Capitulo 01 - Definicoes Basicas Da Informatica Medica

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  • 1 Parte do Livro: Tecnologias da Informao aplicadas a Sade Prof. Fabio N. Miranda

    Capitulo 01 A informtica mdica

    1.1 Breve Histrico da Informtica Mdica

    A disciplina conhecida como informtica mdica nasceu

    presumivelmente quando foi descrita pela primeira vez em um documento

    sobre educao em informtica para profissionais de sade, em 1974.

    No entanto, existem exemplos do uso dos princpios gerais da

    informtica que datam de muito antes. Um cirurgio escocs chamado

    Roget inventou um mtodo moderno de representar o conhecimento,

    baseado no princpio que todas as coisas "so somente conceitos", que

    podem ser descritos de diversas maneiras.

    Duas maneiras de descrever o mesmo conceito so chamadas de

    sinnimos. Alm disso, ele colocou para muitos conceitos os antnimos

    (conceitos opostos), e verbos, substantivos e adjetivos relacionados

    semanticamente (pelo significado) ao um determinado conceito.

    Deste modo ele desenvolveu a Roget's Encyclopaedia of English

    Words and Phrases em 1852. Como um sistema de achar facilmente um

    conceito qualquer do idioma, mesmo quando os indivduos o descrevem

    com terminologias diferentes.

    Outro desenvolvimento importante foi o uso de mtodos especficos

    de armazenamento de informao e de manipulao de dados no final do

    sculo passado, quando o Dr. John Shaw Billings, que na poca era o

    Cirurgio General do Exrcito, passou a editar o famoso Index Medicus,

    um ndice da literatura mdica mundial. Em 1890.

    No final da dcada dos 40, um dos primeiros computadores digitais

    modernos foi usado na Alemanha para automatizar o registro de tumores

    do hospital de Heidelberg.

  • 2 Parte do Livro: Tecnologias da Informao aplicadas a Sade Prof. Fabio N. Miranda

    Com a formalizao da disciplina em 1974, a informtica mdica

    passou a ser crescentemente reconhecida como um componente

    importante da prtica global de medicina.

    Surgiram muitos centros acadmicos e de pesquisa de informtica

    mdica, com o interesse de se desenvolver sistemas de registro mdico

    computadorizado que incorporassem princpios bsicos de projeto

    determinados pela informtica mdica.

    Outras reas que deram um grande mpeto Informtica Mdica

    foram a das aplicaes da Inteligncia Artificial medicina, a qual se

    iniciou com o desenvolvimento dos primeiros sistemas especialistas de

    apoio deciso, como o MYCIN, desenvolvido pelo Dr. Edward Shortliffe,

    de Stanford, em 1974.

    Embora a rea de computao mdica tenha contribudo

    significativamente para a melhoria da ateno sade, ainda h

    tremendos desafios para os informatas mdicos. Por exemplo,

    frequentemente imagina-se que os benefcios de um sistema de registro

    mdico sem papel so facilmente percebidos, uma vez que toda a

    informao disponvel em papel digitalizada.

    Achados semelhantes foram relatados pelo Workgroup for

    Electronic Data Interchange, de que 50% dos registros mdicos baseados

    em papel hoje, ou esto perdidos completamente ou contm dados

    incompletos. Outro estudo feito em 1996, encomendado pelo Institute of

    Medicine dos EUA, descobriu que cerca de 30% das prescries de

    tratamento mdico nunca so documentadas.

    Em resumo, o campo de informtica mdica no novo, contudo

    parece estar em sua infncia no que se refere a incrementar a prtica

    mdica.

    A informtica mdica tem o potencial de beneficiar o atendimento ao

    paciente, de uma maneira to efetiva o quanto a descoberta de um novo

  • 3 Parte do Livro: Tecnologias da Informao aplicadas a Sade Prof. Fabio N. Miranda

    medicamento ou terapia. Os seus benefcios diretos sero derivados do

    fato de podermos aumentar a capacitao e a ao dos mdicos e de

    outros profissionais de sade, atravs do melhor acesso ao conhecimento

    mdico e informao. Esta a promessa de informtica mdica e estar

    frente evidentemente do processo de forjar uma nova prtica mdica na

    era da informao.

