de S.Paulo,18/12/2008.
18. (Cespe/MRE–IRBr/Bolsas-Prêmio/2009) A palavra “chancelaram” (l.9) está
sendo empregada com o sentido de sancionaram.
Comentário – Sim, ela significa dar aprovação ou aceitação a; confirmar,
ratificar; aprovar; sancionar: O presidente chancelou a proposta do ministro.
Resposta – Item certo.
Canção do Ver (fragmento)
1 Por viver muitos anos
dentro do mato
Moda ave
4 O menino pegou
um olhar de pássaro –
Contraiu visão fontana.
7 Por forma que ele enxergava
as coisas
Por igual
10 como os pássaros enxergam.
As coisas todas inominadas.
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Água não era ainda a palavra água.
13 Pedra não era ainda a palavra pedra. E tal.
As palavras eram livres de gramáticas e
Podiam ficar em qualquer posição.
16 Por forma que o menino podia inaugurar.
Podia dar às pedras costumes de flor.
Podia dar ao canto formato de sol.
19 E, se quisesse caber em uma abelha, era só abrir a
[palavra abelha e entrar dentro dela.
Como se fosse infância da língua.
Manoel de Barros. Poemas rupestres. Rio de Janeiro: Record, 2004.
19. (Cespe/MRE-IRBr/Diplomata/2009) A respeito do vocabulário do texto
acima, assinale a opção incorreta.
a) “Moda” (v.3) significa conjunto de opiniões, gostos e apreciações críticas,
assim como modos de agir, viver e sentir coletivos, aceitos por
determinado grupo humano em um dado momento histórico.
b) O sentido do vocábulo “Contraiu” (v.6) restringe as possibilidades
semânticas de “pegou” (v.4).
c) Na expressão “visão fontana” (v.6), o vocábulo sublinhado, adjetivo
derivado de fonte, foi metaforicamente empregado com sentido de
originário, gerador, causal, seminal.
d) Em “As palavras eram livres de gramáticas” (v.14), o vocábulo sublinhado
alude a regras gramaticais.
e) O vocábulo “posição” (v.15) refere-se à sintaxe, entendida como
disposição harmoniosa de partes ou elementos da frase.
Comentário – Mais uma vez quero frisar que o contexto não deve ser
desprezado durante a resolução de questões sobre o significado de palavras.
No texto, a expressão “Moda ave” significa maneira ou modo distinto e peculiar
como o menino vivia: de acordo com os hábitos de uma ave.
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O contato com vários alunos me fez perceber que muitos
ficaram com dúvida em relação ao item “b”. Esclareço que o verbo pegar
admite a ideia de um agente desencadeador da ação, sendo ele mesmo o
responsável por ela. O verbo contrair sugere um sujeito paciente, alguém que
é acometido de algo (independentemente da sua vontade). Este é o sentido no
texto.
Resposta – A
A diferença na linguagem
1 “Para os gramáticos, a arte da palavra quase se esgota na
arte da escrita, o que se vê ainda pelo uso que fazem dos
acentos, muitos dos quais fazem alguma distinção ou evitam
4 algum equívoco para os olhos mas não para os ouvidos.”
Neste texto Rousseau nos sugere que, para ler bem, é preciso
prestar ouvidos à voz original, adivinhar as diferenças de
7 acento que a articulam e que se tornaram imperceptíveis no
espaço homogêneo da escrita. Na leitura, o olho treinado do
Gramático ou do Lógico deve subordinar-se a um ouvido
10 atento à melodia que dá vida aos signos: estar surdo à
modulação da voz significa estar cego às modalidades do
sentido. Na oposição que o texto faz entre a arte de falar e a
13 arte de escrever, podemos encontrar não apenas as razões da
desqualificação da concepção gramatical da linguagem, mas
também a indicação do estatuto que Rousseau confere à
16 linguagem. O que é importante notar aqui é que a oposição
entre falar e escrever não se funda mais na oposição entre
presença e ausência: não é a ausência do sujeito falante que
19 desqualifica a escrita, mas a atonia ou a homogeneidade dos
signos visuais. Se a essência da linguagem escapa à
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Gramática, é porque esta desdobra a linguagem num elemento
22 essencialmente homogêneo.
Bento Prado Jr. A retórica de Rousseau. São Paulo: Cosac Naify, 2008, p. 129-130.
20. (Cespe/MRE/IRBr/Diplomata/2009) Com relação às ideias do texto 3,
julgue (C ou E) o item a seguir.
A palavra “acentos” (l.3) refere-se a sinais gráficos, ao passo que “acento”
(l.7) designa qualidades como inflexão ou modulação.
Comentário – Esta questão é para você constatar como o Cespe
recentemente cobrou noções de polissemia em uma de suas provas. Creio que
não é difícil perceber os sentidos das palavras destacadas, mas é bom ficar
atento e não se deixar levar pelas “aparências”.
Na linha 3, a palavra “acentos” se refere a sinais gráficos
(como acento circunflexo, agudo, til, grave etc.) usados para marcar, por
exemplo, nasalização, diferença entre plural e singular (têm/tem) entre classes
de palavras (preposição por, verbo pôr), fusão de sons iguais etc.
Na linha 7, a palavra "acento" se refere ao timbre, à
pronúncia tônica ou átona, à melodia e ao ritmo, aspectos que não são visuais,
e sim audíveis, não se identificam por meio dos sinais gráficos.
Resposta – Item certo.
21. (CESPE/MRE/IRBr/Diplomata/2009 – adaptada) Com relação às ideias e
aos aspectos gramaticais do texto, julgue as opções abaixo.
a) O uso recorrente de vocábulos pertencentes aos campos semânticos da
visão e da audição prejudica a coerência e a coesão do texto.
b) É a mesma a justificativa para o uso de inicial maiúscula em “Gramático”
(l.9) e em Gramática (l.21).
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Comentário – Alternativa A: é o contrário! Pela afinidade de sentidos
existente entre elas, as palavras do mesmo campo semântico contribuem com
a coerência e a coesão do texto.
Alternativa B: os motivos são diferentes. Na linha 9, o termo
designa o profissional; na linha 21; designa o nome de uma disciplina, uma
área do conhecimento.
Lemos em Cegalla (Novíssima gramática da Língua
Portuguesa, 2008, página 66) que o emprego de iniciais maiúsculas é
facultativo nos dois casos (repare como a mesma palavra surgiu na linha 1). O
autor nos dá os seguintes exemplos: Doutor Paulo ou doutor Paulo; Professor
Renato ou professor Renato; Matemática ou matemática.
Resposta – Itens errados.
Receita – 96:924$985
1 No orçamento do ano passado houve supressão de
várias taxas que existiam em 1928. A receita, entretanto,
calculada em 68:850$000, atingiu 96:924$985.
4 E não empreguei rigores excessivos. Fiz apenas
isto: extingui favores largamente concedidos a pessoas que
não precisavam deles e pus termo às extorsões que afligiam
7 os matutos de pequeno valor, ordinariamente raspados,
escorchados, esbrugados pelos exatores.
[...]
Graciliano Ramos. 2.º relatório ao sr. governador Álvaro Paes pelo prefeito do
município de Palmeira dos Índios. In: Relatórios Graciliano Ramos.
Record/Fundação de Cultura de Recife, 1994, p. 51.
22. (Cespe/Sefaz-AC/Fiscal da Receita Estadual/2009) Considerando os
sentidos e aspectos gramaticais do texto, julgue a opção abaixo.
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A expressão explorados pelos cobradores de impostos, embora
menos enfática, é coerente com o sentido geral do trecho “ raspados,
escorchados, esbrugados pelos exatores” (l.7-8).
Comentário – Para acertar esta questão, você precisa saber (ou pelo menos
“perceber”) o significado das seguintes palavras:
a) “raspados” – deixados sem nada, furtados, roubados;
b) “escorchados” – diz-se de quem foi explorado (O fiscal
corrupto tinha até uma lista dos comerciantes
escorchados.);
c) “esbrugados” – que está sem carnes, descarnado (Osso
esbrugado.); figuradamente, diz-se de quem ficou sem
nada, sem nenhum recurso, foi exposto totalmente;
d) “exatores” – cobrador de impostos.
Resposta – Item certo.
[...]
10 A declaração não previu que o desenvolvimento
capitalista chegasse à sua atual etapa de globalização e de
capitais voláteis, especulativos, que, sem controle, entram e
13 saem de diferentes países, gerando instabilidade permanente
nas economias periféricas. [...]
Francisco Alencar. Para humanizar o bicho homem. In: Francisco Alencar (Org.).
Direitos mais humanos. Brasília: Garamond, 2006. p. 17-31 (com adaptações).
23. (Cespe/TRT-21ª Região/Analista Judiciário/2011) Preservam-se a correção
gramatical e o sentido original do texto ao se substituir “sem controle” (l.
12) por aleatoriamente.
Comentário – Não, pois aleatoriamente tem a ver com o acaso, com fatores
incertos ou acidentais; que ocorrem fortuita ou casualmente. Essa ideia
afasta-se do sentido original, que transmite a noção de uma situação
repetitiva, sistemática, mas sem sofrer qualquer tipo de controle ou gerência.
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Resposta – Item errado.
24. (Cespe/MPS/Análise de Comprovantes/2010) As palavras “últimas”,
“trânsito”, “econômica” e “contribuírem” recebem acento gráfico por
serem proparoxítonas.
Comentário – São proparoxítonas apenas “últimas”, “trânsito” e “econômica”.
