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Legislação Aduaneira p/ RFB-2013 Teoria e Questões Prof. Ricardo Vale- Aula 03 Prof. Ricardo Vale www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 111 AULA 03: LEGISLAÇÃO ADUANEIRA SUMÁRIO PÁGINA 1-Palavras Iniciais 1 2- Controle Aduaneiro 2 - 3 3- Procedimentos Gerais de Importação 3  36 4- Procedimentos Gerais de Exportação 36  49 5- Casos Especiais de Importação e Exportação Previstos na Legislação 49 - 56 6- Revisão Aduaneira 56 7- Atividades Relacionadas aos Serviços Aduaneiros 57  63 8- Questões Comentadas 64  91 9- Lista de Questões e Gabarito 92 - 111 Olá, amigos (as), tudo bem? Nas duas aulas anteriores, nós estudamos tudo sobre a tributação no comércio exterior . Hoje, estudaremos acerca dos trâmites aduaneiros nas operações de importação e exportação. Os tópicos do edital são os seguintes: “9. Procedimentos Gerais de Importação e de Exportação. 9.1.  Atividades Relacionadas aos Serviços Aduaneiros. 9.2. Despacho  Aduaneiro de Importação e Despacho Aduaneiro de Exportação. 9.2.1. Disposições Gerais. 9.2.2. Modalidades. 9.2.3. Documentos que os Instruem. 9.2.4. Casos Especiais de Importação e de Exportação Previstos na Legislação. 9.3. Espécies de Declaração de Importação e de Declaração de Exportação. 9.4. Declaração de Importação. 9.5. Conferência e Desembaraço na Importação e na Exportação. 9.6. Cancelamento da Declaração de Importação e da Declaração de Exportação. 9.7. Lançamento dos Impostos Incidentes sobre a Importação.   Grande abraço a todos, Ricardo Vale [email protected] http://www.facebook.com/rvale01 

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AULA 03: LEGISLAÇÃO ADUANEIRA

SUMÁRIO PÁGINA1-Palavras Iniciais 12- Controle Aduaneiro 2 - 33- Procedimentos Gerais de Importação 3 – 364- Procedimentos Gerais de Exportação 36 – 495- Casos Especiais de Importação e ExportaçãoPrevistos na Legislação

49 - 56

6- Revisão Aduaneira 567- Atividades Relacionadas aos Serviços Aduaneiros 57 – 638- Questões Comentadas 64 – 919- Lista de Questões e Gabarito 92 - 111

Olá, amigos (as), tudo bem?

Nas duas aulas anteriores, nós estudamos tudo sobre a tributaçãono comércio exterior . Hoje, estudaremos acerca dos trâmites aduaneirosnas operações de importação e exportação. Os tópicos do edital são osseguintes:

“9. Procedimentos Gerais de Importação e de Exportação. 9.1.

 Atividades Relacionadas aos Serviços Aduaneiros. 9.2. Despacho Aduaneiro de Importação e Despacho Aduaneiro de Exportação.9.2.1. Disposições Gerais. 9.2.2. Modalidades. 9.2.3. Documentosque os Instruem. 9.2.4. Casos Especiais de Importação e deExportação Previstos na Legislação. 9.3. Espécies de Declaração deImportação e de Declaração de Exportação. 9.4. Declaração deImportação. 9.5. Conferência e Desembaraço na Importação e naExportação. 9.6. Cancelamento da Declaração de Importação e daDeclaração de Exportação. 9.7. Lançamento dos ImpostosIncidentes sobre a Importação.”  

Grande abraço a todos,

Ricardo Vale

[email protected] http://www.facebook.com/rvale01 

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1-CONTROLE ADUANEIRO:

O controle aduaneiro, conforme já estudamos anteriormente, écompetência da Secretaria da Receita Federal do Brasil. No exercício dessa

atividade, a RFB tem por objetivo realizar o controle de tudo o que entra e saido território aduaneiro, tutelando bens jurídicos importantes para oEstado, como a segurança nacional e a saúde de pessoas e animais. Alémdisso, visa a impedir delitos transfronteiriços, como o tráfico ilícito deentorpecentes, o contrabando, o descaminho e a importação de produtos comviolação aos direitos de propriedade intelectual.

O controle aduaneiro não tem finalidade arrecadatória, mas simextrafiscal . Seu objeto central é a segurança da sociedade como um todo. Éclaro que, ao fiscalizar o cumprimento das normas de importação e

exportação, a RFB também verifica se o recolhimento tributário foiregularmente efetuado. Destaque-se, todavia, que a arrecadação tributária éapenas finalidade subsidiária do controle aduaneiro.

A RFB desempenha suas atividades de controle aduaneiro,essencialmente, na circulação transfronteiriça de mercadorias e veículos.No entanto, o controle aduaneiro também poderá ser exercido a posteriori .1 Mesmo quando o controle aduaneiro é exercido a posteriori , seu foco serão osdesdobramentos da operação de circulação transfronteiriça. Isso quer dizerque uma fiscalização aduaneira poderá acontecer depois que a mercadoria

ingressar no país, mas seu objeto será justamente analisar se houve qualquerirregularidade naquela entrada. Os principais documentos do controleaduaneiro são a Declaração de Importação (DI)  e a Declaração deExportação (DE), utilizados, respectivamente, no despacho aduaneiro deimportação e despacho aduaneiro de exportação. Ressalte-se que asatividades de despacho podem ser consideradas elementos-chave para ocontrole aduaneiro de mercadorias.

Como já se sabe, o comércio exterior é atividade estratégica para osEstados. Nesse sentido, o grau de abertura comercial   está diretamenteligado à estratégia de desenvolvimento  adotada pelo país. A exposição àconcorrência internacional pode estimular a competitividade da indústriadoméstica ou, em certos casos, causar desemprego e fechamento deempresas.

Nesse ambiente competitivo, fraudes no comércio exterior podemtrazer vantagens indevidas a algumas empresas. Vários são os exemplosque podem ser apresentados: classificação fiscal incorreta (com o objetivo deque incida uma alíquota reduzida de imposto de importação), subfaturamento

1

 O controle aduaneiro a posteriori são as atividades de fiscalização aduaneira depoisque a mercadoria entrou no país. São as chamadas operações de “zona secundária”.Mais à frente entenderemos o que significa o termo “zona secundária”.

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(com o objetivo de reduzir a base de cálculo dos direitos aduaneiros), falsadeclaração de origem (para burlar a incidência de direitos antidumping), dentreoutras. É aí que é possível afirmar que o controle aduaneiro exercido pela RFBtambém visa impedir a concorrência desleal  e, por conseguinte, oferecer proteção à indústria doméstica.

Dito tudo isso, vamos, agora, entender como é feito o controleaduaneiro de mercadorias pela RFB. Para isso, estudaremos sobre o despachode importação e o despacho de exportação.

2- PROCEDIMENTOS GERAIS DE IMPORTAÇÃO:

2.1-Despacho Aduaneiro de Importação:

O despacho de importação  é regulamentado pela  IN SRF nº680/2006 e, ainda, por dispositivos do Regulamento Aduaneiro. Trata-se deprocedimento que viabiliza a realização, pela Receita Federal do Brasil, docontrole aduaneiro das importações.

Mas qual seria o conceito de despacho de importação?

Entende-se por despacho de importação o procedimento fiscal  mediante o qual é verificada

a exatidão dos dados declarados pelo importadorem relação à mercadoria importada, aosdocumentos apresentados e à legislaçãoespecífica. Trata-se de procedimento mediante o qualse processa o desembaraço aduaneiro de umamercadoria importada.

Por meio do despacho de importação, a autoridade aduaneiraverificará se os dados declarados pelo importador  batem com a realidade,isto é, se o que foi declarado está em conformidade  com a mercadoriaimportada, os documentos apresentados e a legislação específica.

Segundo o art. 543 do R/A, toda mercadoria  procedente doexterior, importada a título definitivo ou não, sujeita ou não ao pagamento doimposto de importação, deverá ser submetida a despacho de importação,que será realizado com base em declaração apresentada à unidadeaduaneira  sob cujo controle estiver a mercadoria. Trata-se de manifestaçãodo princípio da universalidade do controle aduaneiro, que impede que asmercadorias que entrem no país escapem ao controle pela Aduana.

Como é possível verificar a partir do exame do art. 543, do R/A,  se

 submetem ao despacho de importação as mercadorias que ingressem nopaís em caráter definitivo (mercadorias que tenham sido compradas por uma

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empresa brasileiro) ou em caráter temporário  (como, por exemplo,automóveis que ingressem no Brasil para participarem de uma exposição,regressando, posteriormente, ao exterior).

O art. 1º, da IN SRF nº 680/2006, é enfático nesse sentido:

Art. 1o A mercadoria que ingresse no País, importada a título definitivoou não, sujeita-se a despacho aduaneiro de importação, que seráprocessado com base em declaração formulada no Sistema Integradode Comércio Exterior (Siscomex), salvo exceções previstas nestaInstrução Normativa ou em normas específicas.

Conforme já se sabe, o controle aduaneiro tem naturezaeminentemente extrafiscal , não tendo como objetivo direto a arrecadaçãotributária. Em razão disso é que o art. 543, do R/A, já mencionado, determinaque as mercadorias que ingressem no país, estejam ou não sujeitas ao pagamento do imposto de importação, se submetem ao despacho deimportação.

Também se submetem ao despacho aduaneiro de importação:

i) as mercadorias que, após terem sido submetidas a despachoaduaneiro de exportação,  retornem ao país. Ex: uma mercadoria éexportada em caráter temporário ou a título definitivo e, posteriormente, voltapara o Brasil. No retorno, ela se submeterá ao despacho de importação.

ii) as mercadorias que, após terem sido submetidas a despachoaduaneiro de exportação, permaneçam no País, em caráter definitivo outemporário, nos termos da legislação específica. Ex: é realizada umaexportação ficta, isto é, a mercadoria se submete a despacho de exportação,mas não sai do território aduaneiro. Caso seja decidido, posteriormente, queela será nacionalizada, procede-se ao despacho de importação.

iii) mercadorias de origem estrangeira que ingressaram no país  eque,  posteriormente, são transferidas para outro regime aduaneiroespecial ou mesmo nacionalizadas (despachadas para consumo). Ex: uma

mercadoria estrangeira entra no Brasil ao amparo do regime de admissãotemporária. Se o importador decidir nacionalizá-la, isto é, adquiri-la a títulodefinitivo, ela se submeterá a despacho de importação.

Mas será que há algum bem que, ao entrar no País, está dispensadodo despacho de importação? Ou, em outras palavras, será que algum bemexcepciona o princípio da universalidade do controle aduaneiro?

Sim, meu amigo! Como aprendemos na escola, para quase toda regrahá exceções...

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A entrada no País de mala diplomática, assim considerada a quecontenha tão-somente documentos diplomáticos e objetos destinados a usooficial está dispensada de despacho de importação. Destaque-se que amala diplomática deverá conter  sinais exteriores visíveis que indiquem seu caráter   e ser entregue a  pessoa formalmente credenciada  pela

missão diplomática. A mala consular também é dispensada do despacho deimportação. 2 Trata-se do que se chama inviolabilidade absoluta da maladiplomática / consular .

No entanto, essa inviolabilidade absoluta não se estende aorestante da bagagem dos agentes diplomáticos e consulares.  Nessesentido, a autoridade aduaneira poderá inspecionar essa bagagem na presençado agente diplomático ou consular, assim como apreender os bens cujaimportação é proibida. A pessoa que transporta a mala diplomática édenominada correio diplomático, devendo possuir um documento que

indique essa condição e especifique o número de volumes que integra a maladiplomática.

O despacho de importação é processado com base em Declaração e, em regra, é realizado no SISCOMEX . Há, entretanto, despachos deimportação realizados fora do SISCOMEX , o que depende da natureza doimportador, da operação e da mercadoria que está sendo importada. 3 Destaque-se que o despacho de importação pode ser realizado em  zona primária (portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados) ou em  zona secundária (portos secos).

O documento base do despacho de importação é a Declaração de Importação (DI) , cujo registro no SISCOMEX materializa o início dodespacho aduaneiro. Ao ser registrada no SISCOMEX, a Declaração deImportação recebe um número, ou seja, ocorre a numeração do despacho.

A Declaração de Importação (DI) consiste na prestação deinformações de natureza comercial e fiscal pelo importador, sendo umdocumento instrutivo do despacho. Registre-se que, em determinadassituações, o despacho aduaneiro é realizado com base em DeclaraçãoSimplificada de Importação (DSI).

2 A dispensa do despacho de importação de malas diplomáticas e malas consulares éregra que decorre da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas (1961) e

Convenção de Viena sobre Relações Consulares (1963).3 Mais à frente, estudaremos as situações que o despacho de importação é feito forado SISCOMEX.

Se a banca disser que o despacho aduaneiro deimportação sempre irá se processar com base emuma DI, ela estará tentando te enganar!   Odespacho aduaneiro de importação também pode ter como base uma DSI!

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2.2- Modalidades de Despacho Aduaneiro de Importação:

Há três tipos de despacho aduaneiro:

a)  Despacho para consumo: é aplicável às mercadorias

nacionalizadas, isto é, importadas a título definitivo. Diz-se que asmercadorias importadas em caráter definitivo são incorporadas à economianacional.

Também se submetem a despacho para consumo:

i)  as mercadorias importadas ao amparo do regime aduaneiroespecial de drawback . O drawback será objeto de nosso estudoem aula futura, consistindo em importante incentivo àsexportações brasileiras. Por meio do drawback , uma empresa

consegue importar ou adquirir no mercado interno, comdesoneração tributária, mercadorias que serão utilizadas noprocesso produtivo de um bem a ser exportado.

ii) mercadorias que ingressem na  ZFM, Amazônia Ocidental e Áreas de Livre Comércio   sem o benefício de isençãotributária. Nem todas as mercadorias que ingressam nessasáreas gozam de isenção. Um exemplo são os automóveis, que,portanto, se submeterão a despacho para consumo, mesmoquando ingressarem na Zona Franca de Manaus.

iii) mercadorias constantes de remessa postal internacional  ou de bagagem de viajantes às quais seja aplicado o regimede importação comum.

iv)  mercadorias admitidas em regime aduaneiro especial ouaplicado em áreas especiais que venham a sernacionalizadas, ou seja, submetidas ao regime comum deimportação. Isso acontece, por exemplo, quando um bem éadmitido temporariamente  (um guindaste estrangeiro éalugado para utilização em obra de construção civil) e,posteriormente, decide-se que ele irá ficar em caráterdefinitivo  no país. No momento em que é admitidotemporariamente, bem sofre despacho para admissão; porocasião da nacionalização, despacho para consumo.

b) Despacho para admissão: aplicável às mercadorias importadasao amparo de regimes aduaneiros especiais e regimes aduaneiros aplicados emáreas especiais, quando, nessa última hipótese, receberem isenção tributária.

c)  Despacho para internação: aplicável às mercadorias que

 saem da Zona Franca de Manaus ou Áreas de Livre Comércio comdestino ao restante do território nacional . O despacho de internação é

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importante porque, nesse momento, é feito o recolhimento dos tributos quereceberam benefícios fiscais ao ingressarem nessas áreas. Ex: um computadorfoi importado com isenção por empresa situada na ZFM. Ao vender ocomputador para empresa situada em Minas Gerais, haverá recolhimentotributário referente aos tributos que haviam sido objeto de isenção. O

computador, ao ser vendido para a empresa situada em Minas Gerais, sofrerádespacho para internação.

1)  Conforme mencionamos acima, existem trêsmodalidades  de despacho aduaneiro: despacho paraconsumo, despacho para admissão e despacho parainternação.

No entanto, pela literalidade da IN SRF nº 680/2006, sãoapenas duas  as modalidades do despacho aduaneiro

de importação: despacho para consumo e despacho parainternação. Seguindo essa interpretação, o despacho parainternação não é modalidade do despacho de importação,sendo objeto de regulamentação própria (IN SRF nº242/2002).

De qualquer forma, recomendo bastante atenção naprova, pois, a partir de considerações doutrinárias, éplenamente possível admitir-se que o despacho deinternação é uma modalidade de despacho de importação.

2) A ESAF adora cobrar em prova qual o tipo de despachoaduaneiro aplicável às mercadorias importadas ao amparodo drawback . O drawback   é o único regime aduaneiroespecial em que as mercadorias nele admitidas sesubmeterão a despacho para consumo. Ao ingressaremem qualquer outro regime aduaneiro especial, asmercadorias se submetem a despacho para admissão.

2.3- Documentos Instrutivos do Despacho de Importação:

A Declaração de Importação (DI) é o documento base do despachode importação, devendo conter   a identificação do importador e aidentificação, a classificação, o valor aduaneiro e a origem da mercadoria.

A RFB poderá, ainda, exigir, na declaração de importação, outrasinformações, inclusive as destinadas a estatísticas de comércio exterior. ARFB também possui competência para estabelecer diferentes tipos deapresentação da declaração de importação, apropriados à natureza dos

despachos, ou a situações específicas em relação à mercadoria ou a seutratamento tributário.

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Segundo o art. 553, do Regulamento Aduaneiro, a declaração deimportação será obrigatoriamente instruída com os seguintes documentos:i)  via original do conhecimento de carga  ou documento de efeitoequivalente; ii) a via original da fatura comercial , assinada pelo exportadore; iii)  o comprovante de pagamento dos tributos, se exigível. Poderão,

ainda, ser exigidos outros documentos para instruir a DI em decorrência deacordos internacionais ou por força de lei, de regulamento ou de outro atonormativo.

Art. 553. A declaração de importação será obrigatoriamente instruídacom:I - a via original do conhecimento de carga ou documento de efeitoequivalente;II - a via original da fatura comercial, assinada pelo exportador; eIII - o comprovante de pagamento dos tributos, se exigívelParágrafo único. Poderão ser exigidos outros documentos instrutivosda declaração aduaneira em decorrência de acordos internacionais oupor força de lei, de regulamento ou de outro ato normativo

O inciso I menciona o conhecimento de carga , também chamadoconhecimento de transporte, é um documento que materializa o contrato defrete internacional . Ele é emitido pelo transportador assim que é celebrado ocontrato de frete e constitui prova de posse ou de propriedade da mercadoria.A cada conhecimento de carga corresponde uma única declaração deimportação, salvo algumas exceções estabelecidas pela RFB. A Receita Federalpoderá dispor sobre hipóteses de não-exigência do conhecimento de carga.

O inciso II trata da fatura comercial , que é o documentocomprobatório da transação comercial , sintetizando o contrato de comprae venda celebrado entre o exportador e o importador. Não se pode confundirfatura comercial com nota fiscal. A nota fiscal é documento tributáriobrasileiro; a fatura comercial é documento que, nesse caso, materializa acompra e venda internacional. Em uma operação de importação, não há que sefalar em nota fiscal, já que a empresa estrangeira não pode emitir taldocumento.

O art. 557 do R/A define as informações  que deverão estarpresentes na fatura comercial :

Art. 557. A fatura comercial deverá conter as seguintes indicações:I - nome e endereço, completos, do exportador;II - nome e endereço, completos, do importador e, se for caso, doadquirente ou do encomendante predeterminado;III - especificação das mercadorias em português ou em idioma oficialdo Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio, ou, se em outro idioma,acompanhada de tradução em língua portuguesa, a critério daautoridade aduaneira, contendo as denominações próprias e

comerciais, com a indicação dos elementos indispensáveis a suaperfeita identificação;

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IV - marca, numeração e, se houver, número de referência dosvolumes;V - quantidade e espécie dos volumes;VI - peso bruto dos volumes, entendendo-se, como tal, o damercadoria com todos os seus recipientes, embalagens e demais

envoltórios;VII - peso líquido, assim considerado o da mercadoria livre de todo equalquer envoltório;VIII - país de origem, como tal entendido aquele onde houver sidoproduzida a mercadoria ou onde tiver ocorrido a última transformaçãosubstancial;IX - país de aquisição, assim considerado aquele do qual a mercadoriafoi adquirida para ser exportada para o Brasil, independentemente dopaís de origem da mercadoria ou de seus insumos;X - país de procedência, assim considerado aquele onde se encontravaa mercadoria no momento de sua aquisição;

XI - preço unitário e total de cada espécie de mercadoria e, se houver,o montante e a natureza das reduções e dos descontos concedidos;XII - custo de transporte a que se refere o inciso I do art. 77 e demaisdespesas relativas às mercadorias especificadas na fatura;XIII - condições e moeda de pagamento; eXIV - termo da condição de venda (INCOTERM).Parágrafo único. As emendas, ressalvas ou entrelinhas feitas nafatura deverão ser autenticadas pelo exportador.

O conhecimento de carga aéreo  equipara-se à faturacomercial , desde que nele constem as indicações de quantidade, espécie e

valor das mercadorias que lhe correspondam (características essenciais deuma fatura comercial)

 A fatura comercial poderá ter validade mesmocom emendas, ressalvas ou entrelinhas. Noentanto, para isso, será necessária a autenticação pelo exportador .

O inciso III, por sua vez, menciona a necessidade de apresentação docomprovante de pagamento de tributos, se exigível. Hoje, o recolhimentodos tributos incidentes na importação é feito mediante débito bancário eautomaticamente com o registro da DI .

O parágrafo único, do art. 553, por último, menciona outrosdocumentos, exigidos exclusivamente em decorrência de acordosinternacionais ou de legislação específica. Aqui podemos citar os certificados deorigem, que deverão ser apresentados com o objetivo de que determinadasmercadorias possam usufruir de tratamento tributário diferenciado emrazão da origem. Exemplo: a importação de produtos argentinos deve virinstruída com o Certificado de Origem do MERCOSUL, o que fará com que ela

entre no Brasil livre de direitos aduaneiros.

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O art. 18 da IN SRF nº 680/2006, ao dispor sobre os documentosinstrutivos da Declaração de Importação (DI), relaciona os documentos:

Art. 18. A DI será instruída com os seguintes documentos:I - via original do conhecimento de carga ou documento equivalente;

II - via original da fatura comercial, assinada pelo exportador;III - romaneio de carga ( packing list ), quando aplicável; eIV - outros, exigidos exclusivamente em decorrência de AcordosInternacionais ou de legislação específica.

Como é possível perceber, o dispositivo supratranscrito praticamentereproduz o art. 553 do Regulamento Aduaneiro. No entanto, nota-se duasdiferenças:

a)  A IN SRF nº 680/2006 não menciona a necessidade deapresentação de comprovante de pagamento de tributos  devidos. Issose deve ao fato de que, atualmente, na maior parte dos casos, o recolhimentodos tributos será feito automaticamente, no momento do registro da DI.

b) O Regulamento Aduaneiro não faz menção à necessidade deinstruir a DI com o romaneio de carga, também conhecido como packing list .Trata-se de documento que descreve o conteúdo e as característicasespecíficas de cada volume (peso, dimensões, tipo). O romaneio de carganão é aplicável   às cargas que não são compostas por vários volumes (ex:granéis) e às cargas que se auto-identificam (ex: automóveis).

Por fim, é importante comentar que os documentos instrutivos dedeclaração aduaneira ou necessários ao controle aduaneiro podem seremitidos, transmitidos e recepcionados eletronicamente.

Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova!

1.  (Analista Tributário RFB –  2012) A declaração de importação é odocumento base do despacho de importação e será instruída com a via originaldo conhecimento de carga ou documento de efeito equivalente; a via originalda fatura comercial, assinada pelo exportador; o comprovante de pagamentodos tributos, se exigível; e outros documentos exigidos em decorrência deacordos internacionais ou por força de lei, de regulamento ou de outro atonormativo.

Comentários:

Isso é exatamente o que dispõe o art. 553, do R/A:

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Art. 553. A declaração de importação será obrigatoriamente instruídacom:I - a via original do conhecimento de carga ou documento de efeitoequivalente;II - a via original da fatura comercial, assinada pelo exportador; e

III - o comprovante de pagamento dos tributos, se exigívelParágrafo único. Poderão ser exigidos outros documentos instrutivosda declaração aduaneira em decorrência de acordos internacionais oupor força de lei, de regulamento ou de outro ato normativo

Questão correta.

2.  (Analista Tributário RFB –  2012) O despacho aduaneiro deimportação poderá ser efetuado apenas em zona primária.

Comentários:

O despacho aduaneiro de importação poderá ser efetuado em zonaprimária ou em zona secundária. Questão errada.

3.  (Questão Inédita) Toda mercadoria procedente do exterior, importadaa título definitivo ou não, sujeita ou não ao pagamento do imposto deimportação, deverá ser submetida a despacho de importação.

Comentários:

Segundo o art. 543, do R/A, “toda mercadoria procedente doexterior, importada a título definitivo ou não, sujeita ou não ao pagamento doimposto de importação, deverá ser submetida a despacho de importação, queserá realizado com base em declaração apresentada à unidade aduaneira sobcujo controle estiver a mercadoria.”  Questão correta.

4.  (Questão Inédita) A Declaração de Importação (DI) será instruída coma via original do manifesto internacional de carga.

Comentários:

Cuidado para não confundir. Não é o manifesto de carga, mas sim oconhecimento de carga que deverá instruir a DI. Questão errada.

5.  (Questão Inédita) As mercadorias que não sejam importadas a títulodefinitivo estão dispensadas do despacho de importação. Entretanto, asmercadorias exportadas temporariamente que retornem ao Brasil sesubmetem ao referido despacho.

Comentários:

As mercadorias importadas a título temporário também se submetemao despacho de importação. Questão errada.

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6.  (Questão Inédita) A declaração de importação deverá conter aidentificação do importador e a identificação, a classificação, o valor aduaneiroe a origem da mercadoria. Instrui a declaração de importação o manifestointernacional de carga.

Comentários:

O manifesto internacional de carga não instrui a DI. Questão errada.

2.4- Fases do Despacho Aduaneiro de Importação: 

2.4.1- Registro da DI:

A Declaração de Importação (DI) consiste em documento por meio doqual o importador  presta informações à autoridade aduaneira, dandoinício ao despacho aduaneiro de importação. Trata-se do documentobase do despacho aduaneiro, devendo conter a identificação do importador,a identificação, a classificação, o valor aduaneiro e a origem da mercadoria.

O registro da DI  é um momento importante por diversos motivos.Conforme já estudamos, o registro da DI é o momento em que se consideraocorrido o fato gerador do imposto de importação. É, inclusive, no exatomomento do registro da DI, que os tributos incidentes sobre a importação sãodebitados da conta-corrente do importador.

Ademais, o registro da DI tem o condão de excluir aespontaneidade do sujeito passivo. Recorde-se que a denúnciaespontânea é instituto jurídico tributário que permite que o sujeito passivo,por ato próprio e antes de qualquer procedimento ou medida de fiscalização,recolha os tributos e os juros devidos, deixando de ser responsável porinfrações cometidas. Assim, depois de registrada a DI, não há que se falarmais em denúncia espontânea. Caso o importador tenha apresentadoinformações erradas, ele irá arcar com a responsabilidade pela infração.

