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Noções de Direito Administrativo p/ INSS - 2015 Prof. Diogo Surdi, AULA 00 ATENÇÂO! Essa obra é protegida por direitos autorais. O material é de uso restrito do seu adquirente, sendo expressamente proibida a sua distribuição ou o fornecimento a terceiros sem a prévia autorização do autor ou do Concurseiro Fiscal. A reprodução, distribuição, venda ou utilização em grupo por meio de rateio sujeita os infratores às sanções da Lei nº 9.610/1998. Os grupos de rateio são ilegais! Valorize o trabalho dos professores e somente adquira materiais diretamente no site Concurseiro Fiscal. O Concurseiro Fiscal dispõe de descontos exclusivos para compras em grupo. Adquira de forma legal.

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Noções de Direito Administrativo p/ INSS - 2015

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ATENÇÂO!

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Atos Administrativos

SUMÁRIO PÁGINA

Apresentação do professor 04

Informações sobre o curso 05

1. Divisão das aulas 05

2. Metodologia utilizada 06

3. Legislação aplicável 07

4. Abordagem 07

5. Suporte 07

1.Conceito de Ato Administrativo 08

2.Requisitos 12

2.1. Competência 12

2.1.1. Usurpação de Função e Função de Fato 14

2.2. Finalidade 15

2.3. Forma 16

2.4. Motivo 16

2.4.1. Teoria dos Motivos Determinantes 17

2.5. Objeto 20

3. Mérito Administrativo 21

4. Atributos 24

4.1. Presunção de Legitimidade 24

4.2. Autoexecutoriedade 25

4.3. Imperatividade 26

4.4. Tipicidade 26

5. Invalidação e Controle Judicial dos Atos Administrativos

29

5.1. Anulação 29

5.2. Revogação 32

5.3. Convalidação 36

5.4. Outras Formas de Desfazimento 38

6. Espécies de Atos Administrativos 40

6.1. Punitivos 40

6.2. Enunciativos 40

6.3. Ordinatórios 41

6.4. Normativos 41

6.5. Negociais 42

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7. Classificação dos Atos Administrativos 43

7.1. Atos Vinculados e Discricionários 43

7.2. Atos de Império, de Gestão e de Expediente 44

7.3. Atos Simples, Compostos e Complexos 44

7.4. Atos Gerais e Individuais 45

8. Resumão 47

Questões comentadas 51

Questões propostas 70

Gabarito 76

Olá, Concurseiros, tudo certo? Espero que sim!

Ainda mais com a , em grande oportunidade que todos terão2015, de conquistar uma vaga em um dos cargos públicos mais esperados e com o melhor custo x benefício do serviço público.

E os motivos para nos dedicarmos, desde já, são muitos, a começar pela notícia abaixo, que retrata a grave defasagem de servidores em todas as agências da previdência social:

“() ... Diante da necessidade de cortes de gastos, o governo deverá estabelecer prioridades na hora de definir quais editais serão abertos. No topo da lista, devem estar, por exemplo, os órgãos com grande defasagem por conta de aposentadorias e necessidade de substituição de terceirizados. A Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos (Anpac) estima que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está entre os casos mais graves, com um déficit de 19 mil servidores, considerando 10

“Esses concursos mil que estão em condições de se aposentar.(em função de grande defasagem) têm que sair, senão, a máquina pública para”, aponta a diretora-executiva da Anpac, Maria Thereza Sombra”. (Correio Braziliense – 05/01/2015)

Logo, não há dúvidas de que trata-se de uma das melhores oportunidades para ingressar no serviço público, uma vez que as vagas são muitas!

O pedido de autorização para o concurso já tramita no MPOG e a expectativa é de que o Edital seja publicado em um curto espaço de tempo. A remuneração de Técnico da Seguridade Social, que exige apenas o nível médio, é de aproximadamente R$ 5.000

(cinco mil reais), já com os benefícios.

Somado a isso, temos que, normalmente, os concursos para Técnico do INSS são vinculados por Agência da Previdência

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Social (APS), além de existir uma grande flexibilização quanto ao horário de trabalho.

Fatores como estes fazem deste concurso uma chance única de, ao mesmo tempo, conquistar a aprovação e ser lotado DIRETAMENTE na cidade de sua preferência!

E para conseguirmos a aprovação é que este curso foi desenvolvido com a ideia de ser um diferencial na sua preparação.

Mas e como conseguiremos este diferencial, professor?

Simples, pessoal! Através de quatro passos que os deixarão em condições de GABARITAR Direito Administrativo.

Inicialmente, as aulas serão desenvolvidas através de uma 1º Passo: metodologia onde, em um primeiro momento, a única preocupação sua deve ser ler o conteúdo teórico das aulas e compreender os assuntos que estão sendo expostos. Nesta primeira etapa, não há necessidade de memorização.

Posteriormente, teremos um RESUMÃO com todos os 2º Passo: principais pontos abordados durante a aula. Servirá para relembrarmos todos os conceitos elementares que foram estudados na parte teórica.

Em seguida, partiremos para as questões, que será o 3º Passo: momento onde efetivamente fixaremos o conhecimento exposto. Nesta etapa (acreditem) aprenderemos muito mais com os nossos erros, de forma que é essencial que vocês apenas avancem para a próxima aula após o saneamento de todas as dúvidas. Para isso, devem utilizar constantemente o fórum de dúvidas e o e-mail do professor.

Por fim, teremos, ao término da última aula, um 4º Passo: RESUMÃO com todos os conceitos e macetes expostos durante o curso. E esse deve ser o seu material de revisão para os dias que antecedem à prova. Nesta etapa, é recomendável que vocês imprimam o material e registrem (customizem) todas as informações que entenderem pertinentes (posicionamento das bancas, conceitos dos autores, etc)

Portanto, não hesitem!!! A hora é agora!!! Vamos com tudo para conquistar a aprovação!!! Contem comigo nesta caminhada!!!!

Nossa meta é GABARITAR a prova de Direito Administrativo!!!

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Apresentação do professor Um dos pilares que estará presente em todo o curso será o diálogo, possibilitando uma melhor interação e a facilitação do entendimento de tudo o que for exposto. Para isso, vamos a uma breve apresentação...

Recentemente, obtive a grande notícia da aprovação para o cargo de Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil. E posso dizer que a sensação de conseguir ser aprovado para um cargo como este, que é um dos mais disputados do Brasil, é incrível: envolve amigos e familiares e faz com que todo o esforço tenha valido a pena!

Atualmente, ocupo o cargo de Analista Judiciário junto ao TRT-SC, tendo sido aprovado, no último concurso, em 3º lugar. Antes, porém, obtive diversas aprovações para vários Tribunais do país (TRT-MS, TRE-SC, TRE-RS, MPU...) e também para Analista Tributário da Receita Federal, em 2012.

Sobre tais aprovações, gostaria apenas de mencionar, para servir de incentivo, as que tive que fazer em minha rotina para “adaptações”alcançar a aprovação:

Como tenho uma filha pequena, de 3 anos, e não abria mão de vê-la, eu trabalhava das 12h às 19 horas, ia pra casa, ficava com minha filha e esposa (que foi imprescindível como todo o seu apoio) e, após elas dormirem, ia para um hotel, que era localizado perto de casa, para poder estudar durante toda a madrugada. Ia dormir por volta das 5h, dormia até às 11h e me dirigia para o trabalho.

E assim foi por mais de um ano, gente! Ou seja, eu me adaptei a essa rotina para poder enfrentar a banca com garra e dedicação!

O que queria passar para vocês, com isso, é que absolutamente nada será alcançado sem esforço, que muitas serão as dificuldades e os obstáculos que vocês encontrarão pelo caminho... Poderá haver momentos em que vocês se questionarão se tudo o que estão passando realmente vale a pena (a privação de tempo com a família e amigos, a necessidade de poder fazer algo que gostam sem se sentir “culpado” por não estar estudando), e a resposta, meus caros, é que tudo vale MUITO a pena!!!

Após a aprovação, cada um desses momentos de dificuldade será lembrado e tornará a conquista do seu objetivo muito mais gratificante.

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“Nunca deixem que te digam que não vale a pena acreditar no sonho que se tem, ou que os seus planos nunca vão dar certo, ou que você nunca vai ser alguém...” Renato Russo

Bom, feitas as apresentações iniciais, passemos à proposta do nosso curso.

Informações sobre o curso

1. Divisão das aulas

Nosso curso será ministrado ao longo de , incluindo esta 10 aulasaula demonstrativa, de acordo com o cronograma abaixo.

Seguiremos cada detalhe do último edital do concurso, realizado em 2012.

Em uma disciplina como Direito Administrativo, você IMPORTANTE: precisa ir para a prova pensando em GABARITAR! Para isso, este curso foi TOTALMENTE pensado para ser o mais objetivo possível. Isso, é claro, sem deixar de lado os aprofundamentos que a matéria exige.

Vamos ao nosso cronograma:

AULA 00 Ato administrativo: validade, eficácia; atributos; extinção,

desfazimento e sanatória; classificação, espécies e

exteriorização; vinculação e discricionariedade. 21/02/2015

AULA 01 Organização administrativa da União; administração direta e

indireta. Estado, governo e administração pública: conceitos,

elementos, poderes e organização; natureza, fins e princípios.

28/02/2015

AULA 02 Direito Administrativo: conceito e fontes. Poderes

administrativos: poder hierárquico; poder disciplinar; poder

regulamentar; poder de polícia; uso e abuso do poder;

Princípios Administrativos.

15/03/2015

AULA 03 Serviços Públicos; conceito, classificação, regulamentação e

controle; forma, meios e requisitos; delegação: concessão,

permissão, autorização. 30/03/2015

AULA 04 Agentes públicos: espécies e classificação; poderes, deveres e

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10/04/2015 prerrogativas; cargo, emprego e função públicos.

AULA 05 Regime jurídico único: provimento, vacância, remoção,

redistribuição e substituição; direitos e vantagens; regime

disciplinar; responsabilidade civil, criminal e administrativa. 20/04/2015

AULA 06

Responsabilidade Civil do Estado. 30/04/2014

AULA 07 Controle e responsabilização da administração: controle

administrativo; controle judicial; controle legislativo;

10/05/2015

AULA 08 Lei nº. 8.429/92 e alterações posteriores (dispõe sobre as

sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de

enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo,

emprego ou função da administração pública direta, indireta

ou fundacional e dá outras providências). Lei n°9.784/99 e

alterações posteriores (Lei do Processo Administrativo)

20/05/2015

AULA 09

Resumão de toda a matéria + 300 Questões Comentadas 30/05/2015

2. Metodologia utilizada

A ideia do curso é que ele seja o seu único material de estudo na matéria de Direito Administrativo. Para isso, cada detalhe do curso foi pensado de forma a atender completamente todas as lacunas que porventura possam surgir.

Vejamos: na parte teórica, as aulas serão escritas de forma que vocês apenas se preocupem em entender os conceitos apresentados. Serão utilizados diversos esquemas e macetes para tornar as partes mais “decorebas” da matéria bem tranquilas, conforme vocês verão já nesta aula demonstrativa.

Ao término de cada aula, TODOS os principais pontos abordados na aula serão listados, na forma de assertivas e de maneira bem pontual, para REFRESCAR a memória de tudo aquilo que foi abordado. Será o nosso RESUMÃO.

Além disso, claro, serão feitas muitas questões. Ainda não sabemos qual será a banca organizadora, mas, considerando o histórico do INSS (de alternância de bancas para a realização dos seus concursos), pode-se afirmar que quatro são as bancas com grandes chances de escolha: FCC, CESPE, ESAF e FGV.

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Dessa forma, utilizaremos questões destas ESSENCIALMENTEquatro organizadoras, fazendo uso das demais apenas quando for necessário!

Ao longo do curso, resolveremos mais de 500 questões!! Com isso, ficaremos experts em Direito Administrativo e em plenas condições de a prova! GABARITARMOS

3. Legislação aplicável

Como o Direito Administrativo, ao contrário de diversos outros ramos do Direito, não é codificado, boa parte de seu conteúdo é formado por entendimentos, doutrina, jurisprudências e até mesmo súmulas.

Utilizaremos todas estas, na medida em que seja necessário, para chegarmos em um grande nível de detalhamento. Em um concurso concorrido como este, cada ponto pode ser decisivo.

Quando estiver sendo tratado de assuntos que em sua maior parte sejam expressos em leis (como licitações ou improbidade administrativa), será indicado o diploma legal, para acompanhamento.

4. Abordagem

A abordagem será completa... Quando a fonte legal não for suficiente, ou então exigir um maior aprofundamento, demonstraremos qual o autor que a banca fez uso para fundamentar seu posicionamento.

5. Suporte

Quando temos uma dúvida, é sinal de que nossa mente está procurando compreender e assimilar a matéria. Se esta dúvida é solucionada de você pode ter certeza de que maneira tempestiva, nunca mais esquecerá tal assunto e, o que é mais importante, não pensará duas vezes na hora da prova... Acertará a questão rapidamente e ganhará tempo para as demais... Para responder toda dúvida que possa surgir, estarei à disposição no fórum de cada aula, e procurarei responder a todas o quanto antes, para termos uma boa fixação.

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ATOS ADMINISTRATIVOS

1. Conceito de Ato Administrativo

A primeira informação passível de cobrança em sua prova é o conceito de Atos Administrativos.

Nesse ponto, o conceito mais utilizado é o do autor Hely Lopes Meirelles, que conceitua os Atos Administrativos como “toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria".

Percebam que a partir do conceito exposto chegamos a importantes definições:

- Unilateralidade: Enquanto os Contratos Administrativos são manifestações bilaterais da Administração Pública, os Atos Administrativos SEMPRE são manifestações Unilaterais da Administração.

- Manifestação de Vontade da Administração: O conceito de Administração não se limita à Administração Pública Formal, mas abrange todas as pessoas que estejam atuando em nome desta. Assim, os mesários voluntários em uma eleição, ou então uma concessionária de serviço público, quando esteja atuando em prol da coletividade, por exemplo, também praticam Atos Administrativos.

- Direito Público: Os Atos Administrativos são regidos, prioritariamente, pelas regras do Direito Público. Ainda que existam atos nos quais a Administração obedeça a regras de Direito Privado, como os Atos de Gestão (veremos mais à frente), a regra continua sendo, SEMPRE, que os Atos Administrativos sejam regidos pelo Direito Público.

- Diferem dos Fatos Administrativos: Enquanto os Atos Administrativos são editados para alcançar um objetivo pretendido pela Administração, os Fatos Administrativos são realizações materiais e concretas da Administração, como por exemplo a varrição de uma rua ou uma colisão entre um veículo da Administração com o de um particular. Para a prova, leve que os Fatos Administrativos são qualquer realização material decorrente do exercício da função pública.

E todas estas características dos Atos Administrativos apresentam

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algo em comum. Alguém identificou?

Vejam que todas elas são marcadas pelas prerrogativas conferidas à Administração na sua relação com o particular. Assim, podemos dizer que estas prerrogativas representam verdadeiros poderes que a Administração possui para fazer valer a sua vontade.

Vontade esta, por sua vez, que é exteriorizada por meio da edição de Atos Administrativos.

Tudo está interligado, gente...

Tudo tranquilo até aqui?

(FCC) TRF4 - 2010 – Técnico Judiciário Considere os conceitos sobre o ato administrativo: I. Toda manifestação bilateral de vontade da Administração Pública que, agindo na esfera jurídica, tenha por fim mediato declarar, modificar ou extinguir direitos ou impor obrigações aos administrados. II. Declaração do Estado, ou de quem o represente, que produz efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob regime jurídico de direito público e sujeito a controle pelo Poder Judiciário. III. Declaração do governo, no exercício de suas funções, com exclusão das empresas estatais, manifestada mediante providências políticas e administrativas, sem necessidade de controle jurisdicional.

Para alcançar o bem geral da Coletividade

A Administração precisa expressar sua vontade

Como decorrência deste objetivo

Diveras prerrogativas são conferidas à Administração

Poderes estes que são externados à população

Por meio dos Atos Administartivos

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Está correto o que consta APENAS em a) I. b) II. c) III. d) II e III. e) I e II.

