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Sexta, 28/07/2017 Cidade Tribuna da Bahia 10 Para muita gente, tirar a carteira de habilitação é si- nônimo de independência e uma grande conquista. Mas, por conta da crise, muitos, justamente por falta de di- nheiro, têm deixado este sonho em segundo plano. O resultado disso tem sido a queda no número de alunos nas autoescolas e, por sua voz, a dificuldade de manter os estabelecimentos aber- tos por conta da queda na demanda. De acordo com o presi- dente do Sindicato das Auto- Escolas e Centros de For- mação de Condutores do Estado (Sindauto Bahia), Francisco Araújo, houve uma queda de 20% no nú- mero de alunos nestes cen- tros levando em contas os anos de 2016 e 2017. Por conta disso, segundo ele, seis escolas solicitaram, este ano, junto ao Departa- mento Estadual de Trânsito (Detran-BA), a suspensão temporária das atividades. Já outras duas, segundo o órgão, fecharam as portas, uma delas por conta da cri- se financeira, no interior. Tem cidade que, nos últimos três anos, o número de au- toescolas caiu em 50%. Atualmente, estão ca- dastradas 66 Centros de Formação de Condutores (CFCs) junto ao Detran, em Salvador, e outras 341 espa- lhadas pelo interior do esta- do. “A crise vem assolando todos os setores e com o nosso não foi diferente. Sem emprego, o aluno não tem condições de tirar a carteira de habilitação, já que neces- Cai 20% o número de alunos em autoescolas YURI ABREU REPÓRTER FORMAÇÃO Crise econômica é o principal motivo da redução dos alunos em autoescola sita de condição financeira para tal. Existem interessa- dos, mas tem essa dificul- dade que é a falta de dinhei- ro”, explicou o presidente do Sindauto Bahia. Nos últimos tempos, o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e o Con- selho Nacional de Trânsito (Contran) têm realizado mu- danças que, de acordo com Araújo, tem trazido mais transparência ao processo de retirada da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), a exemplo de serviços como biometria e simuladores de direção. “Contudo, isso gerou custos para as autoescolas que precisaram repassar isso aos alunos”, salientou. E, de fato, para se tirar uma CNH, o custo pode che- gar a quase R$ 2.500: 48% (R$ 1.200) são para as des- pesas das autoescolas; 32% (cerca de R$ 800) são de custos com simuladores teóricos, práticos de direção e licenças como o LADV (Li- cença para Aprendizagem de Direção Veicular). O res- tante, em torno de R$ 500 (20%), é o gasto que o alu- no também tem com os lau- dos e os exames médicos e psicológicos, isso sem contar outras taxas. “Muitas autoescolas têm tido dificuldade para realizar as renovações por estarem passando por dificuldades fi- nanceiras. A situação não é boa, muitos CFCs tem enxu- gado os quadros e somente uma melhora na economia poderia reverter esse quadro. Além disso, nós somos um setor que trabalha com cus- tos fixos altos e, por isso, não cabem promoções”, pontuou Francisco Araújo. De acordo com ele, uma alternativa que pode ser im- plementada aqui na Bahia é a criação dos chamados “centrões”, que seria a união de um determinado número de autoescolas para dar au- las na parte teórica, o que ajudaria a reduzir os custos. Essa medida já é utilizada em estados como o Paraná. “Isso poderia ser um facili- tador para os alunos. Va- mos, em breve, viajar até lá e buscar mais detalhes so- bre o modelo”, disse. Foto:Romildo de Jesus Baianos que cometeram infrações de trânsito e recor- reram da penalidade preci- sam ficar atentos ao resul- tado. O Departamento Esta- dual de Trânsito da Bahia (Detran-BA) informou ontem (27) que concluiu 1,3 mil pro- cessos e decretou para es- tes a suspensão do direito de dirigir, sem possibilidade de mais recurso. As notificações com as penalidades já começaram a ser enviadas, e os condu- tores devem entregar a Car- teira Nacional de Habilitação (CNH) ao Detran imediata- TRÂNSITO RAYLLANNA LIMA REPÓRTER Bahia tem mais de 