Upload
leoiri
View
226
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
8/10/2019 Barroco de la Levedad - Andrs Snchez Robaina
1/7
Q u i n s e h a d e p o n e r c o n t i g
a fu e rz a , l i e mp o l i g c ro V
OP I )K V K G A
R R O C
L E V E D D
l he c h o de qu e
una ya casi fuer
t e o , c u a n d o m e
n o s ,
c a da ve z
m s c a u d a l o s a
c o r r i e n t e t e r i c o - c r t i c a
t ienda a ver en dis t intos fe
nme nos de l a c u l t u r a de nue s t r o t i e mpo l a e xpr e s i n de un
e sp r i t u ne oba r r oc o c ons t i t uye e n s mi smo un f e nme no
d e organizacin del consenso p r op i a de un a c i e r t a i ndus t r i a
c u l t u r a l de nue s t r a poc a y de sus c ompor t a mi e n t os i n t e l e c
t u a l e s ' .
E n e f e c t o : s e t r a t a de un f e nme no que , e n v i r t ud
de su p r oc e so de e xpa ns i n a t r a v s de l os mass-media, h a
pue s t o e n c i r c u l a c i n un t r mi no , ne oba r r oc o , que c o r r e
e l pe l igro de conver t i r se , como tantos ot ros hoy da , en una
p a l a b r a h u e r a . N o p u e d o e n t r a r a q u e n u n e x a m e n p o r m e
nor i z a do de l a h i s t o r i a de un c onc e p t o que v i e ne goz a ndo
de una c r e c i e n t e a c e p t a c i n c r t i c a . M i p r ops i t o e s a hor a
m s mode s t o , y r e f e r i do t a n s l o a l a e xpr e s i n h t e r a r i a ; un
t e r r e no e n e l que , c i e r t a me n t e , l a noc i n de ne oba r r oc o
pose e a l me nos e n e spa o l una s i gn i f i c a t i va y no pe que
a his tor ia par t icula r .
E n e l mbi t o de l a l i t e r a t u r a h i sp n i c a , ha s i do S e ve r o
S a r duy , a c omi e nz os de l os a os 70 ( y s i n duda a pa r t i r de
l a s r e f l e x i one s sobr e e l Ba r r oc o r e a l i z a da s por l mi smo e n
l a d c a da a n t e r i o r ) , e l p r i me r o e n l l a ma r l a a t e nc i n a c e r c a
de c i e r t os va l o r e s p r e se n t e s e n l a nove l s t i c a h i spa noa me r i
c a na sobr e l os c ua l e s ope r a l o que e l mi smo e sc r i t o r c uba no
d e n o m i n a u n basculement ne o ba r r oc o 2 . Con e l t i e mp o , ta
les va lores (def ini tor ios de la obra nar ra t iva de l propio Sar
duy) ha n l l e ga do a s e r mi nuc i osa me n t e a na l i z a dos por
G us t a vo G ue r r e r o e n su e xc e l e n t e La estrategia neobarroca.
hbr o e n e l que podr ha l l a r s e un c ompl e t o r e c ue n t o de l a
sue r t e ( j ue e l c onc e p t o ha c o r r i do e n e spa o l , a s c omo l a
por
ANDRS SNCHEZ ROBAYNA
O D E L A d e t r m i n o s a f in e s o c o l a
te ra les con los cua les aqu l
ent ra a veces en col i s i n. *
E l c o n c e p t o d e n e o b a r r o
c o ha i do ga na ndo c a da
d a una p r ogr e s i va a c e p t a
c i n e n muy d i ve r sos t e r r i
tor ios de la c r t ica cul tura l ,
ya sea en formulac iones es
t r ic tas , ya en var iantes o en
d e r i v a c i o n e s m s o m e n o s
c e r t e r a s ( a s , pongo por c a
so , en la crtica de arte, des
de la que Renato Bar i l l i ha
h a b l a d o d e u n b a r r o c o
f ro para re fe r i r se a c ie r ta pls t ica pos t -min imal is ta ) . * En
e s t e c on t e x t o , e l l i b r o de O ma r Ca l a b r e se , La era neobarro
ca ^, ha ve n i do a c onf i r ma r y a r e l a nz a r de sde una pe r s
pe c t i va m s a mpl i a una t e nde nc i a c r t i c a que s e p r onunc i a
c on c l a r i da d e n c ua n t o a l a i n t e r p r e t a c i n de no poc os s i g
nos de l a c u l t u r a c on t e mpor ne a , v i s t a e n pa l a b r a s de
Ca l a b r e se c omo una p r d i da de l a i n t e g r i da d , de l a g l o -
ba l i da d . de l a s i s t e ma t i z a c i n o r de na da , a c a mbi o de l a i ne s
t a b i l i d a d , d e l a p o l i d i m e n s i o n a h d a d , d e l a m u t a b i h d a d ' ' .