Comentários

O item I está errado. Ato Administrativo é SEMPRE manifestação unilateral da Administração, sendo esta uma das principais características que o diferencia, por exemplo, dos Contratos Administrativos, onde ambas as vontades são levadas em conta para a sua celebração.

O item II está correto, sendo a perfeita definição de Atos Administrativos e das características que os acompanham.

O item III, por sua vez, está errado. Não é só a Administração Pública que pratica Atos Administrativos, mas sim os três Poderes e até mesmo as empresas estatais no desempenho da função pública. Além disso, todos os Atos Administrativos são controlados pelo Poder Judiciário, sendo este, como veremos em aula, um juízo de legalidade.

Gabarito: B

(CESPE) – TCE-RO – 2013 – ANALISTA DE INFORMÁTICA Existem atos administrativos produzidos por agentes de entidades que não integram a estrutura da administração pública, mas que nem por isso deixam de qualificar-se como tais, como no caso de certos atos praticados por concessionários e permissionários de serviços públicos, quando regidos pelo direito público.

Comentários

Vejam que todas as características estão presentes: Agentes qualificados como Administração Pública, poderes conferidos a eles e o regime de direito público sendo observado.

Assim, não há dúvidas de que estamos diante de um Ato Administrativo.

Gabarito: CERTO

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Antes de partirmos para os Requisitos, apenas uma pergunta:

E o Silêncio Administrativo, o que é? Ato ou Fato Administrativo?

Vamos a um caso concreto para esclarecer: Suponhamos que a Administração tenha o prazo de cinco anos para anular um determinado Ato Administrativo. No entanto, por inércia do Administrador, tal direito decai, não podendo o ato ser mais anulado em momento posterior.

Tivemos, com a omissão da Administração, a produção de efeitos jurídicos, concordam? Porém, não podemos nos esquecer que o conceito de Ato Administrativo está atrelado, SEMPRE, ao de uma vontade da Administração, não podendo ser considerado Ato Administrativo uma mera Omissão administrativa.

Assim, temos que o Silêncio ou a Omissão da Administração é classificado como Fato Administrativo.

Mas seria o silêncio da administração capaz de produzir algum tipo de direito ou apenas a atuação positiva faria isso?

Outra vez vamos buscar a resposta em Hely Lopes Meirelles, que afirma que “A omissão da Administração pode representar aprovação ou rejeição da pretensão do administrado, tudo dependendo do que dispuser a norma competente.”

Tudo depende da lei: se esta determinar que o silêncio da administração, por um período de tempo, representará uma aprovação, e ocorrer o decurso de tal prazo, temos que a situação é tida como aprovada, sem a necessidade de motivação por parte da Administração.

Se, por outro lado, o silêncio da administração representar uma rejeição, e igualmente ocorrer o decurso do seu prazo, temos uma negativa da solicitação, mas, nestes caso, tal comportamento deve ser motivado pela Administração.

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2. Requisitos

Os Requisitos do Ato Administrativo são cinco, sendo eles: Competência, Finalidade, Forma, Motivo e Objeto.

Vamos analisar cada um deles detalhadamente, já sabendo de antemão que os três primeiros (Competência, Finalidade e Forma) estão definidos em lei para TODOS os Atos Administrativos, enquanto os restantes (Motivo e Objeto), por formarem o Mérito Administrativo, não estão estritamente definidos em lei para os Atos Discricionários, ficando a escolha destes requisitos à critério do Agente Público competente.

2.1 Competência

A Competência pode ser conceituada como o poder, definido em lei,

Silêncio significando:

Aprovação

Rejeição

Ocorre o Decurso do

Prazo:

Aprova

Rejeita

Necesidade de

Motivação:

NÃO

SIM

Motivo Objeto

Competência Finalidade

Forma

Definidos em Lei para todos os Atos (Vinculados e

Discricionários)

Definidos em Lei apenas para os Atos Vinculados

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para que um Agente Público possa realizar determinados Atos Administrativos.

Pense da seguinte forma: você vira Técnico do INSS e tem uma série de atribuições a realizar. Para isso, você precisa estar autorizado para tal através de uma Lei, que definirá todas as competências que você, enquanto técnico, possui para conseguir realizar todas as suas atividades.

Uma característica bastante cobrada em provas, relativa à Competência, é que esta pode ser Avocada e Delegada.

A Delegação sempre é possível, salvo os casos previstos em lei, que, conforme dispositivo da lei 9.784/99, são os seguintes:

I - a edição de atos de caráter normativo;

II - a decisão de recursos administrativos;

III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.

Já a Avocação, por outro lado, só é possível quando tal hipótese estiver prevista em Lei, sendo a regra, por isso mesmo, a impossibilidade de Avocação.

Além disso, precisamos conhecer as características do requisito Competência. São elas:

- Improrrogabilidade: Se o Agente Público competente não a utiliza, isso não faz com que a competência seja transferida a outro agente;

- Irrenunciabilidade: Os Agentes não podem renunciar a uma competência que lhes tenha sido conferida, pois o interesse público é indisponível, sendo a Administração Pública mera gestora da coisa alheia.

- Imprescritibilidade: O não exercício da competência não a extingue, ou seja, se determinado Agente não exerce sua competência por um grande lapso de tempo, isso não significa que sua competência prescreveu. Como a competência é definida por lei, apenas outra lei de mesma hierarquia pode extinguir a competência anteriormente outorgada.

- Obrigatoriedade: O Agente Público, quando a situação exigir, não tem outra opção que não seja a utilização de sua competência, estando, por isso mesmo, obrigado a agir.

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Para não esquecermos:

2.1.1 Usurpação de Função e Função de Fato

Tais conceitos são utilizados pela professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro para definir duas importantes formas de desvio do requisito Competência.

A Usurpação de Função é a mais grave delas. Está associada à pratica de um Ato Administrativo, privativo de agente público, por algum particular que não reúne tais características.

Podemos citar como exemplos um auto de prisão expedido por alguém que não seja o Delegado, ou então, na seara fiscal, um auto de infração praticado por um contribuinte.

A Usurpação, pela sua extrema gravidade, é considerada crime, estando inclusive tipificada no Código Penal.

Já a Função de Fato é a situação onde diversos atos administrativos são praticados por sujeitos investidos na condição de agentes públicos, mas com irregularidades na respectiva investidura.

Seria o caso de um auditor fiscal lavrando autos de infração, mas que, depois de um certo tempo de sua investidura, fora descoberto que a falta de algum documento necessário para a sua posse.

Improrrogável Irrenunciável

Imprencritível Obrigatória

COMPETÊNCIA

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Neste caso, temos que verificar se o servidor agiu com boa-fé ou má-fé.

Em caso de boa fé, todos os atos praticados pelo servidor, em respeito ao princípio da Segurança Jurídica, são tidos como válidos em relação a terceiros, em obediência ao Princípio da Segurança Jurídica.

No entanto, em caso de má-fé do servidor, temos que todos os atos devem ser anulados, devendo o servidor, inclusive, devolver a remuneração porventura recebida aos cofres públicos.

Em provas de concurso, se a banca não detalhar, presumiremos que estamos diante de um caso de servidor investido em cargo público com boa-fé, de forma que todos os atos por ele produzidos serão tidos como válidos e convalidados pela Administração.

2.2 Finalidade

A Finalidade é uma das características que norteia toda a Administração Pública, sendo, inclusive, uma das hipóteses de utilização do Princípio da Impessoalidade.

Pois bem... Aqui nos Atos Administrativos temos que saber que existem duas finalidades:

- Finalidade Geral (Mediata), que é aquela que norteia TODA a Administração Pública em todas as suas atividades. Tal finalidade é a satisfação dos administrados por meio da realização dos interesses públicos;

- Finalidade Específica do Ato (Imediata), que é aquela que o Ato Administrativo em questão deseja alcançar.

Vamos utilizar o exemplo da construção de uma ponte para entendermos e diferenciarmos melhor as duas finalidades:

No caso da obra, a finalidade geral, mediata, e que não se relaciona diretamente ao Ato Administrativo em questão, é a satisfação da população por meio da realização de um bem comum. Já a finalidade específica, mediata, e que se relaciona diretamente com o Ato Administrativo praticado, seria, por exemplo, o descongestionamento do trânsito com mais uma via de acesso.

Tudo certo até aqui?

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2.3 Forma

Pessoal, a Forma é um dos requisitos mais tranquilos de compreendermos, pois está relacionada com o modo de exteriorização do Ato.

Assim, ainda que a imensa maioria dos Atos Administrativos tenha como forma o fato de serem escritos, nem todos seguem esta regra: temos, como exemplos de atos não escritos, as ordens verbais de um superior hierárquico, os gestos e apitos de um guarda rodoviário e até mesmo os sinais de uma placa de trânsito.

Neste ponto, temos que saber que, ainda que a Lei 9784 disponha, em seu artigo 22, que:

“Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir”, o entendimento que deve ser levado para a prova é o de que a FORMA é requisito sempre vinculado, devendo estar presente em TODOS os Atos Administrativos.

2.4 Motivo

O Motivo do Ato Administrativo é a situação de fato e de direito que autoriza a sua prática. É, grosso modo, a CAUSA do Ato Administrativo.

Como vimos no início da aula, tal requisito nem sempre está definido em lei, pois, nos Atos Discricionários, os requisitos Motivo e Objeto ficam a cargo do Agente Público competente para a sua prática.

Nada melhor do que um exemplo, que nos auxiliará a compreender bem esta diferenciação:

Digamos que uma Lei reguladora dos direitos e obrigações de uma determinada categoria de servidores estabeleça que, em caso de improbidade administrativa por parte de qualquer um dos servidores regidos por tal diploma normativo, a autoridade competente deverá aplicar a pena de demissão.

Perceba que, neste exemplo, o agente competente, ao verificar a

TODO Ato Administrativo

possui duas Finalidades

Finalidade Geral: Satisfação do Interesse

Público

Finalidade Específica: Aquela que o Ato deseja

alcançar

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ocorrência de improbidade administrativa, não tem outra saída que não seja a demissão do servidor em questão. Como tal ato é vinculado, o motivo do mesmo (a causa do ato de demissão, que é a ocorrência de improbidade administrativa) não deixa margens para nenhum tipo de consideração por parte da autoridade competente, que não tem outra alternativa que não seja demitir o servidor improbo.

Por outro lado, se estivéssemos diante de um Ato Discricionário, tal situação autorizaria que a Autoridade competente analisasse o motivo e o objeto do ato praticado, adequando-os da maneira que melhor atendesse ao interesse público.

2.4.1 Teoria dos Motivos Determinantes

Se a Administração precisa motivar um ato para que ele tenha a presunção de estar de acordo com a sua causa, nada mais justo do que a vinculação de tal motivo, alegado pela Administração, como forma de controle, pela sociedade, da relação existente entre o motivo alegado e o ato praticado.

Assim é a Teoria dos Motivos Determinantes, que afirma que, uma vez que a Administração motive os atos administrativos por ela praticados, sua atuação fica vinculada ao motivo exposto. Simples assim, pessoal.

Outra informação importante é que a Motivação é obrigatória nos Atos Vinculados e é a regra nos Atos Discricionários.

Explicando melhor, é como se a Administração, ainda que tenha margem de decisão para escolher a motivação de um ato discricionário, caso o motive ficará vinculada ao motivo apresentado.

Importante julgado do STF afirma que a motivação poderá até mesmo ocorrer em momento posterior à própria prática do Ato.

REsp 1.331.224-MG, Segunda Turma, DJe 26/2/13; MS 11.862-DF, Primeira Seção, DJe 25/5/09. AgRg no RMS 40.427-DF, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, julgado em 3/9/2013

O vício consistente na falta de motivação de portaria de remoção ex officio de servidor público pode ser convalidado, de forma excepcional, mediante a exposição, em momento posterior, dos motivos idôneos e preexistentes que foram a razão determinante para a prática do ato, ainda que estes tenham sido apresentados apenas nas informações prestadas pela autoridade coatora em mandado de segurança impetrado pelo servidor removido.

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Motivação

Aqui um dos pontos que mais confunde os concurseiros. Muita, mas muita gente mesmo acredita que a Motivação está relacionada ao requisito Motivo.

A Motivação, no entanto, é a exteriorização da Forma. Se temos que um determinado Ato Administrativo, para ser válido, precisa do requisito Motivo, a Motivação, por sua vez, é a exteriorização deste motivo.

Confuso? Vou explicar melhor...

O ato de concessão de licença paternidade, por exemplo, tem como Motivo o nascimento do filho do servidor. A Motivação deste ato seria a transcrição, pela autoridade, dos motivos que levaram ela a conceder a Licença Paternidade. Seria a autoridade administrativa escrever que “Tendo em vista o nascimento do filho do servidor X, bem como que a lei y assegura o direito a Licença Paternidade...”

A Lei 9784, que regula o processo administrativo em âmbito federal, estabelece situações onde a Motivação é necessária. Devemos conhecê-los, pois as bancas têm por costume exigir tais situações em questões sobre Atos Administrativos.

Assim, de acordo com a referida lei, em seu artigo 50:

“Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:

I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;

II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;

III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;

IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;

V - decidam recursos administrativos;

VI - decorram de reexame de ofício;

VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;

VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.”

Ainda de acordo com a norma, a Motivação ser deve ser explícita,

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clara e congruente, podendo consistir em declaração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato.

Para não restar dúvidas:

(FCC) ISS-SP – 2007 – AUDITOR DE TRIBUTOS MUNICIPAIS A ausência de motivação em um ato administrativo, que devesse ser motivado, caracteriza o vício conhecido como a) incompetência do agente. b) ilegalidade do objeto. c) vício de forma. d) inexistência de motivos. e) desvio de finalidade.

Comentários

Agora ficou tranquilo, não é mesmo?

Falou em vício na Motivação, o requisito que não foi observado SEMPRE será a FORMA, modo de exteriorização do Ato Administrativo.

Gabarito: C

MOTIVO É a causa do Ato Administrativo

É requisito dos Atos

Administrativos

MOTIVAÇÃOÉ a transcrição dos motivos do

Ato

Está relacionada com o requisito

FORMA

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(CESPE) – TCE-RO – 2013 – AGENTE ADMINISTRATIVO

A motivação de um ato administrativo é o pressuposto fático e jurídico que enseja a prática do ato. O motivo de um ato administrativo é a exposição escrita da razão que determinou a prática do ato.

Comentários

Com base no que acabamos de expor, percebemos que os conceitos de Motivo e Motivação foram trocados pela questão.

O Motivo é o pressuposto para a prática do ato, ao passo que a Motivação é a exposição escrita dos motivos que determinaram a sua prática.

Gabarito: ERRADO

2.5 Objeto

Quanto ao Objeto, não tem mistério. O mesmo é o próprio conteúdo do Ato Administrativo.

Assim, no ato de construir uma ponte, por exemplo, temos que o seu objeto será a própria construção da ponte; no ato de concessão de uma determinada licença a um servidor, o objeto é a própria concessão desta licença.

Desta forma, podemos concluir que o Objeto é o efeito Imediato que a Administração almeja, enquanto a Finalidade é o efeito Mediato.

Seria inadmissível, em um ordenamento jurídico de um Estado Democrático de Direito como o nosso, que o Objeto de um Ato Administrativo contrariasse a lei, principal fonte do Direito Administrativo, não é mesmo?

Por isso mesmo é que o Objeto do ato, para ser válido, deve ser lícito, possível e praticado por agente capaz.

Não tem segredo, pessoal. As questões que exigem o conhecimento do requisito Objeto o fazem, em sua maioria, apresentando um caso concreto e exigindo que identifiquemos de qual requisito a mesma está se referindo, ou então como parte, juntamente do requisito Motivo, daquilo que a doutrina conceitua como Mérito Administrativo (conceito de extrema importância e campeão de cobrança).

Vamos ver se já estamos craques nos elementos/requisitos do Ato Administrativo?

