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CURSO ON-LINE – DIREITO ADMINISTRATIVO – ABIN PROFESSORES: CYONIL, ELAINE E SANDRO 1 www.pontodosconcursos.com.br APRESENTAÇÃO Concursandos (de todo o Brasil), O concurso de acesso aos quadros da Agência Brasileira de Inteligência é sempre uma boa oportunidade, sendo bem concorrido, por esperado no mundo concursístico. O nível dos candidatos, hoje, costuma ser bem elevado, por isso é condição sine qua non para o sucesso uma ótima preparação por meio de cursos direcionados aqui do Ponto dos Concursos. O curso de Direito Administrativo será elaborado a seis mãos, sendo duas delas femininas (como veremos, abaixo). Atualmente (e para sempre, espero!), eu, Cyonil, exerço a função de Auditor de Controle Externo do Tribunal de Contas da União (TCU), e Professor de Direito Administrativo e de Direito Constitucional em cursos preparatórios em São Paulo e também em telepresencial. Ah! Sou autor dos livros Resposta Certa (editora Saraiva), Licitações e Contratos (editora Campus, em parceria com o amigo e Professor Sandro Bernardes) e, mais recentemente, Questões Discursivas de Direito Administrativo (licitações, controle externo, finanças, controle da Administração e outros temas), pela editora Método/Gen, sob a coordenação dos eternos Mestres Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino e participações especiais da amiga Elaine e Sandro Bernardes. Em várias das aparições aqui no Ponto, tive a oportunidade de trabalhar ao lado de um dos melhores amigos e Professores de Brasília: Sandro Maranhão. Parafraseando o Sandrão, a participação no Ponto dos Concursos é uma experiência extremamente gratificante, uma vez que nos dá a oportunidade do contato com pessoas dos mais diversos lugares do Brasil, todos agregados em torno do objetivo comum: a sonhada (e sempre alcançada!) aprovação no concurso público. Nesse curso, mais uma vez, além da presença masculina (mas nem tanto assim, né! ) do amigo Sandro, teremos o contato (feminino) da amiga Lanlan (codinome). A Lanlan foi (e é) certamente a melhor aluna que tive nos ensinamentos de Direito Administrativo. Atualmente, é colaboradora no fórum concurseiros na disciplina de Português, embora detenha conhecimentos de todas as disciplinas (é fera!). Tenho a convicção de que esse toque feminino em nosso curso de exercícios trará maior suavidade, ternura, perfeição, organização e centralidade. Ah! Há quem diga por aí que Cyonil (ou Sean O’Neal) é Lanlan, em versão feminina. Adianto que isso não é verdade, ok! Lanlan é Elaine Marsula! Eu, Sandro, vulgo “Maranhao”, também Auditor do Tribunal de Contas da União desde 2001 (aprovado em 2000) e Professor de Direito Administrativo em diversos cursos preparatórios em Brasília

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1 www.pontodosconcursos.com.br

APRESENTAÇÃO

Concursandos (de todo o Brasil),

O concurso de acesso aos quadros da Agência Brasileira de Inteligência é sempre uma boa oportunidade, sendo bem concorrido, por esperado no mundo concursístico. O nível dos candidatos, hoje, costuma ser bem elevado, por isso é condição sine qua non para o sucesso uma ótima preparação por meio de cursos direcionados aqui do Ponto dos Concursos.

O curso de Direito Administrativo será elaborado a seis mãos, sendo duas delas femininas (como veremos, abaixo).

Atualmente (e para sempre, espero!), eu, Cyonil, exerço a função de Auditor de Controle Externo do Tribunal de Contas da União (TCU), e Professor de Direito Administrativo e de Direito Constitucional em cursos preparatórios em São Paulo e também em telepresencial. Ah! Sou autor dos livros Resposta Certa (editora Saraiva), Licitações e Contratos (editora Campus, em parceria com o amigo e Professor Sandro Bernardes) e, mais recentemente, Questões Discursivas de Direito Administrativo (licitações, controle externo, finanças, controle da Administração e outros temas), pela editora Método/Gen, sob a coordenação dos eternos Mestres Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino e participações especiais da amiga Elaine e Sandro Bernardes.

Em várias das aparições aqui no Ponto, tive a oportunidade de trabalhar ao lado de um dos melhores amigos e Professores de Brasília: Sandro Maranhão. Parafraseando o Sandrão, a participação no Ponto dos Concursos é uma experiência extremamente gratificante, uma vez que nos dá a oportunidade do contato com pessoas dos mais diversos lugares do Brasil, todos agregados em torno do objetivo comum: a sonhada (e sempre alcançada!) aprovação no concurso público.

Nesse curso, mais uma vez, além da presença masculina (mas nem tanto assim, né! ☺) do amigo Sandro, teremos o contato (feminino) da amiga Lanlan (codinome). A Lanlan foi (e é) certamente a melhor aluna que tive nos ensinamentos de Direito Administrativo. Atualmente, é colaboradora no fórum concurseiros na disciplina de Português, embora detenha conhecimentos de todas as disciplinas (é fera!). Tenho a convicção de que esse toque feminino em nosso curso de exercícios trará maior suavidade, ternura, perfeição, organização e centralidade. Ah! Há quem diga por aí que Cyonil (ou Sean O’Neal) é Lanlan, em versão feminina. Adianto que isso não é verdade, ok! ☺ Lanlan é Elaine Marsula!

Eu, Sandro, vulgo “Maranhao”, também Auditor do Tribunal de Contas da União desde 2001 (aprovado em 2000) e Professor de Direito Administrativo em diversos cursos preparatórios em Brasília

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(DF) e São Paulo (SP). Como servidor público, também fui dos quadros da Secretaria Federal de Controle- SFC (atual CGU) por 6 anos. Sou co-autor do Livro de Licitações e Contratos (editora Campus) e colaborei com a elaboração de temas, a pedido do amigo Cyonil Borges, na parte de Licitações e Contratos do livro da Série Questões Discursivas, lançado agora em agosto pela editora Método/Gen.

Olá queridos! Meu nome é Elaine (para os mais íntimos: Lanlan). É com imenso prazer que volto juntamente com o meu querido Cyonil ao Ponto dos Concursos. Ele já fez as apresentações, então vamos nessa que, como dizia o poeta, “o tempo não pára!”.

À vista do pequeno conteúdo programático na parte de Direito Administrativo, ao lado da teoria, traremos a parte prática. Isso mesmo, curso dois-em-um. Nossas aulas serão semanais! O cronograma, com as respectivas datas, será, a seguir, apresentado.

O concurso de acesso aos quadros da ABIN tornou-se singular, a exemplo de todos os recentes concursos federais, isso porque, ao lado da parte objetiva, a organizadora encarrega-se de temas (de questões dissertativas). Por esse motivo, é importante que os amigos se antecipem. O amigo Cyonil estará com o no Oliveira e o Luiz Henrique ministrando curso de discursivas para vocês, fiquem de olho!

Praticar a dissertação é muito importante, muitos bons candidatos tiram excelentes notas na parte objetiva, porém, “escorregam” nas discursivas. Essa maneira de estudar é interessante quando se estuda a “toque de caixa”, de última hora, o que não será o nosso caso. Quando chegar o derradeiro momento, saberemos o suficiente para com certeza conquistar a vaga (o artigo definido antes de VAGA é demonstração inequívoca de que só precisamos de UMA!).