A palavra “contribuírem” é paroxítona e é acentuada porque:
a) a letra I representa a segunda vogal do hiato formado
com a vogal representada pela letra U,
b) ela (a letra I) representa a sílaba tônica da palavra e
c) está só na sílaba.
Resposta – Item errado.
25. (Cespe/TRE-ES/Técnico/Operação de Computadores/2011) Em
“contribuíram”, o emprego do acento gráfico justifica-se pela presença de
ditongo em sílaba tônica.
Comentário – Então, o que achou? A explicação da acentuação da palavra
“contribuírem” (questão acima) serve perfeitamente para a acentuação da
palavra contribuíram.
Resposta – Item errado.
26. (Cespe/SEDU-ES/Agente de Suporte Educacional/2010) As palavras
“metrópoles”, “acúmulo”, “inúmeros” e “mínimas” recebem acento gráfico
com base em justificativas gramaticais diferentes.
Comentário – Todas as palavras são proparoxítonas, sendo acentuadas por
esse motivo.
Resposta – Item errado.
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27. (Cespe/TCU/Auditor Federal de Controle Externo/2010) O uso das letras
iniciais maiúsculas em "Império Romano", "Cristianismo" e "Revolução
Francesa" são exemplos de que substantivo usado para designar ente
singular deve ser grafado com inicial maiúscula, como, por exemplo, Lei
nº 8.888/1998.
Comentário – Além de sempre usada no início de períodos, nos títulos de
obras artísticas ou técnico-científicas, a letra maiúscula (caixa alta) é
convencionalmente usada na grafia de substantivos singulares para indicar
deferência e, ainda, nos casos abaixo:
• nomes, sobrenomes (José Ferreira) e cognomes (Ivan, o Terrível) das
pessoas;
• alcunhas (Sete Dedos); pseudônimos (Joãozinho Trinta); de nomes
dinásticos (os Médici);
• topônimos (Brasília, Paris);
• regiões (Nordeste, Sul);
• nomes de instituições culturais, profissionais e de empresa (Fundação
Getúlio Vargas, Associação Brasileira de Jornalistas, Lojas Americanas);
• nome de divisão e de subdivisão das Forças Armadas (Marinha, Polícia
Militar);
• nome de período e de episódio histórico (Idade Média, Estado Novo);
• nome de festividade ou de comemoração cívica (Natal, Quinze de
Novembro);
• designação de nação política organizada, de conjunto de poderes ou de
unidades da Federação (golpe de Estado, Estado de São Paulo);
• nome de pontos cardeais (Sul, Norte, Leste, Oeste);
• nome de zona geoeconômica e de designações de ordem geográfica ou
político-administrativa (Agreste, Zona da Mata, Triângulo Mineiro);
• nome de logradouros e de endereço (Av. Rui Barbosa, Rua Cesário
Alvim);
• nome de edifício, de monumento e de estabelecimento público (edifício
Life Center, Estádio do Maracanã, Aeroporto de Cumbica, Igreja da Sé);
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• nome de imposto e de taxa (Imposto de Renda);
• nome de corpo celeste, quando designativo astronômico (“A Terra gira
em torno do Sol”);
• nome de documento ao qual se integra um nome próprio (Lei Áurea, Lei
Afonso Arinos).
Resposta – Item certo.
28. (Cespe/CEF/Arquiteto/2010) Os vocábulos “políticas”, “desperdício” e
“carcerária” recebem acento gráfico com base na mesma regra de
acentuação.
Comentário – O vocábulo “políticas” é acentuado por ser proparoxítono; mas
“desperdício” e “carcerária” recebem acento por serem palavras paroxítonas
finalizadas em ditongo oral.
Resposta – Item errado.
29. (Cespe/TRT-21ª Região/Analista Judiciário/2011) O emprego de acento
gráfico no vocábulo “barbárie” deve-se à mesma regra que se observa no
emprego de acento em “caleidoscópio”.
Comentário – Sim, o emprego do acento em ambas as palavras justifica-se
porque elas são paroxítonas terminadas em ditongo oral.
Resposta – Item certo.
30. (Cespe/STM/Técnico Judiciário/2011) A regra de acentuação gráfica que
justifica o emprego do acento gráfico em “aeroportuário” é a mesma que
justifica o emprego do acento em “meteorológica”.
Comentário – Não. A primeira palavra é paroxítona terminada em ditongo
oral: a-e-ro-por-tu-á-ria; a segunda é proparoxítona: me-te-o-ro-ló-gi-ca.
Resposta – Item errado.
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31. (Cespe/PC-ES/Cargos de Nível Superior/2011) Os vocábulos "espécies",
"difíceis" e "históricas" são acentuados de acordo com a mesma regra de
acentuação gráfica.
Comentário – As duas primeiras são paroxítonas terminadas em ditongo oral:
es-pé-cies, di-fí-ceis. A última, entretanto, é proparoxítona: his-tó-ri-cas.
Resposta – Item errado.
32. (Cespe/EBC/Cargos de Nível Superior/2011) Levando-se em consideração
o que está previsto na ortografia oficial vigente, é correto afirmar que: o
vocábulo “têxtil” (L.2), que segue o padrão de flexão do vocábulo pênsil,
é acentuado também na forma plural; “obsolescência” (L.12) é vocábulo
que segue o padrão do vocábulo ciência, no que se refere ao emprego de
sinal de acentuação; a acentuação gráfica do vocábulo “déspotas” (L.18)
também é empregada quando o vocábulo é grafado na forma singular.
Comentário – Vamos com calma! Os vocábulos têxtil e pênsil pluralizam-se
assim, respectivamente: têxteis e pênseis. A terminação átona
–il dá lugar à terminação –eis. Não confunda com a terminação tônica: funil
> funis, em que o –l dá lugar ao –s. No singular, o acento circunflexo em
têxtil e pênsil ocorre porque as palavras são paroxítonas terminadas em L.
No plural, o acento permanece porque as palavras são paroxítonas terminadas
em ditongo oral.
As palavras obsolescência e ciência também recebem acento
porque são paroxítonas terminadas em ditongo oral: ob-so-les-cên-cia,
ci-ên-cia.
Déspota(s) recebe acento por ser proparoxítona (todas são
acentuadas, independentemente de estarem no singular ou no plural).
Resposta – Item certo.
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47
33. (Cespe/Serpro/Técnico – Operação de Redes/2010) No trecho “O episódio
colocou em xeque a viabilidade do modelo”, a palavra “xeque” poderia
ser, facultativamente, grafada da seguinte forma: cheque. Nesse caso,
seriam mantidos a correção gramatical do texto e seu sentido original.
Comentário – Também existe no léxico da nossa Língua a palavra cheque, o
seu significado nada tem a ver com xeque. Entenda:
– cheque: documento fornecido por um banco a quem nele
tem conta, que equivale a dinheiro, uma vez preenchido com determinada
quantia e assinado pelo titular da conta.
– xeque (conforme usado no trecho): situação que representa
ameaça, perigo, risco, contratempo, transtorno: A paz está em xeque.
Resposta – Item errado.
34. (Cespe/DPU/Técnico em Assuntos Educacionais/2010)
[...] e sendo cada vez mais urgente a tomada de decisões em tempo
recorde [...]
O vocábulo “recorde” também poderia ser corretamente grafado com
acento – récorde.
Comentário – Existem inúmeras palavras que são proferidas erroneamente
por pessoas menos familiarizadas com a norma linguística – são casos de
silabadas. O conhecimento do que está na tabela abaixo evitará que esses
equívocos aconteçam.
Oxítonas Paroxítonas Proparoxítonas
Cateter austero ádvena
Cister avaro aeródromo
Condor aziago aerólito
Gibraltar batavo édito (ordem judicial)
Hangar ciclope elétrodo
Masseter edito (lei, decreto) ínterim
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Mister filantropo lêvedo
Negus fortuito arquétipo
Nobel gratuito aríete
Novel ibero crisântemo
Obus látex hieróglifo
Oximel maquinaria ímprobo
Ureter misantropo lúgubre
necromancia munícipe
rubrica notívago (ou noctívago)
nenúfar protótipo
pudico recôndito
recorde trânsfuga
vermífugo
zênite
Resposta – Item errado.
35. (Cespe/Inca/Técnico em Análise Clínica/2010)
[...] Criada em 1983 pela doutora Zilda Arns, a Pastoral da Criança
monitora atualmente cerca de 2 milhões de crianças de até 6 anos de
idade e 80 mil gestantes [...]
Mantém-se a correção gramatical do período ao se substituir “cerca de”
por acerca de.
Comentário – Cerca de e acerca de são locuções prepositivas, mas elas não
devem ser confundidas. A primeira é usada para indicar quantidade
aproximada; a segunda equivale-se à preposição sobre e à locução prepositiva
a respeito de.
Resposta – Item errado.
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49
36. (Cespe/Inca/Técnico em Análise Clínica/2010) As palavras “Único”,
“críticas” e “público” recebem acento gráfico porque têm sílaba tônica na
antepenúltima sílaba.
Comentário – Sim, a sílaba tônica delas é a antepenúltima, outra maneira de
dizer que são proparoxítonas.
Resposta – Item certo.
37. (Cespe/Ibama/Analista Ambiental/2010) As palavras “amazônico” e
“viúva” acentuam-se de acordo com a mesma regra de acentuação
gráfica.
Comentário – Não. A primeira é acentuada porque é uma proparoxítona; a
segunda se enquadra na regra do hiato: letra I o U representando a segunda
vogal do hiato, constituindo a sílaba tônica da palavra e estando só ou
acompanhada de S (país, saúde, Grajaú etc.).
Resposta – Item errado.
