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Projeto Futuro

Caderno Projeto Futuro - valia.com.br · senvolvimento da capacidade de lidar com os recursos disponíveis, para, dessa forma, realizar os projetos de vida. O primeiro passo em direção

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ProjetoFuturo

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Educação Financeira e PrevidenciáriaO conhecimento é um grande aliado para tornar realidade muitos de nossos projetos. Quem tem uma longa trajetó-ria a cumprir e precisa fazer planos para curto, médio e longo prazo, em tempos de velozes mudanças na economia, na saúde, na expectativa de vida, no com-portamento, precisa reunir o máximo de informações no presente para que o fu-turo seja tão bom como o imaginado – ou melhor.

Por isso, a Valia criou esta série de ma-térias na revista, que tratarão de edu-cação Financeira e Previdenciária. Neste

espaço, serão abordados os temas bási-cos para se entender como funciona o processo de acumulação de poupança previdenciária, capaz de possibilitar uma aposentadoria com mais renda, qualida-de de vida e conforto.

Nossa sugestão é que você recorte as páginas e guarde todas elas para que, ao final da série, possa ter um amplo material de consulta, disponível a qual-quer momento, que lhe permita avaliar com mais subsídios os cenários que se apresentam e traçar o melhor caminho para alcançar os seus objetivos.

Janeiro/2014

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Previdência social e previdência complementar: o que são e como funcionamPrevidência social

Previdência complementar

Na prática, funciona como um seguro que garante uma renda mensal ao contribuinte quando ele se aposenta, seja por tempo de serviço, idade, invalidez ou condições espe-ciais (trabalhadores que atuam em circuns-tâncias que podem ser prejudiciais à saúde). Apenas por curiosidade, a primeira legisla-ção sobre o assunto data de 1888, com a fixação de 30 anos de efetivo serviço e idade mínima de 60 anos para a aposentadoria dos funcionários dos Correios.

Atualmente, excetuando-se as aposentado-rias especiais ou por invalidez, as regras bá-sicas para solicitação do benefício são:

- Se a aposentadoria for por idade, os ho-mens devem ter, pelo menos, 65 anos, e as mulheres, 60 anos, 15 de contribuição à previdência social, no mínimo. No caso

específico dos trabalhadores rurais, é pos-sível solicitar aposentadoria aos 60 anos (homens) e aos 55 anos (mulheres).

- Se a aposentadoria for por tempo de con-tribuição, os homens devem ter contribuído por, pelo menos, 35 anos, e as mulheres, por 30 anos, com limite de idade. O tempo mínimo de contribuição para os trabalhado-res rurais é de 15 anos.

- Pesa ainda no cálculo o Fator Previdenci-ário, criado em 1999 para ser um instru-mento que relaciona a idade da aposen-tadoria com a expectativa de vida. Assim, de maneira geral, quanto mais cedo (em termos de idade) a pessoa se aposentar, menor será o benefício recebido, pois se acredita que a probabilidade de o assisti-do viver mais é maior.

Criadas para garantir uma renda suple-mentar no momento da aposentadoria, de modo a manter seu poder aquisitivo tão próximo quanto possível do período de atividade profissional, as entidades de pre-vidência complementar estão divididas em duas categorias: abertas e fechadas.

As entidades abertas de previdência comple-mentar, normalmente bancos e seguradoras, têm fins lucrativos e oferecem planos de pre-

vidência a todos os interessados, indepen-dentemente de sua situação profissional.

As entidades fechadas de previdência com-plementar, sem fins lucrativos, administram planos de previdência oferecidos de forma exclusiva a empregados das empresas patro-cinadoras, que contribuem solidariamente para a formação do saldo de conta desses profissionais. Isso permitirá a eles receber es-ses recursos quando se aposentarem.

Fevereiro/2014

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Planejamento e autoconhecimento: caminhos para o sucesso e a realização de projetos No dicionário Aurélio, a definição de “edu-cação” é: “processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral do ser humano”. A educação financeira, nesse contexto, poderia ser traduzida como o de-senvolvimento da capacidade de lidar com os recursos disponíveis, para, dessa forma, realizar os projetos de vida.

O primeiro passo em direção a esse obje-tivo é o autoconhecimento. É preciso que cada um entenda como costuma se relacio-nar com dinheiro para, a partir daí, mudar o comportamento – se necessário –, defi-nindo a melhor estratégia para conseguir alcançar os sonhos.

Há pessoas que acumulam dinheiro sem propósito ou que gastam além do neces-sário, como forma de compensação, e estão sempre endividadas. Por outro lado há aquelas que são muito desconfiadas e pouco propensas a riscos; que são discipli-nadas e conseguem economizar todo mês; que não ligam para dinheiro ou consumo. Enfim, características as mais diversas.

Mas somente aquelas que entendem a ne-cessidade de poupar com critério, envol-vendo a família nesse processo, terão su-cesso e conseguirão alcançar o pretendido, com tranquilidade, no período de tempo definido para isso.

Assim, para fazer um planejamento fi-nanceiro eficiente, é recomendável:

- Controlar o orçamento doméstico, iden-tificando cada despesa e criando um equi-líbrio entre gastos e receitas que gere uma sobra de recursos mensalmente;

- Estabelecer metas e objetivos de curto, médio e longo prazo, visualizando hoje o que deseja em cada etapa da vida;

- Poupar o necessário para atingir as metas e objetivos traçados, de acordo com o seu perfil como investidor, sua faixa etária e a fase profissional em que se encontra;

- Entender os riscos e benefícios relaciona-dos aos investimentos que realiza;

- Reavaliar projetos de tempos em tempos, com base nas mudanças vividas por você, sua família e a economia;

- Ser disciplinado e buscar sempre informa-ção qualificada.

Nas próximas edições, cada um destes temas será abordado de maneira mais aprofundada, para ajudá-lo em seu planejamento.

Fevereiro/2014

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Educação Previdenciária

Fiscalização e supervisão A fiscalização e a supervisão das EFPCs e dos planos de benefícios por elas administrados são realiza -das pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), entidade governamental autônoma (autarquia especial vinculada ao Ministério da Previdência Social) instituída em 2009. Cabe à Previc, também, executar políticas para o regime de previdência complementar operado pelas EFPCs. No site da Previc (http://www.previdencia.gov.br/previc), é possível encontrar informações comple-tas sobre a autarquia, inclusive com os serviços prestados ao cidadão, e entrar em contato caso haja qualquer dúvida.Fonte: www.previdencia.gov.br

Diretrizes da Previdência ComplementarOutro órgão importante para o setor é a Secretaria de Políticas de Previdência Complementar (SPPC), que atua na formulação e no acompanhamento das políticas e diretrizes do regime de previdência complementar. Cabe ainda ao SPPC propor a edição de normas relativas ao regime de previdência complementar, avaliar seus impactos e fomentar o intercâmbio de experiências nacionais e internacionais.

O que é uma Entidade Fechada de Previdência Complementar?A Valia é uma Entidade Fechada de Previdência Complementar (EFPC). Ou seja, faz parte de um grupo de insti-tuições que operam planos de benefícios, constituídas na forma de sociedade civil ou fundação e estruturadas com base no art. 35 da Lei Complementar nº 109/01, sem fins lucrativos. Uma EFPC é criada, então, com a fina-lidade exclusiva de administrar recursos de maneira a garantir uma suplementação de renda a seus participantes quando estes se aposentarem.

Março/2014

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Os participantes ativos que trabalham em empresas com acesso ao ambiente Vale podem ainda fazer o curso on-line intitulado “Orçamento familiar e pla-nejamento financeiro”, disponível na Valer. O material traz conceitos básicos de orçamento familiar e planejamento financeiro; relação pessoal e emocional com o dinheiro; e dicas de como eco-nomizar ou melhorar o uso dos recur-sos financeiros.