Com relação à banca Cespe, é, sem sombra de dúvidas, uma das melhores organizadoras de concursos públicos, preza pela qualidade dos certames, porém nem sempre preza pela novidade, o que é um lado positivo para os Professores de cursinhos preparatórios, afinal sempre acertam na mosca!

Apesar de o conteúdo de Direito Administrativo ser singelo, parte dos assuntos, em si, deverão ser trabalhados em dois momentos, por extenso e complexo, por isso pedimos aos concursandos muita dedicação a nossa disciplina, afinal todo ponto é ponto!

Programa e cronograma:

O quadro abaixo resume como será distribuído nosso cronograma de aulas:

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AULA

DEMONSTRATIVA

MISCELÂNEA

AULA I

30/9

1. Regime Jurídico-Administrativo: princípios básicos da Administração Pública

- Testes de aprendizado

- Questões comentadas

AULA II

07/10

2. Atos administrativos: conceitos e elementos. Competências, finalidade, forma, motivo e objeto.

- Testes de aprendizado

- Questões comentadas

AULA III

14/10

3. Poderes da administração (poder vinculado, poder discricionário, poder hierárquico, poder disciplinar, poder regulamentar e poder de polícia);

- Testes de aprendizado

- Questões comentadas

AULA IV

21/10

4. Atos administrativos vinculados e discricionários. Invalidação dos atos administrativos: revogação, anulação e efeito.

- Testes de aprendizado

- Questões comentadas

AULA V

28/10

5. Noções de Regime Jurídico dos servidores públicos - Lei nº 8.112/90 e

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alterações.

- Testes de aprendizado

- Questões comentadas

AULA VI

04/11

6. Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal - Decreto nº 1.171/94 e alterações

- Testes de aprendizado

- Questões comentadas

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PROVAS DE ACESSO À ABIN

Para que os amigos tenham uma ideia precisa do que vão enfrentar no certame público de acesso à ABIN, reproduzimos, abaixo, as questões aplicadas pela organizadora Cespe. Depois da lista de exercícios, faremos breves considerações teóricas sobre os quesitos.

Vamos que vamos!

QUESTÕES EM SEQUÊNCIA

ABIN 2004

Considerando que a Presidência da República é um órgão da União e que a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) é o órgão da Presidência da República que tem por função planejar, executar, coordenar, supervisionar e controlar as atividades de inteligência do país, julgue os itens a seguir.

1) A ABIN integra a administração direta. (Certo/Errado)

2) Apesar de seu nome, a ABIN não é uma agência executiva. (Certo/Errado)

3) Seria inconstitucional dispositivo de lei que excluísse a ABIN da incidência do princípio da publicidade. (Certo/Errado)

Carlos é ocupante de cargo público de provimento efetivo na ABIN e exerce suas atividades em Brasília. Na semana passada, foi publicado ato determinando, de ofício, a remoção de Carlos para Recife, remoção essa que contrariava sua vontade expressamente declarada. A propósito da situação hipotética acima, julgue os itens subseqüentes.

4) Nessa situação, Carlos tem direito a receber ajuda de custo. (Certo/Errado)

5) A ausência de expressa motivação seria causa de nulidade do ato de remoção. (Certo/Errado)

6) Considere que Carlos impugne judicialmente o ato de remoção, argumentando ser inexistente o motivo alegado pelo agente que o praticou. Nessa situação, o juiz deverá indeferir o pedido de Carlos, por ser vedado o controle judicial do mérito administrativo de atos discricionários. (Certo/Errado)

7) Se, antes de Carlos se mudar para Recife, a autoridade competente revogasse o ato de remoção, pelo fato de outro servidor mostrar-se disposto a mudar-se para essa cidade, a revogação seria descabida, por ser esse um caso em que a forma adequada de invalidação do ato seria a sua anulação. (Certo/Errado)

Julgue os seguintes itens, considerando que Alessandra é servidora estável ocupante de cargo público de provimento efetivo na ABIN.

8) Nessa situação, Alessandra somente pode ser excluída do serviço público mediante sentença judicial transitada em julgado. (Certo/Errado)

9) Afirmar que Alessandra foi redistribuída do Ministério da Fazenda (MF) para a ABIN equivale a dizer que ela foi transferida de um cargo lotado no MF para um cargo lotado na ABIN. (Certo/Errado)

10) Considere que tenha sido concedido a Alessandra adicional de periculosidade, cumulativamente ao adicional de insalubridade que ela já recebia antes. Três anos depois, a autoridade competente percebeu que era ilegal a acumulação desses adicionais e anulou o ato que lhe concedeu o segundo adicional. Nessa situação, a anulação do ato concessório de adicional de periculosidade é inválida, pois já havia ocorrido prescrição administrativa do direito de impugnar esse ato. (Certo/Errado)

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11) Caso seja condenada por ato de improbidade administrativa que cause prejuízo ao erário, Alessandra poderá ter suspensos seus direitos políticos, o que implicaria a impossibilidade de ela ser investida em cargo público durante o tempo que durasse a suspensão. (Certo/Errado)

Hugo, que é servidor público da ABIN, foi punido com pena administrativa de advertência, aplicada como resultado final de um processo administrativo disciplinar. Com relação a essa situação hipotética, julgue os itens que se seguem.

12) O ato que aplicou a referida pena é inexistente, pois a sindicância é mero instrumento de apuração de fatos e a aplicação de penalidade administrativa somente pode ocorrer como resultado de processo administrativo disciplinar. (Certo/Errado)

13) Seria compatível com os princípios constitucionais da administração pública dispositivo de lei que fixasse em dez dias o prazo para os servidores públicos recorrerem da aplicação de penas como a que foi imposta a Hugo. (Certo/Errado)

14) Considere que, dois anos após a aplicação da pena, tenha chegado ao conhecimento de autoridades da ABIN uma série de fatos que, se houvessem sido apreciados no âmbito do referido processo administrativo disciplinar, seriam causa suficiente para elevar, de advertência para suspensão, a pena atribuída a Hugo. Nessa situação, é vedado à administração rever, de ofício, o processo que puniu Hugo, com o objetivo de agravar a sanção que lhe foi atribuída. (Certo/Errado)

ABIN 2008

A respeito da organização da União, julgue os itens subseqüentes.

15) O presidente da República pode delegar aos ministros de Estado, conforme determinação constitucional, a competência de prover cargos públicos, a qual se estende também à possibilidade de desprovimento, ou seja, de demissão de servidores públicos. (Certo/Errado)

No que se refere à administração pública, julgue os itens subseqüentes.

16) A regra constitucional que determina o limite máximo de remuneração e subsídio na administração pública não é autoaplicável. (Certo/Errado)

17) Não seria inconstitucional a lei que estabelecesse que a remuneração dos agentes de inteligência da ABIN seria vinculada à remuneração dos oficiais de inteligência, de forma que, sendo majorada a remuneração destes, a remuneração daqueles seria majorada no mesmo percentual de forma automática. (Certo/Errado)

18) Considere a seguinte situação hipotética.

Antônio é professor em uma universidade federal e em uma universidade estadual, localizadas no mesmo município. Em cada uma delas, cumpre uma carga horária de 20 horas. Recentemente, Antônio foi contratado para trabalhar como consultor, sob o regime da CLT, em uma sociedade controlada indiretamente pela PETROBRAS, com carga horária também de 20 horas.

Na hipótese apresentada, há acumulação vedada de cargos remunerados. (Certo/Errado)

19) Não é inconstitucional a lei que fixa requisitos e restrições ao ocupante de cargo ou emprego da administração direta que tenha acesso a informações privilegiadas. (Certo/Errado)

Com relação aos princípios básicos da administração pública, julgue os seguintes itens.

