Caderno de LOG (Sistemática de Comércio Exterior) RDDI_06082014

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    Tcnico em Logstica

    Fabiane Veras Klein de Aquino

    2014

    Sistema de ComrcioExterior

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    Presidenta da RepblicaDilma Vana Rousseff

    Vice-presidente da RepblicaMichel Temer

    Ministro da EducaoJos Henrique Paim Fernandes

    Secretrio de Educao Profissional eTecnolgicaAlssio Trindade de Barros

    Diretor de Integrao das RedesMarcelo Machado Feres

    Coordenao Geral de FortalecimentoCarlos Artur de Carvalho Aras

    Coordenador Rede e-Tec BrasilCleanto Csar Gonalves

    Governador do Estado de PernambucoJoo Soares Lyra Neto

    Secretrio de Educao e Esportes dePernambuco

    Jos Ricardo Wanderley Dantas de Oliveira

    Secretrio Executivo de Educao ProfissionalPaulo Fernando de Vasconcelos Dutra

    Gerente Geral de Educao ProfissionalLuciane Alves Santos Pula

    Coordenador de Educao a DistnciaGeorge Bento Catunda

    Coordenao do CursoMaria Helena Cavalcanti

    Coordenao de DesignInstrucionalDiogo Galvo

    Reviso de Lngua PortuguesaEliane Azevdo

    DiagramaoKlbia Carvalho

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    INTRODUO ............................................................................................................................ 3

    1. COMPETNCIA 01 | CONHECER A FORMAO DE PREO DA EXPORTAO ...................... 6

    1.1 Determinao do Preo .......................................................................................... 6

    1.2 Fatores que Influenciam o Preo de Exportao ................................................. 11

    1.3 Metodologia para a Fixao do Preo de Exportao, com Base no Preo do

    Produto no Mercado Interno ..................................................................................... 14

    2. COMPETNCIA 02 | CONHECER OS PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS NA

    EXPORTAO .......................................................................................................................... 17

    2.1 Sistema Integrado de Comrcio Exterior (Siscomex) ........................................... 17

    2.2 Nomenclatura e Classificao de Mercadorias .................................................... 19

    2.3 Documentos Referentes ao Exportador ............................................................... 22

    2.4 Documentos Referentes ao Contrato de Exportao .......................................... 24

    2.5 Documentos Referentes Mercadoria ................................................................ 27

    2.6 Erros mais Comuns no Processo de Exportao .................................................. 39

    3. COMPETNCIA 03 | CONHECER OS PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS NA

    IMPORTAO ......................................................................................................................... 41

    3.1 Tipos de Importao: Aspectos Gerais ................................................................. 41

    3.2 Licenciamento de Importao .............................................................................. 45

    3.3 Despacho de Importao ..................................................................................... 48

    3.4 Declarao Simplificada de Importao .............................................................. 51

    3.5 Clculo de Preo de Mercadoria Importada ....................................................... 56

    3.6 Conhecer e Evitar Erros mais Comuns no Processo de Importao .................... 59

    4. COMPETNCIA 04 | CONHECER OS INCOTERMS ............................................................... 62

    4.1 Conceito e Origem ................................................................................................ 62

    4.2 Classificao e Aplicao ...................................................................................... 65

    4.3 Estratgia de Escolha e Erros ............................................................................... 78

    4.3.1 Estratgia de Escolha dos Incoterms ................................................................. 78

    4.3.2 Erros comuns no uso dos incoterms ................................................................. 79

    5. COMPETNCIA 05 | CONHECER AS FORMAS DE PAGAMENTO ......................................... 81

    5.1 Pagamento Antecipado ........................................................................................ 82

    5.2 Remessa Direta de Documentos (Remessas em Saque) ...................................... 835.3 Cobrana Documentria ...................................................................................... 85

    Sumrio

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    Sumrio

    5.4 Carta de Crdito ................................................................................................... 88

    5.5 Outras Formas de Pagamento .............................................................................. 91

    6. COMPETNCIA 06 | CONHECER O TRATAMENTO TRIBUTRIO ......................................... 946.1 Impostos Que Incidem Sobre o Processo de Importao e Exportao .............. 94

    6.2 Regimes Aduaneiros Especiais ........................................................................... 101

    7. COMPETNCIA 07 | CONHECER O FINANCIAMENTO EXPORTAO ............................ 107

    7.1 Conceito e Tipos de Financiamentos.................................................................. 107

    7.2 Financiamentos de Crditos Comerciais ............................................................ 108

    7.2.1 Adiantamento de Contrato de Cmbio (ACC) ................................................. 108

    7.2.2 Adiantamento sobre Cambiais Entregues (ACE) ............................................. 111

    7.3 Financiamentos de Crditos Oficiais .................................................................. 113

    7.3.1 Financiamento s exportaes pelo Banco Nacional de Desenvolvimento

    Econmico e Social (Programa BNDES- Exim). ......................................................... 113

    7.3.2 Programa de Financiamento s Exportaes (PROEX) ................................... 116

    7.3.2.1 Modalidade de Financiamento .................................................................... 116

    7.3.2.1.1.PROEX Financiamento ............................................................................... 116

    7.3.2.1.2 PROEX Financiamento Produo Exportvel (PROEXFPE) .................... 119

    7.3.2.2 PROEX Equalizao ....................................................................................... 120

    7.3.3 PROGER Exportao ........................................................................................ 122

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ............................................................................................ 124

    SITES GERAIS RELACIONADOS AO TEMA COMRCIO EXTERIOR. ......................................... 128

    CURRCULO DO PROFESSOR-PESQUISADOR ........................................................................ 129

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    Competncia 01

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    Sistema de Comrcio Exterior

    INTRODUOOl! Seja bem vindo disciplina de Sistemtica de Comrcio Exterior. A partir

    de agora iremos iniciar uma fascinante viagem ao universo do comrcio

    internacional.

    Primeiro vamos entender o conceito de comrcio exterior. O comrcio

    exterior compreende toda a troca de mercadorias, bens e servios entre um

    vendedor e um comprador que esto localizados em pases distintos.

    Segundo Soares (2004), o comrcio exterior pode ser considerado como uma

    operao de compra e venda internacional, entre agentes que esto em dois

    ou mais pases diferentes, onde ocorrer um transporte internacional e

    tambm um retorno financeiro, com a troca do cmbio.

    No entanto para que estas trocas ocorram, est envolvido um grande nmero

    de pessoas, empresas, rgos nacionais e internacionais e uma srie de regrasnecessitam ser cumpridas para que esta compra ou venda seja efetuada. O

    quadro abaixo poder explicar melhor esta complexidade de relaes no

    comrcio internacional.

    Figura 1Universo do comrcio exteriorFonte: Adaptado do curso de comrcio exterior da DLA Internacional, 2004.

    Dica: Quem est

    vendendo, estexportando. Quemcompra estimportando.

    Logo:vendedor =exportador

    comprador =importador

    Vendedor

    Exportador Comprador

    Importador

    Pas

    Exportador

    Pas

    Importador

    Banco

    Exportador

    Banco

    Importador

    Transporte Internacional

    Organismos e Acordos InternacionaisIncoterms 2010

    Despachantes, portos ,aeroportos

    Terminais, Transporte interno

    Documentos/Garantias/Pagamento

    Aduana Aduana

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    Tcnico em Logstica

    Como o vendedor e o comprador esto em pases diferentes, temos que

    conhecer as leis, regras de fiscalizao na aduana e a cultura de cada pas,antes de fechar o negcio. Deve-se tambm adotar e comercializar os

    produtos dentro dos princpios das normas internacionais da Organizao

    Mundial do Comrcio. Os prestadores de servios como transportadores,

    despachantes, terminais terrestres, porturios ou aeroporturios, devero ser

    nacionais e internacionais, tornando assim a operao mais onerosa. Existe

    tambm a interrelao com bancos do pas do exportador e do pas do

    importador, pois cada pas tem sua moeda prpria e necessrio fazer a troca

    da moeda para utilizao domstica. Enfim uma srie de intervenientes sero

    envolvidos, tornando assim a simples operao de compra e venda uma

    transao bem mais complexa e que envolve vrios fatores para se

    concretizar.

    Para realizar as operaes de compra e venda no comrcio internacional, faz-

    se necessrio entender todos os procedimentos da Sistemtica do Comrcio

    Exterior, estes conhecimentos sero aprendidos no desenvolvimento destecaderno de estudo e so:

    COMPETNCIA 01 | CONHECER A FORMAO DE PREO DA EXPORTAO

    nesta competncia iremos entender como funciona a formao de preos

    para exportao e quais fatores influenciam na composio do preo.

    COMPETNCIA 02 | CONHECER OS PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS NA

    EXPORTAO. _ Nesta, iremos entender todos os procedimentos do processode exportao, os documentos necessrios, o sistema, e os possveis erros no

    processo de exportao.

    COMPETNCIA 03 | CONHECER OS PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS NA

    IMPORTAO. Nesta, iremos entender todos os aspectos gerais do processo

    de importao, os documentos necessrios, preo e os possveis erros no

    processo de importao.

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    Competncia 01

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    Sistema de Comrcio Exterior

    COMPETNCIA 04 | CONHECER OS INCOTERMS Nesta, vamos conhecer os

    Incoterms, termos de comrcio internacional que facilitam as operaes docomrcio internacional.

    COMPETNCIA 05 | CONHECER AS FORMAS DE PAGAMENTO _ Nesta, iremos

    aprender quais as formas de pagamento que so utilizadas nas operaes de

    comrcio internacional.

    COMPETNCIA 06 | CONHECER O TRATAMENTO TRIBURIO Nesta

    competncia sero apresentados os tributos que influenciam no processo deimportao e exportao.

    COMPETNCIA 07 | CONHECER O FINANCIAMENTO EXPORTAO- Nesta

    competncia, conheceremos os tipos de financiamentos para exportao

    existentes no Brasil. Exemplo: PROEX, BNDES-EXIM e outros.

    Figura 2- Professor, aluno e o mundoFonte: Figura do clip-art

    Agora vamos seguir em frente?

