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Candidatura da FEJEMG à Presidência Executiva da Brasil Júnior 2014. Candidato Ryoichi Penna
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Proposta de Candidatura
Presidência 2014
Brasil Júnior
Ryoichi Penna
HISTÓRICO DA FEDERAÇÃO
Fundada em 1995, a FEJEMG é uma federação que, desde sua criação, contribui para o
desenvolvimento do Movimento Empresa Júnior (MEJ) nacional. É, atualmente, a maior do país
em número de empresas juniores, e que está perto de atingir a marca histórica de 50 empresas
juniores federadas (49 atualmente federadas e mais quatro em avançado processo de
federação), tendo hoje empresas juniores em 12 cidades no estado de Minas Gerais.
A FEJEMG, junto às outras federações, sempre buscou o amadurecimento do propósito do
Movimento Empresa Júnior em âmbito nacional e esteve presente ativamente em momentos
importantes como a fundação da Brasil Júnior há exatos dez anos. A FEJEMG acredita que o
empreendedorismo é a principal forma de convergir esforços em prol do desenvolvimento
econômico e social e busca ser a principal organização de representação do empreendedorismo
universitário em Minas Gerais, através da potencialização da rede empreendedora e das
empresas juniores do estado.
Contando hoje com 35 membros em sua equipe executiva, a FEJEMG preza pelo constante
desenvolvimento dos cinco pilares de atuação voltados ao desenvolvimento da rede,
organizando-se em cinco diretorias: Presidência, Vice-Presidência, Diretoria de
Desenvolvimento, Diretoria de Comunicação e Diretoria Administrativo-Financeira.
Nos últimos três anos, ocupou cargos de alta relevância na Brasil Júnior (Vice-Presidência em
2012 e 2013, Diretoria Administrativo-Financeira em 2011 e Presidência do Conselho em 2010)
além de ter ocupado a Presidência em 2008 e Conselheiros de Administração desde sua
fundação. Junto à RioJunior organizou a Conferência Mundial de Empresas Juniores – JEWC
2012, em Paraty-RJ.
OBJETIVOS DA CANDIDATURA
O ano de 2013 tem sido especial para o Movimento Empresa Júnior. A comemoração de seus
25 anos, junto aos 10 anos da Brasil Júnior, além de ser um momento solene, se torna também
uma excelente oportunidade para reflexão.
Reflexão essa que rapidamente nos mostra um amadurecimento de todos os agentes do MEJ
quanto aos seus papéis, seus propósitos. Com a FEJEMG, enquanto agente dessa rede, não é
diferente. As experiências pelas quais a Federação tem passado criam uma visão consistente
dos desafios do MEJ em termos de relacionamento com uma rede extensa, a complexidade de
gestão que isso implica e os desafios em relacionamento institucional junto a agentes do
ecossistema empreendedor. Assim, cada vez mais consciente de seu papel no Movimento,
busca sempre por formas de contribuir de forma integrada e alinhada ao MEJ nacional. Desta
forma, a FEJEMG se vê preparada para assumir a presidência da Brasil Júnior e busca, com
essa candidatura, auxiliar ainda mais nos avanços que a Confederação vem alcançando de
forma consistente e legitimar os resultados enquanto fatores de desenvolvimento do
empreendedorismo jovem no país.
DIRETOR EXCLUSIVO
Nome: Ryoichi Oka Penna
Curso: Administração
Período: 9º
IES: Universidade Federal de Juiz de Fora
(UFJF)
EJ: CAMPE Consultoria Jr.