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(FCC) - TRE-AP– 2011 – ANALISTA JUDICIÁRIO

Analise as seguintes assertivas sobre os requisitos dos atos administrativos:

I. O objeto do ato administrativo é o efeito jurídico imediato que o ato produz.

II. Quando a Administração motiva o ato, mesmo que a lei não exija a motivação, ele só será válido, se os motivos forem verdadeiros.

III. O requisito finalidade antecede à prática do ato.

Está correto o que se afirma em a) III, somente. b) I e II, somente. c) I e III, somente. d) II e III, somente. e) I, II e III.

Comentários

O item I está correto. Enquanto o Objeto do Ato é o efeito jurídico imediato (aquilo que se pretende alcançar diretamente), a finalidade é o efeito jurídico mediato (algo que se quer alcançar indiretamente, que, no caso dos Atos Administrativos, é o próprio interesse coletivo geral.

O item II está correto. É a clássica situação onde a Teoria dos Motivos Determinantes vem à tona. Motivou o ato, ainda que ele seja discricionário e não precise de tal motivação, o mesmo só será valido se a Motivação for verdadeira.

O item III está errado. Se o Objeto é o fim imediato e a Finalidade é o fim mediato, podemos chegar a duas importantes conclusões:

- O Objeto vem sempre ANTES da Finalidade;

- A Finalidade SEMPRE vem depois da prática do Ato Administrativo;

Gabarito: B.

3. Mérito Administrativo

Vamos lá... O Mérito Administrativo pode ser conceituado como a liberdade que os Atos Discricionários recebem da lei para permitir que os agentes competentes escolham, diante de um caso concreto, a melhor maneira de praticar o ato.

Por isso mesmo, costuma-se afirmar que o Mérito Administrativo assegura um juízo de conveniência e oportunidade, que é formado pela possibilidade de escolha dos requisitos Motivo e Objeto.

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Assim, podemos afirmar que o Mérito Administrativo só existe nos Atos Discricionários, pois apenas nestes é que o agente competente possui liberdade para escolher o Motivo e o Objeto que melhor atendam ao interesse público.

Outra informação importante é que o Poder Judiciário NUNCA pode entrar no Mérito Administrativo dos atos. Veremos mais adiante, ainda nesta aula, que os Atos Administrativos podem ser Anulados e Revogados. A Anulação está relacionada com a legalidade do ato, enquanto a Revogação diz respeito à analise da conveniência e oportunidade do mesmo.

Dessa forma, não poderá o Poder Judiciário analisar o mérito administrativo, pois, se o fizesse, estaria a julgar a própria escolha do Agente Público, que, como sabemos, é autorizada por lei. Detalharemos melhor no item relacionado ao desfazimento do ato administrativo, mas guarde desde já que “O Poder Judiciário não entra no Mérito Administrativo, ou seja, não analisa a Conveniência e a Oportunidade dos Atos, mas sim apenas a sua ilegalidade”.

Na atualidade, cada vez mais a Doutrina tenta reduzir o Mérito Administrativo, perdendo este espaço para a estrita Legalidade, que é o Princípio maior a ser observado nos Estados Democráticos de Direito. Importantes decisões dos nossos Tribunais Superiores vão na linha desta corrente. Vejamos:

STJ - Processo: AgRg no RMS 29039 DF 2009/0045554-0 Relator(a): Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE

Não cabe ao Poder Judiciário, no exercício do controle jurisdicional de legalidade do concurso público, substituir a banca examinadora, em respeito ao princípio constitucional da separação de poderes, mormente se for para reexaminar critérios de correção de provas e de atribuição de notas, ou, ainda, para revisar conteúdo de questões ou parâmetros científicos utilizados na formulação de itens.

Perceba que o STJ é claro (seguindo a doutrina majoritária) no sentido de o Poder Judiciário não poder entrar no Mérito Administrativo.

No entanto, em outro julgado do mesmo ano, o mesmo Tribunal evoluiu seu entendimento em uma decisão que deve ser analisada com muito cuidado.

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Superior Tribunal de Justiça. 1ª Turma AgRg no AgRg no REsp 1213843 / PR

Outrossim, a antiga doutrina que vedava ao Judiciário analisar o mérito dos atos da Administração, que gozava de tanto prestígio, não pode mais ser aceita como dogma ou axioma jurídico, eis que obstaria, por si só, a apreciação da motivação daqueles atos, importando, ipso facto, na exclusão apriorística do controle dos desvios e abusos de poder, o que seria incompatível com o atual estágio de desenvolvimento da Ciência Jurídica e do seu propósito de estabelecer controles sobre os atos praticados pela Administração Pública, quer sejam vinculados (controle de legalidade), quer sejam discricionários (controle de legitimidade)

Vejam que o STJ não está admitindo que o Poder Judiciário exerça controle de legalidade sobre o Mérito Administrativo, mas sim afirmando que tal questão não deve ser deixada completamente ao crivo da Administração. Ao Poder Judiciário é válido apenas apreciar o Mérito sob a ótica da compatibilidade da Motivação efetuada pela Administração.

Em provas de concurso, vale o seguinte entendimento:

- O Poder Judiciário não pode adentrar/invadir o Mérito Administrativo;

- A evolução da Doutrina e o entendimento dos Tribunais Superiores é no sentido de permitir que o Judiciário examine o Mérito, mostrando que o mesmo está, aos poucos, perdendo espaço para a completa legalização dos Atos Administrativos.

Para não restar dúvidas sobre o Mérito Administrativo:

MOTIVO

É

R

I

T

OBJETO

Conveniência e Oportunidade

dos Atos Administrativos

Não pode ser analisado pelo

Poder Judiciário

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(FGV) SEFAZ– MS/2006 – AUDITOR FISCAL Qual dos elementos a seguir se afigura irrelevante para a eficácia de ato administrativo vinculado? a) Motivo. b) Competência. c) Objeto. d) Mérito. e) Forma. Comentários

Como já sabemos, a grande diferenciação entre os Atos Vinculados e os Atos Discricionários são os requisitos Objeto e Motivo, que, juntos, formam o Mérito Administrativo.

Dessa forma, como os requisitos Motivo e Objeto sempre estão presentes nos Atos Vinculados, sem margem de escolha para os Agentes Públicos, tal requisito é irrelevante para a prática do Ato Administrativo em questão.

Gabarito: D.

4. Atributos do Ato Administrativo

Os Atributos dos Atos Administrativos são as características que estes possuem para conseguir realizar as suas finalidades. Diferentemente dos requisitos (que servem para que o ato seja editado respeitando todas as condições necessárias, sendo, portanto, requisito de validade), os atributos asseguram à Administração certas prerrogativas no tocante aos atos por ela editados.

Aqui existe uma grande divergência doutrinária quanto aos atributos existentes. A imensa maioria da doutrina admite três atributos para os Atos Administrativos: Presunção de Legitimidade, Autoexecutoriedade e Imperatividade.

Estudaremos os três e, além deles, como precaução, veremos também o Atributo da Tipicidade, que é fortemente defendido pela autora Maria Sylvia Zanella Di Pietro. Vamos lá, pessoal!!

4.1 Presunção de Legitimidade

A Presunção de Legitimidade é uma das principais garantias que a Administração dispõe para a prática de seus atos.

Por meio deste Atributo, todos os atos editados pela Administração Pública, até que se prove o contrário, são tidos como LEGÍTIMOS e

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prontos para produzir todos os efeitos para o qual o ato foi editado.

Esta presunção (de que os atos já nascem legítimos e aptos a produzir todos os efeitos), no entanto, não é absoluta, sendo admitida prova em contrário.

Por isso mesmo, costuma-se dizer que se trata de uma presunção relativa, também conhecida como juris tantum (que admite prova em contrário), e que com isso ocorre a inversão do ônus da prova (pois não cabe mais à Administração, via de regra, verificar se o Ato está de acordo com a lei, uma vez que isto já foi feito quando da edição do ato, através dos requisitos; cabe, por isso mesmo, ao particular que se sentir lesado apresentar à Administração a prova de que o ato em questão lhe causa prejuízo).

Outra característica da Presunção de Legitimidade é que este é o único atributo presente em TODOS os Atos Administrativos.

4.2 Autoexecutoriedade

Trata-se de Atributo extremamente importante para a eficiência da Administração Pública. Por meio dele, a Administração pode exigir o cumprimento de determinados Atos Administrativos por parte de seus administrados. Pode, inclusive, utilizar-se da força, se isto se fizer necessário, para que suas ordens sejam obedecidas.

Também é por meio da Autoexecutoriedade que a Administração Pública pode executar certos atos sem precisar de autorização do Poder Judiciário.

Pensem na seguinte situação: a Administração recebe uma denúncia de que um restaurante aberto há pouco tempo não observa as normas sanitárias. A vigilância, por conta disso, faz uma diligência e constata que a denúncia é procedente, ou seja, realmente o restaurante em questão não respeita as normas de segurança alimentar.

Diante do caso narrado, se os Atos Administrativos não tivessem o atributo da Autoexecutoriedade, seria necessário que a Administração Pública solicitasse a verificação, por parte do Poder Judiciário, das irregularidades constatadas. No entanto, até que o Judiciário realizasse todos os procedimentos necessários, muitas pessoas poderiam ser intoxicadas, o que causaria um sério problema para toda a coletividade.

Para evitar esse problema é que a Administração dispõe da prerrogativa de interditar o estabelecimento, agindo de acordo com o Poder de Polícia, que, conforme veremos em aula posterior, implica na

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limitação de um direito individual em prol de toda a coletividade.

Podemos listar, ainda, como Atos no qual a Autoexecutoriedade está presente a apreensão de mercadorias contrabandeadas, o guinchamento de carros estacionados em local proibido, a dispersão de uma passeata ilegal, etc.

Todas situações, como podemos perceber, em que a Administração precisa da prerrogativa de poder agir o mais rápido possível.

Uma última informação sobre a Autoexecutoriedade é que ela NÃO está presente em todos os Atos Administrativos, sendo o exemplo clássico de sua não aplicação a exigência de que um particular pague uma multa administrativa. Em caso de não pagamento, a Administração poderá apenas ajuizar as medidas de execução cabíveis, não podendo, por exemplo, utilizar-se da força para que o particular pague o valor devido.

4.3 Imperatividade

Basicamente, a Imperatividade consiste na possibilidade da Administração criar, unilateralmente, obrigações a terceiros, bem como impor a estes restrições independente da anuência dos mesmos.

A Imperatividade decorre do Poder Extroverso do Estado, que é a capacidade que a Administração possui de criar obrigações a si própria e também a terceiros.

Tal poder, por exemplo, é o contrário do atribuído aos particulares, que possuem Poder Introverso, ou seja, podem apenas criar obrigações para eles mesmos, e não para terceiros.

A Imperatividade é Atributo presente na maioria dos Atos Administrativos, não estando presente, por exemplo, nos atos enunciativos, como as Certidões e os Atestados.

4.4 Tipicidade

Para termos uma abordagem completa acerca dos Atributos, vamos ver também a Tipicidade, que é característica defendida por Maria Silvia Zanella Di Pietro.

Segundo a autora, a Administração deve respeitar a finalidade específica, definida em lei, para cada espécie de Ato Administrativo. Dessa forma, o atributo da Tipicidade representaria uma garantia para o administrado, pois impediria que a Administração, por exemplo, praticasse atos dotados de imperatividade e executoriedade sem que fosse observado o diploma

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legal respectivo.

Diversos outros autores criticam a tese da autora, argumentando que o Atributo não passa, na verdade, de uma vertente do Princípio da Legalidade.

Apenas para não sermos surpreendidos por uma questão dessas, guarde o seguinte conceito, que é o mais utilizado em questões de concursos:

A tipicidade é atributo do ato administrativo que determina que o ato deve corresponder a uma das figuras definidas previamente

, sendo pela lei, como aptas a produzir determinados resultadoscorolário, portanto, do princípio da legalidade.

Vamos esquematizar os Atributos estudados, para termos uma melhor visão do que foi exposto e sedimentarmos o conhecimento (lembrem-se do mnemônico PAI+T):

Presunção de Legitimidade O Ato é válido até prova em contrário

Autoexecutoriedade A Administração não precisa de autorização do Judiciário

Imperatividade A Administração pode se impor a terceiros

+

Tipicidade O Ato deve corresponder a figuras definidas em lei

(FCC) TRT-PA – 2010 – ANALISTA JUDICIÁRIO A qualidade do ato administrativo que permite à Administração executá-lo direta e imediatamente, sem necessidade de intervenção do Poder Judiciário, é o atributo denominado a) imperatividade. b) presunção de legitimidade. c) tipicidade.

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d) auto-executoriedade. e) veracidade.

Comentários

Questão tranquila da FCC, com conhecimentos básicos sobre os Atributos do Ato Administrativo.

É por meio da Auto-Executoriedade que a Administração Pública pode praticar Atos Administrativos sem a necessidade de ter que recorrer ao Judiciário.

Como exemplo, pense em como seria complicado se a Administração, ao verificar que um prédio que está sendo construído sem as normas de segurança e, por isso mesmo, apresenta grave risco de queda, tivesse que solicitar ao Judiciário autorização para a interdição da construção. Até que isso ocorresse, o prédio poderia vir abaixo, causando sérios transtornos para toda a coletividade. Pela Auto-Executoriedade, a Administração pode interditar o prédio e adotar todas as providências necessárias à proteção do interesse público.

Gabarito: D

(FGV) SEFAZ-AP – 2010 – AUDITOR FISCAL Os atos administrativos possuem presunção de legitimidade. Essa presunção decorre do princípio da: a) impessoalidade. b) moralidade. c) publicidade. d) legalidade. e) eficiência

Comentários

Olha que tranquilo. Questão para Auditor Fiscal do Estado com conceitos bem básicos da matéria.

Se estamos falando de Presunção de Legitimidade, temos que ter em mente que os Atos Administrativos se presumem legais até prova em contrário. Assim, nada mais lógico do que tal atributo ser uma decorrência do princípio da legalidade.

Gabarito: D

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5. Invalidação e Controle Judicial dos Atos Administrativos

O estudo da Invalidação e do Controle Judicial dos Atos Administrativos resume-se a compreendemos as principais características da Anulação, da Revogação e da Convalidação e, em caráter subsidiário, sabermos o conceito das demais formas de Desfazimento. Importante também é sabermos diferenciar cada um dos institutos.

Para facilitar o entendimento, vou mencionar as principais características de cada uma das formas e depois relacioná-las com as principais diferenças.

Vamos com toda a atenção, pois o tema cai muito em prova, gente!

5.1 Anulação

Falar em Anulação é lembrarmos de ILEGALIDADE!

Guardem bem isso, pois a Anulação, diferentemente da Revogação, não entra no mérito dos atos administrativos (que, como já estudamos, é composto pelos requisitos Motivo e Objeto e implica em um juízo de conveniência e oportunidade).

Assim, a Anulação pode ser feita tanto pelo Poder Judiciário (APENAS quando provocado) quanto pela própria Administração que editou o Ato.

É isso mesmo, pessoal... Se estivermos diante de um Ato Administrativo ilegal, qualquer particular pode entrar com um pedido junto ao Poder Judiciário, desde que observadas as regras processuais, e solicitar a Anulação do mesmo.

Mas muito cuidado: o Poder Judiciário só pode anular um Ato Administrativo quando for provocado. Isso significa, em outras palavras, que o Poder Judiciário não pode anular Atos Administrativos de ofício, por sua livre vontade.

Agora analisemos a seguinte situação: O Poder Judiciário edita um Ato Administrativo, como, por exemplo, uma portaria de Nomeação para o cargo de Técnico Judiciário de algum Tribunal. Neste caso, pode o próprio Poder Judiciário, caso constante alguma ilegalidade no ato em questão, anular o mesmo?

A resposta é sim, gente... Temos que ter em mente que, ainda que a regra seja a de que os Atos Administrativos sejam praticados pelo Poder Executivo, os demais Poderes (Judiciário e Legislativo) também praticam Atos Administrativos, ainda que atuando atipicamente.

Desta forma, nada mais natural que um ato editado pelo Poder

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Judiciário possa ser anulado pelo próprio Poder, pois estará ele, no exemplo em questão, atuando como verdadeira Administração Pública e exercendo controle de legalidade.

