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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL Bárbara Wermuth Antunes ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL COM A UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA BIM SANTA MARIA, RS 2017 Bárbara Wermuth Antunes

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

CENTRO DE TECNOLOGIA

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

Bárbara Wermuth Antunes

ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL COM A UTILIZAÇÃO DA

TECNOLOGIA BIM

SANTA MARIA, RS

2017

Bárbara Wermuth Antunes

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ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL COM A UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA BIM

Trabalho de Conclusão de Curso Apresentado ao Curso de Graduação em Engenharia Civil, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS), como requisito parcial para obtenção do grau de Engenheira Civil.

Orientador: Prof. Dr. André Lübeck

Santa Maria, RS

2017

Bárbara Wermuth Antunes

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ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL COM A UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA BIM

Trabalho de Conclusão de Curso Apresentado ao Curso de Graduação em Engenharia Civil, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS), como requisito parcial para obtenção do grau de Engenheira Civil.

Aprovado em 14 de Dezembro de 2017:

_______________________________________

André Lübeck, Dr. (UFSM)

(Presidente/Orientador)

_______________________________________

Eng. Thiana Dias Herrmann (UFSM)

_______________________________________

Arq. Maraysa Woloszyn

Santa Maria,

2017

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DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho aos meus pais, Carlos Eurico e Renice, que me

apoiaram durante todo o meu curso de graduação, assim como, em

toda minha vida.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente, quero agradecer aos meus pais, Carlos Eurico e Renice, que

sempre me deram todo o apoio e incentivo durante a minha graduação, que me

fizeram superar todos os obstáculos ao longo do caminho, além do amor e atenção

em todos os momentos.

Agradeço à Deus pela vida e por todas as bênçãos que me concede a cada dia,

que me fazem ser uma pessoa melhor a cada dia.

Agradeço ao meu orientador, André Lübeck, por toda a atenção e disponibilidade

dedicada ao meu trabalho e por todos ensinamentos passados.

Quero agradecer aos meus amigos, aos de longa data, Izabela, Marcela e Mariela,

e aos feitos no curso, Bianca, Jaqueline, Lorenzo, Frederico, Vitor, Rômulo e Pablo,

por estarem ao meu lado e vivenciarem momentos que serão levados para a vida

inteira.

Enfim, agradeço à todas as pessoas que de alguma forma passaram pela minha

vida e me incentivaram a chegar aqui.

.

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RESUMO

ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL COM A UTILIZAÇÃO DA

TECNOLOGIA BIM

AUTOR: Bárbara Wermuth Antunes ORIENTADOR: André Lübeck

Devido a necessidade de otimizar seus processos e melhorar a competitividade no mercado da construção civil, a orçamentação ganha um espaço fundamental nas empresas a fim de que seja obtida a máxima lucratividade nos empreendimentos. Para que o processo da orçamentação apresente valores adequados e próximos ao real, é necessário que sejam extraídos os quantitativos da forma mais precisa possível, da mesma forma, de maneira a permitir sanar dúvidas e conferir quantidades, o levantamento de quantitativos é uma tarefa que precisa ser padronizada. Por ser um processo tradicionalmente manual, que demanda tempo e necessita ser refeito para cada modificação no projeto, é interessante integrar tecnologias novas que permitam torná-lo mais confiável e eficiente. Sendo assim, é proposto o Building Information Model (BIM) para otimizar o levantamento de quantitativos através dos seus recursos inteligentes e automáticos que permitem que a edificação seja construída virtualmente. Através de uma revisão bibliográfica sobre o processo e conceitos da orçamentação, além de benefícios e classificação do BIM, este trabalho, visa confirmar a efetividade da aplicação da tecnologia BIM através da extração de quantitativos e posterior orçamentação. Assim, foi realizado um estudo de caso, através da modelagem de uma edificação, utilizando o software Revit e, através dos valores extraídos, montou-se uma planilha de orçamento, com o software Excel. Dessa maneira, pôde-se expor as vantagens encontradas e, também, algumas dificuldades. No entanto, apesar de possuir algumas peculiaridades, a aplicação do BIM é um processo efetivo para otimizar o processo da orçamentação. Conclui-se que a tecnologia BIM está pronta para ser inserida no mercado de trabalho da construção civil e é capaz de inovar e tornar essa técnica mais confiável. Palavras-chave: Construção Civil. Levantamento de Quantitativos. Orçamento. BIM.

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ABSTRACT

AUTHOR: Bárbara Wermuth Antunes ADVISOR: André Lubeck

Due to the need of optimizing processes and improve competitiveness in the construction market, budgeting gains a fundamental place in the companies in order to obtain a good profitability in the ventures. In order to show values that are adequate and close to the real in the budget, it is necessary to extract the quantitative data as accurately as possible. For its traditional manual process that requires time and needs to be redone for every design change, technology needs to be included to make the budget efficient. In this way, the Building Information Model (BIM) is inserted to optimize the quantitative survey through its intelligent and automatic resources that allow the virtually construction of the building. Upon a bibliographic review on the process and concepts of budgeting, and benefits and classification of BIM, this paper aims to confirm the effectiveness of the application of BIM technology through the extraction of quantitative data and subsequent budget. Thus, a case study was carried out, the modeling of a building was done, using the Revit software, and, using the extracted values, a budget worksheet was created with Excel software. In this way, the exposition of the advantages gained and also some difficulties could be done. However, although it has some drawbacks, the application of BIM is an effective process to optimize the budgeting process. In conclusion, the BIM technology is ready to be inserted in the labor market of the construction and is able to innovate and make this technique more reliable.

Keywords: Construction. Quantitative data collection. Budget. BIM.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Imagem 3D edificação multifamiliar.......................................................... 33

Figura 2 – Planta baixa pavimento térreo .................................................................. 35

Figura 3 – Planta baixa pavimento superior .............................................................. 36

Figura 4 - Elevações ................................................................................................. 37

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Levantamento de quantitativos de materiais ........................................... 39

Tabela 2 – Levantamento de quantitativos de aberturas ........................................... 41

Tabela 3 – Orçamento dos serviços .......................................................................... 43

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SUMÁRIO

1.1 OBJETIVOS ........................................................................................... 13

1.1.1 Objetivo Geral ....................................................................................... 13

1.1.2 Objetivos Específicos .......................................................................... 13

1.2 JUSTIFICATIVA ..................................................................................... 14

2 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL ............................................. 15

2.1 CUSTOS DIRETOS ............................................................................... 16

2.2 CUSTOS INDIRETOS ............................................................................ 17

2.3 BDI ......................................................................................................... 17

2.4 ASPECTOS DO ORÇAMENTO ............................................................. 18

2.4.1 APROXIMAÇÃO .................................................................................... 18

2.4.2 ESPECIFICIDADE ................................................................................. 19

2.4.3 TEMPORALIDADE ................................................................................ 19

2.5 TIPOS DE ORÇAMENTOS .................................................................... 20

2.6 ETAPAS DA ORÇAMENTAÇÃO ............................................................ 21

2.6.1 ESTUDO DAS CONDICIONANTES ...................................................... 21

2.6.2 COMPOSIÇÃO DE CUSTOS ................................................................. 21

2.6.3 DETERMINAÇÃO DO PREÇO .............................................................. 22

2.7 LEVANTAMENTO DE QUANTITATIVOS .............................................. 22

3 BUILDING INFORMATION MODEL ...................................................... 26

3.1 BENEFÍCIOS E CLASSIFICAÇÃO DO BIM ........................................... 27

3.1.1 BIM 3D ................................................................................................... 30

3.1.2 BIM 4D ................................................................................................... 30

3.1.3 BIM 5D ................................................................................................... 30

3.1.4 BIM 6D ................................................................................................... 30

3.2 EMPREGO DO BIM NA ORÇAMENTAÇÃO .......................................... 31

4 METODOLOGIA .................................................................................... 33

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4.1 DESCRIÇÃO DO PROJETO .................................................................. 33

4.2 LEVANTAMENTO DE QUANTITATIVO ................................................. 37

4.3 ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO ........................................................ 37

5 RESULTADOS ....................................................................................... 39

5.1 VANTAGENS ......................................................................................... 48

5.2 DESVANTAGENS .................................................................................. 49

6 CONCLUSÃO ........................................................................................ 51

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 53

ANEXO A ....................................................................................................... 55

ANEXO B ....................................................................................................... 61

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1. INTRODUÇÃO

A elaboração de um orçamento na construção civil, por muitos anos, foi realizada

de forma manual pelos orçamentistas. Nos dias atuais, são utilizadas planilhas

eletrônicas e softwares gráficos que apesar de serem considerados mais modernos,

ainda são métodos ineficientes uma vez que demandam muito tempo do profissional

para extração dos quantitativos e construção de memória de cálculo, além da

composição dos custos dos serviços.

Além de demandar muito tempo do profissional, cabe a ele adotar as técnicas mais

adequadas conforme seu conhecimento para levantamento de quantitativos, podendo

levar a incertezas no orçamento, já que o método é baseado no entendimento do

orçamentista. Assim, existe a possibilidade de haver variações de medições e,

consequentemente, de custos para uma mesma edificação e, até mesmo, idêntico

serviço, dependendo de cada profissional orçamentista. Além disso, apesar de ser

uma indicação constante dos livros para que seja realizada a memória de cálculo, é

inviável ao orçamentista detalhar todas ideias utilizadas. Dessa maneira, para que

sejam realizadas conferências no orçamento, acaba-se quase refazendo o trabalho

original.

Com o aumento do mercado da construção civil, a competitividade entre as

empresas cresce cada vez mais juntamente com a exigência dos clientes por menores

custos, entretanto com qualidade superior. Sendo assim, é uma necessidade para

permanência no mercado que as empresas utilizem a modelagem da informação da

construção, conhecida como BIM, não somente no orçamento, mas também em todas

as fases da construção. Essa necessidade se dá devido à mais precisa extração de

quantitativos entre diferentes profissionais, juntamente com a memória das

quantidades no próprio software, reduzindo o tempo para elaboração da

orçamentação. Além disso, a plataforma BIM contempla a compatibilização de

projetos, gerando projetos e quantitativos mais adequados à realidade da obra.

A modelagem BIM é considerada uma das técnicas mais promissoras de

desenvolvimento na indústria em relação à engenharia e construção e é apenas

questão de tempo para que esse seja o padrão de projetar. Isso se deve ao fato de

que o modelo gera desenhos mais semelhantes ao as built, restringindo os problemas

de incompatibilidades entre os diferentes projetos que somente seriam percebidos

durante a execução. Sendo o BIM um ferramenta também, 4D e 5D, que tem a

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possibilidade de relacionar planejamento e orçamento aos projetos, essa pode ser a

forma que a construção civil tem de maximizar a produtividade e minimizar os erros

anteriormente ao início da execução da obra em si.

No entanto, apesar de parecer ser a ferramenta que contempla todos os problemas

encontrados na construção civil, o aprendizado de algum software para aplicação de

BIM é um processo moroso, que demanda tempo e paciência do profissional. Além

disso, para que a compatibilização de projetos dê resultado, é necessário que todos

os profissionais trabalharem na mesma plataforma ou os softwares extraíam arquivos

de mesmo formato. Ainda, para ser eficiente na extração de quantitativos para

posterior passagem para planilhas de custos orçamentários, os serviços devem estar

na mesma unidade de medida.

Sendo assim, a plataforma BIM permite que a elaboração do projeto esteja

inteiramente relacionada à extração de quantitativos, sendo que a modificação em um,

acarreta mudança imediata no outro, refletindo no custo final, ou seja, no orçamento.

Apesar de permitir que esse processo, não é fato que é uma metodologia de fácil

aplicação uma vez que demanda conhecimento e uma mudança de pensamento de

todas pessoas envolvidas, além de tempo para resolver as diversas adversidades

encontradas durante o período. Apesar de tudo, é uma necessidade a troca da forma

tradicional de realizar orçamentos, em que o processo de quantificação é manual e

pode ser impreciso, para esta nova tecnologia que passa a ser automática.

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo Geral

O objetivo principal deste estudo é analisar as dificuldades encontradas para

extração de quantitativos de uma edificação unifamiliar pela plataforma BIM e,

posteriormente, realização de um orçamento com os valores extraídos.

1.1.2 Objetivos Específicos

a. Descrever a plataforma BIM através dos seus critérios para

levantamento de quantitativos levando em consideração o formato

tradicional de orçamentação usado no país;

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b. Montar uma planilha orçamentária com base nos valores extraídos do

modelo BIM e nas composições unitárias do SINAPI e TCPO;

c. Realizar a análise da eficiência do BIM para extração de quantitativos e

observar as dificuldades encontradas com a extração e, subsequente,

elaboração do orçamento.

1.2 JUSTIFICATIVA

Com o mercado cada vez mais competitivo e em busca de maior qualificação,

os clientes e as empresas buscam por métodos mais assertivos e que otimizem o

tempo para realização. Além disso, um orçamento preciso e detalhado é a resposta

que todo cliente espera para analisar a viabilidade do seu empreendimento.