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20) Não viola o princípio da motivação dos atos administrativos o ato da autoridade que, ao deliberar acerca de recurso administrativo, mantém decisão com base em parecer da consultoria jurídica, sem maiores considerações. (Certo/Errado)

21) As sanções aplicáveis aos atos de improbidade têm natureza civil e, não, penal. (Certo/Errado)

22) Com base no princípio da publicidade, os atos internos da administração pública devem ser publicados no diário oficial. (Certo/Errado)

No que concerne aos poderes públicos, julgue os itens que se seguem.

23) O poder de polícia do Estado pode ser delegado a particulares. (Certo/Errado)

24) Suponha que Maurício, servidor público federal, delegue a autoridade hierarquicamente inferior a competência que ele tem para decidir recursos administrativos. Nessa hipótese, não há qualquer ilegalidade no ato de delegação. (Certo/Errado)

Acerca do regime jurídico dos servidores públicos, julgue os itens seguintes.

25) A nomeação é forma originária de provimento de cargo público. (Certo/Errado)

26) O cidadão que, tendo sido nomeado para ocupar cargo público efetivo no prazo de 30 dias e que, passado esse prazo, não tenha tomado posse, será exonerado do cargo, para que se possa nomear o próximo candidato. (Certo/Errado)

27) Será reconduzido ao cargo de origem o servidor cuja demissão tenha sido anulada por decisão judicial ou ato administrativo. (Certo/Errado)

Julgue os próximos itens, referentes ao regime jurídico disciplinar dos servidores públicos federais.

28) Após a abertura de processo administrativo disciplinar, é possível, como medida cautelar, o afastamento, pelo prazo de 60 dias, prorrogável pelo mesmo prazo, do servidor envolvido, sem prejuízo da sua remuneração, para que este não venha a influir na apuração da irregularidade. (Certo/Errado)

29) Na fase do inquérito, a comissão de processo administrativo disciplinar promoverá a tomada de depoimentos, acareações, investigações e diligências cabíveis, sendo assegurados ao acusado o contraditório e a ampla defesa. (Certo/Errado)

30) Qualquer pessoa da família de servidor falecido poderá, a qualquer tempo, requerer a revisão de decisão punitiva que tenha a ele sido aplicada, quando houver fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência ou a inadequação da penalidade aplicada. (Certo/Errado)

A respeito do controle externo e interno da administração pública, julgue os itens subseqüentes.

31) Devido a sua natureza singular, a ABIN não se submete ao controle externo por parte do Tribunal de Contas da União, mas apenas ao controle interno da própria Presidência da República. (Certo/Errado)

32) A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial dos órgãos da União realizada pelo sistema de controle externo ou interno pode questionar aspectos que envolvam a própria discricionariedade do administrador. (Certo/Errado)

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Claudius, servidor público federal, foi acusado de ter praticado ato considerado infração administrativa cuja sanção prevista é a demissão do serviço público. Além disso, esse ato é também capitulado como crime, cuja pena é de 6 meses a 2 anos de detenção.

A administração pública teve ciência da prática desse ato por meio de denúncia anônima. Imediatamente após essa denúncia, foi aberta sindicância investigativa sigilosa, em 12/4/2004, a qual acabou por demonstrar a materialidade do fato e os indícios de participação de Claudius no evento. Em 4/3/2005, publicou-se a portaria instaurando-se o processo administrativo disciplinar, com prazo de conclusão de 60 dias, prorrogáveis por mais 60 dias, o que acabou acontecendo.

Claudius se negou a participar da instrução, sendo nomeado defensor dativo. Somente em 30/7/2007, foi publicada a portaria de demissão de Claudius, fundada nas provas produzidas no processo administrativo disciplinar. Paralelamente, Claudius respondeu a ação penal, tendo sido condenado à pena de reclusão de 6 meses, que foi substituída por uma pena restritiva de direito.

Com referência a essa situação hipotética e ao regime disciplinar dos servidores públicos, julgue os itens subseqüentes.

33) Na hipótese em apreço, o prazo prescricional voltou a correr por inteiro depois de 140 dias a contar de 4/3/2005. (Certo/Errado)

34) No âmbito do processo administrativo disciplinar, o interrogatório do acusado ocorre antes da inquirição das testemunhas, e depois da sua citação. (Certo/Errado)

35) Para o STF, viola o direito constitucional à ampla defesa e ao contraditório a nomeação de defensor dativo no processo administrativo disciplinar que não seja advogado ou formado no curso superior em Ciências Jurídicas (Direito). (Certo/Errado)

36) Eventual tentativa para anular judicialmente o ato administrativo de demissão de Claudius restará limitada aos aspectos meramente formais do processo, não podendo o juiz invadir o mérito da decisão demissionária, mesmo se entender que o caso concreto poderia justificar apenas a penalidade de suspensão e não, a de demissão. (Certo/Errado)

37) A denúncia anônima, na espécie, poderia justificar a instauração da sindicância investigativa sigilosa, com vistas a identificar a sua procedência, mas não poderia, por si só, justificar a imediata abertura de processo administrativo disciplinar, dado o princípio constitucional que veda o anonimato. (Certo/Errado)

38) Sendo Claudius condenado à pena de detenção de 6 meses, o prazo prescricional na esfera administrativa será contado considerando-se a pena in concreto, de forma que a pretensão punitiva administrativa do Estado estava prescrita na data da publicação da citada portaria. (Certo/Errado)

39) A sindicância investigativa é uma fase necessária do processo administrativo disciplinar. (Certo/Errado)

Na segunda fase do concurso para provimento de cargo de policial, Flávio matriculou-se no curso de formação, já que tinha sido aprovado nas provas objetivas, no exame psicotécnico e no teste físico, que compunham a chamada primeira fase. No entanto, a administração pública anulou o teste físico, remarcando nova data para a sua repetição, motivo pelo qual foi anulada a inscrição de Flávio no curso de formação.

Acerca dos atos administrativos referentes à situação hipotética apresentada, julgue os itens subseqüentes.

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40) Conforme entendimento do STF, o exame psicotécnico, para ser admitido em concursos públicos, deve estar previsto em lei e conter critérios objetivos de reconhecido caráter científico, sendo prescindível a possibilidade de reexame na esfera administrativa. (Certo/Errado)

41) A anulação do exame físico está inserida no poder de autotutela da administração, não sendo imprescindível que haja contraditório e ampla defesa, pois o ato em si não trouxe qualquer prejuízo para Flávio — já que ele irá refazer o teste físico — nem para os demais candidatos. (Certo/Errado)

42) Considerando que a motivação apresentada pela administração não seja a medida mais adequada para anular o teste físico de Flávio, o juiz poderá aplicar a teoria dos motivos determinantes para anular o ato anulatório. (Certo/Errado)

Quanto aos poderes públicos, julgue os próximos itens.

43) Decorre do poder disciplinar do Estado a multa aplicada pelo poder concedente a uma concessionária do serviço público que tenha descumprido normas reguladoras impostas pelo poder concedente. (Certo/Errado)

44) Não há que se confundir a discricionariedade do administrador em decidir com base nos critérios de conveniência e oportunidade com os chamados conceitos indeterminados, os quais carecem de valoração por parte do intérprete diante de conceitos flexíveis. Dessa forma, a discricionariedade não pressupõe a existência de conceitos jurídicos indeterminados, assim como a valoração desses conceitos não é uma atividade discricionária, sendo passível, portanto, de controle judicial. (Certo/Errado)

45) O ato normativo do Poder Executivo que contenha uma parte que exorbite o exercício de poder regulamentar poderá ser anulado na sua integralidade pelo Congresso Nacional. (Certo/Errado)

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AGORA É HORA DE MARCAR O GABARITO

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2 (C) (E) (SR) 14 (C) (E) (SR) 26 (C) (E) (SR)

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ENTÃO, CONFIRA O (BOM) RESULTADO!

