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Boletim Municipal Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros | Nº14 | janeiro 2012 | Publicação Semestral Município ECO XXI Estacionamento Projeto C4 Quinta distinção consecutiva. 13 Eco-Escolas reconhecidas Parque irá oferecer 200 novos lugares Combate pobreza e ex- clusão social

Boletim Municipal de Macedo de Cavaleiros, nº14

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Boletim informativo da Cãmara Municipal de Macedo de Cavaleiros de janeiro de 2012

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Boletim Municipal nº14 - Macedo de Cavaleiros | janeiro 2012

Boletim MunicipalCâmara Municipal de Macedo de Cavaleiros | Nº14 | janeiro 2012 | Publicação Semestral

D. José Cordeiro visitou Museu de Arte Sacra

Município ECO XXI Estacionamento Projeto C4Quinta distinção consecutiva. 13 Eco-Escolas reconhecidas

Parque irá oferecer 200 novos lugares

Combate pobreza e ex-clusão social

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janeiro 2012 | Boletim Municipal nº14 - Macedo de Cavaleiros

Ficha técnica2

Ficha TécnicaPropriedade e Edição: Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros

Direção: Beraldino Pinto

Coordenação: Sílvia Garcia

Redação e Maquetagem: Gabinete de Comunicação da CMMC

Fotografia: CMMC

Impressão: Midoel - Publicidade e Gráfica Digital, lda.

Depósito Legal: 156832/00

Distribuição Gratuita

www.cm-macedodecavaleiros.ptwww.facebook.com/cm.macedodecavaleiroswww.issuu.com/gabinete.comunicacaowww.azibo.org

Boletim MunicipalCâmara Municipal de Macedo de Cavaleiros | Nº14 | janeiro 2012 | Publicação Semestral

D. José Cordeiro visitou Museu de Arte Sacra

Município ECO XXI Estacionamento Projeto C4Quinta distinção consecutiva. 13 Eco-Escolas reconhecidas

Parque irá oferecer novos 200 lugares

Combate pobreza e ex-clusão social

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Editorial 3

O novo Bispo da Diocese de Bra-gança-Miranda honrou-nos em outubro com a visita ao Museu

de Arte Sacra. Foi a primeira visita oficial que D. José Cordeiro efetuou ao Museu, marcando a ligação existente entre a au-tarquia e a Diocese. Conheceu o espólio religioso ali exposto, e também a mostra dos “ex-votos de Balsamão” que esti-veram patentes até final do ano na sala de exposições temporárias. Este espaço recebe a partir de 13 de janeiro e até final de abril, parte da obra do escultor José Rodrigues numa exposição intitu-lada “Para um Altar”.

Em agosto demonstramos o agradeci-mento pela obra de A.M. Pires Cabral ao assinalar-mos a data simbólica do seu septuagésimo aniversário. Foi a oportu- nidade para ser lançada a obra “Aqui e Agora assumir o Nordeste”, uma antolo-gia da sua obra promovida pela Academia de Letras de Trás-os-Montes, reconhe-cendo todo o trabalho na perpetuação da cultura e identidade transmontana evidenciado em todo o seu percurso literário.

O Município foi de novo distinguido com a Bandeira Verde ECO XXI, pre- miando as boas práticas e ações de sus-tentabilidade local. Também, foram re-conhecidas as 13 escolas candidatadas ao galardão de Eco-Escolas. Sai assim fortalecido um trabalho de educação am-biental promovido no concelho junto de crianças a partir de tenra idade, com o objetivo de formar cidadãos conscientes e participativos na defesa do ambiente.

No seguimento do que foi avançado

no número anterior do Boletim Municipal, foi apresentado à popula-ção o Plano Municipal para a Promoção da Acessibilidade. O traba-lho encontra-se em fase de diagnóstico, preo-cupando-se em fazer o levantamento de todas as situações problemáti-cas no concelho e a res-petiva proposta de resolução. A imple-mentação deste projeto representará um importante passo na política de inclusão social e fará de Macedo de Cavaleiros um destino turístico diferenciado pela quali-dade da acessibilidade. As iniciativas de inclusão e equilíbrio social sucedem-se, devendo destacar aqui a realização do Projeto C4 – Comigo, Contigo, Conosco na Comunidade, que junto de pessoas mais desfavorecidas tem procurado cum-prir “sonhos de vida”. De realçar também a realização do Mercadinho do Produtor em agosto na Albufeira do Azibo, que conferiu aos turistas a oportunidade de acesso a produtos de elevada qualidade, e aos agricultores a possibilidade de es-coarem alguma da sua produção. A ini-ciativa mereceu elogios e deverá ter con-tinuidade neste ano.

Presidente da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros

Beraldino Pinto

Autarquia Obras e Urbanismo

Acção SocialEducação

Saúde Cultura

Desporto Momentos

4 8

11 14

16 17

22 23

Índice

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Autarquia4

O Município de Macedo de Cava-leiros foi distinguido com a Ban-deira Verde ECO XXI, relativa à

candidatura 2010/2011. Esta é a quinta dis-tinção consecutiva para Macedo de Cava-leiros, em 6 anos de implementação do Pro-grama ECO XXI, promovido pela Associação Bandeira Azul da Europa.

Na sessão pública de apresentação dos resultados realizada na cidade do Pombal a 30 de setembro, o município macedense, à semelhança do ano transacto, viu ser-lhe reconhecido o seu esforço na área ambien-tal, superando os objetivos definidos para 2010, com um índice superior a 60%. De entre as 35 candidaturas, Macedo de Cava-leiros alcançou o quinto posto.

O Programa ECO XXI visa distinguir as boas práticas, políticas e ações no sentido da sus-tentabilidade desenvolvidas a nível local, com especial ênfase nos aspetos relativos à qualidade ambiental e às práticas de educa-ção para a sustentabilidade. Inspirado nos objetivos da Agenda 21, procura, através de um sistema de 23 indicadores e diver-sos sub-indicadores, avaliar diferentes ver-tentes de sustentabilidade desde a gestão de recursos, à informação aos munícipes passando pela energia, mobilidade, flores-ta, resíduos, turismo, ordenamento do ter-ritório, qualidade do ar e da água, educação ambiental das escolas e implementação do programa da Bandeira Azul.

As sucessivas distinções com a Bandeira Verde, evidenciam a política de boas práti-cas de Macedo de Cavaleiros, reconhecen-do os esforços da Câmara Municipal e dos seus munícipes, na prossecução de um de-senvolvimento sustentável, garante de uma melhor qualidade de vida para todos.

Macedo de Cavaleiros recebeu de 15 de agosto a 13 de setembro

uma exposição promovida pelo mu-nicípio galego de Monforte de Lemos, comemorativa do seu 125º aniversário.

No âmbito da colaboração transfron-

teiriça incentivada pela Associação dos Municípios do Eixo Atlântico, a referida exposição percorre muitas das locali-dades do noroeste da Península Ibérica. Macedo de Cavaleiros acolheu-a em es-paço nobre da cidade, no Jardim 1º de

Maio, em frente aos Paços do Concelho.O Município de Monforte de Lemos

integra a província de Lugo, na Comu-nidade Autónoma da Galiza. Com uma área de 199,5 km2 e uma população de 19.817 habitantes, é o segundo mu-nicípio mais populoso da província.

125 anos de Monforte de Lemos em exposição

Bandeira Verde ECO XXI foi atribuida pelo quinto ano consecutivo

Boas práticas ambientais premiadas

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Autarquia 5

A Câmara Municipal tem já implemen-tada uma rede de computadores privada, acessível a trabalhadores

e departamentos da instituição, a Intranet. Esta é uma rede com padrões semelhantes à internet, mas de uso exclusivamente interno, permitindo a comunicação direta entre os trabalhadores e a troca de informações.

A criação desta ferramenta foi feita no âmbito da implementação do processo de modernização dos serviços da autar-quia. A Intranet vem melhorar os canais de comunicação, reduzindo as desloca-ções, telefonemas e emails, agilizando e

acelerando o processamento e a presta-ção de informação aos munícipes. Isto representa uma economia de tempo, uma menor burocracia, maior produtivi-dade, maior flexibilidade e versatilidade.