Federação: FEJEMG
Tempo de MEJ: 3 anos e 9 meses
E-mail: [email protected]
Telefone: (32) 8889-5689
Skype: ryoichiop
HISTÓRICO NO MEJ
CAMPE Consultoria Jr. (2010/2011):
Diretor Presidente
Diretor de Finanças
Gerente de Relações Internacionais
Analista de Finanças
Trainee
Junior Enterprise World Conference 2012 (JEWC 2012):
Coordenador de Conteúdo e Programação (2011/2012)
FEJEMG:
Presidente (2013.2)
Vice-Presidente (2013.1)
Conselheiro Administrativo (2011.2)
Assessor de Relacionamento Governamental (2010.2)
Brasil Júnior:
Coordenador de Relações Institucionais (2013)
Conselheiro Administrativo (2013.2)
Conselheiro Fiscal (2011)
Participação em eventos do MEJ:
- 2013: ENEJ (Porto Alegre), EMEJ (Juiz de Fora)
- 2012: JEWC 2012 (Paraty), Spring Meeting (Bruxelas – BEL), EMEJ 2012 (Uberlândia)
- 2011: ENEJ (Foz do Iguaçu), Summer JADE Meeting (Viena – AUS) EFEJ (Barra do Piraí),
EMEJ (Belo Horizonte), Prêmio FEJEMG (Lavras)
- 2010: JEWC 2010 (Milão – ITA), ENEJ (Costa do Sauípe), EMEJ (Viçosa), Prêmio FEJEMG
(Belo Horizonte)
Participação em eventos representando a Brasil Júnior:
- Global Entrepreneurship Congress 2013 – Rio de Janeiro
- G20 Young Entrepreneur’s Alliance Summit 2013 – Moscou (RUS)
Experiências além do MEJ
- Conselho Jovem da Associação Comercial de Juiz de Fora: Conselheiro (2011 – atualmente)
- Movimento CHOICE: Embaixador (2011)
- UFJF: monitor nas disciplinas de Administração Financeira e Marketing (2012 e 2013,
respectivamente)
Já é consenso que o Movimento Empresa Júnior possui o potencial de transformar pessoas, de
elevar universitários a empreendedores. Nessa perspectiva, sou apenas mais um dos milhares
de empresários juniores que buscam por essa transformação.
No meu caso, isso começou em outubro de 2009, quando iniciei o programa trainee da CAMPE
Consultoria Jr.. Dali em diante, entrei numa jornada que vem me colocando num processo de
autoconhecimento baseado na evolução, no empreendedorismo e na transformação de forma
contínua.
À época, meu foco era trabalhar no mercado financeiro, e logo me interessei pelo departamento
de finanças, do qual acabei sendo diretor. No meio do caminho, porém, fui compreendendo que
meu propósito de vida exigiria outras experiências. Já em 2010, com apenas seis meses
enquanto membro efetivado, tive a oportunidade de participar do JEWC 2010, que ocorreu em
Milão, na Itália. Lá, além de ter apresentado três cases da CAMPE, pude conhecer empresários
juniores de diversos países, com visões diferentes e complementares àquela que estava
adquirindo em minha empresa júnior. Isso me proporcionou uma epifania que foi suficiente para
me transformar. Em conseguinte, me tornei presidente da CAMPE e conselheiro de
administração da FEJEMG em 2011. Meu objetivo, no entanto, era ser Embaixador da Brasil
Júnior na JADE. Eu já me preparava para a candidatura ao cargo quando uma oportunidade
surgiu: o JEWC 2012. Após oito anos a conferência voltava ao Brasil, com a proposta de ser o
maior evento da história do MEJ. Não tive dúvidas de que deveria fazer parte daquilo.
Ter participado da organização do JEWC 2012 como coordenador de conteúdo e programação
foi uma experiência pela qual serei eternamente grato. Além de ter composto uma equipe
extraordinária, tive a chance de conhecer pessoas incríveis e compartilhar com elas o propósito
do MEJ. Eu nunca havia passado por uma jornada de aprendizado tão intensa, tão rica.
Percebi, então, que seria muito egoísmo da minha parte levar comigo tudo o que aprendi. Mais
ainda, percebi que ainda havia ainda mais a aprender e que estava na hora de empreender
iniciativas maiores. Foi quando decidi me candidatar à presidência da FEJEMG. Fui eleito no
final de 2012 e, em 2013, estou tendo a oportunidade de liderar a maior federação de empresas
juniores do país. O aprendizado continua sendo muito intenso, assim como os desafios. Ao
mesmo tempo, venho ocupando o cargo de coordenador de relações institucionais da Brasil
Júnior, o que tem me conferido excelente experiência e amadurecimento da visão não só do
trabalho da presidência como um todo, mas um entendimento dos desafios que ainda existem e
que limitam o alcance do potencial pleno da Confederação. Os desafios de gerenciar a equipe
atual, o aprendizado sobre como a Brasil Júnior funciona em sua gestão (identificando sempre
pontos de melhoria), as experiências de trabalho institucional intensas como, por exemplo, o
Projeto de Lei do Senado, as participações em ações internacionais e o gerenciamento de
parcerias criam o alicerce e me dão segurança em dizer que não haveria melhor forma de me
preparar para o próximo passo.
