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Técnicas de Avaliação de Empresas Andrew Drummond Murray, MsC 1

Avaliação de Empresas

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Apresentação Avaliação de Empresas Universidade São Judas Tadeu Setembro 2014

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Page 1: Avaliação de Empresas

Técnicas de Avaliação de EmpresasAndrew Drummond Murray, MsC

Page 2: Avaliação de Empresas

2 Agenda

O Valor da Empresa

O Processo de Avaliação

Abordagens de Avaliação

Principais Métodos de Avaliação

Avaliação Contábil/ Patrimonial

Fluxo de Caixa Descontado

Avaliação Relativa

Goodwill

Opções Reais

O Papel do Contador na Avaliação de Empresas

Page 3: Avaliação de Empresas

3 O Valor da Empresa

O conceito de valor no campo econômico, pode ser definido como sendo a apreciação feita por um determinado indivíduo , em um dado tempo e espaço, da importância de um bem,com base em sua utilidade objetiva e subjetiva

Ainda conforme a literatura de finanças, o processo de avaliação de empresas consiste na busca de um valor econômico , ou seja um valor que possa expressar o potencial de geração futura de riqueza da empresa para os seus controladores

Page 4: Avaliação de Empresas

4 O Valor da Empresa

Conforme os objetivos da avaliação, e a disponibilidade de informações , podemos calcular diversos valores para diferentes para uma mesma empresa, em função dos métodos de avaliação que forem utilizados para este fim

Desta forma podemos ter por exemplo os seguintes valores para uma mesma empresa

Valor Contábil , Book Value

Valor de Mercado da Empresa – valor de bolsa

Valor Econômico

Page 5: Avaliação de Empresas

5 O Processo de AvaliaçãoPorque Avaliar uma Empresa?

O processo de avaliação de empresas tem por objetivo identificar, classificar e mensurar as oportunidades de investimento em empresas

A determinação do valor de um empreendimento está profundamente ligada ao que dele se espera , ou seja , questiona-se a avalia-se a sua capacidade de geração de benefícios futuros para seus acionistas, controladores e eventualmente credores

Page 6: Avaliação de Empresas

6 O Processo de AvaliaçãoPrincipais Aplicações

Balizar a compra e a venda de negócios

Avaliar a performance gerencial

Avaliar a geração efetiva de riqueza para os acionistas/controladores da empresa

Operações de Fusões, Aquisições e Incorporação de empresas

IPO

Operações de Underwriting

Sucessão Familiar

Dissolução de Sociedade

Pericia Judicial

Page 7: Avaliação de Empresas

7 Volume de Negócios de M&A Brasil

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

400

600

800

1,000

Negócios/ Ano

Page 8: Avaliação de Empresas

8 Aplicação da Avaliação de Empresas

Fonte: Martelanc, 2010

54%35%

6%6%

Aplicação

Reestruturação InvestimentosGestão Mercado Secundário

Page 9: Avaliação de Empresas

9 O Processo de AvaliaçãoCaracterísticas Básicas

O processo de avaliação de uma empresa é uma atividade de alta complexidade, pois envolve a avaliação de inúmeros ativos tangíveis e intangíveis, operacionais e não operacionais, dentro de um contexto onde interagem vários interesses conflitantes

O analista ao avaliar uma empresa procura obter um valor econômico justo, que reflita a realidade e o potencial do negócio

Este valor justo deve representar de modo equilibrado as potencialidades e perspectivas da empresa

Fonte Fama & Peres 2004

Page 10: Avaliação de Empresas

10 O Processo de AvaliaçãoCaracterísticas Básicas

No entanto muito embora existam diversos modelos e técnicas de avaliação de empresas, a sua grande maioria de cunho quantitativo, não podemos categorizar os seus resultados como sendo o de uma ciência exata , uma vez que trabalha-se muitas vezes com diversas hipóteses e premissas de cunho comportamental