A plataforma BIM surge como uma das tecnologias mais promissoras para

arquitetura e engenharia uma vez que permite que sejam satisfeitas algumas lacunas

deixadas pelo método convencional, ou seja manual. Assim, a tecnologia BIM

possibilita que os quantitativos possuam maior precisão já que podem ser extraídos

do próprio software uma vez que a medição de cada serviço permanece agregada ao

próprio modelo do projeto.

Além do mais, com a geração automatizada de quantidades, a plataforma

proporciona a criação de uma memória de cálculo no próprio modelo, bastando um

clique no serviço desejado que já obtêm-se o valor desejado. Sendo assim, caso o

projeto for bem modelado e detalhado, e seja elaborado com vistas a servir à

orçamentação, o modelo é aferível e extremamente confiável.

Dessa forma, além dos benefícios em relação ao levantamento de

quantitativos, a tecnologia proporciona que os projetos sejam compatibilizados e os

erros previamente solucionados. No entanto, o conhecimento em relação ao BIM

ainda é muito precário nos escritórios de engenharia e arquitetura. Apesar de

demandar tempo e uma mudança de pensamento dos projetistas, é uma necessidade

o estudo desta nova forma de pensar para que a engenharia civil consiga evoluir,

automatizar e tornar mais precisos os seus processos.

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2 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

O orçamento é definido por Limmer (1997) como “[...] a determinação dos

gastos necessários para a realização de um projeto, de acordo com um plano de

execução previamente estabelecido, gastos estes estabelecidos em termos

quantitativos.” A fim de garantir a competitividade no mercado de trabalho, a

elaboração de um orçamento minucioso e preciso é peça fundamental para as

empresas da construção civil. Não é suficiente saber elaborar um orçamento, mas sim,

fazê-lo em um período curto, com métodos atuais de execução e, acima de tudo,

conseguir preço competitivo e mínimo, afirma Dias (2011).

Conforme Mattos (2006), o conhecimento aprofundado dos serviços bem como

a interpretação detalhada dos desenhos e especificações, são peças fundamentais

para garantir um bom orçamento e prever as dificuldades que podem ser encontradas

durante a obra, sendo possível identificar mudanças no custo de execução. Para o

autor, apesar de ser praticamente impossível de se obter valores exatos para um

orçamento, se o trabalho for bem-feito, com especificações técnicas alinhadas,

utilizando informações precisas e uma boa análise do orçamentista, pode garantir

orçamentos com valores bem próximos ao real.

Para Limmer (1997) orçar um empreendimento é realizar uma previsão de

custos para uma sequência de atividades a fim de garantir sua construção. Segundo

o autor, os objetivos do orçamento são:

a) Definir o custo de execução de cada atividade ou serviço;

b) Construir-se em documento contratual, servindo de base para o

faturamento da empresa executora do projeto, empreendimento ou obra, e

para dirimir dúvidas ou omissões quanto a pagamentos;

c) Servir como referência ou análise dos rendimentos obtidos dos recursos

empregados na execução do projeto;

d) Fornecer, como instrumento de controle da execução do projeto,

informações para o desenvolvimento de coeficientes técnicos confiáveis,

visando ao aperfeiçoamento da capacidade técnica e da competitividade

da empresa executora do projeto no mercado.

A prática orçamentária está fortemente relacionada ao gerenciamento da obra,

sendo fundamental para um bom planejamento e controle de custos preciso. No

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orçamento estão incluídas as etapas de toda a execução, podendo ser baseado o

planejamento conforme o valor disponível para desembolso em cada período.

“A preparação de um orçamento é imprescindível, para um bom

planejamento, pois é com base nele que advém o sucesso de qualquer

empreendimento de construção predial. Por outro lado, somente através

desse orçamento concluído, podemos prosseguir na execução de trabalhos,

tais como: viabilidade técnica-econômica do empreendimento, cronograma

físico-financeiro da obra, cronograma detalhado do empreendimento e

relatórios para acompanhamento físico-financeiro.” (Coêlho, 2001)

Dias (2011) define orçamento das construções como “a soma do custo direto,

do custo indireto e do resultado estimado do contrato (lucro previsto). “A fim de garantir

o bom entendimento do estudo, é necessário definir os conceitos de custo direto, custo

indireto e BDI.

2.1 CUSTOS DIRETOS

Tisaka (2006) afirma que que “qualquer gasto havido com materiais, pessoal,

equipamentos, administração local, canteiro de obras, mobilização e desmobilização,

ou qualquer outro gasto havido no âmbito da obra, deve ser lançado no centro de

custo da obra, constituindo-se, assim, obrigatoriamente, no custo direto da obra.”

Para Dias (2011) o custo direto pode ser obtido pelo consumo dos itens que

são de fácil medição pelo somatório dos insumos contidos em determinado produto

pelo pagamento dos custos unitários do serviço. Ainda, segundo o autor, através do

fornecimento da planilha de quantidades e preços pelo cliente ou orçamentista,

considerando todos os serviços.

Mattos (2006) define custo direto como o custo de todos os serviços levantados,

relacionados aos que serão executados em campo. Braga (2015) afirma que os custos

diretos devem abranger os valores gastos com administração, mobilização e

desmobilização de equipamentos e materiais e montagem do canteiro de obras. Além

disso, as despesas com mão-de-obra e material relacionados aos serviços.

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2.2 CUSTOS INDIRETOS

Conforme Limmer (1997), custos indiretos como os itens de difícil mensuração

para a realização de determinado serviço, ou seja, são componentes necessários

porém, secundários, para o sucesso da elaboração da atividade. O autor ainda afirma

que esses gastos encontram-se divididos nas atividades ou, atém mesmo, no projeto

como um todo.

Para Dias (2011) os gastos que são de difícil mensuração na unidade em que

o serviço é medido são os custos indiretos tais como, engenheiro, veículos de passeio

e de carga, contas das concessionárias, entre outros. Também estão incluídos nesses

gastos, segundo o autor, os itens previstos em cima do custo total ou do faturamento,

administração central, impostos ou juros.

Mattos (2006) define custo indireto por exclusão, “Custo indireto é todo o custo

que não apareceu como mão-de-obra, material ou equipamento nas composições de

custos unitários do orçamento. Em outras palavras, é todo custo que não entrou no

custo direto da obra, não integrando os serviços de campo orçados.” O autor identifica

alguns fatores que influenciam nesse gasto, como localização geográfica da obra,

política da empresa, prazo para duração e complexidade para realizar a obra.

2.3 BENEFÍCIOS E DESPESAS INDIRETAS (BDI)

Dias (2011) menciona que a finalidade do cálculo do BDI (Benefícios e

Despesas Indiretas) é somente para executar o cálculo do preço unitário de venda em

relação ao custo unitário do serviço, uma vez que o preço unitário de venda deve

possuir todos os encargos que cobrem as atividades executadas. Sendo assim, o BDI

é um percentual relacionado às despesas indiretas que irá refletir nos custos diretos.

Conforme Tisaka (2006), o BDI na engenharia é um percentual somado aos

custos diretos de uma obra, os gastos indiretos administrativos e, ainda, os tributos e

o lucro desejado.

De acordo com Mattos (2006), BDI é designado pelo resultado da divisão dos

custos indiretos, somado ao lucro, pelo custo direto de uma obra, sendo incluso nesse

valor:

a) Despesas indiretas de funcionamento da obra;

b) Custo da administração central;

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c) Custos financeiros;

d) Fatores imprevistos;

e) Impostos;

f) Lucros.

Assim, o BDI serve para se obter o preço de venda, sendo uma percentagem

aplicada sobre o custo direto. Para ele, uma maior quantidade de itens torna uma

planilha orçamentária completa, reduzindo os itens do custo indireto. Apesar de não

modificar o custo total da obra, o impacto sobre o BDI é direto.

2.4 ASPECTOS DO ORÇAMENTO

O processo de orçamentação tem o objetivo de determinar o custo de uma

edificação o mais próximo possível da realidade. Porém, como é elaborado por

suposição, existe sempre uma margem de erro na sua composição. “Muitas são as

premissas de cálculo adotadas e a defasagem de tempo entre o momento da

orçamentação e o da realização da tarefa pode ser bastante dilatado”, declara Mattos

(2006).

Segundo Dias (2011), executar um orçamento baseado no projeto básico, pode

acarretar em uma possibilidade de 20 a 30% de erro no custo final caso comparado

ao projeto executivo. Sendo assim, 3 são os atributos de um orçamento, sendo eles:

aproximação, especificidade e temporalidade. Todos eles estão descritos a seguir.

2.4.1 APROXIMAÇÃO

Conforme Mattos (2006), “O orçamento não tem que ser exato, porém preciso.

Ao orçar uma obra, o orçamentista não pretende acertar o valor em cheio, mas não

se desviar muito do valor que efetivamente irá custar. [...] Quanto mais apurada e

criteriosa for a orçamentação, menor será sua margem de erro.”

Como todo o orçamento é produzido anteriormente ao processo da construção

em si, é baseado em previsões sendo assim, é um estudo aproximado do real custo

de uma obra. Diversos são os itens que são analisados e vários deles contam com a

aproximação para obtenção do custo do serviço. Assim, produtividade de equipes ou

equipamentos, cotação de preço de insumos e custos indiretos são itens com custo

estimado em comparação à realidade de um empreendimento.

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Dias (2011) sustenta a ideia em relação à importância da experiência do

profissional. O autor afirma não ser suficiente apenar o conhecimento de custos

extraído de livros e manuais mas também, a ciência relacionada a execução da obra

orçada, em engenharia de segurança do trabalho, em garantia de qualidade, em meio

ambiente, em legislação trabalhista e fiscal, uma vez que os impostos afetam

diretamente o custo.

2.4.2 ESPECIFICIDADE

Segundo Dias (2011), para cada orçamento elaborado, todos os parâmetros

necessitam ser revisados, jamais os valores devem ser fixados uma vez que

localização, facilidades ou dificuldades na obra, produtividade e clima mudam

conforme cada novo contrato. “Cabe ressaltar que custo de obra é regional, pois,

variáveis como produção de mão-de-obra, salários e benefícios e materiais tem

características regidas por região, bem como, os preços dos insumos podem

apresentar características sazonais, isso é, variam conforma a demanda.” Ainda

ressalta, que os custos unitários dos serviços podem ser muito semelhantes porém

não exatamente iguais. Até mesmo o BDI modifica seu valor para cada nova

edificação.

Mattos (2006) reforça que não é eficaz orçamentos padronizados ou

generalizados, em todos os casos é imprescindível ao adaptar o estudo para à obra

em questão. De acordo com o autor, a orçamentação está relacionada à política da

empresa em relação à quantidade de cargos de supervisão e de veículos, no padrão

do canteiro de obras, no grau de terceirização, nas taxas cobradas. Ainda, aspectos

como clima, relevo, tipo de solo, nível do lençol freático, condições das estradas locais,

qualidade da mão-de-obra e diferentes alíquotas de impostos afetam diretamente o

orçamento e consequentemente, o custo final de uma edificação.

2.4.3 TEMPORALIDADE

Um orçamento efetuado algum tempo atrás, não é válido hoje uma vez que o

mercado se encontra em constante modificação. Segundo Mattos (2006), a flutuação

no custo dos insumos, criação ou alteração de impostos e encargos sociais e

trabalhistas, a evolução dos métodos construtivos e os diferentes cenários financeiros

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e gerenciais são itens em constante mudança no mercado e, em questão de pouco

tempo, pode resultar em orçamentos defasados, com grandes erros.

2.5 TIPOS DE ORÇAMENTOS

Conforme o grau de complexidade e precisão que se deseja atingir, são

elaborados diferentes tipos de orçamentos, que resultarão na viabilidade ou não do

empreendimento. Segundo Limmer (1997), “Toda estimativa orçamentária é, por

conseguinte, afetada de erro, que será tanto menor quanto melhor for a qualidade da

informação disponível por ocasião da sua elaboração”. Os orçamentos podem ser

classificados em estimativa de custo, orçamento preliminar e orçamento analítica,

dependendo do nível de detalhe dos mesmos.

Baeta (2012) aprofunda as características de cada orçamento e diferencia os

mesmos entre os seguintes itens:

a) Etapas de concepção do empreendimento;

b) Propósito ou finalidade da estimativa ou do orçamento;

c) Tipo de qualidade das informações disponíveis;

d) Métodos de preparação e avaliação;

e) Tempo de execução da estimativa ou do orçamento;

f) Grau de precisão esperado.

Neste trabalho será abordado o orçamento analítico como maneira para

realização do orçamento por se tratar da maneira mais detalhada e,

consequentemente, mais precisa para prever o custo de uma obra. Mattos (2006)

afirma que essa maneira de previsão, é realizada através do levantamento de todos

os serviços executados e sua respectiva composição de custo unitária, sendo

analisado em relação aos materiais, mão-de-obra e equipamentos. Além dos custo de

serviços, que são os custos diretos, estão inseridos os custos indiretos. Sendo assim,

o valor obtido para o custo final de uma edificação, é muito próximo ao real.

