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www.b2finance-group.com Página 1 Como parte inte- grante do pacote de soluções e de servi- ços da b2finance, somos especialistas na implementação de projetos de BI (Business Intelligen- ce), utilizando a ferramenta QlikView. Mais do que uma ferramenta de BI, o QlikView é um software que utiliza uma metodologia inovadora chamada Business Discovery. Esse conceito pos- sibilita diversos níveis de análise de informações, de modo rápido e eficien- te. Dados poderão ser analisados em diversos cenários, de forma rápida e eficiente. O QlikView proporciona ra- pidez, flexibilidade, facilidade de uso e recursos avançados, permitindo trans- formar dados provenientes de fontes diferentes em conhecimento de negó- cio, que entre outros benefícios, propi- ciará: Tomadas de decisões mais precisas; Geração de novas oportunidades de- crescimento para a empresa. Através de poderosos cruzamentos de dados e de uma gestão através de indi- cadores, gestores terão a possibilidade de: Anteciparem-se a problemas; Identificarem gargalos e/ou inconsis- tências; Reduzirem significativamente custos de produção e operacionais; Aumentarem a produtividade de seus departamentos; Aumentarem a lucratividade de suas empresas. Consultem-nos sobre como podemos auxiliá-lo a implantar projetos de indicadores e de análises gerencias para gerar crescimento, ganhos de desempenho e melhores resultados na organização como um todo. (Colaborou: Ana Célia Moreira Al- ves | Comercial & New Business) BOLETIM INFORMATIVO Ano 2, Edição 33 - 25 de Junho de 2015 NESTA EDIÇÃO b2finance e QlikView ............... 1 ICMS por Estimativa deve ser previsto em Lei.......................... 1 Os impostos já são 40% do PIB e seguem aumentando .................. 2 Como ter uma boa contabilidade na sua empresa ............................... 3 Imunes e Isentas—Obrigatoriedade de entrega de ECD e ECF ......... 3 Auditoria—Responsabilidade legal e ética profissional..................... 4 EDITORIAL: O Imediatismo .... 5 B2FINANCE E QLIKVIEW ICMS POR ESTIMATIVA DEVE SER PREVISTO EM LEI, DECIDE PLENÁRIO Na sessão desta quinta-feira (18), o Supremo Tribunal Federal (STF), em decisão unânime, deu provimento ao Recurso Extraordinário (RE) 632265, no qual a Companhia de Eletricidade do Rio de Janeiro (Cerj) questionava a validade de decretos editados pelo Po- der Executivo do Estado do Rio de Ja- neiro relativos à forma de apuração e recolhimento do Imposto sobre Circu- lação de Mercadorias e Serviços (ICMS) . Os decretos, de 2002 e de 2004, previam o recolhimento do im- posto por estimativa, o que, no entendi- mento da Corte, só poderia ter sido es- tabelecido por meio de lei estadual. No julgamento, o Plenário atribuiu também repercussão geral à matéria tratada no recurso. Com a decisão, foi fixada co- mo tese que Somente lei em sentido formal pode estabelecer o regime de recolhimento do ICMS por estimativa”. Nesse ponto – quanto à atribuição dos efeitos da repercussão geral –, ficaram vencidos os ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Cármen Lúcia. Princípio da legalidade: Segundo o voto do relator do recurso, ministro Marco Aurélio, a Lei Complementar 87/96 exige a edi- ção de lei estadual versando sobre nova forma de apuração do ICMS. Os de- cretos impugnados modificaram o mo- do de apuração do ICMS e, assim, im- plicaram afronta ao princípio constitu- cional da legalidade estrita”, afirmou. Em seu entendimento, ficou caracteri- zada a inconstitucionalidade dos decre- tos, uma vez que estabelecem parâme- tros de recolhimento estranhos ao determinado em lei. Seu voto foi acompanhado por unanimidade. Os decretos em questão previram um siste- ma segundo qual o ICMS incidente sobre a energia elétrica seria recolhido em três momentos ao longo do mês: nos dias 10, 20 e no último dia útil. Esse recolhimento seria feito com base em estimativa do mês anterior, sendo as diferenças apuradas e compensadas no dia 15 do mês subsequente. (Fonte: STF) - (Colaborou: Jorge Oronzo – Partner | Auditoria – São Paulo offi- ce)