1,3 mil habilitações suspensas mente. Com a decisão, a depender dos tipos de infra- ções cometidas, o motoris- ta fica de um mês a dois anos impedido de dirigir. Conforme esclarece o coordenador de Acompanha- mento de Processos de Ha- bilitação do Detran, Jânio Natal Júnior, os casos julga- dos correspondem aos mo- tivados por infrações diretas, diferente de situações em que o condutor atinge 20 pontos ou mais na carteira, no prazo de um ano. “Dirigir sob efeito de ál- cool, recusar o teste do ba- fômetro, exceder em 50% o limite de velocidade e não usar capacete são algumas das infrações gravíssimas que motivaram a suspensão dessas CNHs”, explica. Se, mesmo após ser no- tificado, o condutor se recu- sar a entregar o documento e insistir em dirigir, punições mais rigorosas serão aplica- das, a exemplo de prisão. “O artigo 307 do Código de Trân- sito Brasileiro (CTB) prevê detenção do condutor, de seis meses a um ano, e multa, além de ficar sem dirigir ape- lo mesmo período que havia sido suspenso anteriormente”, afirma o coordenador. O infrator só poderá vol- tar a ser habilitado após cumprir a suspensão, fazer o curso de reciclagem em uma autoescola credencia- da ao Detran e ser aprovado no teste de legislação. PROCESSO Notificado pelo Detran que está em processo de sus- pensão do direito de dirigir, o condutor tem 30 dias para apresentar a defesa prévia, por meio de carta. Se a defe- sa for deferida, o processo é arquivado. Caso contrário, o motorista pode entrar com recurso na Junta Administra- tiva de Recursos de Infrações (Jari), no prazo também de 30 dias. Se houver novo indeferi- mento, ainda resta a alterna- tiva de recorrer ao Conselho Estadual de Trânsito (Cetran), a última instância do julga- mento. Para a decisão do co- legiado, não cabe recurso. Com 83,4% de estu- dantes autodeclarados ne- gros e 82% oriundos de fa- mílias com renda total de até um salário mínimo e meio, a Universidade Fede- ral do Recôncavo da Bahia (UFRB) chega ao seu 12º aniversário neste sábado, dia 29 de julho. Fruto da política pública de Reestru- turação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), a UFRB comemo- ra o crescimento do núme- ro de jovens baianos, em especial da população mais negra e pobre, com acesso ao nível superior nos últimos anos. Desde a sua criação em 2005, a primeira universida- de federal do interior da Bahia elevou a oferta de va- gas para além da capital do estado e vem ganhando des- taque no cenário nacional pela sua política de inclusão social. Foi a primeira univer- sidade do país a ter uma Pró-Reitoria de Políticas Afir- mativas e a aplicar integral- mente a Lei de Cotas em 2012. Hoje, a instituição con- ta com sete centros de en- sino em seis cidades do Recôncavo, onde circulam 12.345 estudantes, dos quais 91.5% são da Bahia. Os dados fazem parte do “Perfil Socioeconômico dos Estudantes de Gradu- ação da UFRB”, publicado neste mês e apresentado para a imprensa pelo reitor da instituição, Silvio So- glia. As informações foram produzidas a partir de da- dos atualizados pela pró- pria universidade e com COMEMORAÇÃO Universidade Federal do Recôncavo faz 12 anos base na “IV Pesquisa do Perfil Socioeconômico e Cultural dos Estudantes de Graduação das Instituições Federais de Ensino Supe- rior Brasileira –2014”, rea- lizada pelo Fórum Nacional de Pró-Reitores de Assun- tos Comunitários e Estu- dantis (FONAPRACE) em parceria com a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior no Bra- sil (ANDIFES). Para o reitor, esses da- dos têm o potencial de ofe- recer uma visão ampla e in- tegrada sobre o perfil dos estudantes da UFRB, que está bem à frente da mé- dia nacional. “Apesar de o acesso dos negros à uni- versidade ter aumentado para 47,57% no país, em mais de uma década de existência da UFRB essa diferença ainda é expressi- va. Em outra comparação, a maioria dos nossos es- tudantes tem renda famili- ar per capita de R$ 486,38, enquanto no Brasil a mé- dia