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QUESTÕES COMENTADAS

ABIN 2004

Considerando que a Presidência da República é um órgão da União e que a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) é o órgão da Presidência da República que tem por função planejar, executar, coordenar, supervisionar e controlar as atividades de inteligência do país, julgue os itens a seguir.

1) A ABIN integra a administração direta. (Certo/Errado)

Comentários:

Questão certa em prova! Todo candidato deve saber situar a Agência Brasileira de Inteligência no aparelho do Estado. Bom, a Administração Pública pode ser Direta (ou centralizada) ou Indireta (ou descentralizada).

A direta é formada por um conjunto de órgãos – unidades despersonalizadas (leia-se: sem personalidade jurídica) – como a Presidência da República e os Ministérios. Já a indireta é formada por um conjunto de entidades administrativas, dotadas de personalidade própria e, portanto, de direitos e de obrigações, exemplo das autarquias, das fundações e das empresas públicas.

E a ABIN?

É órgão central do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin), competindo-lhe a atribuição de executar a Política Nacional de Inteligência no mais alto nível do governo. Ah! A Abin não é órgão do Governo, viu! É sim órgão de Estado, afinal os governos são transitórios e o Estado permanente. A Abin não tem qualquer vínculo político partidário, conforme extraímos no site institucional da Abin.

Gabarito: CERTO.

2) Apesar de seu nome, a ABIN não é uma agência executiva. (Certo/Errado)

Comentários:

Questão relativamente simples, desde que o candidato tenha a ideia precisa de que agências executivas é configuração atribuída a antigas autarquias ou fundações públicas. Ora, se a Abin é órgão e a Agência Executiva entidade, o título de agência conferido à Agência de Inteligência não lhe fornece a roupagem de Agência Executiva, daí a perfeição do item.

Gabarito: CERTO.

3) Seria inconstitucional dispositivo de lei que excluísse a ABIN da incidência do princípio da publicidade. (Certo/Errado)

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Comentários:

Que tal breves considerações sobre o princípio da publicidade?

A publicidade é um princípio democrático, republicano, por assim dizer, que faz com que se possibilite o controle da Administração, por razões que são dotadas de obviedade: sem se dar transparência aos atos da Administração, inviável pensar-se no controle desta. A transparência é exigência, por exemplo, do devido processo legal (art. 5º, inciso LV, da Constituição Federal), afinal, princípios da ampla defesa e do contraditório só podem ser efetivados se existente a publicidade.

A publicidade, apesar de não ser elemento de formação dos atos, constitui-se requisito de sua moralidade e eficácia, entendida esta última como aptidão do ato para produção dos seus efeitos.

Além da transparência, maior visibilidade, os seguintes objetivos cumpridos por intermédio do princípio da publicidade podem ser listados:

I) permitir o controle dos atos da Administração Pública, dando, inclusive, oportunidade ao controle social, assim entendido aquele realizado pela própria coletividade. Este fim possui estreita correlação com a transparência e com o princípio democrático: compreendendo-se democracia como governo do povo, é preciso que o povo saiba o que é feito com os recursos entregues à Administração Pública, por meio dos tributos que paga.

II) desencadear o decurso dos prazos de interposição de recursos, que são contados a partir do momento em que o ato se torna público. Lembramos que se o ato alcança estranhos aos quadros da Administração deverá, salvo exceções, ser publicado;

III) marcar o início dos prazos de decadência e prescrição administrativas.

No entanto, há exceções ao dever de a Administração tornar públicos seus atos, desde que assim necessário. Nesse sentido, a CF/1988 estabelece no inc. XXXIII do art. 5º:

todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.

Os critérios para definição das informações essenciais à segurança da sociedade encontram-se regulamentados pela Lei 11.111/2005, de leitura recomendada.

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Em síntese: ainda que a publicidade (não a publicação) seja um princípio para os atos da Administração Pública, não se reveste de caráter absoluto, encontrando exceções no próprio texto da CF/1988.

No caso da Abin, há atos praticados que devem ficam resguardados, porque atinentes à segurança nacional. Agora, nem todos os atos praticados pela Abin detém esta finalidade. A aquisição de canetas (não aquelas estilo 007!) e cartuchos de impressora devem ser cercados sim de publicidade, daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO.

Carlos é ocupante de cargo público de provimento efetivo na ABIN e exerce suas atividades em Brasília. Na semana passada, foi publicado ato determinando, de ofício, a remoção de Carlos para Recife, remoção essa que contrariava sua vontade expressamente declarada. A propósito da situação hipotética acima, julgue os itens subseqüentes.

4) Nessa situação, Carlos tem direito a receber ajuda de custo. (Certo/Errado)

Comentários:

As indenizações são devidas ao servidor em virtude de gastos em que este teve de incorrer em decorrência de exigências do trabalho. Nada mais é do que uma restituição desses gastos. São quatro as indenizações apontadas na Lei 8.112/1990: ajuda de custo, diárias e transporte e moradia.

Falemos um pouco sobre a ajuda de custo.

Destina-se a custear despesas do servidor que, no interesse do serviço, passa a ter exercício em nova sede, com caráter permanente. Ou seja, o servidor público, removido de ofício, tem direito a este adicional. Carlos encaixa-se nesta hipótese!

Essa verba de caráter indenizatório também é devida àquele que, mesmo não sendo servidor da União, for nomeado para cargo em comissão, com mudança de domicílio. Exemplo: o sujeito mora no Rio de Janeiro, não é servidor público, mas é nomeado para um cargo em comissão em Brasília. Terá direito à ajuda de custo.

Na remoção de ofício, correm por conta da administração, ainda, as despesas de transporte do servidor, de sua família, bagagens e bens pessoais.

O valor da ajuda de custo deve ser calculado com base no valor da remuneração, não podendo exceder o correspondente a três meses. Destaque-se que o servidor será obrigado a restituir o que recebera a título de ajuda de custo caso, de maneira injustificada, não se apresente na nova sede em 30 dias.

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À família do servidor que morrer na nova sede é garantida ajuda de custo/transporte para volta à localidade de origem no prazo de um ano contado da data de falecimento.

Gabarito: CERTO.

5) A ausência de expressa motivação seria causa de nulidade do ato de remoção. (Certo/Errado)

Comentários:

Remoção?! Que é isso? Vamos lá.

A remoção é deslocamento do servidor, com ou sem mudança de sede, para desempenhar suas atribuições em outra unidade do mesmo quadro. A remoção pode ocorrer de ofício (no interesse da administração) ou a pedido do servidor.

Na remoção de ofício, caso seja necessária a mudança de sede do servidor, este fará jus à ajuda de custo (com um máximo de até três remunerações, conforme regulamento), para compensar despesas ocorridas. Por lógico, o ato deve ser devidamente motivado, ou seja, cabe ao administrador indicar as razões de fato e de direito que fundamentaram a prática do ato, sob pena de nulidade, daí a correção do quesito.