Tal atuação da Administração está fundamentada no poder de Autotutela, consubstanciado em importante Súmula do STF:

Súmula 473 do STF:

A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

Ainda sobre a Autotutela, importantíssimo conhecermos recente julgado do STF:

A Administração Pública pode anular seus próprios atos quando estes forem ilegais. No entanto, se a invalidação do ato administrativo repercute no campo de interesses individuais, faz-se necessária a instauração de procedimento administrativo que assegure o devido processo legal e a ampla defesa. Assim, a prerrogativa de a Administração Pública controlar seus próprios atos não dispensa a observância do contraditório e ampla defesa prévios em âmbito administrativo.

STF. 2ª Turma. RMS 31661/DF, rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 10/12/2013

Ou seja: para que a Autotutela seja exercida sem nenhum vício, faz-se necessário que sejam observados o Contraditório e a Ampla Defesa sempre que a Anulação ou a Revogação implicar em prejuízo a direito individual.

Outra informação Importante: uma vez que a Anulação retira do mundo jurídico atos ilegais, ela RETROAGE até a data de publicação do ato, possuindo, por isso mesmo, efeitos ex-tunc. No entanto, devem ser resguardados os efeitos produzidos quanto a terceiros de boa fé.

Um grande cuidado deve ser tido, neste ponto, para entendermos bem como a anulação opera, bem como a relação existente com terceiros ligados ao Ato.

Vamos a um exemplo:

Suponha que a Administração Pública tenha nomeado um servidor

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para o cargo de AFRFB. O Servidor entra em exercício e pratica diversos Atos Administrativos, tais como a emissão de certidões, autos de infração, etc.

Algum tempo depois, a Administração Pública constata que aquela nomeação continha vícios insanáveis, ou seja, precisava ser Anulada. Assim, ao anular o Ato Administrativo de nomeação, a decisão retroage até a data em que o servidor tenha sido nomeado, sendo que desde tal nomeação nenhum efeito se considera produzido.

No entanto, temos que reconhecer que, durante o período em que esteve trabalhando, o Auditor praticou diversos atos para os administrados. Estes, por sua vez, não tinham a menor ideia de que a nomeação do servidor continha vícios de ilegalidade. Eram, por assim dizer, terceiros de boa fé. Para tais pessoas, que apenas tinham contato com a Administração, nada mais justo do que preservar os efeitos produzidos.

Assim, todos os Atos praticados pelo servidor, ainda que posteriormente a investidura deste seja anulada, são considerados válidos perante terceiros, produzindo todos os efeitos que normalmente lhes são próprios.

Resumindo a Anulação:

ANULAÇÃO

Juízo de legalidade

Efeitos retroativos (Ex Tunc)

Pode ser feita pela

Administração, de OFÍCIO

Pode ser feita pelo

Judiciário, quando

provocado

Devem ser preservados os efeitos produzidos

para terceiros de

boa fé

Não entra no Mérito

Administrativo

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5.2 Revogação

A Revogação, por outro lado, é a retirada de um ato válido, sem vício algum, mas que, por vontade da Administração Pública que o produziu, deve ser retirado do mundo jurídico.

Vejam que aqui a ideia é completamente outra: temos um ato perfeito e que esta produzindo os efeitos devidos. No entanto, por razões de conveniência e oportunidade, a Administração resolve revogá-lo, fazendo assim com que seus efeitos deixem de ser produzidos.

Ao contrário da Anulação, a Revogação incide sobre o Mérito Administrativo (pois é a própria Administração Pública que, por conveniência e oportunidade, opta por tirá-lo do ordenamento jurídico). Assim, os efeitos da Revogação não retroagem, produzindo efeitos ex-nunc, ou seja, a partir da própria revogação.

Apenas a própria Administração que editou o ato é que pode revoga-lo. Jamais o Poder Judiciário poderá entrar no Mérito e revogar um Ato Administrativo praticado pela Administração.

Portanto, é correto afirmar que:

-A Revogação apenas incide sobre os Atos Discricionários (pois apenas estes possuem Mérito Administrativo);

- O próprio ato de Revogação é um ato discricionário (A Administração poderia ter deixado o ato em vigor, produzindo todos os seus efeitos, mas optou por revoga-lo).

- Enquanto a Administração Pública pode tanto Anular quanto Revogar os Atos Administrativos, o Poder Judiciário pode apenas Anular os atos produzidos pela Administração, e, ainda assim, desde que provocado.

Para memorizarmos a diferença entre as eficácias ex-tunc e ex-nunc, pode-se usar o seguinte mnemônico:

Ex-Tunc – Tudo retroage (efeitos retroativos)

Ex-Nunc – Nada retroage (efeitos prospectivos)

Por fim, temos também que conhecer os Atos Administrativos que NÃO podem ser revogados. Se cair algum deles em prova (o que ocorre com bastante frequência), não podemos perder este ponto, galera!

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São insuscetíveis de Revogação:

- Os atos vinculados, pois a revogação está relacionada com o Mérito Administrativo;

- Os atos já consumados, uma vez que se os efeitos para os quais o Ato Administrativo foi editado já se esgotaram, não há como revogar o que ocorreu no passado;

- Os atos que já geraram direito adquirido;

- Os atos que integram um procedimento administrativo, pois a cada nova fase do procedimento o ato anterior deixa de produzir efeitos;

- Os atos denominados como “meros atos administrativos”, que apenas declaram situações que já existem, como a certidão.

5.3 Convalidação

Durante muito tempo, permaneceu como doutrina majoritária, em nosso ordenamento, a corrente Monista, que afirmava que os Atos Administrativos ou eram válidos ou eram nulos. Para esta corrente, não havia a possibilidade do Ato Administrativo ser sanado, convalidado, voltando a produzir efeitos.

Nos tempos atuais, a doutrina majoritária apoia-se na corrente Dualista, segundo a qual os Atos Administrativos podem ser nulos ou anuláveis. Assim, no caso de vícios existentes, o ato pode ser anulado ou, em algumas situações, até mesmo ser Convalidado.

Mas e quando podemos convalidar um Ato Administrativo?

Apenas podemos convalidar o Ato Administrativo quando os requisitos envolvidos com a sua invalidade forem a Competência (relativa à pessoa e desde que não se trate de competência exclusiva) e a Forma (quando esta não for essencial para a prática do ato).

Nestes casos, dizemos que o Ato Administrativo possui um defeito sanável, podendo ser Convalidado ou Anulado.

Vamos deixar mais claro:

Digamos que uma determinada autoridade, como por exemplo um Delegado Fiscal, seja competente para a expedição de determinados Atos Administrativos. Tal competência, no entanto, não é exclusiva, de forma que é possível a delegação do exercício da mesma a um subordinado seu.

Em um determinado dia, quando o Delegado Fiscal não estava presente na Delegacia, fez-se necessário que um ato de sua competência fosse realizado. O Chefe do Setor, sabendo que tal competência não era exclusiva e que, caso o ato não fosse praticado,

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acarretaria sérios prejuízos aos administrados, não teve dúvidas em praticar o ato.

Na situação em questão, como trata-se de competência em razão da pessoa (e não da matéria), pode o Delegado, quando do seu retorno, adotar duas providências: Anular ou Convalidar o Ato Administrativo.

Caso ele opte pela Anulação, mesmo que concorde com o efeito do ato praticado pelo Chefe do Setor, ele terá que primeiramente anular o respectivo ato e depois praticar outro, de sua iniciativa.

No caso da Convalidação, simplesmente o Delegado colocaria o seu carimbo e ratificaria o ato anterior, convalidando-o por completo.

Assim, percebe-se claramente que a Convalidação está amparada na eficiência e economicidade, evitando-se que os atos tenham que ser anulados, e, posteriormente, novamente produzidos.

Sobre a Convalidação, devemos saber também que a mesma pode recair sobre Atos Administrativos Vinculados ou Discricionários, haja vista que em ambos os atos os requisitos Competência e Forma estão presentes.

E se nos deparássemos com a seguinte afirmação: “A Convalidação dos Atos Administrativos importa em um julgamento do Mérito Administrativo”. Certo ou errado ?

Errado, pessoal! Apenas a Revogação adentra no Mérito Administrativo. Todas as demais formas de desfazimento do Ato implicam em julgamento de legalidade.

Guardemos bem isso:

Revogação: Mérito Administrativo

Anulação e Convalidação: Controle de Legalidade.

E justamente por “reformar” o Ato Administrativo é que a Convalidação tem efeitos ex-tunc, retroagindo até a data de formação do ato.

Caso não fosse assim (ou seja, caso a Convalidação apenas tivesse efeitos prospectivos, a partir de sua edição), não faria nenhum sentido para a utilização da mesma, pois a Administração poderia perfeitamente anular o ato e posteriormente editar outro em seu lugar.

Importante também é conhecermos a decisão do STJ, no ano de 2013, reafirmando, em um caso prático, a importância do instituto da Convalidação:

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Não deve ser reconhecida a nulidade em processo licitatório na hipótese em que, a despeito de recurso administrativo ter sido julgado por autoridade incompetente, tenha havido a posterior homologação de todo o certame pela autoridade competente. Isso porque o julgamento de recurso por autoridade incompetente não é, por si só, bastante para acarretar a nulidade do ato e dos demais subsequentes, tendo em vista o saneamento da irregularidade por meio da homologação do procedimento licitatório pela autoridade competente. Com efeito, o ato de homologação supõe prévia e detalhada análise de todo o procedimento, atestando a legalidade dos atos praticados, bem como a conveniência de ser mantida a licitação. Ademais, o vício relativo ao sujeito — competência — pode ser convalidado pela autoridade superior quando não se tratar de competência exclusiva. REsp 1.348.472-RS, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 21/5/2013

Para não termos dúvidas nos conceitos apresentados e diferenciarmos Anulação, Revogação e Convalidação, veja e reveja a tabela abaixo.

Se você memorizar a mesma, terá grandes chances de não errar questões que envolvam os três institutos relacionados.

Depois de um tempo, você verá que fica bem mais tranquilo.

Anulação Revogação Convalidação

Trata-se de Controle de Legalidade sobre atos que apresentam vícios insanáveis ou sanáveis

Trata-se de Controle de Mérito Administrativos, a juízo da Administração

Trata-se de Controle de Legalidade sobre atos que apresentam vícios sanáveis

Opera retroativamente (eficácia ex-tunc)

Opera prospectivamente (eficácia ex-nunc)

Opera retroativamente (eficácia ex-tunc)

Pode ser efetuada pela própria Administração e pelo Poder Judiciário, quando provocado

Apenas pode ser efetuada pela própria Administração

Apenas pode ser efetuada pela própria Administração

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Incide sobre atos vinculados e discricionários, desde que se esteja analisando a legalidade dos mesmos

Incide apenas sobre atos discricionários

Incide sobre atos vinculados e discricionários, desde que se esteja analisando a legalidade dos mesmos

A Anulação pode ser um ato vinculado (quando o vício é insanável) ou discricionário (quando o vício é sanável, pois nesse caso pode ela optar entre anular ou convalidar o ato em questão)

A Revogação sempre é um ato discricionário, pois a Administração escolhe se deve ou não retirar o ato do mundo jurídico

A Convalidação é um ato discricionário, pois a Administração pode escolher entre anular ou convalidar o ato respectivo

Para treinarmos...

(FCC) SEFAZ-SP - 2006 – AUDITOR FISCAL A Súmula nº 473 do Supremo Tribunal Federal assim dispõe: "A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial." Daí decorre que a) a revogação dos atos administrativos pela Administração depende de prévia apreciação judicial. b) apenas a Administração pode anular atos administrativos. c) a apreciação judicial da revogação dos atos administrativos se dá quanto aos aspectos de conveniência e oportunidade. d) a anulação dos atos administrativos pela Administração não depende de manifestação judicial, prévia ou posterior. e) não se caracterizam direitos adquiridos a partir de atos administrativos tidos por inconvenientes ou inoportunos.

Comentários

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A Alternativa A está errada. A Revogação é ato discricionário da Administração, que analisa apenas o Mérito Administrativo, caracterizado pelos requisitos Motivo e Objeto. O Poder Judiciário, como já sabemos, não pode entrar no Mérito Administrativo, mas sim apenas da Ilegalidade do Ato.

A Alternativa B está errada. O Poder Judiciário também pode anulá-lo.

A Alternativa C está errada. Não há esta apreciação judicial quanto aos requisitos que formam o Mérito Administrativo. O Poder Judiciário analisa apenas a ILEGALIDADE do ato.

A Alternativa D está correta. A Administração pode, de ofício, anular seus próprios atos, independente de qualquer manifestação anterior ou posterior do Judiciário.

A Alternativa E está errada. Se a Administração resolve revogar um Ato Administrativo, ela está analisando a conveniência e oportunidade do mesmo. E, como a Revogação é um ato discricionário da Administração, se ela optar por fazê-lo, deverá respeitar todos os direitos adquiridos dos administrados.

Gabarito: D

(CESPE) – MTE – 2013 - AFT

A revogação de um ato administrativo produz efeitos retroativos à data em que ele tiver sido praticado.

Comentários

Questão para AFT com conceitos básicos do assunto.

Como acabamos de ver, a REVOGAÇÃO possui efeitos prospectivos e eficácia EX-NUNC, ao passo que a ANULAÇÃO possui efeitos retrospectivos e eficácia EX-TUNC.

Gabarito: ERRADO

(FCC) SEFAZ-SP - 2006 – AUDITOR FISCAL A Súmula nº 473 do Supremo Tribunal Federal assim dispõe: "A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial." Daí decorre que

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a) a revogação dos atos administrativos pela Administração depende de prévia apreciação judicial. b) apenas a Administração pode anular atos administrativos. c) a apreciação judicial da revogação dos atos administrativos se dá quanto aos aspectos de conveniência e oportunidade. d) a anulação dos atos administrativos pela Administração não depende de manifestação judicial, prévia ou posterior. e) não se caracterizam direitos adquiridos a partir de atos administrativos tidos por inconvenientes ou inoportunos.

Comentários

A Alternativa A está errada. A Revogação é ato discricionário da Administração, que analisa apenas o Mérito Administrativo, caracterizado pelos requisitos Motivo e Objeto. O Poder Judiciário, como já sabemos, não pode entrar no Mérito Administrativo, mas sim apenas da Ilegalidade do Ato.

A Alternativa B está errada. O Poder Judiciário também pode anulá-lo.

A Alternativa C está errada. Não há esta apreciação judicial quanto aos requisitos que formam o Mérito Administrativo. O Poder Judiciário analisa apenas a ILEGALIDADE do ato.

A Alternativa D está correta. A Administração pode, de ofício, anular seus próprios atos, independente de qualquer manifestação anterior ou posterior do Judiciário.

A Alternativa E está errada. Se a Administração resolve revogar um Ato Administrativo, ela está analisando a conveniência e oportunidade do mesmo. E, como a Revogação é um ato discricionário da Administração, se ela optar por fazê-lo, deverá respeitar todos os direitos adquiridos dos administrados.

Gabarito: D

5.4 Outras Formas de Desfazimento do Ato Administrativo

Bom, galera... Aqui nossa tarefa se resumirá a conhecermos os conceitos de cada uma das demais formas de desfazimento do Ato Administrativo.

Só isso, acreditem, e vocês matam todas as questões! Procurem diferenciar os conceitos, que são bem básicos.

Vamos lá...

Cassação: É a extinção do Ato Administrativo quando o beneficiário deixa de atender os requisitos com os quais tinha se obrigado. É, na maioria das vezes, considerada Sanção pela

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Doutrina, principalmente pelo seu caráter de desfazimento com base em um não cumprimento do particular.

Podemos citar como exemplo uma pessoa física que adquire a permissão para montar um quiosque em uma praça pública, com a condição de não desmatar a plantação da praça em questão.

Caso, posteriormente, seja verificado que o particular descumpriu os requisitos para a manutenção da permissão, a mesma é CASSADA do particular.