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    Tcnico em Logstica

    Competncia 01

    1. COMPETNCIA 01 | CONHECER A FORMAO DE PREO DA

    EXPORTAO

    1.1 Determinao do Preo

    Antes de comearmos a entender como feita a determinao do preo,

    precisamos esclarecer o conceito do preo e sua influncia no sucesso ou

    fracasso da negociao.

    Sabemos que ter um bom preo fundamental, mas voc sabe o conceito de

    preo? Se voc pesquisar no dicionrio ir encontrar o seguinte conceito:

    Preo: Quantia estipulada pelo vendedor para se adquirir alguma mercadoria

    ou servio que ele oferece. (Dicionrio escolar da lngua portuguesa,

    Academia Brasileira de Letras. 2008, p.1016).

    Analisando o conceito sob o ponto de vista contbil, Crepaldi define:

    O preo um dos principais indicadores de valor queuma empresa entrega a seus clientes. Ele a expressodo valor monetrio dos benefcios que a empresaacredita que seus produtos trazem para o cliente.(CREPALDI, 2010 p.358).

    No contexto internacional, o preo pode ser o fator que define a entrada em

    um determinado mercado ou no. Mas tambm so influenciados por outrosfatores externos (incentivos fiscais, taxas de cmbio, legislao do pas do

    importador, etc.), que no esto sob o controle do vendedor (exportador).

    J De acordo com Faro (2010), o preo do produto exportado dever

    proporcionar competitividade ao produto no mercado externo e no

    comprometer a sade econmica e financeira do exportador.

    Bom, j entendemos que o preo fundamental para o sucesso daexportao, mas como determinar o preo?

    Consultar o sitewww.aprendendoa

    exportar.gov.br noitem formao de

    preo

    http://www.aprendendoaexportar.gov.br/http://www.aprendendoaexportar.gov.br/http://www.aprendendoaexportar.gov.br/http://www.aprendendoaexportar.gov.br/
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    Competncia 01

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    Sistema de Comrcio Exterior

    Competncia 01

    O primeiro passo para determinar o preo de exportao entender o seu

    produto e os custos para a sua produo, transporte, despesas de vendas,entre outros. No entanto, no podemos praticar os mesmos preos do

    mercado interno, pois os fatores que compem os preos domsticos so

    diferentes do internacional.

    No mercado interno o preo composto pelos seguintes fatores

    Figura 3: Esquema demonstrativo do preo de venda no mercado interno.Fonte: Adaptado de Ricardo e Ftima Faro (2010 p. 78).

    No mercado externo o preo composto pelos seguintes fatores

    Figura 4: Esquema demonstrativo do preo de venda no mercado externo.Fonte: Adaptado de Ricardo e Ftima Faro (2010 p. 78).

    Preo Mercado Interno =Matriaprima e Mo de obra

    +

    Custos indiretos de fabricao

    +

    Despesas comerciais, administrativas e

    financeiras

    +

    Tributao e Lucro

    Os impostos queincidem no preo doproduto no mercado

    interno so:IPI (imposto sobre

    produtosindustrializados)

    ICMS (Imposto sobrecirculao demercadoria e

    servio)PIS (Programa deIntegrao Social)

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    Tcnico em Logstica

    Competncia 01

    Soares (2010) relaciona quatro elementos principais para se montar o clculo

    do preo do produto ou servio exportado, tais elementos esto relacionadosno quadro abaixo

    Quadro 1: Elementos para a composio do preo para o mercado externo.Fonte: Adaptado de SOUSA (2010, p. 144-145).

    Para conseguirmos determinar o preo e o volume mnimo que devero ser

    vendidos para que a empresa no tenha prejuzo na operao, podemos

    calcular o preo com base no ponto de equilbrio.

    O ponto de equilbrio de vendas representa a quantidade mnima de um

    determinado produto e o preo mnimo, para que a margem comercial seja

    igual a zero. (SOUSA, 2010) Ou seja, o preo e quantidade mnima para que

    a empresa no mnimo pague seus custos e despesas.

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    Competncia 01

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    Sistema de Comrcio Exterior

    Competncia 01

    A frmula de clculo simples, mas necessrio ter bem definidos os custos

    fixos e variveis e o preo unitrio de cada produto

    Segue abaixo a frmula usada para definir o Ponto de Equilbrio

    Frmula 1: Ponto de EquilbrioFonte: Adaptado de SOUSA, 2010. P. 148.

    Exemplo: A empresa Vinho do Mundo S.A., pretende entrar no mercado da

    China, e vender cada garrafa do vinho A por R$50. O custo varivel unitrio

    de R$ 10 e o custo fixo anual de R$ 150.000. Qual dever ser o ponto de

    equilbrio?

    PE= ?

    CF( custo fixo total)= R$ 150.000

    CVu( Custo varivel unitrio)= R$10

    Vu (preo unitrio do produto)= R$ 50

    Logo: PE = C.F

    Vu- CVu

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    Tcnico em Logstica

    Competncia 01

    PE = 150.000 = 150.000 = 3750 unidades

    50-10 40

    Suponhamos que para outro produto (Vinho B) a empresa Vinho do Mundo j

    saiba o Ponto de Equilbrio de 5000 unidades, tenha um custo varivel de R$

    15 e tenha um custo fixo total de R$ 100.000 e precise saber qual ser o preo

    unitrio. Como podemos calcular? simples, basta inverter a frmula:

    Frmula 2: Valor unitrio de venda

    Fonte: Adaptado de SOUSA, 2010. P. 150.

    Ento, se:

    PE= 5000 uni

    CF= R$ 100.000

    CVu= R$15

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    Competncia 01

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    Sistema de Comrcio Exterior

    Competncia 01

    Vu= 100.000 + 15 = 20 + 15 = 35 => O preo de venda ser R$35,00

    5000

    Desta forma, conclumos que para determinar o preo de exportao ser

    necessrio levantar todos os custos fixos e variveis, internos e externos para

    podermos montar um preo que pague os gastos e proporcione o lucro

    1.2 Fatores que Influenciam o Preo de Exportao

    Como foi visto no tpico anterior existem fatores que influenciam asexportaes, que no esto sobre o controle do exportador. Como exemplos

    destes fatores, podemos citar: as flutuaes cambiais, fatores legais,

    comerciais, culturais e polticos.

    Para Sousa (2010), antes de determinar os preos preciso levar em conta os

    seguintes fatores:

    1.Converso de moeda no pas importador;

    2.Escassez de controle sobre o preo imposto pelos intermedirios

    (dependendo da estratgia de venda selecionada);

    3.Custos adicionais: transportes, seguros, despesas na alfndega, etc.;

    4.Margens para o importador, para o atacadista e para o varejista

    (dependendo do canal de distribuio escolhido);

    5.O risco global, como barreiras tcnicas e tarifrias impostas por alguns

    governos para proteger a indstria local.

    O primeiro fator da lista acima extremamente influenciado pela variao da

    taxa de cmbio. E esta sofre influncia da economia nacional e internacional.

    Falando em cmbio, voc sabe o que Taxa de Cmbio?

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    Tcnico em Logstica

    Competncia 01

    Figura 5: CmbioFonte: http://www.agkcorretora.com.br/2014

    Taxa de cmbio compreende a taxa que define quanto vale a unidade de

    moeda estrangeira em relao moeda nacional. Ex.: U$ 1 = R$ 2,40.

    No Brasil o cmbio controlado pelo Banco Central. O governo dono de

    todas as divisas (moedas estrangeiras) do pas.

    De acordo com Maia (2010), o monoplio cambial brasileiro, funciona da

    seguinte forma:

    Entradas de divisas: quando ocorrem operaes de exportao ou

    entrada de capitais estrangeiros, os bancos credores devero

    vender estas divisas ao Banco Central, sendo assim ocorre o repasse

    cambial.

    Sada de divisas: quando ocorre uma operao de importao, o

    banco que remeter as divisas do exterior dever comprar ao Banco

    Central a moeda estrangeira necessria para liquidar a operao de

    cmbio. Sendo assim ocorre a cobertura cambial.

    Devido a este controle da moeda quando exportamos, temos que fazer a

    troca da moeda no banco, operao chamada de fechamento de cmbio.

    Ento, se no ato do fechamento do cmbio a cotao da taxa de cmbioreferente moeda em que a operao foi negociada estiver menor do que no

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    Sistema de Comrcio Exterior

    Competncia 01

    dia da negociao, o exportador ir receber menos pela venda. Mas se a

    cotao estiver maior ele receber um valor maior. Por este motivo, quando ataxa de cmbio da moeda estrangeira est em alta, aumentam as

    exportaes.

    Os custos adicionais, tambm influenciam bastante na composio do preo

    de exportao. Este fator composto por custos com transporte, seguro,

    despesas alfandegrias, despesas em terminais, etc. Estes custos sero ou no

    de responsabilidade do exportador, dependendo do incoterm, que foi

    definido no ato na negociao da compra e venda do produto.

    Incotermsso termos internacionais de comrcio, propostos pela Cmara de

    Comrcio Internacional - CCI, com o objetivo de facilitar o comrcio entre

    vendedores e compradores de diferentes pases. (CAMEX BRASIL, 2014)

    Os Incoterms tambm so conhecidos como clusulas de preo, pois

    dependendo da opo que for escolhida, ir determinar que itens de

    operao sejam adicionados ao preo final. (FARO R.; FARO F., 2010)

    Na prtica, os incoterms servem para definir responsabilidades, direitos e

    deveres entre o exportador e o importador na operao logstica

    internacional.

    Enfim, estes so fatores que devem ser analisados antes da determinao do

    preo, para que o exportador possa entrar no mercado com um preocompetitivo. Os incoterms sero estudados mais detalhadamente na

    competncia quatro.

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    Tcnico em Logstica

    Competncia 01

    1.3 Metodologia para a Fixao do Preo de Exportao, com Base no Preo

    do Produto no Mercado Interno

    Figura 6: preo no alvoFonte:http://www.benitopepe.com.br,2012

    Fixao de preos de exportao so estratgias adotadas pelas empresas

    para definirem os valores que sero praticados no mercado internacional.