38. (Cespe/Ibama/Analista Ambiental/2010) Estaria de acordo com o que
estabelece a prescrição gramatical para textos escritos no nível formal da
linguagem, tais como documentos oficiais, a substituição da expressão
“dali para a frente” por dali pra frente.
Comentário – A forma pra representa uma variação linguística conhecida
como linguagem informal ou popular, que não tem aceitação em documentos
oficiais, justamente por se distanciar da norma gramatical. Abaixo há um
quadro que assinala a diferença entre a variação padrão (formal, culta) e a não
padrão (informal ou popular) por meio de outros exemplos:
FORMAL INFORMAL
Está Tá
Falar Falá
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Queijo Quejo
Vamos Vamo
Vou Vô
Regência do verbo visar Ele visa o bem público. (deveria ser ao)
Resposta – Item errado
39. (Cespe/Correios/Cargos de Nível Superior/2011) As palavras “ônibus” e
“invioláveis” são acentuadas de acordo com a mesma regra de acentuação
gráfica.
Comentário – A primeira recebe acento por ser proparoxítona (ô-ni-bus); a
segunda, por ser paroxítona terminada em ditongo oral (-eis).
Resposta – Item errado.
40. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011 – adaptada) Os vocábulos
“quilômetros”, “emblemático” e “picolé” são acentuados de acordo com a
mesma regra de acentuação gráfica.
Comentário – Os dois primeiros são acentuados por serem proparoxítonos
(qui-lô-me-tro / em-ble-má-ti-co); “picolé” é oxítona terminada em E.
Resposta – Item errado.
41. (Cespe/TJ-ES/Analista Judiciário/Taquigrafia/2011) Os vocábulos
“analítica” e “teríamos” recebem acento gráfico com base na mesma regra
de acentuação.
Comentário – Sim, os dois acentos são usados porque as palavras são
proparoxítonas (todas são acentuadas): a-na-lí-ti-ca / te-rí-a-mos.
Resposta – Item certo.
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[...]
19 Para se ter uma ideia, apenas os alunos de ótimo boletim têm
direito à inscrição e, ainda assim, 85% deles ficam de fora.
[...]
42. (Cespe/FUB/Cargos de Nível Médio/2011) Em razão do contexto, o acento
gráfico empregado na forma verbal “têm” (L.19) é obrigatório.
Comentário – Sim, o acento é obrigatório. Este acento serve para diferenciar
a terceira pessoa do plural (“os alunos de ótimo boletim” = eles) da terceira
pessoa do singular (ele). Nem mesmo a vigência do novo Acordo o aboliu.
Resposta – Item certo.
43. (Cespe/TJ-ES/Cargos de Nível Superior/2011) Os vocábulos “países” e
“áreas” são acentuados de acordo com a mesma regra de acentuação
gráfica.
Comentário – Negativo. O acento agudo em países justifica-se pela regra dos
hiatos. A vogal I é a segunda do hiato (pa-í-ses), está sozinha na sílaba e
constitui a sílaba tônica da palavra. Em áreas, o acento ocorre porque a
palavra é paroxítona terminada em ditongo (á-reas).
Resposta – Item errado.
44. (Cespe/PC-ES/Perito Criminal Especial/2011) Os vocábulos “público” (L.9)
e “caótico” (L.12), que foram empregados no texto como adjetivos,
obedecem à mesma regra de acentuação gráfica.
Comentário – Sim, pois ambas são palavras proparoxítonas (pú-bli-co,
ca-ó-ti-co). Todas as proparoxítonas são acentuadas.
Resposta – Item certo.
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45. (Cespe/EBC/Gestor de Atividade Jornalística/2011) No texto 2, o vocábulo
“joça” poderia ser substituído por coisa, sem prejuízo para o sentido
original e para a correção gramatical do texto.
Comentário – Leia como o dicionário eletrônico Aulete apresenta um dos
significados da palavra “joça”: “Aquilo que não se consegue definir com
precisão, por desconhecimento ou por esquecimento momentâneo do seu
nome: Nunca soube para que servia aquela joça!”. O mesmo dicionário
apresenta um dos significados da palavra “coisa”: “objetos indeterminados ou
que se não querem especificar: Contou-me coisas e loisas. O negócio tem suas
coisas, é intricado, difícil.”. Portanto a substituição proposta mencionada pelo
examinador é adequada.
Resposta – Item certo.
[...]
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53
[...]
46. (Cespe/TC-DF/Auditor de Controle Externo/2012) Na linha 13, a
substituição do vocábulo “senão” por se não, embora gramaticalmente
correta, prejudicaria o sentido do texto.
Comentário – O sentido realmente estaria prejudicado, passaria a indicar uma
condição em vez de uma ressalva, equivalente a mas sim, porém, a não ser.
Em relação à gramaticalidade, o segredo é você analisar a oração subordinada
“embora gramaticalmente correta” depois da principal. Assim, percebemos que
a utilização da forma se não constitui erro de ortografia no contexto.
Resposta – Item errado.
[...]
Ó soberbos titulares,
34 tão desdenhosos e altivos!
Por fictícia autoridade,
vãs razões, falsos motivos,
37 inutilmente matastes:
— vossos mortos são mais vivos;
e, sobre vós, de longe, abrem
40 grandes olhos pensativos.
Cecília Meireles. Romanceiro da Inconfidência.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989, p. 267-8.
47. (Cespe/PF/Papiloscopista/2012) Considerando-se as relações entre os
termos da oração, verifica-se ambiguidade no emprego do adjetivo
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“pensativos” (v. 40), visto que ele pode referir-se tanto ao termo “vossos
mortos” (v.38) quanto ao núcleo nominal “olhos” (v.40).
Comentário – A pluralidade de significação é uma das características de um
poema. Isso ocorre normalmente por meio de frases ou expressões ambíguas,
palavras polissêmicas, usadas com sentido conotativo, figuras de linguagem
etc.
No caso sob análise, a associação entre as palavras “mortos” e
“vivos” gera um efeito semântico que nos permite interpretar que aqueles
personagens têm também alguma capacidade contemplativa, à semelhança
dos “vivos”.
Mas também é possível relacionar o adjetivo “pensativos” ao
termo “olhos”, concedendo a estes a capacidade de representar todo o ser
pensante, como se os próprios “olhos” expressassem alguma ideia ou
pensamento.
Resposta – Item certo.
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48. (Cespe/IRBr/Diplomata/2012) Na expressão “voz espúria” (l.10), o
adjetivo empregado tem, no contexto, sentido de não castiça.
Comentário – Vejamos alguns significados pertinentes para o adjetivo
espúrio: ilegítimo (comércio espúrio) [ Antôn.: legítimo]; bastardo; fora da
lei; diz-se de hábitos e costumes maus(comportamento espúrio); falsificado,
adulterado; corrompido etc.
Vejamos agora alguns significados plausíveis para o adjetivo
castiço: boa casta ou boa raça; puro, sem mistura, sem elementos
descaracterizadores; boa qualidade; correto; genuíno etc.
Portanto, por extensão, não castiço(a) significa o mesmo
que espúrio(a).
Resposta – Item certo.
1 Realmente, entre os agentes determinantes da seca se
intercalam, de modo apreciável, a estrutura e a conformação do
solo. Qualquer que seja a intensidade das causas complexas e
4 mais remotas que anteriormente esboçamos, a influência
daquelas é manifesta desde que se considere que a capacidade
absorvente e emissiva dos terrenos expostos, a inclinação dos
7 estratos, que os retalham, e a rudeza dos relevos topográficos
agravam, do mesmo passo, a crestadura dos estios e a
degradação intensiva das torrentes. De sorte que, saindo das
10 insolações demoradas para as inundações subitâneas, a terra,
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mal protegida por uma vegetação decídua, que as primeiras
requeimam e as segundas erradicam, se deixa, a pouco e pouco,
13 invadir pelo regime francamente desértico.
[...]
Euclides da Cunha. Os Sertões (Campanha de Canudos).
São Paulo: Martin Claret, 2007, p. 95-6 (com adaptações).
49. (Cespe/Câmara dos Deputados/Analista Legislativo/2012) As palavras
“subitâneas” (l.10) e “decídua” (l.11) poderiam ser substituídas,
respectivamente, por repentinas e caduca, sem prejuízo para a
coerência e a correção gramatical do texto.
Comentário – Esta questão foi para desestabilizar os candidatos. O adjetivo
“subitâneas” tem relação com súbito, que qualifica algo que ocorre sem
previsão (morte súbita); que é inesperado, repentino. Já o adjetivo “decídua”
expressa a característica de algo que cai ou se solta (dente decíduo); que é
cadivo (é mole ou quer mais!!!), caduco. Também pode indicar, como no caso
do texto analisado, um tipo de vegetação que cai em determinada época do
ano ou fase de desenvolvimento. Portanto as substituições não causam
prejuízo ao texto.
Resposta – Item certo.
[...]
atribuições do engenheiro. Os construtores antigos, entretanto,
mesmo tendo realizado obras difíceis e audaciosas, se
16 baseavam, principalmente, em uma série de regras práticas e
empíricas, embora tivessem, evidentemente, em muitos casos,
exata noção de estabilidade, de equilíbrio de forças, de centro
19 de gravidade, entre outras. As obras que fizeram, muitas das
quais até hoje causam admiração, são muito mais fruto do
empirismo e da intuição do que de cálculo e de uma verdadeira
22 engenharia, como entendida atualmente. Pode-se dizer que a
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engenharia científica só teve início quando se chegou a um
consenso de que tudo aquilo que se fazia em bases empíricas
25 e intuitivas era, na realidade, regido por leis físicas e
matemáticas, que importava descobrir e estudar. Leonardo da
Vinci e Galileu, nos séculos XV e XVII, podem ser
28 considerados os precursores da engenharia científica.