    Maiores detalhes sobre a histria da Informtica Mdica, pode ser

    encontrado em alguns livros: Collen, MF - A History of Medical Informatics

    in the United States: 1950-1990. AMIA Press 1996; Shortliffe EH &

    Perrault, E. (Eds.) - Medical Informatics : Computer Applications in Health

    Care. Addison Wesley, 1990. Collen MF. Origins of Medical Informatics.

    West J Med. 1986 Dec; 145:778-785

    1.2 Conceitos de Informtica Mdica

    Durante a ltima dcada, o termo informtica mdica tem sido

    crescentemente utilizada para descrever uma ampla variedade de

    disciplinas inter-relacionadas.

    Infelizmente, isto conduziu a um pouco de confuso em relao

    sua definio. Muitos utilizam o termo para descrever tudo o que diz

    respeito computao mdica e qualquer disciplina relacionada.

    Porm, o campo de informtica mdica est de fato h mais de 30

    anos em construo e tem seu enfoque mais na estrutura da informao

    mdica, do que nos seus aspectos tcnicos

    Reflexo: Porque voc acredita que h tantos anos este campo de

    conhecimento como a Informtica Mdica est em construo?

    Segundo Renato Sabbatini, a Informtica Mdica ou Informtica em

    Sade (em Ingls Medical Informatics) definida por Blois e Shortliffe

    (1990) como:

  • 4 Parte do Livro: Tecnologias da Informao aplicadas a Sade Prof. Fabio N. Miranda

    "um campo de rpido desenvolvimento cientfico que lida com

    armazenamento, recuperao e uso da informao, dados e

    conhecimento biomdicos para a resoluo de problemas e tomada de

    deciso".

    Reflexo: Voc entendeu esta definio de Blois e Shortlife? Explique

    com suas palavras.

    A Sade uma das reas onde h maior necessidade de informao

    para a tomada de decises.

    A Informtica Mdica o campo cientfico que lida com recursos,

    dispositivos e mtodos para otimizar o armazenamento, recuperao e

    gerenciamento de informaes biomdicas

    O crescimento da Informtica Mdica como uma disciplina deve-se,

    em grande parte:

    a) Aos avanos nas Tecnologias de Informao e Comunicao

    (TICs);

    b) crescente convico de que o conhecimento mdico e as

    informaes sobre os pacientes so difceis de ser gerenciveis

    por mtodos tradicionais baseados em papel;

    c) Devido certeza de que os processos de acesso ao

    conhecimento e tomada de deciso desempenham papel central

    na Medicina moderna.

    Reflexo: At que ponto a Informtica Mdica leva a uma melhor

    tomada de deciso por parte do Mdico?

  • 5 Parte do Livro: Tecnologias da Informao aplicadas a Sade Prof. Fabio N. Miranda

    Dentre as vrias reas, a Informtica Mdica abrange:

    1. Sistemas de Informao em Sade

    2. Pronturio Eletrnico do Paciente

    3. Telemedicina

    4. Sistemas de Apoio Deciso

    5. Processamento de sinais biolgicos

    6. Processamento de Imagens Mdicas

    7. Internet em Sade

    8. Padronizao da Informao em Sade

    Reflexo: Voc poderia citar exemplos prticos na rea da sade

    em que alguma destas reas acima esto envolvidas?

    Dentre as linhas e temas de pesquisa da Informtica Mdica pode-se

    destacar:

    1. Ensino distncia em sade (e-learning);

    2. Telessade;

    3. Gesto de informao em sade;

    4. Confiabilidade e segurana em sistemas de sade;

    5. Visualizao de dados biomdicos;

    6. Engenharia biomdica;

    7. Sistema de apoio ao diagnstico;

    8. Realidade aumentada e realidade virtual aplicadas sade humana;

    9. Reconhecimento de padres;

    10. Recuperao da informao para aplicaes mdicas;

    11. Processamento e anlise de sinais biolgicos;

    12. Processamento e anlise de imagens mdicas;

    13. Modelos de otimizao para planejamento e recomendao de

    terapias;

    14. Modelos de diagnostico, prognostico ou propagao de doenas;

    15. Uso de mdias sociais aplicadas sade;

  • 6 Parte do Livro: Tecnologias da Informao aplicadas a Sade Prof. Fabio N. Miranda

    16. Sistemas de informao em sade;

    17. Redes de sensores e sistemas pervasivos em sade;

    18. Acessibilidade e tecnologia Web aplicadas sade humana;

    19. Sistemas computacionais de alto desempenho aplicados sade.

    Reflexo: Voc conhece algumas destas reas acima? J ouvir falar

    em sistemas pervasivos em sade? Pesquise sobre isso!