    Conforme o programa do governo no portal Aprendendo a Exportar (2014),

    existem alguns mtodos para fixao de preos, os mais utilizados so:

    Valor presumido de um produto - A fixao do preo baseia-se na

    percepo que se tem com relao a determinado grupo de produtos

    que, por serem exticos ou nicos, parecem mais caros para os

    consumidores do que outros produtos que no tm esse apelo;

    Seguir o lder - Este um dos mtodos menos arriscados e maisutilizados por exportadores iniciantes que ainda no tm uma noo

    muito clara do mercado que est ingressando. Os preos so fixados

    com base nos praticados pelos lderes no mercado-alvo. (APRENDENDO

    A EXPORTAR disponvel em www.aprendendoaexportar.gov.br, acesso

    em 28/02/ 2014).

    http://www.benitopepe.com.br/http://www.benitopepe.com.br/http://www.benitopepe.com.br/http://www.aprendendoaexportar.gov.br/http://www.aprendendoaexportar.gov.br/http://www.benitopepe.com.br/
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    Competncia 01

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    Sistema de Comrcio Exterior

    Competncia 01

    De acordo com Sousa (2010, p.151), so trs as estratgias gerais para fixao

    de preos que so aplicadas pelas empresas brasileiras.

    1.Preo- padro (em todos os mercados mundiais)

    2.Preo adaptado (preo de exportao diferente do mercado interno);

    3.Preo adaptado a cada mercado individualmente.

    A primeira estratgia de fixao, preo-padro, consiste em aplicar o mesmopreo independente do mercado em que a empresa atua. Em outras palavras,

    vender o produto pelo mesmo preo independente do cliente. Monta-se o

    preo apenas baseado em custos fixos e variveis.

    Vamos comentar logo a terceira, pois a segunda a estratgia que toma por

    base o preo do mercado interno, e mais usada e abordaremos por ltimo.

    A terceira estratgia, preo adaptado a cada mercado, toma por base

    questes mercadolgicas como: segmentao de mercado, clientes

    estratgicos, demanda etc. Sendo assim ela varivel de empresas a

    empresa.

    A segunda estratgia, preo adaptado, consiste em usar um preo de

    exportao diferenciado do preo do mercado interno. SOUSA (2010)

    considera que esta estratgia pode ser dividida em dois tipos:

    Mtodo de custos real: calculado somando todos os custos que a

    empresa tem tanto do mercado interno quanto externo. Neste mtodo

    o custo do produto pode se tornar muito caro e o exportador perder a

    competitividade no mercado externo. Em alguns casos, o clculo feito

    tomando por base os custos e aplicando um valor adicional (mark-up),

    em cima do preo.

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    Tcnico em Logstica

    Competncia 01

    Mtodo de custos marginais: calculado apenas somando os custos de

    fabricao e os custos de exportao, os custos fixos sodesconsiderados, pois so alocados no mercado interno.

    Para as pequenas empresas que desejam entrar no comrcio internacional, a

    forma mais simples de compor o preo de exportao tomar por base o

    preo de venda do produto no mercado interno.

    Conforme apresentado por SOUSA (2010, p.155) a estrutura de clculo desta

    metodologia toma por base as seguintes premissas:

    Excluso dos elementos que compem normalmente o preo do

    produto no mercado interno, mas no estaro presentes no preo da

    exportao (como os impostos, ex.: ICMS, PIS, IPI, etc.)

    Incluso das despesas que no integram a composio do preo

    interno, mas faro parte do preo de exportao, na modalidade FOB

    (Por exemplo, gastos com transporte at o porto de embarque,

    embalagem e comisso de agentes no exterior).

    Logo, podemos concluir que o mtodo utilizado para a fixao de preo

    depender do porte da empresa (pequena, mdia ou grande) e da estratgia

    adotada para a entrada e permanncia do mercado internacional.

    Vamos seguir nossa viagem rumo Competncia 2, para conhecer os

    processos administrativos da exportao.

    FOBFree onBoard (livre a bordodo navio): significaque o exportador

    ir arcar com todasas despesas e o

    seguro, para deixar

    a carga dentro donavio no porto de

    embarque ( pas doexportador),

    indicado peloimportador

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    Competncia 01

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    Sistema de Comrcio Exterior

    Competncia 02

    2. COMPETNCIA 02 | CONHECER OS PROCEDIMENTOS

    ADMINISTRATIVOS NA EXPORTAO

    2.1 Sistema Integrado de Comrcio Exterior (Siscomex)

    No Brasil, o rgo que controla e fiscaliza a entrada e sada de mercadorias a

    Receita Federal, atravs dos seus auditores fiscais, que trabalham na

    alfndega inspecionando, liberando ou apreendendo mercadorias nas

    fronteiras, portos e aeroportos do pas.

    Em 1993 com a finalidade de auxiliar na fiscalizao, tornar o processo mais

    gil, menos burocrtico e mais eficiente, o governo, decidiu criar o Sistema

    Integrado de Comrcio Exterior SISCOMEX, como forma de informatizar as

    etapas da exportao.

    De acordo com Ricardo e Ftima Faro (2010) at 1992, o licenciamento das

    exportaes e importaes era realizado por intermdio de formulrios paraestes fins, com emisso de muitas vias tornando o processo extremamente

    burocrtico e arriscado

    O processo de implantao foi realizado em etapas, primeiro a exportao e

    depois a importao. O SISCOMEX foi implantado no primeiro dia til de 1993.

    Inicialmente, esteve disponvel o Mdulo Exportao, e apenas em 1997,

    que o Mdulo Importao foi disponibilizado. (FARO R.; FARO F., 2010)

    Em 2008 foi realizada integrao do SISCOMEX com o Sistema Mercante

    (Sistema informatizado do Departamento de Fundos da Marinha Mercante -

    DEFRMM), sendo criado o SISCOMEX CARGA. Este sistema permitiu que, alm

    do controle das cargas, a Receita Federal tambm pudesse acompanhar todas

    as entradas e sadas das embarcaes (navios de carga) nos portos

    alfandegados, possibilitando um maior controle na fiscalizao de

    importaes e exportaes, via martima.

    Por meio do

    Sistema Mercado

    gerada a cobrana

    do Adicional aoFrete para a

    Renovao daMarinha MercanteAFRMMincide

    sobre o frete, que a remunerao do

    transporteaquavirio da carga

    de qualquernatureza, ovao dafrota descarregadaem porto brasileiro.Com a finalidade de

    arrecadar fundospara a renovao

    da frota deembarcaes

    brasileiras(Lei10.893, de julho

    de 2004)

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    Tcnico em Logstica

    Competncia 02

    O SISCOMEX foi elaborado pelo Servio Nacional de Processamento de Dados

    - SERPRO, empresa ligada ao Ministrio da Fazenda responsvel pelodesenvolvimento e controle das tecnologias de informao para o servio

    pblico. (SEPRO, 2014)

    Para uma empresa exportadora ou importadora obter acesso ao SISCOMEX

    ela ter que primeiro fazer o cadastramento na Receita Federal e depois ir ao

    SERPRO de sua regio para obter o certificado digital (que ser liberado para o

    CPF do representante legal da empresa) e o programa do sistema que ser

    instalado no computador do usurio. Para credenciamento junto Receita

    Federal os exportadores, como pessoas jurdicas, devero se inscrever no

    Registro de Exportadores e Importadores - REI, na Secretria de Comrcio

    Exterior- SECEX do Ministrio das Relaes Exteriores (FARO R.; FARO F.

    2010).

    Com o SISCOMEX, a Receita Federal acompanha, em tempo real, cada etapa

    do processo de exportao. A incluso de dados no sistema comea com o

    exportador; depois o despachante acessa o sistema e com base nas

    informaes do exportador inicia-se o processo de despacho aduaneiro; o

    porto, aeroporto ou armazm alfandegado, informa quando a carga foi

    depositada; aps estas etapas os auditores fiscais da Receita Federal fazem as

    conferncias finais e o sistema informa se a carga est liberada ou no para

    embarque.

    Segue abaixo uma figura que mostra o layout do Siscomex exportao web

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    Competncia 01

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    Sistema de Comrcio Exterior

    Competncia 02

    Figura 7: tela do SISCOMEXFonte:http://www.desenvolvimento.gov.br/arquivos/dwnl_1286802323.pdf. 2014.Acesso em14/03/14.

    2.2 Nomenclatura e Classificao de Mercadorias

    No mundo moderno, a maior parte dos objetos possuem um cdigo

    numrico, os produtos possuem cdigo de barra, os carros placas e at

    mesmo as pessoas possuem um cdigo, os documentos de identificao

    (Registro Geral RG e Cadastro de Pessoa Fsica CPF). Estes cdigos so

    individuais e servem para distinguir um objeto ou pessoa da outra.

    Da mesma forma ocorre no mercado internacional. Cada produto possui um

    cdigo para identific-lo e facilitar as negociaes e a conferncia pelas

    alfndegas do mundo todo. Pois imagine como seria difcil identificar o

    produto, quando cada exportar pode descrever o seu produto de forma

    diferente. Por exemplo, um exportador de acar pode descrever seu

    produto, como: produto derivado da cana de acar usado para alimentos, eoutro exportador poder descrever o mesmo tipo de acar como: granulado

    http://www.desenvolvimento.gov.br/arquivos/dwnl_1286802323.pdf.%202014http://www.desenvolvimento.gov.br/arquivos/dwnl_1286802323.pdf.%202014http://www.desenvolvimento.gov.br/arquivos/dwnl_1286802323.pdf.%202014http://www.desenvolvimento.gov.br/arquivos/dwnl_1286802323.pdf.%202014
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    Tcnico em Logstica

    Competncia 02

    de cana de acar branco. Assim ficaria difcil para um importador e para um

    fiscal na alfndega identificar se os produtos so iguais ou no. Alm do mais,temos que levar em considerao as diferenas culturais, do idioma, das

    unidades de medidas (centmetros, ps, etc.) e outros fatores que influenciam

    na descrio do produto.