Pedro Carlos da Silva Telles. História da engenharia no
Brasil. Internet: <www.ebah.com.br> (com adaptações).
50. (Cespe/Câmara dos Deputados/Analista Legislativo/2012) A substituição
do trecho “como entendida atualmente” (l.22) por de acordo com o
nosso entendimento atual imprimiria um tom mais formal ao texto,
mantendo-se o sentido — codificado no valor semântico do conectivo e na
flexão do particípio — original do texto.
Comentário – A nova redação altera significativamente o sentido original do
texto. Note que o particípio “entendida” (l. 22) refere-se apenas à
“engenharia”, ajudando a caracterizá-la nos dias atuais e atribuir-lhe a
qualidade de “verdadeira”, em contraste com os métodos usados pelos
“construtores antigos”, que têm a ver com o empirismo e a intuição. Já a
expressão de acordo com o nosso entendimento atual indica um juízo de
valor do enunciador sobre os métodos de construção antigos e atuais. O uso
do pronome nosso é um recurso literário de persuasão do leitor, que é levado
a compartilhar a mesma opinião do autor do texto. Portanto, toda a frase salta
do campo da constatação para o campo da opinião pessoal.
Resposta – Item errado.
Se ficou alguma dúvida sobre o que eu expliquei, não siga em
frente. Volte ao ponto e leia tudo outra vez. Se a dúvida persistir, escreva para
mim por meio do fórum.
Na próxima página estão as questões do simulado. Em seguida,
apresento o gabarito. Utilize tudo para avaliar seu aprendizado nesta aula.
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Simulado
1. Na imagem acima, o cartunista brinca com a reforma ortográfica. Com
relação ao emprego do hífen, todas as palavras estão de acordo com as
novas regras, exceto
a) mega-empresa.
b) autorretrato.
c) autoajuda.
d) micro-ondas.
e) anti-inflamatório.
Uma campanha alegre
Há muitos anos que a política em Portugal apresenta este singular
estado:
Doze ou quinze homens, sempre os mesmos, alternadamente possuem o
Poder, perdem o Poder, reconquistam o Poder, trocam o Poder... O Poder não
sai duns certos grupos, como uma pela* que quatro crianças, aos quatro
cantos de uma sala, atiram umas às outras, pelo ar, num rumor de risos.
Quando quatro ou cinco daqueles homens estão no Poder, esses homens
são, segundo a opinião, e os dizeres de todos os outros que lá não estão — os
corruptos, os esbanjadores da Fazenda, a ruína do País!
Os outros, os que não estão no Poder, são, segundo a sua própria
opinião e os seus jornais — os verdadeiros liberais, os salvadores da causa
pública, os amigos do povo, e os interesses do País.
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Mas, coisa notável! — os cinco que estão no Poder fazem tudo o que
podem para continuar a ser os esbanjadores da Fazenda e a ruína do País,
durante o maior tempo possível! E os que não estão no Poder movem-se,
conspiram, cansam-se, para deixar de ser o mais depressa que puderem — os
verdadeiros liberais, e os interesses do País!
Até que enfim caem os cinco do Poder, e os outros, os verdadeiros
liberais, entram triunfantemente na designação herdada de esbanjadores da
Fazenda e ruína do País; em tanto que os que caíram do Poder se resignam,
cheios de fel e de tédio — a vir a ser os verdadeiros liberais e os interesses do
País.
[...]
(Eça de Queirós. Obras. Porto: Lello & Irmão-Editores, [s.d.].)
(*) Pela: bola.
2 “... cheios de fel e de tédio...”
Nesta passagem do sexto parágrafo, o cronista se utiliza figuradamente
da palavra fel para significar
a) rancor.
b) eloquência.
c) esperança.
d) medo.
e) saudade.
O fim do marketing
A empresa vende ao consumidor — com a web não é mais assim.
Com a internet se tornando onipresente, os Quatro Ps do marketing —
produto, praça, preço e promoção — não funcionam mais. O paradigma era
simples e unidirecional: as empresas vendem aos consumidores. Nós criamos
produtos; fixamos preços; definimos os locais onde vendê-los; e fazemos
anúncios. Nós controlamos a mensagem. A internet transforma todas essas
atividades.
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60
[...]
Os produtos agora são customizados em massa, envolvem serviços e são
marcados pelo conhecimento e os gostos dos consumidores. Por meio de
comunidades online, os consumidores hoje participam do desenvolvimento do
produto. Produtos estão se tornando experiências. Estão mortas as velhas
concepções industriais na definição e marketing de produtos.
[...]
Graças às vendas online e à nova dinâmica do mercado, os preços
fixados pelo fornecedor estão sendo cada vez mais desafiados. Hoje
questionamos até o conceito de “preço”, à medida que os consumidores
ganham acesso a ferramentas que lhes permitem determinar quanto querem
pagar. Os consumidores vão oferecer vários preços por um produto,
dependendo de condições específicas. Compradores e vendedores trocam mais
informações e o preço se torna fluido. Os mercados, e não as empresas,
decidem sobre os preços de produtos e serviços.
[...]
A empresa moderna compete em dois mundos: um físico (a praça, ou
marketplace) e um mundo digital de informação (o espaço mercadológico, ou
marketspace). As empresas não devem preocupar-se com a criação de um web
site vistoso, mas sim de uma grande comunidade online e com o capital de
relacionamento. Corações, e não olhos, são o que conta. Dentro de uma
década, a maioria dos produtos será vendida no espaço mercadológico. Uma
nova fronteira de comércio é a marketface — a interface entre o marketplace e
o marketspace.
[...]
Publicidade, promoção, relações públicas etc. exploram “mensagens”
unidirecionais, de um-para-muitos e de tamanho único, dirigidas a
consumidores sem rosto e sem poder. As comunidades online perturbam
drasticamente esse modelo. Os consumidores com frequência têm acesso a
informações sobre os produtos, e o poder passa para o lado deles. São eles
que controlam as regras do mercado, não você. Eles escolhem o meio e a
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mensagem. Em vez de receber mensagens enviadas por profissionais de
relações públicas, eles criam a “opinião pública” online.
Os marqueteiros estão perdendo o controle, e isso é muito bom.
(Don Tapscott. O fim do marketing. INFO, São Paulo, Editora Abril, janeiro 2011, p. 22.)
3 Os marqueteiros estão perdendo o controle, e isso é muito bom.
O termo marqueteiro, presente nesta frase, foi formado em português por
influência do inglês e tem como uma de suas acepções usuais:
a) consumidor de mercado.
b) construtor de marquises de lojas.
c) investidor do mercado financeiro.
d) profissional de marketing.
e) empresário de supermercado.
Leia o seguinte trecho de uma entrevista concedida pelo ministro do Supremo
Tribunal Federal, Joaquim Barbosa:
Entrevistador: – O protagonismo do STF dos últimos tempos tem usurpado
as funções do Congresso?
Entrevistado: – Temos uma Constituição muito boa, mas excessivamente
detalhista, com um número imenso de dispositivos e, por isso, suscetível a
fomentar interpretações e toda sorte de litígios. Também temos um sistema de
jurisdição constitucional, talvez único no mundo, com um rol enorme de
agentes e instituições dotadas da prerrogativa ou de competência para trazer
questões ao Supremo. É um leque considerável de interesses, de visões, que
acaba causando a intervenção do STF nas mais diversas questões, nas mais
diferentes áreas, inclusive dando margem a esse tipo de acusação. Nossas
decisões não deveriam passar de duzentas, trezentas por ano. Hoje, são
analisados cinquenta mil, sessenta mil processos. É uma insanidade.
Veja, 15/06/2011.
4 Tendo em vista o contexto, a palavra do texto que sintetiza o teor da
acusação referida na entrevista é
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a) “usurpado”.
b) “detalhista”.
c) “fomentar”.
d) “litígios”.
e) “insanidade”.
Moradores de Higienópolis admitiram ao jornal Folha de S. Paulo que 6a
abertura de uma estação de metrô na avenida Angélica traria “gente
diferenciada” ao bairro. Não é difícil imaginar que alguns vizinhos do Morumbi
compartilhem esse medo e prefiram o isolamento garantido com a inexistência
de transporte público de massa por ali.
Mas 1à parte o gosto exacerbado dos paulistanos por levantar muros,
erguer fortalezas e se refugiar em ambientes distantes do Brasil real, o poder
público não fez a sua parte em desmentir que a chegada do transporte de
massas não degrade a paisagem urbana.
Enrique Peñalosa, ex-prefeito de Bogotá, na Colômbia, e grande
especialista em transporte coletivo, diz que não basta criar corredores de
ônibus bem asfaltados e servidos por diversas linhas. Abrigos confortáveis, boa
iluminação, calçamento, limpeza e paisagismo que circundam estações de
metrô ou pontos de ônibus precisam mostrar o status que o transporte público
tem em uma determinada cidade.
Se no entorno do ponto de ônibus, a calçada está esburacada, há sujeira
e 7a escuridão afugenta pessoas à noite, é normal que moradores não queiram
a chegada do transporte de massa. 8A instalação de linhas de monotrilho ou de corredores de ônibus precisa
vitaminar uma área, não destruí-la. 9Quando as grades da Nove de Julho foram retiradas, 2a avenida ficou
menos tétrica, quase bonita. Quando o corredor da Rebouças fez pontos muito
modestos, que acumulam diversos ônibus sem dar vazão a desembarques, 3a
imagem do engarrafamento e da bagunça vira um desastre de relações
públicas.