O controle de receitas e despesas só é feito com eficiência, no entanto, quan-do o orçamento incorpora rotineiramen-te todos os gastos fixos e variáveis pos-síveis de serem estimados. Uma forma de enxergar isso, de maneira mais clara, é montando uma planilha. A sugestão é de que nela estejam relacionadas despe-sas por grupo, como: moradia, manu-tenção e salários; alimentação, transpor-te e educação; saúde, lazer e vestuário; cuidados pessoais e despesas financeiras. Inclua, durante pelo menos três meses, todas as despesas, distribuindo-as por esses grupos. Assim, será possível fazer

uma projeção para o restante do ano e, a partir daí, uma análise sobre os itens que podem ser cortados ou racionalizados. Por exemplo: atualmente, gastos com TV a cabo, internet e telefones celulares são significativos para as famílias. E, mui-tas vezes, esses serviços são contratados em separado, o que os torna mais caros. Sempre vale a pena fazer um levantamen-to sobre quanto custariam prestados pela mesma operadora, em um pacote amplo. Despesas com veículos, nas quais se incluem IPVA, combustível, seguro, estacionamen-to e manutenção, também merecem ser ra-cionalizadas. O uso de transporte coletivo e táxi pode tornar o automóvel desnecessá-rio e ser mais econômico. Há famílias com dois carros que poderiam ficar com ape-nas um, sem queda da qualidade de vida. O fundamental é fazer esse planejamento de forma compartilhada. Filhos, maridos, esposas, eventualmente outros parentes que morem na mesma casa, precisam ser envolvidos no processo e entender a ne-cessidade de controlar as despesas para que o mês acabe com sobra de dinheiro, e não ao contrário.

Como fazer seu orçamento domésticoControlar o orçamento doméstico é uma medida necessária para manter o equilíbrio entre renda e os gastos. Até para que não haja desequilíbrio entre essas duas contas, o que, com o passar do tempo, pode vir a se tornar um grande problema. Essa tarefa, porém, não é tão simples assim - ela exige empenho, disciplina e, em muitos casos, cor-te de despesas. Uma postura correta permitirá que haja uma sobra no orçamento e que esses recursos sejam revertidos para realizar sonhos ou manter a qualidade de vida.

Educação Financeira

Março/2014

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O participante tem o conhecimento prévio do valor do benefício que receberá no futuro. Nessa modalidade, o equilíbrio atuarial é fundamentado no coletivo, em que há total solidariedade entre os participantes. O patroci-nador e/ou participante contribuirão com o necessário para viabilizar o pagamento do benefício.

Educação Previdenciária

Nas edições anteriores, explicamos a diferença entre a previdência social e a previdência complementar e avançamos tratando das características das Entidades Fechadas de Previdência Comple-mentar, entre as quais a Valia se inclui. É importante que os partici-pantes entendam também como se dá a formação da poupança previdenciária que, no futuro, será transformada em benefício.

A previdência social brasileira, administrada pelo Governo Fe-deral, no que diz respeito à aposentadoria, adota o sistema de repartição simples, que funciona como um fundo solidário, pelo qual os contribuintes do presente custeiam os pagamen-tos dos beneficiários atuais, ou seja, dos, hoje, aposentados.

Na prática, o trabalhador destina um valor à previdência social todos os meses, proporcional ao seu salário, mas essa quan-tia não serve para sua aposentadoria. Ela é usada para pagar o benefício de quem já está aposentado. No futuro, quando esse trabalhador encerrar o ciclo profissional, quem estiver em atividade será responsável por financiar a sua aposenta-doria, e assim por diante. Não existe acumulação de reservas.

Como a esperança de vida do brasileiro vem crescendo (pas-sou de 62,5 anos, em 1980, para 74,1, em 2011, segundo o IBGE), a quantidade de pessoas aposentadas também au-menta ano a ano. Assim, haverá necessidade de um número

cada vez maior de profissionais contribuindo com o INSS para financiar aqueles que já estão saindo do mercado de trabalho, de modo a manter o equilíbrio entre o que a previdência social recebe e o que gasta.

Já a previdência complementar tem o seu sistema de financiamento baseado na capitalização, seja indi-vidual (para planos de contribuição definida ou vari-ável) ou coletiva (para planos de benefício definido).

No modelo de contribuição definida ou contribuição vari-ável, cada pessoa ou grupo faz sua própria poupança, ao longo de um período de tempo, para recebê-la em forma de benefícios, no momento da aposentadoria, quando termina o período de acumulação. Esses valores poupados, mês a mês, são investidos por uma instituição especializada, como a Valia, para que gerem uma rentabilidade, que servirá para aumentar o saldo obtido ao final. Por isso, quanto maior o tempo de formação dessa poupan-ça (10, 20, 30 anos), e quanto mais recursos o participante conseguir destinar ao seu plano, maior deverá ser a quantia obtida no momento em que os benefícios complementares começarem a ser pagos.Fontes: www.previdencia.gov.br e www.ibge.gov.br.

Diferenças entre os tipos de planos oferecidos

Plano de Benefício Definido (BD) Plano de Contribuição Definida (CD)

Plano de Contribuição Variável (CV)

O participante define, periodicamente, o valor ou percentual da sua contribuição mensal. E o bene-fício futuro dependerá da capacidade de acumula-ção de recursos do participante e da rentabilidade obtida durante o período, até a data da aposen-tadoria. O saldo de conta acumulado é compos-to pelas contribuições pessoais e do patrocinador.

Os temas abaixo serão abordados com mais detalhes na próxima edição da Revista Valia, mas confira algumas definições das modalidades de planos existentes.

Modalidade que apresenta características de benefício definido para os benefícios de risco (aposentadoria por invalidez, pensão por morte e auxílio-doença) e de contribuição definida para os benefícios de renda programada.

Abril/2014

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Consumo com consciência econômica e ambientalO equilíbrio que deve ser buscado entre o que se ganha e o que se gasta, com a quan-tia necessária para a formação de uma poupança, depende em grande parte do con-sumo consciente. Quando se pensa em adquirir um produto ou serviço, toda pessoa precisa avaliar questões como:- O artigo é necessário?- Está consumindo por impulso?- Pesquisou o suficiente para saber se é o melhor preço?- É possível comprar o artigo à vista, com desconto, evitando dívidas?- A soma das despesas, mesmo pequenas, comprometerá o orçamento?- É mais vantajoso juntar a quantia para comprar depois?- Numa compra a crédito, há renda garantida para o pagamento?- Os juros embutidos na compra a crédito são aceitáveis?

Educação Financeira

Também é muito importante levar em conta outros fatores, como a durabilidade, o custo e a estrutura de atendimento para eventuais consertos do produto. Há bens que normal-mente valorizam e contribuem para a forma-ção de patrimônio, por exemplo, imóveis, e outros que inevitavelmente se desvalorizam, como carros, que perdem já no primeiro ano de uso cerca de 20% de seu valor. Além disso, há automóveis cujas peças de reposição são mais caras do que as similares de outras mar-cas, o que aumenta o custo de manutenção, considerando reparos e seguro.

A questão da durabilidade tem, ainda, im-pacto ambiental significativo. Segundo o Mi-nistério do Meio Ambiente, “a humanidade já consome 30% mais recursos naturais do que a capacidade de renovação da Terra. Se os padrões de consumo e produção se man-tiverem no atual patamar, em menos de 50 anos serão necessários dois planetas Terra

para atender às nossas necessidades de água, energia e alimentos”.

Por isso, o ideal é evitar compras desnecessá-rias, adquirindo artigos que não precisem ser trocados com frequência e se preocupar com os selos de economia de energia. Nas lojas, ainda são oferecidos aparelhos de ar-condi-cionado, geladeiras e outros eletrodomésticos fora do padrão A (menor consumo) estabele-cido no selo Procel. Esses produtos têm preço ligeiramente menor, mas custam mais caro ao longo do tempo e são menos sustentáveis.

Consumidor consciente é aquele que considera sempre, ao comprar, o meio ambiente, a saúde, as relações justas de trabalho, suas reais necessida-des e a capacidade de adquirir o produto ou servi-ço sem comprometer o equilíbrio de suas contas. Fontes: www.mma.gov.br e curso on-line “Orçamento fa-

miliar e planejamento financeiro”, da Vale.