    Com o objetivo de facilitar e padronizar a identificao dos produtos no

    mbito mundial foi criado um sistema de codificao, o Sistema

    Harmonizado de Designao e de Codificao de Mercadorias, ou

    simplesmente Sistema Harmonizado (SH). O mesmo foi criado no Brasil pelo

    Decreto n 97.409, de 23 de dezembro 1988.

    O Sistema Harmonizado foi implantado no comrcio internacional pelo ento

    Conselho de Cooperao Aduaneira (CCA), estabelecido em Bruxelas, na

    Blgica em 1983. Atualmente este organismo internacional chama-se

    Organizao Mundial de Alfndegas (OMA), com a finalidade de facilitar,

    padronizar e buscar constantemente melhorias aos processos de controle

    alfandegrios, uma vez que todos os pases-membros passam adotar o

    Sistema Harmonizado para codificar os produtos (FARO R.; FARO F., 2010).

    Conforme descrito pelo Ministrio de Desenvolvimento e Comrcio Exterior

    MDIC (2014) o Sistema Harmonizado (SH) abrange:

    Nomenclatura Compreende 21 sees, composta por 96 captulos,

    alm das Notas de Seo, de Captulo e de Subposio. Os captulos, porsua vez, so divididos em posies e subposies, atribuindo-se cdigos

    numricos a cada um dos desdobramentos citados. Enquanto o

    Captulo 77 foi reservado para uma eventual utilizao futura no SH, os

    Captulos 98 e 99 foram reservados para usos especiais pelas Partes

    Contratantes. O Brasil, por exemplo, utiliza o Captulo 99 para registrar

    operaes especiais na exportao;

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    Competncia 01

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    Sistema de Comrcio Exterior

    Competncia 02

    Regras Gerais para a Interpretao do Sistema Harmonizado

    Estabelecem as regras gerais de classificao das mercadorias naNomenclatura;

    Notas Explicativas do Sistema Harmonizado (NESH) Fornecem

    esclarecimentos e interpretam o Sistema Harmonizado, estabelecendo,

    detalhadamente, o alcance e contedo da Nomenclatura.

    Visando facilitar a circulao e comercializao dos produtos entre os pases

    que compem o bloco econmico Mercado Comum do Sul - MERCOSUL os

    pases pertencente a este bloco em 1995 criaram um sistema de codificao

    baseado no Sistema Harmonizado, chamado Nomenclatura Comum do

    MERCOSUL (NCM/SH).

    A Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM) formada por oito dgitos,

    onde os seis primeiros so formados pelo Sistema Harmonizado,

    correspondente ao captulo, posio e subposio, enquanto o stimo e

    oitavo dgitos correspondem a desdobramentos especficos atribudos no

    mbito do MERCOSUL (FARO R.; FARO F., 2010).

    A sistemtica de classificao dos cdigos na Nomenclatura Comum do

    MERCOSUL (NCM) obedece seguinte estrutura:

    Figura 8 : NCM, estrutura de classificao.FONTE: MDIC-www.desenvolvimento.gov.br,2014.

    Segue abaixo, um exemplo apresentado por Ricardo e Ftima Faro (2014, p.

    30), que descreve o produto creme de leite UHT( ultra high temperature), no

    Para identificar oNCM correto paraum determinado

    produto Consultaro site:

    http://www4.receita.fazenda.gov.br/simulador/Pesquisar

    NCM.jsp

    http://www.desenvolvimento.gov.br/http://www.desenvolvimento.gov.br/http://www.desenvolvimento.gov.br/http://www4.receita.fazenda.gov.br/simulador/PesquisarNCM.jsphttp://www4.receita.fazenda.gov.br/simulador/PesquisarNCM.jsphttp://www4.receita.fazenda.gov.br/simulador/PesquisarNCM.jsphttp://www4.receita.fazenda.gov.br/simulador/PesquisarNCM.jsphttp://www4.receita.fazenda.gov.br/simulador/PesquisarNCM.jsphttp://www4.receita.fazenda.gov.br/simulador/PesquisarNCM.jsphttp://www4.receita.fazenda.gov.br/simulador/PesquisarNCM.jsphttp://www4.receita.fazenda.gov.br/simulador/PesquisarNCM.jsphttp://www4.receita.fazenda.gov.br/simulador/PesquisarNCM.jsphttp://www.desenvolvimento.gov.br/
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    Tcnico em Logstica

    Competncia 02

    concentrado nem adicionado de acar ou de outros edulcorantes, com um

    teor, em peso de matrias gordas, superior a 6%:

    Cdigo NCM: 0401.30.21

    Captulo 04 - leite e laticnios: ovos de aves; mel natural; produtos

    comestveis de origem animal; no especificados, nem compreendidos

    em outros captulos;

    Posio 0401 - Leite e creme de leite, no concentrados nem

    adicionados de acar ou de outros edulcorantes; Suposio 0401.30 - Com um teor, em peso, de matrias gordas,

    superior a 1 %, mas no superior a 6 %;

    Item 0401.30.2 - creme de leite;

    Subitem 0401.30.21 - UHT( ultra high temperature).

    O NCM, tambm usado para codificar as mercadorias no Brasil na emisso

    das notas fiscais eletrnicas, pois para emitir o Documento Auxiliar da Nota

    Fiscal Eletrnica - DANFE necessrio incluir o cdigo do produto.

    de extrema importncia definir o cdigo correto para o produto, seja ele o

    SH ou o NCM. Pois, caso seja definido um cdigo que no corresponda ao

    produto, o exportador poder no conseguir fechar a venda ou a carga ficar

    retida na alfndega do pas de destino e estas ocorrncias iro gerar um custo

    maior ou prejuzos para os exportadores.

    2.3 Documentos Referentes ao Exportador

    Para iniciar o procedimento de exportao a empresa necessita se cadastrar

    no Registro de Exportadores e Importadores - REI e no Registro e

    Rastreamento da Atuao dos Intervenientes Aduaneiros, o RADAR.

    Conforme relatado na Portaria n 23 do cadastro Registro de Exportadores e

    ImportadoresREI:

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    Tcnico em Logstica

    Competncia 02

    Alm destes cadastros o exportador dever ir Junta Comercial para alterar a

    sua atividade comercial no Cadastro Nacional de Pessoa Jurdica- CNPJ. Aps arealizao de todos estes registros o exportador estar apto para iniciar o

    processo administrativo da exportao.

    2.4 Documentos Referentes ao Contrato de Exportao

    No ato da negociao entre o exportador e o importador faz-se necessrio

    emitir alguns documentos que se referem ao contrato entre vendedor e

    comprador. Estes documentos so: Fatura Pro Forma, Carta de crdito, Letrade Cmbio e Contrato de Cmbio.

    Fatura Pro Forma: este documento enviado pelo exportador para o

    importador no ato da negociao, antes do fechamento do negcio. Ela

    funciona como um documento de cotao, aonde o exportador ir passar as

    informaes sobre o produto, condies de venda definindo um incoterms,

    uma espcie de espelho da nota fiscal. Com este documento o importador ir

    analisar e posteriormente responder com o de acordo ou no referente

    negociao. Mas ateno, pois este documento no tem valor fiscal, ele no

    a nota fiscal, apenas uma cotao.

    Segue na prxima pgina um exemplo deste documento.

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    Competncia 01

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    Sistema de Comrcio Exterior

    Competncia 02

    Figura 9 : Fatura Prof. FormaFonte: http://www.aprendendoaexportar.gov.br, 2014.

    Carta de Crdito: corresponde a um tipo de modalidade de pagamento,

    frequentemente usada no comrcio internacional, com a participao do

    banco do exportador e do importador. A carta de crdito (letter of credit)

    um documento emitido para um banco garantindo o pagamento damercadoria negociada pelo importador, mediante o cumprimento de

    condies (preestabelecidas) por parte do exportador. (Redeagentes- MDIC,

    2006). As modalidades de pagamento sero detalhadas da competncia 5.

    Letra de Cmbio: um documento que representa a ordem de saque por

    parte do exportador. Trata-se de um documento que contempla os seguintes

    dados: nmero, praa, data da emisso, data de vencimento e beneficirio.

    Representa o direito do exportador s divisas vinculadas a uma venda no

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    Tcnico em Logstica

    Competncia 02

    mercado externo (FARO R.; FARO F., 2010).

    Contrato de Cmbio: um documento feito entre o exportador e uma

    instituio financeira, com a finalidade deixar por escrito os termos da

    operao de troca de moeda estrangeira pela moeda nacional (FARO R.; FARO

    F., 2010).

    Segue abaixo modelo deste documento:

    Figura 10: Contrato de CmbioFonte: http://www.aprendendoaexportar.gov.br, 2014

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    Competncia 01

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    Sistema de Comrcio Exterior

    Competncia 02

    Todos estes documentos so elaborados no processo de negociao com o

    importador e so importantssimos para o sucesso das demais etapas daexportao.

    2.5 Documentos Referentes Mercadoria

    Aps o processo de negociao entre o exportador e importador ser finalizado

    e a venda ser efetivada, chega o momento de operacionalizar o embarque da

    mercadoria vendida. O vendedor ir agora produzir e embarcar a mercadoria

    vendida. Para este processo ele ter que emitir diversos documentos queformalizam a exportao. Segue abaixo cada documento e suas definies e

    aplicaes.

    Registro de Exportao (RE): um documento emitido eletronicamente que

    consolida todas as informaes de uma exportao. Aps o cadastro e

    aquisio do sistema SISCOMEX, o exportador ir acessar o sistema e

    preencher os dados para a emisso do Registro de Exportao - RE. O

    exportador dever transcrever as informao da Fatura Pro Forma, como:

    dados do importador (nome, pas, endereo, contato, etc.), dados financeiros

    (valor da operao e moeda acordada) e toda a descrio da carga. Aps

    preencher todos estes dados, o sistema ir gerar o Registro de Exportao.

    Este o documento que inicia o processo administrativo da exportao, a

    partir da a Receita Federal comea a fazer o controle fiscal , aduaneiro e

    cambial do processo de exportao. Com a numerao do RE que o

    despachante conseguir iniciar o processo de despacho aduaneiro.