A IN SRF nº 680/2006 prevê alguns limites para o registro de umaDeclaração de Importação. O art. 4º, § 1º, dispõe que não será admitidoagrupar, em uma mesma DI, mercadoria que proceda do exterior emercadoria que já esteja no País submetida a algum regime aduaneiroespecial . Imaginemos, por exemplo, que a empresa Alpha Bética possui 3(três) guindastes no Brasil em admissão temporária e está comprando mais 2(dois) guindastes do exterior. Nesse caso, se ela desejar nacionalizar os 3(três) guindastes, deverá fazê-lo por meio de DI diversa àquela que se referirà compra (nacionalização) dos outros dois guindastes.

Ainda sobre os limites ao registro de DI, é possível que sejaformulada uma única DI para o despacho de mercadorias que,

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 procedendo diretamente do exterior, tenham uma  parte destinada aconsumo e outra a ser submetida ao regime aduaneiro especial deadmissão temporária ou a ser reimportada. Suponha, por exemplo, que aempresa Strategus Ltda esteja comprando 200 geladeiras e admitindotemporariamente outras 100 geladeiras. Essa operação como um todo poderá

ser objeto de uma única declaração.

O registro da DI no SISCOMEX somente será efetivado após o cumprimento dos requisitos elencados no art. 15  da IN SRF nº 680/2006,quais sejam:

a)  Verificação da regularidade cadastral do importador. OSISCOMEX irá verificar qual a situação do CNPJ do importador; se houveralguma irregularidade cadastral, ele não permite o registro da DI.

b)  Após o licenciamento de importação (quando exigível) e averificação do atendimento às normas cambiais: o licenciamento deimportação, quando for necessário, será sempre prévio ao despachoaduaneiro.

c)  Após a chegada da carga: em regra, o registro da DI somente éefetivado após a confirmação, no SISCOMEX, da disponibilidade da carga. Odepositário de mercadoria sob controle aduaneiro, na importação, deveráinformar à RFB, de forma imediata, sobre a disponibilidade da carga recolhidasob sua custódia em local ou recinto alfandegado, de zona primária ou

secundária, mediante indicação do correspondente Número Identificador daCarga (NIC). O NIC deverá ser informado pelo importador ao preencher a DI.

Destaque-se que, em algumas situações, não é necessário que seja confirmada a presença de carga, isto é, que a mercadoria sejadescarregada na unidade da SRF de despacho. Isso é o que ocorre nashipóteses em que a IN SRF nº 680/2006 autoriza o registro antecipado daDI . É o que conhecemos por despacho antecipado, em que o despacho éiniciado (pelo registro da DI) antes da chegada da carga no país. Trata-se desituações especiais, em que se exige maior celeridade nos procedimentos deimportação.

Art. 17. A DI relativa a mercadoria que proceda diretamente doexterior poderá ser registrada antes da sua descarga na unidadeda SRF de despacho, quando se tratar de: I - mercadoria transportada a granel, cuja descarga deva se realizardiretamente para terminais de oleodutos, silos ou depósitos próprios,ou veículos apropriados;II - mercadoria inflamável, corrosiva, radioativa ou que apresentecaracterísticas de periculosidade;III - plantas e animais vivos, frutas frescas e outros produtosfacilmente perecíveis ou suscetíveis de danos causados por agentesexteriores;IV - papel para impressão de livros, jornais e periódicos;

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V - órgão da administração pública, direta ou indireta, federal,estadual ou municipal, inclusive autarquias, empresas públicas,sociedades de economia mista e fundações públicas; eVI - mercadoria transportada por via terrestre, fluvial ou lacustre.

d) Confirmação pelo banco da aceitação do débito relativo aostributos, contribuições e direitos devidos, inclusive da Taxa deUtilização do Siscomex : no ato do registro da DI, os tributos sãoautomaticamente debitados da conta bancária do importador. Também é nomomento do registro da DI que são recolhidos, quando for o caso, direitosantidumping, direitos compensatórios e medidas de salvaguarda.

e) Não ter sido constatada qualquer irregularidade impeditivado registro. Entende-se por irregularidade impeditiva do registro dadeclaração aquela decorrente da omissão de dado obrigatório ou o seu

fornecimento com erro, bem assim a que decorra de impossibilidade legalabsoluta.

Agora eu te pergunto: o importador pode verificar a mercadoria antesdo registro da DI?

Sim, pode. O importador poderá requerer, previamente ao registroda DI, a verificação das mercadorias efetivamente recebidas doexterior , para dirimir dúvidas quanto ao tratamento tributário ou aduaneiro,inclusive no que se refere à sua perfeita identificação com vistas à classificaçãofiscal e à descrição detalhada.

A verificação por parte do importador, antes do registroda DI, não dispensa a verificação física pelaautoridade aduaneira, por ocasião do despacho deimportação. Com efeito, a verificação prévia é realizadacom o acompanhamento de qualquer servidor , quenão necessariamente é uma autoridade aduaneira(Auditor da RFB).

Art. 10. O importador poderá requerer, previamente ao registro daDI, a verificação das mercadorias efetivamente recebidas do exterior,para dirimir dúvidas quanto ao tratamento tributário ou aduaneiro,inclusive no que se refere à sua perfeita identificação com vistas àclassificação fiscal e à descrição detalhada.

§ 1º O requerimento deverá ser instruído com o conhecimento decarga correspondente e dirigido ao chefe do setor responsável pelodespacho aduaneiro, o qual deverá indicar um servidor paraacompanhar o ato.

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§ 2º A verificação da mercadoria pelo importador, nos termos desteartigo, não dispensa a verificação física pela autoridadeaduaneira, por ocasião do despacho de importação, se for o caso.

Qual o  prazo limite para o registro da DI ? Ou, em outras

palavras, até quando pode ser iniciado o despacho aduaneiro deimportação?

O despacho de importação deverá ser iniciado em:

i)  até noventa dias da descarga, se a mercadoria estiver emrecinto alfandegado de zona primária;

ii)  até quarenta e cinco dias  após esgotar-se o prazo depermanência da mercadoria em recinto alfandegado de zona secundária; e

iii)  até noventa dias, contados do recebimento do aviso dechegada da remessa postal .

Se o importador não fizer o registro da DI dentro dos prazos acimamencionados, as mercadorias serão consideradas abandonadas e terá inícioo processo para aplicação da  pena de perdimento. Dessa forma, se umamercadoria for descarregada no Porto de Santos (zona primária) para que lásofra despacho aduaneiro, o importador terá 90 dias para registrar a DI, sobpena de a mercadoria ser considerada abandonada.

2.4.2- Seleção para Conferência Aduaneira:

Após o registro da DI, esta é submetida a uma análise fiscal  e, combase em critérios parametrizados no SISCOMEX, é direcionada para 1 (um)entre 4 (quatro) canais disponíveis. Os canais para os quais a DI poderáser direcionada são os seguintes:

a) Canal Verde: a mercadoria é desembaraçada automaticamente,

isto é, a mercadoria é liberada sem qualquer exame documental ou físico. Tera DI direcionada para o canal verde é o que todo importador quer!  

b) Canal Amarelo: a autoridade aduaneira realizará apenas o examedocumental da importação.

c) Canal Vermelho: a autoridade aduaneira realizará, além doexame documental, a verificação física da mercadoria.

d) Canal Cinza: a autoridade aduaneira irá submeter a mercadoria a

procedimento de valoração aduaneira, além, é claro, de realizar o examedocumental e a verificação física.

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A seleção de uma DI será realizada por intermédio do SISCOMEX,com base em uma série de critérios, os quais estão relacionados no art.21, §1º, da IN SRF nº 680/2006.

Art. 21.  Após o registro, a DI será submetida a análise fiscal e

selecionada para um dos seguintes canais de conferência aduaneira:I - verde, pelo qual o sistema registrará o desembaraço automático damercadoria, dispensados o exame documental e a verificação damercadoria;II - amarelo, pelo qual será realizado o exame documental, e, nãosendo constatada irregularidade, efetuado o desembaraço aduaneiro,dispensada a verificação da mercadoria;III - vermelho, pelo qual a mercadoria somente será desembaraçadaapós a realização do exame documental e da verificação damercadoria; eIV - cinza, pelo qual será realizado o exame documental, a verificação

da mercadoria e a aplicação de procedimento especial de controleaduaneiro, para verificar elementos indiciários de fraude, inclusive noque se refere ao preço declarado da mercadoria, conformeestabelecido em norma específica.§ 1o A seleção de que trata este artigo será efetuada por intermédio doSiscomex, com base em análise fiscal que levará emconsideração, entre outros, os seguintes elementos:I - regularidade fiscal do importador;II - habitualidade do importador;III - natureza, volume ou valor da importação;IV - valor dos impostos incidentes ou que incidiriam na importação;

V - origem, procedência e destinação da mercadoria;VI - tratamento tributário;VII - características da mercadoria;VIII - capacidade operacional e econômico-financeira do importador; eIX - ocorrências verificadas em outras operações realizadas peloimportador.

Mesmo que uma DI seja direcionada para o canal verde(desembaraço automático),  é possível que ela seja objeto deconferência física ou documental . Isso irá acontecer quando o AuditorFiscal da RFB responsável por essa atividade identificar elementos que

evidenciem irregularidade na importação. Assim, é possível que, à suadiscricionariedade, o Auditor Fiscal da RFB agrave o nível do exame a serrealizado no despacho de importação.

As DI’s direcionadas para o canal verde, conforme vimos, sãoautomaticamente desembaraçadas. Já as DI’s direcionadas para os outroscanais (amarelo, vermelho e cinza) serão objeto da conferênciaaduaneira. As DI’ s selecionadas para conferência aduaneira serãodistribuídas entre os Auditores-Fiscais da RFB, por meio de funçãoprópria do SISCOMEX.

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2.4.3- Conferência Aduaneira:

Segundo o art. 564 do R/A, a conferência aduaneira na importaçãotem por finalidade identificar o importador, verificar a mercadoria e a correçãodas informações relativas a sua natureza, classificação fiscal, quantificação e

valor, e confirmar o cumprimento de todas as obrigações, fiscais e outras,exigíveis em razão da importação. A fim de determinar o tipo e a amplitude docontrole a ser efetuado na conferência aduaneira, serão adotados canais de seleção. São os canais verde, amarelo, vermelho e cinza, sobre os quais jáfalamos anteriormente.

Cuidado para não confundir com o conceito de despachoaduaneiro!   A conferência aduaneira  é apenas umaetapa do despacho aduaneiro.

Despacho aduaneiro de importação é o procedimentofiscal mediante o qual é verificada a exatidão dos dadosdeclarados pelo importador em relação à mercadoriaimportada, aos documentos apresentados e à legislaçãoespecífica. Trata-se de procedimento mediante o qual seprocessa o desembaraço aduaneiro de uma mercadoriaimportada.

A conferência aduaneira pode ser realizada em  zona primária  ou

 zona secundária. A conferência aduaneira em zona secundária poderáocorrer em recintos alfandegados (portos secos), no estabelecimento doimportador ou, excepcionalmente, em outros locais, mediante prévia anuênciada autoridade aduaneira.

Na conferência aduaneira, poderá ser realizada inspeção documental,verificação física ou procedimento especial de controle aduaneiro.

A inspeção documental   é  procedimento fiscal tendente averificar : i) a integridade dos documentos; ii) a exatidão e correspondênciadas informações prestadas na declaração em relação àquelas constante dosdocumentos que a instruem, inclusive origem e valor aduaneiro; iii) ocumprimento dos requisitos de ordem legal ou regulamentar correspondentesaos regimes aduaneiros e de tributação solicitados; iv) o mérito de benefíciofiscal pleiteado; e v) a descrição da mercadoria na declaração, com vistas averificar se estão presentes os elementos necessários à confirmação de suacorreta classificação fiscal.

Um bom exemplo de situação em que a inspeção documental éimportante é a importação de bens sujeitos a medidas de defesa comercial.Imagine que estejam sendo importados ferros de passar roupa! Atualmente,

existe uma medida antidumping aplicada contra esse tipo de produto, quandooriginários da China. Aí, o Auditor da RFB olha a DI e aparece pra ele a

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informação de que os ferros importados são originários do Japão. Como bomFiscal, ex-aluno do Prof. Ricardo Vale, ele desconfia...   Ao pedir o certificadode origem na inspeção documental, ele vê que os ferros de passar roupa são,na verdade, originários da China! Ih, o importador se deu mal! Só pode ser um “brincante” mesmo pra tentar enganar um Auditor da RFB!  

A verificação física, por sua vez, é, segundo o art. 29 da IN SRF nº680/2006, o procedimento fiscal destinado a identificar e quantificar amercadoria submetida a despacho aduaneiro, a obter elementos paraconfirmar sua classificação fiscal, origem e seu estado de novo ou usado,assim como verificar sua adequação às normas técnicas aplicáveis. Aautoridade competente para proceder à verificação física é o Auditor Fiscalda RFB. Entretanto, também é possível que esta seja realizada por umAnalista Tributário, sob a supervisão de um Auditor Fiscal da RFB, na presença do viajante, do importador ou de seus representantes. Na

hipótese de mercadoria depositada em recinto alfandegado, a verificaçãopoderá ser realizada na presença do depositário ou de seus prepostos,dispensada a exigência da presença do importador .

A verificação da mercadoria, no despacho de importação, serárealizada mediante agendamento, que será realizado de conformidade comas regras gerais estabelecidas pelo chefe do setor responsável pelo despachoaduaneiro. O depositário das mercadorias será informado sobre oagendamento das verificações, devendo  providenciar, com até umahora de antecedência, o posicionamento das correspondentes

mercadorias  para a realização da verificação física. É isso mesmo! Averificação física tem que ser agendada! O Auditor Fiscal vai inspecionar amercadoria na hora marcada. O depositário deverá deixar a carga “no jeito”,preparada para ser inspecionada.

A verificação da mercadoria deve ocorrer na  presença doimportador ou de seu representante, na data e horário previstos (art.31 daIN SRF nº 680/2006). Caso não compareça o importador ou seurepresentante, a verificação poderá ser realizada na presença do depositárioou de seu preposto, que, nessa situação, representará o importador.

A verificação física pode ser realizada das seguintes formas (art.29 da IN/SRF nº 680/2006):

- Por amostragem  de volumes e embalagens. Essa regra decorrediretamente do Regulamento Aduaneiro, que determina que poderão seradotados critérios de seleção e amostragem para a verificação da mercadoria.

-Com auxílio de assistência técnica, para identificação equantificação da mercadoria. É muito difícil que o Auditor Fiscal RFB conheçaexatamente todos os produtos existentes e saiba analisar a compatibilidade

entre a descrição da mercadoria nos documentos e o produto que está sendoverificado.

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- Utilizando-se relatório e termos de verificação lavrados pelaautoridade aduaneira do país exportador . Fica configurada, nessahipótese, a cooperação internacional entre Aduanas, destinada a promover afacilitação de comércio.

- Utilizando-se relatórios e termos de verificação lavrados por outrasautoridades, na fase de licenciamento das importações.

- Utilizando-se registros de imagens das mercadorias, obtidospor câmeras ou por meio de equipamentos de inspeção não-invasiva.

Na hipótese de constatação de indícios de fraude na importação,independentemente do início ou término do despacho aduaneiro ou, ainda, docanal de conferência atribuído à DI, o servidor deverá encaminhar oselementos verificados ao setor competente, para avaliação da

 pertinência de aplicação de procedimento especial de controle aduaneiro.

No curso do despacho aduaneiro, a fiscalização aduaneira poderáimpor exigências ao importador , as quais serão formalizadas diretamentepelo SISCOMEX. O despacho é, então, interrompido para o atendimento daexigência pelo importador. Esse é o entendimento que se deve ter a partir daleitura do art. 570 do R/A, que dispõe que, constatada, durante a conferênciaaduaneira, ocorrência que impeça o prosseguimento do despacho, este teráseu curso interrompido após o registro da exigência correspondente,

pelo Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil responsável.Nos termos do art. 570, § 1º, do R/A, caracterizam a interrupção

do curso do despacho, entre outras ocorrências:

- a não-apresentação de documentos exigidos  pela autoridadeaduaneira, desde que indispensáveis ao prosseguimento do despacho. Se aexigência referir-se a crédito tributário ou a direito antidumping oucompensatório, o importador poderá efetuar o pagamento correspondente,independente de processo.

- o não-comparecimento do importador  para assistir à verificaçãoda mercadoria, quando sua  presença for obrigatória. Recorde-se que,quando a mercadoria estiver armazenada em recinto alfandegado, a presençado importador pode ser dispensada.

Uma vez interrompido o despacho, inicia-se a contagem do prazode 60 dias para caracterização do abandono da mercadoria. O abandonoda mercadoria dará ensejo ao início do processo para a aplicação da pena deperdimento.

As exigências impostas pela fiscalização aduaneira podem ser dediversos tipos. A descrição detalhada da mercadoria pode ter sido considerada

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insuficiente, a classificação fiscal pode ter sido feita incorretamente,documentos importantes podem não ter sido apresentados, etc. Feita aexigência pela autoridade aduaneira, caberá ao importador cumpri-las paraque seja dado prosseguimento ao despacho aduaneiro. Em certos casos, seránecessário que o importador proceda à retificação da Declaração de

 Importação. Destaque-se que a retificação de DI  poderá ocorrer atémesmo após o desembaraço aduaneiro de importação (de ofício ou poriniciativa do próprio importador).

Quando for constatada, durante a verificação física, a ocorrência deextravio ou avaria  de mercadoria, a autoridade aduaneira poderá, nãohavendo inconveniente, permitir o  prosseguimento do despacho  damercadoria avariada ou da partida com extravio. No caso de avaria, o valoraduaneiro será reduzido proporcionalmente ao prejuízo; na hipótese deextravio, o crédito tributário relativo às mercadorias extraviadas será exigido

do responsável mediante lançamento de ofício.

2.4.3.1-Caso especial–Bagagem dos integrantes de missõesdiplomáticas e de repartições consulares:

Anteriormente, havíamos comentado que a “mala diplomática” e a “mala consular” não se submetem ao controle aduaneiro. É importante,todavia, não confundir   a “mala diplomática” e “mala consular” com a

 “bagagem do diplomata” e a “bagagem do cônsul”. A mala diplomática e amala consular gozam de inviolabilidade absoluta; elas não se submetem aodespacho de importação.

O tratamento aplicável à bagagem dos integrantes de missõesdiplomáticas e repartições consulares é diferente. Não há aqui inviolabilidadeabsoluta, mas tão somente inviolabilidade relativa. A bagagem dosintegrantes das missões diplomáticas e consulares está, sim,  sujeita adespacho de importação. No entanto, em regra, não se submeterá àverificação física por ocasião do despacho.

Digo em regra porque há exceções previstas no art. 567, do R/A:

Art. 567. A bagagem dos integrantes de missões diplomáticas ede repartições consulares de caráter permanente não estásujeita a verificação, salvo se existirem fundadas razões para sesupor que contenha bens:I - destinados a uso diverso do previsto nas respectivasConvenções de Viena sobre Relações Diplomáticas e Consulares;ouII - de importação proibida.

Parágrafo único. A verificação da bagagem, havendo asfundadas razões a que se refere o caput, deverá ser realizada na

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presença do interessado ou de seu representante formalmenteautorizado.

Assim, havendo fundadas razões para supor que a bagagem dessesagentes contenha bens de importação proibida  ou destinados a usos

diversos aos previstos em normas internacionais, a autoridade aduaneira poderá proceder à verificação física. Tal verificação ocorrerá na presença dointeressado ou de seu representante formalmente autorizado.

2.4.4- Desembaraço Aduaneiro:

Ao final da conferência aduaneira, a importação poderá ser liberada.Diz-se que a importação foi liberada quando a DI é desembaraçada. O

desembaraço aduaneiro é, portanto, o ato final do despacho aduaneiro de importação , por meio do qual é registrada a conclusão daconferência aduaneira. Após o desembaraço aduaneiro, poderá ser emitidopelo importador o comprovante de importação, mediante transação específicado SISCOMEX.

Cabe destacar que, segundo o art. 571, § 1º, do R/A, não serádesembaraçada a mercadoria cuja exigência de crédito tributário no cursoda conferência aduaneira esteja  pendente de atendimento, salvo nashipóteses autorizadas pelo Ministro de Estado da Fazenda, mediante a

 prestação de garantia. Também não será desembaraçada a mercadoriaenquanto não forem apresentados os documentos obrigatórios de instrução daDeclaração de Importação.

A entrega da mercadoria ao importador, após o desembaraçoaduaneiro, fica condicionada à comprovação do pagamento do AFRMM  (Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante) e do ICMS ,conforme preveem o art. 575 e 576 do R/A. A verificação da regularidade dopagamento ou exoneração do AFRMM é realizada mediante consultaeletrônica do SISCOMEX ao Mercante (sistema de controle da arrecadação doAFRMM). No caso do ICMS, o importador deverá apresentar declaração pormeio de transação própria do SISCOMEX.

Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova!

7.  (Analista Tributário RFB –  2012) A conferência aduaneira naimportação poderá ser realizada na zona primária ou na zona secundária.

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Comentários:

De fato, a conferência aduaneira poderá ser realizada na zonaprimária ou na zona secundária. Questão correta.

8.  (Questão Inédita) O despacho de importação deverá ser iniciado ematé 45 (quarenta e cinco) dias da descarga, se a mercadoria estiver em recintoalfandegado de zona primária.

Comentários:

O despacho de importação deverá ser iniciado dentro de 90 dias dadescarga, se a mercadoria estiver em recinto alfandegado de zona primária.Questão errada.

9.  (Analista Tributário RFB–

  2012) A verificação de mercadoria, naconferência aduaneira ou em outra ocasião, será realizada por Auditor-Fiscalda Receita Federal do Brasil ou, sob a sua supervisão, por Analista-Tributário,na presença do viajante, do importador, do exportador ou de seusrepresentantes, podendo ser adotados critérios de seleção e amostragem, deconformidade com o estabelecido pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.Na hipótese de mercadoria depositada em recinto alfandegado, a verificaçãodeverá ser realizada na presença do importador ou do exportador.

Comentários:

Na hipótese de mercadoria depositada em recinto alfandegado, édispensada a presença do importador na verificação, podendo esta serrealizada na presença do depositário ou de seus prepostos. Questão errada.

10.  (Questão Inédita) A não apresentação de documentos indispensáveisao prosseguimento do despacho, exigidos pela autoridade aduaneira,caracteriza a interrupção do despacho.

Comentários:

Essa é uma das hipóteses em que fica configurada a interrupção dodespacho. A outra situação ocorrerá quando o importador não comparecerpara assistir à verificação da mercadoria, quando sua presença for obrigatória.Questão correta.

11.  (Questão Inédita) O despacho de importação deverá ser realizada ematé 60 dias da descarga, se a mercadoria estiver em recinto alfandegado dezona primária.

Comentários:

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Se a mercadoria estiver em recinto alfandegado de zona primária, oprazo para início do despacho é de 90 dias da descarga. Questão errada.

12.  (Questão Inédita) Quando realizada em zona secundária, a conferênciaaduaneira poderá ser realizada em recintos alfandegados, no estabelecimento

do importador ou, excepcionalmente, em outros locais, independentemente deanuência da autoridade aduaneira.

Comentários:

Se a conferência aduaneira em zona secundária ocorrer em local quenão seja um recinto alfandegado ou o estabelecimento do importador, deveráhaver anuência da autoridade aduaneira. Questão errada.

13.  (Questão Inédita) A bagagem dos integrantes de missões diplomáticas

e de repartições consulares de caráter permanente não poderá se submeter,em qualquer situação, à verificação física.

Comentários:

A bagagem dos integrantes de missões diplomáticas e de repartiçõesconsulares de caráter permanente poderá se submeter à verificação física nasexceções do art. 567, do R/A. Questão errada.

14.  (Questão Inédita) Após o desembaraço aduaneiro, será autorizada aentrega da mercadoria ao importador, mediante a comprovação do pagamentodo ICMS, salvo disposição em contrário.

Comentários:

De fato, a entrega da mercadoria ao importador será feita após odesembaraço aduaneiro e mediante comprovação do pagamento do ICMS.Questão correta.

15.  (Questão Inédita) Poderá ser desembaraçada mercadoria cujaexigência de crédito tributário no curso da conferência aduaneira esteja

pendente de atendimento, desde que seja prestada garantia.

Comentários:

Se houver prestação de garantia, a mercadoria cuja exigência decrédito tributário esteja pendente poderá ser desembaraçada. Questão correta.

16.  (Exame Despachante Aduaneiro-2012)  A verificação física poderáser realizada por meio de câmeras ou equipamentos de inspeção não-invasiva.

Comentários:

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2.5- Cancelamento de Declaração de Importação:

Segundo o art. 557 do R/A, a autoridade aduaneira poderácancelar declaração de importação já registrada, de ofício ou a pedido doimportador, observadas as condições estabelecidas em ato normativo da

Secretaria da Receita Federal do Brasil.

A IN SRF nº 680/2006 detalha mais as hipóteses em que poderá serautorizado o cancelamento de DI, o qual depende de requerimentofundamentado do importador   e de autorização do chefe do setorresponsável   pelo despacho aduaneiro.  Destaque-se que o cancelamento daDI fica condicionado à apresentação da mercadoria para despacho oudevolução para o exterior, à exceção dos casos previstos nos incisos I, II e VIIdo art. 63 da IN SRF nº 680/2006 (que são situações em que a mercadorianão ingressou no País ou houve duplicação de DI!)

Art. 63. O cancelamento de DI poderá ser autorizado pelo chefe dosetor responsável pelo despacho aduaneiro com base em requerimentofundamentado do importador, por meio de função própria, noSiscomex, quando:I - ficar comprovado que a mercadoria declarada não ingressou noPaís;II - no caso de despacho antecipado, a mercadoria não ingressou noPaís ou tenha sido descarregada em recinto alfandegado diversodaquele indicado na DI;

III - for determinada a devolução da mercadoria ao exterior ou a suadestruição, por não atender à legislação de proteção ao meioambiente, saúde ou segurança pública e controles sanitários,fitossanitários e zoossanitários;IV - a importação não atender aos requisitos para a utilização do tipode declaração registrada e não for possível a sua retificação;V - ficar comprovado erro de expedição;VI - a declaração for registrada com erro relativamente:a) ao número de inscrição do importador no CPF ou no CNPJ, excetoquando se tratar de erro de identificação de estabelecimentos damesma empresa, passível de retificação no sistema; ou

b) à unidade da SRF responsável pelo despacho aduaneiro.VII - for registrada, equivocadamente, mais de uma DI, para a mesmacarga.

Nessas mesmas hipóteses acima relacionadas, o chefe do setorresponsável pelo despacho aduaneiro ou o AFRFB que presidir o procedimentofiscal poderão também cancelar, de ofício , a Declaração de Importação.

O cancelamento de Declaração de Importação não seráautorizado  quando: i) houver indícios de infração aduaneira, enquanto nãofor concluída a respectiva apuração; ii) se tratar de mercadoria objeto de pena

de perdimento.

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2.6- Espécies de Declaração de Importação:

Segundo o art. 578, do Regulamento Aduaneiro, a Receita Federal doBrasil poderá estabelecer procedimentos para  simplificação do despacho deimportação, os quais poderão ser  suspensos ou extintos  por conveniência

administrativa.