é de R$ 916,80”, des- tacou Soglia. “Privilegiamos a descri- ção de variáveis-chave para a assistência estudantil em toda a instituição, mas tam- bém de forma segmentada pelos campi/centros que compõem a estrutura mul- ticampi da universidade”, explicou o professor Ever- son Meireles, chefe do Nú- cleo de Estudos, Forma- ção e Pesquisa em Ações Afirmativas e Assuntos Estudantis (NUFOPE), res- ponsável pela pesquisa. UFRB Foi a primeira universidade do interior da Bahia INOVAÇÃO Animais trazem adaptações para projetos de arquitetura Seguindo o caminho de países desenvolvidos, como Japão e Estados Unidos, o Brasil conta, hoje, em seus lares, com mais animais de estimação do que crianças. Dados do IBGE de 2013, mas divulgados há dois anos, revelam que, de 100 famílias, 44 criam pets con- tra 36 com crianças de até 12 anos de idade. Não é de se espantar, portanto, que, cada vez mais, ambientes domésticos sofram mudan- ças a fim de que o estilo de vida da família se adapte à presença dos pequenos ani- mais. “Planejar o local e pen- sar ainda na fase de proje- tos facilita a vida dos adep- tos à criação de pets. Hoje, os clientes, cada vez mais, definem os espaços permiti- dos e proibidos para seus bi- chos de estimação e solici- tam espaços adaptados para que eles fiquem mais bem acomodados. Com as mora- dias cada vez menores, ter algo planejado torna mais funcional e viável ter um bi- chinho em casa”, revela o arquiteto Christiano Ruvenal. Segundo o profissional, algumas questões devem ser levadas em considera- ção antes mesmo da com- pra de alguns móveis. “Até que sejam adestrados, o cão ou o gato vai saciar suas ne- cessidades em qualquer lo- cal, o que pode significar o gato afiando as unhas na estante ou o cachorro roen- do o pé da cadeira. Então, é preciso que se tenha em mente que escolher acaba- mentos com maior resistên- cia vai ajudar no processo de adaptação”, lembra. Para Ruvenal, sofás, pol- tronas e cadeiras em couro são mais adequados devido à resistência e fácil lim- peza, já que não será estra- nho encontrar seu animalzinho deitado no sofá ao chegar do trabalho. “Dê preferencia a pi- sos claros e não porosos. Com eles, ficará mais difícil esconder a sujeira e evita-se o risco de uma possível man- cha de xixi”, sugere o arquite- to. “Adaptar a marcenaria, de- finindo o cantinho do pet, tam- bém é uma possibilidade muito procurada. Normalmente, se faz uma cama, um cantinho para banho, tudo planejado e pensado de acordo com ta- manho e porte do animal”. Christiano lembra da im- portância de se instalar, an- tes da mudança, as telas de proteção. “É normal o cliente acabar deixando alguns de- talhes, como um papel de parede, para depois da entre- ga do projeto, principalmente em função do orçamento. Mas, as telas de proteção em janelas, varandas e terraços devem ser prioridade se se tem animais”, diz, reforçando que filhotes podem passar pelo vão do parapeito e ga- tos, naturais exploradores, podem subestimar a altura. ARQUITETO Christiano Ruvenal OBITUÁRIO Campo Santo 1- Maria Raquel Queiroz Passos, 97 anos, natural de Salvador, morreu no Hospital Tereza de Lisieux 2- Dalva Maria Almeida de Jesus, 76 anos, natural de Jequié, morreu no Hospital Português 3-Cleonice Ramos Ferreira, 64 anos, natural de Simão Dias-SE, morreu na residência 4-Deraldo Maia de Jesus, 80 anos, natural de Itaparica, morreu no Hospital Santa Izabel 5- Vandete de Oliveira Barreto, 86 anos, natural de Salvador, morreu na residência Bosque da Paz 1- José Vieira da Rocha, 53 anos, natural de Santa Cruz da Vitória, morreu no Hospital Eládio Lassere 2- Tereza Francisco dos Santos, 64 anos, natural de Poço Verde, morreu no Hospital Tereza de Lisieux 3- José Nonato dos Santos Ribeiro, 90 anos, natural de Santo Amaro, morreu em domicílio 4- Maria da Gloria Santos, 63 anos, natural de Muritiba, morreu no Hospital Aristides Maltez 5- Jose Domingos Dantas, 77 anos, natural de Salvador, morreu no Hospital São Rafael