A candidatura à Presidência da Brasil Júnior foi uma decisão que envolveu um considerável
exercício de autoconhecimento de forma a entender que me sinto em condições de pleitear tal
cargo e que este é o passo final nessa jornada tão incrível que o Movimento Empresa Júnior tem
me proporcionado. Entendendo que o desafio é enorme e que os resultados serão fruto de uma
equipe de alto desempenho e de um Movimento integrado, espero, nesse documento,
compartilhar as propostas de iniciativas para o ano de 2014 de forma suficiente a atender às
expectativas de toda a rede.
CONTEXTO DA BRASIL JÚNIOR
Antes de se buscar contextualizar a Brasil Júnior, é importante criar um entendimento do
Movimento Empresa Júnior atualmente. A estratégia em rede, que busca ser a diretriz principal
de atuação do MEJ possui eixos importantes e que facilitam a sua disseminação e engajamento,
criando um potencial que ainda pode ser melhor explorado.
Tendo a formação empreendedora como principal entrega à sociedade, é importante entender
em que nível essa formação está sendo atingida nas empresas juniores e analisar, então, como
o Movimento pode se aperfeiçoar nesse sentido.
Figura 1 - Ecossistemas Empreendedores e o Movimento Empresa Júnior
Figura 2 - Ciclo de Vida Organizacional relacionado aos objetivos de formação empreendedora do MEJ
Utilizando o ciclo de vida das organizações (que não coincidentemente possui comportamento
similar à curva de aprendizado), é possível entender que cada um dos três objetivos de
formação empreendedora pode ser relacionado com uma fase desse ciclo. Entendendo, então,
estes objetivos como igualmente importantes, é possível perceber que “Atitude Empreendedora”
está ligada à criação de novas organizações. Porém, são raros os empresários juniores que têm
a oportunidade de criar a sua própria empresa júnior, o que pode não lhes conferir as
competências necessárias para empreender novos negócios. Dessa forma, o questionamento
sobre a formação empreendedora pode se dar nessa fase de forma mais sensível, sem
esquecer as duas próximas.
Outra análise pertinente se dá no posicionamento do MEJ. É possível traçar, simultaneamente,
uma analogia e uma relação de entregas entre o MEJ e os ecossistemas empreendedores:
A analogia demonstra como a estratégia do MEJ busca se comportar de forma similar a um
ecossistema empreendedor, no qual a rede cria condições (favoráveis ou não) àqueles que irão
gerar os resultados finalísticos. No caso dos empreendedores, o desenvolvimento econômico e
social através da geração de emprego e renda; no caso das empresas juniores, formação de
capital humano enquanto profissionais especializados, suporte a empreendedores através da
realização de projetos para os clientes e desenvolvimento de cultura empreendedora através
dos valores incorporados pelos pós-juniores. São as entregas das empresas juniores, portanto,
que fortalecem os ecossistemas empreendedores de forma direta. Só então o propósito BRASIL
EMPREENDEDOR faz sentido, considerando o empreendedorismo enquanto fenômeno
socioeconômico gerador de emprego e renda. Aqui reside a transformação do país.
Nesse sentido, a as instâncias (núcleos, federações, confederação) possuem o papel de criar
estímulos à rede do MEJ e à rede empreendedora brasileira, atuando como agentes
intermediários e representativos.
A grande questão está no entendimento daquilo que limita o alcance do pleno potencial do
Movimento como um todo. E, fundamentando na situação atual, verifica-se alguns fatores
limitantes como, a formação das lideranças que conduzem o alcance de resultados, as
plataformas existentes para o trabalho em rede e a dificuldade de se construir um
posicionamento uniforme enquanto movimento.
Dentro desse cenário e completando dez anos desde sua fundação, a Brasil Júnior encontra-se
num momento em que os avanços passam a ser mais consolidados e a orientação estratégica
se desdobra num novo ciclo. O entendimento do papel da Confederação enquanto agente do
MEJ faz com que o autoconhecimento organizacional evolua cada vez mais através do
planejamento estratégico atual, o qual tem direcionado as ações com maior assertividade.