A informação mais importante sobre a Cassação, no entanto, é que ela – juntamente com a Anulação e a Revogação – formam as hipóteses de Desfazimento Volitivo do Ato Administrativo.

Caducidade: Temos a caducidade quando uma legislação posterior ao Ato Administrativo deixa aquele ato sem base legal.

Se houve uma permissão para utilização de um quiosque, como no exemplo anterior, e posteriormente é editada uma lei que veda a concessão de permissões para utilização da área da praça pública, não há motivo para o Ato Administrativo de concessão continuar no ordenamento jurídico.

Contraposição: É o ato que extingue outro anteriormente editado, uma vez que os efeitos do segundo ato são exatamente opostos.

O exemplo utilizado pela Doutrina é a exoneração de servidor anteriormente nomeado.

Extinção Natural: É a ordem natural do Ato Administrativo. Após o seu nascimento, ele cumpre os seus efeitos e, por não ser mais utilizável, exaure-se.

Um exemplo seria a mesma permissão para utilização do quiosque na praça. Digamos que o quiosque em questão teve permissão para utilização pelo prazo de 1 ano, a partir o qual seus efeitos terminam.

Extinção Objetiva: Ocorre com o desaparecimento do objeto do Ato Administrativo, tal como o fechamento de um estabelecimento que tinha sido interditado pela vigilância sanitária. Como o estabelecimento deixou de funcionar, o próprio ato de interdição deixou de fazer sentido.

Extinção Subjetiva: Aqui temos uma extinção semelhante à anterior, com a diferença de que quem desaparece é o próprio sujeito que se beneficiou do ato. Uma nomeação para um cargo público, por exemplo, deixa de existir quando a pessoa nomeada vem a óbito.

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6. Espécies de Atos Administrativos

O estudo das Espécies dos Atos Administrativos implica, basicamente, em duas espécies de informações.

Temos que conhecer as cinco espécies de atos existentes em nosso ordenamento jurídico e os tipos de atos usualmente utilizados para cada espécie.

As espécies, para já memorizarmos, formam o mnemônico abaixo:

PUNITIVOS

ENUNCIATIVOS

ORDINATÓRIOS

NORMATIVOS

NEGOCIAIS

6.1 Punitivos

Atos administrativos punitivos são aqueles que contêm uma sanção aos que descumprirem normas legais ou administrativas.

Conforme seus destinatários, os Atos Punitivos podem ser classificados como de atuação externa ou de atuação interna. Os Atos de atuação interna seriam as penalidades previstas no regulamento de cada categoria de servidores, tais como a demissão, a advertência e a suspensão.

Já os Atos de atuação externa são aqueles direcionados para pessoas que não integram a estrutura interna da Administração, tendo como principais exemplos a interdição de um estabelecimento e a multa por descumprimento de determinada norma

6.2 Enunciativos

Segundo Hely Lopes Meirelles, os atos administrativos enunciativos são todos aqueles em que a Administração se limita a certificar ou a atestar um fato, ou emitir opinião sobre determinado assunto, sem se

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vincular ao seu enunciado.

São atos que não contem uma manifestação de vontade por parte da Administração, se limitando apenas em atestar uma situação pré-existente.

Os principais atos enunciativos são:

Certidões: cópias ou fotocópias de atos ou fatos constantes de processo, livro ou documento que se encontre em repartições públicas;

Atestados: são atos pelos quais a Administração comprova um fato ou uma situação de que tenha conhecimento por seus órgãos competente; (O que diferencia o Atestado da Certidão é que o primeiro atesta uma situação existente, mas que não consta em livros ou papeis da Administração).

Pareceres: manifestação de órgãos técnicos da Administração;

6.3 Ordinatórios

Atos Ordinatórios nada mais são do que manifestações internas da Administração quando da utilização do seu Poder Hierárquico. É através dos atos ordinatórios que a administração disciplina o comportamento dos seus servidores. Por isso mesmo, tal espécie de ato não pode ser utilizada para regular o comportamento de particulares sem vínculo com a Administração.

Tem como principais exemplos as Instruções, Portarias, Circulares e Avisos.

6.4 Normativos

Os Atos Normativos são aqueles que contêm comandos gerais e abstratos, servindo para regulamentar e detalhar os comandos da lei.

São exemplos de tais atos:

Decreto Regulamentar: Expedido pelos Chefes do Poder Executivo, que fazem uso de tal ato para regulamentar e detalhar como determinada lei deve ser observada e cumprida pelos seus administrados.

Instruções Normativas: Se assemelham aos Decretos, com a diferenciação de que tem como titulares os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais.

Regimentos: Decorrem do Poder Hierárquico e regulam o funcionamento interno de Órgãos colegiados, tais como Tribunais e Casas do Legislativo.

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Resoluções: São atos inferiores aos Decretos, versando sobre matérias de interesse interno dos respectivos Órgãos.

6.5 Negociais

Galera, das Espécies de Atos Administrativos, a única que temos que ter um cuidado especial são os Atos Negociais.

Assim, os Atos administrativos negociais são aqueles em que a vontade da Administração Pública coincide com o interesse do administrado, sendo-lhes atribuídos direitos e vantagens.

Tais atos podem ser discricionários ou vinculados, definitivos ou precários.

Vejamos os principais Atos Negociais:

Licença: Ato administrativo vinculado e definitivo, cuja função é conferir direitos ao particular que preencheu todos os requisitos legais. Dessa forma, se o particular atendeu a todos os requisitos impostos pela lei, a Administração não tem outra alternativa que não seja conceder a Licença.

Por isso mesmo, costuma-se falar que trata-se de um direito subjetivo do particular, desde, claro, que todos os requisitos sejam atendidos.

Tem como principais exemplos a Licença para dirigir e a Licença para construir.

Autorização: Ato administrativo unilateral, discricionário e precário pelo qual a administração pública possibilita ao particular o exercício de determinada atividade, serviço ou a utilização de bens.

Por possuir caráter precário e discricionário, possibilita que a Administração o reveja sempre que necessário.

O exemplo clássico é a autorização para porte de arma. Mesmo que o particular satisfaça todos os requisitos, ainda assim a Administração não possui a obrigação de conceder a autorização. E, ainda que a conceda, pode revogá-la a qualquer tempo, objetivando o interesse público da coletividade.

Fazem parte dos atos negociais, ainda, a concessão, permissão e a autorização, que, por questões de didática, estudaremos na aula sobre Serviços Públicos.

Apenas a título de conhecimento, são considerados Atos Negociais, ainda que pouco cobrados em provas e, quando exigidos, apenas com a condição de que se ponte a qual das espécies o ato pertence, a Homologação, o Visto, a Admissão e a Aprovação.

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7. Classificação dos Atos Administrativos

Para terminarmos a parte teórica da nossa aula, vamos ver a Classificação dos Atos Administrativos. São inúmeras as existentes, sendo que as bancas, algumas vezes, utilizam classificações contrárias uma das outras. Assim, para seguirmos à risca o nosso “be like water” , e já sabendo que serão muitas as matérias para vocês verem e revisarem nesta reta final, vamos conhecer as classificações utilizadas pelas bancas!

Antes de entrarmos nas classificações, gostaria de relacionar alguns conceitos relacionados à Perfeição, Validade e Exequibilidade dos Atos Administrativos.

Ato Perfeito é aquele que completou todo o seu ciclo de formação e todas as fases necessárias ao seu cumprimento. Se não tiver observado todas as fases, será tido como Imperfeito.

Ato Válido é o ato que se encontra em conformidade com a lei e as normas jurídicas. É, em poucas palavras, o ato sem vício. Se contiver algum tipo de vício será considerado Nulo, ou, se os vícios forem nos requisitos possíveis de convalidação (Competência e Forma), Anuláveis.

Ato Eficaz é aquele que está pronto para produzir os efeitos para o qual foi criado, sem depender de nenhuma condição futura. Se o ato já está perfeito, mas ainda necessita de alguma condição para entrar em vigor, dizemos que o mesmo está PENDENTE.

7.1 Atos Vinculados e Atos Discricionários

Já falamos sobre os requisitos que caracterizam a Discricionariedade dos Atos Administrativos. Par evitarmos repetições, vejam a tabela abaixo, bastante esclarecedora.

Atos Vinculados

Atos Discricionários

Nenhuma margem de escolha para a realização do ato.

Alguma margem de escolha para a realização do ato.

Requisitos Competência, Finalidade e Forma são sempre vinculados.

Requisitos Competência, Finalidade e Forma são sempre vinculados.

Requisitos Motivo e Objeto são vinculados

Requisitos Motivo e Objeto são discricionários

É apenas isso, pessoal... não tem pra onde correr!

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7.2 Atos de Império, Atos de Gestão e Atos de Expediente

Os Atos de Império são aqueles em que a Administração pratica com grau de superioridade em relação aos Administrados. Nestes atos, não é levado em conta a vontade do particular, que, caso não concorde com o ato, deve procurar os meios legais cabíveis para impedir ou desfazer a sua prática.

São exemplos de Atos de Império a Desapropriação, as Multas e as diversas Interdições às atividades privadas.

Já os Atos de Gestão são aqueles em que a Administração, quando da sua prática, encontra-se em grau de igualdade com o particular, sem usar de sua supremacia. Tais atos possuem dentre as suas características o fato de estarem regidos, em sua maioria, pelo direito privado, com algumas derrogações de direito público.

São exemplos a assinatura de um cheque ou o contrato de locação firmado pela Administração com algum particular.

Os Atos de Expediente, por sua vez, são os atos de rotina interna da Administração, praticados por servidores subalternos e necessários para o regular andamento dos processos administrativos. Devido ao seu caráter eminentemente interno, tais atos não apresentam manifestação de vontade, apenas declarando uma situação já existente.

Temos como exemplo de Atos de Expediente a numeração de processos ou o carimbo efetuado pela autoridade competente.

7.3 Atos Simples, Atos Compostos e Atos Complexos

Classificação bem importante, gente!

Aqui, temos que ter em mente que a classificação leva em conta a quantidade de manifestações de vontades necessárias para a sua formação.

Assim, o Ato Simples é aquele que depende, para a sua realização, da manifestação de vontade de apenas um órgão. Não podemos confundir, no entanto, a manifestação de vontade com a quantidade de pessoas envolvidas com o ato.

O Ato Simples, por isso mesmo, pode ser realizado com a manifestação de apenas uma pessoa (simples singular) ou pela manifestação de mais de uma pessoa, como ocorre no plenário dos Tribunais (simples colegiado). O que deve ser levado em conta –

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conforme já mencionamos – é a manifestação de vontade!

Ato Composto é aquele que, tal como o ato simples, também necessita de apenas uma manifestação de vontade para a sua formação. Nos Atos Compostos, porém, é necessário outro ato com a finalidade de colocá-lo em funcionamento.

Assim, temos dois atos (por isso o composto de seu nome): um que é a própria manifestação de vontade, exteriorizada por um único órgão, e outro que apresenta caráter instrumental, servindo apenas para colocar o primeiro em prática.

Ressalta-se que este segundo ato, instrumental, pode se dar de maneira prévia ou posterior ao ato principal, recebendo, conforme o momento de sua realização, o nome de aprovação, ratificação, visto, homologação, etc.

Podemos citar como exemplos de Atos Compostos as nomeações para diversos cargos previstos na Constituição Federal, uma vez que estas dependem, em sua maioria, de aprovação prévia da maioria absoluta do Senado Federal.

Por fim, os Atos Complexos são aqueles que necessitam, para a sua formação, da manifestação de vontade de dois ou mais órgãos administrativos.

Percebam a diferença existente entre os Atos Compostos e os Atos Complexos:

Enquanto no primeiro caso é necessário apenas um órgão para que seja manifestada a vontade da Administração (sendo o segundo meramente instrumental, com a finalidade de coloca-lo em prática), nos Atos Complexos necessita-se de dois ou mais órgãos para que a Administração manifeste a sua vontade. Guardemos Isso!

7.4 Atos Gerais e Atos Individuais

Os Atos Gerais se caracterizam, principalmente, por não terem destinatários certos, sendo que o seu conteúdo se aplica a todas as pessoas que se enquadrem na situação neles expressa. Possuem como características o fato de serem sempre discricionários e, por isso mesmo, revogáveis a qualquer tempo.

Podemos citar como exemplo de Ato Geral uma instrução normativa ou uma circular de serviço.

Os Atos Individuais são aqueles que possuem destinatários determinados e certos, produzindo efeitos concretos e se subordinando aos Atos Gerais. Podemos citar como exemplo de

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Ato Individual a nomeação de candidatos para um cargo público. Ao contrário dos Atos Gerais, os atos individuais podem ser discricionários ou vinculados, somente podendo ser revogados se não tiverem gerado direito adquirido para o seu destinatário.

Pessoal, este é mais um caso onde uma simples tabelinha nos fará entender todas as diferenças existentes e não errar nenhuma questão na prova.

Atos Gerais Atos Individuais

Destinatários Incertos Destinatários Certos

Efeitos Abstratos, tal como as leis

Efeitos Concretos

Ato Discricionário Ato Discricionário ou Vinculado

Regulamentam as leis Subordinam-se aos Atos Gerais

Ex: Instrução Normativa Ex: Nomeação para cargo público

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8. Resumão

- Diversos são os conceitos de Atos Administrativos, sendo que as bancas costumam utilizar o de Hely Lopes Meirelles, através do qual os mesmos seriam “toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações aos

administrados ou a si própria";

- Ainda que a Administração Pública seja quem mais pratique Atos Administrativos, devemos ter em mente que todos os demais Poderes também o fazem, ainda que de maneira atípica;

- Assim, os Atos Administrativos não são uma exclusividade do Executivo;

- Cinco são os requisitos dos Atos Administrativos: competência, finalidade, forma, motivo e objeto;

- Dos requisitos presentes, apenas a competência, a finalidade e a forma SEMPRE estão presentes em todo e qualquer ato administrativo;

- O motivo e o objeto, dessa forma, caracterizam o chamado Mérito Administrativo, que é a valoração da conveniência e da

que a lei deixa a cargo dos agentes competentes; oportunidade

- O Mérito Administrativo também é responsável pela diferenciação entre Atos Vinculados e Atos Discricionários;

- São Atributos dos Atos Administrativos a Presunção de Legitimidade, a Autoexecutoriedade e a Imperatividade;

- A Presunção de Legitimidade é uma característica através do qual os Atos Administrativos são considerados legais até a prova em contrário;

- Costuma-se dizer, por isso mesmo, que a presunção é juris , que pode ser contestada pelo tantum, ou seja, presunção relativa

particular;

- A Presunção de Legitimidade é o único atributo presentes em TODOS os Atos Administrativos;

- Pela Autoexecutoriedade, a Administração pode exigir o cumprimento de determinados Atos Administrativos por parte

, sem a necessidade de precisar recorrer ao de seus administradosJudiciário.

- Através deste atributo, em alguns casos, pode ela inclusive utilizar-se da força;

- A Imperatividade é o atributo onde a Administração impõe a , que não possuem outra opção que não sua vontade a terceiros

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seja cumprir o ato.

- A Imperatividade decorre do poder de império da , também conhecido como Poder Extroverso, Administração

decorrência do Princípio da Supremacia do Interesse Público;

- Um conceito que temos que ter bem sedimentado em nossa mente é o de que os requisitos são elementos para que os Atos Administrativos possam existir, ao passo que os Atributos são prerrogativas que os Atos dispõem para atingir seus objetivos;

- Sobre as formas de desfazimento do Ato Administrativo, temos três clássicas maneiras: Anulação, Revogação e Convalidação;

- A Anulação pode ser feita pela própria Administração, baseada no seu poder de autotutela, ou pelo Judiciário, desde que provocado;

- A Anulação SEMPRE é um controle de Legalidade, jamais ; entrando no Mérito Administrativo

- A Anulação possui efeitos retrospectivos, sendo que seus efeitos retroagem até a data da prática do ato. Por isso mesmo, costuma-se dizer que seus efeitos são ex-tunc;

- No entanto, mesmo em caso de Anulação, os efeitos produzidos pelos atos, para terceiros de boa fé, devem prevalecer;

- A Revogação, por sua vez, é a possibilidade da Administração que produziu o ato (e apenas ela) retirar o mesmo do mundo jurídico por razões de conveniência e oportunidade;

- A , possuindo Revogação adentra no Mérito Administrativoefeitos prospectivos, também chamados pela doutrina de ex-nunc;

- A Revogação pode incidir apenas sobre atos discricionários, sendo um controle de mérito. Já a Anulação pode incidir sobre atos vinculados ou discricionários, desde, claro, que seja para analisar a ilegalidade dos mesmos;

-A , através da qual os Convalidação decorre da Teoria Dualistaatos poderiam ser sanados quando o vício decorresse dos requisitos competência (em razão da pessoa) e da forma (quando esta não for indispensável).