    Segue na prxima pgina um modelo de RE:

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    Tcnico em Logstica

    Competncia 02

    Figura 11 : Registro de ExportaoFonte:www.aprendendoaexportar.gov.br, 2014.

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    Sistema de Comrcio Exterior

    Competncia 02

    Registro de Operaes de Crdito (RC): representa o conjunto de

    informaes comerciais, financeiras e cambial em relao a uma exportaofinanciada, que dever ser emitido antes do Registro de Exportao-RE (nos

    casos da exportao financiada). Corresponde a um documento eletrnico

    que autoriza a concesso de prazo para pagamento da exportao com prazo

    superior a 360 dias. (FARO R.; FARO F., 2010)

    Registro de Vendas (RV): documento que detalha informaes referentes

    exportao de commodities ou de produtos negociados em bolsa de valores.

    Tambm dever ser emitido antes do RE. (REDEAGENTES- MDIC, 2006)

    Registro Simplificado de Exportao (RES) - Simplex: o registro especfico

    para operaes de exportaes com valores limitados at US$ 50.000 (

    cinquenta mil dlares) ou equivalente a outra moeda(FARO R.; FARO F.,

    2010, p. 48).

    Nota Fiscal Interna: Para transitar a carga dentro do territrio brasileiro at a

    cidade de fronteira internacional, o porto ou aeroporto de embarque,

    necessrio a emisso da nota fiscal (nacional), pois os documentos

    internacionais no so vlidos para circulao no Brasil.

    Fatura Comercial (Commercial Invoice) -Este documento corresponde nota

    fiscal internacional o documento fiscal internacional de extrema

    importncia para o despacho aduaneiro na origem e no destino. Nele so

    descritas as informaes fechadas na negociao, com base na fatura proforma, so dos dados finais da negociao.

    Segue na prxima pgina o modelo deste documento:

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    Sistema de Comrcio Exterior

    Competncia 02

    Figura 13: Romaneio (packing list)Fonte: Aprendendo a exportar. Disponvel em:http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/223,acesso em17/03/2014.

    Declarao de Despacho Aduaneiro de Exportao (DDE): este documento

    elaborado pelo despachante aduaneiro, com base no Registro de Exportao

    RE. A Declarao de Despacho Aduaneiro de Exportao (DDE) o

    documento que inicia o processo de Despacho Aduaneiro, o procedimento

    documental, pagamento das taxas alfandegrias para a exportao. Conforme

    relatado por Ricardo e Ftima Faro (2010, p. 49):

    a partir da sua emisso, torna- se possvel adotar osprocedimentos alfandegrios que envolvem odesembarao aduaneiro do produto negociado(examedocumental, verificao de mercadoria, autorizaopara embarque ou transposio de fronteira pelamercadoria e a emisso do comprovante de exportao

    CE).

    Acesse o link abaixono Portal

    Aprendendo a

    Exportar paraanalisar as etapasdo processo de

    despachoaduaneiro.

    http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/conteudo/id

    /206

    http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/223http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/223http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/223
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    Tcnico em Logstica

    Competncia 02

    No Brasil para se efetivar o processo de exportao obrigatrio o processo

    de despacho aduaneiro, que realizado pelo Despachante (profissionalautnomo, que possui uma habilitao da Receita Federal para efetuar o

    processo de desembarao aduaneiro).

    Ricardo e Ftima Faro (2010, p. 72 -73) descrevem as cinco etapas do

    Despacho Aduaneiro. So estas:

    1.Registro da Declarao de Despacho de Exportao (DDE): procedimento

    informatizado, a etapa inicial, onde o despachante ir inserir no sistemaSISCOMEX informaes com base no RE. O sistema ir gerar um cdigo

    numrico para identificar o processo de exportao.

    2.Confirmao da presena de carga e recepo de documentao: aps a

    mercadoria ser carregada na empresa do exportador ela seguir para o porto,

    aeroporto ou recinto alfandegado (ptios, armazm, terminais de cargas, e

    outros locais aonde as mercadorias destinadas s exportao, sob controle

    aduaneiro), neste momento registrada a presena de carga. Aps, o

    despachante ir coletar os documentos (Nota fiscal, Invoice, Packinglist) e

    formalizar junto alfndega entregando os documentos ao fiscal da Receita

    Federal na alfndega.

    3.Parametrizao e distribuio da DDE: nesta etapa que a Receita Federal,

    realiza a fiscalizao aduaneira, analisando a documentao e a mercadoria.

    Esta fiscalizao feita com o apoio do SISCOMEX. Como todas asinformaes do processo j esto includas no sistema, neste momento o

    SISCOMEX, indica automaticamente as cargas que sero fiscalizadas, atravs

    de parmetros (como: volume ou valor da exportao, caracterstica da

    mercadoria, origem, regularidade fiscal do exportador, etc.) preestabelecidos

    pela Receita Federal. De acordo com essa parametrizao as mercadorias

    podem ser classificadas em trs canais:

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    Competncia 01

    33

    Sistema de Comrcio Exterior

    Competncia 02

    Verde: significa que aps a conferncia do sistema, todas as informaes

    esto corretas, dentro dos padres de conformidade e a exportao serliberada automaticamente sem a necessidade de anlise dos documentos,

    nem da carga.

    Laranja: significa que aps a conferncia do sistema, ocorreu divergncia

    em algum dos documentos. Neste caso o despachante ter que levar todos os

    documentos originais para que o fiscal analise. Aps a conferncia ser dado o

    parecer se estar liberar ou no para exportar.

    Vermelho: significa que aps a conferncia do sistema, alm da

    documentao o fiscal ter que tambm fazer a vistoria fsica da carga, para

    confirmar se o que est sendo informado realmente condiz com a carga fsica.

    4.Desembarao aduaneiro e registro dos dados para embarque: aps a

    anlise destes Canais de parametrizao, se o embarque for aprovado pelo

    fiscal da Receita Federal na alfndega gerado o registro numrico do DDE e

    a mercadoria liberada para embarque. Neste momento registra-se o

    desembarao aduaneiro e o registro de dados para embarque.

    5.Averbao de embarque/emisso do Comprovante de Exportao (CE):

    consiste na confirmao pelas autoridades aduaneiras (fiscais) que a

    mercadoria foi efetivamente embarcada ou realizou a transposio da

    fronteira. Ao final do processo o SISCOMEX disponibiliza para o exportador a

    emisso do Comprovante de Exportao CE, que atesta a sada da carga dopas de origem.

    Declarao simplificada de exportao (DSE): tambm um documento

    elaborado pelo despachante no SISCOMEX, mas para exportaes que no

    tenham cobertura cambial. Como por exemplo: doaes, ou nos casos de

    exportao temporria. Com relao s exportaes com DSE, Ricardo e

    Ftima Faro (2010, p.49) descreva:

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    Competncia 01

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    Sistema de Comrcio Exterior

    Competncia 02

    Conhecimento de Embarque Martimo (Bill of Lading - B/L) - usado

    exclusivamente para o transporte internacional usando o modal aquavirio

    Figura 14: Conhecimento de transporte Martimo ( Bill of lading BL)Fonte:http:/www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/339,17/03/2014

    http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/339http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/339http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/339http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/339
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    Tcnico em Logstica

    Competncia 02

    Conhecimento de Embarque Areo (Airway Bill - AWB)- usado

    exclusivamente para o transporte

    Figura 15: Conhecimento de transporte areo (Airway Bill AWB)Fonte:www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/216, 17/03/2014.

    http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/216,%2017/03/2014http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/216,%2017/03/2014http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/216,%2017/03/2014http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/216,%2017/03/2014
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    Competncia 01

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    Sistema de Comrcio Exterior

    Competncia 02

    Conhecimento de Transporte Rodovirio (CRT) usado exclusivamente para o

    transporte internacional usando o modal rodovirio.

    Figura 16: Conhecimento de transporte rodovirio internacionalFonte:www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/217. 17/03/2014.

    http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/217.%2017/03/2014http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/217.%2017/03/2014http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/217.%2017/03/2014http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/217.%2017/03/2014
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    Tcnico em Logstica

    Competncia 02

    Conhecimento de Transporte Ferrovirio (TIF/DTA - usado exclusivamente

    para o transporte internacional usando o modal ferrovirio.

    Figura 17: Conhecimento de transporte ferrovirioFonte:www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/218,17/03/2014.

    Estes documentos devero ser escritos na lngua inglesa ou na do pas do

    importador.

    http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/218http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/218http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/218http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/218
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    Competncia 01

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    Sistema de Comrcio Exterior

    Competncia 02

    Certificado de Origem: um documento emitido com a finalidade de

    assegurar ao importador que a mercadoria originria de um determinadopas. Ela alega a procedncia da carga. No obrigatrio para toda a

    exportao, vai depender da exigncia do importador, alfndega de destino

    ou particularidade do produto. (FARO R.; FARO F.,2010).

    Aps o Despacho ser concludo e a mercadoria ser embarcada o exportador

    dever juntar as documentaes e enviar para o importador para que o

    mesmo possa iniciar os procedimentos junto alfndega de destino. De todos

    os documentos acima, a Fatura Comercial (CommercialInvoice), Romaneio

    (Packinglist) e o Conhecimento de Embarque so de extrema importncia

    para a nacionalizao da mercadoria no destino, sem eles o importador no

    conseguir realizar o processo de nacionalizao.

    2.6 Erros mais Comuns no Processo de Exportao

    Como foi visto no desenvolver desta competncia o processo administrativo

    da exportao bem mais complexo que uma operao de venda interna.

    Alm das questes culturais das negociaes, as questes legais e

    documentais so mais burocrticas. E para que o processo ocorra sem falhas,

    todos os envolvidos devero executar as atividades e emitir os documentos

    corretamente, caso contrrio toda a operao poder ser travada ou at

    mesmo cancelada pelo importador.

    Seguem alguns erros comuns neste processo:

    1. Escolher o Cdigo SH ou NCM, inadequado para o produto. Isto pode

    ocasionar que seu produto fique retido na alfndega de destino, caso

    exista alguma barreira legal para o produto do cdigo (errado)

    escolhido ou at mesmo a rejeio do produto por parte do

    importador.