Assim, a principal pergunta que fundamenta a presente proposta é: “quais são os fatores que
limitam o alcance do potencial da Brasil Júnior?”.
Certamente ainda é cedo para qualquer análise sistêmica em torno dos resultados, mas a
tendência é que essa estratégia mais clara conseguirá iluminar o desdobramento prático e o
alcance de resultados sustentáveis. Entendendo os eixos principais de representação e
desenvolvimento, a Brasil Júnior poderá ser mais exigida nestes papéis que compõem a sua
missão. Da mesma forma, a busca pela articulação no ecossistema empreendedor brasileiro
e o suporte ao alcance de resultados através da integração do MEJ constroem uma visão
desafiadora para o futuro. Esse é o primeiro passo para o entendimento que estamos num
momento onde a prioridade é a execução, uma vez que o planejamento está consolidado.
Os últimos anos têm evidenciado que ações de curto e longo prazo são fundamentais, assim
como suas dosagens. Muito daquilo que foi empreendido desde a criação da Rede Brasil Júnior
até a gestão passada já gerou resultados que formam a base de trabalho atual, enquanto outra
parte só está se convertendo em resultados agora, seja pela visão dos líderes que aqui
passaram, seja pelos pós-juniores que personificam a identidade do empresário júnior e que
abrem portas para o constante desenvolvimento do MEJ. Ao mesmo tempo, a equipe de 2013
tem feito avanços derivados de seu esforço, o que exige um esforço de continuidade constante
que deve compor desde as diretrizes estratégicas até a rotina de trabalho da equipe.
Portanto, os erros e acertos nestes dez anos de Brasil Júnior fundamentam o planejamento das
próximas ações e solidificam o aprendizado organizacional.
A atuação do presidente nesse contexto, então, exige esforços em alinhamento e proximidade
junto à equipe, suporte na construção de mecanismos de gestão e disciplina de execução
e direcionamento estratégico.
O ano de 2013 também tem sido especialmente positivo no posicionamento do MEJ enquanto
agente de formação empreendedora. Isso se deve ao entendimento do conceito de ecossistema
empreendedor que, como uma lente, tem nos mostrado a sociedade de forma que nos leve a
entender efetivamente o nosso impacto. Nos últimos 25 anos o MEJ cresceu de maneira a se
tornar a maior rede de empresas juniores do mundo. Entretanto, diante da nova visão dentro de
um ciclo 2013-2015, é fundamental que as ações de posicionamento sejam feitas de forma
integrada, de forma a alcançar resultados maiores e contribuir diretamente para a visão
compartilhada do Movimento.
Além disso, tem se criado uma ótica ferramental cuja evolução reside na necessidade de
execução orientada para a criação de valor, uma vez que isso limita o potencial de entregas da
Brasil Júnior.
Consolidado esse escopo, a tensão criativa e os objetivos estratégicos tornam-se os adventos
pelos quais essa proposta busca apresentar os resultados esperados. Assim, desenham-se dois
eixos que compõem as funções da presidência: GESTÃO ESTRATÉGICA E LIDERANÇA
(abordagem sistêmica, atuação junto ao conselho e à rede e gestão da equipe) e
REPRESENTATIVIDADE (associativa, institucional e governamental, parcerias com empresas e
atuação internacional) para demonstrar as ações propostas e resultados esperados.
RESULTADOS ESPERADOS
Através da GESTÃO ESTRATÉGICA E LIDERANÇA:
- Abordagem sistêmica
Compreendendo a função do presidente de liderar a equipe da Brasil Júnior, faz-se justa uma
análise criteriosa da configuração da Confederação enquanto organização focada em
resultados. Nesse sentido, o presidente atua liderando a construção de sistemas e mecanismos
que irão promover uma gestão sustentável e baseada no senso de propósito da
organização.
O primeiro passo, portanto, está na construção de uma equipe coesa e ciente de seu papel. Isso
favorece os resultados em diversos aspectos, como qualidade, prazo, amplitude e profundidade.