Abril/2014

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As Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPCs), os chamados fundos de pensão, podem ter planos com mo-dalidades diferentes, dentro dos limites legais, e são organi-zadas sob a forma de fundação ou sociedade civil, sem fins lucrativos. São acessíveis exclusivamente aos empregados de uma empresa, a grupo de empresas e aos servidores públi-cos. Os planos podem ser classificados como: Benefício De-finido (BD), Contribuição Definida (CD) e Contribuição Variá-vel (CV). Confira a seguir as definições de cada um dos tipos.

É aquele em que o benefício complementar é estabelecido no momento da adesão do participante, com base em valo-res prefixados ou em fórmulas de cálculo previstas em regu-lamento (ex.: o benefício é equivalente a 90% da média dos últimos salários menos o benefício da Previdência Social). Para propiciar o benefício acordado, o plano recolhe con-tribuições que podem variar ao longo do tempo. Nele, a avaliação dos riscos é feita em função da coletividade e há solidariedade entre os participantes. Superávits ou déficits são de responsabilidade coletiva. A Valia tem um plano BD, mas o mesmo não permite novas inscrições desde 2000.

Neste tipo de plano, o valor do benefício complemen-tar é definido apenas no momento de sua concessão, com base no saldo acumulado pelas contribuições fei-

tas ao plano e na rentabilidade das aplicações durante a fase contributiva. Em um plano CD, como o benefício não é definido, as contribuições não precisam ser ne-cessariamente revistas. As contas são individuais e não há superávits nem déficits.

É o plano que apresenta características de Benefí-cio Definido (BD) e Contribuição Definida (CD). Há muitas modelagens possíveis neste caso, sendo que uma das características mais comuns ocorre quan-do, na fase de acumulação, o benefício programa-do é formado por uma conta individual que tem a contribuição do participante e a da empresa, soma-das à rentabilidade. E, na aposentadoria, o saldo se transforma em benefício, podendo ser uma renda vi-talícia. Os planos deste tipo também podem oferecer um valor de suplementação definido para os casos de benefícios de risco (morte, invalidez ou doença).

A Valia hoje tem dois planos nesta modalidade: Vale Mais e Valiaprev, sendo que este segundo não tem benefício de auxílio-doença. O plano de be-nefícios da Vale Fertilizantes também se encaixa nesta modalidade, porém, a diferença é que ele prevê um valor mínimo para o saldo de conta no momento da aposentadoria.

Tipos de planos oferecidos por uma EFPC

Plano de Contribuição Variável

Plano de Contribuição Definida

Plano de Benefício Definido

Com o objetivo de esclarecer as informações veiculadas em janeiro, na primeira matéria da série especial sobre educação previdenciária, publicamos a seguir as regras, com mais detalhes.1- Aposentadoria por idade urbana (http://agencia.previdencia.gov.br/e-aps/servico/341)Os trabalhadores urbanos, a partir dos 65 anos para os homens e dos 60 para as mulheres, têm direito à aposentadoria por idade, desde que cumprida a carência exigida. Essa carência é de 180 meses para aqueles inscritos na Previdência Social a partir de 25 de julho de 1991, e obedece a uma tabela de progressividade para os inscritos antes desta data, publicada no site.2- Aposentadoria por tempo de contribuição (http://www8.dataprev.gov.br/e-aps/servico/362)2.1 Aposentadoria integral: 35 anos de contribuição para o homem e 30 para a mulher. A aposentadoria integral inde-pende de idade e pedágio, bastando somente o cumprimento do tempo de contribuição.

Regras para aposentadoria na Previdência Social

Maio/2014

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Dívidas boas e dívidas ruinsEm um país como o Brasil, em que as taxas de juros para concessão de crédito são histo-ricamente altas, é recomendável que, antes de contrair uma dívida, haja uma reflexão. Há dívidas que ajudam as famílias a aumentar o patrimônio, como a compra da casa pró-pria; existem outras cujo intuito é ampliar o padrão de conforto, mas não geram ganhos patrimoniais, como adquirir um automó-vel ou eletrodomésticos; há aquelas surgidas de situações incontroláveis e emergências, como problemas de saúde; e as que refle-tem apenas um descontrole entre receita e despesa, tanto no que diz respeito a bens essenciais quanto a impulsos consumistas. Por isso, é preciso avaliar sempre se vale a pena assumir uma dívida. Existem dívidas consideradas “boas”, que trazem efeito positivo para o patrimônio ou qualidade de vida, e ruins, pelos problemas que causarão, uma vez que se tornem impagáveis, ou sim-plesmente por impedirem um planejamento financeiro eficiente. É fundamental, também, saber qual a taxa de juros cobrada por quem nos fornece o crédito. Com base nessa infor-mação, o consumidor pode verificar se não é mais vantajoso fazer uma poupança e fazer compras posteriormente à vista. Lembrando que as compras parceladas costumam em-butir juros, ainda que a propaganda diga o

contrário. Vale a pena tentar uma negocia-ção, com a obtenção de descontos, quando o pagamento é feito em dinheiro ou cheque.

Segundo dados do Banco Central, um terço das concessões de crédito em cartão no ano de 2013 acabou sendo parcelado, o equivalente a R$ 26 bilhões. A taxa anual de juros cobrada pelos cartões variava, nas maiores instituições bancárias, entre 107% e 705% ao ano, segun-do levantamento da associação Proteste e da Fundação Getúlio Vargas, realizado em janeiro de 2014. A média ficou em 280,82% ao ano.

Em levantamento feito pelo Banco Central, en-tre 5 e 11 de fevereiro de 2014, a cobrança anual de juros variava entre 24,51% e 233,52% ao ano, tomando por base todas as instituições financeiras com atuação no país. Se elencadas apenas as seis maiores, que concentram a maior parte dos clientes, a menor taxa era de 75,53% ao ano.

No mesmo intervalo de tempo anterior, o Ban-co Central encontrou variações entre 8,64% e 55,99%, ao ano.

Fonte: Banco Central (www.bcb.gov.br).

Aquisição de veículos

Cheque especial

Cartão de crédito

Educação Financeira

2.2 Aposentadoria proporcional:• para a mulher: a partir de 48 anos de idade, com mínimo de 25 anos de contribuição mais pedágio (adicional de tempo correspondente a 40% sobre o período que faltava em 16/12/1998 para completar 25 anos de contribuição, somado aos 25 anos já exigidos);• para o homem: a partir de 53 anos de idade, com mínimo de 30 anos de contribuição mais pedágio (adicional de tempo correspondente a 40% sobre o tempo que faltava em 16/12/1998 para completar 30 anos de contribuição, somado aos 30 anos já exigidos). 3 – Fator previdenciárioAlém do explicado anteriormente, é aplicado para cálculo das aposentadorias por tempo de contribuição e por idade, sendo opcional no segundo caso. Criado com o objetivo de equiparar a contribuição do segurado ao valor do benefício, baseia--se em quatro elementos: alíquota de contribuição, idade do trabalhador, tem-po de contribuição à Previdência Social e expectativa de sobrevida do segurado.

Mais informações: http://www.inss.gov.br

Maio/2014

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Cada fase da vida tem sua particularidade

Educação PrevidenciáriaAo longo da vida, as pessoas costumam atravessar mo-mentos semelhantes em função de sua faixa etária. Por isso, é muito comum ouvir que o planejamento financei-ro deve começar quando se inicia a vida profissional, ou seja, bem cedo. Entendendo a importância desta iniciati-va, esta edição tentará ajudá-lo a estabelecer as priorida-des adequadas a cada uma dessas etapas, dentro de uma visão de curto, médio e longo prazo. Afinal, uma decisão importante tomada hoje terá consequências no futuro.

1 – Dos 20 aos 30 anos de idadeCostuma ser a época da vida em que se recebe o primeiro salário, normalmente quando ainda se mora na casa dos pais. Como o dinheiro não precisa ser usado para o pa-gamento de aluguel e contas domésticas, por exemplo, a tentação de gastá-lo todo em viagens e desejos de consu-mo fica cada vez maior. Nesse momento, é preciso:

-Aprender a fazer e controlar seu orçamento;-Estabelecer objetivos para o futuro;-Otimizar o tempo para investir na formação profissional;-Iniciar a sua poupança, tanto a previdenciária quan-to aquela destinada à compra de outros bens, como a casa própria;-Guardar recursos de forma constante e sistemática, para estabelecer o hábito.