    2. Incluso de dados errados no Sistema SISCOMEX. Quando o exportador

    elabora o Registro de Exportao - RE, os dados inclusos neste

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    Tcnico em Logstica

    Competncia 02

    momento serviro de base para o despacho aduaneiro e se estes dados

    estiverem em desacordo com a Fatura Comercial, a mercadoria ficarbloqueada na receita antes do embarque.

    3. Divergncia documental no processo de Despacho Aduaneiro de

    Exportao. Neste momento o despachante dever conferir todos os

    documentos fsicos exigidos para o embarque e todos os dados destes

    documentos, devero ser idnticos aos dados que esto registrados no

    SISCOMEX. Caso ocorra alguma divergncia dever ser retificada antes

    de chegar alfndega.

    4. Os documentos Internos: So os documentos para circular com a

    mercadoria dentro do Brasil. Mesmo a carga sendo com destino ao

    exterior para circular dentro do pas, ser necessrio emitir a nota fiscal

    nacional, pois se for transportada sem esta nota fiscal ficar retida no

    posto fiscal da Secretria da Fazenda - SEFAZ;

    5. Falta de conhecimento da Legislao e procedimentos aduaneiros do

    pas do importador. de extrema importncia que o exportador

    entenda os procedimentos legais do pas de destino, para poderelaborar os documentos conforme as regras do pas do importador.

    Caso o exportador no consiga dominar este assunto, interessante

    procurar um parceiro no conhecimento das regras.

    6. Atraso no envio dos documentos ao importador. Aps o embarque, o

    exportador dever juntar a documentao do processo de exportao e

    enviar para o importador. Principalmente a Fatura Comercial

    (CommercialInvoice), Romaneio (Packinglist) e o Conhecimento de

    Embarque, pois sem estes documentos, em lugar nenhum do mundo, oimportador conseguir nacionalizar a carga.

    Enfim o processo de exportao requer muito cuidado e ateno, na

    realizao de cada etapa e na emisso da documentao, pois um pequeno

    erro poder causar um enorme prejuzo.

    Prximo destino da nossa viagem a Competncia 3 , onde iremos conhecer

    os processos administrativos da importao.

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    Tcnico em Logstica

    Competncia 03

    necessrias para suprir de alimentos o mercado interno, devido quebra na

    produo causada por seca, geada, ou at mesmo como medidas econmicaspara equilibrar o preo do produto do mercado interno. Como exemplo,

    temos o caso do feijo, que o governo brasileiro reduziu as taxas (fato

    ocorrido em meados do ano de 2013) para estimular a importao e controlar

    o preo.

    As importaes so necessrias para manter o equilbrio da balana comercial

    do pas e o desenvolvimento da economia. No entanto o governo necessita

    manter um controle e vigilncia sobre as importaes (atravs da fiscalizao

    aduaneira) para que os preos e o volume de importados no prejudiquem a

    indstria local.

    Segue na prxima pgina uma figura que apresenta a pauta de produtos

    importados no Brasil em 2013:

    Balana comercial: a diferena entre

    o total deexportaes e

    importaes dopas.

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    Competncia 01

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    Sistema de Comrcio Exterior

    Competncia 03

    Figura 19: Produtos importados no Brasil 2013

    Fonte: MDIC-www.desenvolvimento.gov.br,2014.

    Conforme analisamos na figura acima o produto que tem uma maior

    participao na pauta dos produtos importados, so os combustveis e

    lubrificantes. Este dado pode at parecer estranho, pois o Brasil possui jazidasde petrleo e tambm somos exportadores, mas compramos combustveis

    (gasolina, diesel, etc.), pois as refinarias que o Brasil possui no refinam o tipo

    de petrleo que produzimos. Assim para atender o mercado interno (que est

    aquecido tanto pelo aumento dos veculos nas ruas, como pela utilizao de

    combustveis nas usinas termoeltricas), o governo necessita importar

    combustveis.

    Quanto ao tipo, as importaes podem ser classificadas como:

    http://www.desenvolvimento.gov.br/http://www.desenvolvimento.gov.br/http://www.desenvolvimento.gov.br/http://www.desenvolvimento.gov.br/
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    Tcnico em Logstica

    Competncia 03

    Importao direta: quando o produto vendido diretamente pelo fornecedor

    (exportador) estrangeiro para o comprador (importador) brasileiro semintermdio de nenhuma outra empresa.

    Importao indireta:quando a operao de compra e venda intermediada

    por uma terceira pessoa/empresa, via agente ou trading company (empresa

    que compra o produto do exportador e revende para um importador).

    De acordo com o SEBRAE, a escolha entre importar mercadoria estrangeira

    por conta prpria ou por meio de um intermedirio contratado para esse fim

    livre e perfeitamente legal, seja esse intermedirio um prestador de servio,

    seja um revendedor. (SEBRAE, 2014)

    A Secretaria da Receita Federal reconhece como legal os seguintes tipos de

    operaes terceirizadas: importao por conta e ordem; e a importao por

    encomenda.

    A Importao por conta e ordem de terceiro um servio prestado por uma

    empresa (a importadora) a qual promove, em seu nome, o despacho

    aduaneiro de importao de mercadorias adquiridas por outra empresa a

    adquirente, em razo de contrato previamente firmado, que pode

    compreender ainda a prestao de outros servios relacionados com a

    transao comercial, como a realizao de cotao de preos e a

    intermediao comercial (art. 1 da IN SRF n 225/02 e art. 12, 1, I, da IN

    SRF n 247/02). Fonte: Extrado do site da Receita Federal. Disponvel em:

    . Acesso em 22/03/14

    Importao por encomenda: nesta, a operao cambial para pagamento de

    uma importao por conta e ordem pode ser realizada em nome da

    importadora ou da adquirente, conforme estabelece o Regulamento do

    Mercado de Cmbio e Capitais Internacionais (RMCCI Ttulo 1, Captulo 12,

    Seo 2) do Banco Central do Brasil (BACEN). Fonte: Extrado do site da

    Receita Federal. Disponvel em:

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    Competncia 01

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    Sistema de Comrcio Exterior

    Competncia 03

    Default.asp?Pos=2&Div=Aduana/ContaOrdemEncomenda/ContaOrdem/>.

    Acesso em 22/03/14

    Da mesma forma da exportao as importaes tambm possuem mtodos

    diretos e indiretos para entrada no mercado internacional. Uma empresa

    pode ao mesmo tempo ser uma empresa exportadora e tambm

    importadora. Por exemplo, uma empresa de baterias automotivas pode

    importar o chumbo (uma das matrias-primas da composio) de um

    determinado pas e exportar a bateria automotiva (produto acabado) para

    outro pas.

    3.2 Licenciamento de Importao

    Antes de janeiro de 1997, o procedimento de importao era feito em papel

    atravs da guia de importao, aps esta data passou a ser feito atravs do

    Sistema SISCOMEX, via Licenciamento de Importao. Este procedimento

    tornou o processo de importao mais gil, encurtando as etapas do processo

    de nacionalizao da carga. (VASQUEZ, 2009)

    A Licena de Importao (LI) um documento eletrnico registrado pelo

    importador no SISCOMEX, que contm informaes acerca da mercadoria a

    ser importada e da operao de importao de maneira geral, tais como

    importador, exportador, pas de origem, procedncia e aquisio, regime

    tributrio, cobertura cambial, entre outras. (MDIC, 2014).

    O licenciamento pode ser dividido em Licenciamento Automtico e

    Licenciamento No Automtico e em alguns casos, as importaes so

    dispensadas de licenciamento.

    No caso de importaes dispensadas de Licenciamento, o importador dever

    apenas providenciar a declarao de importao no SISCOMEX e pagar as

    devidas taxas que o despacho aduaneiro ser aprovado e a carga poder ser

    nacionalizada.

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    Tcnico em Logstica

    Competncia 03

    De acordo com o art. da seo I da Portaria n 35 da SECEX, podemos

    considerar os seguintes casos para as importaes dispensadas delicenciamento:

    Isob os regimes de entrepostos aduaneiros e industriais;

    IIsob o regime de admisso temporria, inclusive de bens amparados pelo

    Regime Aduaneiro Especial de Exportao e Importao de Bens Destinados

    s Atividades de Pesquisa e de Lavra das Jazidas de Petrleo e de Gs Natural

    (REPETRO);

    III sob os regimes aduaneiros especiais nas modalidades de loja franca,

    depsito afianado, depsito franco e depsito especial alfandegado;

    IV de partes, peas e demais componentes aeronuticos voltados

    manuteno de aeronaves, novos ou recondicionados, de interesse de

    empresas autorizadas pela Agncia Nacional de Aviao Civil - ANAC;

    V com reduo da alquota de imposto de importao decorrente da

    aplicao de ex-tarifrio *Resoluo n 8, de 23 de maro de 2001, da

    Cmara de Comrcio Exterior (CAMEX)];

    VI de mercadorias industrializadas, destinadas a consumo no recinto de

    congressos, feiras e exposies internacionais e eventos assemelhados,

    observado o contido no artigo 70 da Lei n. 8.383, de 30 de dezembro de1991;

    VIIpeas e acessrios abrangidos por contrato de garantia;

    VIIIdoaes, exceto de bens usados;

    IXfilmes cinematogrficos;

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    Competncia 01

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    Sistema de Comrcio Exterior

    Competncia 03

    Xretorno de material remetido ao exterior para fins de testes, exames e/ou

    pesquisas, com finalidade industrial ou cientfica;

    XIamostras;

    XII arrendamento mercantil (leasing), arrendamento simples, aluguel ou

    afretamento;

    XIIIinvestimento de capital estrangeiro;

    XIV produtos e situaes que no estejam sujeitos a licenciamento

    automtico e no automtico.