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Como parte inte-grante do pacote de soluções e de servi-ços da b2finance,

somos especialistas na implementação de projetos de BI (Business Intelligen-ce), utilizando a ferramenta QlikView. Mais do que uma ferramenta de BI, o QlikView é um software que utiliza uma metodologia inovadora chamada Business Discovery. Esse conceito pos-sibilita diversos níveis de análise de informações, de modo rápido e eficien-te. Dados poderão ser analisados em diversos cenários, de forma rápida e eficiente. O QlikView proporciona ra-pidez, flexibilidade, facilidade de uso e recursos avançados, permitindo trans-formar dados provenientes de fontes diferentes em conhecimento de negó-cio, que entre outros benefícios, propi-ciará:

Tomadas de decisões mais precisas;

Geração de novas oportunidades de-

crescimento para a empresa.

Através de poderosos cruzamentos de dados e de uma gestão através de indi-cadores, gestores terão a possibilidade de:

Anteciparem-se a problemas;

Identificarem gargalos e/ou inconsis-tências;

Reduzirem significativamente custos de produção e operacionais;

Aumentarem a produtividade de seus departamentos;

Aumentarem a lucratividade de suas empresas.

Consultem-nos sobre como podemos auxiliá-lo a implantar projetos de indicadores e de análises gerencias para gerar crescimento, ganhos de desempenho e melhores resultados na organização como um todo. (Colaborou: Ana Célia Moreira Al-ves | Comercial & New Business)

BOLETIM INFORMATIVO Ano 2, Edição 33 - 25 de Junho de 2015

NESTA EDIÇÃO

b2finance e QlikView ............... 1

ICMS por Estimativa deve ser

previsto em Lei.......................... 1

Os impostos já são 40% do PIB e

seguem aumentando .................. 2

Como ter uma boa contabilidade na

sua empresa ............................... 3

Imunes e Isentas—Obrigatoriedade

de entrega de ECD e ECF ......... 3

Auditoria—Responsabilidade legal

e ética profissional..................... 4

EDITORIAL: O Imediatismo .... 5

B2FINANCE E QLIKVIEW

ICMS POR ESTIMATIVA DEVE SER PREVISTO EM LEI, DECIDE PLENÁRIO

Na sessão desta quinta-feira (18), o Supremo Tribunal Federal (STF), em decisão unânime, deu provimento ao Recurso Extraordinário (RE) 632265, no qual a Companhia de Eletricidade do Rio de Janeiro (Cerj) questionava a validade de decretos editados pelo Po-der Executivo do Estado do Rio de Ja-neiro relativos à forma de apuração e recolhimento do Imposto sobre Circu-lação de Mercadorias e Serviços (ICMS) . Os decretos, de 2002 e de 2004, previam o recolhimento do im-posto por estimativa, o que, no entendi-mento da Corte, só poderia ter sido es-tabelecido por meio de lei estadual. No julgamento, o Plenário atribuiu também repercussão geral à matéria tratada no recurso. Com a decisão, foi fixada co-mo tese que “Somente lei em sentido formal pode estabelecer o regime de recolhimento do ICMS por estimativa”. Nesse ponto – quanto à atribuição dos efeitos da repercussão geral –, ficaram vencidos os ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Cármen Lúcia. Princípio da legalidade: Segundo o voto do relator

do recurso, ministro Marco Aurélio, a Lei Complementar 87/96 exige a edi-ção de lei estadual versando sobre nova forma de apuração do ICMS. “Os de-cretos impugnados modificaram o mo-do de apuração do ICMS e, assim, im-plicaram afronta ao princípio constitu-cional da legalidade estrita”, afirmou. Em seu entendimento, ficou caracteri-zada a inconstitucionalidade dos decre-tos, uma vez que estabelecem parâme-tros de recolhimento estranhos ao determinado em lei. Seu voto foi acompanhado por unanimidade. Os decretos em questão previram um siste-ma segundo qual o ICMS incidente sobre a energia elétrica seria recolhido em três momentos ao longo do mês: nos dias 10, 20 e no último dia útil. Esse recolhimento seria feito com base em estimativa do mês anterior, sendo as diferenças apuradas e compensadas no dia 15 do mês subsequente. (Fonte: STF) - (Colaborou: Jorge Oronzo – Partner | Auditoria – São Paulo offi-ce)