O trabalho em grupo entre os trabalha-dores da autarquia sai beneficiado, dada a facilidade gerada para a colaboração entre os diversos departamentos. Esta ferramenta vem também permitir a troca de mensagens internas, como por exem-plo a convocação para reuniões. Neste portal, os trabalhadores têm também a possibilidade de requerer a utilização

atempada de recursos como a reserva de salas para reuniões, equipamento infor-mático acessório e viaturas de serviço.

Deste modo, e resumidamente, a In-tranet vem possibilitar: Acesso à infor-mação da instituição; Consulta de da-dos pessoais; Agendas; Consulta da área Sigma; Partilha de documentos entre trabalhadores garantindo a confidenciali-dade da informação; Acesso a legislação/ regulamentos/requerimentos atualizada; Uniformização de templates; Reserva de recursos; Pedidos de intervenção; Comu-nicação de informação interna e externa.

Intranet é a ferramenta destinada para a reserva de recursos

Intranet agiliza prestação de informação

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Autarquia6

O Plano Municipal para Promoção da Acessibi-lidade, que a autarquia

de Macedo de Cavaleiros está a implementar (Boletim Municipal nº13), encontra-se em fase de dia- gnóstico. A equipa de trabalho procura fazer o levantamento das situações que coloquem em causa o principio da acessibilidade. Este trabalho que, devido à grande área do concelho, apenas deverá estar terminado no final de 2013, vai mais além da identificação das questões problemáticas, pois para todas elas, será apresentada a proposta de resolução e o custo provável da intervenção.

Os objetivos e abrangência do Plano foram apresentados publica-mente no inicio de outubro último. O grupo de trabalho, coordenado pela Proasolutions, empresa com larga experiência nos estudos de acessibilidade na Península Ibérica, que integra também a ReferEstratégia e a Fa-culdade de Psicologia da Universidade do Porto, procurou demonstrar a necessidade da participação de todos para uma maior eficácia do Plano. A participação cívica e a colaboração das instituições é encarada como essencial para a elaboração do docu-mento, uma identificação das carências, o mais alargada possível.

No Plano Municipal para a Promoção da Acessibilidade ninguém é excluído, é dirigido a toda a população, pois a aces-sibilidade ao meio físico edificado, aos transportes e às tecnologias da informa-ção e da comunicação, a par da mudança de atitudes da população em geral face às pessoas com deficiência, constitui uma condição indispensável para o exercício dos direitos de cidadania. A promoção da participação cívica ficará a cargo da Facul-dade de Psicologia. A sua intervenção, pro-curará incentivar a participação individual e coletiva da população. Serão elaborados inquéritos individuais, e constituídos, em contexto informal, grupos de trabalho, res-peitando os critérios sócio-demograficos do concelho. O objetivo passa por incluir

no Plano, informação recolhida junto dos munícipes, que são diretamente os bene-ficiários últimos do mesmo.

O documento apresentará soluções inte-gradas de acessibilidade nas áreas da Via Pública, ao nível das estradas, passeios, ruas e lugares de estacionamento; Edifícios, na sua envolvente, acessos, sistemas de co-municação e segurança; Transportes com prioridade ao rebaixamento de autocarros e adaptação ao transporte de pessoas em cadeira de rodas, a supressão de barreiras no acesso a paragens e a implementação de boas condições de aproximação e de acesso às mesmas; Comunicação com a co-locação de interfaces de mobiliário urbano eletrónico e o incentivo à informação sobre produtos e serviços disponibilizados em estabelecimentos de atendimento ao pú-blico; Infoacessibilidade através da garantia do acesso à informação que possa ser feita através de interfaces auditivos, visuais ou táteis; e Turismo. Nesta última área, uma das mais importantes na economia regio-nal, o objetivo passa por fazer de Macedo de Cavaleiros um destino turístico diferen-ciado pela qualidade da acessibilidade. Segundo Nuno Peixoto da ReferEstratégia,

“Portugal é o 6º país mais envelhecido do mundo”, e, neste sentido as pessoas com mais de 65 anos devem ser vistas como “um interessante público-alvo que apre-senta caraterísticas como: menor caráter de sazonalidade; períodos de estadia mais longos; lealdade a determinados destinos; disponibilidade de realizar despesas acima da média; 52 % destas pessoas necessita de viajar com acompanhantes”.

A Albufeira do Azibo será também alvo de estudo, ao nível dos seus estacionamentos e da acessibilidade às suas praias, promo-vendo-se ainda um projeto para a criação de uma terceira, seguindo estes critérios. Rafael Montes, coordenador da Proasolu-tions, acrescenta que “será feito um levan-tamento de pontos de interesse como cru-zeiros, pelourinhos, igrejas e outros, para poder criar roteiros e percursos acessíveis”.

O Plano agora em elaboração é desen-volvido segundo o conceito internacional de “Design for All”. Envolvido nesta rede, o Município estará em contacto com outros municípios europeus, permitindo a troca de experiências, divulgação do esforço e rea-firmação do compromisso com as metas da acessibilidade.

Plano Municipal de Promoção da Acessibilidade apresentado à sociedade civil

Acessibilidade para todos

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Autarquia 7

A 20 de agosto cumpriu-se um “sonho de muitos anos” da população de Vilarinho do Monte, aqui eviden-

ciado pelo Presidente da Junta de Freguesia, Gumesindo Gomes, que viu inaugurada a sede da sua junta, um edifício novo, compos-to de rés do chão e primeiro andar.

A construção de uma sede para a au-tarquia foi um desejo que perseguiu a presidência de Gumesindo Gomes “e já lá vão 31 anos”, revela. O edifício foi construí-do no centro da aldeia, em terreno adquiri-do pela junta de freguesia há vários anos. “Desde que entrei para presidente de junta, sempre sonhei ter uma casa destas. O lo-cal não sabia onde seria, mas na hora certa apareceram umas ruínas à venda neste lo-cal. Tive oportunidade de fazer a aquisição e de lançar esta obra.”

A construção da sede de junta iniciou-se em agosto de 2010, vindo a terminar menos de um ano depois. A data de inauguração foi programada para o mês de regresso dos emi-grantes. Esta nova casa vem servir a popula-ção em processos administrativos e assuntos da comunidade, evitando que as pessoas se desloquem, como até aqui, na maioria dos casos, a casa do presidente de junta. “Estará à disposição e aberta a todos para o que for necessário”, disse Gumesindo Gomes.

O Presidente da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros, Beraldino Pinto, enal-teceu a vontade e sacrifico evidenciado pela população. “Esta obra é o exemplo do querer,

de uma aldeia, de uma comunidade e de um presidente de junta que ambicionava desde há muito ter um espaço para sede da junta de freguesia e para servir a população. É um mar-co importante também pela persistência de uma freguesia pequena, em conseguir reunir as condições para concretizar este objetivo.”

A obra representa um investimento de cerca de 80 mil euros, assegurados em

65% pelas economias da própria junta de freguesia, e em 35% resultante do finan-ciamento da Direção Geral das Autarquias Locais. A Câmara Municipal realizou as o- bras exteriores ao edifício, em todo o espa-ço envolvente, requalificando toda a zona do centro da aldeia, reunindo condições para que as pessoas possam usufruir do novo espaço.

A Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros está a implementar in-ternamente um Projeto de Igual-

dade de Género. O plano é constituído por ações dirigidas para o desenvolvimento de competências profissionais e pessoais nos domínios da Igualdade de Género, que con-tribuirão para a eliminação das desigual-dades de género na administração local, contribuindo para a consequente qualidade do serviço público.

A igualdade entre mulheres e homens é tema central na busca de uma sociedade mais equilibrada e justa. A Câmara Munici-

Vilarinho do Monte cumpre sonho

pal, promotora de desenvolvimento social, ao implementar este plano, vem promover assim mais justiça social, entendendo a inte-gração da igualdade de género como requi- sito de boa governação, fator de competi-tividade e crescimento.

Ao longo de 2012, serão levadas a cabo um conjunto de ações de formação junto dos funcionários, com o objetivo de: sen-sibilizar os funcionários/as e agentes da autarquia para as consequências que os seus procedimentos e práticas têm sobre as mulheres e os homens a que as mesmas são destinadas, com vista a encorajar e fo-

mentar a mudança, procurando capacitá-los na promoção da igualdade de género e oportunidades; desenvolver metodologias de trabalho adaptadas aos órgãos da ad-ministração local para incorporar o enfoque de género nas suas intervenções que fa-voreçam a conciliação entre a vida familiar e profissional; promover uma imagem não es-tereotipada de mulheres e homens, que fa-cilite a identificação com profissões e ativi- dades não tradicionais; reforçar nos textos e imagens do município, a nível interno e externo, que veiculem uma representação equilibrada dos dois sexos.