Na remoção de ofício, fica garantido o direito do servidor e de seu cônjuge, filhos, enteados ou menor sob sua guarda, de se matricular em instituições de ensino congênere, em qualquer época, independente de vaga ou de época (cuidado! Instituições congêneres. Não tem o filho do servidor, civil e militar, estudante de faculdade particular, direito de matricular-se na Universidade de Brasília ou públicas em geral, em razão da remoção de ofício, a não ser, obviamente, que o curso só seja oferecido pela instituição pública). Notaram que negritamos a expressão DE OFÍCIO neste parágrafo? É que existem outras formas de remoção, que são bem diferentes.

A remoção a pedido pode a ser a critério da administração ou independente do interesse desta. Na primeira hipótese, o servidor faz o pedido e a Administração avalia a conveniência (é ato discricionário). Já remoção a pedido, independente do interesse da administração, ocorre nas seguintes hipóteses:

- Para acompanhamento do cônjuge, que também deve ser servidor, ou militar, de qualquer dos poderes da União, dos Estados, dos Municípios, que foi deslocado no interesse da administração. Em outros termos, se o cônjuge passou em concurso ou solicita remoção, ele é quem criou o problema (talvez, não queira mais você! Rsrsrs...), não tendo a Administração o dever de removê-lo, assim entende o STJ;

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- Por motivo de doença do servidor, cônjuge, ou dependente que viva às suas expensas, sendo que deverá constar do assentamento funcional do servidor

- Em virtude de concurso de remoção, em que o número de interessados é superior ao número de vagas na unidade de destino.

Em todas as hipóteses, sempre que a remoção/redistribuição implicar o exercício de atribuições do servidor em outro município, será concedido um prazo àquele de 10 a 30 dias contados da publicação do ato para a retomada do efetivo desempenho de suas atividades, estando incluso, nesse prazo, o tempo de deslocamento para a nova sede. Estando o servidor afastado, ou de licença, o prazo aqui referenciado deverá ser contado a partir do término do impedimento.

Gabarito: CERTO.

6) Considere que Carlos impugne judicialmente o ato de remoção, argumentando ser inexistente o motivo alegado pelo agente que o praticou. Nessa situação, o juiz deverá indeferir o pedido de Carlos, por ser vedado o controle judicial do mérito administrativo de atos discricionários. (Certo/Errado)

Comentários:

Opa! O Poder Judiciário não pode mesmo controlar o mérito administrativo, sob pena de ofensa à separação de Poderes, no entanto, todo tipo de ato, sejam os vinculados, sejam os discricionários, não fogem ao controle quanto à legalidade, à moralidade, à finalidade, à razoabilidade, à proporcionalidade.

Com outras palavras, não pode o Poder Judiciário REVOGAR os atos administrativos praticados pela Administração, porém, se provocado, pode sim ANULAR os atos ILEGAIS, exemplo dos atos com motivos inexistentes, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

7) Se, antes de Carlos se mudar para Recife, a autoridade competente revogasse o ato de remoção, pelo fato de outro servidor mostrar-se disposto a mudar-se para essa cidade, a revogação seria descabida, por ser esse um caso em que a forma adequada de invalidação do ato seria a sua anulação. (Certo/Errado)

Comentários:

Amigos, qual o vício do ato de remoção? O ato é ilegal?! Claro que não! O fato de Carlos não estar contente com a remoção não é motivo de ilegalidade, isso porque, na remoção de ofício, pouco importa o desejo do servidor. No entanto, como surgiu outro interessado, não há qualquer impedimento de a Administração reconsiderar sua decisão de remoção, por razões de conveniente e de

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oportunidade, sendo-lhe facultada a REVOGAÇÃO, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

Julgue os seguintes itens, considerando que Alessandra é servidora estável ocupante de cargo público de provimento efetivo na ABIN.

8) Nessa situação, Alessandra somente pode ser excluída do serviço público mediante sentença judicial transitada em julgado. (Certo/Errado)

Comentários:

Somente é SÓ MENTE! Isso mesmo, a banca está mentindo! Os servidores, veremos, podem perder o cargo a partir de:

- Processo judicial, transitado em julgado;

- Processo administrativo, garantido o contraditório;

- Avaliação periódica de desempenho, nos termos de Lei Complementar;

- Excesso de pessoal, segundo a dicção do art. 169 da CF/1988.

Gabarito: ERRADO.

9) Afirmar que Alessandra foi redistribuída do Ministério da Fazenda (MF) para a ABIN equivale a dizer que ela foi transferida de um cargo lotado no MF para um cargo lotado na ABIN. (Certo/Errado)

Comentários:

Eita! Apaga esse nome TRANSFERÊNCIA da mente, não fala nem em roda de cerveja! Viu! O STF declarou a ascensão e a transferência inconstitucionais!

A redistribuição é o deslocamento do cargo efetivo, ocupado ou não, no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou atividade. Vejamos.

O órgão ‘X’, em São Paulo, precisa de novas cadeiras. Acontece que a criação de novas cadeiras (cargos) depende de lei, no entanto como existem 12 cadeiras a mais em Brasília, que tal deslocar a cadeira, isso mesmo, que tal redistribuir, promover a relotação das cadeiras? Notem que, igualmente, não houve redução ou acréscimo do quantitativo de servidores, não sendo, portanto, o caso de se falar em vacância ou em provimento. Temos aí a redistribuição.

Gabarito: ERRADO.

10) Considere que tenha sido concedido a Alessandra adicional de periculosidade, cumulativamente ao adicional de insalubridade que ela já recebia antes. Três anos depois, a autoridade competente percebeu que era ilegal a acumulação desses adicionais e anulou o ato que lhe concedeu o segundo adicional. Nessa situação, a anulação

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do ato concessório de adicional de periculosidade é inválida, pois já havia ocorrido prescrição administrativa do direito de impugnar esse ato. (Certo/Errado)

Comentários:

Questão rápida e veloz. O direito de a Administração ANULAR seus próprios atos DECAI em cinco anos, logo, em três anos, não há qualquer impedimento de se declarar a invalidação, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

11) Caso seja condenada por ato de improbidade administrativa que cause prejuízo ao erário, Alessandra poderá ter suspensos seus direitos políticos, o que implicaria a impossibilidade de ela ser investida em cargo público durante o tempo que durasse a suspensão. (Certo/Errado)

Comentários:

A Lei 8.112/1990 é clara. A posse em cargos públicos depende do preenchimento de determinados requisitos, entre os quais, os candidatos devem gozar de plenos direitos políticos, daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO.

Hugo, que é servidor público da ABIN, foi punido com pena administrativa de advertência, aplicada como resultado final de um processo administrativo disciplinar. Com relação a essa situação hipotética, julgue os itens que se seguem.

12) O ato que aplicou a referida pena é inexistente, pois a sindicância é mero instrumento de apuração de fatos e a aplicação de penalidade administrativa somente pode ocorrer como resultado de processo administrativo disciplinar. (Certo/Errado)

Comentários:

A seguir, as conclusões possíveis da sindicância:

- arquivamento do processo;

- aplicação direta das penalidades de advertência ou de suspensão de até 30 dias, daí a incorreção do quesito; e,

- instauração de PAD, quando for o caso da aplicação de penalidade mais grave.

Gabarito: ERRADO.

13) Seria compatível com os princípios constitucionais da administração pública dispositivo de lei que fixasse em dez dias o prazo para os servidores públicos recorrerem da aplicação de penas como a que foi imposta a Hugo. (Certo/Errado)

Comentários:

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Plenamente compatível. A Lei de processo administrativo federal (Lei 9.784/1999) fixa em 10 dias o prazo para a interposição de recursos administrativos, daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO.