Os vários modelos de que dispomos para avaliar empresas podem ser utilizados de forma conjunta ou em separado, mas nenhum deles pode ser considerado como sendo correto, exato ou ainda inquestionável

Fonte Fama & Peres 2004

Page 11: Avaliação de Empresas

11 O Processo de AvaliaçãoCaracterísticas Básicas

A qualidade de uma avaliação é diretamente proporcional á qualidade dos dados e informações utilizados pelo analista

O foco do analista deve ser sempre o de concentrar-se no processo de avaliação em si e não no seu resultado final

O sucesso de uma avaliação depende fundamentalmente de um diagnóstico preliminar da empresa avaliada, abrangendo aspectos internos e externos a esta

A profundidade desta análise estará circunscrita as peculiaridades de cada empresa e da disponibilidade de informações fidedignas

Page 12: Avaliação de Empresas

Fonte Martins 2001

12 Abordagens de AvaliaçãoEmpresas

O valor de uma empresa depende primordialmente dos benefícios líquidos que se poderão esperar desta no presente e no futuro

Existem duas formas de se avaliar uma empresa em circunstâncias normais:

Pelo seu valor de liquidação ordenada, ou seja pelo que valem os seus ativos avaliados a preço de venda, diminuídos dos gastos para se efetuar este venda e liquidar-se o seu passivo com terceiros

Pelo seu valor de funcionamento que depende basicamente dos futuros benefícios que econômicos que ela será capaz de produzir

Page 13: Avaliação de Empresas

Fonte Martins 2001

13 Abordagens de Avaliação Empresas

Portanto o valor de uma empresa deverá ser dos dois pontos apontados anteriormente o maior deles

Isto está consistente com a lógica de que ninguém venderia uma empresa em funcionamento por menos que obteria se a fechasse

Da mesma forma ninguém encerraria as atividades de uma empresa se ela efetivamente pudesse ser vendida pelo valor melhor em plena atividade

Assim o valor econômico de uma empresa será dado pelo maior valor dos montantes alcançados nestas duas hipóteses ou em liquidação ou em marcha

Page 14: Avaliação de Empresas

14 Principais Métodos de AvaliaçãoAvaliação Contábil/Patrimonial

Considera a avaliação pelo valor contábil Consiste no método mais direto para se avaliar

empresas pois baseia-se apenas nas informações fornecidas pelos seus balanços

Possui no entanto uma limitação séria, dado que os seus ativos e passivos baseiam-se em seus custos históricos, podendo portanto divergir dos seus valores efetivos de mercado

Também os dados do balanço podem não refletir o valor de ativos intangíveis que possuem um valor específico como por exemplo marcas, pessoal, reputação e etc.

Também como um método de cunho contábil , pode ser citado o do Valor de Liquidação, indicado apenas para casos específicos

Page 15: Avaliação de Empresas

15 Principais Métodos de AvaliaçãoFluxo de Caixa Descontado

Metodologia mundialmente mais utilizada para a precificação de empresas e ativos

Fundamenta-se no conceito de que o valor de uma empresa esta diretamente relacionado com os montantes e as épocas nas quais os fluxos de caixa operacionais estarão disponíveis para a distribuição

Os fluxos de caixa utilizados no modelo são projetados em função de receitas, margens e investimentos futuros da empresa

Serão descontados a uma taxa que reflita o custo médio ponderado de capital da empresa durante o período de projeção

Também contempla o valor residual e perene da empresa através de uma perpetuidade

Page 16: Avaliação de Empresas

16 Principais Métodos de AvaliaçãoMúltiplos/Avaliação Relativa

Tem como objetivo encontrar o valor de um ativo/empresa comparando o mesmo com valores de mercado de ativos/empresas semelhantes ou comparáveis

Uma empresa é dita comparável será aquela que apresenta um fluxo de caixa, potencial de crescimento e risco similar a empresa avaliada

Consiste portanto em um método bem simples, mas ao mesmo tempo bem susceptível a erros , em função da qualidade das informações disponíveis, diferença de fundamentos das empresas comparáveis e especificidades de cada empresa e transação