Para Goldman (1986), o orçamento analítico é a maneira mais correta para que

seja planejado e acompanhado o custo da obra. Para isso, essa ferramenta conta com

a necessidade de ser baseada em todos os projetos executivos e no memorial

descritivo com as especificações técnicas e detalhes de acabamentos a fim de um

correto levantamento de quantitativos dos serviços.

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2.6 ETAPAS DA ORÇAMENTAÇÃO

Mattos (2006) declara que inicialmente são analisados os documentos e feita a

visita em campo do local da edificação que será orçamentada. Após, é calculado o

custo através dos quantitativos, produtividades e preço dos insumos. Por fim, é

acrescido o custo indireto, os impostos e o lucro, caso desejado o preço de venda. O

autor classifica as etapas em três grandes grupos, sendo eles: estudo das

condicionantes, composição de custos e determinação do preço.

2.6.1 ESTUDO DAS CONDICIONANTES

As condições de contorno são caracterizadas pela interpretação e

compreensão de todos os projetos e suas especificações técnicas a fim de garantir o

completo entendimento acerca das características e dificuldades do projeto. Além

disso, é neste item que são estudados os métodos construtivos, a qualidade de

acabamento, são feitas as compatibilizações entre os projetos e previstas as

interferências entre os mesmos. Ainda, é indicado que seja realizada uma visita

técnica ao terreno da edificação para que sejam levantados dados para o orçamento

e verificadas as condições do local.

2.6.2 COMPOSIÇÃO DE CUSTOS

A composição de custo necessita, primeiramente, que sejam identificados

todos os serviços que irão compor a planilha orçamentária, ou seja, como se trata,

neste caso, de um orçamento analítico, todos os serviços que o empreendimento

requer para que seja construído. Com base nos projetos e nos serviços especificados,

é gerado o levantamento de quantitativos, sendo que esse ponto é um dos mais

importantes para a exatidão do orçamento pois, como cita Mattos (2006), “Um

pequeno erro de conta pode gerar um erro de enormes proporções e consequências

nefastas”. O levantamento dos quantitativos é realizado conforme a unidade de

medida de cada serviço, sendo elas em volume, área, linear, etc.

Após o levantamento de quantitativos, são especificados os custos diretos

sendo que sua unidade pode ser unitária, relacionados a um serviço mensurável, ou

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uma verba, quando o serviço não pode ser medido. Cada serviço mensurável possui

sua composição de custos unitários e cada insumo apresenta um índice associado.

As composições podem ser obtidas do TCPO (Tabelas de Composição de Preços

para Orçamentos), do Sinapi (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da

Construção Civil) ou baseado na composição própria da empresa. Posteriormente à

discriminação dos custos diretos, são definidos os custos indiretos. Neste momento,

são calculadas as equipes de trabalho, tanto técnicas como de suporte, e verificadas

as despesas gerais da obra.

Posteriormente, são cotados os preços de mercado para cada insumo

envolvido na composição unitária, tanto os de despesa direta como indireta. Ainda

nesta etapa, devem ser definidos os encargos sociais e trabalhistas aplicados sobre

a mão-de-obra que são direito do trabalhador.

2.6.3 DETERMINAÇÃO DO PREÇO

Nesta última etapa da orçamentação, é decidida a lucratividade desejada,

considerando condições como risco do empreendimento e concorrência. Também,

sobre os custos diretos é aplicado o BDI para diluir o custo que não está explícito. Por

fim, para melhor a condição econômica do orçamento, pode ser realizado o

desbalanceamento da planilha, através da atribuição diferente do BDI para cada item

da planilha, ou seja, não linear. O desbalanceamento é realizado já que possibilita o

acréscimo do preço dos serviços iniciais e decréscimo do preço dos serviços finais.

2.7 LEVANTAMENTO DE QUANTITATIVOS

O levantamento de quantitativos constitui uma das etapas mais significativa

para a elaboração de um orçamento uma vez que a precisão do custo final está

intimamente relacionada à correta quantidade de serviços e materiais. Dias (2011)

ressalta a necessidade do conhecimento do responsável técnico em relação à todos

os serviços elaborados. Além disso, para que o levantamento tenha precisão e

coerência, é imprescindível a análise minuciosa dos projetos, especificações técnicas

e suas plantas construtivas.

Conforme Mattos (2006), por demandar leitura e interpretação dos projetos,

diversos cálculos e busca por informações, a etapa do levantamento de quantitativos

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é uma das que demanda maior conhecimento do orçamentista. Assim, a quantificação

necessita ser baseada em desenhos fornecidos pelo projetista, utilizando dimensões

definidas e os detalhes técnicos, por meio de documentação das memórias de cálculo

empregada.

“O processo de levantamento das quantidades de cada material deve sempre

deixar uma memória de cálculo fácil de ser manipulada, a fim de que as

contas possam ser conferidas por outra pessoa e que uma mudança de

características ou dimensões do projeto não acarrete um segundo

levantamento completo. Em vista disso, são normalmente usados formulários

padronizados para cada empresa.” (Mattos, 2006)

Conforme Badra (2012), “realizar leituras numéricas, colocando valores

aleatórios à medida que for quantificando os projetos é o caminho ao caos.” O autor

afirma que o levantamento de quantitativos deve ser realizado de maneira sistemática

uma vez que, caso não for elaborado dessa forma, os valores serão desorganizados

e com entendimento complexo para terceiros, somente sendo compreendidos pelo

orçamentista.

Tisaka (2006) define que o levantamento das quantidades pode ser extraído

tanto de forma manual como através de programas de computação dos projetos

básicos ou executivos. É fundamental que os dados coletados sejam armazenados

em planilhas ou documentos auxiliares por meio de memórias de cálculo, de maneira

organizada, a fim de permitir a conferência dos valores se necessário.

Para Sabol (2008), o levantamento manual dos quantitativos é passível de erros

humanos já que depende totalmente do conhecimento e atenção do orçamentista,

além de ser um método que demanda muito tempo para realização. A extração de

quantidades, segundo o autor, pode demandar 50 a 80% do tempo de um

orçamentista em determinado projeto. Além disso, está sujeito a grandes imprecisões

no custo final.

O orçamentista deve se atentar à dimensão que cada serviço está inserido para

que seu levantamento seja coerente, podendo ser em dimensão linear tais como

rodapés ou tubulações, de área ou volumétrica e, até mesmo, de peso, que engloba

armação e estruturas metálicas, ou adimensionais que são tratados como verba, como

postes ou portões. Badra (2012) ressalta a importância da padronização das unidades

para que a fase posterior à quantificação não demande mais trabalho. Assim, é

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interessante e indicado que um mesmo serviço ou peça possua sempre a mesma

unidade.

O levantamento de quantidades de armações, por exemplo, é contabilizado em

unidade de peso de aço, conforme o projeto estrutural. Normalmente, o projeto contém

uma tabela com comprimentos, bitolas e suas respectivas quantidades. Usualmente,

alguns projetistas aumentam em 10% o peso total para contabilizar as prováveis

perdas existentes nesse caso, as perdas não devem ser inseridas da composição de

custos.

Para o serviço de alvenaria, que é quantificado em termos de área de parede a

ser construída, é necessário a fragmentação em relação a todos os insumos

necessários para sua edificação, ou seja, quantidade de blocos e argamassa. É

imprescindível a correta extração desse quantitativo já que servirá de base para outros

serviços, tais como chapisco, emboço, reboco, pintura e azulejos, conforme Mattos

(2006). A área de alvenaria é levantada baseada na planta baixa e cortes da

edificação. Ainda, é necessário atentar para as regras em relação às aberturas

conforme sua área, o que influencia em desprezar ou não o vão.

Segundo Mattos (2006), inicialmente, o orçamentista deve buscar informações

a respeito dos critérios de medição e pagamento utilizado pelo cliente, além de atentar

para as especificações técnicas e projetos para que o quantitativo seja coerente com

o real. Um item que deve ser levado em conta são as perdas que incontrolavelmente

ocorrem devido à carga e descarga malfeitas, armazenagem em local impróprio,

manuseio e transporte inapropriados ou, até mesmo, roubo. Assim, para cada serviço

uma porcentagem a mais deve ser considerada conforme experiência e estudo do

orçamentista.

O levantamento de quantitativos realizado manualmente está muito suscetível

a erros humanos uma vez que depende do conhecimento do orçamentista em relação

as técnicas adotadas. Assim, para um mesmo serviços, diferentes orçamentistas não

necessariamente calculam um valor equivalente. Considerando esse item, não há

certeza e exatidão na quantificação de uma edificação se realizado dessa maneira e,

consequentemente, no custo final.

Além do mais, é fundamental que exista uma memória de cálculo para que não

seja realizado um novo levantamento de quantitativos caso necessário uma

conferência. No entanto, sabe-se que é inviável a anotação de todos os cálculos

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realizados. Por essas razões, surge a tecnologia BIM para auxílio no levantamento de

quantitativos, que pode contemplar essas lacunas deixadas por outros métodos.

Segundo Pereira (2017), foram encontradas algumas dificuldades no

levantamento de quantitativos com a utilização de BIM para um futuro orçamento, tais

como, a falta de divisão da extração de quantitativos de forma detalhada. Assim,

apenas foi permitida a geração de uma previsão de custos, não um orçamento

analítico por etapas da obra, como é utilizado por profissionais do ramo.

Além disso, ocorreram incompatibilidades entre as unidades extraídas do

software e as que podem ser utilizadas para composição de custo. Ainda, por possuir

falta de informação em relação aos materiais e acabamentos utilizados, foi feita a

modelagem de forma genérica, sem a definição dos materiais detalhados. Sendo

assim, para este trabalho, foram observadas essas considerações, anteriormente à

modelagem para que a extração de quantitativos fosse utilizada para elaboração de

um orçamento analítico e futuro planejamento da obra.

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3 BUILDING INFORMATION MODEL

A plataforma BIM está sendo inserida na construção civil como a grande

tecnologia para inovação desse mercado através da melhor gestão e integração de

projetos, anteriormente ao processo executivo em si. Eastman et al. (2014) caracteriza

BIM como uma tecnologia de modelagem juntamente com processos associados que

resultam na produção, comunicação e análise de modelos da construção.

Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), BIM é

definido como um conjunto de políticas, processos e tecnologias, que quando unidos

constituem uma metodologia para projetar, que permite que a modelagem da

edificação, através do armazenamento de dados e troca de informações, prevendo o

desempenho da obra durante todo o seu ciclo de vida. Além disso, possibilita que os

métodos atuais sejam realizados de outras formas, ou seja, que as técnicas baseadas

em documentos passem a ser baseadas em modelos.

Conforme a National Building Information Modeling Standard (NBIMS, 2007),

BIM pode ser compreendido como um produto, uma ferramenta ou um processo. No

que se refere à modelagem do projeto, é tratada como um produto. Em questão de

softwares que fazem a criação, associação e extração de informações do modelo da

edificação, é vista como ferramenta. Já se tratando das informações referentes à todo

ciclo de vida da edificação, é definida como um processo.

A mudança da concepção de projetos CAD para o BIM se dá de forma gradual

uma vez que essa passagem necessita de uma modificação na filosofia de trabalho.

Os projetos passam a ser não apenas desenhos independentes, mas sim, desenhos

associados à informação.

“Elaborar um projeto em uma plataforma BIM significa ter todas as

informações e documentações do projeto concentradas em um único arquivo

ou em arquivos linkados, sendo que, neste caso, as informações são

gerenciadas por um arquivo principal. Já no método tradicional, na ferramenta

CAD, são gerados diversos arquivos isolados correspondendo aos

entregáveis.” (Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura – RS,

2015)

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3.1 BENEFÍCIOS E CLASSIFICAÇÃO DO BIM

Apesar de nem todos os benefícios do uso do BIM estarem sendo aplicados

atualmente no mercado da Arquitetura e Engenharia, a plataforma possui uma lista de

contribuições positivas para desenvolvimento deste mercado e também redução

considerável de custo, se utilizada de forma potencializada. Campestrini (2015) cita

que a tecnologia está sendo reconhecida apenas como uma ferramenta para

desenvolvimento de projetos e não como uma metodologia do mercado.