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Como o próprio termo sugere, imposto é algo que nin-guém paga de boa vontade. Atribui-se ao ex-presidente americano Ronald Reagan uma frase comparando a co-brança de tributos à imposição de uma relação servil. “Aproveitar-se do lucro que alguém obtém pelo próprio esforço equivale a submetê-lo a trabalhos forçados”, disse Reagan a respeito do recolhimento de impostos. Seria de esperar, portanto, que, para evitar uma sobre-carga desnecessária sobre empresas e cidadãos, bons governos arrecadassem apenas o suficiente para prestar serviços essenciais, como segurança pública, saúde e educação. Estamos longe disso. Um estudo da Fipecafi — fundação de estudos financeiros e de contabilidade ligada à Universidade de São Paulo e responsável pela coleta e pela análise dos dados de ME-LHORES E MAIORES, de EXAME — expõe com cla-reza a voracidade do Fisco brasileiro. Os tributos suga-ram 40% de toda a riqueza produzida pelas empresas no país em 2014. É, de longe, a maior fatia do bolo. Sem mover um dedo para produzir, o Estado ficou com uma parcela maior do que a destinada aos trabalhadores — cuja remuneração em conjunto representou 24% da riqueza gerada. Também levou mais do que os bancos e as instituições que financiam os negócios, a quem coube um quarto do total. Já os acionistas tiveram como retri-buição pelo investimento perto de 7% do valor gerado. O estudo analisou 264 grandes empresas de dez setores, como varejo, transporte e siderurgia. O Estado brasileiro tornou-se uma espécie de sócio majoritário das empresas — e não é de hoje. Mas um ano de ajustes, como está sendo 2015, expõe uma face perversa das mordidas do governo sobre os negócios da iniciativa privada. Pouco importa se há boas condições para o crescimento, como aconteceu em parte da última década, ou se o cenário é desfavorável, como agora: na história recente do Brasil, o poder público tem procurado novas formas de arreca-dar mais sobre as empresas, sejam elas lucrativas ou não — e quase sempre encontra. Prova disso é que, num ano em que a crise econômica cria obstáculos para a geração das receitas e dos lucros, boa parte das discussões gover-namentais na área tributária se resume a como elevar as receitas. Há nessa lógica uma clara inversão de um man-damento primordial da boa gestão, segundo o qual não se deve gastar mais do que se tem. “O governo brasileiro faz justamente o contrário”, diz Márcio Utsch, presiden-te da fabricante de calçados e artigos esportivos Alpar-gatas. “Os responsáveis por administrar o Estado prefe-rem arrecadar mais para poder aumentar as despesas”. O estudo da Fipecafi dá um bom exemplo de como a sanha arrecadatória independe do desempenho das empresas. A pesquisa estabelece um índice que compara quanto as maiores companhias do país pagaram de impostos em relação à riqueza gerada. Das dez primeiras do ranking desse indicador em 2014, sete fecharam no vermelho no ano passado. A primeira da lista é a operadora Oi, cujo braço de telefonia fixa teve prejuízo em 2014 de 1,6 bi-lhão de dólares — a empresa calcula ter pagado 50 bi-lhões de dólares em tributos de 2007 a 2013. A estatal Petrobras, que no ano passado amargou perdas de 4,9 bilhões de dólares, foi a maior contribuinte do país em valores absolutos, recolhendo 24 bilhões de dólares aos

