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Apresentação Avaliação de Empresas Universidade São Judas Tadeu Setembro 2014
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Técnicas de Avaliação de EmpresasAndrew Drummond Murray, MsC
2 Agenda
O Valor da Empresa
O Processo de Avaliação
Abordagens de Avaliação
Principais Métodos de Avaliação
Avaliação Contábil/ Patrimonial
Fluxo de Caixa Descontado
Avaliação Relativa
Goodwill
Opções Reais
O Papel do Contador na Avaliação de Empresas
3 O Valor da Empresa
O conceito de valor no campo econômico, pode ser definido como sendo a apreciação feita por um determinado indivíduo , em um dado tempo e espaço, da importância de um bem,com base em sua utilidade objetiva e subjetiva
Ainda conforme a literatura de finanças, o processo de avaliação de empresas consiste na busca de um valor econômico , ou seja um valor que possa expressar o potencial de geração futura de riqueza da empresa para os seus controladores
4 O Valor da Empresa
Conforme os objetivos da avaliação, e a disponibilidade de informações , podemos calcular diversos valores para diferentes para uma mesma empresa, em função dos métodos de avaliação que forem utilizados para este fim
Desta forma podemos ter por exemplo os seguintes valores para uma mesma empresa
Valor Contábil , Book Value
Valor de Mercado da Empresa – valor de bolsa
Valor Econômico
5 O Processo de AvaliaçãoPorque Avaliar uma Empresa?
O processo de avaliação de empresas tem por objetivo identificar, classificar e mensurar as oportunidades de investimento em empresas
A determinação do valor de um empreendimento está profundamente ligada ao que dele se espera , ou seja , questiona-se a avalia-se a sua capacidade de geração de benefícios futuros para seus acionistas, controladores e eventualmente credores
6 O Processo de AvaliaçãoPrincipais Aplicações
Balizar a compra e a venda de negócios
Avaliar a performance gerencial
Avaliar a geração efetiva de riqueza para os acionistas/controladores da empresa
Operações de Fusões, Aquisições e Incorporação de empresas
IPO
Operações de Underwriting
Sucessão Familiar
Dissolução de Sociedade
Pericia Judicial
7 Volume de Negócios de M&A Brasil
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
400
600
800
1,000
Negócios/ Ano
8 Aplicação da Avaliação de Empresas
Fonte: Martelanc, 2010
54%35%
6%6%
Aplicação
Reestruturação InvestimentosGestão Mercado Secundário
9 O Processo de AvaliaçãoCaracterísticas Básicas
O processo de avaliação de uma empresa é uma atividade de alta complexidade, pois envolve a avaliação de inúmeros ativos tangíveis e intangíveis, operacionais e não operacionais, dentro de um contexto onde interagem vários interesses conflitantes
O analista ao avaliar uma empresa procura obter um valor econômico justo, que reflita a realidade e o potencial do negócio
Este valor justo deve representar de modo equilibrado as potencialidades e perspectivas da empresa
Fonte Fama & Peres 2004
10 O Processo de AvaliaçãoCaracterísticas Básicas
No entanto muito embora existam diversos modelos e técnicas de avaliação de empresas, a sua grande maioria de cunho quantitativo, não podemos categorizar os seus resultados como sendo o de uma ciência exata , uma vez que trabalha-se muitas vezes com diversas hipóteses e premissas de cunho comportamental
Os vários modelos de que dispomos para avaliar empresas podem ser utilizados de forma conjunta ou em separado, mas nenhum deles pode ser considerado como sendo correto, exato ou ainda inquestionável
Fonte Fama & Peres 2004
11 O Processo de AvaliaçãoCaracterísticas Básicas
A qualidade de uma avaliação é diretamente proporcional á qualidade dos dados e informações utilizados pelo analista