“Isso acontece sobretudo porque vê-se BIM exclusivamente como um

“desenho 3D”, ou “um software”, negligenciando o que tange a mudança dos

processos e pessoas. Pensando BIM apenas como um software teremos

basicamente os ganhos ao enviarmos à obra um projeto totalmente

compatibilizado (acredita-se assim em uma redução de 2% a 5% de custos),

ao passo que se BIM for entendido como uma mudança de processo

(envolvendo mudanças de cultura, hábito e pessoas) teremos inúmeros

projetos para uma única edificação, sendo possível reduções de custo

potencialmente 10 vezes maiores.” (Campestrini, 2015)

O CBIC listou alguns benefícios que o BIM proporciona, tais como:

a) O modelo 3D possibilita que seja visualizado todo o projeto inclusive as

percepções de interferências entre eles, favorecendo a compreensão do

desenho. Como o BIM utilizada um banco de dados, qualquer

modificação em um projeto ou planta, será alterado automaticamente em

todos os demais;

b) O ensaio da obra no computador permite que sejam estudadas todas as

etapas e atividades previstas da obra anteriormente à construção real,

além de realizar testes dos métodos construtivos, auxiliando na previsão

de erros e tomada de decisões antecipadamente, garantindo maior

qualidade e menores problemas, “surpresas” e riscos;

c) A extração de quantitativos de serviços e materiais assegura rapidez e

precisão nos valores obtidos, sendo que quanto maior o nível de detalhe

do projeto, melhor a classificação das quantidades, facilitando o

processo de planejamento;

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d) A análise e simulação de desempenho e comportamento da edificação

é característica inovadora do BIM tais como, simulações estruturais,

térmicas, luminotécnicas, energéticas, entre outras;

e) A detecção automática das interferências entre os sistemas, conhecida

como clash detection, que permite a previsão de incompatibilidades que

somente seriam visualizadas no momento da execução;

f) Como os objetos possuem dados próprios, eles se ajustam

automaticamente às modificações de projeto, que garante documentos

mais consistentes e íntegros;

g) Permite a execução de projetos mais complexos, não somente em

relação às características construtivas, mas também, em relação à

prazos pequenos, logísticas complicadas e coordenação simultânea de

diferentes frentes de trabalho;

h) A montagem de materiais pré-fabricados pode ser ensaiada

anteriormente, eliminando possíveis erros e interferências no modelo,

garantindo confiabilidade e previsibilidade do projeto, a fim de tornar a

construção civil mais industrializada;

i) A vantagem do uso de tecnologia captura pode ser efetivada através do

BIM já que as informações são analisadas e combinadas para investigar

modificações e executar simulações;

j) A aderência ao BIM eleva à confiabilidade e assertividade dos projetos,

o que evidencia que as empresas sejam conhecidas por investir na

inovação e liderança, melhorando sua perspectiva no mercado e essa

consciência está crescendo em diversos países no mundo;

k) A “construtibilidade” que permite que modelos complexos sejam

simulados e estudados através da associação da construção virtual com

a detecção das interferências e o planejamento 4D, que proporciona não

somente que sejam solucionados os conflitos físicos mas também

determinados os cursos das atividades;

l) Através de recursos como iluminação, sombreamento e introdução de

contextos são produzidas imagens renderizadas com qualidade e

definição elevadas, que é um recurso introduzido na própria modelagem

BIM;

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m) A percepção intuitiva e facilitada das diferentes versões do projeto

através de códigos de cores para objetos que tenham sido modificados,

excluídos ou incluídos;

n) A fim de garantir as condições mínimas de segurança para os

profissionais de manutenção, o modelo permite que sejam consideradas

as medidas do ser humano com uso de ferramentas para acesso nas

instalações em condições ideais;

o) A compilação de informações dos componentes do modelo para

determinação de atributos comuns, tal como a empresa contratada para

o serviço, auxiliando na programação e controle das atividades e

equipes envolvidas;

p) Existe a possibilidade de rastreamento e controle dos componentes que

constituem o modelo, que permite a visualização e extração de relatórios

de determinado elemento desde que as informações tenham sido

agregadas;

q) A utilização de uma base de dados para garantir que se tenham

informações para os processos de manutenções, operação e gestão,

após a conclusão da edificação;

r) Alguns dados podem ser extraídos do modelo BIM e empregados em

equipamentos de fabricação automática para produção de objetos mais

precisos e melhor aproveitados;

s) Uma só pessoa pode realizar e conferir a locação e níveis da obra,

através de equipamentos adequados, utilizando dados anteriormente

agregados ao modelo.

Os benefícios da utilização da plataforma BIM são perceptíveis desde a

concepção do projeto, passando pela execução da obra e se conservando durante

sua manutenção, ou seja, toda a vida útil da edificação. Diversas são as classificações

utilizadas para as diferentes dimensões que a plataforma pode atingir, sendo elas do

BIM 3D ao 6D, conforme cada utilização. Conforme Campestrini (2015), “Quanto mais

dimensões tiver o modelo, maiores serão os tipos de informações passíveis de serem

modeladas a partir deles, tornando as tomadas de decisão mais complexas e

acertadas.”

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3.1.1 BIM 3D

Mattos (2014) caracteriza este modelo como a consolidação dos projetos

tridimensionalmente associado a todos os elementos fundamentais, em um mesmo

ambiente virtual. Também cita que nessa dimensão, é onde são detectados as

inconsistências entre os projetos, sendo antecipados os erros que seriam ocasionados

no momento da execução.

3.1.2 BIM 4D

Segundo Mattos (2014), no BIM 4D as informações estão relacionadas ao

cronograma da obra, sendo possível a visualização do avanço físico da edificação.

Campestrini (2015) acrescenta que podem ser atribuídas informações de prazos tais

como, produtividade e quantidade de equipes e a sequência construtiva adotada.

Assim, possíveis atrasos podem ser previstos nessa etapa do projeto.

3.1.3 BIM 5D

“No BIM 5D agrega-se a dimensão custo ao modelo tridimensional. Cada

elemento do projeto passa a ter vinculação a dados de custo”, afirma Mattos (2014).

O autor acrescenta que toda alteração no projeto é atualizada automaticamente no

orçamento. Conforme Campestrini (2015), os elementos podem ser atrelados à custo

com mão-de-obra, material, equipamentos e, até mesmo, despesas indiretas. Assim,

pode ser obtido custo das atividades da obra juntamente com a curva ABC e os itens

de maior custo da edificação.

3.1.4 BIM 6D

Mattos (2014) explica o BIM 6D como o gerenciamento do ciclo de vida útil da

edificação. Para ele, nessa dimensão, pode se ter o monitoramento da garantia dos

equipamentos, controle de manutenções, dados de fabricantes e fornecedores, custo

das operações e memória fotográfica.

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Para o estudo deste trabalho, será abordado o BIM 5D em que o projeto está

vinculado ao custo da edificação através do levantamento de quantitativos pela

plataforma. Conforme Eastman et al. (2014), quanto maior o nível de detalhamento do

projeto, maior a exatidão e rapidez do levantamento de quantitativos em relação aos

espaços e materiais. Além de beneficiar para um orçamento físico-financeiro melhor

segmentado e mais minucioso, a modelagem do projeto bem detalhada auxilia para

que o cronograma possua uma divisão mais criteriosa.

3.2 EMPREGO DO BIM NA ORÇAMENTAÇÃO

A utilização do BIM, como mostrado anteriormente, é uma ferramenta que pode

potencializar o desenvolvimento da construção civil através dos seus inúmeros

benefícios, e apenas utilizando poucos deles, já se pode ter um ganho considerável,

tanto de tempo como monetário. Campestrini (2015) cita que mesmo utilizando

apenas o modelo 3D para compatibilização de projetos e extração dos quantitativos,

as vantagens do BIM já são perceptíveis e motiva os usuários a buscarem por

melhorias contínuas. Assim, em relação à orçamentação, a plataforma atua,

principalmente, em relação ao levantamento de quantitativos precisos e com maior

rapidez.

Através de um modelo bem projetado e com um nível de detalhamento

adequado, é possível a extração das quantidades mais hierarquizada que auxilia tanto

no processo da orçamentação quanto no planejamento da execução, uma vez que o

objetivo principal do levantamento de custo é obtenção de um orçamento analítico e

não apenas uma estimativa de custo. Segundo Eastman et al. (2014), é mais viável a

tomada de decisões que relacionam custos com maior grau de informações através

do uso do BIM que quando comparado ao sistema fundamentado em papel. Conforme

o autor, quanto mais desenvolvido o projeto, maior precisão do orçamento, uma vez

que, inicialmente, o valor é estimado pelo custo unitário por metro quadrado.

Apesar da tecnologia BIM apresentar inúmeras vantagens, ainda é necessário

que o orçamentista avalie as condições que impactam no custo. Eastman et al. (2014)

indica três métodos para o auxílio no levantamento de quantitativos, sendo função do

profissional saber identificar de que forma a plataforma pode potencializar suas tarefas

uma vez que a tecnologia não permite que todos os processos sejam realizados

automaticamente.

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a) Exportar quantitativos para um software de orçamentação: Algumas

ferramentas de software oferecem a extração e quantificação dos

objetos do modelo através do BIM. Os dados obtidos podem ser

extraídos para planilhas ou bancos de dados externos. Para que os

dados das planilhas e do quantitativo sejam compatíveis, tal como

unidade de medida, o modelo deve seguir um padrão pré-estabelecido.

b) Conectar diretamente a ferramenta BIM ao software de orçamentação:

É possível a conexão via plug-in da ferramenta BIM aos dados de

orçamentação através de regras criadas pelo próprio orçamentista

baseados nas propriedades do sistema ou informar manualmente os

dados não extraídos no modelo. Podem ser incluídos dados de mão-de-

obra, materiais, equipamentos, tempo que podem auxiliar no

planejamento da obra.

c) Utilizar ferramenta BIM para levantamento de quantitativos: Pode ser

usada uma ferramenta específica para o levantamento de quantidades,

sendo que o profissional não necessita aprender os recursos contidos

no BIM. A ferramenta importa as informações do modelo de acordo com

a necessidade do orçamentista.

Segundo Badra (2012), quando se trata de BIM, ao se finalizar o projeto em 3D,

pode ser considerado que está “construído virtualmente”. Sendo assim, todas as

peças já se encontram estabelecidas com seu determinado material, e quando

levantados os quantitativos, todos os valores serão indicados conforme suas

características. Porém, para que o levantamento de quantidades e o orçamento sejam

compatíveis, é interessante adequar as unidades para cada serviço em relação à

unidade contida no custo unitário da planilha orçamentária.

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4 METODOLOGIA

4.1 DESCRIÇÃO DO PROJETO

Primeiramente, este trabalho foi realizado de forma a estudar os conceitos e

vantagem da prática orçamentária na construção civil, com foco na extração de

quantitativos. Ainda, foi analisado que esse processo necessita demandar menos

tempo para possuir maior eficiência. A fim de justificar a escolha do tema foram

confrontadas diversas interpretações e percepções de autores.

Além da orçamentação, foi estudado o Building Information Model (BIM),

através dos seus conceitos, benefícios e maiores usos na construção civil,

principalmente na extração de quantitativos e, consequentemente, nos orçamentos.

Para o estudo foram utilizados livros, artigos, dissertações, normas, entre outros.

Após a revisão bibliográfica em relação à orçamentação e BIM, propõe-se um

estudo de caso a fim de analisar a eficiência ou não da plataforma BIM na extração

de quantitativos do projeto. Posteriormente foi executada uma planilha orçamentária

baseada no SINAPI e TCPO, com os valores extraídos. Para isso, foi escolhido uma

edificação multifamiliar cedida por uma arquiteta de São Borja – RS, modelado no

software Revit da Autodesk.

Figura 1 – Imagem 3D edificação multifamiliar

Fonte: Cláudia Pinto, Arquiteta de São Borja/RS

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O edifício multifamiliar possui dois pavimentos, sendo que cada um deles

possui dois apartamentos. Cada apartamento é constituído por hall de entrada,

estar/jantar, cozinha/área de serviço, dois dormitórios, sendo um suíte, dois banheiros

e circulação, e uma vaga de garagem nos fundos do terreno. As imagens 2, 3 e 4

mostram a representação gráfica do edifício e suas elevações.

A edificação foi construída em alvenaria estrutural e possui 266,44 m²

distribuídos nos dois pavimentos. Cada apartamento é constituído por 52,21 m² e a

obra foi construída em um terreno de 384 m². A projetista disponibilizou as plantas,

cortes e memorial descritivo para o estudo. Como se trata de uma edificação já

construída, os materiais e suas especificações são conhecidos e foram considerados.

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Figura 2 – Planta baixa pavimento térreo

Fonte: Cláudia Pinto, Arquiteta de São Borja/RS

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Figura 3 – Planta baixa pavimento superior

Fonte: Cláudia Pinto, Arquiteta de São Borja/RS

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Figura 4 – Elevações

Fonte: Cláudia Pinto, Arquiteta de São Borja/RS

4.2 LEVANTAMENTO DE QUANTITATIVOS

O levantamento de quantitativos foi realizado utilizando a tecnologia BIM,

através do software Revit da Autodesk. O projeto foi devidamente modelado e

inseridas as especificações dos materiais tal como foram utilizados na edificação

construída. A fim de obter um orçamento analítico, as especificações foram inseridas

de forma a obter o levantamento das quantidades por pavimento e por tipo de

elemento. Assim, o orçamento realizado pode ser empregado em um futuro

planejamento da obra conforme o valor monetário disponível para cada período que

se deseja gerenciar.

Para a realização do estudo, somente alguns itens foram escolhidos para

obtenção do seu respectivo quantitativo, tais como, revestimento interno e externo,

pintura interna e externa, pisos, revestimentos cerâmicos, cobertura, alvenaria e

concreto das lajes e escada.