cofres públicos. As coisas tendem a piorar em 2015. Desde 2004, a carga tributária brasileira só não aumen-tou em 2009 e 2012. De acordo com o Instituto Brasilei-ro de Planejamento Tributário (IBPT), em 2015 o Brasil deverá registrar um novo recorde — segundo as proje-ções, os impostos vão corresponder, neste ano, a quase 37% do PIB. Isso se deve aos aumentos de tributos de-terminados pela equipe econômica do governo, que bus-ca resolver boa parte do necessário ajuste das contas públicas elevando a arrecadação. As receitas do governo deverão crescer 41 bilhões de reais em 2015, de acordo com o IBPT. Nessa conta entram, por exemplo, o fim das desonerações tributárias concedidas a setores especí-ficos nos últimos anos e o aumento, puro e simples, de impostos — como a elevação das alíquotas da Cide, in-cidente sobre as vendas de combustíveis derivados de petróleo, e de contribuições sociais, como PIS e Cofins. Os especialistas em contas públicas acreditam que, até o fim do ano, os impostos ainda vão aumentar. “Acho difí-cil a tributação não subir ainda mais”, diz o economista Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central. “O governo não está diminuindo seus gastos e vai preci-sar de mais dinheiro para fechar as contas”. O orçamen-to da União prevê que as despesas públicas deste ano cheguem a 18,9% do PIB — 0,3 ponto percentual acima de 2014. Quem mais perde com isso são as empresas e os consumidores. Tome-se como exemplo a fabricante de componentes elétricos Steck, de São Paulo. Normal-mente, aumentos de tributos são repassados aos clientes — algo difícil de fazer com a economia em baixa e a inflação em alta. A empresa prevê que as receitas, em termos reais, fechem neste ano 3% menores do que em 2014 — a Steck considera no cálculo uma inflação de 8%. “Diminuímos a produção e demitimos parte do pes-soal- para nos adaptar à nova realidade”, diz Marcos Okumura, diretor financeiro da Steck. “Se houver novo aumento de impostos, não teremos mais o que cortar”. A operadora Net, que presta serviços de acesso à internet e à TV por assinatura, também tenta se adaptar a um cená-rio no qual terá de pagar mais tributos. Há dois anos, a empresa convive com a possibilidade de ver as alíquotas do imposto sobre circulação de mercadorias e serviços incidentes sobre telecomunicações aumentar de 10% para 25% sobre o valor dos serviços prestados — o as-sunto está sendo discutido pelos governos estaduais. Um estudo feito pela Net indica que a mudança resultaria em perda de clientes e de receita. “Se repassarmos um au-mento desses, muitos assinantes vão deixar a formalida-de e recorrer à pirataria de sinais de TV a cabo”, diz Ro-berto Catalão, diretor executivo da Net. “Projetamos um aumento na inadimplência caso as mensalidades preci-sem ser reajustadas”. Incentivo ao atraso:

A elevada carga tributária torna os investimentos priva-dos menos atraentes. O grupo Mexichem, dono de mar-cas como a fabricante de tubos plásticos Amanco, inves-tiu desde 2014 cerca de 90 milhões de reais na amplia-ção de fábricas em Sumaré e em São José dos Campos, ambas no interior paulista. A empresa calcula que mais de um quinto desse total corresponda a tributos embuti-dos nos valores pagos pelo material de construção, pelos serviços de engenharia e pelas máquinas adquiridas.

OS IMPOSTOS JÁ SÃO QUASE 40% DO PIB E SEGUEM AUMENTANDO

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COMO TER UMA BOA CONTABILIDADE NA SUA EMPRESA “Vamos receber parte dos impostos de volta, mas a devolução se dará ao longo de quatro anos”, diz Mauricio Harger, presidente da Mexichem no Brasil. “Isso desestimula a moderni-zação das empresas”. É uma pena, mas as discussões que poderiam levar a um sistema tributário mais racional e menos complexo estão fora da agenda do poder público, que só toca no assunto para fazer crescer a fatia dos impostos. No Brasil, ao que pare-ce, os governos continuarão a ser um tipo de sócio majoritário que só se interessa pelo que pode tirar das em-presas. (Fonte: Revista EXAME) - (Colaborou: Jorge Oronzo – Partner | Auditoria – São Paulo office)