O foco do analista deve ser sempre o de concentrar-se no processo de avaliação em si e não no seu resultado final
O sucesso de uma avaliação depende fundamentalmente de um diagnóstico preliminar da empresa avaliada, abrangendo aspectos internos e externos a esta
A profundidade desta análise estará circunscrita as peculiaridades de cada empresa e da disponibilidade de informações fidedignas
Fonte Martins 2001
12 Abordagens de AvaliaçãoEmpresas
O valor de uma empresa depende primordialmente dos benefícios líquidos que se poderão esperar desta no presente e no futuro
Existem duas formas de se avaliar uma empresa em circunstâncias normais:
Pelo seu valor de liquidação ordenada, ou seja pelo que valem os seus ativos avaliados a preço de venda, diminuídos dos gastos para se efetuar este venda e liquidar-se o seu passivo com terceiros
Pelo seu valor de funcionamento que depende basicamente dos futuros benefícios que econômicos que ela será capaz de produzir
Fonte Martins 2001
13 Abordagens de Avaliação Empresas
Portanto o valor de uma empresa deverá ser dos dois pontos apontados anteriormente o maior deles
Isto está consistente com a lógica de que ninguém venderia uma empresa em funcionamento por menos que obteria se a fechasse
Da mesma forma ninguém encerraria as atividades de uma empresa se ela efetivamente pudesse ser vendida pelo valor melhor em plena atividade
Assim o valor econômico de uma empresa será dado pelo maior valor dos montantes alcançados nestas duas hipóteses ou em liquidação ou em marcha
14 Principais Métodos de AvaliaçãoAvaliação Contábil/Patrimonial
Considera a avaliação pelo valor contábil Consiste no método mais direto para se avaliar
empresas pois baseia-se apenas nas informações fornecidas pelos seus balanços
Possui no entanto uma limitação séria, dado que os seus ativos e passivos baseiam-se em seus custos históricos, podendo portanto divergir dos seus valores efetivos de mercado
Também os dados do balanço podem não refletir o valor de ativos intangíveis que possuem um valor específico como por exemplo marcas, pessoal, reputação e etc.
Também como um método de cunho contábil , pode ser citado o do Valor de Liquidação, indicado apenas para casos específicos
15 Principais Métodos de AvaliaçãoFluxo de Caixa Descontado
Metodologia mundialmente mais utilizada para a precificação de empresas e ativos
Fundamenta-se no conceito de que o valor de uma empresa esta diretamente relacionado com os montantes e as épocas nas quais os fluxos de caixa operacionais estarão disponíveis para a distribuição
Os fluxos de caixa utilizados no modelo são projetados em função de receitas, margens e investimentos futuros da empresa
Serão descontados a uma taxa que reflita o custo médio ponderado de capital da empresa durante o período de projeção
Também contempla o valor residual e perene da empresa através de uma perpetuidade
16 Principais Métodos de AvaliaçãoMúltiplos/Avaliação Relativa
Tem como objetivo encontrar o valor de um ativo/empresa comparando o mesmo com valores de mercado de ativos/empresas semelhantes ou comparáveis
Uma empresa é dita comparável será aquela que apresenta um fluxo de caixa, potencial de crescimento e risco similar a empresa avaliada
Consiste portanto em um método bem simples, mas ao mesmo tempo bem susceptível a erros , em função da qualidade das informações disponíveis, diferença de fundamentos das empresas comparáveis e especificidades de cada empresa e transação
17 Principais Métodos de AvaliaçãoOpções Reais
É o método mais complexo e menos difundido dos apresentados
Aplica-se na avaliação de empresas de alta complexidade como por exemplo de biotecnologia, TI e outras que possuam um grande número de ativos intangíveis