- A Convalidação sempre é uma faculdade da Administração, que, em tese, poderia anular os Atos Administrativos;

- Com a Convalidação, porém, a Administração ganha em , sem precisar praticar um novo ato, eficiência e economicidade

apenas sanando os efeitos do anterior;

- A tabela abaixo é fundamental para sua prova. Se você a decorar, pode ter certeza que não ira mais errar questões que cobremos

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institutos da Anulação, Revogação e Convalidação:

Anulação Revogação Convalidação

Trata-se de Controle de Legalidade sobre atos que apresentam vícios insanáveis ou sanáveis

Trata-se de Controle de Mérito Administrativos, a juízo da Administração

Trata-se de Controle de Legalidade sobre atos que apresentam vícios sanáveis

Opera retroativamente (eficácia ex-tunc)

Opera prospectivamente (eficácia ex-nunc)

Opera retroativamente (eficácia ex-tunc)

Pode ser efetuada pela própria Administração e pelo Poder Judiciário, quando provocado

Apenas pode ser efetuada pela própria Administração

Apenas pode ser efetuada pela própria Administração

Incide sobre atos vinculados e discricionários, desde que se esteja analisando a legalidade dos mesmos

Incide apenas sobre atos discricionários

Incide sobre atos vinculados e discricionários, desde que se esteja analisando a legalidade dos mesmos

A Anulação pode ser um ato vinculado (quando o vício é insanável) ou discricionário (quando o vício é sanável, pois nesse caso pode ela optar entre anular ou convalidar o ato em questão)

A Revogação sempre é um ato discricionário, pois a Administração escolhe se deve ou não retirar o ato do mundo jurídico

A Convalidação é um ato discricionário, pois a Administração pode escolher entre anular ou convalidar o ato respectivo

- : Punitivos, Cinco são as espécies de Atos Administrativos

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Enunciativos, Ordinatórios, Normativos e Negociais;

- Os que Atos Punitivos são aqueles que implicam sanções, podem ser de caráter interno ou externo. São exemplos destes atos a advertência, suspensão e demissão (internamente) e a multa e a interdição de estabelecimentos (externamente);

- Atos Enunciativos são aqueles que declaram uma situação já existente, sendo que muitos autores consideram os mesmos como Atos Administrativos impróprios, uma vez que neles não ocorre uma manifestação de vontade da Administração;

- Os Atos Ordinatórios decorrem do Poder Hierárquico da Administração e conferem as prerrogativas de determinar como as diversas atividades devem ser praticadas, tendo como exemplos as circulares, portarias, ordens de serviço, etc.

- Os Atos Normativos são aqueles que contêm comandos gerais e abstratos, servindo para regulamentar e detalhar os comandos

Possuem como principais exemplos os Decretos da lei.Regulamentares (editados pelos Chefes do Executivo), os Regimentos (como o dos Tribunais) e as Resoluções;

- Nos Atos Negociais, o particular possui uma vontade, que depende do interesse da Administração. Assim, são exemplos destes atos a Licença (quando a Administração não tem outra escolha que não seja conceder a mesma, desde que o particular cumpra todos os requisitos) e a Autorização (quando a Administração, mesmo tendo o particular cumprido todos os requisitos, pode escolher entre conceder ou não a mesma);

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QUESTÕES COMENTADAS

Questão 01 – (FCC) ISS-SP – 2012 – AUDITOR FISCAL O Município constatou, após transcorrido grande lapso temporal, que concedera subsídio a empresa que não preenchia os requisitos legais para a obtenção do benefício. Diante de tal constatação, a autoridade a) deverá convalidar o ato, por razões de interesse público e para preservação do direito adquirido, exceto se decorrido o prazo decadencial. b) poderá revogar o ato concessório, utilizando a prerrogativa de rever os próprios atos de acordo com critérios de conveniência e oportunidade. c) deverá anular o ato, desde que não transcorrido o prazo decadencial, com efeitos retroativos à data em que o ato foi emitido. d) poderá anular o ato, com base em seu poder de autotutela, com efeitos a partir da anulação. e) não poderá revogar ou anular o ato, em face da preclusão administrativa, devendo buscar a invalidade pela via judicial, desde que não decorrido o prazo decadencial. Comentários

A resposta é a letra C, pessoal. Vejam que a Administração verificou que praticara um Ato em desacordo com as normas vigentes, o que fere a legalidade da autuação administrativa. Assim, não há outra alternativa para a Administração que não seja a ANULAÇÃO, que, como sabemos, possui efeitos retroativos, com eficácia EX-TUNC (Tudo retroage, estão lembrados?) Gabarito: C Questão 02 – (FCC) SEFAZ-SP – 2013 – AUDITOR FISCAL

Simão, comerciante estabelecido na capital do Estado, requereu, perante a autoridade competente, licença para funcionamento de um novo estabelecimento. Embora o interessado não preenchesse os requisitos fixados na normatização aplicável, a Administração, levada a erro por falha cometida por funcionário no procedimento correspondente, concedeu a licença. Posteriormente, constatado o equívoco, a Administração a) somente poderá desfazer o ato judicialmente, em face da preclusão administrativa. b) poderá revogar o ato, com base em razões de conveniência e

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oportunidade, sem prejuízo da apreciação judicial. c) deverá anular o ato, não podendo a anulação operar efeito retroativo, salvo comprovada má-fé do beneficiário. d) deverá revogar o ato, preservando os efeitos até então produzidos, desde que não haja prejuízo à Administração. e) deverá anular o ato, produzindo a anulação efeitos retroativos à data em que foi emitido o ato eivado de vício não passível de convalidação. Comentários

Vejamos: a Administração concedeu a Licença, mas o fez por falha de um servidor. Como vimos, a Licença é ato vinculado, de forma que, se o particular atender a todos os requisitos necessários, não há alternativa para a Administração que não seja concedê-lo. No caso da questão, o particular não reuniu todas as condições necessárias, de modo que a Licença apenas foi concedida por falha de um servidor. Assim, ao constatar o erro, pode a Administração proceder de duas formas: Convalidar o ato, caso os efeitos forem sanáveis, e Anular o ato para os efeitos insanáveis. Gabarito: E Questão 03 – (FCC) TRE-RS – 2010 – ANALISTA JUDICIÁRIO

Indique a alternativa que completa a seguinte afirmação: Finalidade e motivo são ...... do ato administrativo. a) características. b) atributos. c) aspectos. d) requisitos ou elementos. e) modos de exteriorização

Comentários

Como eu costumo informar aos alunos, existem dois tipos de questões: as que nivelam por cima e as que nivelam por baixo.

As que nivelam por cima são aquelas que poucas pessoas conseguem acertar, com uma alta dificuldade e que, mesmo que o candidato bem preparado a erre, não influenciará em muito na aprovação. São feitas, basicamente, para que poucas pessoas consigam gabaritar a matéria.

As que nivelam por baixo, por sua vez, são questões em que temos que ter todo o cuidado possível. Exigem conhecimentos básicos da matéria, sendo que até mesmo os candidatos pouco preparados conseguem acertá-las. Um erro nelas e você invariavelmente irá

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despencar na classificação. Estas, as que nivelam por baixo, são frequentes em provas da FCC, de forma que temos que ter todo o cuidado com elas.

A questão em análise é um clássico exemplo daquelas que nivelam por baixo, exigindo conhecimentos básicos.

Os requisitos ou elementos do Ato Administrativo são a Competência, Finalidade, Forma, Motivo e Objeto.

Gabarito: D Questão 04 – (FCC) TRE-AP – 2011 – ANALISTA JUDICIÁRIO

Considere as seguintes assertivas sobre o requisito objeto dos atos administrativos: I. é sempre vinculado. II. significa o objetivo imediato da vontade exteriorizada pelo ato. III. na licença para construção, o objeto consiste em permitir que o interessado possa edificar de forma legítima. IV. como no direito privado, o objeto do ato administrativo deve ser sempre lícito, possível, certo e moral. Está correto o que se afirma SOMENTE em a) II, III e IV. b) IV. c) I e IV. d) I, II e III. e) I e II. Comentários

Bela questão para analisarmos como podemos ganhar tempo nas questões da FCC. Perceba que o item I está claramente errado, pois o Objeto, assim como o Motivo, foram o Mérito Administrativo.

Assim, tais requisitos sempre estão presentes nos Atos Vinculados e são a exceção nos Atos Discricionários, onde o Administrador possui uma maior margem de liberdade.

Com isso, ficamos entre as alternativas A e B.

Os itens II, III e IV são todos verdadeiros.

O Objeto realmente é a vontade imediata da Administração ao praticar o ato, diferente da finalidade, que é a vontade mediata, indireta (II); Da mesma forma, o Objeto é conteúdo do ato. Em uma

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Licença para construção, o objeto, por óbvio, é a própria permissão para que o particular construa (III); E, para não padecer de nenhum vício que o torne passível de anulação, o Objeto deve ser lícito, possível, certo e moral, tal como no Direito Civil (IV).

Gabarito: A Questão 05 – (FCC) TRT-AL – 2014 – Técnico Judiciário Lúcio, servidor público federal, praticou ato administrativo desrespeitando a forma do mesmo, essencial à sua validade. O ato em questão a) admite convalidação. b) não comporta anulação. c) é necessariamente legal. d) comporta revogação. e) é ilegal. Comentários

As questões da FCC são muito boas para treinarmos os conceitos estudados. Aqui, temos uma situação onde um servidor desrespeitou o requisito forma. O que deve ser feito com o respectivo Ato Administrativo, pessoal? Anulação, claro, por se tratar de um requisito que não admite convalidação, o que faz com que o ato seja tido como ilegal. Gabarito: E

Questão 06 – (CESPE) – TJ-SE -2014 – ANALISTA JUDICIÁRIO

No que concerne às regras e aos princípios específicos que regem a atuação da administração pública, julgue os itens subsequentes. Os atos com vício de forma ou finalidade são convalidáveis. Comentários

Os dois requisitos que apresentam a possibilidade de serem convalidados pela Administração são a Competência e a Forma. A Finalidade, ao contrário, implica em ANULAÇÃO do Ato Administrativo.

Gabarito: ERRADO

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Questão 07 – (CESPE) – TJ-SE -2014 – ANALISTA JUDICIÁRIO

Os atos administrativos gozam da presunção de legitimidade, o que significa que são considerados válidos até que sobrevenha prova em contrário. Comentários

Exatamente isso, pessoal. Conceito do único atributo que sempre está presente nos Atos Administrativos: a Presunção de Legitimidade, através do qual os atos são considerados válidos até que algum dos administrados prove o contrário.

Gabarito: CERTO

Questão 08 – (CESPE) – TC-DF -2014 – TÉCNICO DE ADM. PÚBLICA

Caso determinado servidor, no exercício de sua competência delegada, edite ato com vício sanável, a autoridade delegante poderá avocar a competência e convalidar o ato administrativo, independentemente da edição de novo ato normativo. Comentários

Como vimos, um dos requisitos possíveis de Convalidação é a Competência, desde que esta seja em razão da PESSOA, e não em razão da MATÉRIA.

Na questão, temos que o agente que praticou o ato administrativo não possuía a exclusividade na edição do ato, até mesmo porque a competência para sua edição foi delegada a ele. Assim, nada mais natural do que a autoridade delegante avocar a competência anteriormente delegada e convalidar o ato administrativo.

Gabarito: CERTO

Questão 09 – (CESPE) – TC-DF -2014 – TÉCNICO DE ADM. PÚBLICA

Ato administrativo de manifesto conteúdo discriminatório editado por ministério poderá ser invalidado, com efeitos retroativos, tanto pela administração como pelo Poder Judiciário, ressalvados os direitos de terceiros de boa-fé. Comentários

Vejamos: Houve um Ato Administrativo que precisa ser ANULADO. Neste caso, tal providência poderá ser feita pela

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própria Administração, de ofício, ou pelo Poder Judiciário, quando provocado. Até aqui tudo bem...

Mas temos que ter muito cuidado com o trecho final da assertiva, pois os atos nulos NUNCA GERAM DIREITOS ADQUIRIDOS, gente! Mas os efeitos gerados à terceiros de boa fé devem SIM ser mantidos, em homenagem ao princípio da Segurança Jurídica.

Querem um exemplo?

Servidor toma posse e entra em exercício, sendo que posteriormente se verifica que houve falhas na sua admissão pela Administração Pública. Clássico exemplo de Função de Fato em que o Ato Administrativo deve ser ANULADO.

No entanto, todos os atos praticados pelo servidor, quando do exercício do cargo público, não podem ser anulados, uma vez que terceiros de boa fé, que não sabiam nada a respeito da irregularidade na investidura do servidor, contraíram direitos ou obrigações com base no exercício de tal agente.

Nada mais justo, não é mesmo?

Gabarito: CERTO

Questão 10 – (CESPE) TC-DF- 2014 – TÉCNICO DE ADM. PÚBLICA

O aluguel, pelo TCDF, de espaço para ministrar cursos de especialização aos seus servidores constitui ato administrativo, ainda que regido pelo direito privado. Comentários

Questão pegadinha do CESPE. Deu todas as características de um ATO DA ADMINISTRAÇÃO, tentando confundir os candidatos. No entanto, estamos diante de um aluguel, que nada mais é do que um Contrato Administrativo, caracterizado pela BILATERALIDADE.

Gabarito: ERRADO

Questão 11 – (CESPE) – TC-DF – 2014 – TÉCNICO DE ADM. PÚBLICA

Considere que determinado secretário de Estado do DF tenha editado um ato administrativo que, embora legal, tenha gerado controvérsia entre os servidores do órgão. Nessa situação, havendo mudança da titularidade do cargo, novo secretário poderá revogar, com efeito retroativo, o referido ato administrativo.

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Comentários

Revogação com efeitos retroativos? De forma alguma...

Enquanto a Revogação opera com efeitos prospectivos (para frente), a Anulação é que opera com efeitos retrospectivos (para trás).

Gabarito: ERRADO

Questão 12 – (CESPE) – TC-DF - 2014 – ANALISTA DE ADM. PÚBLICA

Os atos administrativos praticados pelo Poder Legislativo e pelo Poder Judiciário submetem-se ao regime jurídico administrativo. Comentários

Exatamente, pessoal. Não é só a Administração Pública (Executivo) que pratica Atos Administrativos, mas todos os demais poderes, ainda que no exercício de sua função atípica.

Gabarito: CERTO

Questão 13 – (CESPE) – TC-DF - 2014 – ANALISTA DE ADM. PÚBLICA

Considere que, durante uma fiscalização, fiscais do DF tenham encontrado alimentos com prazo de validade expirado na geladeira de um restaurante. Diante da ocorrência, lavraram auto de infração, aplicaram multa e apreenderam esses alimentos. Com base na situação hipotética apresentada, julgue os itens subsecutivos.

Se a aplicação da multa for indevida, a administração tem o poder de anulá-la, de ofício, independentemente de provocação do interessado. Comentários

Basicamente, a questão quer saber se a ANULAÇÃO pode ser feita pela Administração Pública de ofício, independente de provocação.

Como já sabemos, a resposta é positiva. Assim, enquanto a Administração Pública pode anular seus atos de ofício ou por provocação, o Poder Judiciário apenas pode anulá-los quando provocado.

