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www.b2finance-group.com Página 1 Muitas são as formas em que as empresas, seus sócios e adminis- tradores podem ser condenados por leis comerciais, civis e penais pelo fato de não manter em ordem sua Contabilida- de. Seja pelo motivo de não levar a sé- rio a documentação relativa à transação operacional, fazer negócios fora do ob- jeto social, misturar ou confundir bens particulares do sócio e da empresa, co- meter desvios, ou até mesmo, efetuar contratação de um profissional despre- parado. A Contabilidade é a alma da empresa, nela ficam registrados todos os atos e fatos. Se os atos do adminis- trador são corretos: documentação ade- quada, transações negociais dentro do objeto da empresa, o reflexo é imedia- to: a Contabilidade é transparente. Caso contrário pode ser utilizada para incri- minar a empresa, sócios, administrado- res e contador que foram relapsos e desleixados. No Brasil, principalmente nas médias e pequenas empresas, há o vício dos administradores não se preo- cuparem com a Contabilidade: a Con- tabilidade é que se vire”. Essa atitude custa caro: crime fiscal, indisponibili- dade dos bens dos sócios e administra- dores, pesadas multas, tributos, inge- rência, concordata, falência, etc. É ne- cessário aos empresários e contadores conhecerem a definição de crimes, fraudes, dolos, erros, simulações, arbi- tramentos fiscais, distribuição de lu- cros, responsabilidade; meios e privilé- gios de manter a escrita contábil saudá- vel, como prova a favor da empresa nos mais variados embates em que estão sujeitos. Assim, também, um enfoque da importância da Auditoria como complemento da Contabilidade nas su- as mais variadas áreas. CONCILIAÇÃO CONTÁBIL – CON- TABILIDADE SEM INCORREÇÕES PARA EVITAR FRAUDES: Não basta que o Contador apenas evite os procedimentos viciosos para não se configurar fraude. Deverá, também, manter em ordem a Contabilidade da empresa e para isso deverá conciliar a Contabilidade com os documentos e os diversos relatórios dos demais setores que dão suporte aos lançamentos contá- beis, bem assim elaborar planilhas, re- latórios e composição dos saldos das contas contábeis, isto é, planilhas auxi- liares que comprovem a correção dos saldos existentes na contabilidade. Exemplo: Planilha de empréstimos bancários com os respectivos juros e atualizações, os quais estão em confor- midade com a Contabilidade. O objeti- vo é que as Demonstrações Contábeis espelhem a realidade da empresa dentro dos Princípios, Convenções e Postula- dos Contábeis (Resolução CFC nº 750 de 29 de dezembro de 1993). O Conta- bilista, por sua vez, deve ter ciência dos saldos existentes no Balancete ou no Balanço Patrimonial. Como vimos, a certeza de que os saldos contábeis estão corretos está na empresa e quanto mais houver o confronto dos relatórios de cada setor com a Contabilidade, maior será a precisão das informações contidas no Balanço Contábil da em- presa. Dessa forma, podemos dizer que a Contabilidade espelha realidade da empresa desobrigando os sócios, os administradores e o próprio contador de responderem com seus bens pessoais em questionamentos tributários, civis, comerciais, penais e criminais, provan- do que os mesmos não agiram de forma enganosa, lesiva ou com abuso de po- deres perante terceiros. (Colaborou: Jorge Oronzo - sócio de auditoria) BOLETIM INFORMATIVO Ano 2, Edição 21 - 08 de Janeiro de 2015 NESTA EDIÇÃO AUDITORIA ............................1 LEGISLAÇÃO ..........................3 OBRIGAÇÕES .........................4 EDITORIAL .............................5 A IMPORTÂNCIA DE UMA BOA CONTABILIDADE AUDITORIA