Page 17: Avaliação de Empresas

17 Principais Métodos de AvaliaçãoOpções Reais

É o método mais complexo e menos difundido dos apresentados

Aplica-se na avaliação de empresas de alta complexidade como por exemplo de biotecnologia, TI e outras que possuam um grande número de ativos intangíveis

Procura contemplar as flexibilidades gerenciais embutidas em todo projeto de investimento, e tem a propriedade de sanar algumas deficiências graves que o método do fluxo de caixa descontado possui

Page 18: Avaliação de Empresas

18 Métodos Mais Utilizados no Brasil

Page 19: Avaliação de Empresas

19 Evolução Métodos de Avaliação

Page 20: Avaliação de Empresas

20

Avaliação Contábil/Patrimonial

Page 21: Avaliação de Empresas

21 Avaliação Patrimonial Contábil

Baseia –se em demonstrações financeiras , portanto nos dados contábeis da empresa

O valor apurado é o valor do próprio Patrimônio Líquido

È o chamdo valor de livros da empresa ou Book Value

Sua aplicação conforme Martins (2001) , aplica-se a empresas cujos ativos mensurados pelos princípios contábeis não divergem muito de seus valores de mercado e que não possuem um Goodwill significativo

Embora possua várias limitações a informação do valor patrimonial é bem útil se for usada como ponto de partida para uma análise preliminar econômica e financeira

Page 22: Avaliação de Empresas

22 Avaliação Patrimonial Contábil

Algumas de suas limitações estão no fato de que as demonstrações contábeis normalmente estão baseadas em custos históricos , não sendo atribuído aos ativos os seus valores correntes

Isto provoca algumas distorções graves se considerarmos os efeitos de risco e e do valor do dinheiro no tempo

As demonstrações contábeis não consideram também operações como derivativos, garantias e arrendamento mercantil e boa parte dos ativos intangíveis da empresa

Page 23: Avaliação de Empresas

23 Avaliação Patrimonial Mercado

Neste método há a valoração de todos os ativos e passivos da empresa a valores de realização possível no mercado

Para isso utilizam-se valores de entrada e de saída

Conforme Martins (2001), os valores de entrada e de saída são aplicados de acordo com a natureza e a intenção de uso de cada item

Page 24: Avaliação de Empresas

24 Avaliação PatrimonialMercado

Item Patrimonial Critério Avaliação

Estoques de Matéria Prima Custo de Reposição

Contas a Receber Valor Presente Recebimento Futuro

Passivo Exigível Ajustado a seu valor de Mercado

Valor da Empresa = Valor Ativos Ajustados – Valor Passivos Ajustados

Page 25: Avaliação de Empresas

25

Fluxo de Caixa Descontado

Page 26: Avaliação de Empresas

26 O Fluxo de Caixa Descontado

Consiste no modelo mais utilizado na avaliação de empresas

Muito utilizado quando tem –se por meta avaliar-se o desempenho de ações no mercado e assim traçar-se as políticas de aquisição, venda ou projeções de novos investimentos

O valor da empresa é determinado pelo fluxo de benefícios futuros descontado por uma taxa que reflita o custo de oportunidade e riscos associados ao investimento

Page 27: Avaliação de Empresas

27 O Fluxo de Caixa Descontado

Desta forma procura-se ajustar o fluxo de caixa projetado , ao seu valor presente

Determina-se o valor da empresa com base na sua capacidade de remuneração de seus acionistas no longo prazo, através dos fluxos futuros de caixa gerados pela empresa

Portanto conforme Copeland et al (2002), os indivíduos estarão pagando pelo desempenho que esperam obter da empresa no futuro, e não por aquilo que ela fez no passado e também não pelos custos dos seus ativos

Page 28: Avaliação de Empresas

28 O Fluxo de Caixa Descontado

A justificativa para o uso amplo deste método também pode ser vista em Martelanc et al (2005), que destaca o fato de que dado que exista um mercado eficiente, o preço de mercado das ações de uma empresa deverá refletir o valor presente do fluxo de caixa desta para os seus controladores , compreendendo:

Lucros potenciais futuros

Dividendos

Riscos de estrutura de capital

Valor de seus ativos

Efeito de variáveis ambientais

Page 29: Avaliação de Empresas

29 O Fluxo de Caixa DescontadoRoteiro de Cálculo

Projeção de

Resultados

DeterminaçãoInvestimentos

Fixos

DeterminaçãoInvestimentos

em giro

Montagem dos

Fluxos de Caixa

DeterminaçãoValor Presente

Page 30: Avaliação de Empresas

30 Valor da EmpresaFluxo de Caixa Descontado

ValorDa

Empresa

Valor PresenteFluxos de Caixa

Perenes

Valor Presente Fluxos de caixa

Projetados= +

Page 31: Avaliação de Empresas

31Os Fluxos de Caixa

Fluxos De

Caixa

Acionistas DividendosFirma

Page 32: Avaliação de Empresas

32 Fluxo de Caixa DescontadoFluxo dos Acionistas

Pode ser aplicado na avaliação de qualquer empresa

Do ponto de vista técnico é o mais completo método de avaliação

Baseia-se na premissa de que os acionistas devem retirar além dos dividendos , o montante de caixa excedente á necessidade operacional

Assim os investidores em um determinado ativo, recebem um montante residual sobre os seus fluxos de caixa

Tendo assim direito a fluxos de caixa excedentes após o atendimento de todas as obrigações financeiras

Incluindo-se o pagamento de dividas e necessidades de reinvestimento na empresa

Page 33: Avaliação de Empresas

33

Fluxo de Caixa para os Acionistas

Item

Lucro da Atividade

(-) Impostos sobre o Lucro da Atividade

(=) Lucro Operacional Liquido de Impostos

(+) Depreciação/Amortizações

(-) Variação da NCG

(-) Custos de Capital

= Fluxos de Caixa Livre da Empresa

(-) Juros

(-) Pagamento do principal

(+) Novos Financiamentos contratados

(=) Fluxo de Caixa do Acionista

Page 34: Avaliação de Empresas

34 Fluxo de Caixa DescontadoFluxo de Caixa dos Dividendos

O valor do investimento é valor presente de todos os dividendos futuros esperados trazidos a valor presente pelo custo de capital próprio

Para muitos analistas este método limita-se a ações de empresas estáveis e que possuam altos dividendos

Possui como limitação a premissa básica de que o acionista tem o dever de retirar o capital ocioso da empresa e de fazer novos aportes quando a cia precisar investir

Neste caso se isso não ocorrer só terá utilidade para os acionistas minoritários da empresa

Page 35: Avaliação de Empresas

35 Fluxo de Caixa DescontadoFluxo de Caixa da Empresa

Aplica-se a qualquer tipo de avaliação, menos no caso de empresas que possuam um passivo operacional muito expressivo

Também pode ser chamado de fluxo de caixa livre ou de fluxo de caixa descontado da empresa

Damodaran comenta que os fluxos de caixa da empresa consistem nos fluxos de caixa acumulados de todos os detentores de direitos na empresa, sejam eles investidores ou credores

Desta forma trabalha-se com o fluxo de caixa operacional liquido produzido pelos ativos operacionais, deduzindo-se os montantes necessários para investimentos em capital fixo e de giro

No entanto, não são considerados os fluxos relativos aos seus financiadores

Page 36: Avaliação de Empresas

36 Fluxo de Caixa DescontadoO Fluxo de Caixa da Empresa

Conforme Martelanc(2005), através desta abordagem determina-se a capacidade de geração de caixa oriunda das aplicações normais da empresa, ou seja determina-se o seu potencial de gerar riqueza em função de suas características operacionais

O fluxo de caixa neste caso é descontado a valor presente pelo custo médio ponderado de capital (CPMC)