Programa de Igualdade de Género

Beraldino Pinto enalteceu a preserverança dos habitantes de Vilarinho do Monte

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Obras e Urbanismo8

Já arrancaram as obras de requalifi-cação da zona envolvente ao Estádio Municipal de Macedo de Cavaleiros.

No seguimento do concurso público (Bo-letim Municipal nº 13), a obra foi consig-nada a 24 de agosto último.

A intervenção estende-se ao longo de 250 dias, devendo estar concluída a 30 de abril deste novo ano. O orçamento é de cerca de 262 mil Euros, um pouco menos que o valor avançado na anterior edição do Boletim Municipal.

Finda a obra, sai beneficiada a mobi-lidade pedonal e rodoviária, permitindo uma significativa melhoria no acesso ao Quartel dos Bombeiros Voluntários, Heli-porto e Estádio Municipal. A intervenção irá substituir a terra batida por betumi-noso e definir e pavimentar os passeios, desde a rotunda do quartel à entrada do Heliporto e acesso principal ao Complexo Desportivo. No entroncamento entre es-tas duas últimas infraestruturas, é criada uma rotunda.

A Requalificação Urbanística da Zona Envolvente ao Complexo Desportivo vem promover e qualificar esta zona da cidade. São criadas zonas de estacionamento viário, feita a sinalização horizontal e ver-tical e criadas áreas ajardinadas.

Envolvente ao Estádio Municipal

1. Acesso ao Complexo Desportivo sai beneficiado

2. Junto ao Quartel dos Bombeiros Vo-luntários nasce uma nova rotunda

1.

2.

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Obras e Urbanismo 9

Renovação de piso e marcações em estradas do concelho

Em setembro último, a Câmara Muni-cipal procedeu à renovação da sinali-zação horizontal da Estrada Nacional

216, que liga a sede de concelho à freguesia de Peredo, numa intervenção com o valor de 30 mil Euros.

Ao longo de mais de 20 km, foi aplicada uma nova marcação viária, permitindo a criação de melhores condições de circula-ção e visibilidade, aumentando a segurança de todos, principalmente em períodos de condições atmosféricas adversas.

Na cidade, onde a pintura das passadeiras é sujeita a um enorme desgaste, a autarquia tem vindo a renova-las, evitando que percam a visibilidade. Nesta fase foram reavivadas passadeiras da Rua Damião de Góis, na Alexandre Herculano e Avenidas Camilo Mendonça, Ilha do Sal e Engenheiro Moura Pegado. Este projeto de renovação de pas-sadeiras é contínuo, seguindo à medida das necessidades.

Também a Estrada Nacional 102-1, que liga

Operações urbanísticas em formato digital

a EN 102 à EN 15, passando pelas localidades de Carrapatas e Cortiços, foi intervenciona-da, numa empreitada da responsabilidade das Estradas de Portugal. Não tendo sido alvo de uma beneficiação profunda como pretendido, foram realizados trabalhos que conferem uma melhoria significativa na mo-bilidade e ligação a vias principais como a EN 102 ou o IP4. Segundo Nuno Gama, Diretor da Delegação Regional de Bragança das Es-tradas de Portugal, “foi feita a correção de depressões e revestimento superficial da plataforma da estrada. Foram também mel-horados os órgãos de drenagem, com cons-trução de valetas revestidas e limpeza de aquedutos.”

A intervenção, por decisão das Estradas de Portugal, foi feita apenas nas ligações entre o cruzamento com a EN 102 e Carrapatas e entre Cortiços e o cruzamento com a EN 15. O troço entre as duas localidades e no seu interior não foi alvo de obras, não havendo, para já, garantias da sua realização.

O Município de Macedo de Cavaleiros deixou, desde outubro, de exigir a

entrega dos duplicados dos projetos das mais diversas operações urbanísticas su-jeitas a controlo prévio (licenciamento ou comunicação prévia), em formato papel. A sua entrega é agora feita apenas após deferimento da pretensão, e em formato digital.

A medida vem dar continuidade ao es-forço da autarquia na modernização e des-burocratização dos atos relativos ao licen-ciamento das operações urbanísticas de carácter particular, e garantindo que com as suas ações contribui para a redução do consumo de papel e energia, mantendo as-sim uma atitude ecológica ativa.

Mantém-se para já fora do âmbito des-ta medida, as operações de loteamento e ob-ras de urbanização, bem como as situações em que pela sua localização ou natureza do projeto, haja necessidade da Câmara Municipal solicitar a emissão de pareceres externos.

O duplicado dos projetos deverá ser en-tregue no ato de emissão do alvará de ob-ras ou, no caso das operações urbanísticas sujeitas a comunicação prévia, no ato de liquidação das taxas urbanísticas. Deverá conter todas as peças escritas e desenhadas do projeto de arquitetura e especialidades envolvidas, bem como todos os documen-tos relevantes do processo, organizados de acordos com as “Normas para instrução de processo em formato digital e assinatura digital qualificada”, disponíveis no sítio de internet do Município (www.cm-macedo-decavaleiros.pt), na área da loja do muníci-pe/requerimentos/urbanismo.

Qualquer dúvida pode ser colocada através do seguinte endereço de correio eletrónico: [email protected].

Passadeira renovada junto às escolas

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10 Obras e Urbanismo

Planos Municipais de Ordenamento do Território on-line (WebPDM), e

Emissão Automática de Plantas de Loca-lização (WebEPL), são duas ferramentas do Sistema de Informação Geográfica (SIG), que agora passam a estar disponíveis na Internet. Sendo objetivos do Município de Macedo de Cavaleiros, disponibilizar aos munícipes e todos aqueles que dia-riamente necessitam de aceder a informa-ção de base territorial, está acessível no seu site (www.cm-macedodecavaleiros) uma plataforma intuitiva e de fácil utiliza-ção, na qual se possa consultar de forma

dinâmica, um vasto conjunto de informação georreferenciada.

As ferramentas agora disponibilizadas pretendem, por um lado, dar resposta à obrigação legal de disponibilização dos Pla-nos Municipais de Ordenamento do Ter-ritório na Internet (Lei n.º 56/2007, de 31 de agosto), e por outro ser mais um canal de comunicação, disponibilizando ferramentas de impressão automática de plantas de localização (para processos de obras par-ticulares), e de formulação de sugestões/reclamações, no âmbito dos processos de elaboração, revisão e alteração, dos PMOT’s

(Plano Diretor Municipal, Plano de Urban-ização de Macedo de Cavaleiros e Plano de Pormenor da Zona Industrial de Macedo de Cavaleiros).

A consulta da informação relativa aos PMOT´s não dispensa a consulta dos di-plomas legais de aprovação, publicados em Diário da República, e disponíveis em versão papel na Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros e da DGOTDU.

Qualquer dúvida pode ser colocada através do seguinte endereço de correio eletrónico: [email protected].

Portal Geográfico possibilita consulta dinâmica

Está em fase de conclusão a cons-trução do Parque de Estaciona-mento Descoberto da Zona Verde

de Macedo de Cavaleiros. Os arruamentos e as infraestruturas estão criadas, faltan-do terminar as pavimentações.

A implantação das várias baías de es-tacionamento procurou manter as ca-raterísticas topográficas existentes,

levando à utilização de pavimentos semi-permeáveis nos passeios e grelhas de en-relvamento nas zonas de estacionamento, mantendo apenas a via de circulação au-tomóvel em betuminoso. Neste caso, falta ainda colocar a última camada, o que de-verá acontecer numa altura em que o sol seja mais visível.

Implantado numa área aproximada de

9.400 m2, nos terrenos próximos da ri-beira de Macedo, o novo parque vem so-lucionar os problemas de estacionamento junto ao centro da cidade. Ali serão cria-dos 200 novos lugares parqueados, com acesso a partir da Rua Pereira Charula.

O valor da adjudicação é de 485 mil Eu-ros, com IVA incluído, comparticipados em 70% pelo programa FEDER.

