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5/28/2018 BOLETIM_PEDAGOGICO_PROALFA_2009
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PROALFA2009
Boletim Pedaggico
PROGRAMA DE AVALIAO DA ALFABETIZAO
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Governador de Minas Gerais Acio Neves da Cunha
Secretria de Estado de Educao Vanessa Guimares Pinto
Secretrio Adjunto da Educao Joo Antnio Filocre Saraiva
Chefe de Gabinete Felipe Estbili Moraes
Subsecretria de Informaes e Tecnologias Educacionais Snia Andre Cruz
Superintendncia de Informaes Educacionais Juliana de Lucena Ruas Riani
Diretoria de Avaliao Educacional Maria Inez Barroso Simes
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Diretoria de Avaliao Educacional
Amazlis Letcia Drumond Lage
Ana Silvria Nascimento Bicalho
Carmelita Antnia Pereira
Elza Soares do Couto
Gislaine Aparecida da Conceio
Maria Guadalupe Cordeiro
Suely da Piedade Alves
Marineide Costa de Almeida Toledo
Centro de Polticas Pblicas e Avaliao da Educao
da Universidade Federal de Juiz de Fora
Coordenao Geral
Lina Ktia Mesquita Oliveira
Coordenao Tcnica
Manuel Fernando Palcios da Cunha e Melo
Coordenao de Pesquisa
Tufi Machado Soares
Coordenao de Anlise e Divulgao de Resultados
Anderson Crdova Pena
Coordenao de Instrumentos de Avaliao
Vernica Mendes Vieira
Coordenao de Medidas Estatsticas
Wellington Silva
Coordenao de Produo Visual
Hamilton Ferreira
Equipe de Medidas Estatsticas
Ailton Fonseca Galvo
Clayton Vale
Rafael Oliveira
Equipe de Anlise e Divulgao dos Resultados
Ana Paula Gomes de Souza
Camila Fonseca Oliveira
Carolina de Lima Gouva
Daniel Aguiar de Leighton Brooke
Fernanda dos Santos RochaGlucia Fialho Fonseca
Joo Paulo Costa Vasconcelos
Jlio Srgio da Silva Jr.
Leonardo Augusto Campos
Michelle Sobreiro Pires
Matheus Lacerda
Roberta Furtado Costa
Rogrio Amorim Gomes
Tatiane Casali Ribeiro
Equipe de editorao
Bruno Carnaba
Clarissa Aguiar
Eduardo Castro
Henrique Bedetti
Marcela ZaghettoMarcelo Reis
Raul Furiatti Moreira
Vinicius Peixoto
EQUIPE CEALE
Equipe de Elaborao do Boletim Pedaggico - PROALFA / 2009
Gladys Rocha
Kely Cristina Nogueira Souto
Maria Jos Francisco de Souza
Neiva Costa Toneli
Raquel Mrcia Fontes Martins
Coordenao do CEALE
Francisca Izabel Pereira Maciel
Maria Lucia Castanheira
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SSUMRIO1Apresentao
2Avaliao em Minas Gerais: SIMAVE
2.1PROALFA: Programa de Avaliao
da Alfabetizao
3Qual a importncia da
avaliao externa escola?
4Como as concepes de
alfabetizao e letramento so
entendidas nesta avaliao?
5O que avaliar na alfabetizao?
6
Como foi o desempenho das crianasna avaliao?
7Consideraes finais
7
8
10
14
16
18
24
44
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PROALFA 7
1Apresentaoste documento apresenta os resultados
da avaliao censitria aplicada a
314.646 alunos que, em junho de 2009,cursavam o terceiro ano do Ensino
Fundamental de nove anos. Essa avaliao integrao Programa de Avaliao da Alfabetizao PROALFA, que compe o Sistema Mineiro deAvaliao da Educao Pblica SIMAVE.
Trata-se de uma avaliao de carter diagnstico
que visa identificar nveis de aprendizagem
dos alunos em alfabetizao, em situaes quecontemplam tanto aspectos relacionados
apropriao do sistema de escritaquanto usos sociais da leiturae da escrita, o letramento.
Essa avaliao se articula
ao movimento recenteobservado nas escolas
no que diz respeito
ampliao do conceito dealfabetizao e entrada do
conceito de letramento. Tais
conceitos sero discutidos mais
amplamente neste documento.
Tambm apresentada a matriz
de referncia que orientou
a elaborao da avaliao, bem como socaracterizados os nveis de desempenho dos
alunos do terceiro ano com exemplos comentadosde itens (questes) e orientaes pedaggicaspara cada nvel.
A partir do diagnstico realizado, espera-se que
professores e gestores possam definir estratgiasde atuao junto a alunos, ou grupos de alunos,
para que ampliem seus nveis de aprendizagem,
considerando as metas estabelecidas para afaixa etria/ ano de escolarizao. Espera-se,
ainda, que, de posse desses dados, seja possvel
(re)planejar a gesto do ensino e da escola, afim de que todas as crianas da rede pblica do
Estado estejam plenamente alfabetizadas aos
oito anos de idade.Trata-se, assim, de um
instrumento que pretende
colocar a avaliao a servioda sociedade, garantindo que
a escola ensine aquilo que
necessrio ensinar.
E
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PROALFA 9
SIMAVESistema Mineiro de Avaliao daEducao Pblica
PROALFA:O Programa de Avaliao daAlfabetizao - Proalfa, cuja primeiraavaliao ocorreu em 2005, verificaos nveis de alfabetizao alcanadospelos alunos do 3 ano e 4 ano doEnsino Fundamental da rede pblicae indica intervenes necessriaspara a correo dos problemasencontrados.
PROEB:O Programa de Avaliao da Rede Pblica deEducao Bsica Proeb um programa deavaliao da educao bsica que tem por objetivoavaliar as escolas da rede pblica, no que concernes habilidades e competncias desenvolvidas emLngua Portuguesa e Matemtica. No se trata,portanto, de avaliar individualmente o aluno, oprofessor ou o especialista. O Proeb avalia alunosque se encontram no 5 ano e 9 ano do EnsinoFundamental e 3 ano do Ensino Mdio.
PAAE:O Programa de Avaliao Aprendizagem Escolar Paae - formado por um sistema informatizade gerao de provas e emisso relatrios de desempenho por turma. Esprograma fornece dados diagnsticpara subsidiar o planejamento do ensie suas intervenes pedaggicas.
tualmente, no mbito do SIMAVE, trs diferentes programas de avaliao se articulam:
o PROALFA, o PROEB, e o PAAE.
A
PROALFA Programa de Avaliao daAlfabetizao: avaliao em larga escala,
verifica nveis de alfabetizao alcanadospelos alunos da rede pblica e indica
intervenes necessrias para a correo dos
problemas identificados.
PROEB Programa de Avaliao da RedePblica de Educao Bsica: avaliao
em larga escala, verifica a eficincia e aqualidade do ensino no Estado de Minas
Gerais a partir dos resultados sobre o
desempenho das escolas nas sries finaisdos blocos de ensino.
PAAE Programa de Avaliao daAprendizagem Escolar: realiza diagnsticos
progressivos da aprendizagem escolare do ensino, fornecendo subsdios para
fundamentar planos de interveno
pedaggica durante o ano letivo.
Com as avaliaes do PROEB, do PAAEe do
PROALFA, o SIMAVE possibilita Secretaria
de Estado da Educao de Minas Gerais SEE/MG realizar diagnsticos educacionais
para identificar necessidades, problemas
e demandas do sistema, das escolas, dosprofessores e dos alunos, com o objetivo
de estruturar polticas e aes diretamente
vinculadas aos resultados de aprendizagem, qualificao docente, valorizao da escola
pblica e ao fortalecimento da qualidade da
educao em Minas Gerais.
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10 Boletim Pedaggico
2.1PROALFA: Programade Avaliao daAlfabetizao
A partir de 2004, o EnsinoFundamental passou a ter a
durao de nove anos no Estado
de Minas Gerais. Uma das finalidades bsicasda ampliao do perodo de permanncia
da criana na escola foi a criao de maiores
oportunidades para a aprendizagem dosalunos, notadamente no que diz respeito
alfabetizao. Para acompanhar o efeito dessa
mudana, a SEE/MG instituiu um conjunto de
avaliaes de desempenho dos alunos (dentreelas, o PROALFA) que, em 2006, passou a ser
parte do SIMAVE.
AConsiderando como meta prioritria da SEE/MGque toda criana esteja alfabetizada aos oito anos,
o objetivo do PROALFA fornecer informaesao sistema e aos professores, orientando a
construo de estratgias de acompanhamento
e intervenes para o alcance dessa meta. Assimsendo, o PROALFA avalia, por meio de testes,
alunos da rede pblica em seu segundo, terceiro
e quarto ano de escolaridade. A partir do 5o
ano, os alunos passam a ser avaliados por outro
programa: o PROEB.