Procura contemplar as flexibilidades gerenciais embutidas em todo projeto de investimento, e tem a propriedade de sanar algumas deficiências graves que o método do fluxo de caixa descontado possui
18 Métodos Mais Utilizados no Brasil
19 Evolução Métodos de Avaliação
20
Avaliação Contábil/Patrimonial
21 Avaliação Patrimonial Contábil
Baseia –se em demonstrações financeiras , portanto nos dados contábeis da empresa
O valor apurado é o valor do próprio Patrimônio Líquido
È o chamdo valor de livros da empresa ou Book Value
Sua aplicação conforme Martins (2001) , aplica-se a empresas cujos ativos mensurados pelos princípios contábeis não divergem muito de seus valores de mercado e que não possuem um Goodwill significativo
Embora possua várias limitações a informação do valor patrimonial é bem útil se for usada como ponto de partida para uma análise preliminar econômica e financeira
22 Avaliação Patrimonial Contábil
Algumas de suas limitações estão no fato de que as demonstrações contábeis normalmente estão baseadas em custos históricos , não sendo atribuído aos ativos os seus valores correntes
Isto provoca algumas distorções graves se considerarmos os efeitos de risco e e do valor do dinheiro no tempo
As demonstrações contábeis não consideram também operações como derivativos, garantias e arrendamento mercantil e boa parte dos ativos intangíveis da empresa
23 Avaliação Patrimonial Mercado
Neste método há a valoração de todos os ativos e passivos da empresa a valores de realização possível no mercado
Para isso utilizam-se valores de entrada e de saída
Conforme Martins (2001), os valores de entrada e de saída são aplicados de acordo com a natureza e a intenção de uso de cada item
24 Avaliação PatrimonialMercado
Item Patrimonial Critério Avaliação
Estoques de Matéria Prima Custo de Reposição
Contas a Receber Valor Presente Recebimento Futuro
Passivo Exigível Ajustado a seu valor de Mercado
Valor da Empresa = Valor Ativos Ajustados – Valor Passivos Ajustados
25
Fluxo de Caixa Descontado
26 O Fluxo de Caixa Descontado
Consiste no modelo mais utilizado na avaliação de empresas
Muito utilizado quando tem –se por meta avaliar-se o desempenho de ações no mercado e assim traçar-se as políticas de aquisição, venda ou projeções de novos investimentos
O valor da empresa é determinado pelo fluxo de benefícios futuros descontado por uma taxa que reflita o custo de oportunidade e riscos associados ao investimento
27 O Fluxo de Caixa Descontado
Desta forma procura-se ajustar o fluxo de caixa projetado , ao seu valor presente
Determina-se o valor da empresa com base na sua capacidade de remuneração de seus acionistas no longo prazo, através dos fluxos futuros de caixa gerados pela empresa
Portanto conforme Copeland et al (2002), os indivíduos estarão pagando pelo desempenho que esperam obter da empresa no futuro, e não por aquilo que ela fez no passado e também não pelos custos dos seus ativos
28 O Fluxo de Caixa Descontado
A justificativa para o uso amplo deste método também pode ser vista em Martelanc et al (2005), que destaca o fato de que dado que exista um mercado eficiente, o preço de mercado das ações de uma empresa deverá refletir o valor presente do fluxo de caixa desta para os seus controladores , compreendendo:
Lucros potenciais futuros
Dividendos
Riscos de estrutura de capital
Valor de seus ativos
Efeito de variáveis ambientais
29 O Fluxo de Caixa DescontadoRoteiro de Cálculo
Projeção de
Resultados
DeterminaçãoInvestimentos
Fixos
DeterminaçãoInvestimentos
em giro
Montagem dos
Fluxos de Caixa
DeterminaçãoValor Presente
30 Valor da EmpresaFluxo de Caixa Descontado
ValorDa
Empresa
Valor PresenteFluxos de Caixa
Perenes
Valor Presente Fluxos de caixa