Com base nesse comando é que foram criadas outras espécies deDeclarações de Importação. Com efeito, o despacho de importação poderá serrealizado com base em Declaração formulada pelo importador diretamenteno SISCOMEX  ou, então, por meio de Declaração fora do SISCOMEX . Assim,por mais estranho que possa parecer, nem sempre o despacho é realizado combase em registro no SISCOMEX.

No SISCOMEX, podem ser registrados dois tipos de Declaração: i)

a Declaração de Importação (DI) e; ii) a Declaração Simplificada deImportação (DSI).

Há diversos tipos de Declaração de Importação, que serãoutilizadas conforme a operação que está sendo realizada. Se amercadoria estiver sendo importada a título definitivo, será registrada uma DIpara consumo. Se a mercadoria estiver ingressando no regime de admissãotemporária, será registrada uma DI para admissão.

A Declaração Simplificada de Importação (DSI) Eletrônica 

poderá ser utilizada nos casos previstos no art. 3º da IN SRF nº 611/06.Não precisa decorar, afinal é uma lista imensa! É bom que você tenha apenasuma noção das situações em que a RFB buscou promover a simplificação dodespacho. 

Art. 3o  A DSI apresentada de conformidade com o estabelecido nocaput do art. 2o poderá ser utilizada no despacho aduaneiro de bens:I - importados por pessoa física, com ou sem cobertura cambial, emquantidade e freqüência que não caracterize destinação comercial, cujovalor não ultrapasse US$ 3,000.00 (três mil dólares dos EstadosUnidos da América) ou o equivalente em outra moeda;

II - importados por pessoa jurídica, com ou sem cobertura cambial,cujo valor não ultrapasse US$ 3,000.00 (três mil dólares dos EstadosUnidos da América) ou o equivalente em outra moeda;III - recebidos, a título de doação, de governo ou organismoestrangeiro por:a) órgão ou entidade integrante da administração pública direta,autárquica ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dosEstados, do Distrito Federal e dos Municípios; oub) instituição de assistência social;IV - submetidos ao regime de admissão temporária, nas hipótesesprevistas no art. 4o  da Instrução Normativa SRF no  285, de 14 de

 janeiro de 2003; 

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V - reimportados no mesmo estado ou após conserto, reparo ourestauração no exterior, em cumprimento do regime de exportaçãotemporária; eVI - que retornem ao País em virtude de:a) não efetivação da venda no prazo autorizado, quando enviados ao

exterior em consignação;b) defeito técnico, para reparo ou substituição;c) alteração nas normas aplicáveis à importação do país importador;oud) guerra ou calamidade pública;VII - contidos em remessa postal internacional cujo valor nãoultrapasse US$ 3,000.00 (três mil dólares dos Estados Unidos daAmérica) ou o equivalente em outra moeda;VIII - contidos em encomenda aérea internacional cujo valor nãoultrapasse US$ 3,000.00 (três mil dólares dos Estados Unidos daAmérica) ou o equivalente em outra moeda, transportada por empresa

de transporte internacional expresso porta a porta, nas seguintessituações:a) a serem submetidos ao regime de admissão temporária, nashipóteses de que trata o inciso IV deste artigo;b) reimportados, nas hipóteses de que trata o inciso V deste artigo;c) a serem objeto de reconhecimento de isenção ou de não incidênciade impostos; oud) destinados a revenda;IX - integrantes de bagagem desacompanhada;X - importados para utilização na Zona Franca de Manaus (ZFM) comos benefícios do Decreto-Lei no  288, de 28 de fevereiro de 1967,quando submetidos a despacho aduaneiro de internação para orestante do território nacional, até o limite de US$ 3,000.00 (três mildólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outramoeda;XI - industrializados na ZFM com os benefícios do Decreto-Lei no 288,de 1967, quando submetidos a despacho aduaneiro de internação parao restante do território nacional, até o limite de US$ 3,000.00 (três mildólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outramoeda;XII - importados para utilização na ZFM ou industrializados nessa áreaincentivada, com os benefícios do Decreto-Lei no 288, de 1967, quandosubmetidos a despacho aduaneiro de internação por pessoa física, semfinalidade comercial; ouXIII - importados com isenção, com ou sem cobertura cambial, peloConselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)ou por cientistas, pesquisadores ou entidades sem fins lucrativos,devidamente credenciados pelo referido Conselho, em quantidade oufreqüência que não revele destinação comercial, até o limite de US$10.000,00 (dez mil dólares dos Estados Unidos da América) ou oequivalente em outra moeda.

Perceba, caro amigo, que nas hipóteses relacionadas acima, a DSI éregistrada diretamente no SISCOMEX. Trata-se, conforme já disse, da DSI-

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Eletrônica. Há casos, todavia, em que o despacho de importação é feito  semregistro no SISCOMEX . São as seguintes situações:

a)  DSI-Formulário: As hipóteses de utilização da DSI-Formulárioestão relacionadas no art. 4º da IN SRF nº 611/2006. Destaco as importações

de amostras sem valor comercial e os bens importados por pessoa física, semfinalidade comercial, de valor não superior a US$ 500,00.

b)  DIRE  (Declaração de Importação de Remessas Expressas): Odespacho de importação de remessa expressa não é feito no SISCOMEX, maspor meio do Sistema REMESSA, por solicitação da empresa de transporte aéreointernacional. Entende-se por remessa expressa o documento ou encomendainternacional transportada por empresa de transporte expresso internacional,por via área, porta a porta.

c)  NTS  (Nota de Tributação Simplificada): Aplica-se ao despachoaduaneiro de remessa postais internacionais destinadas a pessoas físicas ou jurídicas, até US$ 500,00.

d)  Urna Funerária: Segundo o art. 548, do R/A, o despacho deimportação de urna funerária será realizado em caráter prioritário emediante rito sumário, logo após a sua descarga, com base no respectivoconhecimento de carga ou em documento de efeito equivalente.

Para fins de concessão de caráter prioritário e

rito sumário ao despacho, “urna funerária”deve ser entendida como aquela que contém osrestos mortais do “de cujus” .

Caso a urna funerária seja uma simplesmercadoria (não contenha restos mortais!), odespacho de importação seguirá os trâmitesnormais.

Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova!

21.  (Exame Despachante Aduaneiro-2012) As opções abaixocorrespondem a despachos de importação, exceto:

a) Declaração Simplificada de Importação (DSI) em formulário.

b) Declaração de Trânsito Aduaneiro (DTA).

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c) Nota de Tributação Simplificada (NTS).

d) Rito Sumário.

e) Declaração de Importação (DI).

Comentários:

Dentre as opções acima relacionadas, somente a DTA não édocumento relativo ao despacho de importação. A DTA é documento utilizadona admissão de bens no regime aduaneiro especial de trânsito aduaneiro,sobre o qual estudaremos em aula futura. Logo, a resposta é a letra B.

22.  (Questão Inédita) A autoridade aduaneira poderá cancelar declaraçãode importação já registrada, de ofício ou a pedido do importador, observadas

as condições estabelecidas em ato normativo da Secretaria da Receita Federaldo Brasil. O cancelamento da declaração exime o importador daresponsabilidade por eventuais infrações. 

Comentários: 

O cancelamento da DI não exime o importador da responsabilidadepor eventuais infrações. Questão errada.

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2.7- Fluxograma do Despacho de Importação (Fonte: Site RFB) 

1)  Tudo começa com a fase do controle administrativo, que é prévia ao

controle aduaneiro. O controle administrativo compete aos órgãos anuentes eé realizado por meio do documento denominado “licenciamento deimportação” . Em regra, as importações brasileiras estão dispensadas delicenciamento. O licenciamento de importação deve ser obtido, em regra,antes do embarque da mercadoria no exterior .

2)  Uma vez tendo sido licenciada a importação, o transportador embarca amercadoria no exterior, trazendo-a para o Brasil. Ao chegar no Brasil, otransportador deverá prestar as informações à RFB. Essas informaçõessão prestadas via sistema. No caso de cargas aéreas, é utilizado o módulo do

SISCOMEX chamado MANTRA. No caso de cargas marítimas, utiliza-se oSISCOMEX Carga.

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3) O depositário deve informar à RFB acerca da disponibilidade da cargarecolhida sob sua custódia em local ou recinto alfandegado, de zona primáriaou secundária, mediante indicação do correspondente Número Identificador daCarga (NIC).

4) O importador registra a Declaração de Importação, o que dá início aodespacho aduaneiro de importação. No ato do registro da DI, sãoautomaticamente debitados os tributos da conta-corrente do importador. Oregistro da DI tem, ainda, o condão de excluir a espontaneidade do sujeitopassivo.

5)  A Declaração de Importação é  parametrizada pelo SISCOMEX , sendodirecionada a um de quatro canais possíveis: verde (desembaraçoautomático), amarelo (conferência documental), vermelho (conferênciadocumental e verificação física) ou cinza (procedimento de valoração

aduaneira).

6) Caso a DI seja encaminhada para os canais amarelo, vermelho ou cinza,será feita a conferência aduaneira, a cargo de um Auditor Fiscal RFB ou deum Analista Tributário RFB, sob a supervisão de um Auditor Fiscal RFB.

7) Após concluída a conferência aduaneira, é feito o desembaraço aduaneiro e a mercadoria é entregue ao importador   mediante comprovação dorecolhimento do AFRMM e do ICMS.

2.8- Lançamento dos Impostos incidentes sobre a importação:

Na definição do art. 142 do Código Tributário Nacional (CTN),lançamento  é o  procedimento administrativo  tendente a verificar aocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matériatributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivoe, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível. Trata-se de atividadeadministrativa de natureza vinculada e obrigatória, sob pena deresponsabilidade funcional. No que tange aos tributos federais, compete privativamente ao Auditor Fiscal RFB a constituição, mediante lançamento,do crédito tributário.

Conforme estudamos em Direito Tributário, há três modalidades delançamento: i) lançamento por homologação; ii) lançamento por declaraçãoe; iii) lançamento de ofício. Nesse momento, nos interessa saber comofunciona o lançamento dos impostos incidentes sobre a importação.Nesse mister, a primeira pergunta que devemos nos fazer é a seguinte: quaissão os impostos incidentes sobre a importação?

Sobre a importação, incide o  Imposto de Importação (II), o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)  e o  ICMS . Os dois

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pecuniária, o Auditor-Fiscal da RFB deverá efetuar o correspondentelançamento para fins de constituição do crédito tributário. Perceba que, comoa iniciativa do lançamento é da autoridade aduaneira, diz-se que o lançamentoé efetuado de ofício.

2.9- Importação por conta e ordem e importação por encomenda:

Esses dois tipos de importação são muito importantes e, embora nãoestejam explícitos no edital, tangenciam vários pontos da nossa disciplina. Daía importância de estudá-los, ok?

Afinal, o que é uma importação por conta e ordem? E o que é umaimportação por encomenda?

De início, é importante destacar que essas duas operações deimportação estão relacionadas à evolução das práticas do comérciointernacional , em que as empresas buscam concentrar seus esforços na suaatividade principal, terceirizando as atividades de despacho aduaneiro.Essa é uma característica em comum da importação por conta e ordem e daimportação por encomenda.

Nas duas situações (importação por conta e ordem / importação porencomenda), as  pessoas jurídicas importadoras  (que prestam o serviço

especializado) deverão estar habilitadas no SISCOMEX . Além disso, tambémprecisarão ter a referida habilitação o encomendante e o adquirente.

Vejamos agora as peculiaridades de cada uma dessas operações.

a) Importação por conta e ordem:

Na importação por conta e ordem, uma empresa é contratada poroutra para promover, em seu próprio nome, o despacho aduaneiro de

importação. A contratante dos serviços é a adquirente, que é a“importadora de fato” . Veja: o despacho aduaneiro é feito no nome daempresa contratada, ou seja, ela é a importadora. No entanto, é aadquirente quem realiza a compra da mercadoria e, portanto, deve possuircapacidade econômica para efetuar a transação.

Nos termos da IN SRF nº 225/2002, “entende-se por importador por conta e ordem de terceiro  a pessoa jurídica que promover, em  seunome , o despacho aduaneiro de importação de mercadoria adquirida poroutra, em razão de contrato previamente firmado , que poderá

compreender, ainda, a prestação de outros serviços relacionados com a

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transação comercial  , como a realização de cotação de preços e aintermediação comercial .”

Suponha por exemplo que a empresa Estratégia Importações eExportações Ltda seja contratada pela empresa Alpha Bética para realizar o

despacho aduaneiro de automóveis importados. A empresa EstratégiaImportações e Exportações Ltda apenas fará o despacho aduaneiro deimportação em seu próprio nome, mas quem adquiriu a mercadoria no exteriorfoi a empresa Alpha Bética, que é quem precisa ter capacidade econômica paraefetuar a transação. Trata-se de uma importação por conta e ordem.

Ainda acerca da importação por conta e ordem, vale destacar que oimportador   (empresa contratada) é tão-somente o consignatário damercadoria. Assim, é em nome do importador  contratado que deverá estarconsignado ou endossado o conhecimento de carga, o que lhe concede o

direito à realização do despacho aduaneiro e à retirada da mercadoria dorecinto alfandegado. A fatura comercial , por sua vez, deverá identificar oadquirente da mercadoria, refletindo a transação efetivamente realizadacom o vendedor ou transmitente das mercadorias.

A  pessoa jurídica importadora deverá emitir, na data em que secompletar o despacho aduaneiro, nota fiscal de entrada  das mercadorias,informando, entre outros, em linhas separadas, o valor de cada tributoincidente na importação. Em seus registros contábeis e fiscais, deverá serevidenciado que as mercadorias importadas são de  propriedade de

terceiros. No momento em que as mercadorias saem do estabelecimento doimportador por conta e ordem, tendo como destinatário obrigatoriamente oadquirente, deverão ser emitidas duas notas fiscais: nota fiscal de saída (amercadoria não está sendo vendida ao adquirente; ela já é de propriedadedele) e nota fiscal de serviços (pela prestação do serviço especializado). Note que, a saída da mercadoria do estabelecimento do importador comdestino ao estabelecimento do adquirente não gera emissão de nota fiscal devenda, eis que a mercadoria já é de propriedade do adquirente.

b) Importação por encomenda:

Na importação por encomenda, uma empresa adquire mercadoriasno exterior com  seus próprios recursos, fazendo, ainda, o despachoaduaneiro de importação. No entanto, o objetivo é revender asmercadorias a uma empresa encomendante, em virtude de um contratoque as duas já tinham celebrado. Veja: nesse tipo de operação, o importadorcontratado  e o encomendante  devem ter capacidade econômica pararealizar a operação.

Suponha, agora, que a empresa Alpha Bética celebre um contratocom a empresa Estratégia Importações e Exportações Ltda encomendando

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automóveis a serem importados. A empresa Estratégia vai adquirir osautomóveis com seus próprios recursos, realizar o despacho aduaneiro deimportação em seu nome e, em seguida, revender à empresa Alpha Bética.Tanto a empresa Estratégia quanto a Alpha Bética deverão ter capacidadeeconômica para realizar a operação.

Não se considera  importação por encomenda a operação realizadacom recursos do encomendante, ainda que parcialmente. É a pessoa jurídica importadora quem deverá usar seus recursos para adquirir amercadoria no exterior.

Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova!

23.  (Exame Despachante Aduaneiro-2012) Em relação à importaçãopor conta e ordem, é incorreta a seguinte afirmativa:

a) após o despacho aduaneiro, o importador deve emitir nota fiscal de entradadas mercadorias.

b) antes de realizar as operações, as empresas importadora e adquirente

devem estar habilitadas a operar no Siscomex.

c) o conhecimento de carga correspondente deve estar consignado ouendossado ao importador contratado.

d) nos registros contábeis e fiscais da empresa importadora deve constar quese trata de mercadoria de propriedade de terceiros.

e) o importador e o adquirente devem estar domiciliados no mesmo estado dafederação.

Comentários:

Letra A: correta. Após o despacho deverá ser emitida nota fiscal devenda pelo importador por conta e ordem. Quando a mercadoria sai do seuestabelecimento, com destino ao estabelecimento do adquirente, são emitidasa nota fiscal de saída e a nota fiscal de serviços.

Letra B: correta. Tanto o importador quanto o adquirente deverãoestar habilitados a operar no SISCOMEX.

Letra C: correta. O conhecimento de carga deverá estar consignadoou endossado ao importador contratado (importador por conta e ordem), o que

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lhe confere o direito de realizar o despacho aduaneiro e retirar a mercadoria dorecinto alfandegado.

Letra D: correta. De fato, os registros contábeis e fiscais deverãomostrar que a mercadoria importada por conta e ordem é, na verdade,

propriedade de terceiros (propriedade do adquirente).

Letra E: errada. Não há necessidade de que importador e adquirenteestejam domiciliados no mesmo estado da federação.

3- PROCEDIMENTOS GERAIS DE EXPORTAÇÃO: 

3.1-Despacho Aduaneiro de Exportação:

3.1.1-Generalidades:

O despacho aduaneiro de exportação é regulamentado pela IN SRF nº028/1994 e suas diversas alterações. Entende-se por despacho deexportação o procedimento fiscal mediante o qual é verificada a exatidãodos dados declarados pelo exportador em relação à mercadoria, aosdocumentos apresentados e à legislação específica, com vistas a seudesembaraço aduaneiro e a sua saída para o exterior. 

São objeto de despacho de exportação as mercadorias nacionais ounacionalizadas destinadas ao exterior, seja a título definitivo ou não.Também sofrem despacho de exportação as mercadorias que entram no paísem caráter temporário e depois retornam ao exterior, isto é, mercadorias quesão reexportadas.4  A mercadoria a ser devolvida ao exterior antes de ser submetida a despacho de importação  poderá ser dispensada dodespacho de exportação, conforme disposto em ato normativo editado pelaRFB. Seria o caso, por exemplo, da mercadoria que chega ao Brasil por erroinequívoco de expedição e, então, é redestinada ou devolvida para o exterior. 5 

Cabe destacar, por tratar-se de exceção à regra geral, que a mala

diplomática e consular são dispensadas do despacho de exportação, oque está em perfeita sintonia com a Convenção de Viena de 1961 e aConvenção de Viena de 1963, que tratam, respectivamente, das imunidadesdiplomáticas e consulares. Importante ressaltar que a mala diplomática ou

4 Reexportação é uma operação comercial que fica caracterizada pelo retorno ao exterior deum bem que ingressou no país a título temporário. Por analogia, podemos conceituarreimportação como a operação comercial em que um bem exportado temporariamente retornaao país.

5 Quando tratamos do imposto de importação, mencionei que essa era uma hipótesede não-incidência desse imposto.

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consular deverá conter  sinais exteriores que indiquem seu caráter   eserem entregues a pessoa formalmente credenciada pela missão diplomáticaou consular.

3.1.2- Fases do Despacho Aduaneiro de Exportação:

3.1.2.1- Registro da Declaração de Exportação (DE):

O despacho aduaneiro de exportação será processado por meio doSISCOMEX e somente terá início após o registro de exportação (RE).Recorde-se que o Registro de Exportação é o conjunto de informações denatureza comercial, financeira, cambial e fiscal   que caracteriza aoperação de exportação de uma mercadoria e define o seu enquadramento.

Trata-se de documento utilizado no controle administrativo das exportaçõesque, salvo algumas exceções, deve ser providenciado antes do embarque damercadoria para o exterior.

O registro de exportação, no SISCOMEX, nos casos previstos pelaSecretaria de Comércio Exterior, é requisito essencial para o despacho deexportação de mercadorias nacionais ou nacionalizadas, ou de reexportação.Caso a exportação seja financiada, outro documento também seránecessário: o Registro de Operações de Crédito (RC).

O início do despacho de exportação ocorre com o registro daDeclaração de Exportação (DE)6 , isto é, na data em que essa declaraçãoreceber numeração específica. Segundo o art. 16 da IN SRF nº 028/94, odespacho de exportação será instruído com os seguintes documentos: i) primeira via da Nota Fiscal; ii) via original do conhecimento e do manifestointernacional de carga, nas exportações por via terrestre, fluvial ou lacustre;iii) outros, indicados em legislação específica. No caso de exportação para país-membro do MERCOSUL, o manifesto internacional de carga será substituído  pelo MIC/DTA7  (se o transporte for rodoviário) ou pelo TIF/DTA(se o transporte for ferroviário). Registre-se que, quando o imposto deexportação for exigível, também deverá ser apresentado o comprovante dopagamento desse imposto.

Os documentos instrutivos da DE devem ser entregues à RFB em até15 dias  contados do início do despacho de exportação. Em regra, esses

6  A Declaração de Exportação (DE) também é conhecida por Declaração de Despacho deExportação (DDE). Optamos por utilizar a primeira denominação em virtude de esta ser a queaparece no “Manual de Despacho de Exportação”, elaborado pela Receita Federal do Brasil.

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 MIC/DTA: Manifesto Internacional de Carga Rodoviária/Declaração de Trânsito AduaneiroTIF/DTA: Conhecimento - Carta de Porte Internacional/Declaração de Trânsito Aduaneiro

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documentos somente serão aceitos após confirmação, no SISCOMEX, da presença de carga. Depois do desembaraço aduaneiro, os documentosentregues serão devolvidos  ao exportador ou seu representante, que ficaobrigado a mantê-los, em boa guarda e ordem, pelo prazo previsto nalegislação tributária, para fins de apresentação à RFB sempre que solicitados.

Uma mesma Declaração de Exportação (DE) poderá conter umou mais registros de exportação, desde que estes se refiram,cumulativamente: i) ao mesmo exportador; ii) a mercadorias negociadas namesma moeda e na mesma condição de venda; iii) às mesmas unidades daSRF de despacho e de embarque. Assim, estaria errada a afirmativa quedissesse que a cada Declaração de Exportação associa-se apenas um RE. Poroutro lado, cada Registro de Exportação somente poderá ser utilizadoem uma única Declaração para Despacho Aduaneiro.

O despacho de exportação poderá ser realizado:

a) em recinto alfandegado de zona primária: esse é o caso emque o despacho de exportação é realizado em um porto, aeroporto ou ponto defronteira alfandegado.

b) em recinto alfandegado de zona secundária: é o caso em queo despacho de exportação ocorre em um porto seco.

c) em qualquer outro local não-alfandegado de zona

 secundária, inclusive no estabelecimento do exportador : nessa hipótese,o recinto em que ocorre o despacho de exportação não é alfandegado.

Nas duas últimas situações (despacho realizado em recintoalfandegado de zona secundária e despacho realizado em recinto não-alfandegado de zona secundária), a mercadoria deverá ser submetida aoregime de trânsito aduaneiro de exportação, seguindo até a unidade da RFBque jurisdiciona o local de saída do país. Trata-se de hipótese de antecipaçãodo despacho aduaneiro de exportação.

Para visualizar melhor tudo o que explicamos até agora, vamos a umexemplo!

Imagine que você possui uma empresa que exporta produtos têxteispara o exterior. Pois bem, o primeiro passo de toda exportação será providenciar o registro de exportação  (a regra é que toda exportaçãonecessita do RE!). Ok! Até aqui tudo bem!

Após o registro de exportação, caberá a você, na condição deexportador, registrar a Declaração de Exportação, que é o documento base dodespacho aduaneiro de exportação. O registro da DE marcará, então, o início

do despacho. Você possui três opções: i) levar a mercadoria a um porto,aeroporto ou ponto de fronteira alfandegado; ii) levar a mercadoria a um porto

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seco; iii) chamar a RFB para que realize o despacho em seu próprioestabelecimento.

3.1.2.2- Parametrização da Declaração de Exportação (DE):

Uma vez iniciado o despacho de exportação por meio do registro daDE, será realizada a  parametrização pelo SISCOMEX , que determinará,então, o nível de conferência aduaneira. A conferência aduaneira naexportação tem por finalidade identificar o exportador, verificar a mercadoria ea correção das informações relativas a sua natureza, classificação fiscal,quantificação e preço, e confirmar o cumprimento de todas as obrigações,fiscais e outras, exigíveis em razão da exportação.

A Declaração de Exportação pode ser direcionada para três canais deconferência diferentes:

a) Canal verde: desembaraço de exportação é automático, semqualquer exame físico ou documental.

b) Canal laranja: será realizado o exame documental.

c) Canal vermelho: será realizado o exame documental e averificação física da mercadoria.

Aqui é preciso chamar sua atenção para um detalhe importante!

Não é porque a DE foi direcionada para o canal verde ou laranja queela não poderá ser redirecionada, pela autoridade aduaneira, para o canalvermelho. Sempre é possível que a autoridade aduaneira, à suadiscricionariedade, decida agravar o nível da conferência aduaneira.Assim, suponha que uma DE foi direcionada para o canal verde (desembaraçoautomático!), mas o Auditor Fiscal da RFB tenha certa desconfiança quanto aosdados informados. Ela poderá, então, simplesmente redirecionar a DE para ocanal vermelho, realizando exame documental e físico da mercadoria.

3.1.2.3-Conferência aduaneira:

Segundo o art. 589, do R/A, a conferência aduaneira  naexportação tem por finalidade identificar o exportador, verificar a mercadoria ea correção das informações relativas a sua natureza, classificação fiscal,quantificação e preço, e confirmar o cumprimento de todas as obrigações,fiscais e outras, exigíveis em razão da exportação. Cuidado para não confundir

com o conceito de despacho aduaneiro de exportação! A conferência aduaneiraé apenas uma etapa do despacho aduaneiro de exportação.

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Na conferência aduaneira, o exame pela Receita Federal irá dependerdo canal para o qual a DE foi direcionada. Caso ela tenha sido direcionada parao canal laranja, haverá apenas conferência documental; se tiver ido para ocanal vermelho, haverá conferência documental e verificação física. Se a DE forpara o canal verde, é registrado o desembaraço aduaneiro automático; não há,

nesse caso, conferência aduaneira.

A verificação da mercadoria, no curso da conferência aduaneira ouem qualquer outra ocasião, será realizada por Auditor-Fiscal da Receita Federaldo Brasil, ou sob a sua supervisão, por Analista-Tributário, na  presença doviajante, do exportador ou de seus representantes. Na hipótese demercadoria depositada em recinto alfandegado, a verificação poderá serrealizada na presença do depositário ou de seus prepostos, dispensada aexigência da presença do exportador .

Em situações especiais, o registro da declaração de exportaçãopoderá ser efetuado após o embarque da mercadoria ou sua saída doterritório nacional . Trata-se de situações em que ocorre o chamadodespacho a posteriori ,  as quais estão relacionadas no art. 52 da IN nº028/1994.