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11PROALFA
Histrico das aes
do PROALFAUm histrico das avaliaes do processo dealfabetizao j realizadas pela SEE/MG pode ser
observado nos quadros a seguir:
2005
2oano
Caracterstica:Avaliao AmostralParticipantes: 10.685 alunos que iniciaram o EF em
2004.Objetivo:Verificar os conhecimentos dos alunosem relao leitura e escrita aps um ano de
escolaridade.
2006
2oano 3oano
Caracterstica:AvaliaoAmostral
Participantes:27.066alunos que iniciaram o EF
em 2005.Objetivo:Verificar
os conhecimentosconstrudos em relao leitura e escrita, aps um
ano de escolaridade.
Caracterstica:AvaliaoCensitria
Participantes:259.734alunos que iniciaram o EF
em 2004.Objetivo:Verificar
os conhecimentosconstrudos em relao leitura e escrita, aps dois
anos de escolaridade.
2007
2oano 3oano 4oano 4o ano BD
Caracterstica:AmostralParticipantes:
25.476 alunos que iniciaramo EF em 2006.
Objetivo:Verificar osconhecimentos construdos
em relao leitura eescrita aps um ano de
escolaridade.
Caracterstica:CensitriaParticipantes:273.816
alunos que iniciaram o EFem 2005
Objetivo:Verificar osconhecimentos construdos
em relao leitura eescrita aps trs anos de
escolaridade.
Caracterstica:Amostral
Participantes:25.777alunos, que iniciaram o EF
em 2004.Objetivo:Verificar os
conhecimentos construdosem relao leitura e
escrita aps quatro anos deescolaridade.
Caracterstica:Censitria
Participantes:32.097
alunos, com baixodesempenho em 2006.Objetivo:Verificar se
os alunos com nveis dealfabetizao abaixo doesperado aos 8 anos deidade melhoraram seu
desempenho.
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12 Boletim Pedaggico
2008
2oano 3oano 4oano 4o ano BD
Caracterstica:AmostralParticipantes:
31.656 alunos que iniciaramo EF em 2007.
Objetivo:Verificar osconhecimentos construdos
em relao leitura eescrita aps um ano de
escolaridade.
Caracterstica:Censitria
Participantes:276.338alunos que iniciaram o EF
em 2006Objetivo:Verificaros conhecimentos
construdos em relao leitura e escrita aps dois
anos de escolaridade.
Caracterstica:Amostral
Participantes:25.853alunos, que iniciaram o EF
em 2005.Objetivo:Verificar os
conhecimentos construdosem relao leitura e
escrita aps trs anos deescolaridade.
Caracterstica:Censitria
Participantes:51.195alunos, com baixo
desempenho em 2007.Objetivo:Verificar seos alunos com nveis dealfabetizao abaixo doesperado, aos 8 anos deidade, melhoraram seu
desempenho.
2009
2oano 3oano 4oano 4o ano BD
Caracterstica:AmostralParticipantes:
44.700 alunos que iniciaramo EF em 2008.
Objetivo:Verificar osconhecimentos construdos
em relao leitura e
escrita aps um ano deescolaridade.
Caracterstica:Censitria
Participantes:314.646alunos que iniciaram o EF
em 2007.Objetivo:Verificaros conhecimentos
construdos em relao leitura e escrita aps doisanos de escolaridade.
Caracterstica:Amostral
Participantes:45.112alunos, que iniciaram o EF
em 2006.Objetivo:Verificar os
conhecimentos construdos
em relao leitura eescrita aps trs anos deescolaridade.
Caracterstica:Censitria
Participantes:41.690alunos, com baixo
desempenho em 2008.Objetivo:Verificar seos alunos com nveis dealfabetizao abaixo do
esperado, aos 8 anos deidade, melhoraram seu
desempenho.
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13PROALFA
Vale destacar que as avaliaes do 2 e 4 ano
so sempre amostrais. A partir das aplicaes
dos testes nesses anos de escolaridade, possvel perceber que conhecimentos os alunos
demonstram nessa fase da alfabetizao.
Como ressaltado, as avaliaes do 3 ano
so censitrias. Como a SEE-MG definiu que
todas as crianas devem estar alfabetizadasaos 8 anos de idade, uma avaliao desse
tipo importante para dar informaes sobre
cada um dos alfabetizandos. Os alunos queiniciaram seu processo de alfabetizao em
2005 e ainda no tinham aprendido a ler e aescrever em 2008, receberam ateno especialdepois da avaliao e puderam realizar nova
avaliao em 2009, independente de estarem
retidos no 3 ano ou de terem sido promovidos
para o 4 ano. Isso permitiu verificar se haviamconseguido superar suas dificuldades.
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3Quala
importncia
daavaliao
externa
escola?
avaliao
emlarga
escala,externa
escola,foca
lizaoensin
odeumsi
stema
escolaren
ooaluno.
Issosignific
aque
essetipo
deavalia
o,embor
abusque
identificar
habilidades
demonstra
daspelos
alunos,
objetiva
verificarse
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ria.Assim,
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diferent
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aescola,
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base
noquetrabalhouem
saladeaula
,visaconst
ataroque
osalunosa
prenderam.
A
14 Boletim Pedaggico
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PROALFA
15
Pode-se dizer que uma avaliao em larga
escala orientada por questes como:
foi ensinado e foi aprendido aquilo que deveriater sido ensinado e aprendido?
o que foi ensinado corresponde a umaconcepo atualizada do ensino em
alfabetizao, leitura e escrita?
Entendida nessa perspectiva, tal avaliao no
se esgota em si mesma, deve ser continuada e
ter por objetivo provocar o (re)planejamento deaes. Trata-se, portanto, de uma avaliao que
objetiva diagnosticar, regular, (re)definir rumos,
detectar a distncia ou a proximidade entreo que e o que deveria ser o ensino e indicar
intervenes necessrias. Essa avaliao externa
deve, ainda:
contribuir para fundamentar tomadas de
deciso na rea da poltica educacional, nombito do sistema, fornecendo dados que
auxiliem na (re)definio de aes necessrias,para garantir a igualdade de oportunidades
aos alunos da educao bsica nos municpios
e no Estado;identificar demandas para a formaocontinuada dos professores.
No caso dos resultados apresentados neste
documento, poderamos perguntar: as crianasque esto no terceiro ano do Ensino Fundamentalde nove anos adquiriram conhecimentos que
permitam consider-las alfabetizadas? Em caso
positivo, quais so esses conhecimentos?
Em Minas Gerais, a Avaliao da Alfabetizaoe Letramento foi efetivada em 2005 a partir daimplementao, no ano anterior, do Ensino Fundamental
de nove anos. Naquele momento, a questo central
era verificar o impacto da ampliao do tempo depermanncia dos alunos na escola e identificar os nveis
de aprendizagem dos alunos.
Os resultados, ento, obtidos confirmaram que existe
uma forte correlao entre a ampliao do tempo deescolaridade e o desempenho demonstrado pelos alunos.Esses resultados indicaram, ainda, a necessidade de se
avaliar, de modo sistemtico e contnuo, em momentos
mais precoces da escolarizao, o aprendizado da leitura eda escrita. Essa estratgia est estritamente relacionada
necessidade de intervir, tambm, mais precocemente nos
processos de ensino.
PROALFA
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16 Boletim Pedaggico16
4Como as concepesde alfabetizaoe letramento so
entendidas nestaavaliao?
s concepes que orientam o
PROALFA so as mesmas quenorteiam a coleo Orientaes
para a Organizao do Ciclo
Inicial de Alfabetizao1, que fundamentou
a implementao do Ensino Fundamental de
9 anos no Estado. Nessa coleo, a lngua entendida como um processo de interao de
sujeitos, sendo estruturada, portanto, no e para
o seu uso, escrito ou falado.
Em consonncia com essa concepo de lngua,
a alfabetizao entendida como um processode apropriao do sistema de escrita, de princpiosgrficos e formais da lngua. J o letramentose refere a um conjunto de prticas sociais que se
constitui na interao que sujeitos ou grupos desujeitos estabelecem com a lngua escrita.
A
1.CENTRO DE ALFABETIZAO, LEITURA E ESCRITA. Orientaes para a Organizao do CicloInicial de Alfabetizao. Belo Horizonte: Secretaria de Estado da Educao de Minas Gerais,2004 (vol. 1, 2, 3 e 4); 2005 (vol. 5 e 6).
Para saber maissobre os conceitosde alfabetizaoe letramento,sugere-se a leiturados Cadernos 1 e2 das Orientaespara a Organizaodo Ciclo Inicial de
Alfabetizao.
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PROALFA 17
Na escola, o ensino da leitura e da escrita
importante porque ele se apresenta comoconhecimento cada vez mais significativo fora
da escola. Considerando isso, fundamentalque, no ensino, sejam apresentados textose situaes de leitura e de escrita que se
aproximem o mais possvel do modo como
se apresentam e so usados na vida social.Isso significa que no se alfabetiza primeiro
para letrar depois. Alfabetizao e letramento
so considerados processos distintos, cadaum com suas especificidades, porm so
processos complementares e inseparveis,
sendo ambos indispensveis na aprendizagem
da leitura e da escrita.