M e p r opongo , e n l a s r e f l e x i one s que s i gue n , i n t e n t a r una
pos i b l e c a r a c t e r i z a c i n de un f e nme no no s i e mpr e b i e n de
f inido en sus manifes tac iones l i te ra r ias y, en cua lquier caso,
a b a n d o n a d o c o n f r e c u e n c i a e n e l s i m p l e e n u n c i a d o g e n e r a l
o remi t ido s in ms a los pr inc ipios de l Bar roco his tr ico, que
se da n c a s i s i e mpr e por supue s t os . S e t r a t a de bo a c l a r a r l o
de sde a hor a de una e x ge s i s de l r a sgo que , a mi ve r , m s
ne t a me n t e s e pa r a l a a c t ua l p r c t i c a de una c r e a c i n l i t e r a r i a
ne oba r r oc a de l a s e xpr e s i one s de l a c u l t u r a s e i s c e n t i s t a .
E s t o l t i m o p a r e c e e s p e c i a l m e n t e i m p o r t a n t e d e s d e e l m o
me n t o e n que , c on t r a r i a me n t e a c omo e n oc a s i one s s e ha que
r ido ver en re lac in con ot ros mbi tos c rea t ivos , la l i te ra tura
ne oba r r oc a r e t oma y r e e l a bor a e l Ba r r oc o h i s t r i c o c omo pa r
le de un reva lor izac in impl c i ta de ese per iodo cul tura l . E l
c a r c t e r ne o- ba r r oc o r e p r e se n t a e n e s t e c a so , a s pue s
ha go uso a hor a de l pe r t i ne n t e d i s t i ngo r e a l i z a do por Ca l a
b r e s e " , t a n t o una f o r ma i n t e r na de de t e r m i na da s obr a s
c on t e mpor ne a s ( ] ue ha c e n e voc a r e l Ba r r oc o c ua n t o l a r e -
1. Vid. Omar Cal
{omimieazioni di
informazione e o
ne dei consenso
Tranfaga (ed.) .h
r ino.
19 8 8 .
2 . Severo Sardu\
co y el neobarro
F e rn n d e z Mo r
Amrica Ijatina e
tura.
Mxico. 197
yo,
revisado. fi
ms tarde
8/10/2019 Barroco de la Levedad - Andrs Snchez Robaina
2/7
[ ]
L a s a na l og a s e n t r e una c i e r t a p r c t i c a l i t e r a r i a c on t e m
pornea y las expresiones ms def ini tor ias de la l i te ra tura se is-
desengao b a r r o c o
desengao i de o l g i c o ) , no
perpetuum mobile que t ra e c ons i go
N o ha y e s t a do , s i no c on t i nua mut a b i l i da d e n t o
' ^ N o me nos de c i s i vo e s un p r e c i so r a sgo c onc e p t ua l c o
t o y vue l ve t ra nspa r e n t e s sus p r op i os m e c a n i sm os c ons
se r e l a t a e l r e l a t a r, s e r e p r e se n t a l a r e p r e se n t a c i n de
c om e di a ' ( a c t i tud c uyos pa r a d i g ma s son , e n la p i n
Las meninas^
y, en l i te ra tura , e l Cer
Quijote y El retablo de las maravillas), u n a b u e n a
Performance Group
pr a c
o i na c a b a do , d i s t in t i va a su ve z de l f r a gm e n t a r i sm o
'on, i nde t e r m i na c i n , e x t r e mo s i da d , son e l e m e n t os qu e no
agotan, c ie r tamente , e l cmulo de ana logas . Se t r a ta , en e fec
to , de c a r a c t e r e s i nc l u i do e l que podr a mos l l a ma r , de ma
nera s int t ica , la apoteosis del significante, e l nfas is pu esto
e n l a ma t e r i a l i da d y e n l a suge s t i n de l s i gno ve r ba l , ba j o
l a e spe c i e de l a p r o f us i n y l a p r o l i f e r a c i n que pe r mi t e n
ha b l a r de un neoharroco no s l o e n un s e n t i d o mor f o l g i c o
s i no t a mbi n , c omo i n t e n t a r ha c e r ve r e n s e gu i da , e n un
se n t i do no me nos e s t r i c t o de c i t a d i r e c t a y de ma n i f i e s t a
r e va l o r i z a c i n de su mode l o h i s t r i c o .