Art. 52.  O registro da declaração para despacho aduaneiro deexportação, no SISCOMEX, poderá ser efetuado após o embarqueda mercadoria ou sua saída do território nacional, nos seguintescasos:I - fornecimento de combustíveis e lubrificantes, alimentos e outros

produtos, para uso e consumo de bordo em aeronave ou embarcaçãode bandeira estrangeira ou brasileira, em tráfego internacional;II - venda no mercado interno a não residente no País, em moedaestrangeira, de pedras preciosas e semi-preciosas, suas obras eartefatos de joalharia, relacionados pela Secretaria de ComércioExterior - SECEX; eIII - venda em loja franca, a passageiros com destino ao exterior, emmoeda estrangeira, cheque de viagem ou cartão de crédito, de pedraspreciosas e semi-preciosas nacionais, suas obras e artefatos de joalharia, relacionados pela SECEX.Parágrafo único. A critério do chefe da unidade local da SRF, o

registro da declaração poderá ser efetuado após o embarque damercadoria ou sua saída do território nacional, na exportação:I - de granéis, inclusive petróleo bruto e seus derivados;II - de produtos da indústria metalúrgica e de mineração;III - de produtos agroindustriais acondicionados em fardos ou sacaria;IV - de pastas químicas de madeira, cruas, semi-branqueadas oubranqueadas, embaladas em fardos ou briquetes;V - de veículos novos;VI - realizada por via rodoviária, fluvial ou lacustre, porestabelecimento localizado em município de fronteira sede de unidadeda SRF;

VII - de mercadorias cujas características intrínsecas ou extrínsecas oude seus processos de produção, transporte, manuseio ou comércio

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impliquem variação de peso decorrente de alteração na umidaderelativa do ar;VIII - de mercadorias cujas características intrínsecas ou extrínsecasou de seus processos de produção, transporte, manuseio ou comércioexijam operações de embarque parcelado e de longa duração;

IX - de produtos perecíveis; ouX - de papel em bobinas.

Perceba, caro aluno, que o art. 53 nos mostra duas situaçõesdiferentes de despacho a posteriori : i) D.E após o embarque independentede autorização do chefe da unidade de despacho  (são os casosrelacionados nos incisos I, II e III) ; ii) D.E após o embarque comautorização do chefe da unidade de despacho  (são os incisos I a IX,subordinados ao “parágrafo único).

3.1.2.4- Desembaraço e Averbação:

Segundo o art. 591, do R/A, desembaraço aduaneiro naexportação  é o ato pelo qual é registrada a conclusão da conferênciaaduaneira e autorizado o embarque ou a transposição de fronteira damercadoria. É quando o Auditor Fiscal RFB libera a mercadoria para serexportada, podendo, a partir desse instante, ser embarcada ou transpor afronteira.

Aqui, vale a pena, mencionarmos a diferença entre Unidade da RFBde Despacho  e Unidade da RFB de Embarque. Unidade de Despacho éaquela com jurisdição sobre o local de conferência e desembaraço damercadoria a ser exportada. Unidade de Embarque é aquela com jurisdiçãosobre o local de saída da mercadoria do território nacional.

Imagine, por exemplo, que você tem uma empresa em Campinas(interior de São Paulo) e vai fazer uma exportação. Aí você leva a mercadoriapara um porto seco em Campinas e dá início ao despacho de exportação. AUnidade da RFB de Despacho  será aquela que tem jurisdição sobre

Campinas, pois é ela quem fará a conferência e o desembaraço aduaneiro. DeCampinas, a mercadoria segue em trânsito aduaneiro para o Porto de Santos,que será o seu local de saída do território nacional. A Unidade da RFB deEmbarque será aquela com jurisdição sobre o Porto de Santos.

O ato final do despacho de exportação é a averbação, que consistena confirmação, pela fiscalização aduaneira, do embarque ou da transposiçãode fronteira da mercadoria. Após a averbação, é emitido o comprovante deexportação.

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O ato final do despacho aduaneiro de importação é o desembaraço aduaneiro.

O ato final do despacho aduaneiro de exportação 

é a averbação. Assim, para ser consideradaexportada, não é suficiente que a mercadoria tenhasido desembaraçada. É necessário que sejaconfirmada o embarque ou a transposição dafronteira, o que somente é feito com a averbação.

Na exportação, o desembaraço aduaneiro representa apenas uma autorização para embarcarou transpor a fronteira. A confirmação doembarque ou da transposição da fronteira é feitacom a averbação.

3.2- Despacho Fracionado:

Há certas mercadorias que, em razão de seu volume ou peso, não podem ser transportadas em um único veículo. Assim, as mercadoriasserão divididas em diversos lotes  para fins de conferência aduaneira atransposição da fronteira. O exportador vai, aos poucos, apresentando asmercadorias à autoridade aduaneira. Daí falarmos em despacho fracionado.

Nesse caso, haverá uma única DE , mas que ampara todos os lotesem questão. Deve-se destacar que o desembaraço aduaneiro somente ocorreráao final, após a apresentação de todos os lotes. Vejamos o que dispõe a INSRF nº 028/94 acerca do despacho fracionado:

Art. 58.  O despacho aduaneiro de exportação de mercadoriatransportada por via terrestre que não puder ser embarcada em umúnico veículo ou composição, poderá ser fracionado, para fins deconferência aduaneira e de transposição de fronteira.

1º  A apresentação do total das mercadorias, com a consequenteconclusão do despacho, deverá ocorrer no prazo de trinta diascorridos, contado do registro da entrega dos documentos, noSiscomex.§ 2º O chefe da unidade local da SRF poderá fixar prazo maior do queo estabelecido no §1º quando, comprovadamente, as características deprodução, transporte, armazenagem ou comercialização dasmercadorias a exportar justifiquem tal tratamento.

Do exame do dispositivo supracitado, cabe destacar dois pontos:

1)  O despacho fracionado  somente irá aplicar-se  quando amercadoria for transportada pela via terrestre.

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2) A apresentação do total das mercadorias, com a consequenteconclusão do despacho, deverá ocorrer no  prazo de 30 dias, contados daentrega do registro da entrega dos documentos no SISCOMEX.

3.3- Cancelamento de Declaração de Exportação:

Segundo o art. 594, do R/A, a autoridade aduaneira poderácancelar declaração de exportação já registrada, de ofício ou a pedidodo exportador , observadas as condições estabelecidas em ato normativo daSecretaria da Receita Federal do Brasil.

A IN SRF nº 028/94 detalha as  situações em que poderá sercancelada a Declaração de Exportação:

Art. 31. O despacho será cancelado:I - automaticamente, decorrido o prazo de quinze dias de que trata oart. 18, sem que tenha sido registrada, no Sistema, a recepção dosdocumentos, pela unidade da SRF de despacho; eII - pela fiscalização aduaneira:a) de ofício:1. quando constatada, em qualquer etapa da conferência aduaneira,descumprimento das normas estabelecidas nesta Instrução Normativa;e2. na hipótese de que trata o § 2º do artigo 36 desta norma; ou

b) a pedido formal do exportador, quando constatado erroinvoluntário, em registro efetuado, no Sistema, não passível decorreção na forma dos arts. 24 e 28, ou ainda, quando ocorrerdesistência do embarque, acompanhado da pertinente comprovaçãodocumental.

Examinando o art. 31, percebe-se que a Declaração de Exportaçãopoderá ser cancelada automaticamente  ou cancelada pela fiscalizaçãoaduaneira. O cancelamento automático  ocorrerá quando os documentosinstrutivos do despacho de exportação não forem entregues à RFB dentro de15 dias contados a partir do registro da DE. O cancelamento pela

fiscalização aduaneira, por sua vez, será feito de ofício ou a pedido formaldo exportador.

O cancelamento de ofício  ocorrerá: quando for constatado, emqualquer etapa da conferência aduaneira, descumprimento das normasrelativas ao despacho de exportação. O cancelamento a pedido formal doexportador ,  por sua vez, será cabível quando: i) for constatado erroinvoluntário, em registro efetuado, no Sistema, não passível de correção; ii)ocorrer desistência do embarque, acompanhado da pertinente comprovaçãodocumental.

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3.4 - Espécies de Declaração de Exportação:

O documento base do despacho de exportação é a Declaração deExportação (DE). No entanto, da mesma forma que acontece na importação,o despacho de exportação poderá ocorrer com registro no SISCOMEX   ou

 sem registro no SISCOMEX .

O despacho de exportação com registro no SISCOMEX poderá tercomo base uma Declaração de Exportação (DE)  ou uma DeclaraçãoSimplificada de Exportação (DSE). A DSE-Informatizada será usada noscasos previstos no art. 30 da IN SRF nº 611/2006:

Art. 30 A DSE apresentada nos termos do caput do art. 29 poderá serutilizada no despacho aduaneiro de bens:I - exportados por pessoa física, com ou sem cobertura cambial, até o

limite de US$ 50,000.00 (cinqüenta mil dólares dos Estados Unidos daAmérica) ou o equivalente em outra moeda;II - exportados por pessoa jurídica, com ou sem cobertura cambial, atéo limite de US$ 50,000.00 (cinqüenta mil dólares dos Estados Unidosda América) ou o equivalente em outra moeda;III - sob o regime de exportação temporária, para posterior retorno aoPaís no mesmo estado ou após conserto, reparo ou restauração;IV- reexportados na forma do inciso I do art. 15 da InstruçãoNormativa SRF no 285, de 2003;V - que devam ser devolvidos ao exterior por:a) erro manifesto ou comprovado de expedição, reconhecido pelaautoridade aduaneira;b) indeferimento de pedido para concessão de regime aduaneiroespecial;c) não atendimento a exigência de controle sanitário, ambiental ou desegurança exercido pelo órgão competente; oud) qualquer outro motivo, observado o disposto na Portaria MF no 306,de 21 de dezembro de 1995.VI - contidos em remessa postal internacional, até o limite de US$50,000.00 (cinqüenta mil dólares dos Estados Unidos da América) ou oequivalente em outra moeda;VII - contidos em encomenda aérea internacional, até o limite de US$50,000.00 (cinqüenta mil dólares dos Estados Unidos da América) ou oequivalente em outra moeda, transportada por empresa de transporteinternacional expresso porta a porta; ouVIII - integrantes de bagagem desacompanhada.Parágrafo único. A DSE de que trata este artigo será utilizada, ainda,no despacho aduaneiro de veículo para uso do viajante no exterior,exceto quando sair do País por seus próprios meios.

Quanto às exportações despachadas sem registro noSISCOMEX , há três situações diferentes:

a)  Despacho com base em DSE-Formulário: As exportaçõesrealizadas com amparo em DSE Formulário são as mencionadas no art. 31 da

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IN SRF nº 611/2006. Dentre elas, citamos as exportações de amostras semvalor comercial e as exportações realizadas por pessoa física ou jurídica, semcobertura cambial e sem finalidade comercial, cujo valor não ultrapasse US$1.000,00.

b)  Despacho de exportação de urna funerária: Nos termos doart. 583, do R/A, o despacho de exportação de urna funerária será realizadoem caráter prioritário e mediante rito sumário, antes de sua saída para oexterior, com base no respectivo conhecimento de carga ou em documento deefeito equivalente.

c) Despacho de exportação de mercadoria adquirida nomercado interno: O despacho aduaneiro de mercadorias adquiridas nomercado interno, inclusive no comércio de subsistência das populaçõesfronteiriças, residentes no exterior, será  processado com base na

respectiva Nota Fiscal , dispensado o registro no SISCOMEX.

Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova!

24.  (Questão Inédita)  O despacho de exportação tem por finalidade

identificar o exportador, verificar a mercadoria e a correção das informaçõesrelativas à sua natureza, classificação fiscal, quantificação e preço, e confirmaro cumprimento de todas as obrigações, fiscais e outras, exigíveis em razão daexportação.

Comentários:

Esse é o conceito de conferência aduaneira, previsto no art. 589, doR/A. Questão errada.

25.  (Questão Inédita) A verificação da mercadoria, no curso daconferência aduaneira ou em qualquer outra ocasião, será realizada porAuditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil, ou sob a sua supervisão, porAnalista-Tributário, na presença do viajante, do exportador ou de seusrepresentantes.

Comentários:

É o que prevê o art. 590, do R/A. Quem faz a verificação física é oAuditor-Fiscal. Ou, então, o Analista Tributário, sob supervisão do Auditor-Fiscal. Questão correta.

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26.  (Questão Inédita) A declaração de exportação será instruída com aprimeira via da nota fiscal, a via original do conhecimento e do manifestointernacional de carga, nas exportações por via terrestre, fluvial ou lacustre; eoutros documentos exigidos na legislação específica.

Comentários:

Esses são os documentos que instruem a DE, conforme o art. 588, doR/A. Questão correta.

27.  (Questão Inédita) Averbação é o ato pelo qual é registrada a conclusãoda conferência aduaneira, e autorizado o embarque ou a transposição defronteira da mercadoria.

Comentários:

O ato por meio do qual é registrada a conclusão da conferênciaaduaneira é o desembaraço aduaneiro. A averbação consiste na confirmaçãoda saída da mercadoria do País. Questão errada.

28.  (Questão Inédita) O ato final do despacho aduaneiro de exportação é odesembaraço aduaneiro. 

Comentários:

O ato final do despacho de exportação é a averbação. Questãoerrada.

29.  (Exame Despachante Aduaneiro-2012) A Declaração de Exportação(DE) é o conjunto de informações de natureza cambial que caracterizam aoperação de exportação e definem o seu enquadramento.

Comentários:

O examinador quis criar uma confusão entre RE e DE. O REcompreende o conjunto de informações de natureza comercial, financeira,cambial e fiscal que caracteriza a operação de exportação de uma mercadoriae define o seu enquadramento. Questão errada.

30.  (Exame Despachante Aduaneiro-2012) Cada Registro de Exportação(RE) deve corresponder a uma única Declaração de Exportação (DE).

Comentários:

De fato, cada RE deverá corresponder a uma única DE. Em outraspalavras, o conteúdo de um RE não pode ser dividido em mais de uma DE. Em

sentido inverso, uma DE pode conter vários RE’s. Questão correta.

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31.  (Exame Despachante Aduaneiro-2012)  Os dados específicos damercadoria a ser exportada, como sua quantidade e classificação fiscal, sãoinformados na Declaração de Exportação (DE) a ser registrada para subsidiar odespacho aduaneiro, sendo que no Registro de Exportação (RE) sãoinformados apenas dados sobre o transporte da mercadoria.

Comentários:

O Registro de Exportação não é limitado a dados sobre transporte damercadoria, compreendo informações de natureza comercial, financeira,cambial e fiscal. Questão errada.

32.  (Exame Despachante Aduaneiro-2012)  O Registro de Exportação(RE) deverá ser instruído com a fatura comercial e o conhecimento de cargacorrespondente.

Comentários:

Não há necessidade de instrução do RE com esses documentos.Questão errada.

33.  (Exame Despachante Aduaneiro-2012)  Em regra, a informação dapresença de carga no Siscomex Exportação deve ser registrada anteriormenteà apresentação dos documentos à unidade da RFB de despacho e é realizadapelo Depositário no caso em recinto alfandegado.

Comentários:

A regra geral é a de que os documentos devem ser entregues após aconfirmação da presença da carga. Questão correta.

34.  (Exame Despachante Aduaneiro-2012)  A partir do registro daDeclaração de Exportação (DE) no Siscomex Exportação, o exportador tem umprazo de 15 (quinze) dias para fazer a entrega da documentação na unidadede despacho.

Comentários:

O prazo para entrega dos documentos é de 15 dias contados doregistro da DE. Questão correta.

35.  (Exame Despachante Aduaneiro-2012) A mercadoria transportadapor via terrestre, que não puder ser embarcada em um único veículo oucomposição, poderá ter o embarque fracionado em vários veículostransportadores e deverão ser registradas tantas Declarações de Exportação(DE) quanto forem os embarques.

Comentários:

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No despacho fracionado, não há registro de várias DE’s. É registradaapenas uma DE, que ampara todos os embarques. Questão errada.

3.4- Fluxograma do Despacho de Exportação: (Fonte: Site RFB) 

1) Os procedimentos para a exportação têm início com o Registro deExportação (RE), documento utilizado no controle administrativo dasexportações. Destaque-se que, em regra, o RE é exigível para todas asexportações brasileiras. Caso a exportação seja financiada, também énecessário o Registro de Operações de Crédito (RC).

2) Salvo algumas exceções, o RE deve ser registrado  previamente aoembarque da mercadoria para o exterior.

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3) O despacho aduaneiro de exportação tem início com o registro daDeclaração de Exportação (DE). O despacho poderá ser realizado emrecinto alfandegado de zona primária, recinto alfandegado de zona secundáriaou, até mesmo, no estabelecimento do exportador.

4)  Uma vez registrada a DI, o exportador tem 15 (quinze) dias paraapresentar os documentos instrutivos do despacho  à RFB. Essesdocumentos somente serão aceitos após ter sido confirmada a presença decarga.

5) A Declaração de Exportação é parametrizada, sendo direcionada para umde três canais possíveis: canal verde (desembaraço automático), canallaranja (inspeção documental) e canal vermelho (inspeção documental everificação física).

6) Considerando que a DE foi direcionada para o canal laranja ou canalvermelho, ela seguirá para conferência aduaneira.

7) A conferência aduaneira é concluída por meio do desembaraço aduaneirode exportação. Caso o despacho tenha ocorrido no interior do país, seránecessário conceder o regime de trânsito aduaneiro para que a mercadoriaseja transportada até a zona primária, por onde sairá do território nacional.

8)  O desembaraço aduaneiro representa apenas uma autorização paraembarcar ou transpor a fronteira. A confirmação do embarque ou da

transposição da fronteira é feita com a averbação. A averbação é o ato finaldo despacho aduaneiro de exportação, após o que poderá ser emitido ocomprovante de exportação.

4- CASOS ESPECIAIS DE EXPORTAÇÃO E DE IMPORTAÇÃO PREVISTOSNA LEGISLAÇÃO:

Esse edital realmente não foi moleza não!  O conteúdo é bastantevasto e de alta complexidade técnica. Nesse tópico, vamos abordar osinúmeros casos especiais de exportação e de importação  previstos noRegulamento Aduaneiro. O assunto vai do art. 597 até o art. 636 do R/A.Também há algumas normas previstas na Portaria SECEX nº 23/2011 que julgo importante que vocês saibam! Sendo bem realista, sei que não é possíveldecorar todos esses dispositivos até a prova. Mas isso não será necessário!Vocês verão que há certa lógica em relação aos controles estabelecidos nesses“casos especiais de importação e exportação” .

A título de introdução, vale registrar que muitos desses controlesespeciais são realizados mediante o instrumento denominado “licenciamento

de importação” .  É por meio desse mecanismo que se busca verificar se a

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legislação aplicável está sendo cumprida e se a importação cumpre osrequisitos previstos.

4.1- Casos Especiais de Exportação e de Importação previstos noRegulamento Aduaneiro:

Vejamos, um a um, os casos especiais de exportação e de importaçãoprevistos no Regulamento Aduaneiro. Tome um fôlego porque será necessário!É muita coisa!  Destaco que esse assunto é importantíssimo para o exercíciodas funções de Fiscal Aduaneiro!  

a) Entorpecentes:

Há produtos químicos que podem ser usados na elaboração de “drogas”  diversas e, portanto, precisam se sujeitas a controle. Em razão disso,dispõe o R/A que estão sujeitos a controle e fiscalização, observado odisposto na legislação específica, a importação, a exportação, a reexportação,o transporte, a distribuição, a transferência e a cessão de  produtos químicos que possam ser utilizados como insumo na elaboração de substânciasentorpecentes, psicotrópicas ou que determinem dependência física oupsíquica. A fiscalização e o controle sobre esses produtos compete aoMinistério da Saúde e à Polícia Federal .

b) Fumo e seus sucedâneos:

A importação de cigarros  classificados no código 2402.20.00 daNCM será efetuada exclusivamente por empresas que mantiverem registroespecial   na Secretaria da Receita Federal do Brasil. Ademais, é vedada aimportação de cigarros de marca que não seja comercializada no país deorigem.

Os cigarros destinados à exportação não poderão ser vendidos

nem expostos à venda no País. O fabricante é obrigado a imprimir nasembalagens de cada maço ou na carteira de vinte unidades, bem como nospacotes e em outros envoltórios que os contenham, o número do CNPJ. Asembalagens de apresentação dos cigarros destinados a países da América doSul e da América Central, inclusive Caribe, deverão conter, sem prejuízo daexigência de que trata o caput, a expressão “Somente para exportação -  proibida a venda no Brasil” .

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c) Produtos com marca falsificada:

Poderão ser retidos, de ofício ou a requerimento dointeressado8 , pela autoridade aduaneira, no curso da conferência aduaneira,os  produtos assinalados com marcas falsificadas, alteradas ou imitadas,

ou que apresentem falsa indicação de procedência.

Após a retenção, a autoridade aduaneira notificará o titular dosdireitos da marca para que, no prazo de dez dias úteis da ciência, promova,se for o caso, a correspondente queixa e solicite a apreensão judicial dasmercadorias. Se, dentro de 10 (dez) dias, a autoridade aduaneira não forinformada de que o titular da marca tomou as medidas cabíveis para aapreensão judicial, o despacho aduaneiro poderá ter prosseguimento.

d) Fonogramas, Livros e Obras Audiovisuais:

Os fonogramas, os livros e as obras audiovisuais, importados ou aexportar, deverão conter  selos ou sinais de identificação, emitidos efornecidos na forma da legislação específica, para atestar o cumprimentodas normas legais referentes ao direito autoral .

e) Brinquedos, réplicas e simulacros de armas de fogo:É vedada a importação de brinquedos, réplicas e simulacros de

armas de fogo, que com estas se possam confundir. Excetuam-se daproibição referida no caput as réplicas e os simulacros destinados àinstrução, ao adestramento, ou à coleção de usuário autorizad o, nascondições fixadas pelo Comando do Exército.

f) Bens Sensíveis:

Dependerá de prévia autorização do Ministério da Ciência eTecnologia  a exportação de bem constante das listas de bens sensíveis.Consideram-se bens sensíveis os bens de uso duplo9  e os bens de uso naárea nuclear, química e biológica.

A importação e a exportação de materiais nucleares dependerá deautorização da Comissão Nacional de Energia Nuclear  

8

 O interessado, nesse caso, é o titular dos direitos da marca.9  Bens de uso duplo  são também chamados de bens de uso dual. Esses benspossuem aplicações militares e aplicações civis.

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A exportação de  produtos que contenham elementos nuclearesem coexistência com outros elementos ou substâncias de maior valoreconômico  dependerá de autorização da Comissão Nacional de EnergiaNuclear. 

g) Medicamentos, Drogas, Insumos Farmacêuticos e Correlatos:

A importação e a exportação de medicamentos, drogas, insumosfarmacêuticos e correlatos, bem como produtos de higiene, cosméticos,perfumes, saneantes domissanitários, produtos destinados à correção estéticae outros de natureza e finalidade semelhantes, será permitida apenas àsempresas e estabelecimentos autorizados pelo Ministério da Saúde  elicenciados pelo órgão sanitário competente.

h) Produtos contendo organismos geneticamente modificados:

Os organismos geneticamente modificados e seus derivadosdestinados a pesquisa ou a uso comercial só poderão ser importados ouexportados após autorização ou em observância às normas estabelecidas pelaComissão Técnica Nacional de Biossegurança ou pelos órgãos e entidadesde registro e fiscalização.

i) Biodiesel:

A importação de biodiesel deve ser efetuada exclusivamente por pessoas jurídicas constituídas na forma de sociedade sob as leisbrasileiras, com sede e administração no País, beneficiárias de autorizaçãoda Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), e que mantenham Registro Especial na Secretaria da Receita Federal do Brasil

 j) Gás Natural:

Qualquer empresa ou consórcio de empresas, desde queconstituídos sob as leis brasileiras, com sede e administração no País,poderão receber autorização do Ministério de Minas e Energia  paraexercer as atividades de importação e exportação de gás natural.

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l) Agrotóxicos e seus componentes e afins:

Os agrotóxicos, seus componentes e afins só poderão ser importadosou exportados se  previamente registrados em órgão federal , de acordocom as diretrizes e as exigências dos órgãos federais responsáveis pelos

setores da saúde, do meio ambiente e da agricultura.

m) Animais e seus produtos:

Nenhuma espécie animal da fauna silvestre, assim considerada osanimais de quaisquer espécies, em qualquer fase do seu desenvolvimento eque vivem naturalmente fora do cativeiro, poderá ser introduzida no País sem parecer técnico e licença expedida pelo Ministério do Meio Ambiente. É

proibida a exportação de peles e couros de anfíbios e répteis, em bruto.

n) Espécies Aquáticas:

A importação de espécies aquáticas para fins ornamentais e deaquicultura, em qualquer fase do ciclo vital, dependerá de  permissão doórgão competente. Destaco que essa permissão é, atualmente, concedidapelo IBAMA na fase de licenciamento da importação.

o) Equídeos:

É  proibida a exportação de cavalos importados para fins dereprodução, salvo quando tiverem permanecido no País, como reprodutores,durante o  prazo mínimo de três anos consecutivos. Os equídeosimportados, em caráter temporário, para participação em competiçõesturfísticas, de hipismo e pólo, exposições e feiras, e espetáculos circenses,deixarão o País no prazo máximo de sessenta dias, contados do término do

respectivo evento, sendo facultada sua permanência definitiva, medianteprocesso regular de importação.

p)  Objetos de Interesse Arqueológico ou Pré-Histórico, Numismáticoou Artístico:

Os objetos que apresentem interesse arqueológico ou pré-histórico, numismático ou artístico, para serem transferidos para o

exterior, precisam de licença expressa do Instituto do PatrimônioHistórico e Artístico Nacional (IPHAN).

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q)  Obras de Arte e Ofícios produzidos no País até o fim do PeríodoMonárquico:

É  proibida a saída do País, ressalvados os casos de autorizaçãoexcepcional pelo Ministério da Cultura, de:

i) quaisquer obras de artes e ofícios tradicionais, produzidos noBrasil até o fim do período monárquico, abrangendo não só pinturas,desenhos, esculturas, gravuras e elementos de arquitetura, como tambémobras de talha, imaginária, ourivesaria, mobiliário e outras modalidades;

ii) obras da mesma espécie das referidas acima, oriundas de Portugale incorporadas ao meio nacional durante os regimes colonial e imperial; e

iii) obras de pintura, escultura e artes gráficas que, embora

 produzidas no estrangeiro até o fim do período monárquico,representem personalidades brasileiras ou relacionadas com a História doBrasil, bem como paisagens e costumes do País.

Como é possível perceber, trata-se de restrição que objetiva  zelar pelo patrimônio cultural brasileiro.

r) Livros Antigos e Conjuntos Bibliográficos brasileiros:

É  proibida a saída do País, ressalvados os casos autorizados peloMinistério da Cultura, de:

i) bibliotecas e acervos documentais constituídos de obras brasileirasou sobre o Brasil, editadas nos séculos XVI a XIX;

ii) obras e documentos compreendidos editadas nos séculos XVI aXIX que, por desmembramento dos conjuntos bibliográficos, ou isoladamente,hajam sido vendidos; e

iii) coleções de periódicos que já tenham sido publicados há mais dedez anos, bem como quaisquer originais e cópias antigas de partiturasmusicais.

s) Diamantes Brutos:

O controle sobre a importação e exportação de diamantes brutos temcomo objetivo evitar que estes sirvam como fonte de financiamento de

movimentos rebeldes  em países africanos, como Serra Leoa, Angola eLibéria. Assim, foi criado um mecanismo internacional para a certificação

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de origem de diamantes brutos. Destaque-se que são considerados diamantesbrutos aqueles classificados nas subposições 7102.10, 7102.21 e 7102.31 doSistema Harmonizado. 10 

A importação e a exportação de diamantes brutos dependem de

apresentação do Certificado do Processo de Kimberley . O objetivo éimpedir as atividades de importação e exportação de diamantes brutosoriginários de países não-participantes do Processo de Kimberley.