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18 Boletim Pedaggico
5O que avaliar naalfabetizao? primeira etapa do processo de
avaliao a elaborao de uma
Matriz de Refernciaou Matrizde Avaliao, que apresenta os conhecimentos,competncias e habilidades a serem avaliadose que, portanto, orienta a produo dos itens
(questes) da prova.
A matriz de referncia que orientou a avaliaodo PROALFA 2009, apresentada a seguir,
abrange do 2 ao 4 ano de escolarizao doEnsino Fundamental de 9 anos. A matriz seorganiza da seguinte forma: na primeira coluna,
so apresentados os tpicos, que remetem aos
grandes eixos da alfabetizao e letramento;na segunda coluna, so apresentadas as
competncias que renem, cada uma, um
conjunto de habilidades que so referenciadas, naterceira coluna, como descritores; os descritores,
por sua vez, so detalhados na quarta e ltima
coluna. Ressalta-se que alguns descritores noso contemplados na avaliao do 3 ano, tendo
em vista as particularidades desse perodo de
escolarizao.
AVale mencionar que,neste texto, os termoshabilidade e capacidadeso tomados comoequivalentes.
A G
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PROALFA 19
CDF
E
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20 Boletim Pedaggico
TPICOS COMPETNCIAS DESCRITORES DETALHAMENTO DOS DESCRITORES
T1- Reconhecimento
de convenes dosistema alfabtico
C1. Identificao de
letras do alfabeto
D1. Identificar letras do
alfabeto
O aluno deve reconhecer letras do alfabetoapresentadas isoladamente, em sequncias de
letras ou no contexto de palavras.
D2. Diferenciar letras deoutros sinais grficos,como os nmeros,sinais de pontuao oude outros sistemas derepresentao
O aluno precisa diferenciar letras de nmerose de outros smbolos. Deve reconhecer, porexemplo, um texto que circula socialmente ouuma sequncia que apresenta somente letras,entre outros textos ou outras sequncias queapresentam letras e nmeros.
D3. Distinguir, comoleitor, diferentes tipos deletras
A criana deve identificar letras isoladas oupalavras escritas com diferentes tipos de letras:maiscula, minscula; cursiva; caixa alta e
baixa.
C2. Uso adequadoda pgina
D4. Conhecer asdirees e o alinhamentoda escrita da lnguaportuguesa
O alfabetizando, ao ter contato com um texto(contos, tirinhas, notcias, entre outros), deveidentificar a direo formal da escrita: ondese inicia a leitura ou onde se localiza a ltimapalavra do texto. Considerando a tarefa deregistro escrito, espera-se que o aluno copieuma frase respeitando as direes da escrita(de cima para baixo, da esquerda para adireita), bem como demonstre o uso corretodas linhas, das margens e do local adequadopara iniciar a escrita em uma folha.
T2- Apropriao dosistema alfabtico
C3. Aquisiode conscinciafonolgica
D5. Identificar, ao ouviruma palavra, o nmerode slabas (conscinciasilbica)
O alfabetizando precisa identificar o nmerode slabas que compe uma palavra ao ouvira pronncia de palavras (monosslabas,disslabas, trisslabas, polisslabas; oxtonas,paroxtonas, proparoxtonas); com diferentesestruturas silbicas (CV consoante-vogal,CCV consoante-consoante-vogal, CVC consoante-vogal-consoante, V vogal, VC vogal-consoante, ditongo, etc.).
D6. Identificar sons
de slabas (conscinciafonolgica e conscinciafonmica)
Ao ouvir palavras ditadas, pertencentes aum mesmo campo semntico ou a campos
semnticos distintos, a criana deve identificarsons de slabas com diferentes estruturas (CV,CCV, CVC, V, VC, ditongo, etc.) no incio, meioou no final das palavras.
C4. Reconhecimentoda palavra comounidade grfica
D7. Compreender afuno de segmentaode espaos em branco nadelimitao de palavrasem textos escritos
A criana precisa reconhecer o nmero depalavras que compe um pequeno texto. Precisa,tambm, ao observar uma palavra, ser capaz deidentificar o nmero de vezes que ela se repeteem um texto. Espera-se, ainda, que palavrascompostas por menos de trs letras, por exemplo,sejam identificadas como palavras.
A
B
G
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B
21PROALFA
TPICOS COMPETNCIAS DESCRITORES DETALHAMENTO DOS DESCRITORES
T2- Apropriao dosistema alfabtico
C5. Leitura depalavras e pequenostextos
D8. Ler palavras
A criana deve ler palavras silenciosamente,com apoio de um desenho que as representam.
Esse descritor apresenta palavras em um nvelcrescente de dificuldade em relao estruturasilbica, ou seja, slabas CV, CVC, CCV, V epalavras com ditongo.
D9. Ler pequenos textos
A criana deve ler frases e pequenos textos deat 6 linhas, de temas e gneros familiares,localizando informaes explcitas nelescontidas.
T3- Leitura:compreenso, anlisee avaliao
C6. Localizaode informaesexplcitas em textos
D10. Localizar informaoexplcita em textos demaior extenso e degneros e temas menosfamiliares
O aluno precisa identificar, no texto lido, umainformao que se apresenta explicitamente.
Essa informao pode estar presente no incio,no meio ou no fim do texto. O texto podeapresentar diferentes graus de complexidadedependendo de fatores como: sua extenso(pequena, mdia ou grande), gnero, tema(mais ou menos familiar) linguagem. Taisfatores podem interferir no processo delocalizao de informao.
D11. Identificar elementosque constroem a narrativa
O alfabetizando precisa conhecer gnerostextuais que privilegiam a narrativa, tais comocontos de fadas, contos modernos, fbulas,lendas. So avaliadas habilidades relacionadas
identificao de elementos da narrativa:espao, tempo (isolados ou conjuntamente),personagens e suas aes e conflito gerador.
C7. Interpretaode informaesimplcitas em textos
D12. Inferir informaesem textos
O aprendiz precisa revelar capacidade de, apartir da leitura autnoma de um texto, inferiro sentido de uma palavra ou expresso menosfrequente, em textos de tema/gnero familiarou menos familiar. A criana deve realizarinferncia, o que supe que seja capaz de iralm do que est dito em um texto. Ou seja, iralm das informaes explcitas, relacionandoinformaes presentes em um texto (verbal,
no verbal ou verbal e no verbal) com seusconhecimentos prvios, a fim de produzirsentido para o que foi lido.
D13. Identificar assuntode texto
A criana deve demonstrar capacidade decompreenso global do texto. Ela precisa sercapaz de, aps ler um texto, dizer do queele trata. Ou seja, ser capaz de realizar umexerccio de sntese, identificando o assuntoque representa a idia central do texto.
D14. Formular hiptesesA criana precisa reconhecer/ antecipar oassunto de um texto a partir da observao deuma imagem e/ou da leitura de seu ttulo.
C
F
E
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22 Boletim Pedaggico
TPICOS COMPETNCIAS DESCRITORES DETALHAMENTO DOS DESCRITORES
T3- Leitura:compreenso, anlisee avaliao
C8. Coerncia
e coeso noprocessamento detextos
D15. Estabelecer relaeslgico-discursivaspresentes no texto
O aluno deve identificar, em textos emque predominam sequncias narrativas ou
expositivas/argumentativas, marcas lingusticas(como advrbios, conjunes etc.) queexpressam relaes de tempo, lugar, causa econsequncia
D16. Estabelecer relaesde continuidade temticaa partir da recuperaode elementos da cadeiareferencial do texto
A criana deve recuperar o antecedente ouo referente de um determinado elementoanafrico (pronome, elipse ou designao deum nome prprio) destacado no texto. Ou seja,deve demonstrar que compreendeu a que serefere esse elemento.
D17. Identificar efeito de
sentido decorrente derecursos grficos, seleolexical e repetio
Ao ler o texto, a criana deve ser capaz deidentificar os efeitos de sentido decorrentes
da utilizao de recursos grficos (caixa alta,grifo itlico, negrito, sublinhado...), do lxico(vocabulrio) ou tambm de identificar o humorou a ironia no texto, decorrentes desses recursos.
D18. Identificarmarcas lingusticas queevidenciam o enunciadorno discurso direto ouindireto
O aluno deve identificar, em um dado texto,a fala/discurso direto ou indireto. Nesse caso,o aluno ter que demonstrar que reconhecequem est com a palavra.
C9. Avaliao doleitor em relao aos
textos
D19. Distinguir fato deopinio sobre o fato
O aluno deve ser capaz de distinguir um fatode uma opinio, explcita ou implcita, sobredeterminado fato ao ler, por exemplo, histrias
ou notcias.
D20. Identificar tese eargumentos
O aluno precisa identificar a tese defendida emum texto e/ou os argumentos que sustentama tese apresentada. Ele precisa saber, porexemplo, qual a idia defendida no texto.
D21. Avaliar a adequaoda linguagem usada situao, sobretudo, aeficincia de um texto aoseu objetivo ou finalidade
A criana deve ser capaz de identificar, porexemplo, marcas de oralidade em um textoescrito ou justificar determinada linguagempresente no texto em funo dos objetivos aque ele se prope.