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4Em Istambul, monotrilhos foram instalados no nível da rua, como os
“trams” das cidades alemãs e suíças. Mesmo em uma cidade de 16 milhões de
habitantes na Turquia, país emergente como o Brasil, houve cuidado com os
abrigos feitos de vidro, com os bancos caprichados – em formato de livro – e
com a iluminação. Restou menos espaço para os carros porque a ideia ali era
tentar convencer na marra os motoristas a deixarem mais seus carros em casa
e usarem o transporte público.
Se os monotrilhos do Morumbi, de fato, se parecerem com um
Minhocão*, o Godzilla do centro de São Paulo, os moradores deveriam
protestar, pedindo melhorias no projeto, detalhamento dos materiais,
condições e impacto dos trilhos na paisagem urbana. 5Se forem como os
antigos bondes, ótimo.
Mas se os moradores simplesmente recusarem qualquer ampliação do
transporte público, que beneficiará diretamente os milhares de prestadores de
serviço que precisam trabalhar na região do Morumbi, vai ser difícil acreditar
que o problema deles não seja a gente diferenciada que precisa circular por
São Paulo.
(Raul Justes Lores. Folha de S. Paulo, 07/10/2010. Adaptado.)
(*) Elevado Presidente Costa e Silva, ou Minhocão, é uma via expressa que
liga o Centro à Zona Oeste da cidade de São Paulo.
5 No texto, “gente diferenciada” é equivalente a
a) Brasil real.
b) poder público.
c) relações públicas.
d) motoristas.
e) moradores.
6 Levando em conta as informações do primeiro quadrinho, identifique a
alternativa que apresenta a palavra que também sofreu alterações na
acentuação gráfica devido à regra mencionada.
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64
a) plateia
b) heroico
c) gratuito
d) baiuca
e) caiu
7 Assinale a alternativa em que a expressão entre parênteses veicula
significação equivalente à expressão grifada do enunciado.
a) A perspicácia é uma qualidade de quem é observador, atento a tudo que
está a sua volta. (curiosidade)
b) Esta situação dissuadiu investidores de investir na empresa, tal como foi
evidenciado pelas dificuldades da empresa na obtenção de empréstimos
bancários. (convenceu)
c) Discute-se a hipervalorização das artes e humanidades em detrimento das
ciências “duras” e da engenharia, e a consequência do processo para o
desenvolvimento tecnológico, científico e cultural do país. (no lugar)
d) Existem expressões que, não obstante terem um sentido jurídico,
constituem termos da linguagem comum. (apesar de)
e) O existencialismo é, grosso modo, uma filosofia que põe em destaque a
liberdade do homem. (de forma pouco polida)
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65
8 O que torna a tortura atraente é o fato de ela funcionar. 1O preso não
quer falar, apanha e fala. É sobre essa simples constatação que se edifica
a complexa justificativa da tortura pela funcionalidade. O que há de
terrível nela é a sua verdade. O que há de perverso nessa verdade é o
sistema lógico que nela se apoia valendo-se da compreensão, em um juízo
aparentemente neutro, do conflito entre dois mundos: o do torturador e o
de sua vítima.
O poder absoluto que o torturador 3tem de infligir sofrimento à sua vítima
transforma-se em elemento de controle sobre o seu corpo. No meio da
selva amazônica, espancando um caboclo analfabeto que pedia ajuda
divina para sustar os padecimentos, um torturador resumiria sua
onipotência embutida: 2“Que Deus que nada, porque Deus aqui é nós
mesmo”. A mente insubmissa torna-se vítima de sua carcaça, que é, a um
só tempo, repasto do sofrimento e presa do inimigo. A dor destrói o
mundo do torturado, ao mesmo tempo que lhe mostra outro, o do
torturador, no qual não há sofrimento, mas o poder de criá-lo. Quando a
vítima se submete, conclui-se um processo em que a confissão é um
aspecto irrelevante. O preso, na sala de suplícios, troca seu mundo pelo
do torturador.
Elio Gaspari. A ditadura escancarada. São Paulo: Companhia das Letras, 2002, p. 37-41 (com adaptações).
A partir dessas informações, julgue os itens a seguir:
a) No período “O preso não quer falar, apanha e fala” (ref. 1), não está
estabelecida relação de causa e efeito no nível sintático, mas se
depreende tal relação no nível semântico, na ordenação temporal das
orações.
b) Na referência 2, na fala atribuída ao torturador, foi usada a linguagem
coloquial. Esse trecho poderia ser expresso corretamente em linguagem
formal: Não há de se evocar Deus, porque, aqui, Deus somos nós
mesmos.
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66
c) Na referência 3, a locução verbal “tem de infligir” corresponde a deve
transgredir.
d) O termo “tortura” designa qualquer ato pelo qual dores ou sofrimentos
agudos, físicos ou mentais são infligidos intencionalmente a uma pessoa a
fim de que ela ou uma terceira pessoa forneça informações ou faça
confissões.
9 O substantivo derivado dos verbos abaixo que difere dos demais quanto à
grafia, segundo o registro culto e formal da língua, é
a) interromper – interrup ___ão.
b) render – rendi___ão.
c) absorver – absor ___ão.
d) deter – deten___ão.
e) converter – conver___ão.
Darwin passou quatro meses no Brasil, em 1832, durante a sua 2célebre
viagem a bordo do Beagle. Voltou impressionado com o que viu: "5Delícia é um
termo 17insuficiente para 19exprimir as emoções sentidas por 28um naturalista a 8sós com a natureza em uma floresta brasileira", escreveu. O Brasil, 11porém,
aparece de forma menos 21idílica em 27seus escritos: "Espero nunca mais
voltar a um 12país escravagista. O estado da enorme população escrava deve
preocupar todos os que chegam ao Brasil. Os senhores de escravos querem
ver o negro romo outra espécie, mas temos todos a mesma origem."
Em vez do gorjeio do 6sabiá, o que Darwin guardou nos ouvidos foi 30um
som 3terrível que 29o acompanhou por toda a vida: "13Até hoje, se eu ouço um
grito, 39lembro-me, com 22dolorosa e clara memória, 43de quando passei numa
casa em Pernambuco e ouvi urros 14terríveis. Logo entendi que era algum
pobre escravo que estava sendo torturado,"
Segundo o 4biólogo Adrian Desmond, “a viagem do Beagie, para Darwin,
foi 40menos 41importante pelos 15espécimes coletados do que pela 16experiência
de 25testemunhar os horrores da 23escravidão no Brasil. 47De certa forma, ele
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67
escolheu focar na 20descendência comum do homem justamente para mostrar
que 32todas as raças eram iguais e, 31desse modo, enfim, 44objetar 36àqueles
que 18insistiam em dizer que os negros pertenciam a uma espécie diferente e
inferior à dos brancos". 1Desmond acaba de lançar um estudo que mostra a
paixão abolicionista 35do cientista, 26revelada por 33seus 7diários e cartas 42pessoais. “A extensão de 34seu interesse no combate à ciência de cunho
racista 9é surpreendente, e pudemos detectar um ímpeto moral por 10trás de
seu trabalho sobre a evolução humana - urna crença na ‘irmandade racial’ que 38tinha 37origem em 45seu ódio 46ao 24escravismo e que o levou a pensar numa
descendência comum."
Adaptado de: HAAG, C. O elo perdido tropical. Pesquisa FAPESP, n. 159, p. 80 - 85, maio 2009.
10 Assinale a alternativa em que as três palavras são acentuadas
graficamente pela mesma razão.
a) célebre (ref. 2) - terrível (ref. 3) - biólogo (ref. 4)
b) Delícia (ref. 5) - sabiá (ref. 6) - diários (ref. 7)
c) sós (ref. 8) - é (ref. 9) - trás (ref. 10)
d) porém (ref. 11) - país (ref. 12) - Até (ref. 13)
e) terríveis (ref. 14) - espécimes (ref. 15) - experiência (ref. 16)
Então, o que você achou? Posso esperá-lo na próxima aula?
Lembre-se de que o êxito deste curso também depende do diálogo
entre nós dois. Portanto participe dos fóruns, esclareça suas dúvidas e mande
suas sugestões.
Um grande abraço e que Deus o abençoe!
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68
Gabarito do Simulado
1
Comentário – Segundo o novo acordo ortográfico, suprime-se o hífen entre
prefixos terminados em vogal e elementos seguintes começados por “ r” ou
“s”, que se duplicam por razões fonéticas, como acontece com a palavra
“autorretrato” citado em B ou entre prefixos terminados em vogal e elementos
seguintes começados por vogal diferente, como se percebe na imagem em que
a reforma ortográfica representada pelo caminhão “atropelou” o hífen da
palavra antes grafada “autoestrada” e em C, com a palavra já atualizada
“autoajuda”. Mantém-se entre prefixos que terminam em vogal seguidos de
elemento com a mesma vogal como em D e E nas palavras “micro-ondas” e
“anti-inflamatório”. Assim, a palavra transcrita em A transgride as regras da
reforma ortográfica e deveria ser substituída por “megaempresa” para
adaptar-se à nova grafia.
Resposta – A
2
Comentário – A palavra “fel” é usada com o sentido de rancor, sensação de
ressentimento que o grupo destituído do governo alimentava contra os que
tinham ascendido ao Poder.
Resposta – A
3
Comentário – O termo “marqueteiro” é usado popularmente para designar a
pessoa que faz marketing.