A exportação de diamantes brutos produzidos no Brasil  depende da emissão do Certificado do Processo de Kimberley peloDepartamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). A importação dediamantes brutos está sujeita à anuência do DNPM, que o faz por meio dolicenciamento de importação.

t) Resíduos Sólidos e Rejeitos:

O tratamento especial aos resíduos sólidos e rejeitos foi incorporadoao Regulamento Aduaneiro pelo Decreto nº 8.010/2013, tendo sido previsto naLei nº 12.350/2010.

Segundo o art. 636-A, é proibida a importação  de resíduos sólidos perigosos e rejeitos, bem como de resíduos sólidos cujas

características causem dano ao meio ambiente, à saúde pública e animal ouà sanidade vegetal, ainda que para tratamento, reforma, reuso, reutilização ourecuperação. Na devolução ao exterior   de resíduos ou rejeitos, deve-seobservar, no que couber, o disposto na Convenção da Basileia  sobre ocontrole de movimentos transfronteiriços de resíduos perigosos e seu depósito

4.2-Casos Especiais de  Exportação e de Importação previstos naPortaria SECEX nº 23/2011:

a) Máquinas Eletrônicas Programadas:

É proibida a importação de máquinas de videopôquer, vídeo bingo,caça-níqueis, bem como quaisquer outras máquinas eletrônicas programadaspara exploração de jogos de azar.

b) Bens usados:

10 Sistema Harmonizado (SH) é um sistema de classificação fiscal de mercadorias, queassocia cada produto existente e por existir a um código numérico de 6 digítos.

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A importação de bens usados está sujeita a diversas restrições. Emregra, os bens de capital usados  somente podem ser importados caso nãoexista produção de equipamento nacional substitutivo. A apuração deprodução nacional é realizada por meio de Consulta Pública  semanalmentedisponibilizada no site do MDIC.

A importação de bens de consumo usados, por sua vez, é proibida. Excetuam-se dessa proibição os bens de consumo importados atítulo de doação e os veículos usados com mais de 30 anos de fabricação, parafins culturais e de coleção.

c) Países com restrições constantes em Resoluções da ONU:

O art. 254 da Portaria SECEX nº 23/2011 impões restrições àsexportações brasileiras para diversos países. É o caso, por exemplo, davedação às exportações de armamentos para o Iraque, Costa do Marfim,Libéria, dentre outros países.

5- REVISÃO ADUANEIRA:

O imposto de importação e o imposto de exportação são tributos cujolançamento é realizado por homologação. Por meio da Declaração deImportação (DI), o importador presta informações à Receita Federal do Brasil(RFB), com base nas quais é calculado o montante do imposto devido. Oimportador faz o recolhimento tributário com base nas informações que elemesmo apresentou, cabendo à RFB homologar ou não o lançamento.

E em quanto tempo deve ocorrer a homologação?

O prazo para homologação é de cinco anos contados da data daocorrência do fato gerador. Findo esse prazo sem a manifestação da ReceitaFederal, considera-se que ocorreu homologação tácita.

Durante esse prazo de 5 (cinco) anos, no entanto, o Fisco poderárealizar, especificamente quanto aos tributos incidentes sobre o comércioexterior, o procedimento de revisão aduaneira. Nos termos do art. 638 doR/A, revisão aduaneira é o ato pelo qual é apurada, após o desembaraçoaduaneiro, a regularidade do pagamento dos impostos e dos demaisgravames devidos à Fazenda Nacional, da aplicação de benefício fiscal e daexatidão das informações prestadas pelo importador na declaração deimportação, ou pelo exportador na declaração de exportação. Trata-se,portanto, do exercício, pelo Fisco, do direito de exigir os tributos incidentes

sobre o comércio exterior, que podem ter sido recolhidos a menor ou mesmonão recolhidos.

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A revisão aduaneira deverá estar concluída, no  prazo de 5 (cincoanos) contados da data do registro da declaração de importação (no caso deimportação) ou da data do registro de exportação (no caso de exportação).

6- ATIVIDADES RELACIONADAS AOS SERVIÇOS ADUANEIROS:

O art. 808 do Regulamento Aduaneiro relaciona as atividadesrelacionadas ao despacho aduaneiro de mercadorias.

Art. 808. São atividades relacionadas ao despacho aduaneiro demercadorias, inclusive bagagem de viajante, na importação, naexportação ou na internação, transportadas por qualquer via, asreferentes a:I - preparação, entrada e acompanhamento da tramitação eapresentação de documentos relativos ao despacho aduaneiro;II - subscrição de documentos relativos ao despacho aduaneiro,inclusive termos de responsabilidade;III - ciência e recebimento de intimações, de notificações, de autos deinfração, de despachos, de decisões e de outros atos e termosprocessuais relacionados com o procedimento de despacho aduaneiro;IV - acompanhamento da verificação da mercadoria na conferênciaaduaneira, inclusive da retirada de amostras para assistência técnica eperícia;V - recebimento de mercadorias desembaraçadas.

Como se pode verificar, todas as atividades acima relacionadas estãointimamente ligadas ao despacho de importação ou de exportação demercadorias, inclusive o de bagagem de viajantes. São atividades realizadasdiretamente pelo importador/exportador   ou por seus representanteslegais.

E quem pode representar o importador ou exportador nessasatividades?

São várias as pessoas que podem representar o importador e o

exportador no exercício dessas atividades, assim como em outras operaçõesde comércio exterior:

- o dirigente ou empregado com vínculo empregatícioexclusivo com o interessado, munido de mandato que lhe outorgue plenos poderes para o mister, sem cláusulas excludentes da responsabilidadedo outorgante mediante ato ou omissão do outorgado, no caso de operaçõesefetuadas por pessoas jurídicas de direito privado (Aqui estamos falando deum representante legal com procuração).

- o funcionário ou servidor , especialmente designado, no caso deoperações efetuadas por órgão da administração pública direta ou autárquica,

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federal, estadual ou municipal, missão diplomática ou repartição consular depaís estrangeiro ou representação de órgãos internacionais (Aqui estamosfalando de um representante de órgão ou entidade governamental).

- o empresário, o sócio da sociedade empresária ou pessoa física

nomeada pelo habilitado, nos casos de importações ao amparo do regime deque trata o art. 102-A.

- o  próprio interessado, no caso de operações efetuadas por pessoas físicas;

- o mandatário de pessoa física  residente no País, nos casos deremessa postal internacional, ou bens de viajante; e

- o despachante aduaneiro, em qualquer caso.

As operações de importação e exportação dependem de  préviahabilitação  do responsável legal da pessoa jurídica interessada, bemcomo do credenciamento das pessoas físicas que atuarão em seu nome noexercício dessas atividades, de conformidade com o estabelecido pelaSecretaria da Receita Federal do Brasil.

Vamos, agora, entender a atuação de alguns profissionais quelaboram no comércio exterior:

1)  Despachante Aduaneiro: O despachante aduaneiro é oprofissional competente para realizar, em nome dos seus representados, osatos relacionados ao despacho aduaneiro de bens ou de mercadorias. Naexecução dessas atividades, o despachante aduaneiro tem ampla liberdade para contratar seus honorários profissionais. Em outras palavras, oshonorários dos despachantes aduaneiros não são pré-fixados em normas ouregulamentos.

O exercício da profissão de despachante aduaneiro somente serápermitido à  pessoa física inscrita no Registro de Despachantes Aduaneiros, mantido pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. A inscriçãonesse registro depende de pedido do interessado, atendidos, ainda, osseguintes requisitos:

a) comprovação de inscrição há pelo menos dois anos no Registro deAjudantes de Despachantes Aduaneiros, mantido pela Secretaria da ReceitaFederal do Brasil;

b)  ausência de condenação, por decisão transitada em julgado, àpena privativa de liberdade;

c) inexistência de pendências em relação a obrigações eleitorais e, sefor o caso, militares;

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d) maioridade civil;

e) formação de nível médio; e

f) aprovação em exame de qualificação técnica.

g) nacionalidade brasileira.

A competência para proceder à inscrição  do interessado noRegistro de Despachantes Aduaneiros e no Registro de Ajudantes deDespachantes Aduaneiros compete ao chefe da unidade da Secretaria daReceita Federal com jurisdição aduaneira sobre o domicílio dorequerente. Destaque-se que é vedado o exercício da atividade dedespachante ou ajudante de despachante a quem exerce cargo, emprego oufunção pública.

Existe também a figura do ajudante do despachante aduaneiro,que poderão estar tecnicamente subordinados a um despachante aduaneiro. Oajudante de despachante tem atribuições mais limitadas que as dodespachante, podendo realizar apenas as atividades mencionadas nos incisosI, IV, V e VI do art. 808. Recorde-se: todas as atividades mencionadas no art.808 podem ser realizadas pelo despachante aduaneiro.

A Receita Federal do Brasil (RFB) é o órgão competente para editaras normas necessárias  para a regulamentação das atividades do

despachante aduaneiro e do ajudante de despachante. Além disso, também éresponsável por dar publicidade de informações acerca dos despachantes eajudantes de despachantes inscritos no registro.

2) Operador de Transporte Multimodal (OTM): A Lei nº 9.611/98versa sobre o transporte multimodal de cargas e sobre o OTM. Nos termosdessa lei, transporte multimodal de cargas  é aquele que, regido por umúnico contrato, utiliza duas ou mais modalidades de transporte, desde aorigem até o destino, e é executado sob a responsabilidade única de umOperador de Transporte Multimodal.

Mas como assim? É simples, pessoal!  

Imagine que você tenha uma empresa em Campinas (interior de SãoPaulo) e vá fazer a importação de mercadorias. Aí você celebra um contrato detransporte com a empresa Estratégia Transportes e Cargas S/A. A empresaserá responsável por trazer a mercadoria de navio até o Porto de Santos e,depois, levá-la a Campinas por meio de transporte rodoviário. Veja: temos umúnico contrato, com duas modalidades de transporte diferentes. Trata-se deum transporte multimodal de cargas. A empresa Estratégia Transportes eCargas S/A, para realizá-lo, tem que ser um OTM.

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O OTM é uma  pessoa jurídica contratada como principal para arealização do Transporte Multimodal de Cargas da origem até o destino, pormeios próprios ou por intermédio de terceiros.  Além do transporte em si , o transporte multimodal de cargas compreende os  serviços de coleta,unitização, desunitização, movimentação, armazenagem e entrega de

carga ao destinatário, bem como a realização dos serviços correlatos queforem contratados entre a origem e o destino, inclusive os de consolidação edesconsolidação documental de cargas.

O exercício da atividade de operador de transporte multimodal, notransporte multimodal internacional de cargas, depende de habilitação pelaSecretaria da Receita Federal do Brasil , para fins de controle aduaneiro.Existem dois tipos de habilitação do OTM:

i) Nacional e Internacional: para atuação no Brasil e no exterior, à

exceção do MERCOSUL.

ii) MERCOSUL: para que possa atuar nos países do MERCOSUL.

O contrato de transporte multimodal   se torna eficaz com aemissão do Conhecimento de Transporte Multimodal de Cargas e orecebimento da carga pelo OTM. Com a emissão do Conhecimento, o OTMassume perante o contratante a responsabilidade:

- pela execução dos serviços de transporte multimodal de

cargas, por conta própria ou de terceiros, do local em que as receber até asua entrega no destino;

- pelos  prejuízos resultantes de perda, danos ou avaria àscargas sob sua custódia, assim como pelos decorrentes de atraso em suaentrega, quando houver prazo acordado.

O OTM também assume responsabilidade perante os órgãosfazendários, a qual se inicia com a concessão do regime de trânsitoaduaneiro até o momento da entrega da mercadoria ou carga emrecinto alfandegado de destino. Veja: é bem comum que o OTM realize,além de um trecho internacional, um trecho interno. Esse trecho interno seráfeito ao amparo do regime de trânsito aduaneiro. Destaque-se que trânsitoaduaneiro é um regime aduaneiro especial por meio do qual as mercadoriassão transportadas pelo território nacional, sob controle aduaneiro, comsuspensão de tributos.

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- Responsabilidade do OTM perante ocontratante: cobre o período compreendido entre orecebimento da carga e a entrega ao destinatário.

- Responsabilidade do OTM perante os órgãos

fazendários: subsiste desde a concessão do regimede trânsito aduaneiro até o momento da entrega damercadoria em recinto alfandegado de destino.

3)  Agentes de Unitização e Desunitização: As operações deunitização e desunitização de cargas, quando realizadas em locais erecintos alfandegados, serão feitas somente por agentes previamentecredenciados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (SRFB). São oschamados agentes de unitização e desunitização.

Mas agora a pergunta que não quer calar: o que são operações deunitização e desunitização de cargas?

As principais unidades de carga são os contêineres, os quais têmum espaço considerável  para armazenamento de mercadorias. Suponha quevocê tenha uma empresa e vá exportar para o exterior 300 pares de sapato.Isso daí cabe dentro de um contêiner e sobra muito espaço! Você só precisaria,digamos, de 1/5 do contêiner.

Aí você chega para o dono do navio e diz: “Aí, armador, eu queria

alugar 1/5 do espaço do contêiner! Tem como?”Ele diz: “Não tem como, meu amigo! Só te alugo o contêiner inteiro!”  

Você: “Mas aí é caro demais!”  

É caro demais mesmo alugar um contêiner sozinho! É justamente porisso que surgem os agentes de unitização e desunitização. Esses agentesalugam o contêiner inteiro do armador e oferecem pequenos espaços àsempresas. Moral da história: dentro de um mesmo contêiner, teremoscargas pertencentes a diversas empresas.

Os agentes de unitização  são, portanto, aqueles que colocamdiversas cargas em uma unidade de carga maior. É o que chamamos de ovaou estufagem  do contêiner. Os agentes de desunitização, por sua vez,fazem o processo inverso, ou seja, pegam a unidade de carga maior e fazem aseparação das cargas. A desunitização é o que chamamos de desova docontêiner . Normalmente, as empresas que realizam as operações deunitização também fazem operações de desunitização.

4)  Perito / Assistente Técnico: O Auditor Fiscal da RFB, como

sabemos, é responsável por fazer a conferência aduaneira de mercadorias. Aofazê-lo, ele se depara, por diversas vezes, com questões problemáticas. Ex:

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-  “Meu Deus, no documento está escrito que esse é um guindasteautopropulsado com lanças telescópica para transporte de contêineres de 20 e40 pés! No entanto, eu acho que não é não! Acho que esse guindaste é outro edeveria estar classificado em outro código tarifário!”  

- “O importador declarou que essa prensa usada foi comprada porUS$ 50.000,00. Mas ela não está tão velha assim! Eu acho que ela vale bemmais que isso!”  

Diante dessas “dúvidas existenciais” do Auditor Fiscal RFB, nadamelhor do que um parecer de alguém que conheça bem o assunto! Aí é queaparece o perito. O art. 813 do R/A dispõe o seguinte sobre as atividades de perícia: 

Art. 813. A perícia para identificação e quantificação de mercadoria

importada ou a exportar, bem como a avaliação de equipamentos desegurança e sistemas informatizados, e a emissão de laudos periciaissobre o estado e o valor residual de bens, será proporcionada:I - pelos laboratórios da Secretaria da Receita Federal do Brasil;II - por órgãos ou entidades da administração pública; ouIII - por entidades privadas e técnicos, especializados, previamentecredenciados.Parágrafo único. A Secretaria da Receita Federal do Brasil expediráato normativo em que:I - regulará o processo de credenciamento dos órgãos, das entidades edos técnicos a que se referem os incisos II e III do caput; e

II - estabelecerá o responsável, o valor e a forma de retribuição pelosserviços prestados.

Logo no caput do artigo, já fica bem claro quais são as atividadesque podem ser realizadas pela perícia: i) identificação e quantificação demercadoria importada ou a exportar; ii) avaliação de equipamentos desegurança e sistemas informatizados e; iii) emissão de laudos sobre o estado evalor residual dos bens.

E quem faz a perícia?

Novamente, pedimos socorro ao art. 813! A perícia seráproporcionada: i) pelos laboratórios da RFB; ii) por órgãos ou entidadesda administração pública  e; iii) por entidades privadas e técnicosespecializados, previamente credenciados.

A pessoa que comprovar legítimo interesse na perícia poderá utilizar-se de assistência técnica para acompanhar sua realização. Para isso, indicauma espécie de “perito particular”, que é denominado assistente técnico. Oassistente técnico será indicado livremente, sendo sua remuneraçãoestabelecida em contrato.

Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova!

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36.  (Exame Despachante Aduaneiro-2012-adaptada) São atribuiçõesdo Despachante Aduaneiro em representação a um importador ouexportador, exceto:

a) ciência e recebimento de intimações, de notificações, de autos de infração,de despachos, de decisões e de outros atos e termos processuais relacionadoscom o procedimento de despacho aduaneiro.

b) realizar a verificação da mercadoria na conferência aduaneira, inclusive aretirada de amostras para assistência técnica e perícia.

c) realizar a preparação, entrada e acompanhamento da tramitação eapresentação de documentos relativos ao despacho aduaneiro.

d) receber mercadorias desembaraçadas.

e) tomar ciência e receber intimações, notificações, autos de infração,despachos, decisões e outros atos e termos processuais relacionados com oprocedimento de despacho aduaneiro.

Comentários:

O despachante aduaneiro poderá representar o importador, oexportador ou outro interessado em todas as atividades relacionadas no art.808, do R/A.

Letra A: correta. Exatamente conforme art. 808, inciso IV, do R/A.

Letra B: errada. Quem faz a verificação da mercadoria na conferênciaaduaneira é o Auditor-Fiscal RFB.

Letra C: correta. Exatamente conforme art. 808, inciso I, do R/A.

Letra D: correta. Exatamente conforme art. 808, inciso V, do R/A.

Letra E: correta. Exatamente conforme art. 808, inciso III, do R/A.

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QUESTÕES COMENTADAS

1.  (AFRF-2003) A fiscalização aduaneira recebe denúncia de que abagagem de integrante de missão diplomática contém 23 kg decocaína. No caso, deve tomar uma das seguintes providências:

a) reter os volumes e encaminhá-los à Polícia Federal, comunicando aocorrência à Administração Central, para informação ao Ministério das RelaçõesExteriores.

b) liberar os volumes, pois a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticasimpede sua verificação, comunicando os fatos à Administração Central parainformação ao Ministério das Relações Exteriores e à Polícia Federal.

c) verificar os volumes na presença do agente diplomático ou do seu

representante autorizado, apreendendo os bens de importação proibida eliberando os demais, salvo se o viajante identificar-se como correio diplomáticoe o volume estiver identificado como mala diplomática.

d) apreender os volumes, para aplicação da pena de perdimento aos bens deimportação proibida, requisitando a representante do Ministério das RelaçõesExteriores a separação dos demais bens, para entrega ao diplomata.

e) verificar os volumes na presença de representante do Ministério dasRelações Exteriores e do agente diplomático ou do seu representante legal,

lavrando Termo de Constatação Fiscal (TCF), a ser encaminhado ao governoestrangeiro.

Comentários:

Olha só que questão maldosa! Perceba, caro amigo, que ela não estáfazendo referência à “mala diplomática”, mas sim à bagagem de integrante demissão diplomática. A mala diplomática é inviolável, mas a bagagem deintegrante de missão diplomática se submete a controle aduaneiro. .

Assim, verificamos que a resposta correta é a letra C. A fiscalizaçãoaduaneira poderá verificar a bagagem de integrante de missão diplomática, anão ser que  o viajante esteja identificado como correio diplomático  e ovolume esteja identificado como mala diplomática. Estes possueminviolabilidade absoluta, não podendo ser objeto de controle aduaneiro.

2.  (AFTN-1991) Despacho de importação é:

a) o procedimento que tem por finalidade identificar o importador, verificar amercadoria, determinar seu valor e classificação fiscal e constatar ocumprimento de todas as obrigações, fiscais ou não fiscais, para fins de

desembaraço da mercadoria.

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b) o procedimento fiscal mediante o qual se processa o desembaraçoaduaneiro de mercadoria estrangeira, nacional ou nacionalizada, procedente doexterior, ainda que não se trate de importação a título definitivo.

c) o procedimento fiscal que deverá ser instruído com a Declaração de

Importação, substituível apenas pelo conhecimento de carga original ou peloconhecimento aéreo original.

d) o procedimento dispensado na reentrada de mercadorias quecomprovadamente retornem ao País por defeito técnico que exija suadevolução para reparo ou substituição.

e) o procedimento fiscal necessariamente efetuado com base na Declaração deImportação e instruído com o conhecimento de carga original ou documentoequivalente, não podendo ser dispensada nessa instrução a fatura comercial,

contendo todas as indicações especificadas na lei e assinada pelo exportador,salvo se substituída pelo conhecimento aéreo, se este contiver as mesmasindicações.

Comentários:

Letra A: errada. Esse é o conceito de conferência aduaneira  (art.564 do R/A). Pessoal, muita gente confunde esse conceito com o de despachoaduaneiro. Pensem só no seguinte: a conferência aduaneira é uma etapa dodespacho aduaneiro.

Letra B: correta. Esse é conceito de despacho de importação (art.542 do R/A). O objetivo do despacho de importação é realizar o desembaraçoaduaneiro de mercadoria procedente do exterior. Destaque-se que sesubmetem a despacho de importação as mercadorias importadas a títulodefinitivo ou em caráter temporário.

Letra C: errada. A DI não é substituível pelo conhecimento de carga.

Letra D: errada. O despacho de importação também se aplica àsmercadorias que, após exportadas, retornem ao País por defeito técnico queexija sua devolução para reparo ou substituição.

Letra E: errada. Está errado dizer que o despacho de importação seránecessariamente efetuado com base em uma DI. Ele poderá ser efetuadotambém com base em uma DSI.

3.  (AFTN-1989) A fatura comercial:

a) é substituível pelo conhecimento aéreo, se contiver as indicações dequantidade, espécie e valor das mercadorias que lhe correspondam.

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b) deve indicar o país de origem da mercadoria, como tal entendido aquele emque tiver sido realizado o embarque.

c) não tem valor para instruir o despacho de importação, por ter origem emconvenções particulares.

d) em nenhuma hipótese será aceita, para efeitos fiscais, quando contiveremendas, ressalvas ou entrelinhas.

e) é substituível pelo conhecimento de carga, quando deste constarem todasas indicações que devem normalmente estar contidas nela.

Comentários:

Letra A: correta. O conhecimento de carga aéreo poderá substituir a

fatura comercial, desde que, nele, estejam as informações essenciais dafatura: quantidade, espécie e valor das mercadorias.

Letra B: errada. O país de origem da mercadoria é onde ela foiproduzida, e não, necessariamente, aquele em que foi realizado o embarque.

Letra C: errada. A fatura comercial instrui o despacho de importação.

Letra D: errada. Poderão ser aceitas faturas com emendas, ressalvasou entrelinhas, desde que autenticadas pelo exportador.

Letra E: errada. A fatura comercial somente pode ser substituída peloconhecimento aéreo. Ela não pode ser substituída pelo conhecimento de carga.

4.  (AFRF-2003) Assinale a opção correta.

a) O importador pode verificar as mercadorias recebidas do exterior,previamente ao início da conferência aduaneira, para dirimir dúvidas quanto àsua perfeita identificação, na presença da autoridade aduaneira e dorepresentante do depositário.

b) A verificação da mercadoria compreende o exame documental e aconferência física e será realizada por Auditor-Fiscal ou por Técnico da ReceitaFederal, sob supervisão do AFRF.

c) A conferência aduaneira é feita de acordo com a seleção da declaração deimportação para os canais verde (desembaraço automático) ou vermelho(verificação pela fiscalização), sendo feito exame de valor no canal cinza.

d) Havendo indícios de fraude na importação, o despacho será interrompido ea declaração encaminhada ao setor incumbido das consultas e registros no

RADAR (Ambiente de Registro e Rastreamento da Atuação dos IntervenientesAduaneiros).

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e) A verificação prévia da mercadoria efetuada a pedido do importador,realizada sob acompanhamento da fiscalização aduaneira, não dispensa averificação física por ocasião do despacho aduaneiro.

Comentários:

Letra A: errada. De fato, o importador poderá verificar a mercadoriarecebida do exterior previamente à conferência aduaneira. No entanto, oacompanhamento pela autoridade aduaneira não é obrigatório. Oacompanhamento poderá ser feito por qualquer servidor. Além disso, alegislação não traz qualquer previsão acerca da necessidade de que orepresentante do depositário acompanhe essa verificação.

Letra B: errada. Na conferência aduaneira, a mercadoria poderá serobjeto de exame documental, conferência física ou procedimento

especial de despacho aduaneiro.

Letra C: errada. Os canais para os quais as Declarações deImportação são direcionadas são: canal verde  (desembaraço automático),canal amarelo (exame documental), canal vermelho (exame documental everificação física) e canal cinza  (aplicação de procedimento especial dedespacho aduaneiro)

Letra D: errada.  Havendo indícios de fraude, a DI seráencaminhada para o canal cinza. O RADAR é um sistema da RFB que

disponibiliza, em tempo real, informações de natureza aduaneira, contábil efiscal que permitem à fiscalização aduaneira obter uma visão geral dos agentesque operam no comércio exterior.

Letra E: correta. De fato, é permitido que o importador verifique amercadoria anteriormente ao despacho aduaneiro. Todavia, isso não dispensaa ulterior verificação pela Receita Federal, por ocasião do despacho aduaneiro.

5.  (ACE-1998) O desembaraço aduaneiro ocorre

a) antes da conferência aduaneira

b) no ato de registro da Declaração de Importação no SISCOMEX

c) quando da chegada da mercadoria à URF-Unidade da Receita Federal

d) apenas no caso de despacho aduaneiro antecipado

e) com a autorização da entrega da mercadoria ao importador

Comentários:

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O desembaraço aduaneiro é o ato final do despacho aduaneiro deimportação. Ele representa a conclusão da conferência aduaneira e serve comoautorização para a entrega da mercadoria ao importador . Recorde-seque a entrega da mercadoria depende da comprovação do recolhimento doICMS e do AFRMM. A resposta é a letra E.

6.  (AFTN-1998)- Caracteriza o início do despacho aduaneiro deimportação o (a):

a) licenciamento de importação no SISCOMEX.

b) pagamento dos impostos incidentes na importação, comprovada peloSISCOMEX por meio de DARF eletrônico.

c) apresentação das mercadorias ao Fisco para efeito de conferência

aduaneira.

d) registro da declaração de importação.

e) registro dos volumes no sistema MANTRA por ocasião do depósito aduaneirodas mercadorias.

Comentários:

O despacho aduaneiro de importação inicia-se com o registro daDeclaração de Importação (DI) no SISCOMEX. A resposta é a letra D.

Letra A: errada. O licenciamento de importação é sempre anterior aodespacho aduaneiro.

Letra B: errada. O pagamento dos impostos não é considerado oinício do despacho de importação. Destaco, entretanto, que o pagamento dosimpostos ocorre no ato do registro da DI.