T4- Usos sociais daleitura e da escrita
C10. Implicaes dognero e do suportena compreenso detextos
D22. Reconhecer osusos sociais da ordemalfabtica
O aluno deve reconhecer a ordem alfabtica,tendo em vista seus usos sociais. avaliado,por exemplo, se ele identifica o local deinsero de um nome em uma lista ouagenda. Verifica-se, tambm, a capacidadede identificao do local correto de inserode uma palavra no dicionrio, a partir daobservao da primeira letra. Espera-se,tambm, que o aprendiz saiba distinguir osvariados suportes que so organizados pelaordem alfabtica (dicionrio, enciclopdia,catlogo telefnico...).
H
W
P
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23PROALFA
TPICOS COMPETNCIAS DESCRITORES DETALHAMENTO DOS DESCRITORES
T4- Usos sociais daleitura e da escrita
C10. Implicaesdo gnero edo suporte nacompreenso detextos
D23. Identificar gnerostextuais diversos
A criana precisa identificar diferentes gnerostextuais, considerando sua funo social, seu
circuito comunicativo e suas caractersticaslingustico-discursivas. Inicialmente, soapresentados gneros mais familiares aosalunos, como: listas, bilhetes, convites, receitasculinrias etc., e posteriormente outrosmenos familiares como: notcias, anncios,textos publicitrios, etc. Tais textos podemser identificados a partir de seu modo deapresentao e/ou de seu tema/assunto e deseu suporte.
D24. Reconhecerfinalidade de gneros
textuais diversos
Alm de identificar gneros textuais quecirculam na sociedade, o aluno deve
reconhecer a finalidade desses textos: para queservem e qual a sua funo comunicativa.
T5- Produo escritaC11. Escrita depalavras D25. Escrever palavras
O aluno necessita mostrar capacidade deescrever palavras de diversas estruturas:monosslabas, disslabas, trisslabas,polisslabas; oxtonas, paroxtonas,proparoxtonas; com diferentes padressilbicos (CV, CCV, CVC, V, VC, ditongo, etc.).
C12. Escrita defrases/ textos
D26. Escrever frases/textos
O alfabetizando deve desenvolver a habilidadede produzir frases/ pequenos textos. A escritade frases pode ser feita a partir da observaode uma imagem. J a escrita de textos, comohistrias, pode ser feita com base na observaode uma sequncia de imagens. Outros gnerosmais familiares como lista, convite, aviso oubilhete, por exemplo, tambm so solicitadospara serem escritos, tendo em vista a definiode suas condies de produo: o que escrever(tema), para quem, para que, em que suporte elocal de circulao.
Observando a matriz, percebe-se que as
capacidades apresentadas permitem identificardesde conhecimentos mais iniciais da alfabetizao,
como a habilidade de identificar letras do alfabeto,
at conhecimentos relacionados compreensomais ampla de textos, como a habilidade de inferir
informao em textos.
Do ponto de vista da avaliao, as habilidades
focalizadas permitem uma delimitao dos nveis
de aprendizagem dos alunos. importante
ter clareza de que uma Matriz de Avaliao
no contempla todas as capacidades a seremtrabalhadas no dia-a-dia da sala de aula, o que
objeto de uma Matriz de Ensino. No se pode,
assim, confundir Matriz de Ensino com Matrizde Avaliao: enquanto a Matriz de Ensino
apresenta as habilidades a serem contempladas
no processo de ensino e aprendizagem, a Matrizde Avaliao apresenta as habilidades passveis
de serem avaliadas, portanto, sempre mais
restrita do que uma Matriz de Ensino.
C
D E
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6Como foi odesempenho dascrianas na avaliao?
avaliao censitria do PROALFA,
realizada em junho de 2009,
contou com a participao de314.646 alunos que cursavam o
terceiro ano do Ensino Fundamental de nove
anos, sendo 117.560 alunos da Rede Estadual e197.086 das redes municipais, como demonstra
a Tabela 1 a seguir.
ATabela 1: Nmero de alunos 3 ano
avaliados no PROALFA 2009
24
RedeNmero de alunos 3 ano
avaliadosEstadual 117.560
Municipal 197.086Total 314.646
Boletim Pedaggico
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PROALFA
Essa avaliao apresentou itens de leitura
e de escrita, com predominncia dos itens
de leitura: em um total de 28 itens, 26
foram de leitura e 2 de escrita. Nesta seo,ao analisar os nveis de desempenho dos
alunos da Rede Estadual, nos deteremos
na discusso dos itens de leitura, j queso eles que compem a escala do 2
ao 4 ano, apresentada mais adiante.
Vale ressaltar que, sob a nomeaogeral de itens de leitura, h tanto itens
que focalizam habilidades especficas de
leitura (como, por exemplo, a habilidadede localizar informaes explcitas em
textos), quanto itens que enfatizam
habilidades relacionadas apropriaodo sistema de escrita (por exemplo, a
habilidade de conhecer as direes e o
alinhamento da escrita).Os dados da avaliao foram analisados
segundo critrios estatsticos, conjugados ao
ponto de vista pedaggico. Esses dados soapresentados em uma escala de proficincia
que revela nveis de desempenho dos alunos
em um continuum que compreende desdeo nvel mais baixo at o mais alto. A escala
de proficincia do PROALFA apresenta, em
uma nica mtrica que vai de 0 a 1000, os
resultados dos desempenhos dos alunos nosegundo, terceiro e quarto ano do Ensino
Fundamental. Essa escala, apresentada aseguir, possibilita visualizar o desempenho
dos alunos a partir das competncias
avaliadas, que podem ser observadas nas
Vale notar queas habilidadesrelacionadas acada competnciapodem serconferidasna coluna dedescritoresda Matriz deReferncia
apresentadaneste documento.
25
linhas da escala. Alm disso, as linhas do outras
duas informaes: indicam se a competncia
foi apenas iniciada (em azul claro), se est
em desenvolvimento (em azul mdio claro eescuro), ou se foi consolidada (em azul escuro);
e posicionam o aluno nas faixas de proficincia
(faixa -200; faixa 200-250; faixa 250-300...).As faixas podem ser vistas na linha superior da
escala e indicam as diferentes proficincias, em
ordem crescente e de forma cumulativa.
PROALFA
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26 Boletim Pedaggico
Educa
o
Bsic
a
EscaladeProficincia
TPICOS
COMPETNC
IAS
INTERVALOS
T1.
Reconhecimentodas
convenesdosistema
alfabtico
T2.
Apropriaodo
sistemaalfabtico
T3.
Leitura:compreenso,
anliseeavaliao
T4.
Usossociaisda
leituraedaescrita
C10.
Implicaesdogneroedo
suportenacom
preensodetextos
C4.
Reconhecim
entoda
palavracomou
nidadegrfica
C6.
Localizao
deinformaes
explcitasemt
extos
C7.
Interpretaodeinformaes
implcitasemt
extos
C8.
Coernciae
coesono
processamento
detextos
C1.
Identifica
odeletras
doalfabeto
C2.
Usoadequado
dapgina
C3.
Aquisiod
e
conscinciafon
olgica
C5.
Leituradepalavras
epequenostextos
C9.
Avaliaod
oleitorem
relaoaostex
tos
200
200-250
250-3
00
300-350
350-400
400-450
450-500
500-550
550-600
600-650
650-700
m
aior700
Agradaodecoresindicaacomplexidad
edatarefa
Baixa
Alta
emL
eitura
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27PROALFA
Conforme mencionado anteriormente, os
resultados so apresentados na escala em
funo das competncias. Assim, tomando comoexemplo a primeira competncia, C1. Identificao
de letras do alfabeto, vemos que ela est em fase
inicial de aquisio da primeira faixa at a faixa300-350; est em fase de desenvolvimento com
uma ampliao da aquisio inicial na faixa 350-
400; est em desenvolvimento mais avanadoem 400-450; e consolidada na faixa 450-
500. Anlise semelhante se aplica s demais
competncias, de modo que possvel notar
que as competncias, C8. Coerncia e coesono processamento de textos, C9. Avaliao do
leitor em relao aos textos, C10. Implicaes dognero e do suporte na compreenso de textos,
no chegam a ser consolidadas. Esse fato indica
que essas trs competncias so mais complexasdo que as demais e demandam mais tempo e
trabalho para serem consolidadas.
A partir da anlise da escala, foram identificados,
Tabela 2: Nmero de alunos 3 anoavaliados no PROALFA 2009
Nveis de desempenho Ponto da escalaBaixo At 450
Intermedirio De 450 a 500Recomendvel Acima de 500
Voltando escala de proficincia, vale notar
que, na sua primeira linha, o baixo desempenhoabrange as faixas que esto em cinza claro,
enquanto que o desempenho intermedirio, a faixa
em cinza mdio e o desempenho recomendvel,as faixas em cinza escuro. Assim, retomando a
primeira competncia, C1. Identificao de letras
do alfabeto, nota-se ela consolidada no nvelde desempenho intermedirio (faixa 450-500).
