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Aula de Bioquimica - Faculdade de enfermagem
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EXAMES BIOQUÍMICOSEXAMES BIOQUÍMICOS
Aula 3
Íons/Eletrólitos do plasmaÍons/Eletrólitos do plasmaNo plasma existem diversos eletrólitos positivos:
◦ Na+, K+, Ca², Mg²
E eletrólitos negativos: ◦ Cl-, HCO3-, fosfatos e proteínas.
“Os seus valores são mantidos em níveis relativamente constantes.
Alterações aos valores normais podem indicar situações patológicas”.
Sódio (Na+)Sódio (Na+) Principal íon do líquido extracelular.
Proporciona a maior parte dos solutos osmoticamente ativos existentes no plasma e desempenha papel importante na distribuição de água corporal.
Hipernatremia (excesso de Na+ plasmático)◦ Ex: desidratação
Hiponatremia (diminuição de Na+ plasmático)◦ Ex: vômitos, diarréia.
Valores de Referência : 135 a 145 mEq/L
Preparo do Paciente : jejum de 8 a 10 horas
Tipo de Coleta : tubo seco sem anti-coagulante
Potássio (K+)Potássio (K+) O potássio plasmático participa de grande número
de processos bioquímicos da célula .
O potássio elevado prejudica a capacidade de contração muscular, inclusive miocárdica.
Hipercalemia (excesso de K+ plasmático)◦ Ex: Insuficiência renal Aguda (IRA)
Hipocalemia (diminuição de K+ plasmático)◦ Ex: vômitos, uso excessivo de diuréticos
Valores de Referência : 3.5 a 4.5 mEq/L
Preparo do paciente : jejum de 8 a 10 horas
Tipo de Coleta : tubo seco sem anti-coagulante.
LipídeosLipídeos Avaliado laboratorialmente pela determinação dos níveis
séricos de:◦ COLESTEROL TOTAL E FRAÇÕESCOLESTEROL TOTAL E FRAÇÕES◦ TRIGLICÉRIDESTRIGLICÉRIDES
Frações de Colesterol (HDL e LDL):
HDL (lipoproteínas de alta densidade)◦ Transportam o colesterol dos tecidos periféricos para o
fígado, onde pode ser transformado em sais biliares e eliminado.
LDL (lipoproteínas de baixa densidade)◦ Transportam o colesterol do fígado para outros tecidos.
É o colesterol LDL que pode formar placas ateroscleróticas.
LipídeosLipídeosTriglicérides
O triglicérides elevado está associado a um maior risco de aterosclerose e doenças cardiovasculares.
Pode indicar presença de patologias como diabetes, consumo excessivo de álcool e disfunção renal crônica.
Para a coleta do exame:
◦ Jejum de 12 horas
◦ Abstinência de álcool nos 3 dias que antecedem o exame.
◦ Manutenção dos hábitos alimentares.
◦ Coletar amostra de sangue em tubo seco, sem
anticoagulante.
GlicemiaGlicemia
Glicemia é a taxa de glicose existente no sangue.
A glicemia é a principal fonte de energia dos
tecidos.
A alteração da glicemia pode indicar alguma
patologia:
◦ HiperglicemiaHiperglicemia indica Diabetes Mellitus tipo 1 ou Diabetes Mellitus tipo 2.
◦ Hipoglicemia, se recorrente, Hipoglicemia, se recorrente, a causa deve ser investigada (doença hepática, consumo de álcool)..
GlicemiaGlicemiaPara dosagem da glicose no sangue, o material
deve ser colhido em um tubo contendo:◦ oxalato de potássiooxalato de potássio: atua como anticoagulante
◦ fluoreto de sódiofluoreto de sódio: inibe as enzimas que promovem a metabolização da glicose.
Glicemia de jejum:◦ Valor referência: 70 a 90mg/dl◦ Acima de 125mg/dl: DIABETES??? (realizar curva
glicêmica)
GlicemiaGlicemiaTeste de Tolerância a glicose (curva glicêmica)
◦ Consiste na administração, via oral, de 75g de glicose em solução aquosa a 25%.
◦ Fazer coletas seriadas de sangue nos intervalos de 0 a 120min, para dosagem da glicose.
“Nos critérios atuais, são considerados diabéticos pacientes que tiverem glicemia > 200mg/dl glicemia > 200mg/dl
120min após a sobrecarga”.120min após a sobrecarga”.
“A curva glicêmica também é indicada para investigar diabetes gestacional”.
GlicemiaGlicemiaCuidados para realização do “Teste de Tolerância Cuidados para realização do “Teste de Tolerância
a glicose”. a glicose”.
O paciente deve ingerir pelo menos 150g de carboidratos por dia, durante os 3 dias que antecedem a prova.
Deve estar exercendo suas atividades físicas habituais e mantendo seu regime alimentar habitual, exceto pela adição de carboidratos.