Projetados= +
31Os Fluxos de Caixa
Fluxos De
Caixa
Acionistas DividendosFirma
32 Fluxo de Caixa DescontadoFluxo dos Acionistas
Pode ser aplicado na avaliação de qualquer empresa
Do ponto de vista técnico é o mais completo método de avaliação
Baseia-se na premissa de que os acionistas devem retirar além dos dividendos , o montante de caixa excedente á necessidade operacional
Assim os investidores em um determinado ativo, recebem um montante residual sobre os seus fluxos de caixa
Tendo assim direito a fluxos de caixa excedentes após o atendimento de todas as obrigações financeiras
Incluindo-se o pagamento de dividas e necessidades de reinvestimento na empresa
33
Fluxo de Caixa para os Acionistas
Item
Lucro da Atividade
(-) Impostos sobre o Lucro da Atividade
(=) Lucro Operacional Liquido de Impostos
(+) Depreciação/Amortizações
(-) Variação da NCG
(-) Custos de Capital
= Fluxos de Caixa Livre da Empresa
(-) Juros
(-) Pagamento do principal
(+) Novos Financiamentos contratados
(=) Fluxo de Caixa do Acionista
34 Fluxo de Caixa DescontadoFluxo de Caixa dos Dividendos
O valor do investimento é valor presente de todos os dividendos futuros esperados trazidos a valor presente pelo custo de capital próprio
Para muitos analistas este método limita-se a ações de empresas estáveis e que possuam altos dividendos
Possui como limitação a premissa básica de que o acionista tem o dever de retirar o capital ocioso da empresa e de fazer novos aportes quando a cia precisar investir
Neste caso se isso não ocorrer só terá utilidade para os acionistas minoritários da empresa
35 Fluxo de Caixa DescontadoFluxo de Caixa da Empresa
Aplica-se a qualquer tipo de avaliação, menos no caso de empresas que possuam um passivo operacional muito expressivo
Também pode ser chamado de fluxo de caixa livre ou de fluxo de caixa descontado da empresa
Damodaran comenta que os fluxos de caixa da empresa consistem nos fluxos de caixa acumulados de todos os detentores de direitos na empresa, sejam eles investidores ou credores
Desta forma trabalha-se com o fluxo de caixa operacional liquido produzido pelos ativos operacionais, deduzindo-se os montantes necessários para investimentos em capital fixo e de giro
No entanto, não são considerados os fluxos relativos aos seus financiadores
36 Fluxo de Caixa DescontadoO Fluxo de Caixa da Empresa
Conforme Martelanc(2005), através desta abordagem determina-se a capacidade de geração de caixa oriunda das aplicações normais da empresa, ou seja determina-se o seu potencial de gerar riqueza em função de suas características operacionais
O fluxo de caixa neste caso é descontado a valor presente pelo custo médio ponderado de capital (CPMC)
Segundo Copeland esta taxa de desconto deve refletir o custo de oportunidade de todas os provedores de capital ponderado por sua contribuição relativa para o capital de toda a empresa
37 Fluxo de Caixa DescontadoFluxo de Caixa da Empresa
As suas principais limitações consistem basicamente na determinação de parâmetros críticos tais como o valor da taxa de crescimento da perpetuidade, o custo médio ponderado de capital ao longo do tempo
Embora considere de certa forma o risco da empresa, não consegue capturar as suas variações ao longo do tempo, bem como as eventuais oportunidades de negócio que podem surgir ao longo do período projetado
38
O Fluxo de Caixa LivreItem Observação
Vendas Brutas
(-) Impostos sobre vendas
= Vendas Líquidas
(-) Custo das Vendas
= Lucro Bruto
(-) Despesas Operacionais
= Lucro da Atividade EBIT – Earnings Before Interest and Taxes
(-) Impostos sobre lucro Taxes on EBIT
= Lucro Operacional Liquido
NOPAT/NOPLAT – Net Operating Profit After Tax
(+) Depreciação/ Amort.