    No licenciamento automtico, sero enquadradas as importaes sob o

    amparo do regime aduaneiro especial Drawback ou operaes previstas na

    tabela de tratamento administrativo do SISCOMEX (FARO R.; FARO F., 2010)

    J para os casos de Licenciamento No Automtico, na declarao de

    importao, ser informado que o processo necessitar de um controle

    especial de algum rgo licenciado (SECEX) ou dos demais rgos federais que

    atuem como anuentes.

    Conforme Art. 9 da Portaria da SECEX n 35, de 24/11/2006, as importaes

    a Licenciamento No Automtico se enquadram nas seguintes operaes:

    I de produtos relacionados no Tratamento Administrativo do Siscomex e

    tambm disponveis no endereo eletrnico do MDIC para simples consulta,

    prevalecendo o constante do aludido Tratamento Administrativo; onde esto

    indicados os rgos responsveis pelo exame prvio do licenciamento no

    automtico, por produto;

    IIas efetuadas nas situaes abaixo relacionadas:

    a) sujeitas obteno de cotas tarifria e no tarifria;

    DRAWBACK um regime

    aduaneiroespecial queconsiste na

    suspenso oueliminao de

    tributos incidentes

    sobre insumosimportados para

    utilizao emproduto exportado.

    O mecanismofunciona como um

    incentivo sexportaes, poisreduz os custos de

    produo deprodutos

    exportveis,

    tornando-os maiscompetitivos no

    mercadointernacional.Fonte:Receita

    Federal.Disponvel em:

    http://www.receita.fazenda.gov.br/aduana/drawback/regime.htm, acesso em

    31/03/14.

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    Tcnico em Logstica

    Competncia 03

    b) ao amparo dos benefcios da Zona Franca de Manaus e das reas de Livre

    Comrcio;

    c) sujeitas anuncia do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e

    Tecnolgico (CNPq);

    d) sujeitas ao exame de similaridade;

    e) de material usado;

    f) originrias de pases com restries constantes de Resolues da ONU;

    g) substituio de mercadoria sem cobertura cambial nos casos previstos na

    Norma. Portaria MF n. 150, de 26 de julho de 1982. (Ex. Importao dos

    equipamentos da Frmula 1 ou exposies de arte).

    Caso o Licenciamento No Automtico no seja aprovado, a mercadoria no

    poder ser nacionalizada. Portanto, necessrio que o importador faa a

    Declarao de Importao (DI) para identificar a necessidade da aprovao do

    licenciamento, antes do embarque da mercadoria pelo exportador, pois, se o

    licenciamento no for liberado, mesmo se a mercadoria j estiver no porto,

    no aeroporto ou na cidade fronteira, ela no entrar no pas do importador e

    ter que retornar para o pas exportador.

    3.3 Despacho de Importao

    Da mesma forma que ocorre na exportao, os processos de importao

    tambm necessitam de despacho aduaneiro. O Despacho Aduaneiro de

    Importao - DDI se inicia aps a chegada da carga da mercadoria na zona

    primria ou nos recintos alfandegados.

    No entanto, antes do incio do despacho, o importador dever elaborar alguns

    documentos eletrnicos no SISCOMEX. Seguem abaixo:

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    Competncia 01

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    Sistema de Comrcio Exterior

    Competncia 03

    Declarao de Importao- DI - Compreende o conjunto de informaes

    gerais correspondentes a uma determinada operao de importao.Elaborada com base na Nota Fiscal Internacional (Invoice) e Romaneio

    (Packinglist), documentos enviados pelo exportador.

    Adio da DI - Conjunto de informaes especficas de cada mercadoria

    objeto da importao

    Extrato da DI- o documento que contm um resumo das informaes gerais

    da operao e especfica de cada mercadoria, gerado pelo SISCOMEX.

    A partir da chegada da mercadoria, o despachante ir registrar a Declarao

    de Importao - DI no SISCOMEX para iniciar o processo de despacho. Aps o

    registro da DI, ser feita a verificao das informaes, da exatido dos dados

    informados pelo importador com os documentos originais (Invoice, Packinglist

    e Conhecimento de embarque) e pagamento dos tributos.

    Depois deste procedimento chega o momento da anlise da Secretaria da

    Receita Federal SRF, que ser feita de acordo com os canais de

    parametrizao informados no SICOMEX. Na exportao os canais so

    divididos em trs, j na importao o processo mais detalhado e existem

    quatro canais. Seguem abaixo:

    Verde: significa que aps a conferncia do sistema, todas as informaes

    esto corretas, dentro dos padres de conformidade e a exportao serliberada automaticamente sem a necessidade de anlise dos documentos,

    nem da carga.

    Amarelo: significa que aps a conferncia do sistema, ocorreu divergncia

    em algum dos documentos. Neste caso o despachante ter que levar todos os

    documentos originais para que o fiscal analise. Aps a conferncia ser dado o

    parecer se est liberada para importar, ou seja, nacionalizar a carga.

    Consulte o manualde despacho de

    importao no siteda Receita Federal,

    segue olinkhttp://www.receita.fazenda.gov.br/manuaisweb/importacao/preenchimento/versao_antiga/dsi/dsi_eletronica/transmissao/diagnos

    tico.htm

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    Tcnico em Logstica

    Competncia 03

    Vermelho: significa que aps a conferncia do sistema, alm da

    documentao, o fiscal ter que tambm fazer a vistoria fsica da carga, paraconfirmar se o que est sendo informado realmente condiz com a carga fsica.

    Cinza: significa que a conferncia do sistema, alm da documentao

    fiscal, da vistoria fsica da carga, para confirmar se a mercadoria informada

    realmente condiz com a carga fsica, necessrio a confirmao do valor

    aduaneiro (valor de venda da mercadoria, informado na fatura comercial). Ou

    seja, alm do procedimento de checar os documentos e a carga, o importador

    ter que solicitar ao exportador uma declarao oficial do pas de origem

    atestando que a mercadoria realmente foi vendida e seu preo de mercado

    realmente o declarado nos documentos.

    A ltima etapa feita aps a liberao do registro do desembarao no

    SISCOMEX pela Secretaria da Receita Federal - SRF, possibilitando ao

    despachante emitir o Comprovante de Importao (CI). Este documento

    atesta a regularidade da mercadoria e possibilita ao importador emitir a nota

    fiscal de entrada no pas, o processo de nacionalizao ser concludo e a

    mercadoria ser retirada da zona primria e ser entregue ao importador.

    NACIONALIZAO: a sequncia de

    atos que transfere amercadoria

    estrangeira para aeconomia nacional

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    Competncia 01

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    Sistema de Comrcio Exterior

    Competncia 03

    Figura 20: Etapas do Despacho de ImportaoFonte:http://www.riverfreight.com.br,2014

    3.4 Declarao Simplificada de Importao

    Declarao Simplificada de Importao DSI: consiste em um despacho

    aduaneiro de forma simplificada para operaes de importao que no

    caracterizem operaes comerciais com ou sem cobertura cambial.

    De acordo com o art. 3 da Instruo Normativa n 611/, de 18-01-2006, a

    Declarao Simplificada de Importao (DSI) poder ser utilizada no despacho

    aduaneiro de bens:

    Admissotemporria: umregime aduaneiro

    especial quepermite a

    importao de bensque devam

    permanecer no Pas

    durante prazofixado, com

    suspenso total dopagamento de

    tributos, ou comsuspenso parcial,

    no caso deutilizao

    econmica, naforma e nas

    condies previstasnesta Instruo

    Normativa.(art. 4 daInstruo

    Normativa da SRFn 285/03,

    disponvel em:http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Ins/2003/in

    2852003.htm.(Acesso em

    24/03/2014)

    http://www.riverfreight.com.br/http://www.riverfreight.com.br/http://www.riverfreight.com.br/http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Ins/2003/in2852003.htmhttp://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Ins/2003/in2852003.htmhttp://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Ins/2003/in2852003.htmhttp://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Ins/2003/in2852003.htmhttp://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Ins/2003/in2852003.htmhttp://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Ins/2003/in2852003.htmhttp://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Ins/2003/in2852003.htmhttp://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Ins/2003/in2852003.htmhttp://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Ins/2003/in2852003.htmhttp://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Ins/2003/in2852003.htmhttp://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Ins/2003/in2852003.htmhttp://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Ins/2003/in2852003.htmhttp://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Ins/2003/in2852003.htmhttp://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Ins/2003/in2852003.htmhttp://www.riverfreight.com.br/
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    Tcnico em Logstica

    Competncia 03

    I - importados por pessoa fsica, com ou sem cobertura cambial, em

    quantidade e frequncia que no caracterize destinao comercial, cujo valorno ultrapasse US$ 3.000,00 (trs mil dlares dos Estados Unidos da Amrica)

    ou o equivalente em outra moeda;

    II - importados por pessoa jurdica, com ou sem cobertura cambial, cujo valor

    no ultrapasse US$ 3.000,00 (trs mil dlares dos Estados Unidos da Amrica)

    ou o equivalente em outra moeda;

    III - recebidos, a ttulo de doao, de governo ou organismo estrangeiro por:

    a) rgo ou entidade integrante da administrao pblica direta, autrquica

    ou fundao, de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito

    Federal e dos Municpios;

    b) instituio de assistncia social;

    IV - submetidos ao regime de admisso temporria, nas hipteses previstas no

    art. 4 daInstruo Normativa SRF n 285, de 14 de janeiro de 2003 ;

    V - reimportados no mesmo estado ou aps conserto, reparo ou restaurao

    no exterior, em cumprimento ao regime de exportao temporria; e

    VI - que retornem ao Pas em virtude de:

    a) no efetivao da venda no prazo autorizado, quando enviados ao exterior

    em consignao;

    b) defeito tcnico, para reparo ou substituio;

    c) alterao nas normas aplicveis importao do pas importador; ou

    d) guerra ou calamidade pblica;

    http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Ins/2003/in2852003.htmhttp://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Ins/2003/in2852003.htm
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    Competncia 01

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    Sistema de Comrcio Exterior

    Competncia 03

    VII - contidos em remessa postal internacional cujo valor no ultrapasse US$

    3.000,00 (trs mil dlares dos Estados Unidos da Amrica) ou o equivalenteem outra moeda;