Cai 20% o número de alunos em autoescolas - mp.ba.gov.br · ... de fato, para se tirar uma CNH, o custo pode che-gar a quase R$ 2.500: 48% (R$ 1.200) são para as des-pesas das autoescolas;

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Page 1: Cai 20% o número de alunos em autoescolas - mp.ba.gov.br · ... de fato, para se tirar uma CNH, o custo pode che-gar a quase R$ 2.500: 48% (R$ 1.200) são para as des-pesas das autoescolas;

Sexta, 28/07/2017CidadeTribuna da Bahia10

Para muita gente, tirar acarteira de habilitação é si-nônimo de independência euma grande conquista. Mas,por conta da crise, muitos,justamente por falta de di-nheiro, têm deixado estesonho em segundo plano. Oresultado disso tem sido aqueda no número de alunosnas autoescolas e, por suavoz, a dificuldade de manteros estabelecimentos aber-tos por conta da queda nademanda.

De acordo com o presi-dente do Sindicato das Auto-Escolas e Centros de For-mação de Condutores doEstado (Sindauto Bahia),Francisco Araújo, houveuma queda de 20% no nú-mero de alunos nestes cen-tros levando em contas osanos de 2016 e 2017. Porconta disso, segundo ele,seis escolas solicitaram,este ano, junto ao Departa-mento Estadual de Trânsito(Detran-BA), a suspensãotemporária das atividades.Já outras duas, segundo oórgão, fecharam as portas,uma delas por conta da cri-se financeira, no interior.Tem cidade que, nos últimostrês anos, o número de au-toescolas caiu em 50%.

Atualmente, estão ca-dastradas 66 Centros deFormação de Condutores(CFCs) junto ao Detran, emSalvador, e outras 341 espa-lhadas pelo interior do esta-do. “A crise vem assolandotodos os setores e com onosso não foi diferente. Sememprego, o aluno não temcondições de tirar a carteirade habilitação, já que neces-

Cai 20% o número de alunos em autoescolasYURI ABREUREPÓRTER

FORMAÇÃOCrise econômica é o principal motivo da redução dos alunos em autoescola

sita de condição financeirapara tal. Existem interessa-dos, mas tem essa dificul-dade que é a falta de dinhei-ro”, explicou o presidente doSindauto Bahia.

Nos últimos tempos, oDepartamento Nacional deTrânsito (Denatran) e o Con-selho Nacional de Trânsito(Contran) têm realizado mu-danças que, de acordo comAraújo, tem trazido maistransparência ao processo deretirada da Carteira Nacionalde Habilitação (CNH), aexemplo de serviços comobiometria e simuladores dedireção. “Contudo, isso geroucustos para as autoescolasque precisaram repassar issoaos alunos”, salientou.

E, de fato, para se tirar

uma CNH, o custo pode che-gar a quase R$ 2.500: 48%(R$ 1.200) são para as des-pesas das autoescolas;32% (cerca de R$ 800) sãode custos com simuladoresteóricos, práticos de direçãoe licenças como o LADV (Li-cença para Aprendizagemde Direção Veicular). O res-tante, em torno de R$ 500(20%), é o gasto que o alu-no também tem com os lau-dos e os exames médicose psicológicos, isso semcontar outras taxas.

“Muitas autoescolas têmtido dificuldade para realizaras renovações por estarempassando por dificuldades fi-nanceiras. A situação não éboa, muitos CFCs tem enxu-gado os quadros e somente

uma melhora na economiapoderia reverter esse quadro.Além disso, nós somos umsetor que trabalha com cus-tos fixos altos e, por isso, nãocabem promoções”, pontuouFrancisco Araújo.

De acordo com ele, umaalternativa que pode ser im-plementada aqui na Bahia éa criação dos chamados“centrões”, que seria a uniãode um determinado númerode autoescolas para dar au-las na parte teórica, o queajudaria a reduzir os custos.Essa medida já é utilizadaem estados como o Paraná.“Isso poderia ser um facili-tador para os alunos. Va-mos, em breve, viajar até láe buscar mais detalhes so-bre o modelo”, disse.

Foto:Romildo de Jesus

Baianos que cometeraminfrações de trânsito e recor-reram da penalidade preci-sam ficar atentos ao resul-tado. O Departamento Esta-dual de Trânsito da Bahia(Detran-BA) informou ontem(27) que concluiu 1,3 mil pro-cessos e decretou para es-tes a suspensão do direitode dirigir, sem possibilidadede mais recurso.

As notificações com aspenalidades já começarama ser enviadas, e os condu-tores devem entregar a Car-teira Nacional de Habilitação(CNH) ao Detran imediata-

TRÂNSITO

RAYLLANNA LIMAREPÓRTER

Bahia tem mais de 1,3 mil habilitações suspensasmente. Com a decisão, adepender dos tipos de infra-ções cometidas, o motoris-ta fica de um mês a doisanos impedido de dirigir.