Não deve estar fazendo uso de medicação que sabidamente interfira no metabolismo da carboidrato.
Deve permanecer em repouso durante o teste.
A prova deve ser realizada pela manhã, com o paciente em jejum de 8 a 10horas.
Hemoglobina glicada Hemoglobina glicada (ou (ou glicosilada)glicosilada)Durante os 120 dias de vida média de um
glóbulo vermelho, um porcentagem das moléculas de hemoglobina se liga irreversivelmente a glicose (glicosilação).
Esta glicosilação é proporcional aos períodos cumulativos de hiperglicemia.
O excesso deste parâmetro indica hiperglicemia persistente nos meses anteriores à análise.
Portanto....
Hemoglobina glicada Hemoglobina glicada (ou (ou glicosilada)glicosilada) Indicada para paciente portador de diabetes
mellitus 1 e 2. Útil na avaliação do controle glicêmico.
Manter o nível de hemoglobina glicada < 7%, hemoglobina glicada < 7%, reduz de forma significativa os risco de desenvolvimento das complicações dessa doença.
O diferencial da Hemoglobina glicada em relação a glicemia é que na primeira os níveis variam mais lentamente, dependendo da meia vida das hemácias.
Uréia (Ur) Uréia (Ur) Principal forma excretora do nitrogênio
proveniente do catabolismo protéico.
Formada no fígado a partir da amônia.
Recurso mais utilizado como coadjuvante para avaliação da função renal.
Causas de uréia baixa: ◦ insuficiência hepática grave, nefrose não
complicada de insuficiência renal, hemodiluição.
Uréia (Ur)Uréia (Ur)Valores de Referência : 20.0 a 40.0 mg/dL
Preparação do paciente : jejum de 8 a 10 horas
Tipo de coleta : tubo seco sem anti-coagulante
Creatinina (Cr)Creatinina (Cr) Para avaliação do estado de funcionamento renal é
comum solicitar-se a dosagem de uréia, juntamente, com a creatinina
A creatinina é um catabolito do metabolismo muscular .
A creatinina é eliminada na urina, por filtração glomerular; a sua retenção é, portanto, um índice de insuficiência glomerular.
Valores de Referência : 0.8 a 1.2 mg/dL
Preparo do paciente : jejum de 8 a 10 horas
Tipo de Coleta : tubo seco sem anti-coagulante
Creatinina (Cr)Creatinina (Cr)Elevação da Creatinina pode indicar:
◦ Nefropatias
◦ Insuficiência cardíaca (pode existir uma retenção discreta ou moderada de creatinina, embora não exista verdadeira nefropatia)
◦ Obstruções urinárias (próstata, bexiga, ureter, cálculos) produzem elevações da creatinina , reversíveis com a reparação da obstrução.
TransaminasesTransaminases
As transaminases existem em quantidades mínimas no sangue de um indivíduo normal,
mas após destruição celular extensa aumentam significativamente.
São enzimas indicadoras de morte celular.
Existe em quantidades importantes nas células hepáticas, cardíacas, musculares e do pulmão.
TransaminasesTransaminases As duas transaminases de interesse clínico
são:
1.1. AST AST (aspartato-transaminase) (aspartato-transaminase) ou TGO ou TGO (transaminase (transaminase glutamato-oxalacetato)glutamato-oxalacetato)
2.2. ALT (alanina-transaminase) ou ALT (alanina-transaminase) ou TGP TGP (transaminase glutamato-piruvato)(transaminase glutamato-piruvato)
Valores de Referência:◦ TGO: 5 a 40 U/L◦ TGP: 5 a 35 U/L
• Preparo do Paciente: jejum de 8 a 10 horas
• Tipo de Coleta : tubo seco sem anti-coagulante
Fosfatase Alcalina (ALP)Fosfatase Alcalina (ALP) É uma enzima presente em quase todos os
tecidos, mas encontra-se particularmente em altas concentrações nos ossos, fígado, epitélio dos ductos biliares, placenta, mucosa intestinal e rins.
A ALP está frequentemente elevada em doenças malignas e pode refletir uma patologia de origem hepática ou óssea.
AlbuminaAlbumina É a proteína mais abundante no plasma.
Contribui para manutenção da pressão oncótica e é responsável pelo transporte de hormônios, cálcio, ácidos graxos, drogas, bilirrubina, fármacos.
Hiperalbuminemia◦ Ex: desidratação intensa.
Hipoalbuminemia◦ Ex: desnutrição, síndrome nefrótica.
Valores de referência:◦ 3,5 a 5,5g/dl
ReferênciasReferências Alba Lúcia Bottura Leite de Barros e cols.
ANAMNESE E EXAME FÍSICO: avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto.2°ed, Artmed-Porto Alegre, 2010.