De início, a criação de uma coalizão estratégica forte entre a diretoria é fundamental para que
se consiga traçar um planejamento tático consistente e gerenciável, entendendo as nuances que
a gestão implica. Aqui, a definição de diretrizes táticas permitirá que a execução de processos e
projetos esteja orientada à estratégia. Um exemplo do que pode ser melhor explorado, dessa
forma, é a definição de um orçamento cada vez mais alinhado à estratégia, de forma a permitir
avaliar o retorno sobre os investimentos feitos e a alocação de recursos para o alcance dos
objetivos.
A gestão de 2013 tem buscado assegurar uma gestão de processos dinâmica através de
acompanhamentos sistemáticos e indicadores gerenciais. O próximo passo desse
desenvolvimento está na integração desses processos, o que exige um olhar preliminar. Antes
de buscar desdobramentos funcionais para a estratégia, é fundamental entender os eixos de
valor pelos quais a Brasil Júnior trabalha de forma que os processos complexos consigam fluir
entre as áreas sem grandes gargalos, de forma a entregar produtos que cumpram os requisitos
mínimos de qualidade das entregas. Junto à vice-presidência, será buscada uma abordagem
sistêmica da gestão da Brasil Júnior e que contemple as expectativas da rede. Com isso o
gerenciamento de diretrizes ocorre melhor nos fluxos vertical e horizontal, entendendo que a
avaliação dos resultados não se dá pelas ferramentas criadas, mas sim por resultados
finalísticos, o impacto gerado. Essa questão deve ser tratada como prioritária, pois interfere
diretamente nas interações de trabalho entre o time da Brasil Júnior e no fluxo da geração de
valor para os stakeholders.
Aqui, reside a importância da disciplina de execução. Os fluxos são muitos, sendo eles
bilaterais (relação Brasil Júnior – Federação – EJ, por exemplo) ou sistêmicos (comportamento
de rede). Para o primeiro tipo, ações que foquem a transparência através da simplificação da
mensagem são fundamentais e geram aproximação dos agentes, desde relatórios mensais até
informações fundamentais para o trabalho de desenvolvimento. A responsabilidade do
presidente nesse caso está em assegurar que as informações certas chegarão aos agentes
certos, sem viés e aderentes. Para isso, a proposta é de aproximação rotineira cada vez maior
junto às federações.
Entretanto, os fluxos sistêmicos da rede exigem um trabalho ainda mais intenso. Ao mesmo
tempo em que o presidente possui a tarefa de estar sempre próximo de toda a rede de
empresas juniores, entendendo e engajando pessoas, a Brasil Júnior, nessa ótica, é uma
construtora de plataformas facilitadoras da comunicação e integração de todo o MEJ. É
importante entender que essas plataformas já existem, como o Programa de Excelência em
Gestão, o ENEJ e, mais recentemente, o Escolas Empreendedoras. Portanto, não são
necessárias grandes invenções, mas melhorias constantes naquilo que já existe.
Espera-se, então, que o alcance de resultados seja levado a patamares mais altos através
do destravamento dos fluxos fundamentais, levando a Brasil Júnior a se aproximar do
máximo de seu potencial de entregas.
- Atuação junto ao conselho
Ao ser analisar o fluxo de informações entre equipe e conselho de administração, é notável
que ainda não se alcançou uma disciplina e uma organização ajustadas às expectativas das
federações. Avaliando tal fato de forma criteriosa, chega-se a duas conclusões: a primeira, que
isso é um indicativo forte que a dificuldade de se trabalhar sob uma estrutura de governança
que exige transparência demonstra a oportunidade de significativas melhorias na gestão da
Brasil Júnior. A segunda, que o travamento desse fluxo de informação da equipe da Brasil
Júnior para o conselho é um forte entrave para o trabalho em rede, uma vez que fica
comprometida a qualidade das informações transitadas entre as federações e as empresas
juniores e compromete a percepção da Brasil Júnior quanto ao valor criado para seus
stakeholders. A ação exigida, pois, reside na necessidade de se sistematizar as entregas ao
conselho de forma simples em sua forma e completa em seu conteúdo, buscando, junto ao
presidente do conselho, o suficiente para um bom direcionamento estratégico e uma boa
disseminação de informações pelo conselho, o que gera melhoria nas diretrizes executadas pela
equipe e proximidade da Brasil Júnior junto às empresas juniores através dos principais pontos
de interface. Com isso, as federações e a Brasil Júnior se comunicam melhor, promovem
alinhamento mais forte e permitem a melhoria de atividades importantes relativas às principais
entregas da Confederação à rede. O que compete à presidência, nesse aspecto, é garantir que
o conselho seja envolvido na construção de resultados da Brasil Júnior sendo alimentado por
informações da equipe executiva através da transparência, cumprimento de prazos e disciplina.