2 – Dos 31 aos 49 anos de idadeEsta é a faixa etária em que a maioria das pessoas casa, tem filhos e compra sua moradia. Em relação à etapa an-terior, há um aumento das receitas, pela vida a dois e pelo provável desenvolvimento profissional, mas também um crescimento das despesas, em função da educação dos filhos e da prestação da casa própria. Então, é hora de:

-Escolher um imóvel condizente com sua renda e com suas necessidades;-Manter o hábito de poupar, mesmo que o percentual tenha que diminuir, em virtude de outros gastos;

-Tentar iniciar uma poupança para os filhos, que pode ser usada para a educação deles no futuro;-Aprender mais sobre as alternativas de aplicações dis-poníveis, para fazer escolhas certas. Como ainda faltarão muitos anos para a aposentadoria, a possibilidade de ar-riscar mais deve ser avaliada;-Planejar e investir mais em sua previdência complementar.

3 – Dos 50 aos 65 anos de idadeNesta fase da vida, a tendência é de que os filhos te-nham mais autonomia, a casa própria esteja quitada e diminua o comprometimento da renda com despesas fixas, como educação. Assim, o salário aumenta. É uma boa hora para:

-Avaliar com mais cautela o perfil de investimento, ou seja, se haverá tempo de reverter possíveis perdas caso o perfil seja arrojado;-Investir parte de seu tempo em atividades que possam ser desenvolvidas após a aposentadoria, preparando-se para esta nova fase da vida.

4 – A partir dos 66 anos de idadeÉ o momento de colher os frutos que semeou ao longo da vida. Com um planejamento bem realizado, as chances de uma renda confortável aumentam muito. Mas é preciso:

-Adequar sua vida aos rendimentos obtidos;-Não assumir responsabilidades que não sejam suas;-Utilizar todos os descontos e vantagens que a legisla-ção permitir;-Lembrar-se de que há muito a fazer, conhecer, ensinar e usufruir.

Para finalizar, vale destacar a importância de acompa-nhar com atenção a evolução da previdência comple-mentar em todas as fases da vida.

Fonte: www.saldopositivo.cgd.pt

Junho/2014

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1- Uma passagem aérea para Salvador (BA), por exemplo, pode ter uma variação de 80% em seu preço, se comprada com uma semana ou seis meses antes. Dependendo da cidade ou país, a diferença pode ser mais expressiva. No Brasil, as empresas aéreas costumam dar descontos maiores conforme a antecedência da compra.

2- Hotéis apresentam menos variações de pre-ços em relação ao tempo de reserva, mas a compra antecipada de diárias também garante preços mais baixos e amplia o leque de escolhas do futuro hóspede.

3- Para viagens internacionais, a compra de mo-eda estrangeira mês a mês diminui o risco de se lidar com uma alta repentina na cotação que comprometa seus planos. A tributação sobre a compra de moeda física, cartões com valores definidos para saque no exterior ou despesas feitas em cartão de crédito muda com o tempo, de acordo com a necessidade do governo de fechar suas contas externas. Pesquise sempre para saber a alternativa mais proveitosa e não se esqueça de levar em consideração questões como a segurança e a comodidade.

4- Com antecedência, é possível monitorar os pacotes oferecidos pelas agências de viagem para avaliar se algum deles parece vantajoso e atende às suas expectativas.

5- Fechar o aluguel de um carro mais cedo tam-bém é econômico e evita a possível ausência das condições de conforto esperadas (ar-condi-cionado, direção hidráulica, entre outras) ou do modelo desejado.

Adquirir ingressos para espetáculos, entradas em parques ou passeios especiais. Tudo isso fica igualmente facilitado quando há tempo para a escolha. Atualmente, existem muitos sites com preços competitivos, nos quais é possível fazer a reserva de passagens e hotéis. Mas torna-se fundamental, antes de qualquer definição, che-car se a empresa é de fato confiável e avaliar as opiniões de outros usuários do serviço. Diferen-ças de preço exageradas devem sempre gerar desconfiança. Outra dica importante é só viajar para o exterior com seguro de saúde e utilizar smartphones com wi-fi em outros estados ou países, para falar de graça por meio de aplica-tivos de voz ou mandar mensagens de texto.

Com tudo bem planejado, aproveite a viagem!

As férias ideais são aquelas em que se consegue relaxar, de preferência, desfrutando de passeios e programas diferentes. Para usufruir de toda essa tranquilidade, é preciso, contudo, planejar com antecedência o que será feito nesse período, sobretudo se o projeto envolve deslocamentos maiores. A diferença entre se decidir por um destino uma semana, um mês ou um ano antes de embarcar rumo a ele é enorme em termos de custo e conforto. Saiba o porquê:

Férias bem planejadas: economia e alegria completas

Fontes: sites de companhias aéreas e www.istoe.com.br

Educação Financeira

Junho/2014

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A importância do cálculo atuarialOs participantes que acompanham seus investimen-tos e os canais de comunicação da Valia constante-mente leem sobre a “situação atuarial” dos planos, tratada em pareceres, balanços e matérias. Mas nem todos entendem, na prática, o que é um cálculo atu-arial e qual o objetivo de ele ser feito.

Cálculo atuarial é uma ciência que une matemática finan-ceira e probabilidades para definir um pagamento que será ou poderá ser feito ao fim de um determinado perío-do de tempo. Explicado desta forma, parece complicado, mas com exemplos fica mais fácil de compreender.

A definição do custo anual de um seguro de carro está entre aquelas situações que dependem de cálculo atu-arial. Para saber quanto cada motorista pagará para fazer este tipo de apólice para o automóvel, são leva-das em consideração questões como idade, sexo e os índices de furto e roubo na região de residência. Isso porque homens jovens, por exemplo, se envolvem em acidentes mais graves do que outros grupos; enquanto há cidades com baixa estatística de roubos e furtos a veículos, há outras em que esse crime é comum.

O atuário, profissional responsável pelos cálculos, uti-liza os índices de que dispõe para definir o quanto a

seguradora deverá cobrar para garantir o pagamento em caso de sinistro (acidente, roubo ou furto). Além deste, os demais tipos de seguros, como de vida e residenciais, também empregam cálculos atuariais.

No caso dos planos de previdência, tanto públicos quanto privados, o princípio é o mesmo, mas o nú-mero de variáveis (questões que precisam ser consi-deradas) e o período de tempo são maiores e mais complexos. Quantos anos as pessoas viverão, prova-velmente; qual será a remuneração estimada no mo-mento da aposentadoria; quantas pessoas sairão dos planos antes desse período; e outras possibilidades entram no cálculo atuarial.

Uma vez ao ano, a Valia refaz essa conta para ava-liar o equilíbrio financeiro dos planos, ou seja, se os recursos do plano (recebidos e planejados para en-trarem no futuro) são suficientes para pagar os be-nefícios dos participantes agora e no futuro, e quais as medidas, eventualmente, precisam ser tomadas para corrigir desequilíbrios. Assim, o cálculo atuarial se mostra um instrumento básico e fundamental para os participantes terem segurança de que seus planos estão ajustados e todos poderão receber o valor espe-rado ao se aposentar.

Educação Previdenciária

Julho/2014

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Ao aplicar em Renda Fixa, na prática, está se em-prestando dinheiro ao emissor do título em tro-ca de um rendimento. Os emissores podem ser o governo, por exemplo, por meio do Tesouro Na-cional, ou podem ser empresas privadas. O retor-no destes papéis pode ser pré ou pós-fixado. No pré-fixado, as aplicações têm rentabilidade prees-tabelecida. Já nos pós-fixados, o rendimento dele é conhecido apenas no momento do resgate, pois são reajustados por um indexador que é atualizado diariamente ou periodicamente.