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Muitas são as formas em que as empresas, seus sócios e adminis-tradores podem ser condenados por leis comerciais, civis e penais pelo fato de

não manter em ordem sua Contabilida-de. Seja pelo motivo de não levar a sé-rio a documentação relativa à transação operacional, fazer negócios fora do ob-jeto social, misturar ou confundir bens particulares do sócio e da empresa, co-meter desvios, ou até mesmo, efetuar contratação de um profissional despre-parado. A Contabilidade é a alma da empresa, nela ficam registrados todos os atos e fatos. Se os atos do adminis-trador são corretos: documentação ade-quada, transações negociais dentro do objeto da empresa, o reflexo é imedia-to: a Contabilidade é transparente. Caso contrário pode ser utilizada para incri-minar a empresa, sócios, administrado-res e contador que foram relapsos e desleixados. No Brasil, principalmente nas médias e pequenas empresas, há o vício dos administradores não se preo-cuparem com a Contabilidade: “a Con-tabilidade é que se vire”. Essa atitude custa caro: crime fiscal, indisponibili-dade dos bens dos sócios e administra-dores, pesadas multas, tributos, inge-rência, concordata, falência, etc. É ne-cessário aos empresários e contadores conhecerem a definição de crimes, fraudes, dolos, erros, simulações, arbi-tramentos fiscais, distribuição de lu-cros, responsabilidade; meios e privilé-gios de manter a escrita contábil saudá-vel, como prova a favor da empresa nos mais variados embates em que estão sujeitos. Assim, também, um enfoque da importância da Auditoria como complemento da Contabilidade nas su-as mais variadas áreas.

CONCILIAÇÃO CONTÁBIL – CON-TABILIDADE SEM INCORREÇÕES PARA EVITAR FRAUDES:

Não basta que o Contador apenas evite os procedimentos viciosos para não se configurar fraude. Deverá, também, manter em ordem a Contabilidade da

empresa e para isso deverá conciliar a Contabilidade com os documentos e os diversos relatórios dos demais setores que dão suporte aos lançamentos contá-beis, bem assim elaborar planilhas, re-latórios e composição dos saldos das contas contábeis, isto é, planilhas auxi-liares que comprovem a correção dos saldos existentes na contabilidade. Exemplo: Planilha de empréstimos bancários com os respectivos juros e atualizações, os quais estão em confor-midade com a Contabilidade. O objeti-vo é que as Demonstrações Contábeis espelhem a realidade da empresa dentro dos Princípios, Convenções e Postula-dos Contábeis (Resolução CFC nº 750 de 29 de dezembro de 1993). O Conta-bilista, por sua vez, deve ter ciência dos saldos existentes no Balancete ou no Balanço Patrimonial. Como vimos, a certeza de que os saldos contábeis estão corretos está na empresa e quanto mais houver o confronto dos relatórios de cada setor com a Contabilidade, maior será a precisão das informações contidas no Balanço Contábil da em-presa. Dessa forma, podemos dizer que a Contabilidade espelha realidade da empresa desobrigando os sócios, os administradores e o próprio contador de responderem com seus bens pessoais em questionamentos tributários, civis, comerciais, penais e criminais, provan-do que os mesmos não agiram de forma enganosa, lesiva ou com abuso de po-deres perante terceiros. (Colaborou: Jorge Oronzo - sócio de auditoria)

BOLETIM INFORMATIVO Ano 2, Edição 21 - 08 de Janeiro de 2015

NESTA EDIÇÃO

AUDITORIA ............................ 1

LEGISLAÇÃO .......................... 3

OBRIGAÇÕES ......................... 4

EDITORIAL ............................. 5

A IMPORTÂNCIA DE UMA BOA CONTABILIDADE

AUDITORIA

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Só os controles internos, constan-tes, adequados e eficazes podem