Segundo Copeland esta taxa de desconto deve refletir o custo de oportunidade de todas os provedores de capital ponderado por sua contribuição relativa para o capital de toda a empresa

Page 37: Avaliação de Empresas

37 Fluxo de Caixa DescontadoFluxo de Caixa da Empresa

As suas principais limitações consistem basicamente na determinação de parâmetros críticos tais como o valor da taxa de crescimento da perpetuidade, o custo médio ponderado de capital ao longo do tempo

Embora considere de certa forma o risco da empresa, não consegue capturar as suas variações ao longo do tempo, bem como as eventuais oportunidades de negócio que podem surgir ao longo do período projetado

Page 38: Avaliação de Empresas

38

O Fluxo de Caixa LivreItem Observação

Vendas Brutas

(-) Impostos sobre vendas

= Vendas Líquidas

(-) Custo das Vendas

= Lucro Bruto

(-) Despesas Operacionais

= Lucro da Atividade EBIT – Earnings Before Interest and Taxes

(-) Impostos sobre lucro Taxes on EBIT

= Lucro Operacional Liquido

NOPAT/NOPLAT – Net Operating Profit After Tax

(+) Depreciação/ Amort.

(-) Dif. NCG Variação da Necessidade de Capital de Giro

(-) Gastos de Capital CAPEX – Capital Expenditures

= Fluxo de Caixa Livre Free Cash Flow

Page 39: Avaliação de Empresas

39 Fluxo de Caixa DescontadoParametros Criticos

Projeções

Determinação da Taxa de Desconto

Perpetuidade

Page 40: Avaliação de Empresas

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Modelos de Avaliação Relativa:Os Múltiplos

Page 41: Avaliação de Empresas

41 Modelos de Avaliação RelativaConceituação

São os chamados modelos de avaliação por múltiplos

Mostram o valor de uma empresa a partir de parâmetros de empresas similares

A sua sistemática consiste em encontrar uma empresa idêntica, ou que seja ao menos compatível com os seus múltiplos e aplica-los aos parêmetros da empresa a ser analisada

Page 42: Avaliação de Empresas

42 Modelos de Avaliação Relativa

Vantagens Rapidez na estimativa

de valor para empresas e ativos

Muito integrado quando há um grande número de empresas compatíveis

Consiste em um método bem simples e necessita de poucas informações

Desvantagens Diferenças nos

fundamentos das empresas ditas compatíveis

Qualidade das informações

Manipulação de índices Aceitação de erros do

mercado

Page 43: Avaliação de Empresas

43 Modelos de Avaliação RelativaAplicações

So se prestam a empresas relativamente maduras

Devem ter também um comportamento esperado próximo a média do mercado onde se inserem

Estes modelos na prática podem ser considerados como sendo formas simplificadas de mensuração de valores de investimento compatíveis com fluxos de caixa esperados

Estes fluxos de caixa são calculados com base em algum parâmetro especifico como por exemplo lucro, faturamento, EBITDA e outros

Page 44: Avaliação de Empresas

44 Avaliação por Múltiplos Bases de Cálculo mais Comuns

Fonte : Martelanc et al 2010

Page 45: Avaliação de Empresas

45 MúltiplosMúltiplos de Lucro

Dentre suas limitações destaca-se o fato de considerar o lucro contábil

Também ignora o valor do dinheiro no tempo e os riscos associados ao negócio

Considera também que exista um eficiência do mercado, o que nem sempre é verdade

Page 46: Avaliação de Empresas

46 MúltiplosMúltiplos de EBITDA

O EBITDA pode ser considerado como sendo o melhor indicador de geração de caixa operacional da empresa

Desconsidera as despesas operacionais que não afetam o caixa , como por exemplo a depreciação e a amortização

Também torna sem efeito os impactos das formas de financiamento da empresa, dado que exclui as despesas financeiras

Exclui também os efeitos da tributação de resultados

Page 47: Avaliação de Empresas

47 MúltiplosMúltiplos de EBITDA

Vale lembrar que o valor da empresa é obtido a partir do seu fluxo de caixa operacional e que este está fortemente relacionado com o seu EBITDA