- Gestão de Pessoas
A divisão de funções entre presidente e vice-presidente na Brasil Júnior promove,
ocasionalmente, um viés do entendimento de funções. É importante ressaltar que isso não
promove o presidente a uma figura meramente institucional, colocando-o sob uma posição de
responsabilidade ainda maior ao poder, através de sua atuação externa e orientação estratégica,
direcionar a organização através de uma liderança empática e disciplinada.
Posto isso, o foco na gestão da equipe fundamenta-se na construção preliminar de um time
(team building) que, ciente de seu papel, adquire, paulatinamente, a visão sistêmica necessária
para a execução correta do planejamento estratégico em sua vertente tático-operacional.
Conhecer, detalhadamente, a situação da Brasil Júnior em termos de indicadores e entregas
torna-se, então, parte da responsabilidade atribuída ao cargo e tarefa rotineira de
acompanhamento dos resultados junto à vice-presidência. Para isso, é preciso formalizar e
implementar o programa de formação de liderança para o nível tático da equipe e uma agenda
contínua de capacitação.
Doravante, a análise contextual da organização facilita a avaliação dos resultados e o
direcionamento das próximas ações. No médio prazo, isso tem o propósito de desenvolver uma
cultura organizacional na qual cada um dos integrantes consiga exercitar essa análise sob a
ótica das diretrizes estratégicas, dos processos e projetos e da rotina de trabalho, todos
amparados por um sistema de gestão alinhado a isso e com autonomia suficiente para buscar
soluções para atividade específicas.
Inspirar os membros da equipe de forma humilde e realista, porém visionária, junta-se a essa
série de atribuições ao cargo, exigindo ainda a mais completa personificação dos valores da
Brasil Júnior, o que permitirá uma liderança pelo exemplo.
Desta forma, uma equipe melhor preparada e liderada faz com que a Brasil Júnior possa
executar melhor suas atividades e se aproxime de resultados mais alinhados à expectativas
existentes.
Através da REPRESENTATIVIDADE
- Associativa
A proposta da Brasil Júnior de representar o Movimento Empresa Júnior em âmbito nacional
exige, antes de qualquer coisa, uma legitimidade do próprio MEJ. Isso porque os esforços de
se consolidar o propósito só serão possíveis se a Confederação estiver amparada por um
volume de informação das empresas juniores, núcleos e federações suficiente para o trabalho
junto a parceiros, governo e demais agentes sociais de interesse do Movimento. Portanto,
propõe-se esforços das coordenadorias da presidência para uma constante interação com o que
acontece em toda a rede, convergindo as informações necessárias para a construção de um
discurso factível e amparado pelo conhecimento que a Brasil Júnior tem do MEJ. Para isso, será
criado, dentro do sistema de gestão, um fluxo de informações que alimente essa atividade.
Ao mesmo tempo, essa legitimidade também demanda um reconhecimento da Brasil Júnior
como simbologia da união da rede brasileira, consolidando um efetivo movimento. Porém, o
alcance dessa união potencial é limitado pelo entendimento de cada agente, o que exige
esforços em comunicação interna a fim de assegurar um alinhamento cada vez maior junto às
diretrizes propostas. A solução, aqui, reside em simplificar a mensagem através de
simbolismos práticos que sintetizem o propósito do MEJ e criar modelos replicáveis para se criar
um posicionamento nacional do Movimento. Nessa direção, nos aproximamos de um
comportamento mais associativista o que, por definição, fortalece todos os agentes da rede.
É importante também ressaltar a relevância crescente que os núcleos têm assumido no trabalho
em rede. As experiências na FEJEMG junto aos sete núcleos de Minas Gerais tem evidenciado
pontos que exigem atenção em relação aos papéis que são assumidos por eles e que
demonstram, aos poucos, que serão levados cada vez mais para atividades voltadas a três
pilares: representatividade acadêmica e regional, conhecimento de mercado e integração
presencial. Isso cria um potencial de alteração de paradigmas importantes em relação ao
trabalho das federações e da Brasil Júnior, exigindo um entendimento maior para um melhor
trabalho em rede.