Um exemplo de operação pré-fixada seria uma LTN (Letra do Tesouro Nacional), título público cujo valor de resgate é de R$ 1.000,00, com vencimento em um ano. Se ele for comprado ao preço de R$ 900,00, o retorno será de 11,11% neste período. No entan-to, cabe frisar que, até o vencimento, o saldo da aplicação pode oscilar por questões econômicas. Se o mercado de títulos de Renda Fixa passar a pedir um rendimento maior para se investir nes-ta mesma LTN, digamos de 11,20%, o valor do mesmo cairá para R$ 899,28, gerando uma per-da momentânea de 0,08%. Da mesma forma, se o mercado passar a exigir um rendimento menor para este papel, digamos 11%, ele passará a valer R$ 900,90, gerando um ganho de 0,10%. Assim, mesmo que o valor do título possa oscilar de um dia para o outro, na data do vencimento já se co-nhece a quantia a ser resgatada, garantindo, dessa forma, que o rendimento final atinja os 11,11% contratados no momento da aplicação. Existe também outro tipo de aplicação, que possui parte

do rendimento pré-fixado, mas que também é re-ajustada pela inflação. Um exemplo é NTN-B (Nota do Tesouro Nacional série B).

Adicionalmente, outra modalidade da Renda Fixa in-cluiu operações baseadas nas taxas de juros de um dia, reajustadas pelo CDI (Certificado de Depósito Interbancário), o indexador mais utilizado pelo mer-cado. Por, em geral, se valorizar todo dia, este tipo de produto é considerado de menor risco, já que o investidor sabe que, passado algum tempo, terá um recurso maior do que o valor inicial aplicado.

Outro fator que deve ser considerado ao investir em Renda Fixa é o risco de o emissor não honrar o pa-gamento da dívida, chamado de risco de crédito. No Brasil, os papéis do Tesouro Nacional são con-siderados os mais seguros. Mas há a possibilidade de investir em títulos emitidos por empresas priva-das (títulos privados), com baixo risco de crédito. A Valia também investe em títulos privados, após realizar uma minuciosa avaliação da capacidade de pagamento do banco ou da empresa emissora.

Quando se considera um horizonte mais longo, como é o caso da previdência complementar, o ide-al é investir em uma carteira diversificada, composta por alocações atreladas ao CDI, à inflação e pré-fixa-das, com uma parte investida em títulos privados de baixo risco de crédito. É dessa forma que são realiza-dos os investimentos da Valia em Renda Fixa.

Fontes: Banco Central e sites de instituições financeiras

O que são investimentos em Renda Fixa

Educação Financeira

Julho/2014

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Importância dos fundos de pensão no mundoOs fundos de pensão têm grande importância para a eco-nomia mundial, não apenas por sua capacidade de via-bilizar benefícios que mantêm o poder de compra dos trabalhadores, após o fim do ciclo profissional, mas tam-bém por funcionarem como financiadores de projetos de infraestrutura nos diversos países, já que muitos de seus investimentos são feitos em prazos mais longos, visando o retorno futuro. Tempo necessário para que iniciativas de vulto, como a construção de hidrelétricas e ferrovias, sejam concluídas e comecem a se tornar lucrativas. Além disso, a participação dos fundos no mercado acionário contribui decisivamente para o desenvolvimento das empresas, e a compra de títulos públicos permite o financiamento das dívidas das nações, em benefício de suas economias.

A ideia do primeiro fundo de pensão de que se tem no-tícia surgiu nos Estados Unidos, ainda no século XIX, e, durante o século XX, o modelo de formação de uma poupança para a aposentadoria, por meio de entidades fechadas de previdência complementar, foi consolidado. Esse modelo de estrutura se aplica integralmente ao Bra-sil. Em alguns países, no entanto, o patrimônio do fundo de pensão está dentro do patrocinador. Aqui no Brasil, porém, esta prática é proibida, sendo obrigatória a cons-tituição de uma pessoa jurídica para esta finalidade.

Atualmente, em países da Europa - como Holanda e Suíça -, o patrimônio dos fundos, em conjunto, ultra-passa o Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, a soma dos bens e serviços produzidos por aqueles países du-rante um ano inteiro. Nos Estados Unidos e no Japão, os fundos detêm um patrimônio que corresponde a algo entre 70% e 80% do valor total do PIB.

O maior fundo de pensão do mundo, segundo a pu-blicação Pensions & Investments e a consultoria Towers Watson, que fazem o levantamento anual da posição das entidades, é o de funcionários públicos japoneses, com mais de 1 trilhão de dólares de patrimônio, seguido do fundo de funcionários públicos da Noruega, com cerca de 700 bilhões de dólares (dados de 2012).

No Brasil, os fundos possuem cerca de 15% do PIB, o que mostra o potencial de crescimento de sua participação na economia. Dentro dos marcos legais, as entidades vêm ampliando seus investimentos em infraestrutura, com forte atuação em construção civil, por exemplo, para di-versificar suas aplicações e obter melhores rendimentos para seus participantes.

Fonte: Inesc, Abrapp e Towers Watson

Educação Previdenciária

Agosto/2014

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Os investimentos feitos em renda variável são aque-les cuja rentabilidade ou retorno do capital não pode ser determinado no momento da aplicação, podendo variar positiva ou negativamente, de acordo com flu-tuações do mercado. Somente no momento em que o ativo é vendido se sabe qual foi o ganho ou prejuízo obtido no investimento. Nesse meio tempo, a apli-cação pode sofrer fortes oscilações, por uma série de motivos, como a perspectiva de crescimento ou recessão das economias mundiais, a variação in-ternacional de preços de commodities, ganhos ou perdas das empresas, eventos políticos e mudan-ças nas taxas de juros.

Entre as modalidades de investimento em renda variável, estão ações de empresas, commodities (milho, soja, café, etc.), moedas, fundos de renda variável (fundos de ações, multimercado e outros) e derivativos. As ações são títulos negociados em bolsa de valores que representam, para quem as possui, uma fração do capital social de uma em-presa. Já os derivativos são instrumentos, em geral na forma de contratos padronizados, que ajudam o investidor a se proteger de riscos (hedge) de os-cilações de câmbio, juros, índices, preço das mer-cadorias, matérias-primas, etc. - por isso, derivam de outro instrumento que lhe serve de referência. Por exemplo, o mercado futuro de petróleo é uma modalidade de derivativo cujo preço depende dos negócios realizados no mercado à vista de petróleo, seu instrumento de referência. O contrato futuro de dólar deriva do dólar à vista; o futuro de café, do café à vista, e assim por diante.

No mercado brasileiro, a negociação de ações e de outras modalidades de investimento é feita na

BM&F Bovespa, de forma eletrônica, apenas por or-dens enviadas via computador. O pregão viva-voz, muito popularizado em filmes e telejornais, que mostravam os operadores aos gritos, numa aparen-te grande confusão, não existe mais.

Os investimentos em renda variável podem ser rea-lizados à vista ou projetando-se o preço de compra ou venda no futuro. No mercado à vista, ações, por exemplo, são vendidas ou compradas com base na cotação do dia, e a operação é liquidada, em ge-ral, em três dias úteis. Quando a negociação ocor-re com base em projeções, as partes (comprador e vendedor) acordam um preço a ser pago no futuro e, dependendo do tipo de acordo firmado, podem cumprir o compromisso na data combinada, nego-ciar esse compromisso ao longo do tempo ou até não exercer o direito de compra.

Assim, as aplicações em renda variável exigem bastante conhecimento de mercado, por parte de quem as realiza, e tolerância às oscilações dos pre-ços, uma vez que trazem maiores riscos ao investi-dor e são menos previsíveis do que as realizadas em renda fixa, mas oferecem, em contrapartida a este risco assumido, oportunidades de maiores ganhos. Uma estratégia que o investidor pode utilizar para este tipo de investimento é direcionar recursos para serem aplicados no longo prazo e diversificar entre várias modalidades de investimentos como formas de minimizar os riscos e ter tempo para recupera-ção de possíveis perdas.