    Abaixo na Figura 01, mostra algumas reas que o Mdico no atual Sculo

    atua.

    Figura 01 Mdico Informata

  • 7 Parte do Livro: Tecnologias da Informao aplicadas a Sade Prof. Fabio N. Miranda

    Anexo 01

    Artigos aplicados a Informtica Mdica

    Dentre os vrios artigos importantes na SBIS (Sociedade Brasileira

    de Informtica na Sade), na rea de Informtica Mdica, abaixo segue

    alguns:

    Ttulo: Sistema de Informao: contribuies e desafios para o

    cotidiano de trabalho em unidades de terapia intensiva de Belo

    Horizonte

    No setor hospitalar, mediante um contexto de intensas

    transformaes estruturais, processuais e gerenciais, a

    modernizao dos Sistemas de Informao em Sade (SIS) torna-

    se fundamental no sentido de acompanhar e oferecer respostas s

    novas e complexas demandas consequentes das transformaes

    organizacionais.

    O objetivo do artigo analisar as contribuies de um SIS no

    cotidiano de trabalho dos profissionais de trs Unidades de Terapia

    Intensiva (UTIs) em um hospital privado de Belo Horizonte.

    A metodologia do estudo foi desenvolvido seguindo uma

    abordagem qualitativa de pesquisa por meio de entrevistas semi-

    estruturadas com todos os profissionais das trs UTIs que utilizam

    o SIS no cotidiano de trabalho. A organizao e anlise dos dados

    teve como base a Anlise temtica de contedo(1-2).

    Como resultados, o estudo revelou por meio das entrevistas a

    utilizao do sistema no cotidiano de trabalho como suporte nas

    atividades assistenciais e gerenciais, ficando evidente as

    contribuies do sistema de informao para o cotidiano de trabalho

    dos profissionais das UTIs.

  • 8 Parte do Livro: Tecnologias da Informao aplicadas a Sade Prof. Fabio N. Miranda

    Ttulo: Informaes de sade na internet: protocolo para avaliao de

    sites sobre drogas de abuso

    Sites brasileiros sobre drogas so numerosos, sendo necessria

    uma avaliao da confiabilidade e qualidade das informaes

    disponibilizadas.

    O objetivo do artigo avaliar a qualidade de informaes sobre

    drogas de abuso em sites da Internet.

    Metodologia: Foi escolhida ferramenta de busca para seleo de

    pginas na Internet. Definiram-se termos chave de pesquisa,

    critrios de seleo e excluso para avaliao do sites. A anlise da

    qualidade foi realizada a partir de um protocolo especfico, criado

    com base nos critrios da Health on the Net Foundation, Health

    Information Technology Institute e da American Medical Association.

    As questes de contedo foram avaliadas utilizando-se livro texto

    clssico e literatura cientfica especfica.

    Resultados: Ao todo foram checados 178 sites, sendo 39

    submetidos a avaliao do protocolo proposto.

    Concluso: Este trabalho serviu para desenhar um primeiro

    panorama do perfil das informaes sobre drogas de abuso

    disponveis na Internet brasileira, mais especificamente com relao

    cocana. Possibilitou a adaptao e teste dos critrios de avaliao

    obtidos da literatura internacional para avaliao do tema, e cumpriu

    a funo de nortear a etapa analtica subsequente, com a finalidade

    de levar ao usurio final respaldo cientfico para a seleo de

    informao adequada sobre drogas de abuso na Internet.

    Os campos de pesquisa da Informtica Mdica so altamente amplos.

  • 9 Parte do Livro: Tecnologias da Informao aplicadas a Sade Prof. Fabio N. Miranda

    4. Estudo de Casos 1de Sistemas de Informao no Brasil

    1. Hospital Mater Dei em Minas Gerais

    Presente h 28 anos em Belo Horizonte, Minas Gerais, o Hospital Mater

    Dei referncia para as regies Sudeste e Centro-Oeste, sendo

    considerado um dos hospitais com melhor padro de qualidade no Estado

    e no Pas. Caracterizado por ser um hospital geral, o Mater Dei oferece

    atendimento em diversas especialidades e tem se destacado pelo

    pioneirismo de servios nas reas mdica e administrativa, devido meta

    de sempre proporcionar um atendimento personalizado, diferenciado e

    humano a todos os pacientes.