tornar difíceis a ocorrência de frau-des nas empresas. O fraudador sem-pre testa os controles internos antes de cometer a fraude programada. Um bom sistema de controle visa salvaguardar o ativo – proteger os ativos de eventuais roubos, perdas, uso indiscriminado ou danos morais (imagem da empresa). O controle é exercido por meio de cinco ativida-des básicas: 1) Segurança e proteção dos ativos e arquivos de informação; 2) Documentação e registros ade-quados; 3) Segregação de funções; 4) Procedimentos adequados de au-torizações para o processamento das transações; e 5) Verificações inde-pendentes. Para evitar riscos com fraudes, erros e perda de controles,

empresas implantam áreas de con-troles internos preventivos, focando nelas a atuação de seus gestores: a) Controles internos a serem utiliza-dos pelas empresas para as operações envolvendo o ciclo de pagamentos: autorizações, solicita-ções de compras, ordens de com-pras, recebimentos das mercadorias, funções do contas a pagar e paga-mentos (emissão de cheques, segre-gações de funções, conferências, etc.); b) Controles internos a serem utilizados pelas empresas para as operações envolvendo o ciclo de recebimento: pedido do cliente, fa-turamento, crédito e cobrança, expe-dição, contas a pagar, recebimento, contabilidade e auditoria; c) Contro-les internos envolvendo o ciclo de produção da empresa; d) Controles internos gerais de Contabilidade, Reconciliações bancárias, Seguran-

ça, Seguros Serviços administrativos e Sistemas; e) Controles e segurança de informação, medidas a serem tomadas objetivando evitar ataques de vírus, códigos hostis, ameaças físicas, tornando seguros os dados de informação, bem como medidas de segurança de rede, da WEB e de e-mails; f) Controles internos na área tributária, DCTF, Declaração de Renda, Lucro Real e retenções de IRRF, INSS, ISS, PIS e COFINS; g) Controles internos na área de Recur-sos Humanos: Admissão, documen-tação, cartão ponto, horas extras, folha de pagamento, INSS, FGTS, IRRF, Férias, 13º salário, Rescisões, Segurança e Medicina do Trabalho, Laudos Técnicos e outros. (Texto extraído da obra "Controladoria Empresarial" de Paulo Henrique Teixeira)- (Colaborou: Jorge Oronzo - sócio de auditoria)

CONTROLES INTERNOS REDUZEM OS RISCOS NO DIA-A-DIA DA EMPRESA

Reclamar é a ação mais firme dos perdedores. Os vencedores buscam respostas para ajustar o rumo em função das alterações proporciona-das pela evolução dos tempos, ou seja, àqueles que buscam o aperfei-çoamento, a evolução das profissões proporciona condições para que se ofereçam serviços com maior quali-dade e preço justo. Em 1494, a pu-blicação do Frei Luca Paccioli inau-gurou a fase moderna da contabili-dade, mas era apenas o princípio, pois nestes mais de 500 anos o ofí-cio passou por grande progresso, transformando a contabilidade em ciência, reconhecendo a profissão de Guarda-Livros e, posteriormente, a de contador. Agora passamos pelo período moderníssimo em que o contador constitui a empresa de contabilidade e deseja fazer uso de todas as ferramentas disponíveis para a administração a fim de ofere-cer serviços com qualidade aos seus clientes e obter rentabilidade. Assim como tantos outros profissionais, talvez o contador não receba, duran-te a graduação, orientações para atuar como empresário, obrigando os interessados a buscar formação complementar. Quem age assim transforma o escritório de contabili-dade em verdadeira empresa com-