4.3 ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO

A planilha orçamentária foi elaborada no software Excel e as composições

unitárias dos tópicos escolhidos retiradas do SINAPI/RS, com Setembro como mês de

referência, e TCPO. Como o levantamento de quantitativos foi realizado por pavimento

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e os revestimentos externos por pano da fachada, essa mesma divisão foi aplicada

para obtenção do custo destes itens.

O orçamento foi dividido em custo unitário e total para mão de obra e material,

através da quantidade do item, obtendo, por fim, o custo total do serviço. Os valores

dos insumos foram extraídos do SINAPI/RS e, também, através de uma pesquisa de

mercado para os itens de maior importância para o orçamento.

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5 RESULTADOS

Após a modelagem da edificação no software Revit, foram obtidas planilhas

com os quantitativos dos itens escolhidos, que foram extraídas para o software Excel

e utilizadas no orçamento. Todos os itens foram quantificados em metros quadrados

e metros cúbicos a fim de facilitar que as unidades fossem compatíveis com a

composição unitária. As informações foram agrupadas nas tabelas 1 e 2.

Tabela 1 – Levantamento de quantitativos de materiais (continua)

QUANTITATIVO DE MATERIAIS

TIPO QUANTIDADE

COMENTÁRIOS m² m³

COBERTURA

Bloco Estrutural 121.04 18.16 COBERTURA

Chapisco Externo 36.48 0.11 COBERTURA

Chapisco Interno 121.04 0.30 COBERTURA

Concreto Viga 3.64 0.15 COBERTURA

Emboço Externo 36.48 0.73 COBERTURA

Emboço Interno 121.08 2.42 COBERTURA

Laje Concreto 137.11 23.31 COBERTURA

Pintura Externa 69.16 0.00 INTERIOR PLATIBANDA

Pintura Externa 48.41 0.00 COBERTURA

Reboco Externo 36.48 0.07 COBERTURA

Reboco Interno 121.09 0.31 COBERTURA

Laje Concreto 14.46 1.74 RESERVATÓRIO

Laje Concreto 14.75 1.77 TOPO RESERVATÓRIO

Madeira Estrutura 3.34 0.06 TESOURA

Telha 120.83 12.08 TELHA

ESCADA

Concreto 17.22 0.00 ESCADA

Piso Cerâmico 20.26 0.10 ESCADA

FACHADA LESTE

Chapisco Externo 100.80 0.30 FACHADA LESTE

Emboço Externo 101.01 2.02 FACHADA LESTE

Pintura Externa 104.25 0.00 FACHADA LESTE

Reboco Externo 101.03 0.20 FACHADA LESTE

FACHADA NORTE

Chapisco Externo 56.72 0.17 FACHADA NORTE

Emboço Externo 57.12 1.13 FACHADA NORTE

Pintura Externa 61.37 0.00 FACHADA NORTE

Reboco Externo 56.95 0.11 FACHADA NORTE

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40

(continua)

QUANTITATIVO DE MATERIAIS

TIPO QUANTIDADE

COMENTÁRIOS m² m³

FACHADA OESTE

Chapisco Externo 150.75 0.45 FACHADA OESTE

Emboço Externo 151.37 3.02 FACHADA OESTE

Pintura Externa 165.20 0.00 FACHADA OESTE

Reboco Externo 151.39 0.30 FACHADA OESTE

FACHADA SUL

Chapisco Externo 56.69 0.17 FACHADA SUL

Emboço Externo 57.09 1.13 FACHADA SUL

Pintura Externa 61.34 0.00 FACHADA SUL

Reboco Externo 56.92 0.11 FACHADA SUL

FUNDAÇÕES

Concreto Viga Baldrame 185.78 11.89 FUNDAÇÃO

PINTURA

Pintura Interna 621.36 0.00 PAREDE

Pintura Interna 225.86 0.00 TETO

PAVIMENTO TIPO

Alvenaria de Vedação 10.27 1.03 SUPERIOR

Azulejo Cerâmico 81.47 0.41 SUPERIOR

Alvenaria Estrutural 252.24 31.79 SUPERIOR

Chapisco Interno de Parede 393.15 1.18 SUPERIOR

Chapisco Interno de Teto 81.62 0.16 SUPERIOR

Concreto Viga 3.64 0.15 SUPERIOR

Contrapiso 110.03 4.37 SUPERIOR

Emboço Interno de Parede 393.15 7.33 SUPERIOR

Emboço Interno de Teto 81.62 0.82 SUPERIOR

Forro Gesso Acartonado 32.25 0.40 SUPERIOR

Laje Concreto 128.40 8.99 SUPERIOR

Piso Cerâmico - Circulação 4.6 0.02 SUPERIOR

Piso Cerâmico - WC 14.68 0.07 SUPERIOR

Piso Cerâmico - Hall 5.92 0.03 SUPERIOR

Porcelanato 84.53 0.42 SUPERIOR

Reboco Interno de Parede 311.68 0.60 SUPERIOR

Reboco Interno de Teto 81.62 0.24 SUPERIOR

PAVIMENTO TÉRREO

Alvenaria de Vedação 10.27 1.03 TÉRREO

Azulejo Cerâmico 81.47 0.41 TÉRREO

Alvenaria Estrutural 252.24 31.78 TÉRREO

Chapisco Interno de Parede 391.15 1.17 TÉRREO

Chapisco Interno do teto 76.74 0.15 TÉRREO

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(conclusão)

QUANTITATIVO DE MATERIAIS

TIPO QUANTIDADE

COMENTÁRIOS m² m³

Contrapiso 120.58 4.79 TÉRREO

Emboço Interno de Parede 391.15 7.29 TÉRREO

Emboço Interno de Teto 76.74 0.77 TÉRREO

Forro Gesso Acartonado 32.25 0.40 TÉRREO

Laje Concreto 123.72 9.97 TÉRREO

Piso Cerâmico - CIRCULAÇÃO 4.60 0.02 TÉRREO

Piso Cerâmico - HALL 7.63 0.04 TÉRREO

Piso Cerâmico - WC 14.68 0.07 TÉRREO

Piso Porcelanato 84.53 0.42 TÉRREO

Reboco Interno de Parede 296.26 0.59 TÉRREO

Reboco Interno de Teto 76.74 0.23 TÉRREO

Piso Cerâmico 9.37 0.05 ÁREA DE LUZ

Fonte: Autora

Uma vez que durante a extração de quantitativos, o software desconta

totalmente os vãos, foram extraídas as quantidades e dimensões das aberturas e com

a utilização do software Excel, calculado o perímetro das mesmas. Assim, utilizou-se

o valor do perímetro como requadro para o serviço de reboco a fim de facilitar o cálculo

das aberturas.

Tabela 2 – Levantamento de quantitativos de aberturas

QUANTITATIVO PORTAS E JANELAS

QUANT. COMP. ALTURA PERÍMETRO PERÍMETRO TOTAL DESCRIÇÃO

4 1,5 1,2 5,40 21,60 Janela simples de alumínio e vidro

4 1,65 1,2 5,70 22,80 Janela simples de alumínio e vidro

8 0,8 0,6 2,80 22,40 Janela simples de alumínio e vidro

8 1,0 1,0 4,00 32,00 Janela simples de alumínio e vidro

4 2,0 1,2 6,40 25,60 Janela simples de alumínio e vidro

1 1,2 1,2 4,80 4,80 Janela simples de alumínio e vidro

1 1,2 1,2 4,80 4,80 Janela simples de alumínio e vidro

4 0,7 2,1 4,90 19,60 Porta de correr de madeira

8 0,8 2,1 5,00 40,00 Porta de abrir de madeira

4 0,7 2,1 4,90 19,60 Porta de abrir de madeira

5 0,9 2,1 5,10 25,50 Porta de abrir de madeira

1 0,8 2,0 4,80 4,80 Porta de abrir de madeira

TOTAL = 243,50 Fonte: Autora

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Com a utilização dos valores levantados, foi elaborada a planilha de

orçamentação e escolhidas as composições unitárias condizentes com os serviços

realizados em obra, já que a edificação escolhida já foi construída. Não foram

encontradas dificuldades em relação às unidades dos itens extraídos do quantitativo

e sua respectiva composição unitária, ou seja, foi possível estimar o custo de todos

os serviços escolhidos, seja através do SINAPI ou TCPO. As composições unitárias e

o custo dos insumos se encontram nos Anexos A e B, respectivamente.

A elaboração do orçamento foi realizada pensando em um futuro planejamento

de obra uma vez que foi fragmentado em função do sequenciamento dos serviços

executados, sendo eles: infraestrutura, supraestrutura, alvenaria, pavimentação,

revestimento e pintura. Assim, possibilita o conhecimento do custo de cada serviço

para material, mão-de-obra e custo final. Além disso, conforme cada item é executado,

foi feita uma subdivisão em pavimentos ou, no caso do revestimento das fachadas,

por pano de fachada, para saber o valor que necessita ser desembolsado para cada

etapa da obra, permitindo um maior controle e planejamento sobre os serviços.

Tabela 3 – Orçamento dos serviços

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PLANILHA ORÇAMENTÁRIA

Obra: RESIDENCIAL PIRATINI Data: Local: SÃO BORJA - RS Revisão: R00 Área (m²):

266,44

ITEM DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS QUANT. UNID. M.O. UNIT. MAT. UNIT. PREÇO UNIT. M.O. TOTAL MAT. TOTAL TOTAL

1 INFRAESTRUTURA R$ - R$ 4.001,53 R$ 4.001,53

1.1 Concreto Viga Baldrame 11,89 m³ 0,00 336,55 R$ 336,55 R$ - R$ 4.001,53 R$ 4.001,53

2 SUPRAESTRUTURA R$ 198,88 R$ 7.369,64 R$ 7.568,52

2.1 LAJES R$ 198,88 R$ 7.369,64 R$ 7.568,52

2.1.1 Concreto Laje Térreo 9,97 m³ 0,00 336,55 R$ 336,55 R$ - R$ 3.355,36 R$ 3.355,36

2.1.2 Concreto Laje 2º Pavimento 8,99 m³ 0,00 336,55 R$ 336,55 R$ - R$ 3.025,55 R$ 3.025,55

2.1.3 Concreto Laje Reservatório 1,74 m³ 56,34 280,09 R$ 336,43 R$ 98,03 R$ 487,36 R$ 585,39

2.1.4 Concreto Laje Topo

Reservatório 1,79 m³ 56,34 280,09 R$ 336,43 R$ 100,85 R$ 501,36 R$ 602,21

2.2 ESCADA R$ - R$ - R$ -

2.2.1 Concreto Escada 0,00 m³ 0,00 336,55 R$ 336,55 R$ - R$ - R$ -

3 ALVENARIA R$ 99.947,13 R$ 124.366,18 R$ 224.313,31

3.1 TÉRREO R$ 40.588,35 R$ 50.478,00 R$ 91.066,35

3.1.1 Alvenaria 20cm 252,24 m² 154,62 192,84 R$ 347,45 R$ 39.000,44 R$ 48.640,70 R$ 87.641,14

3.1.2 Alvenaria 15cm 10,27 m² 154,62 178,90 R$ 333,52 R$ 1.587,91 R$ 1.837,30 R$ 3.425,21

3.2 2º PAVIMENTO R$ 40.588,35 R$ 50.478,00 R$ 91.066,35

3.2.1 Alvenaria 20cm 252,24 m² 154,62 192,84 R$ 347,45 R$ 39.000,44 R$ 48.640,70 R$ 87.641,14

3.2.2 Alvenaria 15cm 10,27 m² 154,62 178,90 R$ 333,52 R$ 1.587,91 R$ 1.837,30 R$ 3.425,21

3.3 COBERTURA R$ 18.770,43 R$ 23.410,17 R$ 42.180,60

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PLANILHA ORÇAMENTÁRIA

Obra: RESIDENCIAL PIRATINI Data: Local: SÃO BORJA - RS Revisão: R00 Área (m²):

266,44

ITEM DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS QUANT. UNID. M.O. UNIT. MAT. UNIT. PREÇO UNIT. M.O. TOTAL MAT. TOTAL TOTAL