Parque oferece 200 lugares de estacionamento

Parque de Estacionamento será concluído em breve

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Boletim Municipal nº14 - Macedo de Cavaleiros | janeiro 2012

11Educação

Treze estabelecimentos de ensino do concelho de Macedo de Cavaleiros foram galardoados com a Bandeira

Verde Eco-Escolas. O galardão que premeia as iniciativas de educação ambiental e edu-cação para a sustentabilidade desenvolvidas nas escolas durante o último ano letivo, foi entregue na cerimónia nacional que decor-reu em Oliveira de Azeméis a 7 de outubro.

A distinção entregue a todos os estabe-lecimentos de ensino do concelho candidata-dos, representa uma melhoria relativamente ao ano anterior, em que haviam sido recon-hecidas 10 escolas. O resultado agora con-seguido, num conjunto de 236 municípios inscritos, coloca Macedo de Cavaleiros no grupo dos 6 municípios nacionais com o total

13 Eco-Escolas no concelho

de escolas inscritas galardoadas.As Bandeiras Verdes entregues, pre-

meiam o trabalho desenvolvido por profes-sores e alunos no último ano letivo. São o re-conhecimento pelo empenhado trabalho na implementação de medidas para uma mais eficiente gestão da energia, resíduos e água, desenvolvidos em ambiente escolar e que

O Programa “Está na Hora da Leitu-ra”, do Plano Nacional da Leitura

(PNL), tem sido desenvolvido nas tur-mas do 1º Ciclo do Agrupamento Verti-cal de Escolas de Macedo de Cavaleiros, contando neste ano letivo as turmas do 1º e 2º anos do Centro Escolar – Pólo I com a colaboração da Biblioteca Mu-nicipal.

A iniciativa colocada em prática no contexto da sala de aula, tem possibi-litado um maior contacto das crianças com os livros e a todo o fascínio a eles associado.

O objetivo, claro está, passa por fo-

mentar nas crianças o interesse pelos livros e pela leitura, conhecendo um mundo infinito de histórias e saberes. De entre as obras sugeridas no PNL, a Biblioteca Escolar distribui em cada tur-ma um pacote de 12 exemplares de cada obra, para que possam ser trabalhados na sala de aula.

A Biblioteca Municipal tem vindo a co-laborar com a escola e professores no desenvolvimento da atividade, promo-vendo sessões de leitura nas diferentes turmas. Em cada obra, a exploração do livro e a estimulação do interesse por este, é feito com sessões interativas de

leitura e o desenvolvimento de traba-lhos específicos em artes plásticas.

Em algumas atividades são também envolvidos alguns idosos. Foram já con-vidados a participar os idosos do Lar da Santa Casa da Misericórdia (Macedo de Cavaleiros) e os idosos do Lar Sant’Ana (Castelãos) que vêm transmitir alguns dos seus saberes. Na obra “O João e o Pé de Feijão”, de Belmira Ferreira e Rosa Fonseca, os idosos conversaram sobre as diferentes variedades de feijões que as crianças levaram de casa, que depois foram semeados por cada um em dife-rentes recipientes.

Está na Hora da Leitura

Escolas distinguidas:

Jardim de Infância de GrijóJardim de Infância de MoraisJardim de Infância de PodenceJardim de Infância de TravancaJardim de Infância de Vale da PorcaJardim de Infância do LomboJardim de Infância Nº2 Macedo de CavaleirosJardim de Infância Nº1 Macedo de CavaleirosJardim de Infância de PeredoEscola EB1 Pólo 1 de Macedo de CavaleirosEscola EB1 Pólo 2 de Macedo de Cavaleiros

muitos conseguem aplicar em casa.O Programa Eco-Escolas, promovido pela

Associação Bandeira azul da Europa (ABAE) comemora este ano 15 anos de atividade em Portugal. Destinado a todos os graus de ensino, está presente em 77% dos mu-nicípios portugueses, e premiou 1209 esco-las, das 1515 inscritas.

Jardim de Travanca foi uma das 13 escolas premiadas

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janeiro 2012 | Boletim Municipal nº14 - Macedo de Cavaleiros

12 Educação

Teatro de fantoches no Azibo

Contribuir para a formação de cidadãos participativos, conscientes e ativos na defesa do ambiente nas zonas bal-

neares foi o objetivo do teatro de fantoches que se realizou na Praia da Fraga da Pegada e na da Ribeira no final de agosto. “Era uma vez uma barragem chamada Azibo” foi o título da história que despertou a atenção de miúdos e também de graúdos, e que foi contada junto aos pavilhões de leitura que a Biblioteca Municipal teve no Azibo.

A ideia partiu da Ecoteca, responsável pelo texto, colocada em ação pela AJAM (Associação dos Jovens Artistas Macedens-es) que a dramatizou e construiu os fan-toches. Assente em seis personagens, “Era uma vez uma barragem chamada Azibo” conta a história a partir dos finais da década de 70, em que o “Ti Joaquim se lamenta do estado das suas hortaliças e chora com o desolador aspeto do Rio Azibo no verão. A conversa com a Tia Zeca, uma lavradora es-pertalhona, revela a existência de um proje-to ambicioso que resolveria o problema da falta de água para a agricultura e até mesmo para consumo. 30 anos depois, voltam ao mesmo local para, na companhia dos filhos e netos, desfrutar das ofertas da Barragem

do Azibo e relatar as peripécias que acom-panharam a construção da mesma.”

Os mais novos perceberam a mensagem, pois no final, muitos disseram que “a bar-ragem serve para dar de beber às pessoas” e que “não se deve sujar”. Através de fan-toches, foram passadas ideias para fomentar

O Macedo em Movimento continua a atrair muitas crianças e jovens dos

6 aos 16 anos nos períodos de férias es-colares. Nas férias de verão, foram pro-movidos 4 períodos, de 4 de julho a 26 de agosto, sendo usufruídos por 220 cri-anças.

Neste campo de férias, foram dis-ponibilizadas atividades que associaram a diversão, na Albufeira do Azibo, Pisci-nas Municipais e visita ao Parque Aquáti-co de Amarante, com a aprendizagem de temáticas, como a pintura, música, dan-ça e outras expressões corporais, assim como a visita ao Museu de Arte Sacra.

O preço da inscrição foi de 35€, por

a recolha de informação que permita uma melhor gestão deste tipo de espaços, cara-terizar as praias galardoadas com Bandeira Azul e relembrar a importância dos recursos hídricos, assim como a história deste idílico local, cuja a sua importância vai muito além dos mergulhos e dos passeios de gaivota.

período, com direito a lanche. As crianças residentes fora da cidade tiveram acesso a transporte gratuito. A próxima edição

do Macedo em Movimento decorre no período das férias da Páscoa, de 26 de março a 5 de abril.

Macedo em Movimento com 220 crianças

Fantoches da AJAM contaram a história da Albufeira do Azibo

Mergulho foi uma das atividades desenvolvidas nas férias de verão

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Boletim Municipal nº14 - Macedo de Cavaleiros | janeiro 2012

Educação 13

O Regime de Fruta Escolar para o ano leti-vo 2011/2012 teve inicio em outubro.

O programa prevê a distribuição de frutas e produtos hortícolas nas escolas do 1º Ciclo do ensino básico de todo o concelho. São assim abrangidos 472 alunos das Escolas de Chacim, Morais e Pólo I e II de Macedo de Cavaleiros.

Este programa proporciona a distribuição gratuita de uma peça de fruta, duas vezes por semana e durante 30 semanas letivas. O lanche das crianças é enriquecido com uma peça de fruta, de entre a maçã, pêra, clementina, tangerina, laranja, banana, ce-noura, tomate, cerejas, uvas, ameixas ou pêssegos.

A iniciativa, promovida no concelho des-

de o ano letivo de 2009/2010, vem reforçar os programas já existentes nas escolas e con-tribuir para a promoção de hábitos de con-sumo de alimentos hortofrutícolas, benéfi-cos para a saúde de cada um. Sai fortalecida a qualidade nutricional da oferta alimentar em meio escolar, contribuindo para reduzir o risco de doenças crónicas associadas à obe-sidade.

Ação Social Escolar

Sendo o sucesso futuro dos jovens direta-mente dependente das oportunidades pro-porcionadas no sistema de ensino, a Câmara Municipal, através do seu programa de Ação Social Escolar, tem procurado oferecer idên-

ticas condições às crianças e famílias com maiores dificuldades financeiras. De acordo com as normas do Ministério da Educação, aos alunos do pré-escolar e 1º ciclo, são con-cedidos apoios para a aquisição de livros, comparticipadas as refeições, assegurada a gratuitidade do transporte, assim como al-gum apoio para a aquisição de cadernos das Atividades de Enriquecimento Escolar.