De modo diferente, a terceira competncia,
C3. Aquisio de conscincia fonolgica,s consolidada no nvel de desempenho
recomendvel (faixa 550-600). Esse fato
demonstra que a competncia C3 mais complexa, pois exige uma
proficincia maior do que C1.
Uma considerao importantea ser feita que a anlise
pedaggica dos dados
da avaliao indicouque, a partir da faixa
450-500, os alunos
apresentam habilidadesde alfabetizao.
preciso destacar que
essas habilidades vo se
a exemplo do que foi feito nos anos anteriores,trs nveis principais de desempenho em leitura.
A Tabela 2 apresenta tais nveis, mostrando oponto em que eles se encontram na escala:
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28 Boletim Pedaggico
desenvolvendo/ consolidando medida que se
avana nas faixas de proficincia da escala.
O clculo de proficincia dos alunos possibilitaposicion-los em um ponto especfico da escala,
pela indicao de quais itens estavam corretos
e, consequentemente, pelas competncias/habilidades que esses itens revelam que os
alunos demonstram possuir. Dessa forma,
um aluno que est no ponto 450 da escalaapresenta um nvel de desempenho menor do
que um aluno que est no ponto 550, ou seja,
o primeiro domina competncias/ habilidades
menos complexas do que o segundo.
Para saber se o resultado apresentado bom ou
ruim para a escola, basta observar que, quantomaior o percentual de alunos nos nveis mais
altos da escala e menor nos nveis mais baixos,
melhor o resultado da escola. Se os percentuaisde alunos se distribuem em todos os nveis da
escala, com valores aproximados, o resultado
da escola heterogneo. Se os percentuais dealunos da escola predominam nos nveis mais
baixos da escala, preciso uma ateno especial
quanto s habilidades descritas nos nveissuperiores. Na escola, a anlise de uma escala
de proficincia precisa apontar caminhos para
superar os problemas expostos pela avaliao e
indicar mudanas nas prticas pedaggicas.
O Grfico I apresenta os percentuais de alunosde 3 ano da Rede Estadual em cada um dos
trs nveis de desempenho em leitura (baixo,
intermedirio e recomendvel):O Grfico I mostraque h 72,6% dos alunos no nvel recomendvel.
Os nveis baixo e intermedirio apresentam
percentuais muito prximos: respectivamente,11,9% e 15,5%. Como se pode constatar
pela anlise do grfico, a maioria dos alunos
encontra-se no nvel recomendvel. Contudo,
vale lembrar que, mesmo nesse nvel, ainda hmuito o que ser trabalhado com as crianas em
processo de alfabetizao e aprendizagem daleitura e da escrita, o que ser visto adiante, nas
sugestes de orientaes pedaggicas para o
nvel recomendvel. O percentual total de 27,4%de alunos nos nveis intermedirio e baixo aponta
para a necessidade de se desenvolver um trabalho
de alfabetizao, leitura e escrita mais amplo comas crianas desses dois nveis, o que tambm ser
visto frente nas sugestes citadas.
Vejamos agora o Grfico II que faz umacomparao entre os percentuais de alunos de
3 ano da Rede Estadual em cada um dos trs
nveis de desempenho em leitura, nos anos de
Grfico I Percentual de alunos por nvel de desempenho 3 ano Rede Estadual Proalfa 2009
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29PROALFA
Grfico II Comparativo entre os anos 2008 e 2009 quanto ao percentual dealunos por nvel de desempenho 3 ano Rede Estadual
2008 e 2009:O Grfico II demonstra que, de
2008 para 2009, no houve alterao relevanteno percentual de alunos no nvel recomendvel
que permaneceu em torno de 72%.
Entretanto, pode-se afirmar que houve umaligeira melhora nos resultados de desempenho
em leitura, notada pela diminuio no percentual
de alunos no baixo desempenho (de 13,9% em
2008 para 11,9% em 2009), os quais se desloca-ram para o desempenho intermedirio (que pas-
sou de 13,7% em 2008 para 15,5% em 2009).
Essa anlise comparativa nos permite perceber,assim, que houve avano no desempenho dos
alunos de 3 ano da Rede Estadual, do ano
passado para este ano. No entanto, como seapontou, muito ainda h de ser feito no que
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30 Boletim Pedaggico
se refere alfabetizao, leitura e escrita com
o total de 27,4% de alunos nos nveis baixo e
intermedirio e mesmo com os 72,6% de alunosno nvel recomendvel. A anlise detalhada
de cada um dos trs nveis de desempenho
baixo, intermedirio e recomendvel dealunos de 3 ano da Rede Estadual no ano de
2009, realizada a seguir, demonstra esse fato.
Alm da caracterizao e de exemplos de itenscomentados dos nveis, so apresentadas as
sugestes de orientaes pedaggicas para
cada um deles.
BAIXO DESEMPENHO
Os alunos deste nvel encontram-se abaixo doponto 450, ou seja, da faixa 400-450 da escala de
proficincia. As competncias C1. Identificao deletras do alfabetoe C3. Aquisio de conscincia
fonolgica comearam a ser adquiridas e esto
em desenvolvimento neste nvel.
Em relao a C1, na habilidade de distinguirpalavras escritas com diferentes tipos de letras,
por exemplo, as crianas esto comeando a
conseguir estabelecer correspondncia entre
uma mesma palavra escrita com letra de formae escrita com letra cursiva. J no que diz respeito
a C3, destacam-se as habilidades de identificarslaba inicial e final.
Em relao leitura propriamente, os alunos
apresentaram a habilidade de ler palavras, a qualfaz parte da competncia C5, Leitura de palavras
e pequenos textos. A habilidade de ler pequenos
textos bastante inicial, com a localizao de
informaes explcitas, por exemplo, em umcurto fragmento de narrativa.
Vale notar um dado interessante no baixodesempenho ainda no que se refere leitura.
Apesar da limitao nas habilidades de leitura, h
ocorrncias de uma habilidade da competnciaC7, Interpretao de informaes implcitas em
textos, que mais complexa: a habilidade de
inferir informaes em textos, especificamenteem textos no verbais, sobretudo em tirinhas.
Outra habilidade que muito inicial a de
identificar o local de insero de uma letra naordem alfabtica, a qual se relaciona competncia
C10, Implicaes do gnero e do suporte na
compreenso de textos. O item a seguir constituium exemplo do modo como essa habilidade se
apresenta no baixo desempenho.
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Este item avalia a habilidade da criana deidentificar o local de insero de uma letra na
ordem alfabtica, em uma agenda de telefones.
Foram apresentadas pginas da agenda com asletras que a organizam em caixa alta, o que tende
a ser um elemento facilitador. A criana deveria
identificar a letra imediatamente posterior nasequncia JK__. As alternativas do item eram as
letras C, E, L e M. As letras C e E poderiam
ser mais facilmente desprezados pelo
aprendiz, tendo em vista que j estavamdispostas nas pginas da agenda,
apresentadas na questo. Assim,a criana deveria realizar uma
anlise mais criteriosa das opes
que apresentaram as letras L e M,at porque estas so subsequentes
letra K, sendo que L, alternativa correta,
que vem logo depois de K.
Item AL0365MG.D17N3
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32 Boletim Pedaggico
Orientaes pedaggicas
Considerando que os alunos de baixodesempenho esto apenas comeando a
adquirir a competncia C10, Implicaes do
gnero e do suporte na compreenso de textos,
ao iniciar a habilidade de reconhecer usos sociaisda ordem alfabtica, importante organizar
estratgias que proporcionem a eles o contato
com diferentes suportes que se organizam pelaordem alfabtica. Ressalta-se a diversidade
desses suportes no uso social e mesmo do
cotidiano escolar, entre eles, dirio de classe, listade chamada, enciclopdia, dicionrios, agendas
e catlogo de telefone. Destacam-se, tambm,
situaes vividas no contexto da sala de aulae da escola em que os nomes das crianas,
professoras, livros de leitura, histrias contadas,
autores de livros e jogadores de futebol podemser organizados em ordem alfabtica. Assim,
enfatizamos que o trabalho com a ordem
alfabtica deve se vincular a diferentes suportes
textuais e tambm a situaes diversas docotidiano em que seu uso se faz necessrio.
Como as crianas do baixo desempenho tambmesto apenas comeando a identificar textos
compostos apenas por letras/palavras, uma
habilidade da competncia C1, Identificao de
letras do alfabeto, h que se propor diferentes
estratgias que lhes possibilitem diferenciar letras
de nmeros, smbolos e outros sinais grficos, ouseja, elementos que podem estar presentes em um
texto e que se diferenciam das letras do alfabeto.
Alm de todo um trabalho de reconhecimento dediversos tipos de letras (cursiva, caixa baixa e caixa
alta), deve-se dar oportunidade aos alunos de
vivenciarem diferentes situaes em que possamobservar outros smbolos, que no letras, em um
texto, reconhecendo a sua funo nele. Assim,
por exemplo, em um gnero presente no segundoitem analisado na caracterizao deste nvel, o
Risque o quadrinho que apresenta SOMENTE letras.