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b2finance e Qlik — Mais uma

nova parceria

Advisory | Audit | Outsourcing | Tax | Technology

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É importante encarar a contabilidade como uma ferramenta que contribui para o gerenciamento do negócio, independentemente do tamanho ou ramo de atividade da empresa. Pen-sar desta forma traz muitas vanta-gens corporativas, principalmente quanto à transparência das transa-ções e a real apuração do lucro ou prejuízo. A primeira dica e a mais importante é a transparência. Com a elevada carga tributária e a forte concorrência que alguns setores en-frentam, muitas vezes, os adminis-tradores arranjam formas alternati-vas de se manterem vivos no merca-do, realizando operações sem emis-são de documentos fiscais, por exemplo. Essa prática, entretanto, conhecida como caixa dois é facil-mente detectada pela Receita Fede-ral, que está bem aparelhada para cruzar as informações eletrônicas transmitidas por todos os contribuin-tes. Agindo com clareza e transpa-rência, o empreendedor terá mais tranquilidade para estruturar a sua empresa para crescer. A escolha do profissional ou organização contábil é outro ponto importante. Normal-mente, as pequenas empre-sas preferem terceirizar a responsa-bilidade para uma organização espe-cializada no ramo e focar no negó-

cio. Essa é uma boa decisão? Sim, mas devem ser analisados alguns pontos antes da contratação. Pesqui-se nos órgãos da classe contábil se empresa é idônea, entre em contato com os clientes atendidos pela con-tabilidade para verificar se eles estão satisfeitos com os serviços presta-dos, visite as instalações da organi-zação e avalie a proposta de presta-ção de serviços oferecida. Após a contratação, é importante acompa-nhar a realização dos serviços, pes-soalmente ou através de um colabo-rador de confiança. É necessário fa-zer reuniões periódicas com o conta-dor e se certificar de que a contabili-dade esteja em ordem. O segredo de sucesso da terceirização de serviços é o gerenciamento. A empresa con-tratada é uma extensão da sua, por-tanto, o acompanhamento é funda-mental para saber se o serviço pres-tado está adequado. Uma boa infor-mação contábil e fiscal assegura o atendimento às exigências da Recei-ta Federal, que é a grande preocupa-ção do empresário. (Fonte: EXAME - Elói de Siqueira (diretor da Moo-re Stephens Auditores e Consulto-res)) - (Colaborou: Jorge Oronzo – Partner | Auditoria – São Paulo office)

IMUNES E ISENTAS – OBRIGATORIEDADE DE ENTREGA DE ECD E ECF

Conforme disposto no inciso II do art. 5o da Instrução Normativa RFB

no 1.252, transcrito abaixo, o parâmetro de valor para a dispensa de obrigatoriedade corresponde ao valor das contribuições (PIS, Cofins e CPRB) objeto de escrituração, que vem a ser as contribuições incidentes sobre as receitas mensais, seja inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais). Nesse valor que dispensa da escrituração digital, não se inclui o valor da contribuição incidente sobre a Folha de Salários.

Art. 5o Estão dispensados de apresentação da EFD-Contribuições:

.....

II - as pessoas jurídicas imunes e

isentas do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), cuja soma dos valores mensais das contribuições apuradas, objeto de escrituração nos termos desta Instrução Normativa, seja igual ou inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais), observado o disposto no § 5o;

....

Desta forma, caso a pessoa jurídica imune ou isenta não tenha apurado as três contribuições incidentes sobre receitas (PIS, Cofins e CPRB) em montante superior a R$ 10.000,00 reais, está dispensada da apresentação, no correspondente mês, da EFD-Contribuições. Em relação à ECD e a ECF, que tem periodicidade anual, vindo a pessoa jurídica imune ou isenta a sujeitar-se à obrigatoriedade da EFD-Contribuições em pelo menos 1

(um) mês de determinado ano calendário, sujeita-se, por consequência à obrigatoriedade da entrega da ECD e da ECF em relação ao ano calendário em questão, mesmo que nos demais meses do ano calendário, o valor das contribuições (sobre as receitas) a recolher seja inferior a R$ 10.000,00. As pessoas jurídicas imunes ou isentas que não estão obrigadas a entregar a EFD-Contribuições, conforme Instrução Normativa RFB no 1.252, de 1o de março de 2012, também não estão obrigadas a entregar a ECD e a ECF. Também não entregarão a DIPJ, pois ela foi extinta. Essas pessoas jurídicas podem entregar a ECD e a ECF de forma facultativa. (Colaborou: Julio Baffini | Vice President – Audit and Consulting)