Resposta – D
4
Comentário – A pergunta do entrevistador sugere que o grande número de
intervenções do Supremo Tribunal da Justiça tenha afetado atividades
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específicas da área parlamentar. Assim, a palavra do texto que sintetiza o teor
da acusação é “usurpado”: apropriado, exercido de maneira indevida.
Resposta – A
5
Comentário – A expressão “gente diferenciada” alude eufemisticamente a
grupos sociais que não frequentam habitualmente a região de Higienópolis,
antigo endereço de famílias tradicionais da aristocracia paulista e que, ainda
hoje, é considerado um bairro nobre da cidade de São Paulo. Assim, o “Brasil
real”, enunciado na opção A, traduz o grupo de pessoas humildes e
trabalhadoras, contrastante com o dos atuais moradores.
Resposta – A
6
Comentário – O fato de os termos “plateia” e “heroico” apresentarem grafia
diferente após o estabelecimento do novo acordo ortográfico deriva de serem
paroxítonos, vocábulos cuja tonicidade recai na penúltima sílaba e cujos
ditongos abertos “ei” e “oi” não precisam mais ser acentuados. Não se aplica,
neste caso, a regra enunciada no primeiro quadrinho que se refere
especificamente às palavras paroxítonas que apresentam “i” ou “u” tônicos
depois de ditongo, como fei-u-ra (expressa no balão de pensamento do último
quadro da tirinha) e bai-u-ca, referida em D. Os vocábulos “gratuito” e “caiu”
não são acentuados, nem nunca foram.
Resposta – D
7
Comentário – Apenas em D existe sinonímia dos termos “ não obstante” e “
apesar de”, locuções adverbial e prepositiva, respectivamente. “Sagacidade”,
“convenceu a desistir”, “contrário ao interesse de” e “genericamente”
substituiriam adequadamente os termos sublinhados em A, B, C e E.
Resposta – D
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8
Comentário – É incorreto o que se afirma em C, pois a locução verbal “tem de
infligir” corresponde a “deve causar”, e não a “ transgredir”, sinônimo de
“infringir”, ”desrespeitar lei ou regra”.
Resposta – A: item correto; B: item correto; C: item incorreto; D: item
correto.
9
Comentário – Apenas em E, o substantivo derivado do verbo difere dos
outros, pois “conversão” é grafada com s ao contrário de todos os outros
grafados com ç ( interrupção, rendição, absorção, detenção).
Resposta – E
10
Comentário
Célebre:
proparoxítona
Terrível: paroxítona
terminada em L
Biólogo:
proparoxítona
Delícia: paroxítona
terminada em
ditongo
Sabiá: oxítona
terminada em a
Diários: paroxítona
terminada em
ditongo
Sós: monossílabo
tônico terminado em
o (acompanhado ou
não de s)
É: monossílabo
tônico terminado em
e (acompanhado ou
não de s)
Trás: monossílabo
tônico terminado em
a (acompanhado ou
não de s)
Porém: oxítona
terminada em em
País: i sozinho na
sílaba (seguido ou
não de s)
Até: oxítona
terminada em e
Terríveis:
paroxítona terminada
Espécimes:
proparoxítona
Experiência:
paroxítona terminada
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em ditongo em ditongo
Resposta – C
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72
Lista das Questões Comentadas
[...]
1. (Cespe/EBC/Cargos de Nível Superior/2011) Na linha 26, “por que”
poderia, sem prejuízo para a correção gramatical, ser grafado porque,
em razão de estar empregado como conjunção causal, tal como ocorre em
“mas o mandamento de agir unicamente porque se trata de um dever”
(L.31-32).
2. (Cespe/EBC/Cargos de Nível Superior/2011)
[...]
[...]
No período “Parece que sim, porque (...) receberão efeitos.” (l.11-16), a
substituição do ponto final por ponto de interrogação manteria a coerência
do texto, mas, nesse caso, de acordo com a prescrição gramatical, o
vocábulo “porque” deveria ser grafado como por que.
[...]
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73
22 Os grandes líderes de mercado parecem ainda ter
dificuldade para entender o que está acontecendo de fato. O
discurso e a prática dessas empresas ainda estão baseados em
25 modelos ultrapassados, que veem os custos ainda da maneira
tradicional, deixando as externalidades para a sociedade.
E mais, não são apenas os grandes líderes do setor
28 privado que demonstram essa dificuldade. Uma manchete
recente em um grande jornal diário mostra que pesquisadores
e jornalistas também não entenderam as oportunidades que
31 estão surgindo a partir das transformações que estamos
vivendo. Eis o título da matéria: “Só estagnação econômica
pode reduzir aquecimento global, diz estudo”.
[...]
Ricardo Young. Mudanças no consumo. In: CartaCapital,
26/2/2010. Internet: <www.cartacapital.com.br> (com adaptações).
3. (Cespe/AGU/Administrador/2010) O trecho “a partir das” (l.31) poderia
ser substituído, sem prejuízo sintático ou semântico ao texto, por um dos
termos a seguir: por razão das, em consequência das, com as.
4. (Cespe/AGU/Administrador/2010) Na linha 22, o deslocamento do
vocábulo “ainda” para imediatamente antes da forma verbal “parecem” —
ainda parecem — alteraria a ideia original do vocábulo substituído, que
passaria a significar também.
5. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011 – adaptada) Na opção a seguir,
é apresentado trecho adaptado de texto extraído do sítio dos Correios na
Internet. Julgue-a quanto à correção gramatical.
O progresso comercial advindo da chegada da família real no novo mundo
abriu caminhos afim de que o serviço postal se desenvolvesse. Esse fato
permitiu a elaboração do primeiro Regulamento Postal do Brasil, o
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funcionamento regular dos Correios Marítimos e a emissão de novos
decretos que criassem os Correios Interiores.
[...]
O planejamento caiu em descrédito com a queda do
16 Muro de Berlim, a implosão da União Soviética e a
contrarreforma neoliberal baseada no mito dos mercados que
se autorregulam. Seria ingênuo pensar que esse mito
19 desapareceu com a recente crise, mas, que ele está mal das
pernas, está. Chegou, portanto, o momento de reabilitar e
atualizar o planejamento. Até Jeffrey Sachs — diretor do Earth
22 Institute, da Columbia University, em Nova Iorque, e
conselheiro do secretário-geral das Nações Unidas —
pronuncia-se em favor de um planejamento flexível a longo
25 prazo, voltado para o enfrentamento dos três desafios
simultâneos da segurança energética, segurança alimentar e
redução da pobreza, buscando uma cooperação tripartite entre
28 os setores público e privado e a sociedade civil.
[...]
34 O fenomenal crescimento da economia mundial no
decorrer dos dois últimos séculos, baseado no uso das energias
fósseis, provocou um aquecimento global de consequências
37 deletérias e, em parte, irreversíveis. Seria, no entanto, um erro
considerar que o clima é a bola da vez e as urgências sociais
podem esperar. Em 2007, existiam, no Brasil, 10,7 milhões de
40 indigentes e 46,3 milhões de pobres. E, enquanto os latifúndios
de mais de mil hectares — 3% do total das propriedades rurais
do Brasil — ocupam 57% das terras agriculturáveis,
43 4,8 milhões de famílias sem-terra estão à espera do chão para
plantar.
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75
[...]
Ignacy Sachs. Voltando ao planejamento.
Internet: <www.envolverde.com.br.> (com adaptações).
6. (Cespe/Aneel/Cargos de Nível Superior/2010) O sentido da expressão
“mal das pernas” (l.19-20), característica da oralidade, seria prejudicado
caso se substituísse “mal” por mau.
7. (Cespe/Aneel/Cargos de Nível Superior/2010) O termo “consequências
deletérias” (l.36-37) significa resultados que não podem ser
apagados, alterados.
1 O poder político é produto de uma convenção, não
da natureza, como postulava Aristóteles, e nasce juntamente
com a sociedade, quando os homens decidem abrir mão de
4 toda a sua liberdade natural, a fim de protegerem os seus
direitos naturais, consubstanciados na propriedade, na vida,
na liberdade e em outros bens. Mesmo antes do estado de
7 sociedade, o homem não é um ente isolado, avesso ao
contato com outras pessoas. De um lado, a sociedade
conjugal tem o escopo de possibilitar a perpetuação da
10 espécie. De outro lado, a sociedade política visa à
preservação da propriedade.
[...]
Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia,
ciência & vida. Ano III, nº 27, p. 40-1 (com adaptações).
8. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) A organização do texto permite a
substituição da expressão “ao contato” (l.7-8) por à convivência, sem
prejuízo para a coerência entre os argumentos e para a correção
gramatical.
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9. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) Na linha 3, a argumentação do texto
mostra que “a sociedade” e “os homens” podem ser considerados, em
significação conotativa, como sinônimos textuais; por isso, a troca de
posição entre esses dois termos preservaria a coerência e a correção
gramatical do texto.
1 Com um alto grau de urbanização, o Brasil já
apresenta cerca de 80% da população nas cidades, mas,
como advertem estudiosos do assunto, o país ainda tem
4 muito a aprender sobre crescimento e planejamento urbanos.
[...]
o alerta: onde morar em metrópoles? É melhor optar por uma
28 casa ou um apartamento o mais distante possível — a dois
quarteirões, no mínimo — das ruas e avenidas mais
movimentadas. [...]
Gazeta do Povo (PR), 8/1/2009 (com adaptações).
10. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A substituição de “cerca de” (l.2) por
acerca de manteria a correção gramatical do período.
11. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Manteria a correção gramatical e o
sentido do texto a inserção de há dois quarteirões no lugar de “a dois
quarteirões” (l.28-29).