Item AL0284MG D3N1
Esse item avalia a capacidade de identificar
textos que apresentam somente letras, o que
parte da competncia C1, Identificao deletras do alfabeto. Nesse caso, deveriam serdescartados aqueles textos que continham
desenho/ foto e numerais. Note-se que o
item apresentou diferentes gneros (convite eanncio) ou fragmentos de gneros (propaganda
e receita) textuais que circulam na sociedade, o
que possibilitou ao aluno interao com textosefetivamente utilizados.
Vejamos agora mais um exemplo de item que
avalia uma habilidade em desenvolvimento no
baixo desempenho:
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33PROALFA
convite, os numerais tm uma funo indicam
a data, o horrio e o nmero da residncia do
aniversariante. Situaes cotidianas podem serresgatadas de modo que a criana possa visualizar
os mais diversos registros escritos, como bilhetesda escola, convites, cardpio da merenda, capas
de livros de histrias, calendrios, entre outros.
Uma vez que a leitura das crianas deste nvel ainda bastante restrita, s conseguem ler
palavra habilidade ligada competncia C5,Leitura de palavras e pequenos textos , torna-sefundamental proporcionar aes pedaggicas
que permitam a elas o processamentode palavras com estruturas silbicas maiscomplexas, por meio de atividades de reflexo
sonora, de leitura e escrita. Diferentes situaes
em que a escrita e a leitura de palavras estejapresente podem ser propostas. Chamamos
ateno para as palavras de um mesmo campo
semntico que podem ser facilitadoras como,por exemplo, lista de compras de supermercado,
lista de frutas, lista de animais do zoolgico,
entre outras. Contudo, esse trabalho com as
palavras deve ser articulado a textos, ainda quecurtos e de gneros familiares que favorecem o
desenvolvimento da leitura. H que se propor,de forma sistemtica, diferentes situaesem que os materiais escritos que circulam
socialmente, ou seja, diferentes gneros
textuais estejam presentes na sala de aula. Apresena desses materiais deve proporcionar ao
aluno a ampliao das possibilidades de leitura
e tambm o reconhecimento das funes eusos dos textos na sociedade.
Ainda, vale destacar uma ltima observao
sobre a habilidade de inferir informaes emtextos no verbais, a qual faz parte da competncia
C7, Interpretao de informaes implcitas em
textos. O fato de essa habilidade se fazer presenteneste nvel demonstra que, mesmo antes de lerem
textos verbais com desenvoltura, os alunos podem
comear a desenvolver a competncia de interpretarinformaes implcitas em textos, no caso os no
verbais, com os quais tendem a conseguir interagir
mais autonomamente. Recomenda-se, portanto,
o trabalho com textos no verbais (como tirinhas
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34 Boletim Pedaggico
e charges) desde os momentos mais iniciais doprocesso de alfabetizao, simultaneamente ao
trabalho com os textos verbais.
DESEMPENHOINTERMEDIRIONo nvel intermedirio, os alunos se encontramexatamente na faixa 450-500 da escala de
proficincia. Neste nvel, a competncia C1,Identificao de letras do alfabeto, consolidada,de modo que os alunos conhecem todas as letras
e tipos de letras (cursiva, de forma, maiscula,
minscula...).
A competncia C2, Uso adequado da pgina,
apenas comea a se configurar. Em relao a
essa competncia, neste nvel, encontra-se ahabilidade de reconhecer as direes da escrita
(da esquerda para a direita e de cima para baixo).
Contudo, habilidades relativas ao uso correto
da pgina no que se refere ao respeito s suasmargens e correta utilizao das linhas ainda
no ocorrem neste nvel.
A competncia C3, Aquisio de conscincia
fonolgica, merece destaque, uma vez que os
alunos ampliaram a habilidade de identificar onmero de slabas que compe uma palavra,
conseguindo, por exemplo, reconhecer
monosslabos como palavras compostaspor apenas uma slaba. Em relao a essa
competncia ainda, o reconhecimento de slabas
cannicas (CV consoante-vogal) no meio depalavra trisslaba comea a se configurar neste
nvel. Ressalta-se que as duas habilidades citadas
so mais complexas no processo de aquisio da
conscincia fonolgica.A competncia C4,Reconhecimento da palavra
como unidade grfica, tambm consolidada
neste nvel, de forma que os alunos apresentam,por exemplo, a habilidade de contar quantas
palavras tem um texto e a capacidade de
identificar uma palavra especfica em umtexto. Ressalta-se que C4 uma competncia
que pode ser desenvolvida muito antes de os
alunos estarem alfabetizados, de saberem ler e
escrever efetivamente. Assim, recomenda-se o
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35PROALFA
trabalho mais precoce com esta competnciano processo de alfabetizao.
preciso destacar que, neste nvel, os alunosampliaram suas possibilidades de leitura noque se refere competncia C5, Leitura de
palavras e pequenos textos. Eles j leem
frases, comeando a interagir com estruturassintticas mais complexas. Quanto ao texto,
iniciam-se as habilidades de leitura de textos
curtos (especialmente de textos narrativos)de gneros familiares, como, por exemplo,
fragmentos de contos de fadas ou de contos
modernos e de notcias.
H de se ressaltar tambm neste nvel, que a
competncia C7, Interpretao de informaes
implcitas em textos, ampliada, de forma queos alunos inferem informaes no somente em
textos no verbais, como tambm comeam ainferir informaes em textos verbais e mesmo
comeam a conseguir inferir o sentido de uma
palavra ou expresso em um texto.
importante destacar um ponto frgil dos alunos
deste nvel: habilidades das competncias C8.Coerncia e coeso no processamento de textose C9. Avaliao do leitor em relao aos textos
tm baixa ocorrncia neste nvel. Em relao C8, ocorrem as habilidades, de recuperar oantecedente de um elemento anafrico (um
pronome) e de identificar, em um dado texto,
a fala/discurso direto de um personagem. J noque se refere C9, a habilidade de distinguir fato
de opinio apenas iniciada.
Quanto competncia C10, Implicaes do
gnero e do suporte na compreenso de textos,
os alunos comeam a desenvolver as habilidadesde identificar gneros, no caso uma piada, e a deidentificar a finalidade de gneros como bilhete e
uma campanha de utilidade pblica.
Toda a caracterizao realizada para o nvel
intermedirio nos permite afirmar que aqui os
alunos apresentam habilidades de alfabetizao.
necessrio, no entanto, destacar que essashabilidades precisam ser ampliadas para que
ocorra a consolidao efetiva do processo de
alfabetizao.
O item apresentado a seguir exemplifica uma
habilidade que as crianas deste nvel estodesenvolvendo: a habilidade de identificar a
slaba do meio (slaba medial) de palavras, a
qual pertence competncia C3, Aquisio deconscincia fonolgica.
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36 Boletim Pedaggico
Nesse item, foram apresentadas quatro figuras
cujos nomes possuem trs slabas: cabide, banana,
telhado e palhao. Com o apoio das figuras ea audio de seus respectivos nomes, o aluno
deveria comparar as slabas do meio, identificandotelhado e palhao (quarta alternativa) como asfiguras que apresentam nomes com a mesma
slaba medial: lha.
Orientaes pedaggicasComo os alunos deste nvel apenas comeam
a apresentar a competncia C2, Uso adequado
da pgina, preciso trabalhar com eles,sistematicamente, com as diferentes habilidades
relacionadas a essa competncia. Assim, alm
de lev-los a conhecer que a escrita na lnguaportuguesa tipicamente feita da esquerda
para a direita e de cima para baixo na pgina,
de suma importncia que se trabalhe com eleshabilidades mais complexas relacionadas a essa
competncia, como a de escrever respeitando as
margens e as linhas da pgina. Ressalta-se que
o conjunto de habilidades da competncia C2deve ser desenvolvido desde os momentos mais
iniciais do processo de alfabetizao, tendo em
vista que o aluno no precisa nem saber escreverefetivamente para adquirir tal competncia.
Quanto competncia C3, Aquisio deconscincia fonolgica, que j apresenta
habilidades complexas neste nvel, sugere-se a
intensificao do trabalho com essas habilidades,
tendo em vista que a competncia C3 condiopara uma alfabetizao plena. Assim, alm de
trabalhar com a contagem do nmero de slabas
de uma palavra (especialmente de palavrasmonosslabas e polisslabas, que tendem a ser
mais difceis para os alfabetizandos contarem),
com a identificao de slabas de diversos padres(CV, CVC, CCV, V, VC...) e em diferentes posies
(inicial, medial e final), sugere-se o trabalho com
fonemas, especialmente com fonemas em incio
Item AL0358MGD6N3
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37PROALFA
de palavra. Isso tende a favorecer a aprendizagem
do princpio alfabtico, j que este feito com
base na relao fonema-grafema. Ressalta-seque o enfoque na slaba ou no fonema, por
exemplo, deve ser feito a partir de textos lidos eefetivamente compreendidos pelas crianas.