D i s t i n t os t e r i c os y c r t i c os ha n ha b l a do , a p r ops i t o de
l a po t i c a de l Ba r r oc o , de una t e ns i n , de una c ons t a n t e po
l a r i da d c omo r e f l e j o de una v i s i n i n t e g r a l me n t e d r a m t i c a
de l a v i da , un e n l a c e d r a m t i c o de l a s e nsua l i da d y l a v i r
t ud , e s t o e s . l o que Ca sa l due r o l l a ma l a dua l i da d o l a po
la r idad de la Co me dia y e l Temp lo. Ta l tensin a lcan za , en
e f e c t o , e n Ce r va n t e s y e n G ngor a , e n Ca l de r n y e n Q ue ve -
d o ,
c a r a c t e r e s d r a m t i c os y osc ur os , pue s s e t r a t a de l a bs
q u e d a d e u n a a l i a n z a , d e u n a i m p o s i b l e c o n c i l i a c i n o
r e un i f i c a c i n de a mbos po l os . H e a h e l g r a ve tormento de l
e sp r i t u ba r r oc o . A e l l o s e r e f i r i e n a l guna oc a s i n Ro l a nd
Ba r t he s . e n e l c on t e x t o de una l e c t u r a ba r r oc a de T c i t o .
(;AHY STKI'HAN.
/ ' / .-1AA7' |K1A(;MKM'()|
8. Jos Antonio Maraval l , a
ultun del Barroco, Barcelo
na . I980(2 ' '
8/10/2019 Barroco de la Levedad - Andrs Snchez Robaina
3/7
[ ]
como una finalidad (imposible) del arte en el mundo del
morir angust iosamente habi tado por el hombre del Barro
co , esto es, ante la muerte a la que nadie escapa y contra
la que, sin embargo, es necesario luchar: Porque quiz sea
eso el barroco: como el tormento de una finalidad en la pro-
fisin
2.
El dramatismo o la tensin de tal designio desem
boca en la concepcin de una
gravedad
finalista del arte, de
una buscada trascendencia del objeto artstico fi-ente a las
astucias de la muerte, del tiempo y de la infinita vanidad
de todo.
En relacin con esa
gravedad
finsdista del objeto artsti
co definitorio de la cultura del siglo XVII, y dentro del mar
co de las numerosas analogas breve y sintticamente
enumeradas hace un momento, cabr a es tablecer una dife
rencia entre las actuales expresiones literarias neobarrocas
y las ms caractersticas manifestaciones del Barroco histri
co .
Si la repeticin nunca depara la completa identidad de
los elementos o rasgos reiterados (si todo, en fin, est some
tido para decirlo nuevamente con Gracin a la absoluta
mutabilidad), la diferencia opera aqu con el sentido de
una confirmacin de la prdida de la integridad que ha
sido vista, precisamente, como elemento distintivo del actual
gusto neobarroco. Para la determinacin y la caracterizacin
de este rasgo diferencial me servir de un concepto que, in
troducido por una conocida novela de Miln Kundera, ha si
do retomado como una de sus
Seis propuestas para el prximo
milenio
por el novelista y ensayista talo Calvino ^. Se trata
del primero de los valores, cualidades o especificidades
de la literatura que le fueron p articularmente caros al autor
de
Las ciudades invisibles
y que son situados por l en la
perspectiva de el milenio que est por terminar. Ese valor
no es otro, como podr recordarse, que el de la
levedad
un
concepto que en la imaginacin de Calvino colinda con el
d e
rapidez
y con el que tiene, en efecto, mucho en comn,
pero con el cual no debe ser nunca confundido.
No slo el fenmeno de la aceleracin histrica que
hoy experimentan los procesos culturales, hecho determinante
en la produccin de los objetos artsticos (y que tambin es
t en la base de la recepcin de stos), sino tambin el
ritmo o los ritmos del vivir contemporneo ante una infor
macin multiplicada hasta lo inabarcable, fenmeno deter
minante a su vez de un ritmo peculiar de fruicin esttica.