[...] Tendo como principal propósito a
13 interligação das distantes e isoladas províncias com vistas à
constituição de uma nação-Estado verdadeiramente
unificada, esses pioneiros da promoção dos transportes no
16 país explicitavam firmemente a sua crença de que o
crescimento era enormemente inibido pela ausência de um
sistema nacional de comunicações e de que o
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19 desenvolvimento dos transportes constituía um fator crucial
para o alargamento da base econômica do país. [...]
Olímpio J. de Arroxelas Galvão. In: Internet: <www.ipea.gov.br> (com adaptações).
12. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A palavra “crucial” (l.19) está sendo
empregada com o sentido de árduo, difícil.
1 No mundo moderno em que vivemos, é certamente
difícil reconstituir as sensações, as impressões que tiveram os
primeiros homens em contato com a natureza. [...]
José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e
História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações).
13. (Cespe/Antaq/Especialista – Economia/2009) No desenvolvimento da
textualidade, a substituição do trecho “em que vivemos” (l.1) por no qual
vivemos ou por onde vivemos não acarreta prejuízo para a coerência nem
para a correção gramatical do texto.
1 Nossos projetos de vida dependem muito do futuro
do país no qual vivemos. E o futuro de um país não é
obra do acaso ou da fatalidade. Uma nação se constrói.
4 E constrói-se no meio de embates muito intensos — e, às
vezes, até violentos — entre grupos com visões de futuro,
concepções de desenvolvimento e interesses distintos e
7 conflitantes.
[...]
Plínio Arruda Sampaio. O Brasil em construção. In: Márcia Kupstas (Org.). Identidade
nacional em debate. São Paulo: Moderna, 1997, p. 27-9 (com adaptações).
14. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Na linha 2, mantendo-se a correção
gramatical do texto, pode-se empregar em que ou onde em lugar de “no
qual”.
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78
[...]
A coisa é mais complicada na modernidade, em que
10 os cidadãos comuns (como você e eu) são a fonte de toda
autoridade jurídica e moral. [...]
15. (Cespe/PF/Agente/2012) Suprimindo-se o emprego de termos
característicos da linguagem informal, como o da palavra “coisa” (l.9) e o
do trecho “(como você e eu)” (l.10), o primeiro período do segundo
parágrafo poderia ser reescrito, com correção gramatical, da seguinte
forma: Essa prática social apresenta-se mais complexa na
modernidade, onde a autoridade jurídica e moral submete-se à
opinião pública.
16. (Cespe/MRE–IRBr/Bolsas-Prêmio/2009) As palavras “líderes”,
“empréstimo”, “Econômico” e “públicas” recebem acento gráfico com base
na mesma justificativa gramatical.
17. (Cespe/TRE-ES/Técnico/Operação de Computadores/2011) As palavras
“catástrofe” e “climática” recebem acento gráfico com base em
justificativas gramaticais diferentes.
O protocolo de adesão, assinado em julho de 2006,
ainda precisa ser aprovado pelo Senado para entrar em vigor.
7 Os congressos do Uruguai, da Argentina e da própria
Venezuela já votaram pela entrada do país no MERCOSUL.
Apenas o Paraguai e o Brasil ainda não chancelaram o
10 acordo. [...]
Maria Clara Cabral. Folha de S.Paulo,18/12/2008.
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18. (Cespe/MRE–IRBr/Bolsas-Prêmio/2009) A palavra “chancelaram” (l.9) está
sendo empregada com o sentido de sancionaram.
Canção do Ver (fragmento)
1 Por viver muitos anos
dentro do mato
Moda ave
4 O menino pegou
um olhar de pássaro –
Contraiu visão fontana.
7 Por forma que ele enxergava
as coisas
Por igual
10 como os pássaros enxergam.
As coisas todas inominadas.
Água não era ainda a palavra água.
13 Pedra não era ainda a palavra pedra. E tal.
As palavras eram livres de gramáticas e
Podiam ficar em qualquer posição.
16 Por forma que o menino podia inaugurar.
Podia dar às pedras costumes de flor.
Podia dar ao canto formato de sol.
19 E, se quisesse caber em uma abelha, era só abrir a
[palavra abelha e entrar dentro dela.
Como se fosse infância da língua.
Manoel de Barros. Poemas rupestres. Rio de Janeiro: Record, 2004.
19. (Cespe/MRE-IRBr/Diplomata/2009) A respeito do vocabulário do texto
acima, assinale a opção incorreta.
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a) “Moda” (v.3) significa conjunto de opiniões, gostos e apreciações críticas,
assim como modos de agir, viver e sentir coletivos, aceitos por
determinado grupo humano em um dado momento histórico.
b) O sentido do vocábulo “Contraiu” (v.6) restringe as possibilidades
semânticas de “pegou” (v.4).
c) Na expressão “visão fontana” (v.6), o vocábulo sublinhado, adjetivo
derivado de fonte, foi metaforicamente empregado com sentido de
originário, gerador, causal, seminal.
d) Em “As palavras eram livres de gramáticas” (v.14), o vocábulo sublinhado
alude a regras gramaticais.
e) O vocábulo “posição” (v.15) refere-se à sintaxe, entendida como
disposição harmoniosa de partes ou elementos da frase.
A diferença na linguagem
1 “Para os gramáticos, a arte da palavra quase se esgota na
arte da escrita, o que se vê ainda pelo uso que fazem dos
acentos, muitos dos quais fazem alguma distinção ou evitam
4 algum equívoco para os olhos mas não para os ouvidos.”
Neste texto Rousseau nos sugere que, para ler bem, é preciso
prestar ouvidos à voz original, adivinhar as diferenças de
7 acento que a articulam e que se tornaram imperceptíveis no
espaço homogêneo da escrita. Na leitura, o olho treinado do
Gramático ou do Lógico deve subordinar-se a um ouvido
10 atento à melodia que dá vida aos signos: estar surdo à
modulação da voz significa estar cego às modalidades do
sentido. Na oposição que o texto faz entre a arte de falar e a
13 arte de escrever, podemos encontrar não apenas as razões da
desqualificação da concepção gramatical da linguagem, mas
também a indicação do estatuto que Rousseau confere à
16 linguagem. O que é importante notar aqui é que a oposição
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entre falar e escrever não se funda mais na oposição entre
presença e ausência: não é a ausência do sujeito falante que
19 desqualifica a escrita, mas a atonia ou a homogeneidade dos
signos visuais. Se a essência da linguagem escapa à
Gramática, é porque esta desdobra a linguagem num elemento
22 essencialmente homogêneo.
Bento Prado Jr. A retórica de Rousseau. São Paulo: Cosac Naify, 2008, p. 129-130.
20. (Cespe/MRE/IRBr/Diplomata/2009) Com relação às ideias do texto 3,
julgue (C ou E) o item a seguir.
A palavra “acentos” (l.3) refere-se a sinais gráficos, ao passo que “acento”
(l.7) designa qualidades como inflexão ou modulação.
21. (CESPE/MRE/IRBr/Diplomata/2009 – adaptada) Com relação às ideias e
aos aspectos gramaticais do texto, julgue as opções abaixo.
a) O uso recorrente de vocábulos pertencentes aos campos semânticos da
visão e da audição prejudica a coerência e a coesão do texto.
b) É a mesma a justificativa para o uso de inicial maiúscula em “Gramático”
(l.9) e em Gramática (l.21).
Receita – 96:924$985
1 No orçamento do ano passado houve supressão de
várias taxas que existiam em 1928. A receita, entretanto,
calculada em 68:850$000, atingiu 96:924$985.
4 E não empreguei rigores excessivos. Fiz apenas
isto: extingui favores largamente concedidos a pessoas que
não precisavam deles e pus termo às extorsões que afligiam
7 os matutos de pequeno valor, ordinariamente raspados,
escorchados, esbrugados pelos exatores.
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82
[...]
Graciliano Ramos. 2.º relatório ao sr. governador Álvaro Paes pelo prefeito do
município de Palmeira dos Índios. In: Relatórios Graciliano Ramos.
Record/Fundação de Cultura de Recife, 1994, p. 51.
22. (Cespe/Sefaz-AC/Fiscal da Receita Estadual/2009) Considerando os
sentidos e aspectos gramaticais do texto, julgue a opção abaixo.
A expressão explorados pelos cobradores de impostos, embora
menos enfática, é coerente com o sentido geral do trecho “ raspados,
escorchados, esbrugados pelos exatores” (l.7-8).
[...]
10 A declaração não previu que o desenvolvimento
capitalista chegasse à sua atual etapa de globalização e de
capitais voláteis, especulativos, que, sem controle, entram e
13 saem de diferentes países, gerando instabilidade permanente
nas economias periféricas. [...]
Francisco Alencar. Para humanizar o bicho homem. In: Francisco Alencar (Org.).
Direitos mais humanos. Brasília: Garamond, 2006. p. 17-31 (com adaptações).
23. (Cespe/TRT-21ª Região/Analista Judiciário/2011) Preservam-se a correção
gramatical e o sentido original do texto ao se substituir “sem controle” (l.
12) por aleatoriamente.
24. (Cespe/MPS/Análise de Comprovantes/2010) As palavras “últimas”,
“trânsito”, “econômica” e “contribuírem” recebem acento gráfico por
serem proparoxítonas.
25. (Cespe/SEDU-ES/Agente de Suporte Educacional/2010) As palavras
“metrópoles”, “acúmulo”, “inúmeros” e “mínimas” recebem acento gráfico
com base em justificativas gramaticais diferentes.