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A responsabilidade do auditor inde-pendente está voltada aos usuários em geral, atendidos pelas demonstra-ções contábeis divulgadas, devendo sobre elas emitir opinião baseada nos Princípios de Contabilidade. Em face da especificidade de suas operações,

as normas e regulamentos emanados dos órgãos regula-dores passam a integrar os princípios de contabilidade, desde que não sejam conflitantes com os próprios objeti-vos da contabilidade. Auditor é o profissional que, pos-suindo competência legal como contador e conhecimen-tos em áreas correlatas, como tributos, modernas técnicas empresariais e outras aliadas aos conhecimentos de nor-mas e procedimentos de auditoria, procurará obter ele-mentos de satisfação que o levem a fundamentar e a emi-tir sua opinião sobre o objeto de estudo (Sistema de Con-troles Internos, Demonstrações Contábeis. etc). As fun-ções do auditor, hoje, vão muito além do tradicional con-ceito de fiscalização. Além de averiguar e detectar even-tuais falhas nos sistemas de controle e no plano de orga-nização, o auditor se preocupa também com a manuten-ção desses sistemas, de forma que as não conformidades sejam minimizadas, atuando de maneira preventiva e apresentando sugestões para eventuais desvios (aplicação do conceito de Qualidade Total). No exercício da profis-são os auditores, podem ser responsabilizados por erros, falhas, omissões e/ou dolo quanto à veracidade e a forma com que realizam o trabalho e emitem a sua opinião por intermédio do parecer de auditoria. Essa responsabilida-de pode ser assim caracterizada: - Trabalhista: No caso da auditoria interna; - Profissional: Nos casos de audito-ria externa, no que diz respeito à contratação dos servi-ços a serem prestados; - Civil: No caso de informação incorreta no parecer do auditor e que venham a influenci-ar ou causar prejuízos a terceiros que se utilizem dessas informações; - Criminal: No caso de omissão ou incorre-ção de opinião expressa em parecer de auditoria, confi-gurada por dolo, e que venham a influenciar ou causar prejuízos a terceiros que se utilizem dessas informações. Ao planejar a auditoria, o auditor deve indagar da admi-nistração da entidade auditada sobre qualquer fraude e/ou erro que tenham sido detectados. Ao detectá-los, o auditor tem a obrigação de comunicá-los à administração da entidade e sugerir medidas corretivas, informando sobre os possíveis efeitos no seu relatório, caso elas não sejam adotadas. O auditor não é responsável e também não pode ser responsabilizado pela prevenção de fraudes ou erros. Entretanto, deve planejar seu trabalho avalian-do o risco de sua ocorrência, de forma a ter grande pro-babilidade de detectar aqueles que impliquem efeitos relevantes nas demonstrações contábeis. Responsabilida-de em Relação à Fraude: A NBC TA 240 trata especi-ficamente sobre a questão da Responsabilidade do Audi-tor em Relação à Fraude, no Contexto da Auditoria de Demonstrações Contábeis. Desta forma, a leitura deste normativo é recomendável. As distorções nas demonstra-ções contábeis podem originar-se de fraude ou erro. O fator distintivo entre fraude e erro está no fato de ser in-tencional ou não intencional a ação subjacente que resul-ta em distorção nas demonstrações contábeis. Embora a fraude constitua um conceito jurídico amplo, para efeitos das normas de auditoria, o auditor está preocupado com a