A U T E
D E I N G E N I O
T R A T A D O D E LA
A G V D E Z A .
En que fe .explican tod os los
modos ydiferencias de
ConccptQS.
P O R
Xorcn^o Gradan.
V E D I C ^ L ^
^l Principe Nmftro Seor
Con Privilegiocn Madrid orlun
Snchez Ao 1641.
AcoftadeRoben c Lorcnco Merca
der deLibros.
son datos que deben ser tenidos en cuenta en relacin con
un arte verbal que, en la renovacin de una potica de la
desmesura, de la superabundancia y el desperdicio *,
ha perdido, s i no espesor semnt ico, s al menos bu ena par
te del carcter trascendental y atormentadamente finalista de
finitorio de las producciones del Barroco histrico.
Es cierto que la suspensin barroca, la suspensin
del nimo, relacionada por su parte con el asombro ante
la desmesura y lo extremoso, y tambin con el fragmentaris-
mo de mximas y sentencias, ofrece ms de un punto de con
tacto con el valor de la
levedad
segn la concepcin d e talo
Calvino, quien en algn momento, en efecto, asocia las cuali
dades de
levedad
y
suspensin.
No menos cierto es, por otra
parte, que un buen sector de la potica barroca est consti
tuido por un pur o jueg o de formas, por una agud eza y arte
de ingenio que parece ironizar una y otra vez acerca del
drama fundador de su propia cosmovisin, pulverizando as
en un gesto autopardico, mediante eventuales fugas, no
slo esa esen cia dram tica sino tambin el constante tormento
del designio trascendentalista; sera ingenuo, en verdad, con
siderar m enos barroco el soneto gongorino titulado De una
12 . Rotand Bart
y el barroco fne
Ensayos crticos.
1 9 6 7 ,
p g . 132
de C. Pujol) .
1 3. talo Calvin
puestas para el p
nio M a d r i d
( t r aducc in de
n rdez ) .
14 . Severo Sard
generales... c i t .
8/10/2019 Barroco de la Levedad - Andrs Snchez Robaina
4/7
dama que, quitndose una sortija, se pic con un alfiler
verdadero tour de forcde un arte de ingenio Uevado hasta
insospechados lmites de virtuosismo formal'^ que el dra
ma del naufi-agio, el exilio y la dolorosa errancia del pere
grino de amor en las Soledades del poeta cordobs. Habr a
ya, as pues, tambin una determinada levedad en numero
sas expresiones del Barroco histrico, ligada a la suspensin
y a la autoirona. Se trata, sin embargo, de dos rasgos que,
aun siendo constitutivos de la visin barroca, no modifican
en esencia la integridad dramtica, la aludida
gravedad
finalista; son rasgos que pueden, en cierto modo, ser vis
tos incluso como excepciones morfolgicas que confirman
desde los respiraderos y las Algas eventualmente liberado
ras del tormento la esencialidad dramtica.
Los ejemplos citados por Calvino a propsito de la cate
gora de la levedad no son, por lo dems, especficamente
barrocos. Los textos de Lucrecio, Ovidio o Boccaccio consti
tuyen para Calvino cristalizaciones histricas de un concep
to que, en efecto, puede ser hallado en muy distintos
momentos de la historia de la literatura y del pensamiento.
Bastara remitirse ahora aado, por mi parte a la defini
cin platnica de la poesa como
esa cosa ligera alada y sa-
grada;
es uno de los ms ilustres ejemplos de esa idea. (Se
trata de una definicin que, por cierto, Borges crea falible,
pues pensaba que Platn, al hablar de
esa cosa ligera ala-
da y sagrada
estaba hablando, en real idad, de la msica:
salvo que la poesa argumenta Borges es una forma de
msica '*).
El neobarroco sera, segn la propuesta que intento for
mular aqu , un
ba rroco de la levedad
un barroco que, como
ya he apuntado, ha perdido lagravedad finalista, atormen
tada, caracterstica del Barroco histrico, pero que se rela
ciona con ste en un doble sent ido: en sus propuestas
formales, de una parte, y en el frecuente homenaje a su mo
delo, de otro. Si no hay no puede haber repeticin de
la potica seiscentista, hay, en cambio,
renovacin.