Conforme esclarece ocoordenador de Acompanha-mento de Processos de Ha-bilitação do Detran, JânioNatal Júnior, os casos julga-dos correspondem aos mo-tivados por infrações diretas,diferente de situações emque o condutor atinge 20pontos ou mais na carteira,no prazo de um ano.

“Dirigir sob efeito de ál-cool, recusar o teste do ba-fômetro, exceder em 50% olimite de velocidade e nãousar capacete são algumasdas infrações gravíssimas

que motivaram a suspensãodessas CNHs”, explica.

Se, mesmo após ser no-tificado, o condutor se recu-sar a entregar o documento einsistir em dirigir, puniçõesmais rigorosas serão aplica-das, a exemplo de prisão. “Oartigo 307 do Código de Trân-sito Brasileiro (CTB) prevêdetenção do condutor, de seismeses a um ano, e multa,além de ficar sem dirigir ape-lo mesmo período que haviasido suspenso anteriormente”,afirma o coordenador.

O infrator só poderá vol-tar a ser habilitado apóscumprir a suspensão, fazero curso de reciclagem emuma autoescola credencia-da ao Detran e ser aprovado

no teste de legislação.

PROCESSO Notificado pelo Detran

que está em processo de sus-pensão do direito de dirigir, ocondutor tem 30 dias paraapresentar a defesa prévia,por meio de carta. Se a defe-sa for deferida, o processo éarquivado. Caso contrário, omotorista pode entrar comrecurso na Junta Administra-tiva de Recursos de Infrações(Jari), no prazo também de 30dias. Se houver novo indeferi-mento, ainda resta a alterna-tiva de recorrer ao ConselhoEstadual de Trânsito (Cetran),a última instância do julga-mento. Para a decisão do co-legiado, não cabe recurso.

Com 83,4% de estu-dantes autodeclarados ne-gros e 82% oriundos de fa-mílias com renda total deaté um salário mínimo emeio, a Universidade Fede-ral do Recôncavo da Bahia(UFRB) chega ao seu 12ºaniversário neste sábado,dia 29 de julho. Fruto dapolítica pública de Reestru-turação e Expansão dasUniversidades Federais(REUNI), a UFRB comemo-ra o crescimento do núme-ro de jovens baianos, emespecial da populaçãomais negra e pobre, comacesso ao nível superiornos últimos anos.

Desde a sua criação em2005, a primeira universida-de federal do interior daBahia elevou a oferta de va-gas para além da capital doestado e vem ganhando des-taque no cenário nacionalpela sua política de inclusãosocial. Foi a primeira univer-sidade do país a ter umaPró-Reitoria de Políticas Afir-mativas e a aplicar integral-mente a Lei de Cotas em2012. Hoje, a instituição con-ta com sete centros de en-sino em seis cidades doRecôncavo, onde circulam12.345 estudantes, dosquais 91.5% são da Bahia.

Os dados fazem partedo “Perfil Socioeconômicodos Estudantes de Gradu-ação da UFRB”, publicadoneste mês e apresentadopara a imprensa pelo reitorda instituição, Silvio So-glia. As informações foramproduzidas a partir de da-dos atualizados pela pró-pria universidade e com

COMEMORAÇÃO

Universidade Federal doRecôncavo faz 12 anos

base na “IV Pesquisa doPerfil Socioeconômico eCultural dos Estudantes deGraduação das InstituiçõesFederais de Ensino Supe-rior Brasileira –2014”, rea-lizada pelo Fórum Nacionalde Pró-Reitores de Assun-tos Comunitários e Estu-dantis (FONAPRACE) emparceria com a AssociaçãoNacional dos Dirigentesdas Instituições Federaisde Ensino Superior no Bra-sil (ANDIFES).

Para o reitor, esses da-dos têm o potencial de ofe-recer uma visão ampla e in-tegrada sobre o perfil dosestudantes da UFRB, queestá bem à frente da mé-dia nacional. “Apesar de oacesso dos negros à uni-versidade ter aumentadopara 47,57% no país, emmais de uma década deexistência da UFRB essadiferença ainda é expressi-va. Em outra comparação,a maioria dos nossos es-tudantes tem renda famili-ar per capita de R$ 486,38,enquanto no Brasil a mé-dia é de R$ 916,80”, des-tacou Soglia.