Destaca-se tambm aqui a importncia de
selecionar/priorizar textos curtos e de gnerosvariados que apresentam sonoridade ou tambm
aqueles que, de algum modo, favorecem a
percepo da criana por apresentarem certaregularidade de estruturas silbicas que, por
vezes, aparecem em diferentes posies napalavra. Entre tais textos, citamos as parlendas,trava-lnguas, poemas, rimas e cantigas. Quando
bem explorados, na modalidade oral ou escrita,
estes textos constituem boas estratgias deaprendizagem para que as crianas percebam as
mais diversas estruturas sonoras (fonema, slaba,
rima...) da nossa lngua.
A respeito da compreenso na/ de leitura,
importante que se garantam s crianas deste nvelsituaes sistemticas de interao com textos, afim de que elas ampliem suas possibilidades de
leitura e interpretao de pequenos textos.
importante garantir, ainda, o contato com diversossuportes e gneros textuais. Essa diversidade de
materiais escritos permite, quando bem explorada,
o reconhecimento de diferentes gneros, suas
finalidades e modos de organizao, alm decontribuir para a ampliao das possibilidades de
interlocuo com o texto, pela criana.Ao lado disso, assim como no nvel anterior,
recomenda-se o trabalho com portadores
de textos autnticos, organizados em ordemalfabtica, observando-se o modo como esses
portadores so utilizados na vida social, como
o uso de dicionrios, agendas, lista telefnica.
Tal recomendao deve-se ao fato de essahabilidade s se configurar plenamente no nvel
recomendvel. Ressalta-se que esta tambm
uma habilidade que deve ser trabalhada desde oincio do processo de alfabetizao.
Recomenda-se, ainda, o trabalho com habilidadesdas competncias como C8. Coerncia e coeso
no processamento de textos e C9. Avaliao
do leitor em relao aos textos, que foramapenas iniciadas neste nvel. No que diz respeito
coeso e coerncia textuais, ressaltamos
que comea a se delinear, neste momento, a
possibilidade de a criana perceber aspectos quedizem respeito aos elementos articuladores e de
ligao que esto presentes nas frases ou entre
elas e se apresentam de modo integrado paraa constituio dos textos. Tratamos, ento, de
conjunes, pronomes, advrbios, por exemplo,
que so relevantes para a melhor compreenso
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dos diferentes materiais escritos. Destacamos que
a inteno que tais elementos sejam percebidos
e analisados pelas crianas de modo a reconhecera importncia deles tanto no processo de leitura
como na produo de seus textos. Vale destacar
que no se trata de cobrar a nomenclatura,mas de chamar ateno das crianas para esses
aspectos e discutir que relao eles estabelecem
no texto (idia de tempo ou lugar; relaes decausa e consequncia; ou de substituio dedeterminado termo anteriormente referenciado
no texto como nos caso dos pronomes). Trata-
se de um trabalho importante para a formao deleitores e de escritores com maior proficincia.
DESEMPENHO
RECOMENDVELOs alunos do nvel recomendvel situam-se a partir
do ponto 500, ou seja, da faixa 500-550 da escala
de proficincia. Neste nvel, os alunos consolidarama competncia C3, Aquisio de conscincia
fonolgica, de forma que j demonstram
domnio de habilidades mais complexas como ade identificar slaba inicial formada somente por
vogal (slaba V) e a de identificar a slaba medial
de uma palavra trisslaba.As competncias C6, Localizao de informaes
explcitas em textos e C7, Interpretao deinformaes implcitas em textos, tambm seconsolidam neste nvel. Como relao a C6, os
alunos conseguem localizar informaes em frases
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e textos de gneros diversos, at mesmo de textos
que apresentam informao numrica como
tabela, grfico e infogrfico. Tambm identificam,com maior desenvoltura, elementos da narrativa
como tempo, espao, personagens e suas aes
em contos de fadas, contos modernos, lendas ehistria em quadrinhos, por exemplo. Contudo,
tm ainda certa dificuldade de reconhecer o
conflito gerador de um texto narrativo.
Quanto C7, os alunos deste nvel so capazes
de inferir informaes e o sentido de palavras
e expresses em textos de diferentes gneros
como propaganda, piada, tirinha, e campanhade utilidade pblica. Demonstram domnio da
habilidade de identificar assunto de frases e textosde gneros diversos como verbete, reportagem,
propaganda e bula. No entanto, a habilidade
de formular hipteses sobre o contedo de umtexto, seja a partir do seu ttulo ou de seu incio,
pouco frequente ainda neste nvel.
importante ressaltar que, apesar de ascompetncias C8, Coerncia e coeso no
processamento de textos, C9,Avaliao do leitorem relao aos textos, e C10, Implicaes do
gnero e do suporte na compreenso de textos,
terem sido consideravelmente ampliadas neste
nvel de modo geral, ainda no se consolidamplenamente aqui.
Com relao C8, a habilidade de
recuperar o antecedente ou o referentede um determinado elemento anafrico
(especialmente as que se fazem comopronomes) tem recorrncia relevante nestenvel. tambm presente a habilidade
de identificar marcas lingusticas que
envidenciam o enunciador no discurso direto,contudo, as que evidenciam no discurso indireto
tm baixa ocorrncia. So tambm pouco
expressivas as habilidade de estabelecer relaeslgico-discursivas (com destaque somente para
as relaes de tempo) e de identificar efeito de
sentido decorrente de recursos grficos, seleo
lexical e repetio. Nesta ltima habilidade, h
poucas ocorrncias de identificao de sentidode sinais de pontuao, em que se destaca o
ponto de exclamao, e apenas uma ocorrnciade identificao de efeito de humor em uma
piada. A identificao de efeito de ironia no
apresenta nenhuma ocorrncia.
Quanto C9, tem frequncia relevante a
habilidade de distinguir fato de opinio, em
especial, na identificao de opinio. A habilidadede identificar tese e argumentos menos
expressiva, sendo que a identificao de tese sedestaca. J a habilidade de avaliar a adequao da
linguagem usada situao apresenta uma nica
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ocorrncia em que o aluno deveria identificar
marcas de oralidade em um texto escrito.
Na competncia C10, a habilidade de identificargneros textuais diversos ainda pouco
frequente. Tem maior recorrncia a habilidadede identificar finalidade de gneros diversos
como histria em quadrinhos, lenda, cardpio,
curiosidade, manual de instrues e artigo,o que se mostrou como sendo o mais difcil
para os alunos. A habilidade de reconhecer
os usos sociais da ordem alfabtica tem maiorrecorrncia neste nvel, contudo, a identificao
de suportes que so organizados pela ordemalfabtica, se limita ao reconhecimento dodicionrio e no de outros suportes como
enciclopdia ou lista telefnica. Tambm, a
identificao do local correto de insero de
uma palavra no dicionrio se faz apenas a
partir da observao da primeira letra.
Pela caracterizao realizada, observa-se que as
crianas deste nvel atendem meta estabelecida
para o 3 ano de escolaridade: Toda crianalendo e escrevendo aos oito anos de idade.
H que se atentar, no entanto, para o fato de
que as habilidades de leitura de textos precisamser ampliadas a fim de que as capacidades de
leitura esperadas para o final dos cinco primeiros
anos do Ensino Fundamental de nove anos sejamapreendidas pelos alunos.
Para exemplificar habilidades apresentadas
por alunos deste nvel, so apresentados dois
itens. O primeiro item avalia a habilidadede estabelecer relaes lgico-discursivas
presentes em um texto, neste caso, umfragmento de reportagem. Tal habilidade
se relaciona competncia C8, Coerncia ecoeso no processamento de textos.
Leia o texto e responda pergunta.
Faz muito tempo
Foi em 1500, em Portugal, do outro lado do mar.
Havia um menino chamado Pedrinho.
E havia o mar.
Pedrinho amava o mar.
Pedrinho queria ser marinheiro.
Tinha alma de aventureiro.
Perguntava sempre para o pai:
O que que h do outro lado do mar?
O pai sacudia a cabea:
Ningum sabe, meu filho, ningum sabe...
Naquele tempo, ningum sabia o que havia do outro lado do mar.
Ruth Rocha. http://www2.uol.com.br/ruthrocha/historias_06.htm. Fragmento.
Qual o trecho do texto apresenta o que Pedrinho disse?
Ningum sabe, meu filho, ningum sabe...
O que que h do outro lado do mar?
Pedrinho amava o mar.
Item AL0388MGD23N1
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Leia o texto e responda pergunta.
A histria das letras
A escrita foi inventada na Sumria, onde hoje o Ir e o Iraque. Essa
regio chamada Mesopotmia e significa entre rios. Os rios so o
Tigre e o Eufrates. Antigamente, cerca de 5 mil anos atrs, a escrita
comeou a ser feita em pequenas almofadas de barro. Usou-se tambm
madeira, metal e pedra para escrever. A idia pegou e, assim, surgiram
maneiras diferentes de escrever em vrios pontos do mundo, de acordo
com a lngua falada em cada regio.
Cincias Hoje para Crianas. http://cienciahoje.uol.com.br/controlPanel/materia/view/2854. Adaptado.