14) Considere que, dois anos após a aplicação da pena, tenha chegado ao conhecimento de autoridades da ABIN uma série de fatos que, se houvessem sido apreciados no âmbito do referido processo administrativo disciplinar, seriam causa suficiente para elevar, de advertência para suspensão, a pena atribuída a Hugo. Nessa situação, é vedado à administração rever, de ofício, o processo que puniu Hugo, com o objetivo de agravar a sanção que lhe foi atribuída. (Certo/Errado)

Comentários:

Questão excelente! Já ouviram falar sobre REFORMATIO IN PEJUS? Então, pode a Administração agravar a penalidade? Sim e não! Eita, como assim sim e não?

Em sede de recurso administrativo, a Lei de Processo Federal garante sim o agravamento da penalidade (a reformatio in pejus), no entanto, em sede de REVISÃO, não cabe o agravamento. Logo correto o quesito (é vedado à administração REVER para agravar!).

Gabarito: CERTO.

ABIN 2008

A respeito da organização da União, julgue os itens subseqüentes.

15) O presidente da República pode delegar aos ministros de Estado, conforme determinação constitucional, a competência de prover cargos públicos, a qual se estende também à possibilidade de desprovimento, ou seja, de demissão de servidores públicos. (Certo/Errado)

Comentários:

De acordo com o STF, quem pode prover pode desprover. A demissão é uma das formas de desprovimento (vacância). Se o Presidente delegar ao Ministro de Estado a competência para o provimento de cargos (parágrafo único do art. 84 da CF/1988), ao Ministro será garantido o ato de demissão, daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO.

No que se refere à administração pública, julgue os itens subseqüentes.

16) A regra constitucional que determina o limite máximo de remuneração e subsídio na administração pública não é autoaplicável. (Certo/Errado)

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Comentários:

A aplicabilidade do teto remuneratório é imediata ou autoaplicável, em razão do que estatui o art. 17 do ADCT, com redação dada pela EC nº 41/2003, em que se determina que os vencimentos, a remuneração, vantagens e adicionais, assim como os proventos de aposentadoria, sejam reduzidos aos limites estabelecidos, não se admitindo, na situação, invocação de direito adquirido, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

17) Não seria inconstitucional a lei que estabelecesse que a remuneração dos agentes de inteligência da ABIN seria vinculada à remuneração dos oficiais de inteligência, de forma que, sendo majorada a remuneração destes, a remuneração daqueles seria majorada no mesmo percentual de forma automática. (Certo/Errado)

Comentários:

O inciso XIII do art. 37 da CF estabelece: é vedada vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para efeito de remuneração de pessoal do serviço público. Daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

18) Considere a seguinte situação hipotética.

Antônio é professor em uma universidade federal e em uma universidade estadual, localizadas no mesmo município. Em cada uma delas, cumpre uma carga horária de 20 horas. Recentemente, Antônio foi contratado para trabalhar como consultor, sob o regime da CLT, em uma sociedade controlada indiretamente pela PETROBRAS, com carga horária também de 20 horas.

Na hipótese apresentada, há acumulação vedada de cargos remunerados. (Certo/Errado)

Comentários:

A acumulação quando admitida restringe-se a dois cargos ou empregos públicos (Antônio está com três cargos!). A vedação alcança toda a Administração Direta e Indireta, incluídas as subsidiárias, bem como as sociedades controladas direta ou indiretamente pelo Estado, daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO.

19) Não é inconstitucional a lei que fixa requisitos e restrições ao ocupante de cargo ou emprego da administração direta que tenha acesso a informações privilegiadas. (Certo/Errado)

Comentários:

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Questão forte de ser repetida neste ano. Fiquem antenados! De acordo §7º do art. 37 da CF/1988, a lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou emprego da administração direta e indireta que possibilite o acesso a informações privilegiadas.

Gabarito: CERTO.

Com relação aos princípios básicos da administração pública, julgue os seguintes itens.

20) Não viola o princípio da motivação dos atos administrativos o ato da autoridade que, ao deliberar acerca de recurso administrativo, mantém decisão com base em parecer da consultoria jurídica, sem maiores considerações. (Certo/Errado)

Comentários:

Há dois tipos de motivação: a contextual e a aliunde. A contextual, como o nome já denuncia, é acompanhada de texto, de produção textual. Já a aliunde é a que se refere a pareceres, a precedentes, a laudos, localizados fora do texto, sendo mais sucinta, mais objetiva, mais pragmática, daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO.

21) As sanções aplicáveis aos atos de improbidade têm natureza civil e, não, penal. (Certo/Errado)

Comentários:

Excelente quesito. Vejamos o que diz a CF/1988, em seu art. 37:

§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

Opa! Sem prejuízo da ação penal cabível! Sinalização de que a ação de improbidade é de natureza CIVIL, podendo ou não ter repercussões no campo penal, daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO.

22) Com base no princípio da publicidade, os atos internos da administração pública devem ser publicados no diário oficial. (Certo/Errado)

Comentários:

Atos internos podem ser publicados (em boletins internos, por exemplo), mas não há necessidade de veiculação no Diário Oficial, daí a incorreção do quesito.

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Gabarito: ERRADO.

No que concerne aos poderes públicos, julgue os itens que se seguem.

23) O poder de polícia do Estado pode ser delegado a particulares. (Certo/Errado)

Comentários:

Na visão do STF (ADI 1717), o poder de polícia é indelegável a particulares, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

24) Suponha que Maurício, servidor público federal, delegue a autoridade hierarquicamente inferior a competência que ele tem para decidir recursos administrativos. Nessa hipótese, não há qualquer ilegalidade no ato de delegação. (Certo/Errado)

Comentários:

Delegar é repartir, é transferir, é algo inerente às estruturas administrativas, como decorrência do poder hierárquico, embora a delegação possa existir mesmo quando ausente a hierarquia, como veremos ao longo do curso. No entanto, há situações de indelegabilidade, entre as quais: matéria de competência exclusiva, edição de atos de caráter normativo e decisão de recursos administrativos, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

Acerca do regime jurídico dos servidores públicos, julgue os itens seguintes.

25) A nomeação é forma originária de provimento de cargo público. (Certo/Errado)

Comentários:

Veremos várias formas de provimento de cargos, sendo que a nomeação é a única originária. Representa a materialização do direito à posse, esta representativa do momento da investidura do cargo, daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO.

26) O cidadão que, tendo sido nomeado para ocupar cargo público efetivo no prazo de 30 dias e que, passado esse prazo, não tenha tomado posse, será exonerado do cargo, para que se possa nomear o próximo candidato. (Certo/Errado)

Comentários:

Antes da posse, o candidato é candidato. A nomeação é só o reconhecimento do ato de posse. O candidato só vira servidor quando toma posse. Logo, ao não tomar posse, o ato de nomeação será

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tornado sem efeito. Agora, se não entrar em exercício, aí sim teremos a exoneração, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

27) Será reconduzido ao cargo de origem o servidor cuja demissão tenha sido anulada por decisão judicial ou ato administrativo. (Certo/Errado)

Comentários:

O retorno ao cargo do servidor demitido chama-se REINTEGRAÇÃO. A recondução decorre, entre outras hipóteses, da inabilitação de servidor estável que enfrente novo estágio probatório, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

Julgue os próximos itens, referentes ao regime jurídico disciplinar dos servidores públicos federais. (Certo/Errado)

28) Após a abertura de processo administrativo disciplinar, é possível, como medida cautelar, o afastamento, pelo prazo de 60 dias, prorrogável pelo mesmo prazo, do servidor envolvido, sem prejuízo da sua remuneração, para que este não venha a influir na apuração da irregularidade. (Certo/Errado)

Comentários:

Uma instigante questão surge na seguinte hipótese: se o investigado ocupar uma posição relevante no órgão, de forma que, em razão de tal posição, possa vir a interferir no curso das investigações? Neste caso, a 8.112 dá a possibilidade do afastamento preventivo do servidor, que pode ser determinado pela autoridade instauradora do processo para que o servidor não venha a influir na apuração da irregularidade. O prazo de tal afastamento será de ATÉ 60 dias, sem prejuízo da remuneração, podendo ser prorrogado por igual período. Observaram que o prazo do afastamento preventivo coincide com o do PAD? Fácil de memorizar...