fraude que causa distorção relevante nas demonstrações contábeis. Dois tipos de distorções intencionais são perti-nentes para o auditor – distorções decorrentes de infor-mações contábeis fraudulentas e da apropriação indébita de ativos. Apesar de o auditor poder suspeitar ou, em raros casos, identificar a ocorrência de fraude, ele não estabelece juridicamente se realmente ocorreu fraude. A principal responsabilidade pela prevenção e detecção da fraude é dos responsáveis pela governança da entidade e da sua administração. É importante que a administração, com a supervisão geral dos responsáveis pela governan-ça, enfatize a prevenção da fraude, o que pode reduzir as oportunidades de sua ocorrência, e a dissuasão da fraude, o que pode persuadir os indivíduos a não perpetrar frau-de por causa da probabilidade de detecção e punição. O auditor que realiza auditoria de acordo com as normas de auditoria é responsável por obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis, como um todo, não contêm distorções relevantes, causadas por fraude ou erro. O risco de não ser detectada uma distorção relevan-te decorrente de fraude é mais alto do que o risco de não ser detectada uma fraude decorrente de erro. Isso porque a fraude pode envolver esquemas sofisticados e cuidado-samente organizados, destinados a ocultá-la, tais como falsificação, omissão deliberada no registro de operações ou prestação intencional de falsas representações ao au-ditor. Tais tentativas de ocultação podem ser ainda mais difíceis de detectar quando associadas a um conluio. O conluio pode levar o auditor a acreditar que a evidência é persuasiva, quando, na verdade, ela é falsa. Além disso, o risco do auditor não detectar uma distorção relevante decorrente de fraude da administração é maior do que no caso de fraude cometida por empregados, porque a admi-nistração frequentemente tem condições de manipular, direta ou indiretamente, os registros contábeis, apresentar informações contábeis fraudulentas ou burlar procedi-mentos de controle destinados a prevenir fraudes seme-lhantes, cometidas por outros empregados. O texto nor-mativo indica que, na obtenção de segurança razoável, o auditor tem a responsabilidade de manter atitude de ceti-cismo profissional durante a auditoria, considerando o potencial de burlar os controles pela administração, e de reconhecer o fato de que procedimentos de auditoria efi-cazes na detecção de erros podem não ser eficazes na detecção de fraude. Responsabilidade com Outras Infor-mações: De acordo com a NBC TA 720, se ao ler as informações, o auditor identificar uma inconsistência relevante, ele deve analisar se as demonstrações contá-beis auditadas ou as outras informações precisam ser retificadas. Quando for necessário retificar as outras in-formações e a administração se recusa a fazer essa retifi-cação, o auditor deve comunicar esse assunto aos respon-sáveis pela governança; e incluir no relatório do auditor independente um parágrafo de outros assuntos descre-vendo a inconsistência relevante; reter o seu relatório; ou quando legalmente permitido, o auditor deve se retirar do trabalho. Quando a administração concorda em retificar as outras informações, os procedimentos do auditor po-dem incluir revisão das providências tomadas pela admi-nistração para assegurar que as pessoas que receberam as demonstrações contábeis emitidas anteriormente, o res-pectivo relatório do auditor independente e as outras in-formações, sejam informadas sobre a retificação. Ética

AUDITORIA - RESPONSABILIDADE LEGAL E ÉTICA POFISSIONAL

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Começo este texto com uma consta-tação que não deve ser um choque para ninguém: Vivemos em uma so-ciedade dominada por uma cultura imediatista! Não tenho o objetivo de discutir como chegamos nesse ponto nem como podemos mudar, mas é claro que nossa geração quer tudo e quer tudo agora! Não temos mais paciência para esperar o curso nor-mal da natureza, tudo tem de ser ace-lerado. Musculação, condicionamen-to físico? Sim, mas com uma pitada de anabolizantes. Dieta? Reeducação alimentar? Sim, mas uma cirurgia plástica acelera o processo. Os efei-tos de curto e longo prazo desse ime-diatismo nos nossos corpos é óbvio. As discussões, longas e acaloradas sobre o preço de longo prazo que se paga sobre a satisfação de curto pra-zo não param e se tornam cada vez mais polarizadas, isto de certa forma é bom, por que, apesar de toda pres-são da sociedade, o preço do imedia-tismo fica bem claro e cabe a cada um decidir se vale a pena pagar este preço. Infelizmente, não tenho visto discussões nem de perto acaloradas ou, pelo menos polarizadas, quando o assunto é o imediatismo corporati-vo. Da mesma maneira que pessoas usam anabolizantes ou cirurgias plásticas para antecipar o resultado e encurtar um processo doloroso e ma-çante, mas que nos tornaria melhor interna e externamente, vejo uma unanimidade cada vez mais assusta-dora na implementação de estruturas de decisão e de recompensa para a