- Institucional e Governamental
Os avanços que a Brasil Júnior tem feito enquanto instituição são evidentes e merecem ser
consolidados e potencializados. O importante, aqui, é ressaltar que um bom relacionamento
institucional depende, primeiramente, de uma agenda institucional que contemple o objetivo
estratégico de posicionamento da Brasil Júnior e do MEJ enquanto agente de formação
empreendedora. Em seguida, entendendo essa agenda como foco e prioridade de trabalho,
deve-se direcionar os esforços para eles de forma intensa e constante, pois a amplitude de
trabalho institucional é ilimitada e, se não trabalhada com disciplina, gera perda de identidade
organizacional. Entretanto, deve-se, ao mesmo tempo, entender que novas iniciativas podem,
por diversas razões (macroeconômicas, políticas ou sociais) serem alteradas de forma passiva
ou ativa. A agenda institucional de 2013 abordava as seguintes iniciativas: 1) Articular ação
nacional do MEJ na Semana Global do Empreendedorismo; 2) Inserir a Brasil Júnior,
formalmente, na Agenda Brasil; 3) Inserir as empresas juniores em diretrizes da Política
Nacional de Empreendedorismo e Negócios; e 4) Aprovar o Projeto de Lei do Senado 437/2012.
A primeira tem sido cumprida à risca e culminou na criação do programa Escolas
Empreendedoras. A segunda e a terceira estão paralisadas por impossibilidade operacional e
paralização política, respectivamente. A quarta ativa e sendo trabalhada pela equipe. E, no
primeiro semestre, foi incluída a iniciativa: 5) Desenvolver o programa Geração Empreendedora,
uma vez que se percebeu o alto alinhamento dessa com a estratégia do MEJ.
Portanto, o ano de 2014 já começará com atividades em andamento e, após análise criteriosa,
estas podem ser refinadas ao contexto nacional e continuarem sendo trabalhadas com
prioridade e foco, fazendo com que a Brasil Júnior seja ainda mais reconhecida pela sua
representatividade associativa e por seu propósito. Prováveis adições residem na necessidade
de relacionamento com entidades representantes de classes profissionais e organizações de
representatividade acadêmica (Instituições de Ensino Superior), principalmente em decorrência
da visibilidade que o crescimento do MEJ e o Projeto de Lei do Senado têm provocado.
Na esfera governamental, mais especificamente, o ano de 2013 tem marcado conquistas
importantes em relação à imagem da Brasil Júnior junto aos poderes legislativo e executivo.
Junto ao primeiro, a tramitação do PLS 437/2012 indica um fortalecimento político importante e
que merece ser tratado com extrema atenção em relação aos próximos passos, havendo
monitoramento constante, por parte da Confederação, dos acontecimentos no Congresso
Nacional que possam, de alguma forma, influenciar positiva ou negativamente a aprovação do
Projeto de Lei. Ao mesmo tempo, será fundamental fazer com que toda a rede entenda a
relevância e as consequências de uma possível aprovação, o que exigirá ainda mais
profissionalismo de todos os agentes (EJs, núcleos e federações). Junto ao poder executivo, o
relacionamento tem sido melhorado e o entendimento de quais alianças são fundamentais
(como tem sido junto à CONAJE, por exemplo) farão com que se consiga inserir os objetivos
da Brasil Júnior na agenda governamental em órgãos como o Ministério da Educação (que
exerce influência no Projeto de Lei) o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior (MDIC) e a Secretaria da Micro e Pequena Empresa (recém criada). Propõe-se, aqui
uma aproximação maior junto à Confederação Nacional da Indústria para esta finalidade.
- Parcerias com empresas
A atuação da Brasil Júnior enquanto representante e desenvolvedora do Movimento Empresa
Júnior exige reconhecimento e parceria com organizações importantes do ecossistema
empreendedor. Nesse aspecto, o trabalho da equipe de negócios ganha caráter estratégico
ainda mais forte, aliado à necessidade de sustentabilidade financeira. O programa de parceiros
mantenedores segue essa lógica com excelência, merecendo um trabalho cada vez mais
profissional e exige agora a criação de uma metodologia de gerenciamento de contas. Isso
acontece porque as parcerias com grandes empresas endossam o aspecto de formação de
capital humano das empresas juniores e tem o potencial de gerar negócios para as mesmas.