petitiva e conquista melhores resul-tados em seus negócios. Sabemos que alguns empresários contábeis têm mais sucesso do que outros, mas quais são os fatores que fazem esta diferença? Buscar conhecimen-to, participar de encontros para a troca de experiência, visitar colegas para debater sobre as dificuldades, investir em tecnologia, contratar colaboradores capacitados e muita determinação são algumas das ações que transformam qualquer empresa. Quem não gostaria de obter repostas para os seguintes questionamentos: qual o salário médio dos funcioná-rios? Quanto representa a folha de pagamento sobre o faturamento? Quanto é o custo fixo das empresas contábeis? Há inadimplência? Qual é o melhor software disponível no mercado? Quais as maiores dificul-dades e pontos positivos das empre-sas contábeis? Qual é o lucro médio aplicado nos serviços? Conforme já dissemos, uma das formas para ob-ter as respostas é conversando com os colegas de profissão que estão dispostos a contribuir com o cresci-mento da classe empresarial contá-bil. Podemos imaginar que quem tem a receita não irá divulgá-la, mas não é isso o que tem acontecido. Se todos os empresários contábeis sou-

berem administrar os seus negócios de forma eficaz é certo que também saberão valorizar o serviço, então todos ganharão. Com o objetivo de contribuir para a evolução da classe empresária contábil é que lançamos a Pesquisa Nacional das Empresas Contábeis. O questionário composto de 26 perguntas irá gerar novos co-nhecimentos para todos aqueles que participarem. O resultado final será dividido por regiões. É o momento dos empresários contábeis e sindica-tos se unirem para a divulgação da pesquisa, pois quanto maior o nú-mero de resposta, maior a qualida-de. (Por: Gilmar Duarte da Silva é empresário contábil)-(Colaborou: Jorge Oronzo - sócio de auditoria)

RECLAMAR É FÁCIL. VOCÊ CONTRIBUI PARA A TRANSFORMAÇÃO?

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Seis em cada dez empresários não estão preparados para seguir a nova legislação no País, que pune, com multas de até 20% do faturamento bruto, pessoas jurí-dicas envolvidas em fraudes.

Mesmo diante do clamor gerado pelas investigações sobre esquema de corrupção entre as maiores empreitei-ras do País e a Petrobras, a lei precisa sofrer alguns rea-justes antes da regulamentação pela presidente Dilma Rousseff. Em primeiro lugar, a regulamentação deve estimular as empresas a adotarem programas de integri-dade e combate à corrupção. O Estado deve, ainda, criar um canal específico de denúncias para registro de con-dutas de agentes públicos, como, por exemplo, extorsão e achaques contra as empresas. É o que aponta o gerente executivo de relações com o poder executivo da Confe-deração Nacional da Indústria (CNI), Pablo Cesário, com base na posição da entidade empresarial sobre a matéria. "A CNI é a favor da lei, com o padrão interna-cional de legislação. Então, ela é bem-vinda. No entan-to, para garantir a efetividade dela, existem algumas etapas que precisam ser cumpridas", afirmou ao DCI. Para Pablo Cesário, há necessidade de se resolver algu-mas "pendências" no texto original para reforçar o cará-ter combativo contra corruptos e corruptores. Compete ao Estado proteger empresas que denunciem atos de corrupção praticados por agentes públicos, prevenindo eventuais retaliações. A avaliação da gravidade das in-frações deve punir quem pratique atos lesivos de manei-ra sistemática e, por outro lado, premiar quem desenvol-va ações de combate à corrupção ou denuncie. "Nesse sentido, a CNI entende que a regulamentação deve esti-mular empresas a adotarem programas de integridade e combate à corrupção. Defendemos, também, que o Esta-do ofereça proteção aos denunciantes contra achaque de agentes públicos, criando, ainda, um canal de denúncias para registro de condutas de agentes públicos, apurando-as em conformidade com a lei", aponta a entidade. A CNI defende que deve haver tratamento diferenciado para micro e pequenas empresas e assim como a possi-bilidade de as empresas utilizarem programas orientados por associações e sindicatos a que estejam filiadas. A aplicação da lei deve respeitar o processo administrati-vo, assegurando-se à pessoa jurídica a ampla defesa e o contraditório. "Por exemplo, vamos para a regulamenta-ção, a gente precisa ter claro qual o papel administrativo disso, quem processa, quem pode julgar, quem pode denunciar", explicou Pablo Cesário. A corrupção é um limitador de competitividade das empresas. "O Brasil perde muito com a corrupção, que gera um impacto de 1,38% do PIB", explicou Cesário. Para a organização, a lei nasce da necessidade de se responsabilizar pessoas jurídicas por crimes de corrupção. A nova lei é severa, na avaliação da Confederação Nacional da Indústria, pois a responsabilização independe do dolo ou da culpa, além de responsabilizar solidariamente as sociedades controladoras, controladas, coligadas ou consorciadas. Segundo a entidade, a lei prevê que empresas poderão