Neste ano letivo, no apoio à aquisição de livros e material escolar, são abrangidos 274 alunos, repartidos pelos dois primeiros escalões de rendimento para atribuição de abono de família. A comparticipação to-tal da autarquia cifra-se em 6618,10€ para a aquisição de livros e 2840,50€ para a aquisição de material escolar.

Durante o verão, o programa de Ciência Viva proporcionou a opor-tunidade de melhor conhecer o

céu, a riqueza geológica do Maciço de Morais e as espécies animais e vegetação ribeirinhas. As sessões de Astronomia, Geologia e Biologia foram concorridas

com cerca de uma centena de pessoas.Entre 18 e 22 de julho, a Astronomia

esteve presente em Vale Pradinhos, Ba-gueixe, Bornes, Castelãos e na Albufeira do Azibo. Nas observações à vista desar-mada, foram privilegiadas a orientação estelar e identificação de constelações.

Com o telescópio, foram observadas a Lua, o planeta Saturno, estrelas azuis, amarelas e vermelhas, enxames de estre-las e a galáxia Andrómeda (M31).

As atividades de biologia e geolo-gia decorreram a 27 de agosto e 10 de setembro. No dia 27, os participantes pu-deram, ao longo de um percurso no Rio Azibo, junto à extinta aldeia de Banrezes, observar e identificar anfíbios e répteis, conhecendo o papel destas espécies no equilíbrio dos ecossistemas. Em setem-bro, na Ribeira de Vale de Moinhos, en-tre Morais e Lagoa, foram observadas as plantas aquáticas, as aves, libélulas, etc.

Na visita ao Maciço de Morais, con-corrida por muitos profissionais da geo-logia, foi dado a conhecer o fenómeno, observando testemunhos dos continen-tes Gondwana e Laurússia e do Oceano Rheic, envolvidos na formação da cadeia de montanhas Varisca, formada à mais de 380 milhões de anos.

Estas iniciativas, dirigidas a todos os públicos com idade superior aos 10 anos, são gratuitas e traduzem-se numa boa oportunidade de adquirir ou aprofundar conhecimentos nestas áreas.

Ciência Viva muito participada

Biologia foi uma das áreas com atividades no programa de Ciência Viva no verão

Fruta nas escolas de 1º ciclo

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janeiro 2012 | Boletim Municipal nº14 - Macedo de Cavaleiros

Ação Social14

Mercadinho do Produtor no Azibo

Uma dezena de agricultores de seis freguesias do concelho de Macedo de Cavaleiros esteve representado no

“Mercadinho do Produtor”, que, no inicio de

Foram mais de um milhar, as pessoas que em 2011 se reuniram no En-contro de Gerações. A iniciativa da

Câmara Municipal, a que se juntaram os Lares, Centros de Dia e Juntas de Fregue-sia do concelho, juntou pessoas de todas as idades no Santuário de Santo Ambrósio, em Vale da Porca.

A alegria e convívio foram o mote para mais esta edição do Encontro. As idades não foram o mais importante, neste que foi um dia de muito divertimento, festim e camaradagem. O reencontro de amigos e companheiros permitiu o fortalecimento de laços de união e amizade, muitos deles entretanto perdidos.

Depois da eucaristia e do piquenique, a tarde recreativa foi animada pelas atua-ções da Fanfarra de Vale da Porca, pelo Grupo de Cantares de Castelãos e alguns artistas musicais, também eles de diferen-tes idades. Os utentes dos lares e centros

agosto, se realizou na Praia da Fraga da Pega-da na Albufeira do Azibo. Ali mostraram e ven-deram muitos dos seus produtos e, no final, ficou a vontade de repetir a iniciativa.

Azeite, mel, vinhos, queijos, legumes, fru-tas, licores e compotas “super biológicos, produzidos sem qualquer químico”, como não se cansaram de repetir, foram alguns dos produtos que se comercializaram no “mer-cadinho”. Se numa primeira fase a iniciativa, desenvolvida no âmbito do Plano de Ação do Conselho Local de Ação Social, visava chegar a veraneantes vindos de fora e a emigrantes, também foram alguns originários da região que aproveitaram esta oportunidade. Afinal, como se foi referindo ao longo do dia, com-prar diretamente ao produtor é garantia de qualidade.

Nesta feira, além de produtores em nome individual marcaram presença, duas juntas de freguesia que optaram por representar e con-centrar numa única banca os produtos de agri-cultores das suas freguesias. Devido à renitên-cia inicial de alguns produtores de idade mais avançada em participar, as juntas de Salselas e Olmos decidiram representá-los. Assumiram a venda dos seus produtos, aproveitando a ini-ciativa para divulgarem as próprias freguesias e abrirem novas oportunidades de negócios.

Agricultores venderam parte da sua produção

Encontro de Gerações 2011

de dia, e a restante comunidade dançaram divertiram-se em conjunto, num dia que por muitos não é esquecido. 40 utentes dos ateliers do espaço Inciativa de Alfân-dega da Fé marcaram presença, a propósi-to de um intercâmbio existente entre as

Redes Sociais, e também eles ajudaram à animação.

A Associação de Diabéticos do Distrito de Bragança deu a conhecer as suas ativi-dades e iniciativas e realizou exames de medição da glicemia e tensão arterial.

Convívio e animação em nova realização do Encontro de Gerações

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Boletim Municipal nº14 - Macedo de Cavaleiros | janeiro 2012

15Ação Social

O Projeto C4 – Comigo, Contigo, Connosco na Comunidade, tem como objetivo o combate à po-

breza e exclusão social, procurando en-volver as pessoas e grupos da população, de modo a desenvolver competências através da construção de projetos de vida e da realização de atividades cultu-rais com a comunidade. Tem vindo a ser implementado desde Outubro, mês da primeira sessão coletiva, e envolve a Câ-mara Municipal, Santa Casa da misericór-dia, Centro de Saúde, Associação dos Dia-béticos do Distrito de Bragança (ADDB), Agrupamento de Escolas, Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ), Rendimento Social de Inserção (RSI), Centro de Emprego, Projeto PRI e a Se-gurança Social, entidades parceiras do Centro Local de Ação Social de Macedo de Cavaleiros (CLASMC).

Este é um projeto construído pelos

próprios participantes, o que se assume como uma mais valia. Valorizando as ex-periências individuais, aqui procura-se construir projetos de vida, em que cada um pode transmitir os seus saberes, ou ad-quirir ensinamentos ou técnicas que pos-sam enriquece-los. Se numa primeira fase foram convidados a participar as pessoas sinalizadas pelos técnicos das instituições parceiras, o C4 não se destina apenas a este público, está também aberto a pes-soas dos vários estratos sociais. Este ape-lo à abertura da comunidade, resultou em duas campanhas de sensibilização na Rá-dio Onda Livre, cujos spot´s foram elabo- rados pelos participantes no C4.

A vontade de aprender a ler e a es-crever sempre acompanhou a Dª Inês e o seu marido, que com apenas a 3ª classe, já não recorda as letras. Este desejo foi manifestado numa das sessões em que se recorreu à técnica da árvore. Numa

réplica de madeira, cada um dos partici-pantes colocava um pequeno papel com o seu sonho, procurando que aquela ár-vore pudesse dar frutos. E deu. 3 partici-pantes do C4 irão frequentar o curso de alfabetização de 3 meses do Centro de Emprego, ou um outro promovido pelo Agrupamento de Escolas que atribuirá certificação.

Outros desejos foram dados a conhe-cer, como a vontade em aprender a dan-çar ou a costurar, ou mesmo, aprender a tocar um instrumento musical, mani-festado pelo André Santos e Fernando Ralha.

As sessões coletivas tem um carater mensal, decorrendo na última feira do mês. As sessões individuais decorrem nos restantes dias de feira, onde cada participante tem um maior acompanha-mento relativamente ao seu “projeto de vida”.