(-) Dif. NCG Variação da Necessidade de Capital de Giro
(-) Gastos de Capital CAPEX – Capital Expenditures
= Fluxo de Caixa Livre Free Cash Flow
39 Fluxo de Caixa DescontadoParametros Criticos
Projeções
Determinação da Taxa de Desconto
Perpetuidade
40
Modelos de Avaliação Relativa:Os Múltiplos
41 Modelos de Avaliação RelativaConceituação
São os chamados modelos de avaliação por múltiplos
Mostram o valor de uma empresa a partir de parâmetros de empresas similares
A sua sistemática consiste em encontrar uma empresa idêntica, ou que seja ao menos compatível com os seus múltiplos e aplica-los aos parêmetros da empresa a ser analisada
42 Modelos de Avaliação Relativa
Vantagens Rapidez na estimativa
de valor para empresas e ativos
Muito integrado quando há um grande número de empresas compatíveis
Consiste em um método bem simples e necessita de poucas informações
Desvantagens Diferenças nos
fundamentos das empresas ditas compatíveis
Qualidade das informações
Manipulação de índices Aceitação de erros do
mercado
43 Modelos de Avaliação RelativaAplicações
So se prestam a empresas relativamente maduras
Devem ter também um comportamento esperado próximo a média do mercado onde se inserem
Estes modelos na prática podem ser considerados como sendo formas simplificadas de mensuração de valores de investimento compatíveis com fluxos de caixa esperados
Estes fluxos de caixa são calculados com base em algum parâmetro especifico como por exemplo lucro, faturamento, EBITDA e outros
44 Avaliação por Múltiplos Bases de Cálculo mais Comuns
Fonte : Martelanc et al 2010
45 MúltiplosMúltiplos de Lucro
Dentre suas limitações destaca-se o fato de considerar o lucro contábil
Também ignora o valor do dinheiro no tempo e os riscos associados ao negócio
Considera também que exista um eficiência do mercado, o que nem sempre é verdade
46 MúltiplosMúltiplos de EBITDA
O EBITDA pode ser considerado como sendo o melhor indicador de geração de caixa operacional da empresa
Desconsidera as despesas operacionais que não afetam o caixa , como por exemplo a depreciação e a amortização
Também torna sem efeito os impactos das formas de financiamento da empresa, dado que exclui as despesas financeiras
Exclui também os efeitos da tributação de resultados
47 MúltiplosMúltiplos de EBITDA
Vale lembrar que o valor da empresa é obtido a partir do seu fluxo de caixa operacional e que este está fortemente relacionado com o seu EBITDA
A sua vantagem em relação ao fluxo de caixa esta na qualidade de não necessitar de estimativas médias ou projetadas de contas
Dentre as suas limitações, destaca-se o fato de desconsiderar as necessidades de retenção de recursos em novos investimentos para a continuidade normal dos negócios
48 MúltiplosMúltiplos de Patrimônio
Consiste em um dos métodos mais usados no mercado acionário
È uma forma de medir o quanto o os investimentos feitos pelos acionistas ao longo do tempo a preço de custo de aquisição estão valorizados
Isto ajuda a comparar estados de super/subavaliação de ações de empresas de setores iguais ou diferentes
Como limitação apresentam uma forte influência dos métodos contábeis adotados pelos níveis de conservadorismo das empresas
49 MúltiplosMúltiplos de Faturamento
Neste método o lucro é substituído pelo faturamento no cálculo do múltiplo
A sua simplicidade conforme Martins (2001), permite uma compatibilidade com pequenos negócios onde onde os entes econômicos associados as operações da entidade possuem um baixo nível de complexidade existe uma homogeneidade no setor
São muito utilizados nos EUA na avaliação de IPOS de empresas de TI , dado que estas não possuíam evidentemente séries históricas longas de lucros e demais parâmetros não podendo portanto serem avaliadas por múltiplos de lucros, EBITDA e nem por FCD
50 MúltiplosMúltiplos de Faturamento
Dentre as suas vantagens podemos destacar o fato de que as vendas são menos manipuláveis que os demais dados contábeis
O faturamento também apresenta na prática uma menor volatilidade
Sua principal limitação está na desconsideração das diferenças das margens financeiras em função dos diversos níveis de faturamento
51O Goodwill
52 O Que é Goodwill
Conforme a Teoria de Finanças o Goodwill consiste no conjunto de qualidades, características e diferenciais de uma empresa, que são expressos através de sua capacidade futura de produzir riquezas
Exemplos:
Marcas
Market- Share
Know-How
Credibilidade
Outros
53 O Que é Goodwill?
Em termos correntes , chama-se de Goodwill a diferença entre o valor pago ou o valor de realização de uma transação comercial e o valor patrimonial (valor do balanço) da empresa adquirida
Técnicamente pode-se considerar que o Goodwill seria a diferença entre o valor econômico da empresa e o seu valor patrimonial de mercado