3.3.1 Alvenaria 20cm 121,40 m² 154,62 192,84 R$ 347,45 R$ 18.770,43 R$ 23.410,17 R$ 42.180,60

4 COBERTURA R$ 1.144,60 R$ 3.671,77 R$ 4.816,37

4.1 Tesouras 3,34 m² 5,91 0,21 R$ 6,11 R$ 19,72 R$ 0,70 R$ 20,42

4.2 Telhas 120,83 m² 9,31 30,38 R$ 39,69 R$ 1.124,88 R$ 3.671,07 R$ 4.795,95

5 PAVIMENTAÇÃO R$ 6.152,23 R$ 13.311,19 R$ 19.463,42

5.1 TÉRREO R$ 3.011,62 R$ 6.476,46 R$ 9.488,07

5.1.1 Contrapiso 120,81 m² 4,93 4,00 R$ 8,93 R$ 595,42 R$ 483,65 R$ 1.079,07

5.1.2 Piso Cerâmico - WC 14,68 m² 20,00 43,86 R$ 63,86 R$ 293,60 R$ 643,86 R$ 937,46

5.1.3 Piso Cerâmico - Circulação 4,60 m² 20,00 43,86 R$ 63,86 R$ 92,00 R$ 201,76 R$ 293,76

5.1.4 Piso Cerâmico - Hall 7,63 m² 20,00 43,86 R$ 63,86 R$ 152,60 R$ 334,65 R$ 487,25

5.1.5 Piso Cerâmico - Área de Luz 9,37 m² 20,00 43,86 R$ 63,86 R$ 187,40 R$ 410,97 R$ 598,37

5.1.6 Piso Porcelanato 84,53 m² 20,00 52,07 R$ 72,07 R$ 1.690,60 R$ 4.401,56 R$ 6.092,16

5.2 2º PAVIMENTO R$ 2.735,41 R$ 5.946,13 R$ 8.681,54

5.2.1 Contrapiso 109,73 m² 4,93 4,00 R$ 8,93 R$ 540,81 R$ 439,30 R$ 980,11

5.2.2 Piso Cerâmico - WC 14,68 m² 20,00 43,86 R$ 63,86 R$ 293,60 R$ 643,86 R$ 937,46

5.2.3 Piso Cerâmico - Circulação 4,60 m² 20,00 43,86 R$ 63,86 R$ 92,00 R$ 201,76 R$ 293,76

5.2.4 Piso Cerâmico - Hall 5,92 m² 20,00 43,86 R$ 63,86 R$ 118,40 R$ 259,65 R$ 378,05

5.2.5 Piso Porcelanato 84,53 m² 20,00 52,07 R$ 72,07 R$ 1.690,60 R$ 4.401,56 R$ 6.092,16

5.3 ESCADA R$ 405,20 R$ 888,60 R$ 1.293,80

5.3.1 Piso Cerâmico - Escada 20,26 m² 20,00 43,86 R$ 63,86 R$ 405,20 R$ 888,60 R$ 1.293,80

6 REVESTIMENTO R$ 52.421,82 R$ 4.500,00 R$ 56.921,82

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PLANILHA ORÇAMENTÁRIA

Obra: RESIDENCIAL PIRATINI Data: Local: SÃO BORJA - RS Revisão: R00 Área (m²):

266,44

ITEM DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS QUANT. UNID. M.O. UNIT. MAT. UNIT. PREÇO UNIT. M.O. TOTAL MAT. TOTAL TOTAL

6.1 TÉRREO R$ 16.668,39 R$ 2.221,67 R$ 18.890,06

6.1.1 Chapisco Parede 391,15 m² 2,17 0,01 R$ 2,18 R$ 848,40 R$ 2,50 R$ 850,91

6.1.2 Emboço Parede 391,15 m² 13,01 0,09 R$ 13,10 R$ 5.090,43 R$ 33,80 R$ 5.124,22

6.1.3 Reboco Parede 434,68 m² 15,00 0,01 R$ 15,01 R$ 6.520,20 R$ 2,28 R$ 6.522,48

6.1.4 Revestimento Cerâmico 81,47 m² 20,00 14,23 R$ 34,23 R$ 1.629,40 R$ 1.159,64 R$ 2.789,04

6.1.5 Chapisco Teto 76,74 m² 5,42 0,01 R$ 5,43 R$ 416,12 R$ 0,49 R$ 416,61

6.1.6 Emboço Teto 76,74 m² 15,18 0,09 R$ 15,27 R$ 1.165,14 R$ 6,68 R$ 1.171,82

6.1.7 Reboco Teto 76,74 m² 13,01 0,01 R$ 13,02 R$ 998,69 R$ 0,40 R$ 999,10

6.1.8 Revestimento em Gesso 32,25 m² 0,00 31,50 R$ 31,50 R$ - R$ 1.015,88 R$ 1.015,88

6.2 2º PAVIMENTO R$ 16.795,32 R$ 2.222,31 R$ 19.017,63

6.2.1 Chapisco Parede 393,15 m² 2,17 0,01 R$ 2,18 R$ 852,74 R$ 2,52 R$ 855,26

6.2.2 Emboço Parede 393,15 m² 13,01 0,09 R$ 13,10 R$ 5.116,45 R$ 33,97 R$ 5.150,42

6.2.3 Reboco Parede 430,18 m² 15,00 0,01 R$ 15,01 R$ 6.452,70 R$ 2,26 R$ 6.454,96

6.2.4 Revestimento Cerâmico 81,47 m² 20,00 14,23 R$ 34,23 R$ 1.629,40 R$ 1.159,64 R$ 2.789,04

6.2.5 Chapisco Teto 81,62 m² 5,42 0,01 R$ 5,43 R$ 442,58 R$ 0,52 R$ 443,11

6.2.6 Emboço Teto 81,62 m² 15,18 0,09 R$ 15,27 R$ 1.239,24 R$ 7,10 R$ 1.246,34

6.2.7 Reboco Teto 81,62 m² 13,01 0,01 R$ 13,02 R$ 1.062,20 R$ 0,43 R$ 1.062,63

6.2.8 Revestimento em Gesso 32,25 m² 0,00 31,50 R$ 31,50 R$ - R$ 1.015,88 R$ 1.015,88

6.3 COBERTURA R$ 5.945,07 R$ 17,57 R$ 5.962,63

6.3.1 Chapisco 179,16 m² 2,17 0,01 R$ 2,18 R$ 388,60 R$ 1,15 R$ 389,74

6.3.2 Emboço 179,16 m² 13,01 0,09 R$ 13,10 R$ 2.331,59 R$ 15,48 R$ 2.347,07

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PLANILHA ORÇAMENTÁRIA

Obra: RESIDENCIAL PIRATINI Data: Local: SÃO BORJA - RS Revisão: R00 Área (m²):

266,44

ITEM DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS QUANT. UNID. M.O. UNIT. MAT. UNIT. PREÇO UNIT. M.O. TOTAL MAT. TOTAL TOTAL

6.3.3 Reboco 179,16 m² 18,00 0,01 R$ 18,01 R$ 3.224,88 R$ 0,94 R$ 3.225,82

6.4 FACHADAS R$ 13.013,05 R$ 38,45 R$ 13.051,50

6.4.1 FACHADA NORTE R$ 2.036,44 R$ 6,02 R$ 2.042,46

6.4.1.1 Chapisco 61,37 m² 2,17 0,01 R$ 2,18 R$ 133,11 R$ 0,39 R$ 133,50

6.4.1.2 Emboço 61,37 m² 13,01 0,09 R$ 13,10 R$ 798,67 R$ 5,30 R$ 803,97

6.4.1.3 Reboco 61,37 m² 18,00 0,01 R$ 18,01 R$ 1.104,66 R$ 0,32 R$ 1.104,98

6.4.2 FACHADA SUL R$ 2.035,45 R$ 6,01 R$ 2.041,46

6.4.2.1 Chapisco 61,34 m² 2,17 0,01 R$ 2,18 R$ 133,05 R$ 0,39 R$ 133,44

6.4.2.2 Emboço 61,34 m² 13,01 0,09 R$ 13,10 R$ 798,28 R$ 5,30 R$ 803,58

6.4.2.3 Reboco 61,34 m² 18,00 0,01 R$ 18,01 R$ 1.104,12 R$ 0,32 R$ 1.104,44

6.4.3 FACHADA LESTE R$ 3.459,33 R$ 10,22 R$ 3.469,55

6.4.3.1 Chapisco 104,25 m² 2,17 0,01 R$ 2,18 R$ 226,12 R$ 0,67 R$ 226,79

6.4.3.2 Emboço 104,25 m² 13,01 0,09 R$ 13,10 R$ 1.356,71 R$ 9,01 R$ 1.365,72

6.4.3.3 Reboco 104,25 m² 18,00 0,01 R$ 18,01 R$ 1.876,50 R$ 0,55 R$ 1.877,05

6.4.4 FACHADA OESTE R$ 5.481,83 R$ 16,20 R$ 5.498,03

6.4.4.1 Chapisco 165,20 m² 2,17 0,01 R$ 2,18 R$ 358,32 R$ 1,06 R$ 359,38

6.4.4.2 Emboço 165,20 m² 13,01 0,09 R$ 13,10 R$ 2.149,91 R$ 14,27 R$ 2.164,19

6.4.4.3 Reboco 165,20 m² 18,00 0,01 R$ 18,01 R$ 2.973,60 R$ 0,87 R$ 2.974,47

7 PINTURA R$ 13.347,00 R$ 6.994,71 R$ 15.846,26

7.1 TÉRREO/2º PAVIMENTO R$ 5.083,32 R$ 3.417,26 R$ 8.500,58

7.1.1 Pintura Paredes - dois andares 621,36 m² 6,00 4,03 R$ 10,03 R$ 3.728,16 R$ 2.506,26 R$ 6.234,42

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PLANILHA ORÇAMENTÁRIA

Obra: RESIDENCIAL PIRATINI Data: Local: SÃO BORJA - RS Revisão: R00 Área (m²):

266,44

ITEM DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS QUANT. UNID. M.O. UNIT. MAT. UNIT. PREÇO UNIT. M.O. TOTAL MAT. TOTAL TOTAL

7.1.2 Pintura Teto - dois andares 225,86 m² 6,00 4,03 R$ 10,03 R$ 1.355,16 R$ 911,01 R$ 2.266,17

7.2 COBERTURA R$ 1.989,12 R$ 861,11 R$ 2.850,23

7.2.1 Pintura 179,16 m² 8,00 3,46 R$ 11,46 R$ 1.433,28 R$ 620,48 R$ 2.053,76

7.2.2 Pintura - Interior da platibanda 69,48 m² 8,00 3,46 R$ 11,46 R$ 555,84 R$ 240,63 R$ 796,47

7.3 FACHADAS R$ 3.137,28 R$ 1.358,17 R$ 4.495,45

7.3.1 FACHADA NORTE R$ 490,96 R$ 212,54 R$ 703,50

7.3.1.1 Pintura 61,37 m² 8,00 3,46 R$ 11,46 R$ 490,96 R$ 212,54 R$ 703,50

7.3.2 FACHADA SUL R$ 490,72 R$ 212,44 R$ 703,16

7.3.2.1 Pintura 61,34 m² 8,00 3,46 R$ 11,46 R$ 490,72 R$ 212,44 R$ 703,16

7.3.3 FACHADA LESTE R$ 834,00 R$ 361,05 R$ 1.195,05

7.3.3.1 Pintura 104,25 m² 8,00 3,46 R$ 11,46 R$ 834,00 R$ 361,05 R$ 1.195,05

7.3.4 FACHADA OESTE R$ 1.321,60 R$ 572,14 R$ 1.893,74

7.3.4.1 Pintura 165,20 m² 8,00 3,46 R$ 11,46 R$ 1.321,60 R$ 572,14 R$ 1.893,74

M.O. TOTAL MAT. TOTAL TOTAL FINAL

R$ 173.211,67 R$ 164.215,01 R$ 332.931,23

R$/m² M.O. R$/m² MAT. R$/m² TOTAL

R$ 650,10 R$ 616,33 R$ 1.249,55

Fonte: Autora

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Durante a elaboração do orçamento, foi possível analisar que ocorreram falhas

na modelagem, uma vez que, como mostrado na planilha de quantitativos, alguns

itens que deveriam possuir o mesmo valor, apresentaram valores diferentes, no

entanto, esses valores eram muito semelhantes. Para solução deste problema, foi

utilizado o maior valor para o levantamento de custo para todos os serviços

envolvidos. Esse foi o caso do revestimento externo das fachadas, que foram

encontrados valores diferentes de quantitativo para os serviços de chapisco, emboço,

reboco e pintura. Porém, para o orçamento foi padronizado e utilizado o maior valor

entre os quatro itens.

Além do revestimento externo, algumas conferências foram utilizadas para os

serviços de pavimentação e revestimento interno. O quantitativo de contrapiso foi

utilizado na planilha de orçamentação através da soma de todos os pisos. Para o

reboco interno, foi descontada área de azulejos levantada pelo software do emboço

interno que foi padronizado com o chapisco. Apesar de ser necessário realizar

algumas modificações nos valores extraídos do software que são utilizadas por

profissionais para conferência do orçamento, as quantias encontradas são próximas

às definidas pelo Revit.

De forma que a edificação modelada já foi construída, tem-se a informação que

as portas do residencial são de madeira já pintada e as janelas de alumínio. Sendo

assim, como o software desconta todos os vãos no quantitativo, foi considerado o

requadro para o reboco, ou seja, foi acrescido duas vezes o perímetro de todas as

aberturas na medida de reboco interno a fim de facilitar os cálculos para o custo do

reboco dos vãos.