No texto, qual palavra d idia de tempo?
Assim.
Antigamente.
Entre.
Onde.
41
Para responder ao item, o aluno realizou leitura
autnoma do texto e das alternativas. Conformepode ser observado, trata-se de um texto
que apresenta maior grau de complexidadetanto no tema quanto no vocabulrio e na
estrutura das frases. Foi solicitado ao aluno
que identificasse a palavra que indicava a idiade tempo: Antigamente (advrbio de tempo).
importante observar que essa palavra
estava localizada no meio do texto e que asalternativas incorretas apresentavam palavras
tambm presentes no texto e que tm um
funcionamento gramaticalmente semelhanteao da palavra em foco.
O segundo item que caracteriza este nvel avaliaa habilidade de identificar marcas lingusticas
que evidenciam o enunciador de um texto, ou
seja, uma habilidade que tambm se relaciona
competncia C8, Coerncia e coeso no
processamento de textos.
Item AL0381MGD15N1
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O texto desse item um fragmento de conto demdia extenso que exige a leitura autnoma do
texto e das alternativas por parte do aluno. Pararesponder ao item, foi necessrio identificar a falade um personagem do texto em discurso direto,
marcado por travesso. A fala a ser identificada
localizava-se ao final do texto e a refernciaexplcita ao personagem que falou (Pedrinho)
estava distante, de modo que o aluno precisou
recuperar essa informao em linhas anteriores.
Orientaes pedaggicas
As crianas que esto no nvel recomendvelpara o 3 ano do Ensino Fundamental tambm
precisam que suas habilidades de leitura eescrita sejam ampliadas. importante garantir
interaes sistemticas com textos de diferentes
gneros veiculados em diferentes suportes epertencentes a diferentes domnios discursivos
(jornalstico, publicitrio, literrio, pessoal...).
Esse trabalho sistemtico deve focalizar tantoo reconhecimento de diferentes gneros e seus
modos de organizao quanto suas finalidades elocais de circulao.
As crianas neste nvel ainda precisam consolidar
habilidades como as de identificar o conflito
gerador do texto narrativo, formular hiptesessobre o contedo de um texto, identificar assunto
ou finalidade de um texto e reconhecer a ordem
alfabtica, tendo em vista seus usos sociais.
O trabalho com leitura deve contemplar alm
de habilidades bsicas, como a localizao deinformaes explcitas em um texto, habilidadesmais complexas, como o reconhecimento de
efeitos de sentido em um texto. Para tanto,
importante que o professor disponibilizediferentes gneros textuais utilizando-se
de estratgias que permitam ao aprendiz
analisar de modo mais sistemticoos diferentes recursos expressivos
(pontuao, negrito ou itlico, por
exemplo) e elementos coesivospresentes no texto. A seleo de
materiais escritos deve ser orientada
para o desenvolvimento dessashabilidades, bem como,
de uma leitura cada vez
mais autnoma peloaluno. Nesse sentido,
fundamental que essa
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seleo seja criteriosa, de modo a observar adiversidade de gneros e suportes textuais, os
domnios discursivos e o grau de complexidadedos textos selecionados, tanto em relao linguagem e ao tema quanto extenso e
estrutura. Com isso, garante-se a ampliao das
habilidades de leitura de textos com diferentesgraus de complexidade, a fim de que o aluno se
torne um leitor cada vez mais competente no
processo de produo de sentido.
Outro aspecto importante diz respeito
diversificao de situaes de leitura de modo a
criar momentos de leitura individual, em duplas,
coletiva e mediada ou no pelo professor. Cabe
tambm promover situaes em que as crianas
expressem sua percepo sobre os textos lidose a compreenso desses textos. Tal estratgia
possibilita a defesa do ponto de vista por parte
dos alunos, a explicitao de o que entendeu,de diferentes pontos de vista a partir do material
de leitura. Desse modo, a construo de
significados ocorre na interao com o outro leitore se amplia na medida em que diferentes pontos
de vista ou de interpretao so explicitados e
podem ser argumentados.
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7Consideraes finais partir dos dados apontados poressa avaliao censitria, espera-
se que os professores possamreestruturar suas propostas e definir
estratgias para que os alunos ampliem seusnveis de aprendizagem. importante, ento,
que o professor, tendo se apropriado dos dados
que apontam o desempenho de sua turma emrelao escala de proficincia, defina aes
a serem desenvolvidas, de forma a ampliar as
competncias das crianas em relao leitura e
A
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escrita. O grande objetivo a ser perseguido por
todos, ento, que essas competncias sejam
consolidadas e as crianas mineiras com 8 anossaibam ler e escrever pequenos textos.
Nesse sentido, a leitura atenta da Matriz dereferncia ou Matriz de avaliao de suma
importncia para a definio do que dever
ser trabalhado na sala de aula. Todos os quatrograndes tpicos devero ser contemplados
no planejamento das aulas e avaliados
continuamente, para verificar se as competnciasneles descritas j esto consolidadas. O que se
espera que o professor planeje suas aes emfuno das metas estabelecidas para cada aluno,para a turma e para a escola.
hora, portanto, de ampliar o trabalho com a
leitura e a escrita, trazendo para a sala de aulaos mais diversos gneros textuais que circulam
na sociedade, de forma que os alunos aprendam
para que serve determinado gnero, em qualsuporte ele costuma circular, que caractersticas
formais e lingusticas ele tem, enfim, tornar ascrianas bons leitores dos diversos gneros comque os cidados deparam no cotidiano.
Alm do conhecimento especfico sobre os
gneros textuais, importante tambm, emrelao s habilidades de leitura, propor atividades
diversificadas em que os alfabetizandos:
localizem informaes explcitas no texto;produzam inferncias acerca de informaes
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implcitas; formulem hipteses sobre o assunto
de determinado texto que ser lido; encontrem
os elementos responsveis pelo estabelecimentoda coerncia e coeso textuais; localizem tese
e argumentos em textos argumentativos;diferenciem fato e opinio sobre um fato;
avaliem a adequao da linguagem utilizada,
enfim, que os alunos saibam mobilizar diferenteshabilidades que favorecem (concorrem para) a
compreenso dos textos lidos que a grande
meta a ser perseguida nos anos iniciais do ensinofundamental de forma autnoma, necessitando
cada vez menos da ajuda do professor.
Simultaneamente, fundamental que sejarealizado, tambm de forma sistemtica,
o trabalho com a escrita de palavras,
sempre retiradas dos textos lidos, de formacontextualizada e significativa. A produo de
frases e de pequenos textos dever ser proposta,
aproveitando situaes reais, tais como: bilhetese convites que realmente sero enviados; avisos
que a serem colocados em locais em que possamser lidos; recontos de histrias lidas que comporouma coletnea para ser colocada na biblioteca
da escola, enfim, situaes de escrita em que
os alunos saibam o que iro escrever (gnero
textual), para quem (interlocutores) e para qu(propsitos/objetivos).
Outro aspecto que precisa ser contempladodiz respeito ao trabalho com ortografia que
deve ser iniciado no ciclo de alfabetizao e
cuja consolidao dever acontecer no ciclo
complementar. Nos anos iniciais, as crianasj podem ser levadas a deduzir algumas
regularidades da lngua, tais como o uso de
(que, em nossa lngua, nunca empregado emincio de palavras), de r/rr e de s/ss entre
vogais, de c e do qu e do g e do gu
diante das vogais e e i, alguns casos maiscomuns de acentuao grfica, entre outras.
Alm disso, o professor deve iniciar a discusso a
respeito da interferncia da oralidade na escrita,apontando palavras que so escritas da mesma
forma como so faladas e outras em que se fala
de uma forma e se escreve de outra (como o
nosso leiti/leite, matu/mato pode-se chamar aateno para a regularidade dessas ocorrncias).
Enfim, refora-se a certeza de que os dados dessaavaliao podem e devem estar a servio de um
trabalho pedaggico de qualidade, subsidiando
a formulao de metas a serem estabelecidaspelos professores e alcanadas pelas crianas o
que possibilitar que sejam leitoras e produtoras
de textos mais proficientes.
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Polos Regionais e suas respectivasSuperintendncias Regionais de Ensino
Regional Centro
Metropolitana A
Metropolitana B
Metropolitana C
Conselheiro Lafaiete
Divinpolis
Ouro Preto
Par de Minas
Sete Lagoas
Regional Tringulo
Ituiutaba
Monte Carmelo
Paracatu
Patos de Minas
Patrocnio
Uberaba
Uberlndia
Regional Sul
Campo Belo
Caxambu
Itajub
Passos
Poos de Caldas
Pouso Alegre
So Sebastio do Paraso
Varginha
Regional Norte
Curvelo
Diamantina
Janaba
Januria
Montes Claros
Pirapora
Regional Mata
Barbacena
Carangola
Juiz de Fora
Leopoldina
Muria
Ponte Nova
So Joo Del Rei
Ub
Regional Vale do Ao
Almenara
Araua
Caratinga
Coronel Fabriciano
Governador Valadares
Guanhes
Manhuau
Nova Era
Tefilo Otoni