    Certificado com Excelncia pela Organizao Nacional de Sade (ONA)

    por trs vezes e pela ISO 9001, a instituio, realiza, por ms, mais de 20

    mil atendimentos ambulatoriais e mais de mil e quinhentas internaes.

    Alm disso, o Hospital Mater Dei realiza cerca de 50 mil exames, 200

    partos e 800 cirurgias mensalmente.

    A Parceria MV e Mater Dei

    Antes de contar com o Sistema de Gesto MV, a instituio trabalhava

    com um sistema prprio que j no atendia as necessidades de um

    hospital de grande porte como o Mater Dei.

    Segundo o gerente de TI do Hospital, Cleber Amorim, era preciso, por

    exemplo, integrar os dados de faturamento, cobranas, glosas e

    contabilidade. Os sistemas que tnhamos no eram integrados. Com isso,

    o nmero de problemas com glosas eram muitos, pois os dados no eram

    claros.

    Hoje, a segurana sobre isso maior, frisa. Havia, ainda, a necessidade

    de integrar o banco de informaes a fim de ter dados fidedignos que

    1 Disponvel em: http://www.mv.com.br/mv/blogs/variados/2010/04/23/CNT,401,27,418,MV,2058-HOSPITAL-MATER-CONQUISTA-MELHOR-GESTAO-INDICADORES-SOLUCOES.aspx. Acesso em 30 jul 2014

  • 10 Parte do Livro: Tecnologias da Informao aplicadas a Sade Prof. Fabio N. Miranda

    pudessem gerar indicadores tanto para a rea administrativa quanto

    mdica.

    Foi nesse contexto que, em 2006, a diretoria da instituio realizou uma

    pesquisa de mercado e optou pela MV. Teve incio, ento, a parceria entre

    a MV e o Hospital Mater Dei.

    Nessa poca, o Hospital planejava a conquista da recertificao no nvel

    3 da ONA e precisou que a implantao do sistema fosse feita em apenas

    quatro meses. O curto prazo refletiu a necessidade que tnhamos em

    estabilizar o sistema at que as auditorias ocorressem. Logo,

    precisvamos implantar o sistema e ainda ter alguns meses de adaptao

    geral, conta o diretor-clnico do Hospital e tambm presidente do

    Conselho Deliberativo da Associao Nacional dos Hospitais Privados

    (Anahp), Henrique Salvador.

    Para o diretor, o sucesso da implantao em um perodo to apertado de

    tempo deve-se a um grande trabalho de planejamento realizado no

    Hospital que contou com o apoio dos consultores da MV. A entrada em

    produo do Hospital Mater Dei aconteceu no dia 1 de dezembro de 2006.

    E como parcerias de sucesso no devem parar, em abril de 2009, o

    Hospital Mater Dei tornou-se o primeiro cliente da MV no Brasil a utilizar o

    software de Oramento da MV, lanamento da empresa no primeiro

    semestre de 2009. O produto capaz tanto de controlar e acompanhar o

    que foi orado para o ano em andamento, quanto de fazer projees

    oramentrias sobre o que est por vir. O principal ganho com o sistema

    o de permitir uma viso mais global e estratgica da instituio e uma

    previsibilidade maior dos recursos e insumos a serem direcionados,

    afirma Henrique Salvador.

    Quais foram os benefcios do Sistema de Gesto de Sade da MV

  • 11 Parte do Livro: Tecnologias da Informao aplicadas a Sade Prof. Fabio N. Miranda

    Com as informaes integradas e uniformizadas no Sistema de Gesto da

    MV, o Hospital Mater Dei consegue, hoje, ter maior controle dos dados nas

    reas mdica e administrativa.

    Conseguimos integrar nossos dados relacionados a faturamento,

    cobranas, glosas e contabilidade, o que diminuiu nosso ndice de

    problemas com planos de sade e convnios, conta Salvador.

    Ele afirma, ainda, que na ponta de tudo isso est um trabalho com mais

    qualidade e segurana para os pacientes. O Sistema de Gesto MV

    resolutivo e isso nos ajudou muito, garante.