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26. (Cespe/TRE-ES/Técnico/Operação de Computadores/2011) Em
“contribuíram”, o emprego do acento gráfico justifica-se pela presença de
ditongo em sílaba tônica.
27. (Cespe/TCU/Auditor Federal de Controle Externo/2010) O uso das letras
iniciais maiúsculas em "Império Romano", "Cristianismo" e "Revolução
Francesa" são exemplos de que substantivo usado para designar ente
singular deve ser grafado com inicial maiúscula, como, por exemplo, Lei
nº 8.888/1998.
28. (Cespe/CEF/Arquiteto/2010) Os vocábulos “políticas”, “desperdício” e
“carcerária” recebem acento gráfico com base na mesma regra de
acentuação.
29. (Cespe/TRT-21ª Região/Analista Judiciário/2011) O emprego de acento
gráfico no vocábulo “barbárie” deve-se à mesma regra que se observa no
emprego de acento em “caleidoscópio”.
30. (Cespe/STM/Técnico Judiciário/2011) A regra de acentuação gráfica que
justifica o emprego do acento gráfico em “aeroportuário” é a mesma que
justifica o emprego do acento em “meteorológica”.
31. (Cespe/PC-ES/Cargos de Nível Superior/2011) Os vocábulos "espécies",
"difíceis" e "históricas" são acentuados de acordo com a mesma regra de
acentuação gráfica.
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32. (Cespe/EBC/Cargos de Nível Superior/2011) Levando-se em consideração
o que está previsto na ortografia oficial vigente, é correto afirmar que: o
vocábulo “têxtil” (L.2), que segue o padrão de flexão do vocábulo pênsil,
é acentuado também na forma plural; “obsolescência” (L.12) é vocábulo
que segue o padrão do vocábulo ciência, no que se refere ao emprego de
sinal de acentuação; a acentuação gráfica do vocábulo “déspotas” (L.18)
também é empregada quando o vocábulo é grafado na forma singular.
33. (Cespe/Serpro/Técnico – Operação de Redes/2010) No trecho “O episódio
colocou em xeque a viabilidade do modelo”, a palavra “xeque” poderia
ser, facultativamente, grafada da seguinte forma: cheque. Nesse caso,
seriam mantidos a correção gramatical do texto e seu sentido original.
34. (Cespe/DPU/Técnico em Assuntos Educacionais/2010)
[...] e sendo cada vez mais urgente a tomada de decisões em tempo
recorde [...]
O vocábulo “recorde” também poderia ser corretamente grafado com
acento – récorde.
35. (Cespe/Inca/Técnico em Análise Clínica/2010)
[...] Criada em 1983 pela doutora Zilda Arns, a Pastoral da Criança
monitora atualmente cerca de 2 milhões de crianças de até 6 anos de
idade e 80 mil gestantes [...]
Mantém-se a correção gramatical do período ao se substituir “cerca de”
por acerca de.
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36. (Cespe/Inca/Técnico em Análise Clínica/2010) As palavras “Único”,
“críticas” e “público” recebem acento gráfico porque têm sílaba tônica na
antepenúltima sílaba.
37. (Cespe/Ibama/Analista Ambiental/2010) As palavras “amazônico” e
“viúva” acentuam-se de acordo com a mesma regra de acentuação
gráfica.
38. (Cespe/Ibama/Analista Ambiental/2010) Estaria de acordo com o que
estabelece a prescrição gramatical para textos escritos no nível formal da
linguagem, tais como documentos oficiais, a substituição da expressão
“dali para a frente” por dali pra frente.
39. (Cespe/Correios/Cargos de Nível Superior/2011) As palavras “ônibus” e
“invioláveis” são acentuadas de acordo com a mesma regra de acentuação
gráfica.
40. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011 – adaptada) Os vocábulos
“quilômetros”, “emblemático” e “picolé” são acentuados de acordo com a
mesma regra de acentuação gráfica.
41. (Cespe/TJ-ES/Analista Judiciário/Taquigrafia/2011) Os vocábulos
“analítica” e “teríamos” recebem acento gráfico com base na mesma regra
de acentuação.
[...]
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86
19 Para se ter uma ideia, apenas os alunos de ótimo boletim têm
direito à inscrição e, ainda assim, 85% deles ficam de fora.
[...]
42. (Cespe/FUB/Cargos de Nível Médio/2011) Em razão do contexto, o acento
gráfico empregado na forma verbal “têm” (L.19) é obrigatório.
43. (Cespe/TJ-ES/Cargos de Nível Superior/2011) Os vocábulos “países” e
“áreas” são acentuados de acordo com a mesma regra de acentuação
gráfica.
44. (Cespe/PC-ES/Perito Criminal Especial/2011) Os vocábulos “público” (L.9)
e “caótico” (L.12), que foram empregados no texto como adjetivos,
obedecem à mesma regra de acentuação gráfica.
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45. (Cespe/EBC/Gestor de Atividade Jornalística/2011) No texto 2, o vocábulo
“joça” poderia ser substituído por coisa, sem prejuízo para o sentido
original e para a correção gramatical do texto.
[...]
[...]
46. (Cespe/TC-DF/Auditor de Controle Externo/2012) Na linha 13, a
substituição do vocábulo “senão” por se não, embora gramaticalmente
correta, prejudicaria o sentido do texto.
[...]
Ó soberbos titulares,
34 tão desdenhosos e altivos!
Por fictícia autoridade,
vãs razões, falsos motivos,
37 inutilmente matastes:
— vossos mortos são mais vivos;
e, sobre vós, de longe, abrem
40 grandes olhos pensativos.
Cecília Meireles. Romanceiro da Inconfidência.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989, p. 267-8.
47. (Cespe/PF/Papiloscopista/2012) Considerando-se as relações entre os
termos da oração, verifica-se ambiguidade no emprego do adjetivo
“pensativos” (v. 40), visto que ele pode referir-se tanto ao termo “vossos
mortos” (v.38) quanto ao núcleo nominal “olhos” (v.40).
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48. (Cespe/IRBr/Diplomata/2012) Na expressão “voz espúria” (l.10), o
adjetivo empregado tem, no contexto, sentido de não castiça.
1 Realmente, entre os agentes determinantes da seca se
intercalam, de modo apreciável, a estrutura e a conformação do
solo. Qualquer que seja a intensidade das causas complexas e
4 mais remotas que anteriormente esboçamos, a influência
daquelas é manifesta desde que se considere que a capacidade
absorvente e emissiva dos terrenos expostos, a inclinação dos
7 estratos, que os retalham, e a rudeza dos relevos topográficos
agravam, do mesmo passo, a crestadura dos estios e a
degradação intensiva das torrentes. De sorte que, saindo das
10 insolações demoradas para as inundações subitâneas, a terra,
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mal protegida por uma vegetação decídua, que as primeiras
requeimam e as segundas erradicam, se deixa, a pouco e pouco,
13 invadir pelo regime francamente desértico.
[...]
Euclides da Cunha. Os Sertões (Campanha de Canudos).
São Paulo: Martin Claret, 2007, p. 95-6 (com adaptações).
49. (Cespe/Câmara dos Deputados/Analista Legislativo/2012) As palavras
“subitâneas” (l.10) e “decídua” (l.11) poderiam ser substituídas,
respectivamente, por repentinas e caduca, sem prejuízo para a
coerência e a correção gramatical do texto.
[...]
atribuições do engenheiro. Os construtores antigos, entretanto,
mesmo tendo realizado obras difíceis e audaciosas, se
16 baseavam, principalmente, em uma série de regras práticas e
empíricas, embora tivessem, evidentemente, em muitos casos,
exata noção de estabilidade, de equilíbrio de forças, de centro
19 de gravidade, entre outras. As obras que fizeram, muitas das
quais até hoje causam admiração, são muito mais fruto do
empirismo e da intuição do que de cálculo e de uma verdadeira
22 engenharia, como entendida atualmente. Pode-se dizer que a
engenharia científica só teve início quando se chegou a um
consenso de que tudo aquilo que se fazia em bases empíricas
25 e intuitivas era, na realidade, regido por leis físicas e
matemáticas, que importava descobrir e estudar. Leonardo da
Vinci e Galileu, nos séculos XV e XVII, podem ser
28 considerados os precursores da engenharia científica.
Pedro Carlos da Silva Telles. História da engenharia no
Brasil. Internet: <www.ebah.com.br> (com adaptações).
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50. (Cespe/Câmara dos Deputados/Analista Legislativo/2012) A substituição
do trecho “como entendida atualmente” (l.22) por de acordo com o
nosso entendimento atual imprimiria um tom mais formal ao texto,
mantendo-se o sentido — codificado no valor semântico do conectivo e na
flexão do particípio — original do texto.
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Gabarito das Questões Comentadas
1. Item errado
2. Item errado
3. Item certo
4. Item errado
5. Item errado
6. Item certo
7. Item errado
8. Item certo
9. Item errado
10. Item errado
11. Item errado
12. Item errado
13. Item certo
14. Item certo
15. Item errado
16. Item certo
17. Item errado
18. Item certo
19. A
20. Item certo
21. Item errado
22. Item certo
23. Item errado
24. Item errado
25. Item certo
26. Item errado
27. Item certo
28. Item errado
29. Item certo
30. Item errado
31. Item errado
32. Item certo
33. Item errado
34. Item errado
35. Item errado
36. Item certo
37. Item errado
38. Item errado
39. Item errado
40. Item errado
41. Item certo
42. Item certo
43. Item errado
44. Item certo
45. Item certo
46. Item errado
47. Item certo
48. Item certo
49. Item certo
50. Item errado