Fontes:Valia, jornal Folha de S.Paulo, www.portaldoinvestidor.gov.br e Bovespa

Investimentos em renda variável

Educação Financeira

Agosto/2014

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A compra da casa própria costuma ser um dos projetos mais sonhados pelas famílias brasileiras. Do ponto de vista da conveniência pessoal, a decisão envolve uma série de questões relacionadas a gostos e necessidades, como tamanho da moradia, proximidade do trabalho, escolas e locais de lazer, vagas de garagem, oportunidade, vista, entre outros atributos. No que diz respeito à análise financeira, no entanto, sejam quais forem as preferências, há condições que precisam ser avaliadas por todos da mesma forma.

1- Preço – O preço dos imóveis vem subindo de forma acentuada nos últimos anos, sobretudo nas principais regiões metropolitanas. Antes de adqui-rir um bem tão importante, que consumirá uma parte significativa da poupança da família, é pre-ciso pensar sobre a valorização recente, o preço do metro quadrado na região e comparar a renda mensal com a capacidade de pagamento, no caso de financiamento, considerando, ainda, as parcelas intermediárias, se houver.

2- Financiamento – As instituições financeiras ofe-recem, em seus sites, simulações que permitem comparar o custo do financiamento. A melhor forma de fazer isso é utilizando o Custo Efetivo Total (CET), taxa que engloba todas as despesas com o financiamento – juros, seguros habitacionais, tarifa mensal de serviços administrativos e a tarifa de avaliação do imóvel e impostos, quando apli-cáveis, como o Imposto de Operações Financeiras (IOF). É importante também definir se utilizará a taxa pré ou pós-fixada, ou seja, se prefere pagar um pouco mais e evitar possíveis oscilações da inflação ou se prefere correr o risco e pagar menos, em um primeiro momento.

3- Condições legais – Quando se financia o imóvel, o risco de comprá-lo com problemas legais é mínimo, pois as instituições só aprovam o financiamento se o bem estiver com os papéis em ordem. Nas compras à vista, porém, o com-prador deve ficar atento. É importante verificar se quem se apresenta como dono realmente consta como proprietário no Cartório de Registro de Imóveis (CRI). Nesse documento há a identificação do proprietário, as metragens, confrontações e características do imóvel, além de todos os fatos ocorridos durante a existência do mesmo. As certidões pessoais dos vendedores garantem a segurança jurídica do negócio. A existência de ações judiciais contra o vendedor pode indicar tentativa de venda do imóvel em fraude à execução ou fraude contra credores e resultar em uma futura ação de anulação da escritura, para que a propriedade seja usada para pagar as dívidas do vendedor. Por fim, somente com o registro da escritura pública no CRI o imóvel é transferido para o patrimônio do comprador.

Fontes: UOL, Cartório de Notas de São José dos Campos (SP)

Compra da casa própria

Educação Previdenciária

Setembro/2014

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Quando tratamos das diferenças entre renda fixa e variável, nesta seção, uma das questões abordadas foi o risco que envolvia cada tipo de aplicação. Para entender como a Valia busca mi-nimizar os riscos, que são próprios da atuação em mercados financeiros, em qualquer parte do mundo, é preciso entender que os investimen-tos da Fundação são baseados em processos documentados, que incluem manuais e proce-dimentos, e em decisões colegiadas, com polí-ticas de alçada (limite) para cada nível de toma-da de decisão. Esses níveis incluem o Conselho Deliberativo, Comitê Financeiro, Comitê de In-vestimentos, Diretoria Executiva e as Gerências. Adicionalmente, todo trimestre, são prestadas contas ao Conselho Fiscal.

A Valia conta ainda com sistemas e relatórios de apoio à tomada de decisão que permitem realizar simulações de exposição e otimização de carteiras, avaliando a relação entre o ris-co e a possibilidade de retorno. A Fundação também utiliza o custodiante (instituição res-ponsável pela guarda das ações e títulos que compõem a carteira de investimento) e con-sultorias especializadas que auxiliam na men-suração de riscos de crédito, de mercado, de liquidez e sistêmico (mais amplo, envolvendo o país ou seu sistema financeiro).

No caso dos fundos de investimentos em renda fixa, cuja gestão é terceirizada, além dos controles realizados pela Valia com os relatórios fornecidos pela consultoria con-tratada e pelo custodiante, está previsto no regulamento de cada fundo o limite es-tabelecido para risco de mercado. Para a carteira de ações em mercado, a Entidade utiliza ainda uma ferramenta adicional que visa a monitorar o risco ativo das carteiras. Uma vez realizados os investimentos, faz--se o constante monitoramento e reavalia-ção dos mesmos, em função das alterações nas condições econômicas.

A Fundação opera abaixo dos limites má-ximos definidos pelo Banco Central (Re-solução 3792/2009) para aplicação dos recursos garantidores dos planos adminis-trados pelas Entidades Fechadas de Pre-vidência Complementar. Com base nesse parâmetro, os limites da Valia, em seus segmentos de investimentos, são estabe-lecidos na Política de Investimentos Plu-rianual, por plano. Como todos os fundos de pensão, a Entidade tem suas opera-ções supervisionadas e fiscalizadas pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc).

Avaliação de risco dos investimentos

Educação Financeira

Setembro/2014

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Valia Mix 20Valia Fix

100% dos recursos aplicados em renda fixa e

operações com participantes (empréstimos)

Maior parte dos recursos aplicada em renda fixa e operações com

participantes (empréstimos) e cerca de 20% em renda variável

Alocação da parcela de renda variável em gestão passiva (atrelada a índice de bolsa) e em gestão ativa

(não atrelada a índice de bolsa)

Sem renda variável

Valia Ativo Mix 40Valia Mix 35

Maior parte dos recursos aplicada em renda fixa e operações com

participantes (empréstimos) e cerca de 40% em renda variável

Maior parte dos recursos aplicada em renda fixa e operações com participantes (empréstimos) e

cerca de 35% em renda variável

Alocação da parcela de renda variável majoritariamente em gestão ativa (não atrelada a índice de bolsa)

Alocação da parcela de renda variável em gestão passiva (atrelada a índice de bolsa) e em gestão ativa

(não atrelada a índice de bolsa)

Entenda a função dos perfis de investimento

O quadro a seguir indica quais são os perfis oferecidos e qual a sua composição:

Educação PrevidenciáriaOs participantes ativos da Valia têm a oportunidade de escolher diferentes perfis de investimento que balizarão a aplicação de seus recursos. Cada participante deve escolher o seu perfil de investimento de acordo com suas características pessoais. Por exemplo, quanto mais perto da aposentadoria, maior deve ser o cuidado com a escolha, já que perfis mais agressivos podem trazer quedas em rentabilidade – sem a chance de recuperação –, e o momento da aposentadoria está próximo. Para optar, é necessário também avaliar a tolerância a risco. Perfis mais agressivos (com maior proporção em renda variável) podem apresentar variações bruscas nas rentabilidades, trazendo assim desconforto para aqueles que têm aversão a risco.

Atualmente, a Valia oferece quatro perfis de investimento – Valia Fix, Valia Mix 20, Valia Mix 35 e Valia Ativo Mix 40. Confira abaixo as alocações dos investimentos de cada um. É sempre bom recordar que, apesar de mais estável ao longo do tempo, o rendimento das aplicações em renda fixa também está sujeito a oscilações de mercado. Exemplos de aplicações em renda fixa são os títulos da dívida pública e a carteira de empréstimos da Valia; já investimentos típicos de renda variável são as ações das empresas negociadas em bolsa de valores.

Os participantes da Valia podem mudar a cada 12 meses sua opção pelos perfis de investimento, além de contar com o suporte da Fundação para esclarecer dúvidas, antes da decisão.

PerfilComposição

Valia Fix

Valia Mix 20

Valia Mix 35

Valia Ativo Mix 40 60%

65%

80%

100%

40%

35%

20%

0%

Segmento de renda fixa e operações com participantes

Segmento de renda variável

Outubro/2014

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Para evitar apertos e estresse durante a vida, é muito importante que se crie o hábito de fazer um planeja-mento financeiro. A pessoa deve iniciar imaginando como deseja estar daqui a dois, cinco, 15 e 25 anos.