C4 - Um projeto de vida

Sessões do C4 decorrem nos dias de feira municipal no Centro Cultural

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janeiro 2012 | Boletim Municipal nº14 - Macedo de Cavaleiros

16 Saúde

Cerca de uma centena de pessoas participou, no dia 10 de julho, na

II Caminhada Saúde “On Tour”. Caminharam juntos na sensibi-lização para a diferença, procu-rando quebrar barreiras e efeti-var a inclusão. Organizada pela Cooperativa de Educação e Rea- bilitação de Cidadãos Inadap-tados (CERCIMAC), a iniciativa adotou o slogan “Caminhe pela Inclusão”.

O S. Pedro possibilitou um agradável dia, que cedo se iniciou no jardim 1º de maio. Os participantes daí partiram, rumo ao Santuário da Sr.ª do Campo em Lamas. Pela frente tiveram 11 km de trajeto, maioritariamente efetuado em terra batida. A meio da jor-nada, os caminhantes retem-peraram energias e recuperaram forças na paragem para o pequeno almoço, rea-lizada em Latães.

Na Sr.ª do Campo, realizou-se a missa campal, seguida de almoço. A tarde foi preenchida com as atuações dos “Toca a Bombar” das Arcas, Grupo de Cantares de Castelãos e pela realização de jogos tradicionais.

Esta iniciativa insere-se num dos eixos do Plano de Ação para 2011 da Rede Social de Macedo de Cavaleiros. Surge na sequência do programa formativo “VALOR Associativo” que decorreu em 2009, reunindo diversas associações do concelho, e que procurou estimular os seus líderes a construírem novos desa-fios empreendedores para promover

a sustentabilidade das associações e a realizarem mais eventos que mobilizem a comunidade em torno de um bem co-mum. Pretende-se que a Caminhada seja organizada pelas diferentes Associações participantes na ação formativa, ou ou-tras que entretanto se juntem. Em 2010 foi levada a efeito pela Associação dos Diabéticos do Distrito de Bragança.

A Associação dos Diabéticos do Distrito de Bragança (ADDB) organizou a 22 de outubro, no

Centro Cultural, as IV Jornadas da Dia-betes. O encontro, dirigido a diabéticos e não diabéticos, procurou transmitir informação relativa à prevenção da dia-betes.

Sob o lema “Mais vale prevenir que remediar”, foram explicados ensina-mentos para a prevenção num fórum

que contou com a participação do co-nhecido médico José Eduardo Pinto da Costa. As IV Jornadas serviram também para a apresentação do programa AVRA (Adoçar a vida reduzindo o açúcar). Este, segundo Margarida Pires, Presidente da direção da ADDB, “visa essencialmente diminuir em 5% a probabilidade de as pessoas virem a ter diabetes ou que de-senvolvam a doença. Vamos fazer uma aplicação da avaliação do risco para a

diabetes tipo 2 e prevenir complica-ções.” O projeto será implementado em Macedo de Cavaleiros, Mogadouro e Alfândega da Fé, onde já avançou.

Às quartas Jornadas da Diabetes, seguiu-se uma visita ao Museu de Arte Sacra, no sentido de promover o pa-trimónio do concelho, e um jantar de beneficência para a ADDB, associação se-diada em Macedo de Cavaleiros e atual- mente com 500 associados.

IV Jornadas da Diabetes da ADDB

II Caminhada Saúde “On Tour”

Caminhada pela Saúde levou muitos participantes até à Nª Srª do Campo

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Boletim Municipal nº14 - Macedo de Cavaleiros | janeiro 2012

17Cultura

O Bispo da Dio-cese de Bragan-ça-Miranda visi-

tou em outubro o Museu de Arte Sacra. Menos de um mês após a sua orde-nação, D. José Cordeiro realizou a primeira visita oficial a este espaço cul-tural, que, em regime de rotatividade, reúne um assinalável património religioso.

A visita do prelado foi considerada pelo Presi-dente da Câmara Mu-nicipal como “indispen-sável”. “A presença de D. José Cordeiro marca a ligação que existe entre a Diocese e o Município neste Museu. Este só é possível, porque as paróquias do concelho dispensam as suas peças, o seu património, para que aqui seja exposto e dado a conhe- cer. O Museu de Arte Sacra tem esta particularidade de o espólio ser pro-priedade das paróquias, integrantes da Diocese, e D. José Cordeiro vem também inteirar-se desta vertente de atividade das paróquias e do dinamismo cultural do concelho”, disse Beraldino Pinto.

Por ocasião da sua visita, o novo Bispo abriu a exposição dos “ex-votos de Bal-samão”, que esteve patente na Sala de Exposições Temporárias até dia 31 de dezembro. Estes memoriais de votos ou de promessas, referentes a graças, ou milagres, concedidas pelo Senhor da Costa (ou dos Cajados) e outras obtidas por intercessão de Nossa Senhora de Balsamão e do Venerável Frei Casimiro Wyszynski, estiveram materializados em quadros de pintura, madeira, ou tela,

em tapeçaria, objetos de cera e cajados. A realização da mostra em Macedo de Cavaleiros foi elogiada por D. José Cor-deiro porque “é importante que o ‘mon-te’ venha à cidade, não só através de exposições, mas também transmitindo aquilo que em Balsamão se vive e que experimenta como a verdadeira relação com Deus, seja vivida no quotidiano da vida, uma vida social, política, económi-ca e familiar. Mas também a cidade deve ir ao ‘monte’, isto é, que a cidade tam-bém tenha tempo para o silêncio, para o encontro com Deus, para consigo mesmo e com os outros, com a criação, com a história, para que a vida seja vivida em plenitude.”

O Convento de Balsamão reúne o maior espólio de ex-votos do Nordeste Transmontano, e depois de terem pas-

sado pelo Museu de Arte Sacra, voltam a estar patentes ao público no seu local de origem.

“Para um Altar” de José Rodrigues

Depois dos ex-votos de Balsamão, a Sala de Exposições Temporárias recebe as obras do escultor José Rodrigues. A exposição “Para um Altar” está patente de 13 de janeiro a 30 de abril. Formada por 12 retábulos em bronze, 12 retábu-los e 3 Cristos em bronze, a temática as-senta na inspiração bíblica, através da qual se faz a representação sagrada com um acentuado foco no homem e nas suas marcas de identidade civilizacional, nas suas virtudes, angústias e tragédias.

Primeira visita oficial de D. José Cordeiro ao Museu de Arte Sacra

D. José Cordeiro aprecia imagem de São Tiago Maior da freguesia de Chacim

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janeiro 2012 | Boletim Municipal nº14 - Macedo de Cavaleiros

Cultura18

O Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico (IGESPAR) pretende classificar

as Igrejas de Lamalonga e Podence como Monumentos de Interesse Público (MIP), encontrando-se ambos os casos em fase de Audiência Prévia.

A intenção do IGESPAR é o culminar de dois processos independentes, iniciados na década de 90, e que em junho de 1999, receberam do IPPAR, antigo instituto públi-co regulador do património histórico portu-guês, o despacho de abertura da instrução do procedimento de classificação. Os anún-cios dos Projetos de Decisão foram publica-dos em Diário da República a 28 de outu-bro (Igreja de Lamalonga) e 4 de novembro (Igreja de Podence)

Embora ambos os templos tenham sido construídos no mesmo século, a Igreja de Podence é mais antiga. Dedicada a Nossa Senhora da Purificação, foi edificada no iní-

cio do séc. XVIII, apresentando na sua facha-da, epigrafada sobre o portal, a data 1703. De acordo com David Ferreira, técnico do IGESPAR, na avaliação entregue em janeiro deste ano, “do ponto de vista arquitetónico, o edifício segue o modelo e a linguagem usual da arquitetura paroquial transmon-tana do século XVII”, considerando este “um exemplar importante e raro, tendo em con-ta o desaparecimento ou adulteração que sofreu o património integrado da região nos últimos 30 anos (…) estamos perante uma sobrevivência que merece reconhecimento e proteção.”

Para o técnico “o interior do templo é uma verdadeira aula de história da arte da talha – do maneirismo ao rocócó – e um exemplo muito autêntico de espaço litúrgico barroco.” Reconhecendo o valor artístico, histórico e sócio-cultural, associados a critérios de inte-gridade e autenticidade, considerou que “o monumento constitui um suporte de memória

das linguagens artísticas/arquitetónicas trans-montanas dos séculos XVII e XVIII, da espaciali- dade barroca e das vivências e mentalidades religiosas pré-modernas.”