Letra C: errada. A conferência aduaneira é uma etapa do despachode importação, aplicável apenas quando a DI não é direcionada para o canal

verde.

Letra E: errada. Em regra, para ser registrada uma DI, é necessário aconfirmação da presença de carga.

7.  (AFRF-2000) A responsabilidade do Operador de TransporteMultimodal de cargas, no transporte internacional:

a) perante o contratante, cobre o período compreendido entre o instante dorecebimento da carga e a ocasião de sua entrega ao destinatário, e perante os

órgãos fazendários, permanece desde a concessão do regime de trânsito

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aduaneiro até o momento da entrega da mercadoria ou carga em recintoalfandegado de destino

b) com relação ao contratante, inicia-se desde sua inclusão no manifesto doveículo transportador até a sua descarga no local alfandegado de destino e,

perante os órgãos fazendários, permanece desde a autorização para embarqueno veículo até sua descarga no recinto alfandegado de destino

c) perante o contratante, cobre o período compreendido entre o instante dacolocação da carga a bordo do veículo e a ocasião da sua chegada ao destino,e, perante os órgãos fazendários, desde o recebimento da carga na origem atéo seu desembaraço aduaneiro

d) relativamente ao contratante do transporte, inicia-se com a entrega dacarga no local de origem e cessa quando da chegada do veículo ao local de

destino e, relativamente à Alfândega, inicia-se desde o recebimento dosdocumentos relativos à carga até o desembaraço aduaneiro na importação ouaverbação de embarque na exportação

e) perante o contratante na importação, inicia-se desde a disponibilização dacarga pelo importador na condição FOB até a entrega do conhecimento detransporte à autoridade do local de descarga para instruir o despachoaduaneiro e, no tocante aos tributos, inicia-se desde a lavratura do Termo deVisita Aduaneira até o desembaraço aduaneiro da carga.

Comentários:Letra A: correta. A responsabilidade do OTM junto ao

contratante  vai desde o momento do recebimento da carga até a entregadesta ao destinatário. A responsabilidade o OTM junto aos órgãosfazendários  vai desde a concessão do regime de trânsito aduaneiro até aentrega da mercadoria em recinto alfandegado.

Letra B: errada. A inclusão da carga no manifesto do veículotransportador é posterior ao recebimento da carga. É com o recebimento dacarga que se inicia a responsabilidade do OTM perante o contratante. Não háresponsabilidade do OTM perante os órgãos fazendários no momento daautorização do embarque, uma vez que o embarque ocorre no exterior, fora da jurisdição aduaneira.

Letra C: errada. Os órgãos fazendários não têm jurisdição sobre oterritório estrangeiro. Logo, não faz sentido em dizer que a responsabilidadedo OTM perante os órgãos fazendários se inicia com o recebimento da carga naorigem. Outro erro é dizer que a responsabilidade perante o contratante seinicia com a colocação da mercadoria a bordo do veículo.

Letra D: errada. A responsabilidade do OTM junto à Aduana, naimportação, inicia-se com a concessão do regime de trânsito aduaneiro.

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Letra E: errada. Não existe mais essa tal de “visita aduaneira”, ok?Outro erro é dizer que a responsabilidade do OTM perante o contratantecomeça com a disponibilização da mercadoria na condição FOB. Não é isso! Aresponsabilidade perante o contratante se inicia no momento do recebimentoda carga, que não precisa ser a bordo do veículo.

8.  (AFRF-2000)- O ato final do despacho aduaneiro de importação(1) e do despacho aduaneiro de exportação (2) consiste,respectivamente:

a) no recebimento da mercadoria pelo importador (1) e na entrega da carga aempresa transportadora (2)

b) na autorização para entrega (1) e na autorização para embarque (2)

c) na conferência aduaneira (1) e na verificação física da mercadoria (2)

d) no desembaraço aduaneiro (1) e na averbação de embarque ou detransposição de fronteira (2)

e) na autorização para saída dos armazéns alfandegados, recolhidas as tarifasde armazenagem e capatazia (1) e na disponibilização da carga ao agentetransportador (2)

Comentários:

Questão interessante!  O ato final do despacho de importação é odesembaraço aduaneiro. Por sua vez, o ato final do despacho de exportação éa averbação do embarque ou de transposição de fronteira. O desembaraçoaduaneiro de exportação representa apenas a autorização para o embarque oupara a transposição da fronteira. A resposta é a letra D.

9.  (AFTN-1996-adaptada) O transporte multimodal se caracterizaquando uma unidade de carga é transportada utilizando:

a) Um veículo em uma unidade de transporte abrangida em um único contrato

de transporte

b) Veículos diferentes de uma ou mais modalidades de transporte em váriosserviços contratados de diferentes transportes

c) Dois ou mais veículos de uma modalidade de transporte abrangida por maisde um contrato de transporte

d) Duas ou mais modalidades de transporte ao longo do percurso abrangidaspor um único contrato de transporte

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e) Um único veículo em duas ou mais modalidades de transporte abrangidaspor contratos de transporte específicos para cada modalidade.

Comentários:

Questão bem simples, que pede a definição de transporte multimodalde cargas! A resposta é a letra D: “o transporte multimodal de cargas secaracteriza quando uma unidade de carga é transportada utilizando-se duasou mais modalidades de transporte ao longo do percurso abrangidas por umúnico contrato de transporte.  “ 

10.  (TRF-2000) A seleção da declaração de importação para o canalverde de conferência aduaneira:

a) impede que o chefe da unidade da Secretaria da Receita Federal de

despacho, após o desembaraço, determine que se proceda à ação fiscal deconferência física e documental da mercadoria, em qualquer hipótese, porquetal seleção atendeu integralmente os limites e critérios estabelecidos pelaCoordenação-Geral do Sistema Aduaneiro e o SISCOMEX procedeu aodesembaraço automático da mercadoria

b) impede que o chefe da unidade da SRF de despacho, após o desembaraço eentrega da mercadoria ao importador, determine que se proceda ao reexamedo despacho aduaneiro, com a finalidade de verificar a regularidade daimportação quanto aos aspectos fiscais e outros, porque o canal verde,

autorizando o desembaraço automático da mercadoria, implica homologaçãodos lançamentos tributários

c) não impede que o chefe do setor responsável pelo despacho, a qualquertempo, determine que se proceda à ação fiscal pertinente, se tiverconhecimento de fato ou da existência de indícios que requeiram a necessidadede verificação da mercadoria, ou de aplicação de procedimento aduaneiroespecial.

d) impede que o chefe da unidade da SRF de despacho, após o desembaraço,determine que se proceda à verificação física da mercadoria, em decorrênciade fato superveniente que requeira essa verificação, porque tal procedimentosomente é permitido para as mercadorias relacionadas para o canal amarelode conferência aduaneira.

e) relativamente à mercadoria que se encontre depositada em EstaçãoAduaneira Interior (EADI), impede que o chefe da unidade da SRF dedespacho, após o desembaraço, determine que se proceda à ação fiscalpertinente, se tiver conhecimento de fato ou de existência de indícios querequeiram a necessidade de verificação da mercadoria, porque talprocedimento somente é cabível para as mercadorias depositadas em recinto

ou local alfandegado de zona primária aduaneira.

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Comentários:

Segundo o art. 49 da IN SRF nº 680/2006, “a seleção da declaração para quaisquer dos canais de conferência aduaneira não impede que o chefedo setor responsável pelo despacho, a qualquer tempo , determine que se

 proceda à ação fiscal pertinente , se tiver conhecimento de fato ou daexistência de indícios que requeiram a necessidade de verificação damercadoria, ou de aplicação de procedimento aduaneiro especial.”  (Letra C)

Vale a pena ressaltar que, mesmo que uma DI seja direcionada para o canal verde, poderá o Auditor Fiscal RFB decidir que será feita umaconferência documental ou verificação física, caso constante que há elementosindiciários de irregularidade na importação.

11.  (TRF-2003) Observe os quadros abaixo e relacione cada uma das

alíneas do primeiro quadro com as do segundo. Atente para apossibilidade de haver mais de uma vinculação possível, isto é, mais deuma alínea estar vinculada a um numeral.

V) entidades privadas e técnicos, especializados, credenciados paraidentificação e quantificação de mercadorias;

W) representante do importador no despacho aduaneiro;

X) pode ser beneficiário do regime de trânsito aduaneiro;

Y) avaliador de equipamentos de segurança e de sistemas informatizados eemitente de laudos sobre o estado e o valor residual de bens;

Z) agentes previamente credenciados para a ova ou desova de contêineres.

1) Operador de transporte multimodal.

2) Despachante aduaneiro.

3) Assistente técnico.

4) Agente de unitização e desunitização de carga.

A opção que contém as vinculações corretas é:

a) V3 W3 X4 Y2 Z2

b) V2 W1 X3 Y4 Z3

c) V3 W2 X1 Y3 Z4

d) V1 W2 X4 Y3 Z3

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e) V4 W4 X3 Y1 Z4

Comentários:

V)  Entidades privadas e técnicos, especializados, credenciados para

identificação e quantificação de mercadorias: Referência ao perito/assistentetécnico. (V3)

W) Representante do importador no despacho aduaneiro: Referênciaa despachante aduaneiro (W2) 

X) Pode ser beneficiário do regime de trânsito aduaneiro: Referênciaao Operador de Transporte Multimodal  (X1) 

Y)  Avaliador de equipamentos de segurança e de sistemas

informatizados e emitente de laudos sobre o estado e o valor residual de bens:Referência ao perito/assistente técnico. (Y3) 

Z)  Agentes previamente credenciados para a ova ou desova decontêineres: Referência aos agentes de unitização/desunitização decarga. (Z4)

Por tudo isso, a resposta é a letra C

12.  (TTN-1997-adaptada) Instrui a declaração de importação oconjunto constituído pelos seguintes documentos:

a) a declaração de importação registrada no SISCOMEX, o conhecimento decarga e o manifesto de carga.

b) a fatura comercial, o certificado de origem, o conhecimento de carga e afolha de descarga do veículo transportador.

c) o conhecimento de carga, o laudo de vistoria aduaneira, a fatura comercial eo Termo de Faltas e Avarias.

d) o Certificado de Arqueação do veículo, a Folha de Controle de Carga, afatura comercial, o conhecimento de carga e o manifesto de carga.

e) via original do conhecimento de carga ou documento equivalente; viaoriginal da fatura comercial; romaneio de carga (packing list), quandoaplicável; e outros, exigidos exclusivamente em decorrência de AcordosInternacionais ou de legislação específica.

Comentários:

Segundo o art. 18 da IN SRF nº 680/2006, a DI será instruída com osseguintes documentos: i) via original do conhecimento de carga ou documento

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equivalente; ii) via original da fatura comercial; iii) romaneio de carga, quandoaplicável e; iv) outros exigidos exclusivamente em decorrência de AcordosInternacionais ou legislação específica. A resposta, portanto, é a letra E.

13.  (TTN-1997) O registro da declaração de importação no

SISCOMEX, a conferência aduaneira e o desembaraço aduaneiro sãoetapas:

a) da instrução do despacho de importação

b) da conferência final do manifesto

c) do despacho aduaneiro de mercadoria importada

d) do lançamento e cobrança do imposto de importação das mercadorias

submetidas a regimes suspensivose) do processo de vistoria aduaneira

Comentários:

O registro da DI, a conferência aduaneira e o desembaraço aduaneirosão etapas do despacho aduaneiro de importação. A resposta é a letra C.

14.  (TTN-1997) O conhecimento de carga é documento indispensávelà instrução do despacho aduaneiro de importação. Nesse sentido,deverá ser objeto de exigência pelo fisco a sua apresentação ou a dedocumento equivalente no prazo máximo de 60 dias, após o que:

a) a mercadoria será, de imediato, levada a leilão para ressarcimento dosprejuízos causados à Fazenda Nacional e à empresa depositária

b) será caracterizada a interrupção do despacho, considerando-se então amercadoria abandonada, acarretando sua apreensão em processoadministrativo para posterior destinação

c) dará novo prazo ao importador para comprovar a posse ou propriedade damercadoria

d) a fiscalização considerará que o titular do despacho aduaneiro não é oproprietário das mercadorias e de imediato a confisca, autorizando arestituição dos tributos pagos

e) o importador será intimado a pagar a multa pela falta do conhecimento decarga no prazo de 30 dias, sob pena de a mercadoria ser apreendida e vendidaem concorrência pública ou leilão.

Comentários:

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Na situação descrita pelo enunciado, o importador não apresentou oconhecimento de carga, documento indispensável ao despacho de importação.Nesse caso, o que deverá fazer o Auditor Fiscal RFB?

Isso mesmo! O Auditor Fiscal RFB deve colocar uma exigência na D.I.

Uma vez imposta a exigência, o despacho é interrompido  e tem início acontagem do prazo para que a mercadoria seja considerada abandonada.Enquanto o importador não apresentar o conhecimento de carga, o despachoficará interrompido. Destaque-se que a mercadoria é considerada abandonadaquando o despacho é interrompido durante 60 dias, por ação ou omissãodo importador. Uma vez considerada abandonada, tem início o processoadministrativo para aplicação da pena de perdimento.

Por tudo o que comentamos, a resposta é a letra B.

15.  (TTN-1998) Equipara-se à fatura comercial, para todos os efeitos,desde que constem as indicações previstas para a mesma noRegulamento Aduaneiro:

a) o conhecimento marítimo

b) o conhecimento aéreo

c) a carta de correção do conhecimento de carga

d) o conhecimento de transporte de consolidação

e) o contrato de câmbio

Comentários:

Segundo o art. 560, do R/A, equipara-se à fatura comercial, paratodos os efeitos, o conhecimento de carga aéreo, desde que nele constemas indicações de quantidade, espécie e valor das mercadorias que lhecorrespondam. A resposta é, portanto, a letra B.

16.  (TTN-1998) Constitui atividade relacionada com o despachoaduaneiro, praticada na intermediação dos serviços aduaneiros, entreoutras, a seguinte:

a) elaborar as impugnações às exigências fiscais decorrentes do despachoaduaneiro

b) assistir à verificação de mercadorias nos recintos alfandegados e seurecebimento após desembaraçadas

c) proceder à lacração e retirada dos lacres dos veículos conduzindomercadorias despachadas em regime de trânsito aduaneiro

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d) proceder à abertura e fechamento dos volumes nos recintos alfandegadospara fins de conferência aduaneira

e) tomar vista de processos fiscais lavrados em ato de revisão dos despachosaduaneiros de importação.

Comentários:

O art. 808 do R/A relaciona as atividades relacionadas aos serviçosaduaneiros. Dentre as mencionadas nas assertivas, a única que estárelacionada à prática na intermediação dos serviços aduaneiros é a prevista naletra B.

O acompanhamento da mercadoria na conferência aduaneira e orecebimento de mercadorias desembaraçadas são atividades relacionadas aos

serviços aduaneiros. Estão previstas, respectivamente, no art. 808, incisos IVe V.

17.  (TTN-1998) O não-comparecimento do importador ou seurepresentante para assistir à verificação da mercadoria nos 60(sessenta) dias contados a partir da distribuição da declaração deimportação ao fiscal designado:

a) acarreta a perda automática da mesma em favor da Fazenda Nacional

b) acarreta o imediato início do processo de vistoria aduaneira para apurar ocrédito tributário exigível do responsável

c) autoriza o Fisco a proceder à abertura compulsória dos volumes e a adotaros procedimentos tendentes à apuração do crédito fiscal em favor da FazendaNacional

d) caracteriza a interrupção do despacho aduaneiro

e) é passível de aplicação de penalidade pecuniária ao importador pordescumprimento de obrigação acessória, reabrindo-se novo prazo pela

metade, após o que a mercadoria será considerada abandonada.

Comentários:

Letra A: errada. O não-comparecimento dentro de 60 dias nãoacarreta, de imediato, a aplicação da pena de perdimento.

Letra B: errada. O processo de vistoria aduaneira, que não existemais, destinava-se a apurar a responsabilidade pela avaria ou extravio demercadorias.

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Letra C: errada. O Fisco não pode abrir compulsoriamente os volumesapós passados 60 dias. O que deve ser feito é dar início ao processo paraaplicação da pena de perdimento.

Letra D: correta. Se o importador não comparece para assistir à

verificação da mercadoria, o despacho fica interrompido. No caso doenunciado, o despacho fica interrompido durante os 60 dias. Passado esseperíodo, a mercadoria é considerada abandonada e tem início o processoadministrativo para aplicação da pena de perdimento.

Letra E: errada. Após os 60 dias a mercadoria é consideradaabandonada. Não há reabertura de prazo.

18.  (AFRF-2002.1) O expedidor, o operador de transporte multimodalou qualquer subcontratado para a realização do transporte

multimodal:

a) são responsáveis solidários, perante a Fazenda Nacional, pelo créditotributário exigível.

b) são responsáveis por designação expressa, perante a Fazenda Nacional,pelo crédito tributário exigível.

c) na qualidade de sujeitos passivos por sujeição direta, respondem perante aFazenda Nacional proporcionalmente ao crédito tributário exigível.

d) são contribuintes substitutos perante a Fazenda Nacional, respondendoproporcionalmente pelo crédito tributário exigível.

e) são responsáveis solidários perante a Fazenda Nacional e nessa qualidaderespondem proporcional e equitativamente pelo créditotributário exigível.

Comentários:

Segundo o art.106, inciso V, do R/A, o expedidor, o operador de

transporte multimodal ou qualquer subcontratado para a realização dotransporte multimodal são responsáveis solidários relativamente ao impostode importação. Logo, a resposta é a letra A.

19.  (AFRF-2002.1) Despacho aduaneiro de importação é oprocedimento fiscal mediante o qual se processa:

a) o desembaraço aduaneiro de mercadoria procedente do exterior e entradano território aduaneiro a título definitivo.

b) o desembaraço aduaneiro de mercadoria procedente do exterior, quandoesta é destinada ao consumo interno.

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c) a conferência-documental aduaneira de mercadoria procedente do exterior eque tenha entrado no território aduaneiro a título definitivo ou temporário.

d) a conferência-documental aduaneira de mercadoria procedente do exterior eque tenha entrado no território aduaneiro a titulo temporário.

e) o desembaraço aduaneiro de mercadoria procedente do exterior, seja elaimportada a título definitivo ou temporário.

Comentários:

O despacho aduaneiro tem como objetivo o desembaraço aduaneirode mercadoria procedente do exterior. Ele se aplica tanto às mercadoriasimportadas a título definitivo quanto àquelas que entram no País em carátertemporário. Logo, a resposta é a letra E.

20.  (AFRF-2002.1)- Estão dispensadas de despacho aduaneiro deimportação:

a) mercadorias que tendo sido exportadas em regime de consignação retornemao País.

b) mercadorias que tendo sido exportadas são devolvidas ao País para efeitosde reparo ou restauração.

c) mercadorias que tendo sido exportadas são devolvidas ao País por motivode guerra ou calamidade pública.

d) malas diplomáticas, sempre que contenham sinais exteriores visíveis queindiquem seu caráter e que sejam entregues a pessoa formalmentecredenciada por Missão Diplomática.

e) mercadorias que tendo sido exportadas são devolvidas ao País por fatoresalheios à vontade do exportador, devidamente comprovados por laudo pericialfirmado por autoridade competente.

Comentários:

Letra A: errada. Mercadorias exportadas em consignação, casoretornem ao Brasil, irão se submeter a despacho de importação.

Letra B: errada. Mercadorias que, após exportadas, retornem ao Paíspara serem objeto de reparo ou restauração também se submetem aodespacho de importação.

Letra C: errada. Mercadorias que tenham sido exportadas e que

retornem ao País por motivo de guerra ou calamidade são consideradas não-

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estrangeiras para fins de incidência do imposto de importação. Entretanto, elasse submetem a despacho de importação.

Letra D: correta. As malas diplomáticas e consulares são dispensadasdo despacho de importação.

Letra E: errada. Mercadorias que tenham sido exportadas e queretornem ao País por fatores alheios à vontade do exportador são consideradasnão-estrangeiras para fins de incidência do imposto de importação. Entretanto,elas se submetem a despacho de importação.

21.  (AFRFB-2010- Curso de Formação)- A empresa HAPPY END LTDA.comprou de um fornecedor britânico 20 (vinte) urnas funerárias, novalor total de US$ 8,000.00 (oito mil dólares norte-americanos), parautilização na prestação de seus serviços. A mercadoria foi enviada por

via marítima, por meio de transportadora internacional. Quando dachegada ao Brasil, a referida carga deve ser submetida a despachomediante:

a) Declaração de Remessas Expressas - Importação - DRE - I.

b) Declaração Simplificada de Importação - DSI.

c) Rito Sumário.

d) Declaração de Importação - DI.

e) Nota de Tributação Simplificada - NTS.

Comentários:

Pegadinha! Muita gente marcou que urna funerária se submete adespacho de importação por rito sumário!  No entanto, perceba, caro aluno,que as “urnas funerárias” mencionadas pela questão não contêm restosmortais, configurando-se simples mercadorias. Portanto, elas seguem ostrâmites comuns de importação. O despacho será efetuado com base em D.I. A

resposta é a letra D.

22.  (AFRFB-2010-Curso de Formação)-Sobre os documentosinstrutivos da declaração de importação, é correto afirmar que:

a) A fatura comercial pode substituir o conhecimento de carga, na via aérea,se contiver a descrição detalhada da mercadoria.

b) O ingresso da mercadoria no território aduaneiro considera-se ocorrido nadata de emissão do conhecimento de carga.

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c) Dispensa-se a apresentação do conhecimento de carga nos despachos deimportação de mercadorias transportadas por via terrestre no MERCOSUL.

d) O romaneio de carga é documento obrigatório na instrução de declaração deimportação ou de exportação de granéis.

e) Para instrução da declaração de mercadorias que gozem benefício em razãoda origem, pode ser solicitada a comprovação por certificado de origem ououtro meio julgado idôneo.

Comentários:

Letra A: errada. O conhecimento de carga aéreo é que poderásubstituir a fatura comercial, desde que nele constem as indicações dequantidade, espécie e valor das mercadorias que lhe correspondam.

Letra B: errada. O ingresso da mercadoria no território aduaneiroconsidera-se ocorrido na data de registro da D.I.

Letra C: errada. Não há dispensa de apresentação do conhecimentode carga nos despachos de importação de mercadorias transportadas por viaterrestre no MERCOSUL.

Letra D: errada. O romaneio de carga não é aplicável na importação eexportação de granéis, uma vez que esse tipo de carga não é composta porvários volumes.

Letra E: correta. Se houver tratamento preferencial em razão daorigem, deverá instruir a declaração de importação o certificado de origem ououtro documento considerado idôneo.

23.  (AFRFB-2010-Curso de Formação)-Na importação por conta eordem, é correto afirmar que o:

a) adquirente está dispensado da obrigatoriedade de habilitação no SISCOMEXquando contrata os serviços do importador por conta e ordem para realizar

operação de comércio exterior.

b) adquirente deve ser pessoa jurídica que controla, direta ou indiretamente, oimportador, e, em caso de indícios de fraude, ambos estão sujeitos à aplicaçãode procedimentos especiais de controle aduaneiro.

c) importador é pessoa interposta, ficando caracterizado como “laranja”, umavez que não dispõe de capacidade econômica para o pagamento daimportação.

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d) adquirente é contribuinte dos tributos incidentes sobre a importação, umavez que o importador não tem capacidade econômica para o pagamento daimportação.

e) importador atua como mero mandatário do adquirente, sendo que este

último pactua a compra internacional e dispõe de capacidade econômica para opagamento da importação.

Comentários:

Letra A: errada. O adquirente também precisa ser habilitado noSISCOMEX.

Letra B: errada. Não é necessário que o adquirente controle oimportador.

Letra C: errada. Acho que o examinador estava brincando ao dizerque o importador seria um “laranja”, o que pressupõe irregularidade naoperação. A importação por conta e ordem é perfeitamente legal.

Letra D: errada. O contribuinte não será o adquirente, mas sim oimportador.

Letra E: correta. De fato, na importação por conta e ordem, oimportador é apenas mandatório do adquirente. O adquirente é quem pactua acompra internacional e possui capacidade econômica para fazer o pagamentoda importação.

24.  (AFRFB-2010-Curso de Formação)-Assinale a afirmativaincorreta:

a) A averbação do embarque ou da transposição da fronteira consiste naconfirmação da saída, do País, da mercadoria objeto do despacho deexportação.

b) Unidade de despacho é aquela que jurisdiciona o local de conferência e

desembaraço de mercadoria e unidade de embarque é a última unidade queexerce o controle aduaneiro antes da saída da mercadoria do territórionacional.

c) A Declaração de Exportação – DE poderá ser elaborada após o embarque damercadoria, mas o Registro de Exportação - RE será sempre prévio aoembarque.

d) O despacho de exportação pode ser realizado com ou sem registro noSISCOMEX.

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e) O registro da Declaração Simplificada de Exportação –  DSE será sempreanterior ao embarque da mercadoria.

Comentários:

Letra A: correta. O desembaraço aduaneiro de exportação representaapenas a autorização para embarque ou para transposição da fronteira. Aaverbação consiste na confirmação do embarque ou da transposição dafronteira.

Letra B: correta. Exatamente esses os conceitos de Unidade deDespacho e Unidade de Embarque.

Letra C: errada. De fato, a DE pode ser elaborada após o embarque.É o que chamamos de despacho “a posteriori ”. Entretanto, o RE, em situações

excepcionais, também poderá ser posterior ao embarque.

Letra D: correta. O despacho de exportação pode ser realizado comregistro no SISCOMEX (DE ou DSE-Informatizada) ou sem registro noSISCOMEX, como é o caso da DSE-Formulário.

Letra E: correta. A DSE será sempre anterior ao embarque damercadoria.

25.  (CODESP-2011) O transporte multimodal de cargas é aquele que,regido por um único contrato, utiliza duas ou mais modalidades detransporte, desde a origem até o destino, e é executado sob aresponsabilidade única de um operador de transporte multimodal – OTM. Em relação a transporte multimodal de cargas, é possível afirmarque

a) o operador multimodal deve obrigatoriamente ser um transportador comfrota própria.

b)o operador de transporte multimodal não assume a responsabilidade pelosprejuízos resultantes de perda, por danos ou avaria das cargas sob sua

custódia, assim como por aqueles decorrentes de atraso em sua entrega,quando houver prazo acordado, devendo para tal ser contratado um seguro detransporte.

c) pessoas físicas ou jurídicas podem habilitar-se a operadores de transporteintermodal.

d) há três tipos de habilitação do operador de transporte multimodal: nacionale internacional, para atuação no Brasil e no exterior (exceto Mercosul);Mercosul: para atuação nos países do Mercosul; Universal: para atuação em

qualquer região do mundo.

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e) o conhecimento de transporte que evidencia o contrato de transportemultimodal e rege toda a operação, desde o recebimento da carga até suaentrega no destino, é designado de CTMC –  Conhecimento de TransporteMultimodal de Cargas.

Comentários:

Letra A: errada. O OTM é a pessoa jurídica contratada como principalpara a realização do Transporte Multimodal de Cargas da origem até o destino,por meios próprios ou por intermédio de terceiros.