Além disso, existe a vantagem de que as estratégias das grandes empresas costumam ser mais
consistentes e menos oscilantes que as governamentais, o que, se bem trabalhado, gera
relacionamentos de longo prazo que vão ao encontro da continuidade da Brasil Júnior sobre o
seu propósito.
Assim, a demanda de ação está na melhoria contínua do programa de mantenedores através de
uma equipe de negócios bem capacitada e de musculatura organizacional da Brasil Júnior para
garantir que todos os acordos serão cumpridos da forma mais efetiva possível. O processo de
captação de recurso pode, então, ter um controle mais eficiente através de metas individuais, da
relação da equipe de negócios com as outras equipes no que tange a projetos com parceiros e
que demandem eficiência operacional e no relacionamento com agentes importantes,
principalmente pós-juniores, que podem colaborar nesse aspecto, o que levará a um aumento
do volume de recursos captados, eficiência nas atividades executadas e melhor
cumprimento dos acordos
Ainda, entender que parcerias específicas podem gerar negócios para as empresas juniores e
contribuir para a sustentabilidade financeira das federações levam à necessidade de um trabalho
em rede cada vez mais maduro para a implementação de grandes projetos que envolvam
federações, núcleos e empresas juniores de forma a minimizar eventuais riscos para o
Movimento.
- Atuação internacional
Ao mesmo tempo que representa o Movimento Empresa Júnior no país, a Brasil Júnior também
possui o caráter de atuação internacional. O relacionamento que começou com a JADE e hoje
se mantém no programa Embaixadores é uma ponte fundamental e que tem o potencial de criar
consistência global do MEJ. É importante entender que isso, feito de forma política e visando o
longo prazo, legitima todos os atores da rede, sendo a visão global fundamental para entender
as nuances implicadas nisso e os desdobramentos práticos. O JEWC 2014, portanto, entra
como ponto fundamental nesse aspecto e, a proposta aqui, é de se criar uma aliança forte com
todos os países integrantes do MEJ que possuam representantes de forma a se criar uma
assembleia solene para a definição, mesmo que superficial num primeiro momento, de uma
agenda global do Movimento Empresa Júnior em direção ao alinhamento da rede.
Ao mesmo tempo, a articulação em outras esferas se faz importante para o reconhecimento da
Brasil Júnior. Eventos como o Global Entrepreneurship Congress e organizações como a Aliança
de Jovens Empreendedores do G20, UNESCO, Banco Mundial e OCDE conferem um grau de
profissionalismo e legitimidade à Confederação junto a empresas, governo e ao próprio MEJ, o
que suaviza e facilita o trabalho de representatividade no longo prazo, contribuindo para o
destravamento dos fluxos da rede.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Todas as proposições aqui contidas buscaram ser construídas fundamentadas pela estratégia
da Brasil Júnior e iluminadas pelo propósito do Movimento Empresa Júnior. Mais ainda, que o
foco em execução é a diretriz para o alcance dos resultados esperados e que há consciência de
que o MEJ evoluiu de forma a se pensar sempre na sustentação daquilo que já foi conquistado.
A FEJEMG espera, com esse documento, ter conseguido demonstrar tanto os seus objetivos
com a candidatura quanto a confiança que tem para pleiteá-lo. Ressalta-se ainda a imensa
satisfação e motivação em estar apresentando esta candidatura ao mesmo tempo que se
entende o tamanho do desafio e da responsabilidade.
A proposta aqui apresentada buscou a maior consistência possível sabendo que as proposições
apresentadas estão sujeitas a modificações e à habilitação estratégica por parte do conselho de
administração da Brasil Júnior, que reúne todas as competências para amadurecê-las através de
sua atuação.
A FEJEMG se coloca à disposição para quaisquer dúvidas, críticas a apreciações e agradece a
oportunidade que lhe foi conferida.
Atenciosamente,
Ryoichi Penna
Candidato à Presidência da Brasil Júnior
Presidente da FEJEMG
Heitor Moreira Alves
Presidente do Conselho da FEJEMG