Gabarito: CERTO

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Questão 14 – (CESPE) – TC-DF – 2014 – AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO

Acerca da convalidação e atributos dos atos administrativos e da responsabilidade civil do Estado, julgue os itens subsequentes. A presunção de legitimidade é atributo de todos os atos da administração, inclusive os de direito privado, dada a prerrogativa inerente aos atos praticados pelos agentes integrantes da estrutura do Estado. Comentários

Isso mesmo, pessoal! A Presunção de Legitimidade está presente em TODOS os Atos Administrativos, sejam eles regidos exclusivamente pelo direito público, sejam regidos parcialmente pelo direito privado.

Gabarito: CERTO

Questão 15 – (CESPE) – TC-DF – 2014 - AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO

A convalidação supre o vício existente na competência ou na forma de um ato administrativo, com efeitos retroativos ao momento em que este foi originariamente praticado. Comentários

A Convalidação pode ser utilizada quando os vícios encontrados forem referentes aos requisitos da Competência e da Forma. Mas vejam que não faria nenhum sentido para a Administração utilizar-se da possibilidade de convalidar se os seus efeitos não fossem retroativos, uma vez que bastaria que a Administração anulasse o ato anterior e praticasse um novo ato.

Assim, para ganhar celeridade e eficiência, é que existe a possibilidade de Convalidação, sendo seus efeitos sempre retroativos, tal como ocorre com a anulação.

Gabarito: CERTO

Questão 16 – (FGV) SEFAZ-AP - 2010 – AUDITOR FISCAL

Em um ato administrativo, o poder atribuído ao agente da administração para o desempenho de suas funções diz respeito ao requisito:

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a) da finalidade. b) da forma. c) do motivo. d) da competência. e) do objeto. Comentários

Começamos com uma questão bem tranquila, mas que caiu para o cargo de Auditor Estadual do MS. Como mencionei na aula teórica, as questões da FGV são, em sua maioria, bastante conceituais, não exigindo súmulas e jurisprudência.

Pois bem... Dos requisitos que estudamos, um deles é o que confere poder para que o Agente Público possa desempenhar suas tarefas com perfeição e legalidade. Trata-se do requisito da Competência, por meio do qual apenas os agentes dotados de tal prerrogativa poder praticar Atos Administrativos.

Gabarito: D Questão 17 – (FGV) SEFAZ-RJ - 2011 – Analista de Controle Interno

Assinale a alternativa que contempla os elementos do ato administrativo. a) habilitação, motivação, finalidade pública, legalidade e conteúdo b) competência, tutela, motivo, forma e vinculação c) forma, finalidade, vinculação e decisão d) competência, finalidade, forma, motivo e objeto e) habilitação, forma, tutela, motivo e decisão Comentários

Outra questão fácil da FGV. Exige os requisitos básicos de todo Ato Administrativo. Sem maiores dificuldades “matamos” a mesma, não é mesmo? Os requisitos são a Competência, Finalidade, Forma, Motivo e Objeto. Gabarito: D Questão 18 – (FGV) AL-MA - 2013 – Administrador

Os atos administrativos são presumidos verdadeiros e legais até que se prove o contrário. Assim, a Administração Pública não tem o ônus de provar que seus atos são legais e a situação que gerou a necessidade de sua prática realmente existiu, cabendo ao destinatário do ato o encargo de provar que o agente administrativo agiu de forma ilegítima.

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O fragmento acima mostra um atributo do ato administrativo. Assinale‐o. a) Presunção de legitimidade e veracidade dos atos administrativos. b) Autoexecutoriedade. c) Tipicidade. d) Imperatividade. e) Manifestação de vontade. Comentários

Questão que cobra o único Atributo presente em todos os Atos Administrativos. Vejamos:

Por meio deste Atributo, todos os atos editados pela Administração Pública, até que se prove o contrário, são tidos como LEGÍTIMOS e prontos para produzir todos os efeitos para o qual o ato foi editado.

Esta presunção (de que os atos já nascem legítimos e aptos a produzir todos os efeitos), no entanto, não é absoluta, sendo admitida prova em contrário.

Vejam que, por meio da Presunção de Legitimidade, o Ato Administrativo, desde o seu nascimento, goza da presunção de que está em conformidade com o ordenamento jurídico.

Gabarito: A Questão 19 – (FGV) DETRAN - 2013 – Analista

Geraldo é aprovado em concurso público para ocupar o cargo de Analista de Trânsito do Estado W. O órgão competente estadual formula uma consulta sobre como o agente de trânsito deveria proceder no caso de violação à legislação de trânsito, com previsão de multa e se poderia ocorrer a liberação com a promessa de não mais existir a infração. Geraldo aduz, no seu parecer técnico, que a natureza de tais atos seria a) discricionária. b) individual. c) vinculada. d) imperativa. e) regulamentar. Comentários

No caso narrado, Geraldo assume o cargo de Analista de Trânsito, possuindo uma série de atribuições que, para serem exercidas, devem

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estar pautadas na competência que o mesmo recebeu para tal. No entanto, se a lei não definisse a competência e o seu modo de atuação, Geraldo poderia, infringindo a competência que lhe foi outorgada, ao encontrar, por exemplo, um velho amigo seu com o veículo em situação irregular, não aplicar as penalidades cabíveis. Para que isso não ocorra é que Geraldo deve observar uma das principais características da Competência, que é a sua Obrigatoriedade! Assim, caso constante qualquer irregularidade, Geraldo não tem outra alternativa que não seja aplicar a multa correspondente. De outra forma, podemos dizer que tal atividade é vinculada, pois não existe a possibilidade de Geraldo escolher entre aplicar ou não a respectiva multa. Gabarito: C Questão 20 – (FGV) AL-MA - 2013 – CONSULTOR

Quanto à classificação do objeto do ato administrativo têm‐se os praticados pela Administração Pública em situação de igualdade com os particulares, sem usar sua supremacia sobre os destinatários, para a conservação e o desenvolvimento do patrimônio público. Esse ato é denominado a) de império. b) de expediente. c) de gestão. d) de negócio. e) de discricionário. Comentários

Quando a Administração Pública pratica atos para os quais deixa de exercer a sua Supremacia, dizemos que estes são regidos, basicamente, pelo direito privado, com algumas regras de direito público. São chamados de Atos de Gestão, e tem como principais exemplos, como vimos em aula, a assinatura de um cheque ou de um contrato de locação com a Administração. Gabarito: C

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Questão 21 – (FGV) SEFAZ-RJ - 2011 – Analista de Controle Interno

O desfazimento de atos administrativos pela própria Administração Pública por razões de conveniência e oportunidade denomina-se a) revogação. b) anulação. c) homologação. d) convalidação. e) cassação. Comentários

Esta ficou tranquila, hein pessoal? O Direito Administrativo tem muito destas “palavrinhas mágicas”. Na última aula, juntamente com o Resumão final, vou colocar as palavras mágicas de cada assunto: são termos que , quando caem em prova, nos levam DIRETAMENTE para a resolução da questão, sem precisarmos perder tempo. Aqui temos um exemplo: falou em conveniência e oportunidade, ou então em Mérito Administrativo, temos que nos lembrar na hora de REVOGAÇÃO. Gabarito: A Questão 22 – (FGV) TJ-AM - 2013 – JUIZ ESTADUAL

Assinale a alternativa que indica as situações que representam caso de extinção dos atos administrativos. a) Prescrição e decadência. b) Conversão e sanatória. c) Reversão e reintegração. d) Revogação e anulação. e) Encampação e rescisão. Comentários

Questão recente da FGV, para o cargo de Juiz, e que se resumiu a solicitar se os candidatos sabiam quais eram as formas tradicionais de extinção dos Atos Administrativos. Alguma dúvida? Creio que não... são a Anulação e a Revogação! Gabarito: D

Questão 23 – (ESAF) MF - 2012 – ATA

Acerca dos atos administrativos, assinale a opção correta.

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a) A presunção de legitimidade dos atos administrativos é absoluta. b) O administrado pode negar-se a cumprir qualquer ato administrativo quando ainda não apreciado e convalidado pelo Poder Judiciário. c) Até prova em contrário, presume-se que os atos administrativos foram emitidos com observância da lei. d) Cumpridas todas as exigências legais para a prática de um ato administrativo, ainda que seja ele discricionário, o administrado passa a ter direito subjetivo à sua realização. e) Considera-se mérito administrativo a conveniência e a oportunidade da realização do ato, sempre previamente definido e determinado pela lei.

Comentários

Alternativa A: Errada. A Presunção de Legitimidade, único atributo presente em todos os Atos Administrativos, é uma presunção relativa, que pode ser contestada pelo particular que se sentir lesado. Alternativa B: Errada. Os Atos, desde a sua prática, se presumem válidos e dotados de todos os requisitos necessários. Eventual vício deve ser denunciado pelo particular, que não pode se recusar a cumpri-lo com base unicamente neste motivo. Alternativa C: Correta. É a característica primordial da Presunção de Legitimidade. Alternativa D: Errada. A assertiva estaria certa se estivéssemos diante de um Ato Vinculado, como na expedição de uma Licença, em que, atendidas todas as condições, o particular tem direito subjetivo a receber a mesma. Alternativa E: Errada. O Mérito Administrativo nem sempre está totalmente expresso na lei, podendo também o ser por meio de conceitos jurídicos indeterminados. O erro da assertiva foi o termo SEMPRE, uma vez que , ainda que se faça necessário um diploma normativo para a conveniência e oportunidade, não depende-se da lei em sentido estrito. Exemplos de conceitos jurídicos indeterminados seriam a Moralidade, o Bem comum, o Interesse Coletivo, etc. Gabarito: C

Questão 24 – (ESAF) MF - 2013 – ANATA

Em relação aos Atos Administrativos, é correto afirmar: a) a determinação e cumprimento de ato administrativo consistente em apreensão e destruição de mercadoria imprópria para o consumo está sujeito à revogação dada a discricionariedade da Administração Pública.

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b) os atos complexos não se compõem de vontades autônomas, embora múltiplas, havendo na verdade uma só vontade autônoma, ou seja, de conteúdo próprio. c) a Exigibilidade é a qualidade que certos atos administrativos têm para constituir situações de observância obrigatória em relação aos seus destinatários, independentemente da respectiva concordância ou aquiescência. d) a supressão retroativa da ilegalidade de um ato administrativo retroage à data em que este foi praticado. e) a Extinção Natural ocorre com o desaparecimento do sujeito que se beneficiou do ato a exemplo da morte do permissionário em se tratando de permissão intransferível.

Comentários

Nosso gabarito, de cara, é a letra D, sendo este o conceito de Anulação. A letra A está errada, pois em caso de mercadorias impróprias, o Agente Administrativo tem o DEVER de executar o ato, ficando vinculado a tal medida. A letra B é exatamente o contrário, sendo que os Atos Complexos se formam pela manifestação de duas ou mais vontades. A letra C também erra, sendo o conceito apresentado o de Imperatividade. A letra E, por sua vez, traz um exemplo clássico de Extinção Subjetiva, com a morte da pessoa beneficiada com o Ato Administrativo. Gabarito: D

Questão 25 – (ESAF) RFB – 2009 - AFRFB

Quanto à competência para a prática dos atos administrativos, assinale a assertiva incorreta. a) Não se presume a competência administrativa para a prática de qualquer ato, necessária previsão normativa expressa. b) A definição da competência decorre de critérios em razão da matéria, da hierarquia e do lugar, entre outros. c) A competência é, em regra, inderrogável e improrrogável. d) Admite-se, excepcionalmente, a avocação e a delegação de competência administrativa pela autoridade superior competente, nos limites definidos em lei. e) Com o ato de delegação, a competência para a prática do ato

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administrativo deixa de pertencer à autoridade delegante em favor da autoridade delegada. Comentários

Alternativa A: Correta. A Competência para a pratica de qualquer Ato Administrativo deve vir expressa em Lei, sem possibilidade de presunção. Alternativa B: Correta. Conceito da Lei 9784, que a ESAF adora mesclar em questões de Atos Administrativos. Veremos esta lei à fundo em momento oportuno. Alternativa C: Correta. São duas das principais características da Competência conferida aos Agentes Públicos. Alternativa D: Correta. A Avocação e a Delegação são possíveis, sendo a Delegação, em regra, sempre possível, e a Avocação podendo ser utilizada apenas nas hipóteses previstas em lei. Alternativa E: Errada. Quando um Agente delega competência a outro, o Ato considera-se editado pelo delegado. No entanto, não ocorre a transferência da competência, que , como vimos, tem como uma de suas características justamente ser intransferível. O que é transferido, em caráter provisório, é o exercício da mesma. Gabarito: E

Questão 26 – (ESAF) – MTUR – 2014 - ANALISTA

Assinale a opção em que não consta requisito de validade (ou elemento) do ato administrativo. a) Competência. b) Objeto. c) Executoriedade. d) Motivo. e) Finalidade. Comentários

Os elementos do Ato Administrativo, também chamados de requisitos, são aqueles que conferem validade ao mesmo. Diferem dos Atributos, uma vez que estes são prerrogativas conferidas para que a Administração possa alcançar o fim visado. Das alternativas, apenas a letra C não contempla um requisito dos Atos Administrativos.

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Gabarito: C

Questão 27 – (ESAF) MIN – 2012 - ANALISTA Os atos administrativos, uma vez expedidos e independentemente de expressa previsão legal, apresentarão sempre o(s) seguinte(s) atributo(s): a) presunção de legitimidade, imperatividade e autoexecutoriedade. b) presunção de legitimidade e veracidade, bem assim autoexecutoriedade. c) autoexecutoriedade, apenas. d) imperatividade e autoexecutoriedade, apenas. e) presunção de legitimidade e veracidade, apenas.

Comentários

Questão assim não dá nem para pensar em perder, pessoal. Os Atributos do Ato são o PAI+T, estão lembrados?

Presunção de Legitimidade O Ato é válido até prova em contrário

Autoexecutoriedade A Administração não precisa de autorização do Judiciário

Imperatividade A Administração pode se impor a terceiros

+

Tipicidade O Ato deve corresponder a figuras definidas em lei

No entanto, o único Atributo que sempre está presente em todo Ato Administrativo é a Presunção de Legitimidade. Gabarito: E

Questão 28 – (ESAF) – PFN - 2012 Identifique, entre as assertivas abaixo, a que corresponda a um ato administrativo complexo, observada a concepção técnica usual de nossa doutrina pátria.

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a) O ato cuja produção tenha se dado a partir tão-só da manifestação de vontade de um órgão colegiado. b) O que passa a existir com a manifestação de vontade de um órgão, dependente da manifestação de outro para que se confirme ou seja desconstituído. c) Determinado ato que somente tenha existência a partir da manifestação necessária de três órgãos. d) Um ato que, a despeito de existir a partir do momento em que exarado por um único órgão, somente poderá produzir efeitos com a posterior manifestação de outro órgão. e) Aquele que, dada a sua complexidade, somente passa a existir a partir da manifestação de vontade de mais de um agente público de um mesmo órgão. Comentários

Questão que gerou muita polêmica entre os candidatos. A banca pede o conceito de Ato Complexo. No entanto, muitos candidatos possuem a informação de que estes são formados pela manifestação de duas manifestações diferentes de vontade. Esta informação não está errada, sendo que o referido Ato precisa, no entanto, de duas OU MAIS manifestações de vontade. O que confundiu muita gente foi o termo NECESSÁRIA do enunciado, o que não invalida a assertiva como correta. Gabarito: C

Questão 29 – (ESAF) MDIC – 2012 - ACE

O ato de autorização de uso de um bem público cujo prazo já tenha expirado e os atos que integram um procedimento administrativo que já tenha chegado ao seu fim possuem em comum o seguinte: a) são atos administrativos vinculados. b) são atos administrativos anuláveis. c) são atos administrativos viciados. d) são atos administrativos irrevogáveis. e) são atos administrativos conversíveis. Comentários

Tais situações são exemplos de Atos Administrativos Irrevogáveis, tal como dispõe a Lei 9784.