Destacamos que o afastamento em questão não constitui medida punitiva, mas CAUTELAR, logo, não há prejuízo quanto à remuneração do servidor durante o período do afastamento.

Gabarito: CERTO.

29) Na fase do inquérito, a comissão de processo administrativo disciplinar promoverá a tomada de depoimentos, acareações, investigações e diligências cabíveis, sendo assegurados ao acusado o contraditório e a ampla defesa. (Certo/Errado)

Comentários:

Literalidade da Lei 8.112/1990, não oferecendo grandes dificuldades.

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Gabarito: CERTO.

30) Qualquer pessoa da família de servidor falecido poderá, a qualquer tempo, requerer a revisão de decisão punitiva que tenha a ele sido aplicada, quando houver fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência ou a inadequação da penalidade aplicada. (Certo/Errado)

Comentários:

Imaginem o seguinte: em um processo disciplinar uma testemunha fundamental ao esclarecimento dos fatos, cujo depoimento provaria, cabalmente, a inocência do acusado não é encontrada. Daí, o servidor acusado vem a ser demitido. Muitos, mas muitos anos depois, a testemunha reaparece. Então, o que fazer? Simplesmente “deixar para lá”, sabendo que a testemunha poderia provar a inocência do acusado? Não, claro que não! Surge, então, a possibilidade da revisão do processo. Vejamos.

Os processos de natureza disciplinar (PADs e sindicâncias, na 8.112) que gerem sanções podem ser revistos A QUALQUER TEMPO, desde que surjam fatos, ou circunstâncias novos que justifiquem a inocência do punido, ou a inadequação da penalidade aplicada (princípio da autotutela da administração – vide art. 114 da Lei 8.112/90). Contudo, na revisão o ônus da prova é invertido: cabe ao requerente provar a veracidade de suas afirmações. Destacamos que a simples alegação da injustiça da penalidade aplicada não é motivo para abertura do processo revisional.

O pedido de revisão pode ser feito pelo próprio servidor, ou, no caso de ausência/falecimento/desaparecimento deste, por qualquer pessoa da família, ou, ainda, no caso de incapacidade mental do punido, pelo respectivo curador.

Gabarito: CERTO.

A respeito do controle externo e interno da administração pública, julgue os itens subseqüentes.

31) Devido a sua natureza singular, a ABIN não se submete ao controle externo por parte do Tribunal de Contas da União, mas apenas ao controle interno da própria Presidência da República. (Certo/Errado)

Comentários:

Nos termos do art. 70 da CF/1988, o controle alcança toda a Administração Direta e Indireta. Na administração direta, temos os órgãos. Ora, a Abin é um órgão, logo não foge ao controle efetuado pelo TCU, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

32) A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial dos órgãos da União realizada pelo sistema de controle

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externo ou interno pode questionar aspectos que envolvam a própria discricionariedade do administrador. (Certo/Errado)

Comentários:

De acordo com os ensinamentos de parte da doutrina, acompanhada pelo Cespe, é possível o exame da discricionariedade pelo controle interno e externo, a exemplo da economicidade, daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO.

Claudius, servidor público federal, foi acusado de ter praticado ato considerado infração administrativa cuja sanção prevista é a demissão do serviço público. Além disso, esse ato é também capitulado como crime, cuja pena é de 6 meses a 2 anos de detenção.

A administração pública teve ciência da prática desse ato por meio de denúncia anônima. Imediatamente após essa denúncia, foi aberta sindicância investigativa sigilosa, em 12/4/2004, a qual acabou por demonstrar a materialidade do fato e os indícios de participação de Claudius no evento. Em 4/3/2005, publicou-se a portaria instaurando-se o processo administrativo disciplinar, com prazo de conclusão de 60 dias, prorrogáveis por mais 60 dias, o que acabou acontecendo.

Claudius se negou a participar da instrução, sendo nomeado defensor dativo. Somente em 30/7/2007, foi publicada a portaria de demissão de Claudius, fundada nas provas produzidas no processo administrativo disciplinar. Paralelamente, Claudius respondeu a ação penal, tendo sido condenado à pena de reclusão de 6 meses, que foi substituída por uma pena restritiva de direito.

Com referência a essa situação hipotética e ao regime disciplinar dos servidores públicos, julgue os itens subseqüentes.

33) Na hipótese em apreço, o prazo prescricional voltou a correr por inteiro depois de 140 dias a contar de 4/3/2005. (Certo/Errado)

Comentários:

Eita questão difícil, não? Embora a Lei n. 8.112/1990 diga expressamente que a instauração do Processo Administrativo interrompe a prescrição até a decisão pela autoridade competente, o Supremo Tribunal Federal veio amenizar a regra, dando-lhe interpretação mais razoável com o princípio da segurança jurídica.

Segundo orientação do STF, vencido o prazo de 140 dias (60 dias de processo, prorrogável por igual período – mais 60 dias, somando-se 20 dias de julgamento pela autoridade competente), a

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prescrição volta a correr, a fim de a inércia da Administração não prejudique o servidor processado, daí a correção do item.

Entenderam por que do prazo de 140 dias? É o prazo máximo que o PAD tem para ser finalizado, dentro de um critério de razoabilidade. Vejamos a decisão do STF:

PRESCRIÇÃO – PROCESSO ADMINISTRATIVO - INTERRUPÇÃO. A interrupção prevista no § 3º do artigo 142 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, cessa uma vez ultrapassado o período de 140 dias alusivo à conclusão do processo disciplinar e à imposição de pena – artigos 152 e 167 da referida lei – voltando a ter curso, na integralidade, o prazo prescricional. Precedente: Mandado de Segurança nº 22.728-1/PR, Pleno, Relator Ministro Moreira Alves, acórdão publicado no Diário da Justiça de 13 de novembro de 1998.

Gabarito: CERTO.

34) No âmbito do processo administrativo disciplinar, o interrogatório do acusado ocorre antes da inquirição das testemunhas, e depois da sua citação. (Certo/Errado)

Comentários:

Só depois de ouvidas as testemunhas, é que os acusados devem ser ouvidos, devendo ser observadas as mesmas regras válidas para as testemunhas (depoimentos em separado, reduzidos a termo).

Gabarito: ERRADO.

35) Para o STF, viola o direito constitucional à ampla defesa e ao contraditório a nomeação de defensor dativo no processo administrativo disciplinar que não seja advogado ou formado no curso superior em Ciências Jurídicas (Direito). (Certo/Errado)

Comentários:

No PAD, caso o indiciado opte pela revelia, a Administração deverá designar um defensor dativo (necessário, obrigatório) para o servidor. Tal defensor deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter, ainda, nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado (§2º do art. 164 da 8.112/1990), não havendo necessidade de ser formado em Direito.