Severo
Sarduy ha hablado, a propsito del neobarroco, de un nfa
sis en las ideas de juego, prdida, desperdicio y placer, y
concluye: Neobarroco: reflejo necesariamente pulverizado
de un saber que sabe que ya no est apaciblemente cerrado
sobre s mismo. Arte del destronamiento y la discusin '^.
En efecto: prdida de la
gravedad
esto es: levedad, aligera
miento. Barroco leve. (La expresin un oxmoron es fiel
a esa figura de figuras que el oxmoron fue en la estilstica
barroca.)
Citar, a continuacin, tres ejemplos literarios contem
porneos que constituyen, a mi ver, acabadas expresiones de
la levedad neobarroca. El primero se debe a Severo Sarduy,
quien, en esa alegora sobre el Poder y sus vanas mutacio
nes que es su novela
Colibr
' , describe de este modo la lu
cha que mant ienen cuerpo a cuerpo dos personajes casi al
comienzo de la narracin:
Para obtener la ir isacin pro tectora de los peces ab isales , que
deslumhran al enemigo gracias al espejeo del cuerpo en las
profundidades y, en tre nosotros, tambin para seduc ir con
un barniz tornasolado, de ncar y metal en polvo, a los melin
drosos desmejorados de la cocina, se haba embadurnado el
caudaloso cuerpo con un aceite espeso , de vetas azulosas, co
mo una resina v idr iada, con dos o lores repelentes y opuestos;
ungento alcanforado y extracto de Dior.
Con la primera llave, el Gran Translcido trat de inmovili
zar al zun-zn.
I^s catasalsas exaltados tradujeron , en el palabreo paro-
xstico de los narradores deportivos, sin respiracin ni cesuras,
15 . Vase el admirable co
mentario de este soneto rea
l i zado po r Jo s Manue l
Blecua (Un soneto de Gn-
gora, en AA.VV., El comen-
tario de textos Madr id , 1973 .
3
ed . . pgs . 52 -61 ) , pa ra -
quien, significativamente, esta
clase de divertimientos
poticos del Barroco puede
ence r ra r m s de una cu r io
sidad muy actual (pg. 52).
16 .
Jorge Luis Borges, Siete
noches Mxico, 1980, pg.
107.
17 .
Severo Sarduy, Ensayos
generales... cit . , pgs. 210 y
2 1 2 .
18 . Severo Sarduy. Colibr
Barcelona, 1984. Vase mi
comentario a la novela. Vol-
ver.s a tu tierra, Synaxs 6
( i 9 8 4 ) ,
pgs . 73 -74 .
8/10/2019 Barroco de la Levedad - Andrs Snchez Robaina
5/7
[ ]
e l n u d o n e u t r a l i z a n t e y s u d e s e n l a t - e : a r d i e n t e m u e s t r a h a c e n
l o s r o b u s t o s l u c h a d o r e s d e s u s m s c u l o s , s e a b r a z a n , d e r e c
p r o c o s n u d o s i m p e d i d o s p r o c u r a n d e r r i b a r s e , c a e n d e r r i b a d o s ;
u n a l l a v e t u e r c e e l b r a z o d e r e c h o d e l T e n t e n e l a i r e , s t e l a d e s
h a c e c o n u n s a l t o , c o r r e h a s t a e l m u r o , s e l a n z a , l o s p i e s j u n t o s ,
c o n t r a e l v i e n t r e r o t u n d o d e s u r i v a l ; v u e l v e n a c a e r , u n o e n
e l o t ro en roscado '*^ .
L a se gunda pa r l e de l f r a gme n t o t r a nsc r i t o r e p r oduc e y
pa r o d i a , ba j o l a e spe c i e de l home na j e , e l s i gu i e n t e pa sa j e d e
la s Soledades d e G n g o r a :
L l e g l a d e s p o s a d a a p e n a s , c u a n d o
f e r oz a r d i e n t e m u e s t r a
h i c i e r o n d o s r o b u s t o s l u c h a d o r e s
d e s u s m s c u l o s , m e n o s d e f e n d i d o s
d e l b l a n c o l i n o q u e d e l v e l l o o b s c u r o .