Letra B: errada. O OTM assume, sim, a responsabilidade pelosprejuízos resultantes de danos e avarias das cargas sob sua custódia.

Letra C: errada. Apenas pessoas jurídicas podem se habilitar como

OTM.

Letra D: errada. Existem dois tipos de habilitação do OTM:

i) Nacional e Internacional: para atuação no Brasil e no exterior, àexceção do MERCOSUL.

ii) MERCOSUL: para que possa atuar nos países do MERCOSUL

Letra E: correta. Cabe ao OTM emitir o Conhecimento de TransporteMultimodal de Cargas. É esse o documento que materializa o contrato detransporte multimodal.

26.  (CODESP-2011) Na importação de mercadorias, o procedimentopelo qual é verificada a exatidão dos dados declarados pelo importadorna declaração de importação em relação às mercadorias importadasaos documentos apresentados e à legislação específica, com vistas aoseu desembaraço aduaneiro, é designado de despacho aduaneiro deimportação. Sobre despacho aduaneiro de importação, é corretoafirmar que:

a) não será admitido agrupar, numa mesma declaração, mercadorias que,procedendo diretamente do exterior, tenha uma parte destinada a consumo eoutra a ser submetida ao regime aduaneiro especial de admissão temporária.

b) no caso de mercadorias sujeitas a licenciamento, o registro da declaraçãode importação no SISCOMEX poderá ser efetuado antes do licenciamento, massempre após a chegada da carga.

c)previamente ao registro da declaração de importação, o importador poderárequerer a verificação das mercadorias efetivamente recebidas do exterior.

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d) o registro da declaração de importação (DI) ocorrerá sempre após adescarga da mercadoria na unidade da Secretaria da Receita Federal dedespacho.

e) para fins de autorização de entrega ao importador, pela SRF, de mercadoria

importada por via marítima, deverá o importador exibir guia de recolhimento,ou comprovante de exoneração de pagamento, do Adicional ao Frete paraRenovação da Marinha Mercante (AFRMM).

Comentários:

Letra A: errada. É possível agrupar, em uma mesma DI, mercadoriasque, procedendo diretamente do exterior, tenha uma parte destinada aconsumo e outra a ser submetida ao regime aduaneiro especial de admissãotemporária.

Letra B: errada. O registro da DI é sempre posterior ao licenciamentode importação.

Letra C: correta. Antes do registro da DI, o importador poderárequerer a verificação das mercadorias com vistas a dirimir dúvidas sobre ocorreto tratamento tributário ou aduaneiro, inclusive no que se refere à suaperfeita identificação com vistas à classificação fiscal e à descrição detalhada.

Letra D: errada. A IN SRF nº 680/2006 autoriza que, em certos

casos, ocorra o despacho antecipado. Nessas situações, o registro daDeclaração de Importação ocorre antes da descarga da mercadoria noterritório aduaneiro.

Letra E: errada. O importador não precisa apresentar guia derecolhimento ou comprovante de desoneração. A verificação da regularidadedo pagamento do AFRMM é feito mediante consulta eletrônica do SISCOMEX aoMercante.

27.  (CODESP-2011) No despacho aduaneiro de exportação, éverificada a exatidão dos dados declarados pelo exportador ou por seumandatário em relação às mercadorias, aos documentos apresentadose à legislação específica, com vistas a seu desembaraço e a sua saídapara o exterior. Sobre despacho aduaneiro, é possível afirmar que:

a) previamente à declaração de exportação é necessário efetuar para todas asexportações de mercadorias o registro de venda (RV), o registro de crédito(RC) e o registro de exportação (RE).

b) uma declaração para despacho aduaneiro de exportação somente poderáconter um registro de exportação (RE).

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c) o despacho de exportação poderá ser realizado em recinto alfandegado dezona primária ou secundária, em qualquer outro local não alfandegado de zonasecundária, inclusive no estabelecimento do exportador.

d) com exceção dos produtos sujeitos a procedimentos especiais, constantes

na Portaria SECEX nº 23/2011, o despacho aduaneiro será instruído com aprimeira via da nota fiscal e o certificado de origem, emitido de acordo com adestinação da exportação.

e) para atender os objetivos de política cambial e do comércio exterior, opoder executivo pode se sujeitar a exportação de certos produtos a imposto deexportação, com alíquota máxima de 30%.

Comentários:

Letra A: errada. São vários os erros: i) algumas exportações sãodispensadas de RE; ii) o RC somente é exigível no caso de exportaçõesfinanciadas; iii) não existe mais, na legislação brasileira, a previsão de RV.

Letra B: errada. Uma declaração para despacho aduaneiro deexportação pode conter vários registros de exportação (RE).

Letra C: correta. Exatamente o que prevê o art. 11 da IN SRF nº028/94!

Art. 11. O despacho de exportação poderá ser realizado:I - em recinto alfandegado de Zona Primária;II - em recinto alfandegado de Zona Secundária; eIII - em qualquer outro local não alfandegado de Zona Secundária,inclusive no estabelecimento do exportador.

Letra D: errada. O despacho de exportação será instruído com: i) aprimeira via da nota fiscal; ii) via original do conhecimento e manifestointernacional de carga, no caso de exportações por via terrestre, fluvial oulacustre e; iii) outros documentos exigidos na legislação específica. Ocertificado de origem não é documento exigível no despacho aduaneiro de

exportação.

Letra E: errada. A alíquota máxima do imposto de exportação é150%.

28.  (AFRF-2010- Curso de Formação-adaptada) Em relação àimportação proibida ou restrita de mercadorias, assinale a alternativaCORRETA:

a) É proibida a importação de bens de consumo usados, sendo uma das

exceções a importação de veículos usados com menos de trinta anos, paracolecionadores.

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b) É proibida a importação de máquinas de videopôquer, exceto se estas foremdestinadas a utilização em residências e estabelecimentos não comerciais.

c) É proibida a importação de armas de brinquedo, réplicas e simulacros dearmas de fogo que com estas possam se confundir, em qualquer caso.

d) É proibida a importação de pneus usados, inclusive de pneus remoldadosoriginários e procedentes dos Estados Partes do MERCOSUL.

e) É proibida a importação de detergentes biodegradáveis, exceto quandohouver autorização da SECEX.

Comentários:

Letra A: errada. De fato, é proibida a importação de bens de consumo

usados. A importação de veículos usados, com mais de 30 anos, para finsculturais e de coleção, é autorizada.

Letra B: errada. Em nenhuma hipótese, admite-se a importação demáquinas de videopôquer.

Letra C: errada. É autorizada a importação de réplicas e simulacrosde armas de fogo destinados à instrução, ao adestramento, ou à coleção deusuário autorizado, nas condições fixadas pelo Comando do Exército.

Letra D: correta. Os pneus usados são bens de consumo e, como tal,sua importação é proibida, qualquer que seja sua origem.

Letra E: errada. A importação de detergentes está sujeita ao controlepelo Ministério da Saúde.

29.  (Questão Inédita)- Sobre o despacho aduaneiro de importação,assinale a alternativa correta:

a) A mercadoria que ingresse no País, importada a título definitivo ou não,sujeita-se a despacho aduaneiro de importação, que será, em todos os casos,

processado com base em declaração formulada no Sistema Integrado deComércio Exterior (Siscomex).

b) As mercadorias de origem estrangeira que venham a ser transferidas paraoutro regime aduaneiro especial ou despachadas para consumo não sesujeitam ao despacho de importação.

c) Os documentos de instrução da DI são a nota fiscal, o conhecimento decarga, a fatura comercial e o manifesto de carga.

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d) As declarações de importação selecionadas para o canal verde e vermelhoserão distribuídas para os Auditores-Fiscais da Receita Federal (AFRF)responsáveis, por meio de função própria do Siscomex

e) O importador poderá requerer, previamente ao registro da DI, a verificação

das mercadorias efetivamente recebidas do exterior, para dirimir dúvidasquanto ao tratamento tributário ou aduaneiro, inclusive no que se refere à suaperfeita identificação com vistas à classificação fiscal e à descrição detalhada.

Comentários:

Letra A: errada. Nem sempre o despacho de importação seráprocessado com base em declaração registrada no SISCOMEX. Há situaçõesem que o despacho ocorrerá sem registro no SISCOMEX, como é o caso daDSI-Formulário.

Letra B: errada. As mercadorias estrangeiras, ao serem transferidaspara outro regime aduaneiro especial ou despachadas para consumo(nacionalizadas) irão se submeter ao despacho de importação.

Letra C: errada. A DI será instruída com a fatura comercial, oconhecimento de carga, o romaneio de carga e outros documentos exigidosexclusivamente em decorrência de acordos internacionais ou de legislaçãoespecífica.

Letra D: errada. As declarações de importação selecionadas para ocanal verde não se submetem à conferência aduaneira, ocorrendo odesembaraço automático.

Letra E: correta. Antes do registro da DI, o importador poderáverificar as mercadorias com vistas a dirimir dúvidas quanto ao tratamentotributário ou aduaneiro, inclusive no que se refere à sua perfeita identificaçãocom vistas à classificação fiscal e à descrição detalhada.

30.  (Questão Inédita)- Sobre o despacho aduaneiro de exportação,assinale a alternativa incorreta:

a) O despacho de exportação somente poderá ter início após o registro deexportação - RE, no SISCOMEX, e dentro do prazo de validade desse registro.

b) Cada registro de exportação somente poderá ser utilizado em uma únicadeclaração para despacho aduaneiro.

c) A declaração de exportação será instruída com a fatura comercial, a viaoriginal do conhecimento de carga, o romaneio de carga e outros documentosprevistos na legislação específica.

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d) Despacho de exportação é o procedimento mediante o qual é verificada aexatidão dos dados declarados pelo exportador em relação à mercadoria, aosdocumentos apresentados e à legislação específica, com vistas a seudesembaraço aduaneiro e a sua saída para o exterior.

e) O registro de exportação compreende o conjunto de informações denatureza comercial, financeira, cambial e fiscal que caracteriza a operação deexportação de uma mercadoria e define o seu enquadramento, devendo serefetuado de acordo com o estabelecido pela Secretaria de Comércio Exterior.

Comentários:

Letra A: correta. De fato, o despacho de exportação é sempreposterior ao Registro de Exportação. Destaque-se que, em regra, o RE é prévioao embarque.

Letra B: correta. Cada RE somente pode ser utilizado em uma únicaDE. Todavia, uma DE pode ter vários RE’s.

Letra C: errada. Os documentos que instruem a declaração deexportação são os seguintes: i) primeira via da Nota Fiscal; ii) via original doConhecimento e do Manifesto Internacional de Carga, nas exportações por viaterrestre, fluvial ou lacustre; iii) outros, indicados em Legislação específica.

Letra D: correta. Exatamente o que dispõe o art. 580 do R/A.

Letra E: correta. Essa é a exata definição de registro de exportação,prevista no art. 584 do R/A.

31.  (Questão Inédita)-Assinale a alternativa correta acerca docontrole aduaneiro na importação e exportação:

a) O desembaraço aduaneiro na exportação consiste na confirmação da saídada mercadoria do País.

b) As emendas, ressalvas ou entrelinhas feitas na fatura comercial deverão ser

autenticadas pelo exportador.

c) Somente será possível o cancelamento de Declaração de Importação ouDeclaração de Exportação mediante solicitação do importador ou doexportador.

d) Equipara-se à fatura comercial, para todos os efeitos, o conhecimento decarga aéreo, desde que, nele, esteja previsto o valor das mercadoriasimportadas.

e) A Declaração de importação é o documento base do despacho deimportação, devendo conter a identificação do importador e a identificação, a

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classificação, o valor aduaneiro e a origem da mercadoria. Cabeexclusivamente à autoridade aduaneira proceder à retificação da Declaração deImportação.

Comentários:

Letra A: errada. O desembaraço aduaneiro é o ato pelo qual éregistrada a conclusão aduaneira e autorizado o embarque ou a transposiçãode fronteira da mercadoria.

Letra B: correta. De fato, as emendas, ressalvas ou entrelinhas feitasna fatura comercial deverão ser autenticadas pelo exportador para que tenhamvalidade.

Letra C: errada. O cancelamento de DI ou DE poderá ocorrer de ofício

ou mediante solicitação do importador ou do exportador.

Letra D: errada. O conhecimento de carga aéreo será equiparado àfatura comercial se nele estiverem contidos o valor, a quantidade e a espéciedas mercadorias.

Letra E: errada. De fato, a DI é o documento base do despachoaduaneiro de importação. Entretanto, conforme o art. 552 do R/A, a retificaçãode DI será feita pelo importador ou pela autoridade aduaneira.

32.  (Questão Inédita)- Avalie a correção das afirmações abaixo.Atribua a letra V para as verdadeiras e F para as falsas.

I) É vedado, a quem exerce cargo, emprego ou função pública, o exercício daatividade de despachante e de ajudante de despachante aduaneiro.

II) O exercício da atividade de operador de transporte multimodal, notransporte multimodal internacional de cargas, depende de habilitação pelaSecretaria da Receita Federal do Brasil, para fins de controle aduaneiro. Ahabilitação é concedida por 10 anos, prorrogável por igual período.

III) A unitização e a desunitização de cargas, quando realizadas fora de locaise recintos alfandegados, serão feitas somente por agentes previamentecredenciados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.

Estão corretas as seguintes assertivas:

a) I e II

b) I e III

c) II e III

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d) I

e) II

Comentários:

A primeira assertiva está correta. Não poderão exercer a atividadede despachante aduaneiro e de ajudante de despachante aduaneiro as pessoasque detém cargo, emprego ou função pública.

A segunda assertiva está correta. O exercício da atividade de OTMdepende de habilitação pela RFB. A habilitação vale por 10 anos, prorrogávelpor igual período.

A terceira assertiva está errada. Nos termos do art. 812 do R/A, a

unitização e a desunitização de cargas, quando realizadas  em locais erecintos alfandegados, serão feitas somente por agentes previamentecredenciados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.

33.  (Questão Inédita)-Assinale a alternativa incorreta acerca dosprocedimentos de despacho aduaneiro de importação e exportação:

a) O despacho de exportação não poderá ser realizado em recinto não-alfandegado de zona secundária.

b) Quando exigível, o licenciamento de importação deve ser deferido antes doregistro da DI.

c) O despacho de importação poderá ser efetuado em zona primária ou emzona secundária.

d) O despacho de importação deverá ser iniciado em até noventa dias dadescarga, se a mercadoria estiver em recinto alfandegado de zona primária.

e) Desembaraço aduaneiro na exportação é o ato pelo qual é registrada aconclusão da conferência aduaneira, e autorizado o embarque ou a

transposição de fronteira da mercadoria.

Comentários:

Letra A: errado. É possível que o despacho de exportação sejarealizado em recinto alfandegado de zona primária, recinto alfandegado dezona secundária e, ainda, em recinto não-alfandegado de zona secundária. É ocaso, por exemplo, em que o exportador chama a RFB para que faça odespacho de exportação em seu próprio estabelecimento.

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Letra B: correta. O licenciamento de importação será sempre anteriorao despacho de importação. Registre-se que a maioria das importaçõesbrasileiras está dispensada de licenciamento.

Letra C: correta. De fato, o despacho de importação poderá ocorrer

em zona primária ou zona secundária.

Letra D: correta. Segundo o art. 546, inciso I, do R/A, o despacho deimportação deverá ser iniciado em até 90 dias da descarga, se a mercadoriaestiver em recinto alfandegado de zona primária.

Letra E: correta. Por meio do desembaraço aduaneiro, registra-se aconclusão da conferência aduaneira e autoriza-se o embarque ou atransposição da fronteira. A confirmação do embarque ou da transposição dafronteira ocorrerá apenas com a averbação.

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LISTA DE QUESTÕES Nº 01

1.  (Analista Tributário RFB –  2012) A declaração de importação é odocumento base do despacho de importação e será instruída com a via originaldo conhecimento de carga ou documento de efeito equivalente; a via original

da fatura comercial, assinada pelo exportador; o comprovante de pagamentodos tributos, se exigível; e outros documentos exigidos em decorrência deacordos internacionais ou por força de lei, de regulamento ou de outro atonormativo.

2.  (Analista Tributário RFB –  2012) O despacho aduaneiro deimportação poderá ser efetuado apenas em zona primária.

3.  (Questão Inédita) Toda mercadoria procedente do exterior, importadaa título definitivo ou não, sujeita ou não ao pagamento do imposto de

importação, deverá ser submetida a despacho de importação.4.  (Questão Inédita)  A Declaração de Importação (DI) será instruídacom a via original do manifesto internacional de carga.

5.  (Questão Inédita) As mercadorias que não sejam importadas a títulodefinitivo estão dispensadas do despacho de importação. Entretanto, asmercadorias exportadas temporariamente que retornem ao Brasil sesubmetem ao referido despacho.

6.  (Questão Inédita) A declaração de importação deverá conter a

identificação do importador e a identificação, a classificação, o valor aduaneiroe a origem da mercadoria. Instrui a declaração de importação o manifestointernacional de carga.

7.  (Analista Tributário RFB –  2012) A conferência aduaneira naimportação poderá ser realizada na zona primária ou na zona secundária.

8.  (Questão Inédita) O despacho de importação deverá ser iniciado ematé 45 (quarenta e cinco) dias da descarga, se a mercadoria estiver em recintoalfandegado de zona primária.

9.  (Analista Tributário RFB –  2012) A verificação de mercadoria, naconferência aduaneira ou em outra ocasião, será realizada por Auditor-Fiscalda Receita Federal do Brasil ou, sob a sua supervisão, por Analista-Tributário,na presença do viajante, do importador, do exportador ou de seusrepresentantes, podendo ser adotados critérios de seleção e amostragem, deconformidade com o estabelecido pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.Na hipótese de mercadoria depositada em recinto alfandegado, a verificaçãodeverá ser realizada na presença do importador ou do exportador.

10.  (Questão Inédita) A não apresentação de documentos indispensáveis

ao prosseguimento do despacho, exigidos pela autoridade aduaneira,caracteriza a interrupção do despacho.

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11.  (Questão Inédita) O despacho de importação deverá ser realizada ematé 60 dias da descarga, se a mercadoria estiver em recinto alfandegado dezona primária.

12.  (Questão Inédita) Quando realizada em zona secundária, a

conferência aduaneira poderá ser realizada em recintos alfandegados, noestabelecimento do importador ou, excepcionalmente, em outros locais,independentemente de anuência da autoridade aduaneira.

13.  (Questão Inédita) A bagagem dos integrantes de missõesdiplomáticas e de repartições consulares de caráter permanente não poderá sesubmeter, em qualquer situação, à verificação física.

14.  (Questão Inédita) Após o desembaraço aduaneiro, será autorizada aentrega da mercadoria ao importador, mediante a comprovação do pagamentodo ICMS, salvo disposição em contrário.

15.  (Questão Inédita) Poderá ser desembaraçada mercadoria cujaexigência de crédito tributário no curso da conferência aduaneira estejapendente de atendimento, desde que seja prestada garantia.

16.  (Exame Despachante Aduaneiro-2012)  A verificação física poderáser realizada por meio de câmeras ou equipamentos de inspeção não-invasiva.

17.  (Exame Despachante Aduaneiro-2012) Na ausência do importadorou de seu representante na data e horário previstos para a conferência, a

mercadoria depositada em recinto alfandegado poderá ser submetida àverificação física na presença do depositário ou de seu preposto.

18.  (Exame Despachante Aduaneiro-2012) Permite-se, numa mesmaDeclaração de Importação (DI), o registro de adições de mercadorias vindas doexterior juntamente com adições de mercadorias que se encontrem no paíssubmetidas a regime aduaneiro especial.

19.  (Exame Despachante Aduaneiro-2012) A Declaração de Importação(DI), cujo débito automático dos tributos não for aceito pelo banco cadastrado,será direcionada para o canal vermelho de conferência aduaneira.

20.  (Exame Despachante Aduaneiro-2012) A regularidade cadastral doimportador e o deferimento da Licença de Importação (LI), quando exigível,são requisitos para a efetivação do registro da Declaração de Importação (DI).

21.  (Exame Despachante Aduaneiro-2012) As opções abaixocorrespondem a despachos de importação, exceto:

a) Declaração Simplificada de Importação (DSI) em formulário.

b) Declaração de Trânsito Aduaneiro (DTA).

c) Nota de Tributação Simplificada (NTS).

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d) Rito Sumário.

e) Declaração de Importação (DI).

22.  (Questão Inédita) A autoridade aduaneira poderá cancelar declaração

de importação já registrada, de ofício ou a pedido do importador, observadasas condições estabelecidas em ato normativo da Secretaria da Receita Federaldo Brasil. O cancelamento da declaração exime o importador daresponsabilidade por eventuais infrações. 

23.  (Exame Despachante Aduaneiro-2012) Em relação à importaçãopor conta e ordem, é incorreta a seguinte afirmativa:

a) após o despacho aduaneiro, o importador deve emitir nota fiscal de entradadas mercadorias.

b) antes de realizar as operações, as empresas importadora e adquirentedevem estar habilitadas a operar no Siscomex.

c) o conhecimento de carga correspondente deve estar consignado ouendossado ao importador contratado.

d) nos registros contábeis e fiscais da empresa importadora deve constar quese trata de mercadoria de propriedade de terceiros.

e) o importador e o adquirente devem estar domiciliados no mesmo estado dafederação.

24.  (Questão Inédita)  O despacho de exportação tem por finalidadeidentificar o exportador, verificar a mercadoria e a correção das informaçõesrelativas à sua natureza, classificação fiscal, quantificação e preço, e confirmaro cumprimento de todas as obrigações, fiscais e outras, exigíveis em razão daexportação.

25.  (Questão Inédita) A verificação da mercadoria, no curso daconferência aduaneira ou em qualquer outra ocasião, será realizada porAuditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil, ou sob a sua supervisão, por

Analista-Tributário, na presença do viajante, do exportador ou de seusrepresentantes.

26.  (Questão Inédita) A declaração de exportação será instruída com aprimeira via da nota fiscal, a via original do conhecimento e do manifestointernacional de carga, nas exportações por via terrestre, fluvial ou lacustre; eoutros documentos exigidos na legislação específica.

27.  (Questão Inédita) Averbação  é o ato pelo qual é registrada aconclusão da conferência aduaneira, e autorizado o embarque ou atransposição de fronteira da mercadoria.

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28.  (Questão Inédita) O ato final do despacho aduaneiro deexportação é o desembaraço aduaneiro.

29.  (Exame Despachante Aduaneiro-2012) A Declaração de Exportação(DE) é o conjunto de informações de natureza cambial que caracterizam a

operação de exportação e definem o seu enquadramento.

30.  (Exame Despachante Aduaneiro-2012) Cada Registro de Exportação(RE) deve corresponder a uma única Declaração de Exportação (DE).

31.  (Exame Despachante Aduaneiro-2012)  Os dados específicos damercadoria a ser exportada, como sua quantidade e classificação fiscal, sãoinformados na Declaração de Exportação (DE) a ser registrada para subsidiar odespacho aduaneiro, sendo que no Registro de Exportação (RE) sãoinformados apenas dados sobre o transporte da mercadoria.

32.  (Exame Despachante Aduaneiro-2012)  O Registro de Exportação(RE) deverá ser instruído com a fatura comercial e o conhecimento de cargacorrespondente.

33.  (Exame Despachante Aduaneiro-2012)  Em regra, a informação dapresença de carga no Siscomex Exportação deve ser registrada anteriormenteà apresentação dos documentos à unidade da RFB de despacho e é realizadapelo Depositário no caso em recinto alfandegado.

34.  (Exame Despachante Aduaneiro-2012)  A partir do registro da

Declaração de Exportação (DE) no Siscomex Exportação, o exportador tem umprazo de 15 (quinze) dias para fazer a entrega da documentação na unidadede despacho.

35.  (Exame Despachante Aduaneiro-2012) A mercadoria transportadapor via terrestre, que não puder ser embarcada em um único veículo oucomposição, poderá ter o embarque fracionado em vários veículostransportadores e deverão ser registradas tantas Declarações de Exportação(DE) quanto forem os embarques.

36.  (Exame Despachante Aduaneiro-2012) São atribuições do

Despachante Aduaneiro em representação a um importador ouexportador, exceto:

a) ciência e recebimento de intimações, de notificações, de autos de infração,de despachos, de decisões e de outros atos e termos processuais relacionadoscom o procedimento de despacho aduaneiro.

b) realizar a verificação da mercadoria na conferência aduaneira, inclusive aretirada de amostras para assistência técnica e perícia.

c) realizar a preparação, entrada e acompanhamento da tramitação eapresentação de documentos relativos ao despacho aduaneiro.

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d) receber mercadorias desembaraçadas.

e) tomar ciência e receber intimações, notificações, autos de infração,despachos, decisões e outros atos e termos processuais relacionados com oprocedimento de despacho aduaneiro.

LISTA DE QUESTÕES Nº 02 

1.  (AFRF-2003) A fiscalização aduaneira recebe denúncia de que abagagem de integrante de missão diplomática contém 23 kg decocaína. No caso, deve tomar uma das seguintes providências:

a) reter os volumes e encaminhá-los à Polícia Federal, comunicando aocorrência à Administração Central, para informação ao Ministério das RelaçõesExteriores.

b) liberar os volumes, pois a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticasimpede sua verificação, comunicando os fatos à Administração Central parainformação ao Ministério das Relações Exteriores e à Polícia Federal.

c) verificar os volumes na presença do agente diplomático ou do seurepresentante autorizado, apreendendo os bens de importação proibida eliberando os demais, salvo se o viajante identificar-se como correio diplomáticoe o volume estiver identificado como mala diplomática.

d) apreender os volumes, para aplicação da pena de perdimento aos bens deimportação proibida, requisitando a representante do Ministério das RelaçõesExteriores a separação dos demais bens, para entrega ao diplomata.

e) verificar os volumes na presença de representante do Ministério dasRelações Exteriores e do agente diplomático ou do seu representante legal,lavrando Termo de Constatação Fiscal (TCF), a ser encaminhado ao governoestrangeiro.

2.  (AFTN-1991) Despacho de importação é:

a) o procedimento que tem por finalidade identificar o importador, verificar amercadoria, determinar seu valor e classificação fiscal e constatar ocumprimento de todas as obrigações, fiscais ou não fiscais, para fins dedesembaraço da mercadoria.

b) o procedimento fiscal mediante o qual se processa o desembaraçoaduaneiro de mercadoria estrangeira, nacional ou nacionalizada, procedente doexterior, ainda que não se trate de importação a título definitivo.

c) o procedimento fiscal que deverá ser instruído com a Declaração de

Importação, substituível apenas pelo conhecimento de carga original ou peloconhecimento aéreo original.

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d) o procedimento dispensado na reentrada de mercadorias quecomprovadamente retornem ao País por defeito técnico que exija suadevolução para reparo ou substituição.

e) o procedimento fiscal necessariamente efetuado com base na Declaração de

Importação e instruído com o conhecimento de carga original ou documentoequivalente, não podendo ser dispensada nessa instrução a fatura comercial,contendo todas as indicações especificadas na lei e assinada pelo exportador,salvo se substituída pelo conhecimento aéreo, se este contiver as mesmasindicações.