ser minimizadas de sua responsabilidade, caso adotem programas de combate à corrupção. "A criação de pro-cedimentos internos de prevenção, com comitê de ética, um código de ética, dizendo claramente o que você pode ou não fazer, os mecanismos de auditoria, de investiga-ção caso aconteça uma corrupção interna, o impulso para que grandes empresas passem a ser mais rígidas com esse tipo de crime são benefícios diretos dessa Lei para o mercado, para a política e para a sociedade", completou Pablo Cesário.

Em compasso de espera: Seis em cada dez empresas não estão preparadas para cumprir a lei anticorrupção no Brasil, que entrou em vigor há quase um ano e pune, com multas de até 20% do faturamento bruto, empresas envolvidas em fraudes de contratos públicos. Levanta-mento com 300 companhias brasileiras, feito pela con-sultoria internacional Grant Thornton, mostra que a mai-oria das empresas não adotou ainda medidas de controle interno para aumentar a transparência ou regras para treinar funcionários e punir infratores. São empresas de várias regiões e setores, em sua maior parte de médio porte e localizadas em São Paulo e Rio. "O Brasil é um país que reage à corrupção, mas não tem cultura de pre-venção", diz Cynthia Catlett, sócia responsável pela área de investigação de fraudes da consultoria. "As empresas estão em compasso de espera, uma vez que a lei ainda não foi regulamentada. Por isso, a necessidade de a lei ser aplicada e as punições de fato existirem, como ocor-re nos EUA, o país com uma das leis mais temidas de combate à corrupção", salienta Cynthia Catlett. Um dos pontos que as empresas precisam reforçar em seus pro-gramas de combate à corrupção é a relação com parcei-ros comerciais e fornecedores, segundo advogados e especialistas em compliance (mecanismos internos para prevenção de ilícitos). Empresas menores não são atin-gidas: A Lei Anticorrupção responsabiliza as empresas por atos de corrupção contra a administração pública e define punições que variam de 0,1% a 20% do fatura-mento bruto do exercício anterior ao do processo admi-nistrativo. Caso não haja informação sobre faturamento, a multa à empresa pode ser estabelecida entre R$ 6 mil e R$ 60 milhões. A lei proíbe que as empresas envolvidas recebam recursos de instituições financeiras públicas. Não podem participar de processos de licitação nem contratar com o poder público durante o período de cumprimento da sanção. A lei pode levar até ao fecha-mento da empresa. A multa nunca será inferior ao valor da vantagem obtida, e caso a multa não seja paga no prazo, a empresa será inscrita na dívida ativa. A posição da CNI sobre a lei é baseada em sete pontos, entre eles, que a regulamentação deve estimular as empresas a ado-tarem programas de integridade e combate à corrupção. Em contrapartida, compete ao Estado proteger empresas que denunciem atos de corrupção praticados por agentes públicos, prevenindo eventuais retaliações desses agen-tes. (Por Abnor Gondim-Fonte: DCI-SP) - (Colaborou: Jorge Oronzo - sócio de auditoria)