A b r a z r o n s e , p u e s , l o s d o s , y l u e g o
h u m o a n h e l a n d o e l q u e n o s u d a f u e g o
d e r e c p r o c o s n u d o s i m p e d i d o s
c u a l d u r o s o l m o s d e i m p l i c a n t e s v i d e s ,
y e d r a e l u n o e s t e n a z d e l o t r o m u r o .
Maosos , a l f in , h i jo s de l a t i e r r a ,
c u a n d o f u e r t e s n o A l c i d e s ,
p r o c u r a n d e r r i b a r s e , y , d e r r i b a d o s ,
c u a l p i n o s s e l e v a n t a n a r r a i g a d o s
e n l o s p r o f u n d o s s e n o s d e l a s i e r r a ^ * * .
N o ha y e n e l t e x t o de S a r duy so l a me n t e una c i t a -
home na j e , s i no t a mbi n l o que Ca l v i no l l a ma r a una subs
t r a c c i n de pe so , pue s l a c i t a oc u r r e e n un c on t e x t o na r r a t i
vo en e l que e l humor re la t iviza y a l igera las f iguras y los
c on t e n i dos , c onv i r t i ndo l os e n una pu r a r e p r e se n t a c i n , e n
l a e xa spe r a c i n de l o que e l mi smo a u t o r de f i n i c omo j ue
go ,
p r d i d a , d e s p e r d i c i o y p l a c e r .
E l s e g und o e j e mpl o e s de l poe t a y e nsa y i s t a b r a s i l e o
H a r o l do de Ca mpos , e n c uyo l t i mo l i b r o de poe s a , a
edu-
cacin de los cinco sentidos^ f igura e l s igu iente po em a:
KLIMT: TENTATIVA DE PINTURA
(CON MODELO AUSENTE)
1 .
o r o v i o l e t a : u n m o n s t r u o u n a
figura de oro cin
c e l a d a d e s d e l a s u a s ( c r i n
y m e ta l ) a l a r a z de l pe lo ped
c u r a d a e n r o j o u n t r a z o b i s
(no de b i s t r e ) una r aya de l i
l a s l o s p r p a d o s d o b l a d o s
c o m o m a r i p o s a s ( c o m o m a r i
p o s a s ) s p e d i c u r a d a e n r o j o
y l a s u a s p u n t i a g u d a s s l o l i
l a s d e l m i s m o c o l o r d e l p i j
a m a u n a f i gu ra u n m o n s t r u o
s ( q u i m o n o ) : k l i m t .
y ba jo lodo e s to com o b a jo
u n a p a n o p l i a ( a r m a d a ) u n p a b e l l n
d e p e d r e r a ( u n b a l d a q u n ) d r a
p e a n t e s p a o s ( u n a z u l t u r q u i n o )
( c a r a v e l a s a l o l a r g o ) b a n d e r a s d e u n
( i m p o s i b l e ) i m p r o m p t u u l t r a
( g r a n b i o m b o a b i e r t o g o n f a l n p a n o p l i a )
v io le t a
e l cue rpo ( l a c i
ca t r i z l i
la)
e l b l a n c o a l b i n o s e d i r a
e l c u e r p o u n c u e r
p o d e m e
m n a ^ '
GUSTAV KLIMT. E
DANAE
(1907-190
19 .
Colibr pg .
2 0 .
Soledades.
963-977; sigo la
D m aso A lonso
1 956 , pg . 76 .
21 .