“Privilegiamos a descri-ção de variáveis-chave paraa assistência estudantil emtoda a instituição, mas tam-bém de forma segmentadapelos campi/centros quecompõem a estrutura mul-ticampi da universidade”,explicou o professor Ever-son Meireles, chefe do Nú-cleo de Estudos, Forma-ção e Pesquisa em AçõesAfirmativas e AssuntosEstudantis (NUFOPE), res-ponsável pela pesquisa.

UFRBFoi a primeira universidade do interior da Bahia

INOVAÇÃO

Animais trazem adaptaçõespara projetos de arquitetura

Seguindo o caminho depaíses desenvolvidos, comoJapão e Estados Unidos, oBrasil conta, hoje, em seuslares, com mais animais deestimação do que crianças.Dados do IBGE de 2013,mas divulgados há doisanos, revelam que, de 100famílias, 44 criam pets con-tra 36 com crianças de até12 anos de idade. Não é dese espantar, portanto, que,cada vez mais, ambientesdomésticos sofram mudan-ças a fim de que o estilo devida da família se adapte àpresença dos pequenos ani-mais. “Planejar o local e pen-sar ainda na fase de proje-tos facilita a vida dos adep-tos à criação de pets. Hoje,os clientes, cada vez mais,definem os espaços permiti-dos e proibidos para seus bi-chos de estimação e solici-tam espaços adaptados paraque eles fiquem mais bemacomodados. Com as mora-dias cada vez menores, teralgo planejado torna maisfuncional e viável ter um bi-chinho em casa”, revela oarquiteto Christiano Ruvenal.

Segundo o profissional,algumas questões devemser levadas em considera-ção antes mesmo da com-pra de alguns móveis. “Atéque sejam adestrados, o cãoou o gato vai saciar suas ne-cessidades em qualquer lo-cal, o que pode significar ogato afiando as unhas naestante ou o cachorro roen-do o pé da cadeira. Então, épreciso que se tenha emmente que escolher acaba-mentos com maior resistên-cia vai ajudar no processode adaptação”, lembra.

Para Ruvenal, sofás, pol-tronas e cadeiras emcouro são mais adequados

devido à resistência e fácil lim-peza, já que não será estra-nho encontrar seu animalzinhodeitado no sofá ao chegar dotrabalho. “Dê preferencia a pi-sos claros e não porosos.Com eles, ficará mais difícilesconder a sujeira e evita-seo risco de uma possível man-cha de xixi”, sugere o arquite-to. “Adaptar a marcenaria, de-finindo o cantinho do pet, tam-bém é uma possibilidade muitoprocurada. Normalmente, sefaz uma cama, um cantinhopara banho, tudo planejado epensado de acordo com ta-manho e porte do animal”.

Christiano lembra da im-portância de se instalar, an-tes da mudança, as telas deproteção. “É normal o clienteacabar deixando alguns de-talhes, como um papel deparede, para depois da entre-ga do projeto, principalmenteem função do orçamento.Mas, as telas de proteção emjanelas, varandas e terraçosdevem ser prioridade se setem animais”, diz, reforçandoque filhotes podem passarpelo vão do parapeito e ga-tos, naturais exploradores,podem subestimar a altura.

ARQUITETOChristiano Ruvenal

OBITUÁRIOCampo Santo1- Maria Raquel QueirozPassos, 97 anos, natural deSalvador, morreu no HospitalTereza de Lisieux2- Dalva Maria Almeida deJesus, 76 anos, natural deJequié, morreu no HospitalPortuguês3-Cleonice Ramos Ferreira,64 anos, natural de SimãoDias-SE, morreu na residência4-Deraldo Maia de Jesus, 80anos, natural de Itaparica,morreu no Hospital SantaIzabel5- Vandete de OliveiraBarreto, 86 anos, natural deSalvador, morreu naresidência

Bosque da Paz1- José Vieira da Rocha, 53anos, natural de Santa Cruzda Vitória, morreu no HospitalEládio Lassere2- Tereza Francisco dosSantos, 64 anos, natural dePoço Verde, morreu noHospital Tereza de Lisieux3- José Nonato dos SantosRibeiro, 90 anos, natural deSanto Amaro, morreu emdomicílio4- Maria da Gloria Santos,63 anos, natural de Muritiba,morreu no Hospital AristidesMaltez5- Jose Domingos Dantas,77 anos, natural de Salvador,morreu no Hospital São Rafael