    VIII - contidos em encomenda area internacional cujo valor no ultrapasse

    US$ 3.000,00 (trs mil dlares dos Estados Unidos da Amrica) ou o

    equivalente em outra moeda, transportada por empresa de transporte

    internacional expresso porta a porta, nas seguintes situaes:

    a) a serem submetidos ao regime de admisso temporria, nas hipteses deque trata o inciso IV deste artigo;

    b) reimportados, nas hipteses de que trata o inciso V deste artigo;

    c) a ser objeto de reconhecimento de iseno ou de no incidncia de

    impostos;

    d) destinados revenda;

    IX - integrantes de bagagem desacompanhada;

    X - importados para utilizao na Zona Franca de Manaus (ZFM) com os

    benefcios do Decreto-Lei n o 288, de 28 de fevereiro de 1967, quando

    submetidos a despacho aduaneiro de internao para o restante do territrio

    nacional, at o limite de US$ 3.000,00 (trs mil dlares dos Estados Unidos daAmrica) ou o equivalente em outra moeda;

    XI - industrializados na Zona Franca de Manaus (ZFM) com os benefcios do

    Decreto-Lei n 288, de 1967, quando submetidos a despacho aduaneiro de

    internao para o restante do territrio nacional, at o limite de US$ 3.000,00

    (trs mil dlares dos Estados Unidos da Amrica) ou o equivalente em outra

    moeda;

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    Tcnico em Logstica

    Competncia 03

    XII - importados para utilizao na Zona Franca de Manaus (ZFM) ou

    industrializados nessa rea incentivada, com os benefcios do Decreto-Lei n288, de 1967, quando submetidos a despacho aduaneiro de internao por

    pessoa fsica, sem finalidade comercial; ou

    XIII - importados com iseno, com ou sem cobertura cambial, pelo Conselho

    Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq) ou por

    cientistas, pesquisadores ou entidades sem fins lucrativos, devidamente

    credenciados pelo referido Conselho, em quantidade ou frequncia que no

    revele destinao comercial, at o limite de US$ 10.000,00 (dez mil dlares

    dos Estados Unidos da Amrica) ou o equivalente em outra moeda.

    Nos casos das importaes com valores at US$ 500( quinhentos dlares dos

    Estados Unidos da Amrica) ou equivalente em outra moeda, que so

    realizadas via remessa postal internacional, atravs dos Correios ou por

    empresas de transporte internacional expresso (habilitada pela RSF), estaro

    submetidas ao Regime de Tributao Simplificada - RTS. Nestes casos, o

    pagamento dos tributos ser feito autoridade aduaneira por meio de Nota

    Tributria Simplificada (NTS) (VAZQUEZ, 2009).

    Como exemplo deste tipo de operao, podemos citar as compras de

    equipamentos celulares de baixo valor via sites de importadoras, que chegam

    ao consumidor final pelos correios.

    Os documentos usados para o processo de Declarao Simplificada deImportao so basicamente os mesmos da Declarao de Importao

    (Invoice, packing list, e outros especficos em decorrncia de acordos

    comerciais ), e DARF que comprove o pagamento. A partir do registro da DSI

    se inicia o processo de despacho aduaneiro (VAZQUEZ, 2009).

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    Competncia 01

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    Sistema de Comrcio Exterior

    Competncia 03

    Conforme art. 13 Instruo Normativa n 611, de 18-01-2006, os bens

    submetidos a despacho aduaneiro com base em DSI podero serdesembaraados:

    I - sem conferncia aduaneira, hiptese em que ficam dispensados o exame

    documental, a verificao fsica e o exame do valor aduaneiro; ou

    II - com conferncia aduaneira, hiptese em que a mercadoria somente ser

    desembaraada e entregue ao importador aps a realizao do exame

    documental e da verificao fsica e, se for o caso, do exame do valoraduaneiro.

    Nos casos de DSI a conferencia aduaneira dever ser executada no prazo

    mximo de um dia til, contados a partir do dia seguinte da entrega da DSI e

    seu documentos. Podendo ultrapassar esta prazo caso o importador tenha

    que providenciar algum documento ou pagamento de taxas adicionais.

    (VAZQUEZ, 2009).

    A figura a seguir detalha as etapas da DSI.

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    Competncia 01

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    Sistema de Comrcio Exterior

    Competncia 03

    indstria local. Os principais impostos cobrados so: Imposto de Importao

    (II), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto sobre Mercadoriase servios (ICMS).

    Alm destes tributos podemos citar outras taxas aplicveis apenas s

    importaes como: Adicional ao Frete para Renovao da Frota da Marinha

    Mercante (AFRMM), Taxa de Capatazia (paga ao terminal porturio para

    cobrir a operao de carga e descarga da mercadoria), Taxa de Adicional de

    Tarifa Aeroporturias (ATA) (exclusiva para importaes via modal areo) e

    Taxa de armazenagem (caso ultrapasse o prazo concedido pelo transportador)

    (FARO R.; FARO F. , 2010).

    Para a importao os custos so mais abrangentes, devem ser contabilizados

    custos referentes escolha do Incoterm, tributos do processo de importao,

    tributos internos, e outras despesas como custos de assessoria (despachantes,

    empresas terceirizadas, corretoras de cmbio, etc.)(SOUSA, 2010).

    Segue planilha com as etapas para a composio dos custos de importao:

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    Competncia 01

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    Sistema de Comrcio Exterior

    Competncia 03

    Durante a verificao aduaneira, o despachante dever acompanhar o

    processo no sistema, pois caso a mercadoria caia no canal, amarelo, vermelhoou cinza, o despachante dever realizar o mais rpido possvel os

    procedimentos especficos para cada canal.

    Aps todos os procedimentos serem realizados os documentos referentes ao

    processo de importao devero ser mantidos em arquivos por um perodo de

    cinco anos, com o intuito de atender possveis exigncias de ordem fiscal,

    tributria e contbil, que possam eventualmente ocorrer no futuro.

    Agora que j aprendemos a formular o preo, a exportar e importar, vamos

    seguir nossa viagem para competncia 4. Nela iremos conhecer todos os

    incotermse os contratos de navegao. Vamos l?

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    Tcnico em Logstica

    Competncia 04

    4. COMPETNCIA 04 | CONHECER OS INCOTERMS

    4.1 Conceito e Origem

    Figura 24: Incoterms 2010 bannerFonte:http://goldenwave.vn/en/specialized-knowledge/incoterms-2010.html,2014.

    No comrcio Internacional para que toda a operao de compra e venda

    ocorra sem problemas, desde a sada da mercadoria do fornecedor at sua

    chegada ao comprador, necessrio que no ato da negociao seja

    esclarecido quais so as obrigaes e direitos do comprador e do vendedor.

    Na transao comrcio internacional preciso definir e esclarecer questes

    do tipo (DAVID; STEWART, 2010):

    Quais tarefas sero executadas pelo exportador?

    Quais tarefas sero executadas pelo importador?

    Quais atividades sero pagas pelo exportador?

    Quais atividades sero pagas pelo importador?

    Quando a transferncia de responsabilidade da mercadoria acontecer?

    Com o intuito de esclarecer estas questes, a Cmara de Comrcio

    Internacional CCI (International Chamber of Commerce - ICC)criou os

    Incoterms (InternationalCommercialTerms / Termos Internacionais de

    Comrcio). De acordo com o Portal Aprendendo a exportar (2014) os

    Incoterms so regras internacionais, imparciais, de carter uniformizador, que

    http://goldenwave.vn/en/specialized-knowledge/incoterms-2010.htmlhttp://goldenwave.vn/en/specialized-knowledge/incoterms-2010.htmlhttp://goldenwave.vn/en/specialized-knowledge/incoterms-2010.htmlhttp://goldenwave.vn/en/specialized-knowledge/incoterms-2010.html
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    Tcnico em Logstica

    Competncia 04

    Ao total j foram realizadas oito verso, pois como os Incoterms, servem para

    estabelecer os parmetros de negociao, medida que as relaescomerciais esto mudando eles tambm precisam ser revisados.

    Em 2010 foi realizada a ltima atualizao, que excluiu quatro termos da

    verso anterior e incluiu mais dois novos termos, fechando um total de onze

    incoterms. De acordo com a Resoluo da CAMEX n 21, de 07/04/11, as

    alteraes foram s seguintes:

    Incotermsexcludos pela verso 2010:

    DAF (Delivered At Frontier): entregue na fronteira do pas de destino. O

    exportador se responsabiliza pela mercadoria at o ponto de fronteira com o

    pas de destino. Este incotermera usado para o transporte terrestre.

    DES (Delivered Ex-Ship): Entregue a bordo do navio no porto de destino. O

    exportador se responsabiliza pela mercadoria at o navio chegar ao porto de

    destino, a partir deste ponto o importador assume a responsabilidade.

    DEQ (DeliveredEx-Quay): Entregue a partir do cais no porto de destino. O

    exportador se responsabiliza pela mercadoria at ela ser descarregada no cais

    do porto de destino, a partir deste ponto o importador assume a

    responsabilidade.

    DDU (Delivered Duty Unpaid): Entregue sem direitos pagos, ou seja, amercadoria entregue na casa do importador, mas o exportador no se

    responsabilizar pelo despacho aduaneiro de importao.

    Incotermsincludos na verso 2010:

    DAT (Deliveredat Terminal)Entregue no terminal de destino.

    DAP (DeliveredatPlace) Entregue no Local de destino nomeado peloimportador.

    http://www.mdic.gov.br/arquivos/dwnl_1311715093.pdfhttp://www.mdic.gov.br/arquivos/dwnl_1311715093.pdf
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    Competncia 01

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    Sistema de Comrcio Exterior

    Competncia 04

    Alm destes novos termos, ocorreu alterao no termo FOB, a "entrega" (de

    vendedor para o comprador) ocorre no momento em que as mercadoriasestiverem a bordo, prontas para embarque, no porto de embarque. Na verso

    2000 a "entrega" ocorria no momento em que a mercadoria cruzava a

    amurada (quando a mercadoria sai do cho e direcionada para dentro do

    navio, a amurada a linha entre o casco