A sua vantagem em relação ao fluxo de caixa esta na qualidade de não necessitar de estimativas médias ou projetadas de contas

Dentre as suas limitações, destaca-se o fato de desconsiderar as necessidades de retenção de recursos em novos investimentos para a continuidade normal dos negócios

Page 48: Avaliação de Empresas

48 MúltiplosMúltiplos de Patrimônio

Consiste em um dos métodos mais usados no mercado acionário

È uma forma de medir o quanto o os investimentos feitos pelos acionistas ao longo do tempo a preço de custo de aquisição estão valorizados

Isto ajuda a comparar estados de super/subavaliação de ações de empresas de setores iguais ou diferentes

Como limitação apresentam uma forte influência dos métodos contábeis adotados pelos níveis de conservadorismo das empresas

Page 49: Avaliação de Empresas

49 MúltiplosMúltiplos de Faturamento

Neste método o lucro é substituído pelo faturamento no cálculo do múltiplo

A sua simplicidade conforme Martins (2001), permite uma compatibilidade com pequenos negócios onde onde os entes econômicos associados as operações da entidade possuem um baixo nível de complexidade existe uma homogeneidade no setor

São muito utilizados nos EUA na avaliação de IPOS de empresas de TI , dado que estas não possuíam evidentemente séries históricas longas de lucros e demais parâmetros não podendo portanto serem avaliadas por múltiplos de lucros, EBITDA e nem por FCD

Page 50: Avaliação de Empresas

50 MúltiplosMúltiplos de Faturamento

Dentre as suas vantagens podemos destacar o fato de que as vendas são menos manipuláveis que os demais dados contábeis

O faturamento também apresenta na prática uma menor volatilidade

Sua principal limitação está na desconsideração das diferenças das margens financeiras em função dos diversos níveis de faturamento

Page 51: Avaliação de Empresas

51O Goodwill

Page 52: Avaliação de Empresas

52 O Que é Goodwill

Conforme a Teoria de Finanças o Goodwill consiste no conjunto de qualidades, características e diferenciais de uma empresa, que são expressos através de sua capacidade futura de produzir riquezas

Exemplos:

Marcas

Market- Share

Know-How

Credibilidade

Outros

Page 53: Avaliação de Empresas

53 O Que é Goodwill?

Em termos correntes , chama-se de Goodwill a diferença entre o valor pago ou o valor de realização de uma transação comercial e o valor patrimonial (valor do balanço) da empresa adquirida

Técnicamente pode-se considerar que o Goodwill seria a diferença entre o valor econômico da empresa e o seu valor patrimonial de mercado

Page 54: Avaliação de Empresas

54 O Que é Goodwill?

São características do Goodwill:

Não está refletido no balanço

Não pode ser depreciado ou amortizado

Pertence a empresa como um todo, não existindo separadamente

No caso da avaliação de uma empresa, esta so terá o seu valor fixado acima do seu valor de PL , se possuir um Goodwill, ou seja alguma vantagem competitiva que permita produzir um retorno acima dos resultados operacionais mínimos do seu setor de atuação

Page 55: Avaliação de Empresas

55 Determinação do Goowill

A determinação do Goodwill conforme Ornelas(2000), obedece as seguintes etapas:

1- Mensuração do Lucro Operacional Líquido Normal (LN),

que consiste no lucro gerado pelo Ativo Operacional Líquido (AOL), a valores de mercado, aplicado a taxa do Custo de Capital Próprio (CCP)

2- Apuração dos Lucros Operacionais Líquidos pela empresa avaliada (LOL)

3- Determinação do valor do Goodwill ajustando-se a diferença entre LOL e LN pelo custo de Capital Próprio da empresa

Page 56: Avaliação de Empresas

56 Cálculo do GoodwillApuração do LN

O Lucro Operacional Líquido Normal, LN é dado pela seguinte expressão:

Onde:

AOL = Ativo Operacional Líquido

AOL = ACO + APO – PO

Onde por sua vez:

ACO = Ativo Circulante Operacional

APO = Ativo Permanente Operacional

PO = Passivo Operacional

LN = AOL x CPP

Page 57: Avaliação de Empresas

57 Cálculo do GoodwillApuração Lucros Operacionais Líquidos

O Lucro Operacional Líquido consiste no Lucro gerado pelas operações da empresa, sendo excluídas as receitas e despesas financeiras, deduzindo-se também as provisões tributárias sobre o lucro

Devem ser consideradas também as despesas que não afetam o caixa como por exemplo, depreciação, amortização, sendo estas consideradas como despesas efetivas redutoras do lucro

Também devem ser excluídos desta apuração outros resultados de natureza não operacional

Page 58: Avaliação de Empresas

58 Cálculo do GoodwillLucro Operacional Líquido

Onde:

LOL = Lucro Operacional Líquido

LL = Lucro Líquido

DF/ RF = Despesas / Receitas Financeiras

RNO = Resultados não Operacionais

PT = Provisões Tributárias Sobre o Lucro Operacional

LOL = LL +((DF-RF))+/- RNO)- PT

Page 59: Avaliação de Empresas

59 Cálculo do GoodwillLucro Operacional Líquido

O Lucro Operacional Líquido deve ser calculado através de vários exercícios sociais subsequentes , obtendo se assim um média destes exercícios

Este cálculo é necessário para corrigir-se eventuais sazonalidades operacionais ou comerciais, que poderão não se repetir futuramente

Todos os valores deverão estar corrigidos monetariamente

Page 60: Avaliação de Empresas

60 Cálculo do GoodwillO Valor do Goodwill

Caso o Lucro Operacional Líquido Médio Histórico Ajustado (LOL mha) seja superior ao Lucro Normal (LN), pode ser afirmar que a empresa possui um sobre valor ou seja om Goodwill

Isto ocorre porque ela é capaz de gerar Lucros acima do normal

O valor do Goodwill será então dado pela diferença positiva entre o LOL mha e o LN, dividido pelo Custo do Capital Próprio da empresa (CCP)

Goodwill = LAN/CPPLAN= LOL mha – LN

Page 61: Avaliação de Empresas

61Opções Reais

Page 62: Avaliação de Empresas

62 As Deficiências do FCD

O Métodoo do FCD como vimos é o mais utilizado em processos de avaliação de empresas

No entanto conforme Dixit e Pyndick (1994), a utilização de métricas tradicionais baseadas em VPL e TIR , como é o caso do FCD podem induzir a decisões de investimento equivocadas

Isto ocorre porque o método não considera duas características importantes das decisões de investimento que são:

Irreversibilidade

Possibilidade de adiamento do investimento

Page 63: Avaliação de Empresas

63 As Deficiências do FCD

No método do FCD os cenários são estáticos ao longo do período de projeção e da perpetuidade, enquanto o ambiente dos negócios é altamente dinâmico o que faz com que nem sempre as premissas iniciais de projeto se mantenham

Portanto temos um situação de investimento do tipo agora ou nunca em que todo o desembolso de capital seria hipoteticamente feito em uma data zero e não ao longo do desenvolvimento do projeto, engessando completamente a tonada de decisões

Desta forma vários projetos estratégicos de VPL negativo mas viáveis a longo prazo seriam sumariamente rejeitados

Page 64: Avaliação de Empresas

64 As Deficiências do FCD O Cálculo do Custo de Capital

O risco sistemático para periodos longos pode ser definido como sendo volátil e não fixo como é assumido no cálculo da taxa de retorno pelo método do fluxo de caixa descontado;

O que implica em que a taxa de desconto na realidade não seria fixa,mas sim variante no tempo, uma vez que é uma função do Beta da firma , que por sua vez é variável ao longo do tempo;