definição e implementação de estra-tégias imediatistas nas corporações, que privilegiam a geração de resulta-dos de curto prazo, em detrimento da geração de valor no longo prazo. Já vi de perto o que a falta de compro-misso com uma estratégia de longo prazo pode gerar de danos a uma corporação. Membros da média e alta gestão preocupados com os re-sultados trimestrais e o efeito deles nos seus bônus e stock options, ges-tores de fundos de investimentos preocupados com o efeito dos mes-mos resultados trimestrais no desem-penho dos seus portfolios e conse-quentemente nos seus bônus e co-missões. Casos de gigantes que cres-ceram rapidamente e sucumbiram mais rapidamente ainda só alimen-tam essa visão predatória de sugar todos os recursos enquanto podemos, por que afinal de contas, ninguém sabe o dia de amanhã. Histórias de supernovas corporativas que explo-dem, brilham intensamente e se apa-gam rapidamente, sempre vão exis-tir. Somente o compromisso e a dis-ciplina para a tomada de decisões muitas vezes dolorosas, mas que ga-rantiriam um crescimento saudável e uma melhor estrutura para suportar os desafios futuros, vai fazer com que as supernovas corporativas se-jam casos isolados e não o caminho natural de nossas corporações. (Colaborou: Jorge Oronzo – Partner | Auditoria – São Paulo office)

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Contato: Ivan Ruivo

EDITORIAL: O IMEDIATISMO

Aplicada à Auditoria: A ética geral se constitui de normas pelas quais o indivíduo estabelece uma conduta pessoal aceita. Normalmente, isso leva em conta as exi-gências impostas pela sociedade, pelos deveres morais e pelas consequências dos atos da pessoa. A ética profissi-onal dos auditores nada mais é que uma divisão especial da ética geral e nela o profissional recebe normas especí-ficas de conduta em questões que refletem responsabili-dades para com a sociedade, com a organização a que pertence e com outros membros de sua profissão, assim como para com a própria pessoa. O que um auditor faz, individualmente, sendo ou não uma atitude típica dos auditores em geral, às vezes é a única coisa que chama a atenção da organização, do público ou mesmo de comu-nidades inteiras. Assim a profissão de auditor, como um todo, pode ser julgada pelas atitudes de um único profis-sional. Desta forma, no desenvolvimento de seu trabalho o auditor, independentemente de sua formação profissio-nal, deve ter sempre presente que, se obriga a proteger os interesses da sociedade, respeitar as normas de conduta que regem os profissionais de auditoria, não podendo valer-se da função em benefício próprio ou de terceiros.

Fica, ainda, obrigado a guardar total confidencialidade das informações obtidas, não devendo revelá-las a tercei-ros, sem autorização específica. Assim sendo, a profissão de auditoria exige a obediência aos princípios éticos pro-fissionais e qualificações pessoais que fundamentalmente se apoiam em: - Integridade; - Idoneidade; - Respeitabili-dade; - Caráter ilibado; - Padrão moral elevado; -Vida privada irrepreensível; - Justiça e imparcialidade; Bom-senso no procedimento de revisão e sugestão; - Autocon-fiança; - Capacidade prática; - Meticulosidade e corre-ção; - Perspicácia nos exames; - Pertinácia nas ações; - Pesquisa permanente; - Finura de trato e humanidade. É visível que de todas as profissões, o auditor é aquele que está mais sujeito a participar de esquemas espúrios já que sua atividade esta intimamente ligada a apuração do re-gistro de cifras, apuração de resultados que geram mon-tantes, entre outros, manter-se a margem com equilíbrio é consequência da postura ética adotada pelo profissio-nal. (Fonte: TEMATICA CONTABIL – Reinaldo Luiz Lunelli) - (Colaborou: Jorge Oronzo – Partner | Au-ditoria – São Paulo office)