A construção da Igreja de Lamalonga con-sagrada a Nossa Senhora dos Reis, foi con-cluída em 1767, segundo a epígrafe gravada na frontaria – “ESTA OBRA A FES SEBASTIAN CAVA[LEIRO] ANO DE 1767”.

Para David Ferreira, também responsável por esta avaliação, este templo “represen-ta de forma paradigmática a arquitetura religiosa de função paroquial do século XVIII, na região transmontana”. Implanta-se numa das extremidades da aldeia, no centro de um adro de “generosas” propor-ções, elevado e murado, também ele clas-sificado, garantindo destaque ao imóvel, separando formalmente o espaço sagrado e profano.

A fachada principal, “apesar da simplici-dade da composição”, impressionou o téc-

IGESPAR pretende classificar Igrejas Matriz de Lamalonga e Podence

Igreja de Podence é no interior “uma verdadeira aula de história da arte da talha”

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Boletim Municipal nº14 - Macedo de Cavaleiros | janeiro 2012

Cultura 19

nico “pelo belíssimo trabalho de cantaria e pela proporção entre os elementos que a constituem.” No entanto, “é no interior do templo que o valor artístico e patrimonial se torna absolutamente evidente. São já

muito raros em Trás-os-Montes exemplos tão íntegros e autênticos de espaço reli-gioso barroco, marcado pela quantidade e profusão do património integrado em talha e pintura”.

IGESPAR pretende classificar Igrejas Matriz de Lamalonga e Podence

Imóveis de Interesse Público no concelho

Igreja de Lamalonga impressionou “pelo belíssimo trabalho de cantaria e pela proporção entre os elementos” da fachada

Lei n.º 107/2001 de 8 de setembro

Artigo 15.º(...)2 — Os bens móveis e imóveis podem ser classificados como de interesse na-cional, de interesse público ou de inter-esse municipal.(...)5 — Um bem considera-se de interesse público quando a respectiva protecção e valorização represente ainda um valor cultural de importância nacional, mas para o qual o regime de protecção iner-ente à classificação como de interesse nacional se mostre desproporcionado.(...)

Artigo 17.ºPara a classificação ou a inventariação, em qualquer uma das categorias referi-das no artigo 15.º, serão tidos em conta algum ou alguns dos seguintes critérios:a) O carácter matricial do bem;b) O génio do respectivo criador;c) O interesse do bem como testemunho simbólico ou religioso;d) O interesse do bem como testemunho notável de vivências ou factos históricos;e) O valor estético, técnico ou material intrínseco do bem;f) A concepção arquitectónica, urbanísti-ca e paisagística;g) A extensão do bem e o que nela se reflecte do ponto de vista da memória colectiva;h) A importância do bem do ponto de vista da investigação histórica ou cientí-fica;i) As circunstâncias susceptíveis de acar-retarem diminuição ou perda da pereni-dade ou da integridade do bem.

Artigo 18.º1 — Entende-se por classificação o acto final do procedimento administrativo mediante o qual se determina que certo bem possui um inestimável valor cul-tural.(...)

Atualmente, o concelho de Macedo de Cavaleiros possui 5 imóveis classifica-

dos.Em 1970, a Igreja de Vilarinho de Agro-

chão, construída no séx. XVIII, foi classi-ficada como Imóvel de Interesse Público, a anterior designação de MIP. Quase 40 anos antes, em outubro de 1933, foram reconhecidos os 4 Pelourinhos do concel-ho (Chacim, Nozelos, Pinhovelo e Vale de Prados), atestando a longa e importante história destes lugares.

Os processos de reconhecimento poderão ser alargados a outros locais, dada a existência de outros imóveis de impor-tante valor histórico e patrimonial no con-celho. Para já, encontram-se com despacho de abertura e com procedimento pror-rogado até 31 de dezembro de 2012, o So-lar das Arcas, o Real Filatório de Chacim e a Terronha de Pinhovelo, um castro habitado pelo menos desde a Idade do Ferro, ou até mesmo da Idade do Bronze, tendo perdu-rado, já romanizado, até ao séc. V d.c..

Consulte os Anúncios em Diário da República

Lamalonga: http://dre.pt/pdf2sdip/2011/10/208000000/4272742728.pdfPodence: http://dre.pt/pdf2sdip/2011/11/212000000/4381543816.pdf

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janeiro 2012 | Boletim Municipal nº14 - Macedo de Cavaleiros

Cultura20

Foram vendidas 25 toneladas de cebo-las na feira em que este vegetal é “Rei”, realizada a 10 se setembro. Apesar da

crise, as expetativas geradas pela feira de ano foram confirmadas e os produtores saíram contentes após mais uma edição desta feira secular.

Embora o grosso dos visitantes apenas te-nham vindo a partir das 9.30h, Gabriel Oliveira, agricultor de Chacim, já havia vendido todas as cebolas que destinara para a feira. Trouxera 90 cabos que vendeu “a 3,5€ ou 3€”, preços que lhe garantem “que o cultivo das cebolas ainda é rentável.” A essa hora, ali ao lado, Carlos Silva de Bragança, negociava com o vendedor o me-lhor preço. É uma presença assídua em Chacim nesta feira, onde adquire cebolas “para todo o ano, tanto para mim, como para a minha mãe e para o meu irmão.” Desta vez, carregou a carrinha furgão com 46 cabos adquiridos por 138€, que, apressa-se a dizer, “é mais barato do que ir semanalmente ao supermercado”.

Os visitantes são agora muitos, passam, veem e discutem os preços com os vende-dores. Mais abaixo, também se interessam com as bancadas de roupa, e utensílios agrí-colas, mas nesta altura, o que mais se ouve é o megafone dos vendedores que vieram de Amarante. Se haviam começado a manhã a vender 5 isqueiros a 1€, nesta altura faziam negócio com 30 pares de meias a 5€; “to-maram muitos feirantes comprarem para as voltarem a vender”, apregoa. A atenção de algumas pessoas continuaria ali concentrada com “a promoção” de 5 toalhas de mesa e um

edredão ou colcha a 20€ “é de comer à mesa para depois saltar para uma sesta”.

Enquanto isto, Henrique Rocha, orgulhoso por ser o vendedor mais velho da feira, é abordado por um transeunte: “- A como a vende, patrão?”; “- 4,5€, mas vai bem me-lhor servido do que com a que se vende a 3€.” Enquanto nos mostra um cabo de cebo-las, há um outro visitante que nos diz: “te-nho-a comprado todos os anos a ele”. Desta vez, leva 4 cabos, 2 em cada mão.

Mesmo ao lado, está a carrinha de José Gé-nio, o Presidente da Junta de Freguesia e tam-bém ele produtor. Divide a sua atenção entre quem o aborda para indagar do preço - “- A como é a cebola?”; “- É a 4€, e já pouca tenho… veja lá!” – e, o dever de anfitrião cumprimen-tado por muitos dos “filhos da terra” que du-rante esta altura regressam a Chacim. Não es-conde a felicidade de ver muita gente na feira, apressando-se a dizer: “isto está a correr bem, o pessoal está satisfeito com as vendas”.

Não vão longe os dias em que as pes-soas de cada aldeia se reuniam para

fazerem a ceifa dos muitos campos “pinta-dos” de amarelo espalhados pela região, é verdade. No entanto, os tempos alteram-se, e estes duros trabalhos, aliados a um grande espírito comunitário, foram-se perdendo, substituídos pelas máquinas ou pelo crescente abandono dos campos e da lavoura. Se para uns, estes tempos não passam do imaginário, muitos são os que recordam histórias e peripécias das

segadas de antigamente.Os dias da segada, misturavam um ambi-

ente de confraternização com um trabalho físico desgastante que iniciava ao nascer do sol. Homens e mulheres, munidos de foice colocavam-se ao trabalho, apenas inter-rompido por uma rápida merenda em que o garrafão era indispensável. Ceifa feita, o cereal era transportado por carros puxa-dos pelas juntas de vacas ou mulas para a eira. Pelo caminho, nas ruas da aldeia, o ruído dos carros era constante, mercê do

extraordinário peso que transportavam. Já na eira, o trabalho não era menos exigente. A força e jeito eram indispensáveis para a malha do cereal que depois era ensacado.