54 O Que é Goodwill?
São características do Goodwill:
Não está refletido no balanço
Não pode ser depreciado ou amortizado
Pertence a empresa como um todo, não existindo separadamente
No caso da avaliação de uma empresa, esta so terá o seu valor fixado acima do seu valor de PL , se possuir um Goodwill, ou seja alguma vantagem competitiva que permita produzir um retorno acima dos resultados operacionais mínimos do seu setor de atuação
55 Determinação do Goowill
A determinação do Goodwill conforme Ornelas(2000), obedece as seguintes etapas:
1- Mensuração do Lucro Operacional Líquido Normal (LN),
que consiste no lucro gerado pelo Ativo Operacional Líquido (AOL), a valores de mercado, aplicado a taxa do Custo de Capital Próprio (CCP)
2- Apuração dos Lucros Operacionais Líquidos pela empresa avaliada (LOL)
3- Determinação do valor do Goodwill ajustando-se a diferença entre LOL e LN pelo custo de Capital Próprio da empresa
56 Cálculo do GoodwillApuração do LN
O Lucro Operacional Líquido Normal, LN é dado pela seguinte expressão:
Onde:
AOL = Ativo Operacional Líquido
AOL = ACO + APO – PO
Onde por sua vez:
ACO = Ativo Circulante Operacional
APO = Ativo Permanente Operacional
PO = Passivo Operacional
LN = AOL x CPP
57 Cálculo do GoodwillApuração Lucros Operacionais Líquidos
O Lucro Operacional Líquido consiste no Lucro gerado pelas operações da empresa, sendo excluídas as receitas e despesas financeiras, deduzindo-se também as provisões tributárias sobre o lucro
Devem ser consideradas também as despesas que não afetam o caixa como por exemplo, depreciação, amortização, sendo estas consideradas como despesas efetivas redutoras do lucro
Também devem ser excluídos desta apuração outros resultados de natureza não operacional
58 Cálculo do GoodwillLucro Operacional Líquido
Onde:
LOL = Lucro Operacional Líquido
LL = Lucro Líquido
DF/ RF = Despesas / Receitas Financeiras
RNO = Resultados não Operacionais
PT = Provisões Tributárias Sobre o Lucro Operacional
LOL = LL +((DF-RF))+/- RNO)- PT
59 Cálculo do GoodwillLucro Operacional Líquido
O Lucro Operacional Líquido deve ser calculado através de vários exercícios sociais subsequentes , obtendo se assim um média destes exercícios
Este cálculo é necessário para corrigir-se eventuais sazonalidades operacionais ou comerciais, que poderão não se repetir futuramente
Todos os valores deverão estar corrigidos monetariamente
60 Cálculo do GoodwillO Valor do Goodwill
Caso o Lucro Operacional Líquido Médio Histórico Ajustado (LOL mha) seja superior ao Lucro Normal (LN), pode ser afirmar que a empresa possui um sobre valor ou seja om Goodwill
Isto ocorre porque ela é capaz de gerar Lucros acima do normal
O valor do Goodwill será então dado pela diferença positiva entre o LOL mha e o LN, dividido pelo Custo do Capital Próprio da empresa (CCP)
Goodwill = LAN/CPPLAN= LOL mha – LN
61Opções Reais
62 As Deficiências do FCD
O Métodoo do FCD como vimos é o mais utilizado em processos de avaliação de empresas
No entanto conforme Dixit e Pyndick (1994), a utilização de métricas tradicionais baseadas em VPL e TIR , como é o caso do FCD podem induzir a decisões de investimento equivocadas
Isto ocorre porque o método não considera duas características importantes das decisões de investimento que são:
Irreversibilidade
Possibilidade de adiamento do investimento
63 As Deficiências do FCD
No método do FCD os cenários são estáticos ao longo do período de projeção e da perpetuidade, enquanto o ambiente dos negócios é altamente dinâmico o que faz com que nem sempre as premissas iniciais de projeto se mantenham
Portanto temos um situação de investimento do tipo agora ou nunca em que todo o desembolso de capital seria hipoteticamente feito em uma data zero e não ao longo do desenvolvimento do projeto, engessando completamente a tonada de decisões
Desta forma vários projetos estratégicos de VPL negativo mas viáveis a longo prazo seriam sumariamente rejeitados