PARA CUMPRIR A LEI ANTICORRUPÇÃO EMPRESAS PEDEM PROTEÇÃO DO ESTADO

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LEGISLAÇÃO

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Os efeitos serão sentidos por todos os setores. Embora esteja há algum

tempo na pauta de empresários e gestores, órgãos do governo e con-tadores, além de receber uma ampla cobertura da mídia especializada, o eSocial ainda é um mistério para muitos. Só não há dúvidas quanto ao fato de que ele trará à tona erros hoje cometidos, propositalmente ou não, e que sintetizam os danos his-tóricos trazidos à sociedade pela chamada cultura empresarial do “jeitinho”. Ao unificar as informa-ções trabalhistas e previdenciárias de empregadores, fechará as brechas até então abundantes para se burlar a legislação, pois tudo será feito praticamente em tempo real. O dire-tor de conhecimento e tecnologia da Decision IT, Mauro Negruni, expli-ca os reflexos do projeto para o País e todos os seus empregados e em-pregadores. 1) Que vantagens o no-vo sistema proporciona e a quem ele beneficia? O tempo despendido pe-las empresas na burocracia será me-nor. Em consequência, a competiti-vidade dos agentes econômicos será aumentada, inclusive com a desejá-vel redução do custo Brasil, gerando assim ganhos de competitividade para as empresas. Os próprios traba-lhadores serão beneficiados ao te-rem seus direitos garantidos, pois as informações escrituradas pelo em-pregador têm valor jurídico; 2) As empresas estão prontas para a ado-ção do sistema dentro do prazo pre-visto? Ninguém está apto ao eSoci-al em nosso País. O projeto é ideali-zado há muitos anos e havia requisi-tos iniciais a serem ultrapassados, como a implantação da contabilida-de digital e da nota fiscal eletrôni-ca. E o principal entrave se encon-tra na cultura das pessoas que com-põem as organizações. Por exemplo, é comum que os funcionários te-nham de gozar férias em vários pe-ríodos, conforme interesse, inclusi-ve dos trabalhadores. Com o eSoci-al, tudo deverá estar de acordo com o regramento legal da CLT ou acor-dos coletivos das categorias. Empre-sas que fazem uso de contratos de prestação de serviços com pessoas físicas, cooperativas de serviços,

trabalhadores portuários, estagiários e outras situações fora do arcabouço dessa legislação deverão ter especial cuidado. Já os trabalhadores pode-rão perceber que algumas flexibili-zações dos empregadores serão gra-dualmente extintas, por mais que não possamos comemorar, em sã consciência, ainda conviver com uma legislação criada há mais de 70 anos; 3) Qual o cronograma de im-plantação e que dificuldades têm sido observadas com maior frequên-cia? Falar atualmente sobre prazo de implantação é totalmente impróprio. Até mesmo nas reuniões de empre-sas voluntárias para testes e especi-ficação do sistema (empresas-piloto) o tema não é mencionado. O alerta fundamental neste momento é a necessidade de se olhar para den-tro da organização e detectar o qua-dro existente, na busca por incon-formidades que venham a prejudicar a implantação da sistemática; 4) Como o eSocial impacta a relação entre empregador e empregado? Em alguns casos, a relação será testada ao limite. Por exemplo, uma empre-sa sujeita ao eSocial provavelmente diminuirá os seus riscos, mas pode gerar a migração para empresas não obrigadas, por parte daqueles profis-sionais que valorizam determinadas liberalidades. Outros efeitos dizem respeito à regularização, aspecto que aumenta os custos de contrata-ção pela formalização. Assim, é possível haver algum fator inflacio-nário em setores com nível de for-malização baixo, posto que terão de se adaptar aos novos tempos. As terceirizações envolvendo cessão de mão de obra também serão atingi-das. Como há julgamentos em anda-mento quanto à validade deste pro-cedimento em grandes empregado-res do ramo de telefonia, entre ou-tros, com o uso da base do eSocial, o Ministério do Trabalho poderá ter as quantificações de forma exata. A tomada de decisões quanto aos pro-cedimentos poderá ser mais eficaz, em função da riqueza de informa-ções disponíveis no novo sistema; 5) Quais as consequências para as empresas que não conseguirem im-plantar o sistema dentro do prazo previsto? Como não houve qualquer modificação legal nos requisitos, as

