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UFCD_4236_CONTACTOLOGIA 6 Conversão da potência da LO para LC (estudo da fórmula: = 1−dv × )

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UFCD_4236_CONTACTOLOGIA

6 Conversão da potência da LO para LC (estudo da fórmula:𝐷𝑙𝑐 =

𝐷𝑙𝑜

1−dv ×𝐷𝑙𝑜 )

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a1

NORMALMENTE A LENTE OFTÁLMICA S ITUA -SE A UMA DISTÂNCIA

VÉRTICE DE 12 mm, ENQUANTO A LC MANTÉM-SE JUNTO À

CÓRNEA , SEPARADA APENAS PELA LÁGRIMA (OU LENTE LACRIMAL ).

SE A POTÊNCIA DA LENTE CONSIDERADA NÃO ULTRAPASSAR AS 4,00

D PODEMOS DESPREZAR OS CÁLCULOS , MAS ACIMA DESSE VALOR

DEVEREMOS CONVERTER A POTÊNCIA DA LO PARA O VALOR VÉRTICE

DA LC EQUIVALENTE .

O valor vértice v’V’ da lente corresponde ao inverso da distância s’

entre o vértice S’ e o ponto focal F’ da lente correctiva, sendo s’ e

v’V’ negativos em casos de miopia e positivos na hipermetropia.

Considera atentamente o esquema, abaixo, que representa um olho

míope corrigido por uma LO.

Podemos relacionar a refracção total Rt do olho com o valor vértice

da lente v’V’. Ambos os valores dependem sempre das distâncias dv.

O afastamento m é igual a dv

dvoafastamentm )(

Então

dvsf '

Efectuando o inverso

dvsf

'

11

Ou, substituindo f e s’ por suas vergências

F R

dv

S’1 S’0

f

s’

F’

m

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a2

dvVv

Rt

''

1

1

A equação permite-nos uma abordagem sobre as consequências de

distâncias variantes entre o ápice da córnea e o vértice da lente,

afastando a lente.

Sejam os seguintes exemplos:

Uma lente contacto de – 10 D para uma dv = 12 mm. Qual o valor

vértice da LO?

dioptriasDLO 36,11088,0

1

012,01,0

1

012,010

1

1

Se a LC for positiva,

dioptriasDLO 92,8112,0

1

012,01,0

1

012,010

1

1

Consideremos o caso de um hipermétrope corrigido com uma lente

oftálmica (1) a uma determinada distância dv1 entre os vértices S’1 e

S’o (ápice da córnea). Se aproximamos a lente para a posição 2, a

uma distância dv2, que sucederá? Observa atentamente o esquema,

abaixo.

F’1

F’2

R F’ S’1 S’ 2 S’0

dv2

dv1

m

s’2

s’1

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a3

Do esquema podemos tirar as seguintes relações:

)(21 oaproximaçãmdvdv

Se dv2 for zero, a equação será:

mdv 1

quer dizer, os pontos S’2 e S’o estão unidos e m passa a corresponder

a dv (distância entre vértices).

Vemos também que

mss 12 ''

Efectuando o inverso

mss

12 '

1

'

1

ou

mVv

Vv

1

2

''

1

1''

Onde m representa a aproximação.

Considerando que a lente se relaciona à córnea, m corresponde a dv.

Podemos então escrever substituindo m por dv

dvVv

Vv

1

2

''

1

1''

NOTA QUE A DISTÂNCIA DV É SUBTRAÍDA, ENQUANTO SE HOUVESSE

AFASTAMENTO DA LENTE (E NÃO APROXIMAÇÃO) DV SERIA SOMADA.

Simplificando,

''1

''

''

''1

1

''

1

1

1

Vvdv

Vv

Vv

Vvdvdv

Vv

LO

LO

LCDdv

DD

1

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a4

Sejam os seguintes exemplos:

Uma lente oftálmica de – 10 D para uma dv = 12 mm. Qual o valor

vértice da LC?

mdv

DVv

012,0

10'' 1

dioptrias92,812,1

10

12,01

10

)10(012,01

10

Uma lente oftálmica de + 10 D para uma dv = 12 mm. Qual o valor

vértice da LC?

dioptrias36,1188,0

10

12,01

10

10012,01

10

Ambas lentes correspondentes têm a mesma efectividade de

correcção, apesar de situadas a uma distância vértice diferente e

potências distintas, pois cumprem o requisito fundamental de

possuírem os seus focos coincidentes com o remoto.

Facilmente se conclui, também, que para cada distância existe um

valor-vértice, quer dizer, ao afastar ou aproximar a lente correctiva

da córnea modificamos a sua vergência. A efectividade de uma lente

positiva aumenta à medida que se separa do olho, isto é, traduz-se

numa vergência maior. O efeito de vergência de uma lente negativa

é maior à medida que se aproxima do olho. Como se compreende, a

importância dos efeitos é tanto mais significativo quanto mais

elevadas sejam as potências.