Gabarito: ERRADO.

36) Eventual tentativa para anular judicialmente o ato administrativo de demissão de Claudius restará limitada aos aspectos meramente formais do processo, não podendo o juiz invadir o mérito da decisão demissionária, mesmo se entender que o caso concreto poderia justificar apenas a penalidade de suspensão e não, a de demissão. (Certo/Errado)

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Comentários:

Opa! O Judiciário não pode ingressar no chamado mérito administrativo. No entanto, se o ato for desproporcional, vimos que o Judiciário pode sim anulá-lo, acaso provocado. Obviamente, não pode o Juiz substituir a penalidade. No caso, compete-lhe anular o ato, cabendo ao administrador rever a prática do ato.

Gabarito: ERRADO.

37) A denúncia anônima, na espécie, poderia justificar a instauração da sindicância investigativa sigilosa, com vistas a identificar a sua procedência, mas não poderia, por si só, justificar a imediata abertura de processo administrativo disciplinar, dado o princípio constitucional que veda o anonimato. (Certo/Errado)

Comentários:

Perfeito quesito! E excelente! Se houver uma denúncia anônima, apoiada em elementos suficientes, cabe ao administrador, em face da indisponibilidade do interesse público, investigar os fatos, de maneira sigilosa, para não expor indevidamente o nome do denunciado (vai que a denúncia é vazia!). Porém, a Lei 8.112/1990 proíbe a instauração de PAD a partir de denúncia anônima, daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO.

38) Sendo Claudius condenado à pena de detenção de 6 meses, o prazo prescricional na esfera administrativa será contado considerando-se a pena in concreto, de forma que a pretensão punitiva administrativa do Estado estava prescrita na data da publicação da citada portaria. (Certo/Errado)

Comentários:

Na boa, recomendo a torcida para que este item não caia de novo. Vamos lá.

Só um pequeno detalhe! Em 2008, o prazo de prescrição para penas inferiores a 1 (um) ano era de dois anos. Agora, com a Lei 12.234/2010, o prazo de prescrição é de 3 (três) anos. Como a pena, in concreto, foi de 6 meses, o prazo prescricional será de 1 ano.

Bom, havendo o cometimento, por servidor público federal, de infração disciplinar capitulada também como crime, aplicam-se os prazos de prescrição da lei penal e as interrupções desse prazo da Lei 8.112⁄90.

No caso, a Administração teve ciência, em 12⁄4⁄2004, da suposta infração disciplinar praticada, quando se iniciou a contagem do prazo prescricional (do conhecimento do fato!) que, todavia, foi interrompido com a abertura da sindicância, em 4⁄3⁄2005. Ocorrendo o encerramento dessa investigação em 4⁄5⁄2005, a partir desta data o prazo de prescrição começou a correr por inteiro.

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Na esfera penal, o impetrante foi condenado à pena de seis meses. Por conseguinte, a prescrição passou a ser de dois anos (e não mais cinco, nos termos da Lei 8.112/90!), porque calculada com base na pena in concreto, segundo estabelece o art. 142, §2º, da Lei 8.112⁄1990.

Desse modo, a Administração teria dois anos para aplicação da penalidade de demissão. O prazo de prescrição tem como termo inicial a data de encerramento dos trabalhos de sindicância, que ocorreu em 4⁄5⁄2005, pelo que se tem como termo final 4⁄5⁄2007. Assim, quando da publicação do ato de demissão, em 30⁄7⁄2007, já havia transcorrido integralmente o prazo prescricional da pretensão punitiva do Estado.

Gabarito: CERTO.

39) A sindicância investigativa é uma fase necessária do processo administrativo disciplinar. (Certo/Errado)

Comentários:

Vimos que vários podem ser os resultados da sindicância. Se a penalidade é superior a 30 dias de suspensão ou mais grave, não há a necessidade de instauração prévia de sindicância, o PAD deve ser instaurado diretamente, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

Na segunda fase do concurso para provimento de cargo de policial, Flávio matriculou-se no curso de formação, já que tinha sido aprovado nas provas objetivas, no exame psicotécnico e no teste físico, que compunham a chamada primeira fase. No entanto, a administração pública anulou o teste físico, remarcando nova data para a sua repetição, motivo pelo qual foi anulada a inscrição de Flávio no curso de formação.

Acerca dos atos administrativos referentes à situação hipotética apresentada, julgue os itens subseqüentes.

40) Conforme entendimento do STF, o exame psicotécnico, para ser admitido em concursos públicos, deve estar previsto em lei e conter critérios objetivos de reconhecido caráter científico, sendo prescindível a possibilidade de reexame na esfera administrativa. (Certo/Errado)

Comentários:

Cuidado com o verbo PRESCINDIR! A possibilidade de reexame não é prescindível, ao contrário, é imprescindível, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

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41) A anulação do exame físico está inserida no poder de autotutela da administração, não sendo imprescindível que haja contraditório e ampla defesa, pois o ato em si não trouxe qualquer prejuízo para Flávio — já que ele irá refazer o teste físico — nem para os demais candidatos. (Certo/Errado)

Comentários:

Eita! De novo o verbo prescindir! Não sendo imprescindível é sinônimo para sendo prescindível. Há sim dever de contraditório, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

42) Considerando que a motivação apresentada pela administração não seja a medida mais adequada para anular o teste físico de Flávio, o juiz poderá aplicar a teoria dos motivos determinantes para anular o ato anulatório. (Certo/Errado)

Comentários:

Já vimos isso. Se a motivação é inadequada, há vício. Se existe vício, em havendo provocação, caberá o controle pelo Poder Judiciário, daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO.

Quanto aos poderes públicos, julgue os próximos itens.

43) Decorre do poder disciplinar do Estado a multa aplicada pelo poder concedente a uma concessionária do serviço público que tenha descumprido normas reguladoras impostas pelo poder concedente. (Certo/Errado)

Comentários:

Excelente quesito. É costumeiro pensarmos que o poder disciplinar alcança apenas os servidores do Estado. Na verdade, o poder disciplinar alcança todos aqueles que mantenham vínculo especial com o Estado, exemplo das empresas contratadas, daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO.

44) Não há que se confundir a discricionariedade do administrador em decidir com base nos critérios de conveniência e oportunidade com os chamados conceitos indeterminados, os quais carecem de valoração por parte do intérprete diante de conceitos flexíveis. Dessa forma, a discricionariedade não pressupõe a existência de conceitos jurídicos indeterminados, assim como a valoração desses conceitos não é uma atividade discricionária, sendo passível, portanto, de controle judicial. (Certo/Errado)

Comentários:

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Item, no mínimo, polêmico. Há doutrinadores que consideram a existência de discricionariedade nos conceitos jurídicos indeterminados de valor, exemplo dos signos moralidade e interesse público. Outros, no entanto, afastam esta tese. O caminho trilhado pelo Cespe foi pelo não reconhecimento da dita discricionariedade. Ao longo do curso, aprofundaremos a discussão.

Gabarito: CERTO.

45) O ato normativo do Poder Executivo que contenha uma parte que exorbite o exercício de poder regulamentar poderá ser anulado na sua integralidade pelo Congresso Nacional. (Certo/Errado)

Comentários:

Item excelente! Nos termos do art. 49, V, da CF/1988, compete ao CN SUSTAR (não revogar e sequer anular!) os atos regulamentares que exorbitem o conteúdo da lei, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

Abraço a todos,

Cyonil Borges (Seano’neal), Elaine Marsula ou Lanlan, e Sandro “Maranhão”.