A partir daí, traçam-se objetivos a serem alcança-dos (compra de carro, imóvel, aposentadoria), e definem-se metas intermediárias a serem atingidas para se chegar aos objetivos. É importante que os objetivos e metas sejam reavaliados periodicamente.

A partir das metas, define-se quanto será necessá-rio economizar mensalmente. Pode ser um percen-tual do salário ou uma quantia fixa por mês. Procu-re iniciar escolhendo objetivos de curto prazo e vá alongando-o gradativamente. Isso ajudará a criar o hábito de poupar para um objetivo de longo prazo.

Cada pessoa, em função de sua renda e realidade, sempre em conjunto com a família, deve definir o

próprio planejamento. Um objetivo comum a to-dos, certamente, é uma aposentadoria confortável, sendo recomendada constante avaliação e reavalia-ção de sua capacidade de poupar.

Ao fazer seu planejamento, é necessário lembrar que na vida acontecem imprevistos, os quais po-dem vir a gerar despesas que fogem ao controle. Doenças, acidentes e até viagens inesperadas es-tão nessa lista de possíveis ocorrências. Seguros e planos de saúde são importantes para minimizar os riscos, mas, mesmo com todos os cuidados, há gastos como medicamentos caros e o valor das franquias, que exigem disponibilidade financei-ra imediata. Por isso, é importante que recursos sejam separados para arcar com estes contratem-pos, de maneira que os acontecimentos não o im-peçam de alcançar seus objetivos.

Planejamento de curto, médio e longo prazo

Educação Financeira

Preparação para imprevistos

Outubro/2014

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Uma das decisões mais importantes para quem é participante de um plano de previdência complementar é definir o percentual de contribuição que será feito mensalmente para formação de sua poupança previdenciária. Esta é uma decisão pessoal, que deve ser tomada considerando as regras do plano e, principalmente, em função das expectativas e possibilidades do participante; por isso, pode variar ao longo do tempo. Mas algumas questões precisam ser levadas em consideração, para aumentar as chances de uma escolha acertada:

Definição do percentual de contribuição

Educação Previdenciária

Oportunidade de usufruir do máximo de con-trapartida de sua empresa: nos planos Vale Mais e Valiaprev, a contribuição dos participantes com salário de até R$ 3.236,36 (10 URs - Unidades de Referência) é de 1%, e a empresa patrocinadora garante a contra-partida limitada a este percentual. Para os que pos-suem salário acima de R$ 3.236,36, o patrocinador contribui com valor igual até o limite de 9% sobre a parcela do salário que ultrapasse 10 URs.

Por exemplo: para um salário de R$ 3.500,00.

Período pelo qual contribuirá: o tempo é um aliado neste quesito. Quanto maior é o período de contribuição, melhor será a rentabilidade e menor tenderá a ser o esforço necessário para acumular a quantia desejada, porque os rendimentos das aplicações realizadas incidirão por um período maior sobre o montante acumulado.

Acompanhamento de seu saldo de conta: aqui, o im-portante é lembrar que seu planejamento deve ser de longo prazo e que a avaliação do resultado das aplicações precisa ser feita levando-se em conta períodos maiores, já que o ob-jetivo é obter recursos para a aposentadoria. Com base nesse maior horizonte, o acompanhamento do rendimento de seus recursos permitirá uma avaliação mais precisa da necessidade do aumento do valor contribuído, por exemplo, em função de suas expectativas.

Benefícios fiscais: quem tem um plano de previdência com-plementar e faz a declaração anual de Imposto de Renda (IR) completa pode deduzir suas contribuições da base de cálculo do IR até o limite de 12% dos rendimentos tributáveis no ano. Este é um benefício fiscal que também merece ser avaliado para a definição do percentual de contribuição, de modo a re-duzir o imposto e a possibilidade de aumentar a renda futura.

10 URs (R$ 3.236,36)

Salário de participação Parcela 1 Parcela 2

R$ 3.500,00 R$ 3.236,36 R$ 263,64

Parcela 1 + parcela 2 Participante R$ 56,09

1% R$ 32,36 9% R$ 23,73

Parcela 1 + parcela 2 Patrocinador R$ 56,09

1% R$ 32,36 9% R$ 23,73

TOTAL R$ 112,18

Novembro/2014

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No segmento de renda fixa, em sua maior parte, os recursos são aplicados em títulos do Tesouro Nacional, emitidos pelo governo brasileiro. Há uma parcela menor aplicada em títulos privados, como debêntures (títulos emitidos por companhias que dão um direito de crédito a quem os adquire) e Certifica-dos de Depósito Bancário (CDBs). Existem ainda as operações com participantes – os empréstimos concedidos, sobre os quais incidem juros. Esses juros são o rendimento da aplicação, revertido em benefício do próprio conjunto de participantes.

No segmento de renda variável, os perfis têm uma parcela dos recursos aplicada em gestão passiva e outra em gestão ativa. A expressão “gestão passiva” significa que a parte aplicada em renda variável é uma cópia da carteira de um determinado índice. Nos perfis Mix 20, Mix 35 e Ativo Mix 40, o índice es-colhido é o IBr-X, composto por cem ações de empresas sele-cionadas entre as mais negociadas no mercado e divulgado diariamente pela Bolsa de Valores de São Paulo. Por isso, o rendimento da gestão passiva deverá estar atrelado ao índice IBr-X, ou seja, deve acompanhar sua valorização.

Nesse sentido, a principal diferença entre os perfis é o percentual destinado a aplicações em renda fixa e em renda variável (ações). Atualmente, há quatro opções à disposição do participante:

Escolha do perfil de investimento

Educação FinanceiraOs participantes ativos, autopatrocinados e vinculados dos planos Vale Mais e Valiaprev podem optar por um novo perfil de investimento a cada 12 meses. Trata-se de uma decisão absolutamente pessoal, que, antes de ser tomada, deve levar em conta uma série de questões importantes, como a capacidade de cada pessoa de lidar com riscos e o tempo que falta para sua aposentadoria. Também é fundamental saber como funciona a aplicação de recursos em cada perfil oferecido pela Valia.

PerfilComposição

Segmento de renda fixa e operações com participantes

Segmento de renda variável

Valia Fix 100% 0%

Valia Mix 20 80% 20%em torno de 10% em gestão passiva

em torno de 10% em gestão ativa

Valia Mix 35 65% 35%em torno de 17,5% em gestão passiva

em torno de 17,5% em gestão ativa

Valia Ativo Mix 40 60% 40%em torno de 5% em gestão passiva

em torno de 35% em gestão ativa

Já no caso da “gestão ativa”, gestores externos con-tratados pela Valia, após um rigoroso processo de seleção, buscam investimentos que, em longo pra-zo, superem a valorização do IBr-X (em curto prazo isso pode não acontecer). No perfil Ativo Mix 40, a gestão ativa tem um peso maior do que nos perfis Mix 20 e Mix 35.

De maneira geral, quanto mais alto o percentual aplicado em ações, maior é a chance de ganhos em longo prazo, mas, em contrapartida, aumenta-se o risco de variação do saldo de conta (para mais e para menos), já que isso pode influenciar no tempo necessário tado período, normais no mercado de ações, sejam compensadas por valorizações no futuro.

Informe-se sempre: quanto maior é o conhecimento sobre a forma como os recursos destinados à aposentadoria são inves-tidos, mais fácil é fazer uma escolha bem pensada.

Novembro/2014

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Durante todo o ano, em especial em datas como o Natal, quando as vendas aumentam muito, o comércio anuncia ofertas e promoções “imperdíveis”, que parecem grandes oportunidades para o consumidor. Eventualmente, até podem ser bons negócios, mas é muito importante que, antes da compra, algumas questões sejam bem avaliadas. Entre elas, as principais são:

Ofertas podem se transformar em armadilhas para o bolso

Educação Financeira

Juros - não há compra a prazo sem juros. Nas ofer-tas anunciadas dessa forma, a taxa cobrada está, na verdade, embutida na parcela. Na negociação com os vendedores das lojas, ou até mesmo na internet, em que sites dão descontos para compras por boleto bancário ou débito em conta, é possível conseguir abatimentos significativos. Mas vale sempre a pena pesar a vantagem de adquirir o produto à vista.