5.1 VANTAGENS

Aplicando o software Revit para levantamento de quantitativos, foram

encontradas inúmeras vantagens e facilidades para realização deste serviço, que é

um avanço em relação ao levantamento manual feito por diversos profissionais e

empresas. Como citado anteriormente, algumas inconsistências listadas por Pereira

(2017) foram consideradas e contornadas durante a modelagem de maneira que este

estudo avançasse no uso da ferramenta BIM para orçamentação.

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Uma das vantagens encontradas é a otimização de tempo em relação ao

levantamento manual de quantidades e garantia da conferência dos valores

encontrados. Assim, a modificação em um elemento acarreta mudança imediata no

quantitativo, não sendo necessária uma nova medição por não demandar uma

memória de cálculo de cada elemento.

Como foi determinado que a extração de todos os quantitativos ocorresse em

unidade de área e volume, foram encontradas todas as composições unitárias dos

serviços no SINAPI ou TCPO, em relação a unidades.

Ainda, por se tratar se uma edificação já existente, se tinha informação de todos

materiais e acabamentos utilizados durante a obra, permitindo que a modelagem

fosse realizada com todos os elementos. Sendo assim, montou-se uma planilha de

orçamento analítico por etapas de execução dos serviços, uma vez que o modelo foi

previsto para extrair os quantitativos detalhadamente.

5.2 DESVANTAGENS

Uma das desvantagens é a não exatidão dos valores extraídos de quantitativos,

sendo necessária uma conferência e algumas modificações. No entanto, pode-se

afirmar que se trata de um problema de modelagem, não relacionada ao software

utilizado. É importante que se tenha cuidado durante a criação do modelo para que as

quantidades de cada elemento sejam exatas. Além disso, o valor extraído para o

concreto da escada em unidade de volume foi zero, não sendo possível repassar para

a planilha orçamentária.

Apesar da mudança de algum elemento acarretar modificação imediata do

quantitativo no software, para a elaboração do orçamento é necessária a extração da

planilha. Então, para cada mudança uma nova extração é necessária para atualização

do orçamento e futuro planejamento da obra.

Notou-se que, como software não prevê a forma em que são contados os

serviços, todas as aberturas foram descontadas nos serviços que envolvem as

mesmas, no caso, os revestimentos. Sendo assim, foi necessária a utilização do

requadro para inserir os vãos no cálculo do reboco, já que as mesmas não necessitam

pintura. Foi escolhido o cálculo dessa forma para facilitar o trabalho e ser uma técnica

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para os profissionais que necessitam a fim de que não seja gerada uma nova planilha

somente para este quesito. O requadro foi computado usando o conceito de metro

linear de reboco aplicado no perímetro das aberturas. Assim, não foi necessário

descontar área de algumas aberturas e acrescentar área de revestimento.

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6 CONCLUSÃO

As empresas da construção civil necessitam, cada vez mais, serem

competitivas no mercado de trabalho, através do aumento dos lucros nos

empreendimentos. Assim, o levantamento de quantitativos e a orçamentação são

etapas imprescindíveis para que sejam alcançados os resultados esperados, desde

que gerados com precisão.

No entanto, por se tratar de um processo que demanda tempo e, muitas vezes,

é impreciso, por ser realizado de forma manual, o levantamento de quantitativos se

torna ineficiente e, consequentemente, o orçamento também, acarretando lucros

imprevisíveis. Sendo assim, para inovar e modificar a maneira de pensar e projetar,

surge o Building Information Model (BIM), que auxilia o processo da extração de

quantitativos.

Foi realizado um estudo de caso partindo de um projeto de um edifício

multifamiliar, na cidade de São Borja/RS, modelado no software Revit. Por se tratar

de uma edificação já existente, se tinha conhecimento relacionado aos materiais

utilizados, sendo que todas essas informações foram inseridas no modelo. Alguns

parâmetros foram escolhidos para que fosse feita a extração dos quantitativos em

unidade de área e volume.

A seguir, através dos valores do levantamento de quantitativos, foi elaborada

uma planilha orçamentária, utilizando as composições unitárias do SINAPI e TCPO, e

os valores dos insumos determinados pelos mesmos e por uma pesquisa de mercado.

Sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo mostrar a eficiência da

aplicação da tecnologia BIM para auxílio na elaboração de orçamento através do

levantamento de quantitativos. No entanto, para que o orçamento possa ser utilizado

em um futuro planejamento da obra, é necessário que a modelagem seja pensada em

etapas da obra a fim de que a extração de quantitativos seja dessa maneira.

O BIM tem a competência de reduzir a variabilidade e o tempo para levantar

quantidades, além de permitir que a modificação no projeto resulte em uma mudança

automática no quantitativo. Ainda, permite que sejam conferidos os valores

imediatamente, sem necessidade de memórias de cálculo.

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A partir deste trabalho, fica evidenciado que a tecnologia BIM está pronta para

ser inserida no mercado uma vez que não foram encontradas desvantagens

relevantes em relacionadas ao seu uso. Através dos itens escolhidos para extração

de quantitativos, foram encontradas todas as composições unitárias adequadas.

No entanto, algumas desvantagens foram identificadas relacionadas à falha na

modelagem, sendo imprescindível o papel do orçamentista. Alguns valores

necessitaram ser conferidos e readequados, porém muito próximos ao valor extraído.

Além disso, é necessária a extração para o software Excel para que seja realizado o

orçamento, sendo esse processo ainda manual, a integração com softwares

específicos de orçamento seriam de um ganho considerável.

Conclui-se, então, que os objetivos desse estudo foram atingidos, uma vez que

se mostrou que a tecnologia BIM está pronta para ser inserida no mercado para

otimização e precisão do processo de orçamentação.

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REFÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12721: Avaliação de custos unitários de construção para incorporação imobiliária e outras disposições para condomínios edifícios – Procedimento. Rio de Janeiro, 2006. 91p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS ESCRITÓRIOS DE ARQUITETURA. Caderno Técnico AsBEA-RS: Migração BIM. 1. ed. Porto Alegre: AsBEA, 2015. 2 v. 105p. BADRA, P. A. L. Guia Prático do Orçamento de Obras. Do escalímetro ao BIM. 266p. BAETA, A. P. Orçamento e Controle de Preços de Obras Públicas. 1. ed. São Paulo: PINI, 2012. 456p. CAMPESTRINI, T. F. Entendendo BIM: Uma visão do projeto de construção sob o foco da informação. 1. ed. Curitiba, 2015. 120p. CATELANI, W. S. 10 Motivos para evoluir com BIM. Brasília, DF: Câmara Brasileira da Indústria da Construção, 2016. 26p. CATELANI, W. S. Fundamentos BIM. Brasília, DF: Câmara Brasileira da Indústria da Construção, 2016a. 1 v. (Coletânea implementação do BIM para construtoras e incorporadoras). 119p. CATELANI, W. S. Implementação BIM. Brasília, DF: Câmara Brasileira da Indústria da Construção, 2016b. 2 v. (Coletânea implementação do BIM para construtoras e incorporadoras). 69p. CATELANI, W. S. Colaboração e integração BIM. Brasília, DF: Câmara Brasileira da Indústria da Construção, 2016c. 3 v. (Coletânea implementação do BIM para construtoras e incorporadoras). 127p. COÊLHO, R. S. A. Orçamento de Obras Prediais. 1. ed. São Paulo: UEMA Ed., 2001. 206p. DIAS, P. R. V. Engenharia de custos: uma metodologia de orçamentação para obras civis. 9 ed. Rio de Janeiro: Sindicato dos editores de livros, 2011. 219p. EASTMAN, C. et al. Manual de BIM: um guia de modelagem da informação da construção para arquitetos, engenheiros, gerentes, construtores e incorporadores. 2008. Tradução Cervantes Gonçalves Ayres Filho et al. Porto Alegre: Bookman Editora, 2014. 483p. GOLDMAN, P. Introdução ao Planejamento e Controle de Custos na Construção Civil. 2. ed. São Paulo: PINI, 1986. 125p.

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LIMMER, C. V. Planejamento, orçamentação e controle de projetos e obras. Rio de Janeiro: LCT, 1997. MATTOS, A. D. Como preparar orçamentos de obras: dicas para orçamentistas, estudos de caso, exemplos. 1. ed. São Paulo: PINI, 2006. 281p. MATTOS, A. D. BIM 3D, 4D, 5D e 6D. 2014. Blogs PINIweb. Disponível em: < http://blogs.pini.com.br/posts/Engenharia-custos/bim-3d-4d-5d-e-6d-335300-1.aspx>. Acesso em: 24 outubro 2017. SABOL, L. Challenges in Cost Estimating with Building Information Modeling. 2008. PEREIRA, N. F. Tecnologia BIM aplicada no levantamento de quantitativos. Santa Maria, 2017. PINI. TCPO: tabelas de composição de preços para orçamentos. 14. ed. São Paulo, 2012. TISAKA, M. Orçamento na construção civil. 1. ed. São Paulo: PINI, 2006. 367p.

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ANEXO A

Azulejo com mão-de-obra empreitada Componentes Unid. Consumo Preço Imposto Total Total Geral Unid.

m² MO MDO Empreitada para azulejos m² 1,00 R$ 20,00 0% R$ 20,00 162,94 m²

MT Azulejo Cerâmico m² 1,10 R$ 10,90 0% R$ 11,99 179,23 m²

MT Argamassa pré-fabricada kg 4,40 R$ 0,51 0% R$ 2,24 716,94 kg

SOMA R$ 34,23

Contrapiso traço 1:4, preparo mecânico, esp. 2cm Componentes Unid. Consumo Preço Imposto Total Total Geral Unid.

m² MO Pedreiro h 0,29 R$ 12,30 0% R$ 3,57 66,86 h

MO Servente h 0,15 R$ 9,39 0% R$ 1,36 33,43 h

MT Cimento Portland Composto CP II-32 kg 0,50 R$ 0,53 0% R$ 0,27 115,27 kg

MT Aditivo adesivo líquido l 0,44 R$ 8,50 0% R$ 3,70 100,28 l

MT Argamassa traço 1:4, prep. Mecânico m³ 0,03 R$ 1,32 0% R$ 0,04 7,15 m³

SOMA R$ 8,93

Piso porcelanato Componentes Unid. Consumo Preço Imposto Total Total Geral Unid.

m² MT Porcelanato polido 30x30cm m² 1,19 R$ 39,90 0% R$ 47,48 201,18 m²

MO MDO Empreitada para porcelanato m² 1,00 R$ 20,00 0% R$ 20,00 169,06 m²

MT Argamassa pré-fabricada p/ porcelanato kg 9,00 R$ 0,51 0% R$ 4,59 1521,54 kg

SOMA R$ 72,07

Piso cerâmico Componentes Unid. Consumo Preço Imposto Total Total Geral Unid.

m² MT Piso Cerâmico m² 1,19 R$ 33,00 0% R$ 39,27 97,27 m²

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MT Argamassa pré-fabricada p/ cerâmica kg 9,00 R$ 0,51 0% R$ 4,59 735,66 kg

MO MDO Empreitada para cerâmica m² 1,00 R$ 20,00 0% R$ 20,00 81,74 m²

SOMA R$ 63,86

Chapisco Parede e=5mm Componentes Unid. Consumo Preço Imposto Total Total Geral Unid.

m² MO Pedreiro h 0,10 R$ 12,30 0% R$ 1,23 135,56 h

MO Servente h 0,10 R$ 9,39 0% R$ 0,94 135,56 h

MT Argamassa cimento/areia traço 1:3 m³ 0,01 R$ 1,28 0% R$ 0,01 6,78 m³

SOMA R$ 2,18

Emboço Parede e=20mm Componentes Unid. Consumo Preço Imposto Total Total Geral Unid.

m² MO Pedreiro h 0,60 R$ 12,30 0% R$ 7,38 813,37 h

MO Servente h 0,60 R$ 9,39 0% R$ 5,63 813,37 h

MT Argamassa cimento/cal/areia traço 1:2:8 m³ 0,02 R$ 4,32 0% R$ 0,09 27,11 m³

SOMA R$ 13,10

Reboco Interno Parede e=5mm Componentes Unid. Consumo Preço Imposto Total Total Geral Unid.

m² MO MDO Empreitada para reboco interno m² 1,00 R$ 15,00 0% R$ 15,00 864,86 m²

MT Argamassa cal/areia traço 1:2 m³ 0,01 R$ 1,05 0% R$ 0,01 4,32 m³

SOMA R$ 15,01

Pintura Interna, tinta látex PVA, duas demãos Componentes Unid. Consumo Preço Imposto Total Total Geral Unid.

m² MO MDO Empreitada para pintura interna m² 1,00 R$ 6,00 0% R$ 6,00 847,22 m²

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MT Selador base PVA para pintura látex l 0,12 R$ 9,50 0% R$ 1,14 101,67 l

MT Lixa para superfície unid 0,25 R$ 0,66 0% R$ 0,17 211,81 unid

MT Tinta látex PVA l 0,17 R$ 16,05 0% R$ 2,73 144,03 l

SOMA R$ 10,03

Reboco externo Componentes Unid. Consumo Preço Imposto Total Total Geral Unid.