consequências serão as mesmas que atualmente recaem sobre os tocado-res de serviços, empregadores e contratantes de autônomos, estagiá-rios e demais trabalhadores sem vínculo empregatício. É falsa a má-xima de que a multa imposta em casos específicos é um remédio amargo, porém inevitá-vel. Discordo dela, porque planeja-mento e bons argumentos de mu-dança são remédios mais eficazes e de efeitos duradouros. Além disso, a multa aplicada não isenta o empre-gador do cumprimento da obriga-ção. Ao contrário, poderá aumentar a ponto de absorver recursos finan-ceiros que poderiam muito bem ser investidos na própria adaptação dos processos e sistemas; e 6) Quais são os desafios para as organizações? Os desafios para as organizações são enormes, independentemente do porte ou do segmento em que atu-am, a começar pela adaptação de seus processos internos. Um erro comum dos gestores é confundir a responsabilidade do sistema de in-formática com a regularização das práticas cotidianas. Sem a solidez de um processo bastante robusto, o esforço será perdido logo a seguir. Os empresários devem olhar mais diretamente para a organização co-mo um alvo único, pois também é assim que os órgãos reguladores estão tratando o assunto. A visão departamentalizada, em que cada equipe “fez sua parte”, poderá resul-tar em vários desastres, especial-mente em relação às informações dos colaboradores. (Fonte: Jornal do Comercio) - (Colaborou: Jorge Oronzo - sócio de auditoria)

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OBRIGAÇÕES

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UNIDADES

São Paulo / SP Av. Francisco Matarazzo, 1500 - 5º andar

Torre Nova York - CEP 05001-903

Barra Funda - São Paulo / SP

Phone +55.11.3173-4499

Email: [email protected]

Contato: Afonso Pietroniro

Barueri / SP Alameda Mamoré, 911 - 19º andar

CEP 06454-040

Alphaville - Barueri / SP

Phone +55.11.3173-4499

Email: [email protected]

Contato: Afonso Pietroniro

Sorocaba / SP Av. Antonio Carlos Comitre, 510

Sala 11/13

CEP 18047-620

Campolim - Sorocaba / SP

Phone +55.15.3327-0777

Email: [email protected]

Contato: Afonso Pietroniro

Curitiba / PR Av. Pedro Viriato Parigot de Sousa, 3901

8º andar - Conj. 85 - CEP 81280-330

Mossungue - Curitiba / PR

Phone +55.41.3209.3111

Email: [email protected]

Contato: Wellington Calobrizi

Rio de Janeiro / RJ Barra da Tijuca

Rio de Janeiro / RJ

Phone +55.11.3173.4499

Email: [email protected]

Contato: Ivan Ruivo

FIQUE ATENTO

Algumas pessoas doam parte de suas vidas em benefício da socieda-de. Este desprendimento pode trazer o reconhecimento social, mas a feli-cidade proporcionada é mais impor-tante. É da natureza humana criticar o semelhante. Esta prática não é de todo mal, mas em determinadas si-tuações a crítica é exageradamente forte e algumas vezes maliciosa em relação às pessoas que buscam o diferencial, ou seja, fazer algo inco-mum que irá beneficiar o conjunto social ou uma classe. Pessoas inova-doras e fora do padrão que são ridi-cularizadas podem sentir-se descon-fortáveis e propensas a abandonar seus projetos. Naturalmente aqueles que firmarem o pé em busca de algo e, depois de muita luta, não conse-guirem alcançar o objetivo serão lembrados como sonhadores. Os que atingirem o sucesso passarão a