Parcelamento - ainda que o parcelamento seja vantajoso ou necessário, é preciso pensar se este novo comprometimento financeiro, somado a outras compras anteriores (e a despesas futuras inevitáveis, como IPVA, IPTU, etc.), não afetará seu orçamento. Mesmo produtos de baixo custo unitário, quando adicionados, podem gerar uma despesa que não caiba na renda mensal. No mo-

mento em que isso ocorre, o consumidor, muitas vezes, deixa de quitar integralmente a fatura de seu cartão de crédito ou usa seu limite no cheque especial, pagando juros que, em um mês, podem ser maiores do que os juros de um ano em aplica-ções em investimentos de baixo risco, como pou-pança e fundos de renda fixa.

Uso e necessidade - ainda que o produto, à vista ou a prazo, esteja adequado a seu orçamento, cabe avaliar se ele é de fato útil e necessário. Roupas que não são usadas e aparelhos guardados em caixas são exemplos de desperdício relativamente comuns. Recursos economizados em compras sem utilidade, feitas em momentos de empolgação, podem ser muito importantes no futuro, para garantir conquis-tas maiores ou uma aposentadoria mais confortável.

Dezembro/2014

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Os participantes ativos, autopatrocinados e vinculados dos pla-nos Vale Mais e Valiaprev podem, a qualquer momento, fazer contribuições voluntárias para o plano, de valor da sua escolha, a fim de aumentar o montante da reserva individual (Saldo de Conta), formado ao longo de sua vida contributiva. Esse tipo de aporte é um instrumento muito interessante porque permite reforçar a poupança que será formada para a aposentadoria sem um compromisso obrigatório nesse sentido.

Outro ponto que merece ser levado em consideração - por quem tem a oportunidade de fazer uma contribuição espo-rádica - é o benefício fiscal concedido pela legislação. Aqueles que possuem um plano de previdência complementar e cos-tumam preencher a versão completa da Declaração Anual de

Imposto de Renda (IR) podem deduzir suas contribuições da base de cálculo em até 12% dos rendimentos brutos tributá-veis no ano. Ou seja: dependendo da situação do participante em relação ao IR, é possível descontar o valor pago e ainda acumular mais recursos, sem nenhum esforço adicional.

Para que se tenha uma ideia mais concreta do peso que contribuições esporádicas podem ter para o Saldo de Conta do participante, veja esta simulação. Tomando por base um salário de R$ 5 mil e um percentual de contribuição de 9%, o participante que fizer uma contribuição esporádica anual de R$ 3 mil terá acumulado, ao final de 30 anos, cerca de R$ 225 mil a mais, na comparação com outro, na mesma situação, que nunca tenha feito contribuição esporádica.

Para efetuar a contribuição normal esporádica, basta solicitar o requerimento por meio de um dos nossos canais de atendimento, informando o valor, a forma

(desconto em contracheque ou pagamento por boleto) e a frequência (mensal ou contribuição única) com a qual deseja contribuir.

Confira uma simulação com contribuição esporádica:

Confira uma simulação sem contribuição esporádica:

Contribuição esporádica e benefício fiscal

Educação Previdenciária

Salário básico 5.000,00

Idade atual 25

Idade na aposentadoria 55

Contribuição mensal 191,09

Percentual acima de 10 URs 9,00 Na aposentadoria

Saldo de Conta projetado 567.237,13

Contribuição máxima da empresa 191,09

Contribuição esporádica única - depósito à vista 3.000,00

Salário básico 5.000,00

Idade atual 25

Idade na aposentadoria 55

Contribuição mensal 191,09

Percentual acima de 10 URs 9,00 Na aposentadoria

Saldo de Conta projetado 342.018,70

Contribuição máxima da empresa 191,09

Contribuição esporádica única - depósito à vista 0,00

Dezembro/2014

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Planejamento precisa ser feito em família

Educação PrevidenciáriaA construção de uma poupança previdenciária não é, na maior parte dos casos, uma decisão tomada apenas in-dividualmente. Sem o engajamento da família, fica mais difícil destinar, de maneira constante, o percentual da renda necessário à garantia de uma aposentadoria tran-quila. Filhos, companheira ou companheiro, eventuais parentes que façam parte do núcleo familiar - todos pre-cisam estar mobilizados e conscientes das opções feitas, em benefício do futuro.

Isto deve acontecer desde quando os filhos são peque-nos. Nesse período da vida, apenas a orientação dos pais pode fazer com que as crianças coloquem limites a seus desejos de consumo e entendam que nem tudo o que querem se consegue imediatamente - muitas vezes, é preciso estabelecer metas e poupar antes. A orientação realizada na infância e juventude pode ajudar o filho a entender que, uma vez na idade adulta, quanto mais cedo ele começar a fazer sua própria poupança previ-denciária, melhor.

Na prática, uma forma eficiente de conseguir que to-dos remem na mesma direção é estabelecer as priori-dades de modo coletivo e transferir, depois, responsa-bilidades para cada membro da família. Confira alguns tópicos básicos para essa decisão em grupo, que deve

ser reavaliada periodicamente. É preciso responder às seguintes perguntas:

- Que padrão de vida é esperado na aposentadoria?

- Quanto precisa ser poupado mensalmente para se al-cançar esse padrão?

- Quais são os gastos prioritários e quais podem ser adia-dos ou evitados?

- O que cada um pode fazer para que a família atinja seus objetivos?

No detalhamento dos itens, cabem desde ações de eco-nomia doméstica, como o controle dos gastos de energia, água e telefonia, até questões que envolvam esforços in-dividuais, como um filho que consegue passar para uma universidade pública. A educação em relação ao consumo consciente, tanto do ponto de vista econômico quanto ambiental, é também muito importante, na medida em que dá instrumentos para as pessoas pensarem sobre a real utilidade dos produtos e serviços que desejam.

Cada grupo familiar tem suas próprias características. Mas, para todos, o caminho comum é o diálogo permanente.

(Fonte: curso on-line “Orçamento familiar e planejamento financeiro”, da Valer)

Janeiro/2015

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O início de todo ano é o período propício para se ava-liar o orçamento feito e perceber se nele estavam pre-vistas as despesas extras realizadas durante o mês de dezembro e aquelas que sempre ocorrem entre janeiro e março. IPTU, IPVA, material escolar e as compras par-celadas do fim do ano estão entre os custos com os quais será preciso lidar no primeiro trimestre.

Normalmente, os governos oferecem descontos signifi-cativos para os impostos quitados em uma só parcela, o que é uma vantagem para quem não fez dívidas e dispõe de recursos para arcar com esses gastos. Ad-quirir à vista a lista de materiais elaborada pelas esco-las também pode fazer diferença, pois favorece a ne-gociação em livrarias e papelarias, mesmo quando as compras são feitas pela internet – em pagamentos por meio de boletos bancários, são oferecidos descontos de pelo menos 10%.

Se os seus gastos estiverem dentro do planejado, isso mostra que o orçamento foi bem feito e vem sendo seguido. Se não estiverem, é importante avaliar se os valores projetados eram realistas ou se houve descon-

trole, para que o problema não se repita. Quem fez dí-vidas deve buscar um caminho para sair delas da forma mais rápida e menos custosa possível. São recomenda-ções dos especialistas em finanças:

- Não espere para agir. Enquanto não se toma uma decisão, a dívida cresce;

- Troque as dívidas mais caras – cartão de crédito e che-que especial, por exemplo – por aquelas mais baratas, como empréstimos pessoais negociados com o gerente de seu banco ou de um banco concorrente, com as melhores taxas possíveis;

- Se estiver inadimplente, negocie maiores prazos e descontos nos juros cobrados;

- Corte gastos até que o orçamento esteja equilibrado novamente.

Tão importante quanto todas estas ações é aprender com o processo para, no futuro, não voltar a fazer gas-tos incompatíveis com sua renda.

Início do ano: tempo de pensar em orçamento

Educação Financeira

(Fontes: UOL e Globo News)

Janeiro/2015