3.  (AFTN-1989) A fatura comercial:

a) é substituível pelo conhecimento aéreo, se contiver as indicações dequantidade, espécie e valor das mercadorias que lhe correspondam.

b) deve indicar o país de origem da mercadoria, como tal entendido aquele emque tiver sido realizado o embarque.

c) não tem valor para instruir o despacho de importação, por ter origem emconvenções particulares.

d) em nenhuma hipótese será aceita, para efeitos fiscais, quando contiveremendas, ressalvas ou entrelinhas.

e) é substituível pelo conhecimento de carga, quando deste constarem todasas indicações que devem normalmente estar contidas nela.

4.  (AFRF-2003) Assinale a opção correta.

a) O importador pode verificar as mercadorias recebidas do exterior,previamente ao início da conferência aduaneira, para dirimir dúvidas quanto àsua perfeita identificação, na presença da autoridade aduaneira e dorepresentante do depositário.

b) A verificação da mercadoria compreende o exame documental e a

conferência física e será realizada por Auditor-Fiscal ou por Técnico da ReceitaFederal, sob supervisão do AFRF.

c) A conferência aduaneira é feita de acordo com a seleção da declaração deimportação para os canais verde (desembaraço automático) ou vermelho(verificação pela fiscalização), sendo feito exame de valor no canal cinza.

d) Havendo indícios de fraude na importação, o despacho será interrompido ea declaração encaminhada ao setor incumbido das consultas e registros noRADAR (Ambiente de Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes

Aduaneiros).

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e) A verificação prévia da mercadoria efetuada a pedido do importador,realizada sob acompanhamento da fiscalização aduaneira, não dispensa averificação física por ocasião do despacho aduaneiro.

5.  (ACE-1998) O desembaraço aduaneiro ocorre

a) antes da conferência aduaneira

b) no ato de registro da Declaração de Importação no SISCOMEX

c) quando da chegada da mercadoria à URF-Unidade da Receita Federal

d) apenas no caso de despacho aduaneiro antecipado

e) com a autorização da entrega da mercadoria ao importador

6.  (AFTN-1998)- Caracteriza o início do despacho aduaneiro deimportação o (a):

a) licenciamento de importação no SISCOMEX.

b) pagamento dos impostos incidentes na importação, comprovada peloSISCOMEX por meio de DARF eletrônico.

c) apresentação das mercadorias ao Fisco para efeito de conferênciaaduaneira.

d) registro da declaração de importação.

e) registro dos volumes no sistema MANTRA por ocasião do depósito aduaneirodas mercadorias.

7.  (AFRF-2000) A responsabilidade do Operador de TransporteMultimodal de cargas, no transporte internacional:

a) perante o contratante, cobre o período compreendido entre o instante do

recebimento da carga e a ocasião de sua entrega ao destinatário, e perante osórgãos fazendários, permanece desde a concessão do regime de trânsitoaduaneiro até o momento da entrega da mercadoria ou carga em recintoalfandegado de destino

b) com relação ao contratante, inicia-se desde sua inclusão no manifesto doveículo transportador até a sua descarga no local alfandegado de destino e,perante os órgãos fazendários, permanece desde a autorização para embarqueno veículo até sua descarga no recinto alfandegado de destino

c) perante o contratante, cobre o período compreendido entre o instante dacolocação da carga a bordo do veículo e a ocasião da sua chegada ao destino,

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e, perante os órgãos fazendários, desde o recebimento da carga na origem atéo seu desembaraço aduaneiro

d) relativamente ao contratante do transporte, inicia-se com a entrega dacarga no local de origem e cessa quando da chegada do veículo ao local de

destino e, relativamente à Alfândega, inicia-se desde o recebimento dosdocumentos relativos à carga até o desembaraço aduaneiro na importação ouaverbação de embarque na exportação

e) perante o contratante na importação, inicia-se desde a disponibilização dacarga pelo importador na condição FOB até a entrega do conhecimento detransporte à autoridade do local de descarga para instruir o despachoaduaneiro e, no tocante aos tributos, inicia-se desde a lavratura do Termo deVisita Aduaneira até o desembaraço aduaneiro da carga.

8.  (AFRF-2000)- O ato final do despacho aduaneiro de importação(1) e do despacho aduaneiro de exportação (2) consiste,respectivamente:

a) no recebimento da mercadoria pelo importador (1) e na entrega da carga aempresa transportadora (2)

b) na autorização para entrega (1) e na autorização para embarque (2)

c) na conferência aduaneira (1) e na verificação física da mercadoria (2)

d) no desembaraço aduaneiro (1) e na averbação de embarque ou detransposição de fronteira (2)

e) na autorização para saída dos armazéns alfandegados, recolhidas as tarifasde armazenagem e capatazia (1) e na disponibilização da carga ao agentetransportador (2)

9.  (AFTN-1996-adaptada) O transporte multimodal se caracterizaquando uma unidade de carga é transportada utilizando:

a) Um veículo em uma unidade de transporte abrangida em um único contratode transporte

b) Veículos diferentes de uma ou mais modalidades de transporte em váriosserviços contratados de diferentes transportes

c) Dois ou mais veículos de uma modalidade de transporte abrangida por maisde um contrato de transporte

d) Duas ou mais modalidades de transporte ao longo do percurso abrangidas

por um único contrato de transporte

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e) Um único veículo em duas ou mais modalidades de transporte abrangidaspor contratos de transporte específicos para cada modalidade.

10.  (TRF-2000) A seleção da declaração de importação para o canalverde de conferência aduaneira:

a) impede que o chefe da unidade da Secretaria da Receita Federal dedespacho, após o desembaraço, determine que se proceda à ação fiscal deconferência física e documental da mercadoria, em qualquer hipótese, porquetal seleção atendeu integralmente os limites e critérios estabelecidos pelaCoordenação-Geral do Sistema Aduaneiro e o SISCOMEX procedeu aodesembaraço automático da mercadoria

b) impede que o chefe da unidade da SRF de despacho, após o desembaraço eentrega da mercadoria ao importador, determine que se proceda ao reexame

do despacho aduaneiro, com a finalidade de verificar a regularidade daimportação quanto aos aspectos fiscais e outros, porque o canal verde,autorizando o desembaraço automático da mercadoria, implica homologaçãodos lançamentos tributários

c) não impede que o chefe do setor responsável pelo despacho, a qualquertempo, determine que se proceda à ação fiscal pertinente, se tiverconhecimento de fato ou da existência de indícios que requeiram a necessidadede verificação da mercadoria, ou de aplicação de procedimento aduaneiroespecial.

d) impede que o chefe da unidade da SRF de despacho, após o desembaraço,determine que se proceda à verificação física da mercadoria, em decorrênciade fato superveniente que requeira essa verificação, porque tal procedimentosomente é permitido para as mercadorias relacionadas para o canal amarelode conferência aduaneira.

e) relativamente à mercadoria que se encontre depositada em EstaçãoAduaneira Interior (EADI), impede que o chefe da unidade da SRF dedespacho, após o desembaraço, determine que se proceda à ação fiscalpertinente, se tiver conhecimento de fato ou de existência de indícios querequeiram a necessidade de verificação da mercadoria, porque talprocedimento somente é cabível para as mercadorias depositadas em recintoou local alfandegado de zona primária aduaneira.

11.  (TRF-2003) Observe os quadros abaixo e relacione cada uma dasalíneas do primeiro quadro com as do segundo. Atente para apossibilidade de haver mais de uma vinculação possível, isto é, mais deuma alínea estar vinculada a um numeral.

V) entidades privadas e técnicos, especializados, credenciados para

identificação e quantificação de mercadorias;

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W) representante do importador no despacho aduaneiro;

X) pode ser beneficiário do regime de trânsito aduaneiro;

Y) avaliador de equipamentos de segurança e de sistemas informatizados e

emitente de laudos sobre o estado e o valor residual de bens;

Z) agentes previamente credenciados para a ova ou desova de contêineres.

1) Operador de transporte multimodal.

2) Despachante aduaneiro.

3) Assistente técnico.

4) Agente de unitização e desunitização de carga.A opção que contém as vinculações corretas é:

a) V3 W3 X4 Y2 Z2

b) V2 W1 X3 Y4 Z3

c) V3 W2 X1 Y3 Z4

d) V1 W2 X4 Y3 Z3

e) V4 W4 X3 Y1 Z4

12.  (TTN-1997-adaptada) Instrui a declaração de importação oconjunto constituído pelos seguintes documentos:

a) a declaração de importação registrada no SISCOMEX, o conhecimento decarga e o manifesto de carga.

b) a fatura comercial, o certificado de origem, o conhecimento de carga e a

folha de descarga do veículo transportador.

c) o conhecimento de carga, o laudo de vistoria aduaneira, a fatura comercial eo Termo de Faltas e Avarias.

d) o Certificado de Arqueação do veículo, a Folha de Controle de Carga, afatura comercial, o conhecimento de carga e o manifesto de carga.

e) via original do conhecimento de carga ou documento equivalente; viaoriginal da fatura comercial; romaneio de carga (packing list), quando

aplicável; e outros, exigidos exclusivamente em decorrência de AcordosInternacionais ou de legislação específica.

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13.  (TTN-1997) O registro da declaração de importação noSISCOMEX, a conferência aduaneira e o desembaraço aduaneiro sãoetapas:

a) da instrução do despacho de importação

b) da conferência final do manifesto

c) do despacho aduaneiro de mercadoria importada

d) do lançamento e cobrança do imposto de importação das mercadoriassubmetidas a regimes suspensivos

e) do processo de vistoria aduaneira

14.  (TTN-1997) O conhecimento de carga é documento indispensávelà instrução do despacho aduaneiro de importação. Nesse sentido,deverá ser objeto de exigência pelo fisco a sua apresentação ou a dedocumento equivalente no prazo máximo de 60 dias, após o que:

a) a mercadoria será, de imediato, levada a leilão para ressarcimento dosprejuízos causados à Fazenda Nacional e à empresa depositária.

b) será caracterizada a interrupção do despacho, considerando-se então amercadoria abandonada, acarretando sua apreensão em processoadministrativo para posterior destinação.

c) dará novo prazo ao importador para comprovar a posse ou propriedade damercadoria

d) a fiscalização considerará que o titular do despacho aduaneiro não é oproprietário das mercadorias e de imediato a confisca, autorizando arestituição dos tributos pagos

e) o importador será intimado a pagar a multa pela falta do conhecimento decarga no prazo de 30 dias, sob pena de a mercadoria ser apreendida e vendida

em concorrência pública ou leilão.

15.  (TTN-1998) Equipara-se à fatura comercial, para todos os efeitos,desde que constem as indicações previstas para a mesma noRegulamento Aduaneiro,

a) o conhecimento marítimo

b) o conhecimento aéreo

c) a carta de correção do conhecimento de carga

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d) o conhecimento de transporte de consolidação

e) o contrato de câmbio

16.  (TTN-1998) Constitui atividade relacionada com o despacho

aduaneiro, praticada na intermediação dos serviços aduaneiros, entreoutras, a seguinte:

a) elaborar as impugnações às exigências fiscais decorrentes do despachoaduaneiro

b) assistir à verificação de mercadorias nos recintos alfandegados e seurecebimento após desembaraçadas

c) proceder à lacração e retirada dos lacres dos veículos conduzindo

mercadorias despachadas em regime de trânsito aduaneirod) proceder à abertura e fechamento dos volumes nos recintos alfandegadospara fins de conferência aduaneira

e) tomar vista de processos fiscais lavrados em ato de revisão dos despachosaduaneiros de importação.

17.  (TTN-1998) O não-comparecimento do importador ou seurepresentante para assistir à verificação da mercadoria nos 60(sessenta) dias contados a partir da distribuição da declaração deimportação ao fiscal designado:

a) acarreta a perda automática da mesma em favor da Fazenda Nacional

b) acarreta o imediato início do processo de vistoria aduaneira para apurar ocrédito tributário exigível do responsável

c) autoriza o Fisco a proceder à abertura compulsória dos volumes e a adotaros procedimentos tendentes à apuração do crédito fiscal em favor da FazendaNacional

d) caracteriza a interrupção do despacho aduaneiro

e) é passível de aplicação de penalidade pecuniária ao importador pordescumprimento de obrigação acessória, reabrindo-se novo prazo pelametade, após o que a mercadoria será considerada abandonada.

18.  (AFRF-2002.1) O expedidor, o operador de transporte multimodalou qualquer subcontratado para a realização do transportemultimodal:

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a) são responsáveis solidários, perante a Fazenda Nacional, pelo créditotributário exigível.

b) são responsáveis por designação expressa, perante a Fazenda Nacional,pelo crédito tributário exigível.

c) na qualidade de sujeitos passivos por sujeição direta, respondem perante aFazenda Nacional proporcionalmente ao crédito tributário exigível.

d) são contribuintes substitutos perante a Fazenda Nacional, respondendoproporcionalmente pelo crédito tributário exigível.

e) são responsáveis solidários perante a Fazenda Nacional e nessa qualidaderespondem proporcional e equitativamente pelo créditotributário exigível.

19.  (AFRF-2002.1) Despacho aduaneiro de importação é oprocedimento fiscal mediante o qual se processa:

a) o desembaraço aduaneiro de mercadoria procedente do exterior e entradano território aduaneiro a título definitivo.

b) o desembaraço aduaneiro de mercadoria procedente do exterior, quandoesta é destinada ao consumo interno.

c) a conferência-documental aduaneira de mercadoria procedente do exterior eque tenha entrado no território aduaneiro a título definitivo ou temporário.

d) a conferência-documental aduaneira de mercadoria procedente do exterior eque tenha entrado no território aduaneiro a titulo temporário.

e) o desembaraço aduaneiro de mercadoria procedente do exterior, seja elaimportada a título definitivo ou temporário.

20.  (AFRF-2002.1)- Estão dispensadas de despacho aduaneiro deimportação:

a) mercadorias que tendo sido exportadas em regime de consignação retornemao País.

b) mercadorias que tendo sido exportadas são devolvidas ao País para efeitosde reparo ou restauração.

c) mercadorias que tendo sido exportadas são devolvidas ao País por motivode guerra ou calamidade pública.

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d) malas diplomáticas, sempre que contenham sinais exteriores visíveis queindiquem seu caráter e que sejam entregues a pessoa formalmentecredenciada por Missão Diplomática.

e) mercadorias que tendo sido exportadas são devolvidas ao País por fatores

alheios à vontade do exportador, devidamente comprovados por laudo pericialfirmado por autoridade competente.

21.  (AFRFB-2010- Curso de Formação)- A empresa HAPPY END LTDA.comprou de um fornecedor britânico 20 (vinte) urnas funerárias, novalor total de US$ 8,000.00 (oito mil dólares norte-americanos), parautilização na prestação de seus serviços. A mercadoria foi enviada porvia marítima, por meio de transportadora internacional. Quando dachegada ao Brasil, a referida carga deve ser submetida a despachomediante:

a) Declaração de Remessas Expressas - Importação - DRE - I.

b) Declaração Simplificada de Importação - DSI.

c) Rito Sumário.

d) Declaração de Importação - DI.

e) Nota de Tributação Simplificada - NTS.

22.  (AFRFB-2010-Curso de Formação)-Sobre os documentosinstrutivos da declaração de importação, é correto afirmar que:

a) A fatura comercial pode substituir o conhecimento de carga, na via aérea,se contiver a descrição detalhada da mercadoria.

b) O ingresso da mercadoria no território aduaneiro considera-se ocorrido nadata de emissão do conhecimento de carga.

c) Dispensa-se a apresentação do conhecimento de carga nos despachos de

importação de mercadorias transportadas por via terrestre no MERCOSUL.

d) O romaneio de carga é documento obrigatório na instrução de declaração deimportação ou de exportação de granéis.

e) Para instrução da declaração de mercadorias que gozem benefício em razãoda origem, pode ser solicitada a comprovação por certificado de origem ououtro meio julgado idôneo.

23.  (AFRFB-2010-Curso de Formação)-Na importação por conta e

ordem, é correto afirmar que o:

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a) adquirente está dispensado da obrigatoriedade de habilitação no SISCOMEXquando contrata os serviços do importador por conta e ordem para realizaroperação de comércio exterior.

b) adquirente deve ser pessoa jurídica que controla, direta ou indiretamente, o

importador, e, em caso de indícios de fraude, ambos estão sujeitos à aplicaçãode procedimentos especiais de controle aduaneiro.

c) importador é pessoa interposta, ficando caracterizado como “laranja”, umavez que não dispõe de capacidade econômica para o pagamento daimportação.

d) adquirente é contribuinte dos tributos incidentes sobre a importação, umavez que o importador não tem capacidade econômica para o pagamento daimportação.

e) importador atua como mero mandatário do adquirente, sendo que esteúltimo pactua a compra internacional e dispõe de capacidade econômica para opagamento da importação.

24.  (AFRFB-2010-Curso de Formação)-Assinale a afirmativaincorreta:

a) A averbação do embarque ou da transposição da fronteira consiste naconfirmação da saída, do País, da mercadoria objeto do despacho de

exportação.b) Unidade de despacho é aquela que jurisdiciona o local de conferência edesembaraço de mercadoria e unidade de embarque é a última unidade queexerce o controle aduaneiro antes da saída da mercadoria do territórionacional.

c) A Declaração de Exportação – DE poderá ser elaborada após o embarque damercadoria, mas o Registro de Exportação - RE será sempre prévio aoembarque.

d) O despacho de exportação pode ser realizado com ou sem registro noSISCOMEX.

e) O registro da Declaração Simplificada de Exportação –  DSE será sempreanterior ao embarque da mercadoria.

25.  (CODESP-2011) O transporte multimodal de cargas é aquele que,regido por um único contrato, utiliza duas ou mais modalidades detransporte, desde a origem até o destino, e é executado sob aresponsabilidade única de um operador de transporte multimodal – 

OTM. Em relação a transporte multimodal de cargas, é possível afirmarque

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a) o operador multimodal deve obrigatoriamente ser um transportador comfrota própria.

b)o operador de transporte multimodal não assume a responsabilidade pelosprejuízos resultantes de perda, por danos ou avaria das cargas sob sua

custódia, assim como por aqueles decorrentes de atraso em sua entrega,quando houver prazo acordado, devendo para tal ser contratado um seguro detransporte.

c) pessoas físicas ou jurídicas podem habilitar-se a operadores de transporteintermodal.

d) há três tipos de habilitação do operador de transporte multimodal: nacionale internacional, para atuação no Brasil e no exterior (exceto Mercosul);Mercosul: para atuação nos países do Mercosul; Universal: para atuação em

qualquer região do mundo.

e) o conhecimento de transporte que evidencia o contrato de transportemultimodal e rege toda a operação, desde o recebimento da carga até suaentrega no destino, é designado de CTMC –  Conhecimento de TransporteMultimodal de Cargas.

26.  (CODESP-2011) Na importação de mercadorias, o procedimentopelo qual é verificada a exatidão dos dados declarados pelo importadorna declaração de importação em relação às mercadorias importadas

aos documentos apresentados e à legislação específica, com vistas aoseu desembaraço aduaneiro, é designado de despacho aduaneiro deimportação. Sobre despacho aduaneiro de importação, é corretoafirmar que:

a) não será admitido agrupar, numa mesma declaração, mercadorias que,procedendo diretamente do exterior, tenha uma parte destinada a consumo eoutra a ser submetida ao regime aduaneiro especial de admissão temporária.

b) no caso de mercadorias sujeitas a licenciamento, o registro da declaraçãode importação no SISCOMEX poderá ser efetuado antes do licenciamento, massempre após a chegada da carga.

c)previamente ao registro da declaração de importação, o importador poderárequerer a verificação das mercadorias efetivamente recebidas do exterior.

d) o registro da declaração de importação (DI) ocorrerá sempre após adescarga da mercadoria na unidade da Secretaria da Receita Federal dedespacho.

e) para fins de autorização de entrega ao importador, pela SRF, de mercadoria

importada por via marítima, deverá o importador exibir guia de recolhimento,

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ou comprovante de exoneração de pagamento, do Adicional ao Frete paraRenovação da Marinha Mercante (AFRMM).

27.  (CODESP-2011) No despacho aduaneiro de exportação, éverificada a exatidão dos dados declarados pelo exportador ou por seu

mandatário em relação às mercadorias, aos documentos apresentadose à legislação específica, com vistas a seu desembaraço e a sua saídapara o exterior. Sobre despacho aduaneiro, é possível afirmar que:

a) previamente à declaração de exportação é necessário efetuar para todas asexportações de mercadorias o registro de venda (RV), o registro de crédito(RC) e o registro de exportação (RE).

b) uma declaração para despacho aduaneiro de exportação somente poderáconter um registro de exportação (RE).

c) o despacho de exportação poderá ser realizado em recinto alfandegado dezona primária ou secundária, em qualquer outro local não alfandegado de zonasecundária, inclusive no estabelecimento do exportador.

d) com exceção dos produtos sujeitos a procedimentos especiais, constantesna Portaria SECEX nº 23/2011, o despacho aduaneiro será instruído com aprimeira via da nota fiscal e o certificado de origem, emitido de acordo com adestinação da exportação.

e) para atender os objetivos de política cambial e do comércio exterior, opoder executivo pode se sujeitar a exportação de certos produtos a imposto deexportação, com alíquota máxima de 30%.

28.  (AFRF-2010- Curso de Formação-adaptada) Em relação àimportação proibida ou restrita de mercadorias, assinale a alternativaCORRETA:

a) É proibida a importação de bens de consumo usados, sendo uma dasexceções a importação de veículos usados com menos de trinta anos, paracolecionadores.

b) É proibida a importação de máquinas de videopôquer, exceto se estas foremdestinadas a utilização em residências e estabelecimentos não comerciais.

c) É proibida a importação de armas de brinquedo, réplicas e simulacros dearmas de fogo que com estas possam se confundir, em qualquer caso.

d) É proibida a importação de pneus usados, inclusive de pneus remoldadosoriginários e procedentes dos Estados Partes do MERCOSUL.

e) É proibida a importação de detergentes biodegradáveis, exceto quandohouver autorização da SECEX.

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29.  (Questão Inédita)- Sobre o despacho aduaneiro de importação,assinale a alternativa correta:

a) A mercadoria que ingresse no País, importada a título definitivo ou não,sujeita-se a despacho aduaneiro de importação, que será, em todos os casos,

processado com base em declaração formulada no Sistema Integrado deComércio Exterior (Siscomex).

b) As mercadorias de origem estrangeira que venham a ser transferidas paraoutro regime aduaneiro especial ou despachadas para consumo não sesujeitam ao despacho de importação.

c) Os documentos de instrução da DI são a nota fiscal, o conhecimento decarga, a fatura comercial e o manifesto de carga.

d) As declarações de importação selecionadas para o canal verde e vermelhoserão distribuídas para os Auditores-Fiscais da Receita Federal (AFRF)responsáveis, por meio de função própria do Siscomex

e) O importador poderá requerer, previamente ao registro da DI, a verificaçãodas mercadorias efetivamente recebidas do exterior, para dirimir dúvidasquanto ao tratamento tributário ou aduaneiro, inclusive no que se refere à suaperfeita identificação com vistas à classificação fiscal e à descrição detalhada.

30.  (Questão Inédita)- Sobre o despacho aduaneiro de exportação,

assinale a alternativa incorreta:a) O despacho de exportação somente poderá ter início após o registro deexportação - RE, no SISCOMEX, e dentro do prazo de validade desse registro.

b) Cada registro de exportação somente poderá ser utilizado em uma únicadeclaração para despacho aduaneiro.

c) A declaração de exportação será instruída com a fatura comercial, a viaoriginal do conhecimento de carga, o romaneio de carga e outros documentosprevistos na legislação específica.

d) Despacho de exportação é o procedimento mediante o qual é verificada aexatidão dos dados declarados pelo exportador em relação à mercadoria, aosdocumentos apresentados e à legislação específica, com vistas a seudesembaraço aduaneiro e a sua saída para o exterior.

e) O registro de exportação compreende o conjunto de informações denatureza comercial, financeira, cambial e fiscal que caracteriza a operação deexportação de uma mercadoria e define o seu enquadramento, devendo serefetuado de acordo com o estabelecido pela Secretaria de Comércio Exterior.

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31.  (Questão Inédita)-Assinale a alternativa correta acerca docontrole aduaneiro na importação e exportação:

a) O desembaraço aduaneiro na exportação consiste na confirmação da saídada mercadoria do País.

b) As emendas, ressalvas ou entrelinhas feitas na fatura comercial deverão serautenticadas pelo exportador.

c) Somente será possível o cancelamento de Declaração de Importação ouDeclaração de Exportação mediante solicitação do importador ou doexportador.

d) Equipara-se à fatura comercial, para todos os efeitos, o conhecimento decarga aéreo, desde que, nele, esteja previsto o valor das mercadorias

importadas.

e) A Declaração de importação é o documento base do despacho deimportação, devendo conter a identificação do importador e a identificação, aclassificação, o valor aduaneiro e a origem da mercadoria. Cabeexclusivamente à autoridade aduaneira proceder à retificação da Declaração deImportação.

32.  (Questão Inédita)- Avalie a correção das afirmações abaixo.Atribua a letra V para as verdadeiras e F para as falsas.

I) É vedado, a quem exerce cargo, emprego ou função pública, o exercício daatividade de despachante e de ajudante de despachante aduaneiro.

II) O exercício da atividade de operador de transporte multimodal, notransporte multimodal internacional de cargas, depende de habilitação pelaSecretaria da Receita Federal do Brasil, para fins de controle aduaneiro. Ahabilitação é concedida por 10 anos, prorrogável por igual período.

III) A unitização e a desunitização de cargas, quando realizadas fora de locaise recintos alfandegados, serão feitas somente por agentes previamente

credenciados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.

Estão corretas as seguintes assertivas:

a) I e II

b) I e III

c) II e III

d) I

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Teoria e Questões

Prof. Ricardo Vale- Aula 03 e) II

33.  (Questão Inédita)-Assinale a alternativa incorreta acerca dosprocedimentos de despacho aduaneiro de importação e exportação:

a) O despacho de exportação não poderá ser realizado em recinto não-alfandegado de zona secundária.

b) Quando exigível, o licenciamento de importação deve ser deferido antes doregistro da DI.

c) O despacho de importação poderá ser efetuado em zona primária ou emzona secundária.

d) O despacho de importação deverá ser iniciado em até noventa dias da

descarga, se a mercadoria estiver em recinto alfandegado de zona primária.

e) Desembaraço aduaneiro na exportação é o ato pelo qual é registrada aconclusão da conferência aduaneira, e autorizado o embarque ou atransposição de fronteira da mercadoria.

GABARITO – LISTA DE QUESTÕES Nº 01

1.  C 9.  E 17.  C 25.  C 33.  C2.  E 10.  C 18.  E 26.  C 34.  C

3. 

C 11. 

E 19. 

E 27. 

E 35. 

E4.  E 12.  E 20.  C 28.  E 36.  Letra B5.  E 13.  E 21.  Letra B 29.  E6.  E 14.  C 22.  E 30.  C7.  C 15.  C 23.  Letra E 31.  E8.  E 16.  C 24.  E 32.  E

GABARITO – LISTA DE QUESTÕES Nº 02