São tempos que merecem ser recordados e que, de ano para ano, suscitam o interesse da população em Morais. Este foi o sexto ano em que a iniciativa se realizou, e o en-tusiasmo com que as pessoas partem para o trabalho fazem é o mesmo que da primeira vez. Habitantes e forasteiros arregaçam as mangas e são parte do ambiente de festa.

Feira das Cebolas em Chacim

25 toneladas de cebolas vendidas na secular feira de Chacim

Tradição da Segada recordada em Morais

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Boletim Municipal nº14 - Macedo de Cavaleiros | janeiro 2012

Cultura 21

Em dia de aniversário, A.M. Pires Ca-bral foi homenageado em Macedo de Cavaleiros. A 13 de agosto, o escritor

contabilizou 70 anos de vida, data assinalada pela Câmara Municipal, Academia de Letras de Trás-os-Montes e Âncora Editora.

A.M. Pires Cabral nasceu em Chacim em 1941, onde passou a sua infância e juven-tude. Licenciado em Filogia Germânica em 1965 e em Ciências Pedagógicas em 1969 pela Universidade de Coimbra, seguiu uma carreira de professor até 2002, ano em que se reformou. O percurso como escritor iniciou-se aos 33 anos, com a publicação poética de “Algures a Nordeste”. No final desta home-nagem, Pires Cabral confessou-se comovido “por ver aqui junto de mim um número tão significativo de pessoas, alguns deles escri-tores importantes, que se quiseram juntar a mim no meu 70º aniversário.” Acrescentaria que este gesto “é também um estimulo para que não desarme e continue a escrever e a fazer aquilo que fiz toda a minha vida.”

Na cerimónia foi também apresentada a obra “Aqui e Agora assumir o Nordeste”. Uma antologia do percurso literário do au-tor, com textos que versam sobre o Nordeste

Sons de dois continentes, estiveram pre-sentes em 2011 no Festival Internacional

de Música Tradicional. Nesta edição, o Festival acolheu importantes interpretes deste tipo de sonoridades, consubstanciando um dos me-lhores cartazes dos seus 12 anos de história.

As baixas temperaturas que se verificaram no fim de agosto e principio de setembro, originaram a alteração do local da realização do Festival. Palco ao ar livre e privilegiado para este tipo de eventos, a Praça das Eiras não as-segurava a realização dos espetáculos devido aos chuviscos verificados. Deste modo, foram transferidos para o Centro Cultural, mas nem por isso a animação dos grupos e do público foi menor.

No primeiro dia, estiveram o Grupo de Can-tares de Castelãos, cujos trajes usados e temas

cantados, resultam de uma recolha a nível na-cional, acompanhados por instrumentos tradi-cionais; Tradibérica, o novo projeto do mestre Paco Díez, um dos mais ilustres interpretes do folclore castelhano e o solista da música tradi-cional judaico-espanhola mais prestigiado a nível internacional; Galandum Galundaina, os grandes embaixadores da música mirandesa, responsáveis pela sua preservação, e dos maio-res nomes das sonoridades tradicionais em Portugal. A animação esteve a cargo do Gru-po de Bombos de Ala, da Fanfarra de Vale da Porca, do Rancho de Macedo, dos Gaiteiros do Nordeste e do grupo espanhol La Romântica del Saladar de Espanha.

No segundo dia, marcaram presença Os Pândegos, da Associação das Arcas. Do seu reportório fazem parte sonoridades nacionais,

com predominância para a música tradicional transmontana, utilizando instrumentos como a concertina, cavaquinho, viola e outros; os ve-nezuelanos Yarikuté, responsáveis pela preser-vação e divulgação de sonoridades venuzuela-nas e da América Latina; Sebastião Antunes, mentor e vocalista do grupo folk Quadrilha, apresentou-se em nome próprio, com um pro-jeto em que se cruzam influências de várias culturas musicais, nomeadamente as de ori-gem celta e mediterrânea e dos tradicionais europeus. Todas elas impregnadas da grande paixão que o músico e compositor tem mani-festado pelos sons tradicionais. Na animação voltaram a marcar presença os Gaiteiros do Nordeste e os espanhóis de La Romântica del Saladar a que se juntaram a Banda de Latos de Bagueixe e o Grupo Toca a Bombar.

Transmontano. O trabalho de recolha e compilação foi da autoria de Isabel Alves e Ma-ria Hercília Agarez.

Pires Cabral mantém uma produção constante, assente em diversos géneros literári-os. Ao longo do seu percur-so, foi alvo de muitas home-nagens e condecorado com os mais diversos prémios e distinções. Entre outros recebeu o Prémio Literário “Círculo de Leitores” em 1983 com o Romance “San-cirilo”; em 2006 o Prémio D. Dinis com “Douro: Pizzicato e Chula e Que Comboio é este”; em maio deste ano o Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco, com o “O Porco de Erimanto”; e a Medalha de Grau Ouro de Mérito Municipal, atribuída pela Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros em 2010.

Aniversariante A.M. Pires Cabral homenageado

A.M. Pires Cabral na sessão de autógrafos

Festival Internacional de Música Tradicional

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janeiro 2012 | Boletim Municipal nº14 - Macedo de Cavaleiros

22 Desporto

Campeões Nacionais querem regressar a Macedo

Os vencedores do Campeonato Na-cional de Voleibol em masculinos e femininos, após assegurarem os

respetivos títulos, em declarações à comuni-cação social deixaram palavras de apreço a Macedo de Cavaleiros e manifestaram o de-sejo de voltar. Fabrício Silva, atleta do Ben-fica e que no vólei de praia faz dupla com Roberto Reis, demonstrou a satisfação por “termos vencido aqui, até porque, além do título, esta é uma das nossas etapas prefe-ridas, pois disputa-se num espaço muito bonito, tem uma organização maravilhosa e regista sempre casa cheia com um público que nos acolhe muito bem. Gostaríamos muito de voltar a defender aqui o título de campeões nacionais.” Ana Freches, que juntamente com Juliana Antunes venceu na Albufeira do Azibo, sem reservas afirmou que “Macedo de Cavaleiros é, sem dúvida, a melhor etapa do Circuito Nacional”.

Estas duplas, têm todas as razões para estarem gratos a Macedo de Cavaleiros. Em duas finais aqui realizadas (2010 e 2011) conseguiram vencer os respetivos campe-onatos nacionais. Em femininos, na final, Juliana Antunes e Ana Freches derrotaram a dupla sub-23 Joana Resende/Tânia Oliveira por 2-0 (21/16 e 21/18). Em masculinos Ro-berto Reis e Fabrício Silva levaram de ven-cidos a dupla Januário Silva /Fabrício Bar-ros por 2-1, com os parciais 22/24, 21/17 e 15/8.

Também para a Federação Portuguesa de Voleibol, Macedo de Cavaleiros oferece as condições indicadas. Leonel Salgueiro, Dire-tor da Prova, manifestou vontade em que esta etapa regresse a Macedo. “Se depen-der de nós, creio que estaremos cá nova-mente. Estes três dias correram muito bem. Aqui tem as condições ideais para tudo. Uma família que queira fazer um pique-nique, fazer praia e assistir ao campeonato de voleibol tem todas as condições.”

O Presidente da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros, Beraldino Pinto, re-alçou o orgulho resultante das palavras de

apreço dos atletas e o reforço turístico que representa a realização desta prova. “Traba-lhámos muito para que as condições criadas correspondessem às expectativas e saber que os atletas e as respetivas comitivas con-sideram esta uma das melhores etapas do Circuito Nacional, deixa a Câmara Municipal orgulhosa, bem como todos os maceden- ses, pois o campeonato Nacional de Volei-bol de Praia é já uma marca muito impor-tante na região e um espetáculo desportivo que combina com a vertente turística”.

1. Praia da Ribeira recebeu a etapa final do Campeonato Nacional

2. Roberto Reis, que fez dupla com Fabrício Silva, voou para o título

1.

2.

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Boletim Municipal nº14 - Macedo de Cavaleiros | janeiro 2012

23Momentos

Exposição “O Significado das Cores”1 a 30 de setembro

Concurso Concelhio de Bovinos Mirandeses24 de setembro

Encontro de Grupos Culturais11 de setembro

Festival de Folclore1 de outubro

Apresentação do Livro de Justa Nobre30 de outubro

Dia Internacional das Pessoas com Deficiência 3 de dezembro

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janeiro 2012 | Boletim Municipal nº14 - Macedo de Cavaleiros