64 As Deficiências do FCD O Cálculo do Custo de Capital
O risco sistemático para periodos longos pode ser definido como sendo volátil e não fixo como é assumido no cálculo da taxa de retorno pelo método do fluxo de caixa descontado;
O que implica em que a taxa de desconto na realidade não seria fixa,mas sim variante no tempo, uma vez que é uma função do Beta da firma , que por sua vez é variável ao longo do tempo;
Portanto uma decisão de investir hoje, deve ter embutida a figura de várias opções que irão nortear a continuidade ou não do investimento, o seu adiamento, ou até mesmo uma eventual expansão do projeto original, em função dos cenários futuros que se apresentarem para a firma e de sua disponibilidade de capital;
65 DesenvolvimentoAnálise de Decisão
Economia
DCF & NPVUtility Theory
(1930-50s)
Desenvolvimentos em Análise de Decisão
Decision Trees, Influence Diagrams, Monte Carlo
Simulations(1960-70s)
Decision Dialog Process, Enhanced Decision Analysis
(1980-90s)
Desenvolvimentos na Teoria de Finanças
Capital AssetPricing Model
(1960s)
Options Pricing(1970s)
Real Options
(1980-90s)
Real Options
ValuationTM
66Evolução da Gestão de RiscosAnálise de Riscos em Projetos
Ignora-se os riscos
Analisam-seos riscos
Gerenciam-se os riscos
67 O Que é uma Opção?
Consiste em um direito contratado por alguém de poder fazer uma operação de compra ou venda de ativos físicos ou financeiros, sem que o indivíduo tenha qualquer obrigação final com a operação
Como uma opção é um contrato de um certo direito há um custo para a sua aquisição , havendo também diversos modelos e técnicas para se definir o seu preço
O ganho do emissor da opção é dado pelo pagamento do contrato , também chamado de prêmio
68 O Que é uma Opção?
Uma opção financeira é caracterizada pelos seguintes parâmetros:
Preço de exercício – valor a partir do qual a opção é exercida
Prêmio – valor pago para se ter o direito de exercer a opção
Tempo de expiração – prazo pelo qual aquela opção é válida , após este prazo ela perde o seu valor
69 O Conceito de Opção Real
O termo opção real foi utilizado por Myers (1977) para destacar-se que as oportunidade de expansão de uma empresa na forma de novos investimentos, podem ser vistas na prática como uma opção financeira de compra
Desta forma iniciou-se uma nova etapa em termos de análise de investimentos , fazendo-se analogias entre uma opção financeira e um projeto de investimentos
70 Opções Reais Análise de Investimentos
O exercício de uma opção pela empresa (investimento) é irreversível, mas a empresa possui sempre a possibilidade de postergar este investimento
Isto pode ser feito até que as condições de mercado tornem-se mais favoráveis e para que se possam obter mais informações a respeito do projeto e dos fatores que o influenciam, diminuindo-se assim alguns riscos
Assim o método das opções reais permite aos tomadores de decisão maximizarem os ganhos em situações favoráveis e minimizarem as perdas em situações desfavoráveis
71 Opções ReaisAnálise de Investimentos
Portanto um projeto de investimentos pode ser visto como sendo um conjunto de opções
Estas opções podem ser as seguintes:
Adiamento do Investimento
Cancelamento de etapas
Mudança de escala de produção tais como:
Expandir
Contrair
Fechar temporariamente
Reiniciar
Abandonar pelo valor
72 Opções ReaisExemplo de Aplicação
Uma empresa que possui uma oportunidade de investimento irreversível, tem a opção de adiar este investimento (opção de postergar)
Possui o direito mas não a obrigação de comprar um ativo (projeto, empresa) no futuro a um certo preço de exercício (investimento)
Quando ela investir, exercerá a opção pagando um custo de oportunidade igual ao valor investido
73 O Contador &
Avaliação de Empresas
O novo papel do Contador
O Contador e os pequenos e médios negócios
O Processo de Avaliação
Responsabilidades
Oportunidades profissionais
74 Obrigado pela atenção!!!