ser referência, modelos, estarão na mídia e serão respeitados por todos. É um risco, portanto, mas acredito ser melhor correr este risco do que ser apenas mais um no meio de bi-lhões de pessoas. Isaac Newton, por exemplo, foi plenamente reconheci-do 100 anos depois de morto. Ao refletir que há no mundo bilhões de pessoas e, centenas ou milhares de gerações já passadas mais de 99% são pessoas completamente desco-nhecidas, que em nada contribuíram de significativo para melhorar um pouquinho o mundo em que vive-ram, então concluo que vale a pena arriscar para fazer parte do pequeno e seleto grupo de pessoas inovado-ras. Graças a algumas pessoas usu-fruímos dos seguintes benefícios: automóvel, avião, trem, telefone, ar-condicionado, computador, internet, remédio, roupa, cinema etc. Não há

necessidade de ser igual a Einstein, Mandela, Getúlio Vargas ou Steve Jobs, mas seria muito bom se cada um se esforçasse para estudar, pes-quisar, experimentar e desenvolver tecnologias capazes de contribuir para o mundo todo ser um pouqui-nho melhor. Experimentemos, neste novo ano, nos doarmos um pouco mais para o bem social e assim ex-perimentar a gostosa sensação de ter feito algo em prol da sociedade. Há muitas formas de contribuir. Uma delas é colocar nossa inteligência em busca da solução de problemas apontados por alguém. Você já fez esta experiência? Que 2015 seja um campo fértil para semear seus dese-jos, ambições e virtudes. E que a colheita seja farta e benéfica para todos nós. Feliz Ano Novo!

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APENAS MAIS UM OU AQUELE QUE FAZ A DIFERENÇA?

EDITORIAL

EMPRESAS PRECISAM CUMPRIR EM TORNO DE 100 OBRIGAÇÕES PARA ABRIR, FUNCIONAR E FECHAR

Para começar a operar, manter-se em funcionamento e, em certos casos, fechar um pequeno negócio, o empreendedor tem que cumprir em torno de 100 obrigações fixas, fora as que podem ser geradas a partir delas. Mesmo com a aprovação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas - Lei Complementar 123/2006, a burocracia continua. Segundo Júlio César Zanluca, Contabilista e Coordenador do site Portal de Contabilidade, "há várias obrigações acessórias e obrigatórias, relacionadas aos controles da tributação, das exigências trabalhistas, previdenciárias, comerciais e legais em áreas específicas. "Entre as obrigações para uma empresa começar a ope-rar há em torno de 10 livros fiscais, comerciais e trabalhistas; 4 números diferentes de identificação da empresa; inscrições e matriculas da mesma empresa em diver-sos órgãos de controle específico das atividades (como nos Conselhos Profissionais Regionais e Vigilância Sanitária); além de obrigações municipais relativos a alvará e pagamento e retenção do ISS. Tudo isto fora a manutenção destes cadastros, e obrigações anuais declaratórias, como o Imposto de Renda dos só-cios, RAIS, DIRF, DCTF, DACON e outros. Além das obrigações para a manuten-ção da empresa, como pagamento de tributos, há 35 normas de saúde e segurança do trabalho - como o PCMSO (Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacio-nal) e o PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais). No caso das obri-gações para fechar o empreendimento, como baixa na Junta Comercial e certidões negativas de débito tributário, destaque-se que as relativas a tributos podem gerar outras obrigações. Dependendo do caso, o pedido de uma certidão negativa de dé-bitos pode resultar em outras demandas como conciliações fiscais, exibição de comprovantes de pagamentos de tributos e blocos de notas fiscais. Infelizmente, o quadro burocrático, pelo menos a curto prazo, não deve se modificar. Segundo pes-quisa do IBPT - Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário - a cada hora são expedidas em torno de 2 normas, inovando ou alterando regras tributárias, traba-lhistas, previdenciárias ou assemelhadas. Nosso Portal identificou várias obriga-ções específicas, e relatamos um resumo das principais obrigações legais das em-presas. (Equipe Portal de Contabilidade) - (Colaborou: Jorge Oronzo - sócio de auditoria)