Portanto uma decisão de investir hoje, deve ter embutida a figura de várias opções que irão nortear a continuidade ou não do investimento, o seu adiamento, ou até mesmo uma eventual expansão do projeto original, em função dos cenários futuros que se apresentarem para a firma e de sua disponibilidade de capital;

Page 65: Avaliação de Empresas

65 DesenvolvimentoAnálise de Decisão

Economia

DCF & NPVUtility Theory

(1930-50s)

Desenvolvimentos em Análise de Decisão

Decision Trees, Influence Diagrams, Monte Carlo

Simulations(1960-70s)

Decision Dialog Process, Enhanced Decision Analysis

(1980-90s)

Desenvolvimentos na Teoria de Finanças

Capital AssetPricing Model

(1960s)

Options Pricing(1970s)

Real Options

(1980-90s)

Real Options

ValuationTM

Page 66: Avaliação de Empresas

66Evolução da Gestão de RiscosAnálise de Riscos em Projetos

Ignora-se os riscos

Analisam-seos riscos

Gerenciam-se os riscos

Page 67: Avaliação de Empresas

67 O Que é uma Opção?

Consiste em um direito contratado por alguém de poder fazer uma operação de compra ou venda de ativos físicos ou financeiros, sem que o indivíduo tenha qualquer obrigação final com a operação

Como uma opção é um contrato de um certo direito há um custo para a sua aquisição , havendo também diversos modelos e técnicas para se definir o seu preço

O ganho do emissor da opção é dado pelo pagamento do contrato , também chamado de prêmio

Page 68: Avaliação de Empresas

68 O Que é uma Opção?

Uma opção financeira é caracterizada pelos seguintes parâmetros:

Preço de exercício – valor a partir do qual a opção é exercida

Prêmio – valor pago para se ter o direito de exercer a opção

Tempo de expiração – prazo pelo qual aquela opção é válida , após este prazo ela perde o seu valor

Page 69: Avaliação de Empresas

69 O Conceito de Opção Real

O termo opção real foi utilizado por Myers (1977) para destacar-se que as oportunidade de expansão de uma empresa na forma de novos investimentos, podem ser vistas na prática como uma opção financeira de compra

Desta forma iniciou-se uma nova etapa em termos de análise de investimentos , fazendo-se analogias entre uma opção financeira e um projeto de investimentos

Page 70: Avaliação de Empresas

70 Opções Reais Análise de Investimentos

O exercício de uma opção pela empresa (investimento) é irreversível, mas a empresa possui sempre a possibilidade de postergar este investimento

Isto pode ser feito até que as condições de mercado tornem-se mais favoráveis e para que se possam obter mais informações a respeito do projeto e dos fatores que o influenciam, diminuindo-se assim alguns riscos

Assim o método das opções reais permite aos tomadores de decisão maximizarem os ganhos em situações favoráveis e minimizarem as perdas em situações desfavoráveis

Page 71: Avaliação de Empresas

71 Opções ReaisAnálise de Investimentos

Portanto um projeto de investimentos pode ser visto como sendo um conjunto de opções

Estas opções podem ser as seguintes:

Adiamento do Investimento

Cancelamento de etapas

Mudança de escala de produção tais como:

Expandir

Contrair

Fechar temporariamente

Reiniciar

Abandonar pelo valor

Page 72: Avaliação de Empresas

72 Opções ReaisExemplo de Aplicação

Uma empresa que possui uma oportunidade de investimento irreversível, tem a opção de adiar este investimento (opção de postergar)

Possui o direito mas não a obrigação de comprar um ativo (projeto, empresa) no futuro a um certo preço de exercício (investimento)

Quando ela investir, exercerá a opção pagando um custo de oportunidade igual ao valor investido

Page 73: Avaliação de Empresas

73 O Contador &

Avaliação de Empresas

O novo papel do Contador

O Contador e os pequenos e médios negócios

O Processo de Avaliação

Responsabilidades

Oportunidades profissionais

Page 74: Avaliação de Empresas

74 Obrigado pela atenção!!!