H aro ldo de
educago dos cin
Sao Paulo. 1985;
pao la ; IM educa
cinco sentidos
1990 . (Traducci
notas complemen
Snchez Kobayn
8/10/2019 Barroco de la Levedad - Andrs Snchez Robaina
6/7
[. ]
En ot ra ocasin me he re fe r ido a la conglut inac in ver
ba l , a la con crec i n dia ma nt i na de lo profuso , de f il iac in
c l a r a me n t e ba r r oc a , p r e se n t e e n poe ma s de H a r o l do de Ca m
pos c omo e l que a c a bo de t r a nsc r i b i r . S e d i r a que e s t a mos
a qu a n t e una va r i a c i n de l ba r r oc o pr e d i c a r a l o s o j os ,
un proced imien to segi jn e l cua l , como af i rma Giusep pina Led-
da , L a pa l a b r a p i n t a , c r e a , susc i t a i m ge ne s : l a i ma ge n ( e s
c u l p i da , p i n t a da ) a yuda , de t e r mi na l a pa l a b r a ^ ^. U na
p i n t u r a de G us t a v K l i mt , e n e s t e c a so , e s r e c ons t r u i da no s
l o c on pa l a b r a s , s i no c on r a sgos supr a s e gm e n t a l e s y g r f i c os
que e voc a n l a a p r e t a da t r a ma p l s t i c a . M e d i a n t e un j ue go
de a b r up t os c o r t e s e i n t e r r upc i one s de l a s pa l a b r a s , y un i n
t r incado es t i lo de re i te rac iones y parntes is , e l poe ta , en e fec
to, r e c ons t r uye l a p i n t u r a e n un ob j e t o ve r ba l que e spe j e a
a su mode l o . N o r e su l t a r a e x t r a o que f ue r a t a l ve z , p r e c i s a
me n t e , H a r o l d o de Ca m pos e l p r i m e r e sc r i t o r l a t i noa me r i c a
no que usa r a e l t r mi no de
neobarroco
par a re fe r i r se , en su
t a n va l i o so c om o p i one r o e nsa yo de 19 55 A ob r a de a r t e
a be r t a , a l a s ne c e s i da de s c u l t u r m or f o l g i c a s de l a e xpr e
s i n a r t s t i c a c on t e mpor ne a , un e nsa yo que , c omo se ve ,
se ade lant en cas i t r e inta aos a la ac tua l teor izac in de l
f e n m e n o n e o b a r r o c o 2 * .
E l t e r c e r e j e mpl o , e n f in , c o r r e spo nd e a l j ove n poe t a y
nove l i s t a e spa o l Jus t o N a va r r o . S u p r i me r a nove l a , El doble
del doble, t t u l o que pa r e c e ya e n s mi sm o una sue r t e de
mi c r opo t i c a ne oba r r oc a , s e i n i c i a p r c t i c a me n t e c on una e s
c e na e n la qu e e l a n i nn om i na d o p r o t a gon i s t a a ba nd on a l a
casa fami l ia r :
Oy el aldationazo: los cortinones y los dobles postigos que re
g las estr ictas conservaban perma nentemente cerrados le hatian
impedido percibir el t-hisporroteo de la grava aplastada por los
neumticos del taxi. Aguz los sentidos: muy pronto los boti
nes ru tilan tes del mayordomo resonar an en las escaleras . Co
mo un pr ncipe que, apresurado, con un p ie en el pescante del
coche que lo conduc-ir al exilio, hiciera un alto para sellar un
ltimo y definitivo documento, tom del musiquero la edicin
Aubry del v iejo Codex liam berg . En seguida, el vo lumen sobre
el facistol, lo fa.scinaron los signos del siglo XIII. ^IJn fantasma
le tarareaba a la oreja uno de aquellos estribillos, tan repug
nantes y rancios? Busc sin dilacin el motete que su padre
prefera. Prendi un fsforo la llama se abri como un ftara-
sol naranja. derriti lacre: cuatro pesadas gotas como cuatro
reventados o jos p irpura se derramaron sobre la pgina musi
cal.
El Hbro fue cerrado. Una palma extendida de jurador opri
mi la pasta de tafilete verde con el fin de favorecer la adherencia
indi.soluble de hoja con hoja
^.
El doble del doble
f ue a c usa da e n su mome nt o de s e r
l a nove l a de un poe t a y de a t e n de r de ma s i a d o a l p l a no pu
r a me n t e ve r ba l e n de t r i me n t o de l a a c c i n nove l e sc a . T a l
a c usa c i n s l o pod a , e n r i go r , p r ove n i r de una v i s i n e xc e
s i va me n t e c on t e n i d i s t a de l a nove l a , una v i s i n s e g t i n l a c ua l
t odo ga s t o , t odo de r r oc he ve r ba l e s t r e i do c on e l eidos
del r e la to, cuyo e je no se r a ot ro que e l saber conta r, la
o r ga n i z a c i n y l a s e du c c i n de l a t r a ma na r r a t i va . T a l i de a
o ta l pre juic io, en f in , acerca de l lengua je nove lesco obl iga
r a a c on de n a r no s l o un bue n n i i me r o de r e l a tos s e i s c e n -
t i s t a s s i no t a mb i n a l s e c t o r a c a so m s a r r i e sga do y r a d i c a l
de l a nove l a c on t e mpor ne a , de sde J a me s Joyc e a Ca r i o E mi
l i o G a dda .