m² MO MDO Empreitada para reboco externo m² 1,00 R$ 18,00 0% R$ 18,00 571,32 m²

MT Argamassa cal/areia traço 1:2 m³ 0,01 R$ 1,05 0% R$ 0,01 2,86 m³

SOMA R$ 18,01

Pintura Externa, tinta látex acrílica, duas demãos Componentes Unid. Consumo Preço Imposto Total Total Geral Unid.

m² MO MDO Empreitada para pintura externa m² 1,00 R$ 8,00 0% R$ 8,00 640,80 m²

MT Líquido preparador de superfície l 0,12 R$ 0,92 0% R$ 0,11 76,90 l

MT Aguarrás mineral l 0,05 R$ 34,79 0% R$ 1,74 32,04 l

MT Lixa para superfície unid 0,25 R$ 0,66 0% R$ 0,17 160,20 unid

MT Tinta látex acrílica l 0,17 R$ 8,52 0% R$ 1,45 108,94 l

SOMA R$ 11,46

Forro de gesso acartonado Componentes Unid. Consumo Preço Imposto Total Total Geral Unid.

m² MT Forro de gesso m² 1,00 R$ 31,50 0% R$ 31,50 64,50 m²

SOMA R$ 31,50

Estrutura de madeira para telha de fibrocimento Componentes Unid. Consumo Preço Imposto Total Total Geral Unid.

m² MO Ajudante de carpinteiro h 0,38 R$ 9,39 0% R$ 3,57 1,27 h

MO Carpinteiro h 0,19 R$ 12,30 0% R$ 2,34 0,63 h

MT Prego 18x27 com cabeça kg 0,01 R$ 8,73 0% R$ 0,07 0,03 kg

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MT Madeira m³ 0,01 R$ 16,39 0% R$ 0,14 0,03 m³

SOMA R$ 6,11

Chapisco teto e=5mm Componentes Unid. Consumo Preço Imposto Total Total Geral Unid.

m² MO Pedreiro h 0,25 R$ 12,30 0% R$ 3,08 39,59 h

MO Servente h 0,25 R$ 9,39 0% R$ 2,35 39,59 h

MT Argamassa cimento/areia traço 1:3 m³ 0,01 R$ 1,28 0% R$ 0,01 0,79 m³

SOMA R$ 5,43

Emboço Teto e=20mm Componentes Unid. Consumo Preço Imposto Total Total Geral Unid.

m² MO Pedreiro h 0,70 R$ 12,30 0% R$ 8,61 110,85 h

MO Servente h 0,70 R$ 9,39 0% R$ 6,57 110,85 h

MT Argamassa cimento/cal/areia traço 1:2:9 m³ 0,02 R$ 4,35 0% R$ 0,09 3,17 m³

SOMA R$ 15,27

Reboco Teto e=5mm Componentes Unid. Consumo Preço Imposto Total Total Geral Unid.

m² MO Pedreiro h 0,60 R$ 12,30 0% R$ 7,38 95,02 h

MO Servente h 0,60 R$ 9,39 0% R$ 5,63 95,02 h

MT Argamassa cal/areia traço 1:2 m³ 0,01 R$ 1,05 0% R$ 0,01 0,79 m³

SOMA R$ 13,02

Alvenaria portante 14x19x39cm Componentes Unid. Consumo Preço Imposto Total Total Geral Unid.

m² MO Pedreiro h 6,57 R$ 12,30 0% R$ 80,81 4112,03 h

MO Servente h 7,86 R$ 9,39 0% R$ 73,81 4919,42 h

MT Areia média m³ 0,09 R$ 57,50 0% R$ 5,18 56,33 m³

MT Cal hidratada CH III kg 8,50 R$ 0,69 0% R$ 5,87 5319,98 kg

MT Cimento Portland Composto CP II-32 kg 27,50 R$ 0,53 0% R$ 14,58 17211,70 kg

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MT Bloco cerâmico estrutural 14x19x39 unid 92,90 R$ 1,80 0% R$ 167,22 58144,25 unid

SOMA R$ 347,45

Alvenaria vedação 14x19x39cm Componentes Unid. Consumo Preço Imposto Total Total Geral Unid.

m² MO Pedreiro h 6,57 R$ 12,30 0% R$ 80,81 134,95 h

MO Servente h 7,86 R$ 9,39 0% R$ 73,81 161,44 h

MT Areia média m³ 0,09 R$ 57,50 0% R$ 5,18 1,85 m³

MT Cal hidratada CH III kg 8,50 R$ 0,69 0% R$ 5,87 174,59 kg

MT Cimento Portland Composto CP II-32 kg 27,50 R$ 0,53 0% R$ 14,58 564,85 kg

MT Bloco cerâmico vedação 14x19x39 unid 92,90 R$ 1,65 0% R$ 153,29 1908,17 unid

SOMA R$ 333,52

Concreto estrutural dosado em central Componentes Unid. Consumo Preço Imposto Total Total Geral Unid.

m³ MT Concreto fck 25MPa m³ 1,05 R$320,52 0% R$ 336,55 32,39 m³

SOMA R$ 336,55

Concreto estrutural dosado em obra Componentes Unid. Consumo Preço Imposto Total Total Geral Unid.

m³ MO Servente h 6,00 R$ 9,39 0% R$ 56,34 21,18 h

MT Areia média m³ 0,83 R$ 57,50 0% R$ 47,61 2,92 m³

MT Brita 1 m³ 0,84 R$ 45,00 0% R$ 37,62 2,95 m³

MT Cimento Portland Composto CP II-32 kg 367,00 R$ 0,53 0% R$ 194,51 1295,51 kg

MT Betoneira elétrica hprod 0,31 R$ 1,15 0% R$ 0,35 1,08 hprod

SOMA R$ 336,43

Cobertura com telha fibrocimento Componentes Unid. Consumo Preço Imposto Total Total Geral Unid.

m² MO Ajudante de telhadista h 0,72 R$ 9,39 0% R$ 6,76 87,00 h

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MO Telhadista h 0,24 R$ 10,62 0% R$ 2,55 29,00 h

MT Parafuso galvanizado 8x85mm unid 0,64 R$ 0,49 0% R$ 0,31 77,33 unid

MT Telha fibrocimento e=8mm m² 1,06 R$ 28,14 0% R$ 29,83 128,08 m²

MT Conjunto vedação elástica unid 0,64 R$ 0,07 0% R$ 0,04 77,33 unid

MT Fixador de aba unid 0,31 R$ 0,63 0% R$ 0,20 37,46 unid

SOMA R$ 39,69

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ANEXO B

Categoria Insumo Preço Unit. Unid. Quant. Preço Total % % Acumulada

Mat. De Construção Bloco cerâmico estrutural 14x19x39 R$ 1,80 unid 58144,25 R$ 104.659,65 31,44% 31,44%

Mão-de-Obra Pedreiro R$ 12,30 h 5508,23 R$ 67.751,20 20,35% 51,79%

Mão-de-Obra Servente R$ 9,39 h 6329,86 R$ 59.437,40 17,85% 69,64%

Mão-de-Obra MDO Empreitada para reboco interno R$ 15,00 m² 864,86 R$ 12.972,90 3,90% 73,54%

Mat. De Construção Concreto fck 25MPa R$ 320,52 m³ 32,39 R$ 10.382,44 3,12% 76,65%

Mão-de-Obra MDO Empreitada para reboco externo R$ 18,00 m² 571,32 R$ 10.283,76 3,09% 79,74%

Mat. De Construção Cimento Portland Composto CP II-32 R$ 0,53 kg 19187,33 R$ 10.169,28 3,05% 82,80%

Mat. De Construção Porcelanato polido 30x30cm R$ 39,90 m² 201,18 R$ 8.027,14 2,41% 85,21%

Mão-de-Obra MDO Empreitada para pintura externa R$ 8,00 m² 640,80 R$ 5.126,40 1,54% 86,75%

Mão-de-Obra MDO Empreitada para pintura interna R$ 6,00 m² 847,22 R$ 5.083,32 1,53% 88,27%

Mat. De Construção Cal Hidratada CH III R$ 0,69 kg 5494,57 R$ 3.791,25 1,14% 89,41%

Mat. De Construção Telha fibrocimento e=8mm R$ 28,14 m² 128,08 R$ 3.604,17 1,08% 90,50%

Mat. De Construção Areia Média R$ 57,50 m³ 61,10 R$ 3.513,29 1,06% 91,55%

Mão-de-Obra MDO Empreitada para porcelanato R$ 20,00 m² 169,06 R$ 3.381,20 1,02% 92,57%

Mão-de-Obra MDO Empreitada para azulejos R$ 20,00 m² 162,94 R$ 3.258,80 0,98% 93,55%

Mat. De Construção Piso Cerâmico R$ 33,00 m² 97,27 R$ 3.209,93 0,96% 94,51%

Mat. De Construção Bloco cerâmico vedação 14x19x39 R$ 1,65 unid 1908,17 R$ 3.148,47 0,95% 95,46%

Mat. De Construção Tinta látex PVA R$ 16,05 l 144,03 R$ 2.311,64 0,69% 96,15%

Mat. De Construção Forro de gesso R$ 31,50 m² 64,50 R$ 2.031,75 0,61% 96,76%

Mat. De Construção Azulejo Cerâmico R$ 10,90 m² 179,23 R$ 1.953,65 0,59% 97,35%

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Categoria Insumo Preço Unit. Unid. Quant. Preço Total % % Acumulada

Mão-de-Obra MDO Empreitada para cerâmica R$ 20,00 m² 81,74 R$ 1.634,80 0,49% 97,84%

Mat. De Construção Aguarrás mineral R$ 34,79 l 32,04 R$ 1.114,67 0,33% 98,17%

Mat. De Construção Selador base PVA para pintura látex R$ 9,50 l 101,67 R$ 965,83 0,29% 98,46%

Mat. De Construção Tinta látex acrílica R$ 8,52 l 108,94 R$ 928,13 0,28% 98,74%

Mat. De Construção Aditivo adesivo líquido R$ 8,50 l 100,28 R$ 852,42 0,26% 99,00%

Mão-de-Obra Ajudante de telhadista R$ 9,39 h 87,00 R$ 816,91 0,25% 99,24%

Mat. De Construção Argamassa pré-fabricada p/ porcelanato R$ 0,51 kg 1521,54 R$ 775,99 0,23% 99,48%

Mat. De Construção Argamassa pré-fabricada p/ cerâmica R$ 0,51 kg 735,66 R$ 375,19 0,11% 99,59%

Mat. De Construção Argamassa pré-fabricada R$ 0,51 kg 716,94 R$ 365,64 0,11% 99,70%

Mão-de-Obra Telhadista R$ 10,62 h 29,00 R$ 307,97 0,09% 99,79%

Mat. De Construção Lixa para superfície R$ 0,66 unid 372,01 R$ 245,52 0,07% 99,86%

Mat. De Construção Brita 1 R$ 45,00 m³ 2,95 R$ 132,80 0,04% 99,90%

Mat. De Construção Argamassa cimento/cal/areia traço 1:2:8 R$ 4,32 m³ 27,11 R$ 117,13 0,04% 99,94%

Mat. De Construção Líquido preparador de superfície R$ 0,92 l 76,90 R$ 70,74 0,02% 99,96%

Mat. De Construção Parafuso galvanizado 8x85mm R$ 0,49 unid 77,33 R$ 37,89 0,01% 99,97%

Mat. De Construção Fixador de aba R$ 0,63 unid 37,46 R$ 23,60 0,01% 99,98%

Mat. De Construção Argamassa cimento/cal/areia traço 1:2:9 R$ 4,35 m³ 3,17 R$ 13,78 0,00% 99,98%

Mão-de-Obra Ajudante de Carpinteiro R$ 9,39 h 1,27 R$ 11,92 0,00% 99,99%

Mat. De Construção Argamassa cimento/areia traço 1:3 R$ 1,28 m³ 7,57 R$ 9,69 0,00% 99,99%

Mat. De Construção Argamassa traço 1:4, prep. Mecânico R$ 1,32 m³ 7,15 R$ 9,43 0,00% 99,99%

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Categoria Insumo Preço Unit. Unid. Quant. Preço Total % % Acumulada

Mat. De Construção Argamassa cal/areia traço 1:2 R$ 1,05 m³ 7,97 R$ 8,37 0,00% 100,00%

Mão-de-Obra Carpinteiro R$ 12,30 h 0,63 R$ 7,81 0,00% 100,00%

Mat. De Construção Conjunto vedação elástica R$ 0,07 unid 77,33 R$ 5,41 0,00% 100,00%

Mat. De Construção Betoneira elétrica R$ 1,15 hprod 1,08 R$ 1,24 0,00% 100,00%

Mat. De Construção Madeira R$ 16,39 m³ 0,03 R$ 0,47 0,00% 100,00%

Mat. De Construção Prego 18x27 com cabeça R$ 8,73 kg 0,03 R$ 0,23 0,00% 100,00%