    Outro grande ganho do Hospital ao adotar as solues MV diz respeito

    gesto clnica e assistencial. Desde o comeo, a Gesto Clnica e

    Assistencial esteve no nosso foco, pois precisvamos contar com

    indicadores estratgicos para a rea mdica. Conseguimos, conta

    Amorim. Hoje, o Mater Dei realiza 100% das prescries mdicas

    eletronicamente.

    Para o diretor Henrique Salvador, o banco de informaes mdicas

    possibilitou respostas mais geis e seguras para os mdicos. a partir

    da que os profissionais de sade podem tomar decises baseadas em

    experincias prprias e no histrico epidemiolgico da instituio, relata.

  • 12 Parte do Livro: Tecnologias da Informao aplicadas a Sade Prof. Fabio N. Miranda

    2. Estudo de Caso da Rede So Camilo

    Cada hospital trabalhando com seu sistema de gesto hospitalar e de

    forma independente. Essa era a realidade da Rede So Camilo num

    passado recente. Isso mudou, quando o Grupo formado pelos hospitais

    Pompia, Santana e Ipiranga, decidiu realinhar o planejamento estratgico

    da instituio, na busca de uma gesto mais eficiente para ser reconhecido

    como uma rede de hospitais de alta qualidade no atendimento mdico e

    hospitalar. Intitulada de Viso 2012, essa estratgia est calcada em

    pessoas, tecnologia, infraestrutura, processos, clientes e sustentabilidade.

    A adoo de uma ferramenta de Balanced Scorecard (BSC) foi o primeiro

    passo nesse sentido. O BSC da MV foi implantado para o monitoramento

    das organizaes, a partir da traduo da estratgia em objetivos,

    indicadores, metas e projetos estratgicos. Antes, tnhamos o

    planejamento, mas no tnhamos uma ferramenta para fazer o

    acompanhamento da estratgia. No estvamos conseguindo executar os

    projetos, medir as aes. A ferramenta de BSC consagrada, mobiliza

    todo mundo, cria uma base comparativa muito produtiva entre todas as

    reas do hospital, relata o diretor de Servios Compartilhados da Rede

    So Camilo, Hlio Franqui.

    Os hospitais So Camilo Pompia, Santana e Ipiranga fazem parte da

    Sociedade Beneficente So Camilo, responsvel pela administrao de

    um grupo de empresas voltadas rea da sade, inclusive o Centro

    Universitrio So Camilo, referncia nacional na formao de profissionais

    de sade. Localizados na maior metrpole do Pas, os trs hospitais

    atendem todas as especialidades mdicas. O Grupo possui 500 leitos,

    aproximadamente seis mil mdicos credenciados e mais de trs mil

    funcionrios. No ano de 2008, teve um volume de mais de 35 mil

    internaes, 21 mil cirurgias, quase 160 mil atendimentos ambulatoriais e

    mais de dois milhes de exames realizados.

  • 13 Parte do Livro: Tecnologias da Informao aplicadas a Sade Prof. Fabio N. Miranda

    Integrao e padronizao

    A integrao das informaes dos trs hospitais da Rede, que comeou

    no incio de 2008, tambm faz parte da proposta de reposicionamento

    estratgico. A adoo do Sistema de Gesto da MV nas unidades Ipiranga

    e Santana foi um dos passos. O Hospital Pompia j usava os softwares

    da MV desde 2000, sendo, inclusive, um dos clientes mais antigos da

    empresa em So Paulo. Com uma soluo nica, buscamos alinhar todos

    os processos internos da rea hospitalar, destaca Franqui.

    Com essa mudana, a soluo MV foi instalada em um datacenter

    localizado no So Camilo Pompia. Nele, esto hospedados todos os

    dados dos trs hospitais, que so acessados via internet. O principal

    ganho segundo o diretor-geral da Rede, Valdesir Galvan, de que agora

    os gestores podem acompanhar, ao mesmo tempo, as trs unidades

    juntas, independente do local onde esto.

    Resultados

    A iniciativa de integrar e padronizar os sistemas do Grupo So Camilo

    viabilizou um gerenciamento mais efetivo e um controle de todos os

    procedimentos realizados nas unidades, garantindo uma identidade nica

    de gesto e, por consequncia, a obteno de resultados marcantes na

    integrao das informaes e na segurana dos dados. Tambm

    possibilitou ainda mais agilidade e praticidade na prestao dos servios

    aos clientes e mdicos da instituio.