El doble del doble es , en e fec to, un re la to cuyos ras gos
de lengu a je y de es t i lo no nos obl igan a ca l i f ica r lo nec esa
r i a me n t e c omo ne oba r r oc o , pe r o pue de , e n m s de un s e n
t ido, se r asoc iado a la pas in metafr ica e imags t ica
de f i n i t o r i a de l a i ma g i na c i n ba r r oc a . E n e l f r a gme n t o c i t a
d o ,
l a s f r a se s y l a s i m ge ne s e n l a z a da s po r e l c omo. . . ( c o
mo un p r nc i pe . . . , c omo un pa r a so l na r a n j a , c omo c ua t r o
r e ve n t a dos o j os p i r pu r a ) , nos ha b l a n c l a r a me n t e de l ga s
t o de s e n t i do , de l a i n f o r ma c i n sup l e me n t a r i a c omo j ue go
y placer , de l exceso, en f in , de da tos o de obje tos que a ten-
tan cont ra la es t r ic ta func in re fe renc ia l . El doble del doble
es,
e n e f e c t o , po r su c on t i nua me t a f o r i z a c i n , po r su e sc o r a -
mi e n t o ha c i a l a i ma g e n pu r a , po r sus r e gal os de i n f o r ma
c in fanope ica, un re la to que se inc l ina una y ot ra vez hac ia
la func in po t ica . Y, en es te sent ido , es una nov e la qu e en
l a za c on de t e r m i na d a s p r opue s t a s ne ob a r r oc a s , de f i n i da s po r
l os j ue go s de l a i ma g i na c i n ve r ba l c omo po t i c a a b i e r t a me n t e
opue s t a a la r e f e r e nc i a l i da d y l a f unc i ona l i d a d e s t r i c t a de l
re la to rea l i s ta .
Con l os e j e mp l os que a c a bo d e c it a r no he busc a do s i no
i lus t ra r brevemente , con t res textos que c reo s igni f ica t ivos ,
a que l l a c a t e gor a de l Ba r r oc o mut a n t e , me t a mr f i c o , que e n
la nove la y la poesa de hoy se muest ra ba jo e l s igno de la
l e ve da d , de l a v i va c i da d , de l a pu l ve r i z a c i n de l d r a ma c os -
mov i s i ona r i o , pe r o de l que r e t i e ne y r e nue va l o que Jos L e -
zam a Lim a l lam a l gun a vez e l pr in c ipi o formal ^s . Un
2 2 .
\ d. Giiis('ji[}e l.e( (]a.
Predicar a ios ojos"", hldad
de Oro. VIII (I
8/10/2019 Barroco de la Levedad - Andrs Snchez Robaina
7/7
neobarroco que, como afi rma Sarduy, se manifiesta en el
juego conelobjeto perdido, juego cu ya finalidad est en s
mismoy cuyo propsito no es laconduccin de un mensaje
(...), sino su desperdicio en funcin delpla cer 26.
Prdida, placer, pulverizacin. Prdida de gravedad, ali
geramiento: levedad.En su conocido libro sobre la fotogra-
fi a, Roland Barthes aludi a la pareja deopuestos pesadez
I levedad
y se manifest, como ms tarde Calvino, en favor
de esta ltima. 2 Lalevedad no es inconcrecin, sino ms
bienlo contrario: es un alzarse sobre la materia para llegar,
d e s d e la suspensin, a ot ra comprensin de la materia. El
neobarroco contemplala materia del mundo desde la mate
ria sin pesode la palabra, desde la ingrvida concrecin de
la forma. Consagracin de una voluntad de forma, consag ra
cin de
la forma.
Elneobarroco es unBarroco en vuelo.
119901
2 6 . Sarduy, Ensay
les...
cit., pg. 21
27 . Roland Barth
mara lcida. Nota
tografa Barcelon
p g . 109. (Traduc
Sala-Sanahuja.)
N D R S S N C H E Z H O B A Y N A . po r t a y e n s a y i s t a , c oo r d i na el D p t o . de D e ba t e y P e ns a mi e n t o del C A A M . E n t r i ; su sl ibros f iguran La luz negra ( e n s a yos . 1985) . Palmas sobre la losa fria
I popma s . 1989) y Para leer Primero .iuma de sor Juana Ins de a Cruz ( 1991 ) . D i r i ge las n-vistas Syntaxis y ATIANTICA.