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São insuscetíveis de Revogação:

- Os atos vinculados, pois a revogação está relacionada com o Mérito Administrativo;

- Os atos já consumados, uma vez que se os efeitos para os quais o Ato Administrativo foi editado já se esgotaram, não há como revogar o que ocorreu no passado;

- Os atos que já geraram direito adquirido;

- Os atos que integram um procedimento administrativo, pois a cada nova fase do procedimento o ato anterior deixa de produzir efeitos;

- Os atos denominados como “meros atos administrativos”, que apenas declaram situações que já existem, como a certidão.

Gabarito: D

Questão 30 – (ESAF) MIN – 2012 - ANALISTA

No que se refere ao controle dos atos administrativos, é correto afirmar que possuem efeitos retroativos:

a) a revogação, a anulação e a convalidação de tais atos.

b) apenas a anulação e a convalidação de tais atos.

c) a revogação e a anulação de tais atos, apenas.

d) apenas a anulação de tais atos.

e) apenas a revogação e a convalidação de tais atos.

Comentários

Utilizando nossa tabela, conseguimos visualizar que o único instituto que não possui eficácia retroativa é a revogação.

Anulação Revogação Convalidação

Trata-se de Controle de Legalidade sobre atos que apresentam vícios insanáveis ou sanáveis

Trata-se de Controle de Mérito Administrativos, a juízo da Administração

Trata-se de Controle de Legalidade sobre atos que apresentam vícios sanáveis

Opera retroativamente (eficácia ex-tunc)

Opera prospectivamente (eficácia ex-nunc)

Opera retroativamente (eficácia ex-tunc)

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Pode ser efetuada pela própria Administração e pelo Poder Judiciário, quando provocado

Apenas pode ser efetuada pela própria Administração

Apenas pode ser efetuada pela própria Administração

Incide sobre atos vinculados e discricionários, desde que se esteja analisando a legalidade dos mesmos

Incide apenas sobre atos discricionários

Incide sobre atos vinculados e discricionários, desde que se esteja analisando a legalidade dos mesmos

A Anulação pode ser um ato vinculado (quando o vício é insanável) ou discricionário (quando o vício é sanável, pois nesse caso pode ela optar entre anular ou convalidar o ato em questão)

A Revogação sempre é um ato discricionário, pois a Administração escolhe se deve ou não retirar o ato do mundo jurídico

A Convalidação é um ato discricionário, pois a Administração pode escolher entre anular ou convalidar o ato respectivo

Gabarito: B

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QUESTÕES PROPOSTAS

Questão 01 – (FCC) ISS-SP – 2012 – AUDITOR FISCAL O Município constatou, após transcorrido grande lapso temporal, que concedera subsídio a empresa que não preenchia os requisitos legais para a obtenção do benefício. Diante de tal constatação, a autoridade a) deverá convalidar o ato, por razões de interesse público e para preservação do direito adquirido, exceto se decorrido o prazo decadencial. b) poderá revogar o ato concessório, utilizando a prerrogativa de rever os próprios atos de acordo com critérios de conveniência e oportunidade. c) deverá anular o ato, desde que não transcorrido o prazo decadencial, com efeitos retroativos à data em que o ato foi emitido. d) poderá anular o ato, com base em seu poder de autotutela, com efeitos a partir da anulação. e) não poderá revogar ou anular o ato, em face da preclusão administrativa, devendo buscar a invalidade pela via judicial, desde que não decorrido o prazo decadencial. Questão 02 – (FCC) SEFAZ-SP – 2013 – AUDITOR FISCAL Simão, comerciante estabelecido na capital do Estado, requereu, perante a autoridade competente, licença para funcionamento de um novo estabelecimento. Embora o interessado não preenchesse os requisitos fixados na normatização aplicável, a Administração, levada a erro por falha cometida por funcionário no procedimento correspondente, concedeu a licença. Posteriormente, constatado o equívoco, a Administração a) somente poderá desfazer o ato judicialmente, em face da preclusão administrativa. b) poderá revogar o ato, com base em razões de conveniência e oportunidade, sem prejuízo da apreciação judicial. c) deverá anular o ato, não podendo a anulação operar efeito retroativo, salvo comprovada má-fé do beneficiário. d) deverá revogar o ato, preservando os efeitos até então produzidos, desde que não haja prejuízo à Administração. e) deverá anular o ato, produzindo a anulação efeitos retroativos à data em que foi emitido o ato eivado de vício não passível de convalidação. Questão 03 – (FCC) TRE-RS – 2010 – ANALISTA JUDICIÁRIO Indique a alternativa que completa a seguinte afirmação: Finalidade e motivo são ...... do ato administrativo. a) características. b) atributos. c) aspectos. d) requisitos ou elementos. e) modos de exteriorização

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Questão 04 – (FCC) TRE-AP – 2011 – ANALISTA JUDICIÁRIO Considere as seguintes assertivas sobre o requisito objeto dos atos administrativos: I. é sempre vinculado. II. significa o objetivo imediato da vontade exteriorizada pelo ato. III. na licença para construção, o objeto consiste em permitir que o interessado possa edificar de forma legítima. IV. como no direito privado, o objeto do ato administrativo deve ser sempre lícito, possível, certo e moral. Está correto o que se afirma SOMENTE em a) II, III e IV. b) IV. c) I e IV. d) I, II e III. e) I e II. Questão 05 – (FCC) TRT-AL – 2014 – Técnico Judiciário Lúcio, servidor público federal, praticou ato administrativo desrespeitando a forma do mesmo, essencial à sua validade. O ato em questão a) admite convalidação. b) não comporta anulação. c) é necessariamente legal. d) comporta revogação. e) é ilegal . Questão 06 – (CESPE) – TJ-SE -2014 – ANALISTA JUDICIÁRIO No que concerne às regras e aos princípios específicos que regem a atuação da administração pública, julgue os itens subsequentes. Os atos com vício de forma ou finalidade são convalidáveis. Questão 07 – (CESPE) – TJ-SE -2014 – ANALISTA JUDICIÁRIO Os atos administrativos gozam da presunção de legitimidade, o que significa que são considerados válidos até que sobrevenha prova em contrário. Questão 08 – (CESPE) – TC-DF -2014 – TÉCNICO DE ADM. PÚBLICA Caso determinado servidor, no exercício de sua competência delegada, edite ato com vício sanável, a autoridade delegante poderá avocar a competência e convalidar o ato administrativo, independentemente da edição de novo ato normativo. Questão 09 – (CESPE) – TC-DF -2014 – TÉCNICO DE ADM. PÚBLICA Ato administrativo de manifesto conteúdo discriminatório editado por ministério poderá ser invalidado, com efeitos retroativos, tanto pela administração como pelo Poder Judiciário, ressalvados os

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direitos de terceiros de boa-fé. Questão 10 – (CESPE) TC-DF- 2014 – TÉCNICO DE ADM. PÚBLICA O aluguel, pelo TCDF, de espaço para ministrar cursos de especialização aos seus servidores constitui ato administrativo, ainda que regido pelo direito privado. Questão 11 – (CESPE) – TC-DF – 2014 – TÉCNICO DE ADM. PÚBLICA Considere que determinado secretário de Estado do DF tenha editado um ato administrativo que, embora legal, tenha gerado controvérsia entre os servidores do órgão. Nessa situação, havendo mudança da titularidade do cargo, novo secretário poderá revogar, com efeito retroativo, o referido ato administrativo. Questão 12 – (CESPE) – TC-DF - 2014 – ANALISTA DE ADM. PÚBLICA Os atos administrativos praticados pelo Poder Legislativo e pelo Poder Judiciário submetem-se ao regime jurídico administrativo. Questão 13 – (CESPE) – TC-DF - 2014 – ANALISTA DE ADM. PÚBLICA

Considere que, durante uma fiscalização, fiscais do DF tenham encontrado alimentos com prazo de validade expirado na geladeira de um restaurante. Diante da ocorrência, lavraram auto de infração, aplicaram multa e apreenderam esses alimentos. Com base na situação hipotética apresentada, julgue os itens subsecutivos.

Se a aplicação da multa for indevida, a administração tem o poder de anulá-la, de ofício, independentemente de provocação do interessado. Questão 14 – (CESPE) – TC-DF – 2014 – AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO Acerca da convalidação e atributos dos atos administrativos e da responsabilidade civil do Estado, julgue os itens subsequentes. A presunção de legitimidade é atributo de todos os atos da administração, inclusive os de direito privado, dada a prerrogativa inerente aos atos praticados pelos agentes integrantes da estrutura do Estado. Questão 15 – (CESPE) – TC-DF – 2014 - AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO A convalidação supre o vício existente na competência ou na forma de um ato administrativo, com efeitos retroativos ao momento em que este foi originariamente praticado. Questão 16 – (FGV) SEFAZ-AP - 2010 – AUDITOR FISCAL Em um ato administrativo, o poder atribuído ao agente da administração para o desempenho de suas funções diz respeito ao requisito: a) da finalidade. b) da forma. c) do motivo.

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d) da competência. e) do objeto. Questão 17 – (FGV) SEFAZ-RJ - 2011 – Analista de Controle Interno Assinale a alternativa que contempla os elementos do ato administrativo. a) habilitação, motivação, finalidade pública, legalidade e conteúdo b) competência, tutela, motivo, forma e vinculação c) forma, finalidade, vinculação e decisão d) competência, finalidade, forma, motivo e objeto e) habilitação, forma, tutela, motivo e decisão Questão 18 – (FGV) AL-MA - 2013 – Administrador Os atos administrativos são presumidos verdadeiros e legais até que se prove o contrário. Assim, a Administração Pública não tem o ônus de provar que seus atos são legais e a situação que gerou a necessidade de sua prática realmente existiu, cabendo ao destinatário do ato o encargo de provar que o agente administrativo agiu de forma ilegítima. O fragmento acima mostra um atributo do ato administrativo. Assinale‐o. a) Presunção de legitimidade e veracidade dos atos administrativos. b) Autoexecutoriedade. c) Tipicidade. d) Imperatividade. e) Manifestação de vontade. Questão 19 – (FGV) DETRAN - 2013 – Analista Geraldo é aprovado em concurso público para ocupar o cargo de Analista de Trânsito do Estado W. O órgão competente estadual formula uma consulta sobre como o agente de trânsito deveria proceder no caso de violação à legislação de trânsito, com previsão de multa e se poderia ocorrer a liberação com a promessa de não mais existir a infração. Geraldo aduz, no seu parecer técnico, que a natureza de tais atos seria a) discricionária. b) individual. c) vinculada. d) imperativa. e) regulamentar. Questão 20 – (FGV) AL-MA - 2013 – CONSULTOR Quanto à classificação do objeto do ato administrativo têm‐se os praticados pela Administração Pública em situação de igualdade com os particulares, sem usar sua supremacia sobre os destinatários, para a conservação e o desenvolvimento do patrimônio público. Esse ato é denominado a) de império. b) de expediente.

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c) de gestão. d) de negócio. e) de discricionário. Questão 21 – (FGV) SEFAZ-RJ - 2011 – Analista de Controle Interno O desfazimento de atos administrativos pela própria Administração Pública por razões de conveniência e oportunidade denomina-se a) revogação. b) anulação. c) homologação. d) convalidação. e) cassação. Questão 22 – (FGV) TJ-AM - 2013 – JUIZ ESTADUAL Assinale a alternativa que indica as situações que representam caso de extinção dos atos administrativos. a) Prescrição e decadência. b) Conversão e sanatória. c) Reversão e reintegração. d) Revogação e anulação. e) Encampação e rescisão.

Questão 23 – (ESAF) MF - 2012 – ATA

Acerca dos atos administrativos, assinale a opção correta.

a) A presunção de legitimidade dos atos administrativos é absoluta. b) O administrado pode negar-se a cumprir qualquer ato administrativo quando ainda não apreciado e convalidado pelo Poder Judiciário. c) Até prova em contrário, presume-se que os atos administrativos foram emitidos com observância da lei. d) Cumpridas todas as exigências legais para a prática de um ato administrativo, ainda que seja ele discricionário, o administrado passa a ter direito subjetivo à sua realização. e) Considera-se mérito administrativo a conveniência e a oportunidade da realização do ato, sempre previamente definido e determinado pela lei. Questão 24 – (ESAF) MF - 2013 – ANATA Em relação aos Atos Administrativos, é correto afirmar: a) a determinação e cumprimento de ato administrativo consistente em apreensão e destruição de mercadoria imprópria para o consumo está sujeito à revogação dada a discricionariedade da Administração Pública. b) os atos complexos não se compõem de vontades autônomas, embora múltiplas, havendo na verdade uma só vontade autônoma, ou seja, de conteúdo próprio. c) a Exigibilidade é a qualidade que certos atos administrativos têm para constituir situações de observância obrigatória em relação aos seus destinatários, independentemente da respectiva concordância ou aquiescência. d) a supressão retroativa da ilegalidade de um ato administrativo retroage à data em que este foi praticado.

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e) a Extinção Natural ocorre com o desaparecimento do sujeito que se beneficiou do ato a exemplo da morte do permissionário em se tratando de permissão intransferível. Questão 25 – (ESAF) RFB – 2009 - AFRFB Quanto à competência para a prática dos atos administrativos, assinale a assertiva incorreta. a) Não se presume a competência administrativa para a prática de qualquer ato, necessária previsão normativa expressa. b) A definição da competência decorre de critérios em razão da matéria, da hierarquia e do lugar, entre outros. c) A competência é, em regra, inderrogável e improrrogável. d) Admite-se, excepcionalmente, a avocação e a delegação de competência administrativa pela autoridade superior competente, nos limites definidos em lei. e) Com o ato de delegação, a competência para a prática do ato administrativo deixa de pertencer à autoridade delegante em favor da autoridade delegada. Questão 26 – (ESAF) – MTUR – 2014 - ANALISTA Assinale a opção em que não consta requisito de validade (ou elemento) do ato administrativo. a) Competência. b) Objeto. c) Executoriedade. d) Motivo. e) Finalidade. Questão 27 – (ESAF) MIN – 2012 - ANALISTA Os atos administrativos, uma vez expedidos e independentemente de expressa previsão legal, apresentarão sempre o(s) seguinte(s) atributo(s): a) presunção de legitimidade, imperatividade e autoexecutoriedade. b) presunção de legitimidade e veracidade, bem assim autoexecutoriedade. c) autoexecutoriedade, apenas. d) imperatividade e autoexecutoriedade, apenas. e) presunção de legitimidade e veracidade, apenas. Questão 28 – (ESAF) – PFN - 2012 Identifique, entre as assertivas abaixo, a que corresponda a um ato administrativo complexo, observada a concepção técnica usual de nossa doutrina pátria. a) O ato cuja produção tenha se dado a partir tão-só da manifestação de vontade de um órgão colegiado. b) O que passa a existir com a manifestação de vontade de um órgão, dependente da manifestação de outro para que se confirme ou seja desconstituído. c) Determinado ato que somente tenha existência a partir da manifestação necessária de três órgãos. d) Um ato que, a despeito de existir a partir do momento em que exarado por um único órgão, somente poderá produzir efeitos com a posterior

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Direito Administrativo para Técnico do INSS

Teoria e questões comentadas

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manifestação de outro órgão. e) Aquele que, dada a sua complexidade, somente passa a existir a partir da manifestação de vontade de mais de um agente público de um mesmo órgão. Questão 29 – (ESAF) MDIC – 2012 - ACE O ato de autorização de uso de um bem público cujo prazo já tenha expirado e os atos que integram um procedimento administrativo que já tenha chegado ao seu fim possuem em comum o seguinte: a) são atos administrativos vinculados. b) são atos administrativos anuláveis. c) são atos administrativos viciados. d) são atos administrativos irrevogáveis. e) são atos administrativos conversíveis. Questão 30 – (ESAF) MIN – 2012 - ANALISTA

No que se refere ao controle dos atos administrativos, é correto afirmar que possuem efeitos retroativos:

a) a revogação, a anulação e a convalidação de tais atos.

b) apenas a anulação e a convalidação de tais atos.

c) a revogação e a anulação de tais atos, apenas.

d) apenas a anulação de tais atos.

e) apenas a revogação e a convalidação de tais atos.

GABARITO

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

C E D A E E C C C E

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

E C C C C D D A C C

21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

A D C D E C E C D B

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