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Casamento e Concubinato
Por Thiago Luiz Magalhães Silva
Revisado por Elaine Campos e Castro
FORMAS DE UNIÃO ENTRE HOMENS E MULHERES HOJE
Até 1889, no Brasil, havia uma única maneira legal de casar-se: o matrimônio feito pelo pároco, na Igreja católica. Depois, com a Proclamação da República, o Estado se separou da Igreja e foi estabelecido o casamento civil, que passou a existir ao lado do casamento religioso.
No período colonial, só havia o casamento no religioso, considerado pela Igreja um dos 7 sacramentos (o matrimônio).
As pessoas se casavam no período colonial?
Havia obstáculos para a ocorrência do casamento
cristão...
Obstáculos para a difusão do casamento cristão
Espaciais e institucionais
Burocráticos
Figura: Trajes do Rio de Janeiro, de Johan Moritz Rugendas, 1835
Morais, sociais e demográficos
Depois de ver os obstáculos, clique aqui
Espaciais e institucionais
O território da Colônia era enorme.
Os bispados eram poucos.
Os fiéis, muitas vezes, habitavam longe das sedes das paróquias.
A maior parte das pessoas trabalhava e residia em áreas rurais, afastadas dos centros urbanos, onde estavam geralmente as Igrejas e as sedes dos poucos bispados.
Mapa dos Confins do Brasil com as terras da Coroa da Espanha América
Meridional, 1749
BurocráticosO processo matrimonial era
caro e burocratizado:
a) Era preciso apresentar certidões (nascimento, óbito).
b) O padre realizava proclamas (lia o edital de casamento).
c) Era preciso pagar para realizar o casamento e as taxas tinham alto custo.
Casamento de negros escravos de uma casa rica, J. B. Debret, 1834
Morais, sociais e demográficos• Havia o “princípio da igualdade” na escolha dos cônjuges: o noivo ou a noiva
devia ser igual em termos de riqueza, honra e posição social.• Esse princípio ligava-se a preconceitos de cor e de posição social: a) a sociedade colonial era do tipo estamental.b) rejeitava a união, pelo casamento, de brancos com pessoas de outras cores ou
condição social inferior.c) Os filhos nascidos de pais não-brancos ou trabalhadores manuais (os
denominados mecânicos) eram impedidos legalmente de ter acesso a alguns cargos públicos, como, por exemplo, o de sacerdote.
d) De acordo com a lei, quando um senhor se casava com uma escrava sua, ela seria considerada forra.
e) É importante destacar que não havia proibição legal para casamentos entre pessoas de cor diferente, mas sim preconceito social e prejuízos para os filhos resultantes dessas uniões (à época de Pombal, tornaram-se infames os que se casassem com negras – cf. AVELLAR, Hélio A. História Administrativa do Brasil: administração pombalina. Brasília: Funcep/ UnB, 1983, p. 24).
• O desequilíbrio numérico entre homens e mulheres nos diferentes setores da sociedade:
a) entre os negros, o número de homens era bem superior ao número de mulheres.b) entre os brancos, o número de homens era bem superior ao de mulheres.c) entre os mulatos, ocorria o inverso: havia mais mulheres do que homens.• Logo, havia, de um lado, o princípio da igualdade e, de outro, dificuldades para
se encontrar iguais para casar.
Quais foram os resultados da presença desses obstáculos?
PRIMEIRO RESULTADO: A POUCA DIFUSÃO DO
MATRIMÔNIO
Os matrimônios, tidos como os únicos e verdadeiros casamentos, eram as uniões entre pessoas de sexos diferentes, sacramentadas pela Igreja católica e indissolúveis.
Os matrimônios na Colônia não eram muito comuns, especialmente entre as pessoas mais pobres.
Grande parte dos casais vivia em uniões não-legalizadas, as chamadas uniões consensuais ou concubinatos.
Os escravos se casavam e constituíam famílias legítimas?
Das velhas às novas interpretações historiográficas
Os historiadores, por muito tempo, julgaram que, por causa das condições precárias de existência impostas pela escravidão, os cativos raramente se casavam e constituíam famílias.Hoje, essa interpretação vem sendo colocada em xeque. Os historiadores mostram que os escravos, sempre que podiam, procuravam casar-se e constituir famílias legítimas.Dentre os historiadores que defendem essa posição, os pioneiros foram Iraci del Nero da Costa e Francisco Vidal Luna, com seus estudos sobre Minas Gerais. Em seguida, vieram os historiadores abaixo, que investigaram o tema em:
a) Alida Metcalf – Santana de Parnaíba (no século XVIII). b) Iraci del Nero da Costa, Stuart B. Schwartz e Robert W. Slenes – Lorena
(1801).c) Ida Lewcovikcz – Mariana (1711-1800).d) Robert Slenes – Campinas (no século XIX, além do período colonial).
O que dizem os novos intérpretes?Os escravos não viviam sob um desregramento sexual, na promiscuidade. A escravidão, é certo, produziu efeitos negativos sobre a organização moral e familiar dos escravos: dificultou sua constituição por causa do desequilíbrio numérico entre os sexos, da separação dos cônjuges com a venda de um ou de outro para donos distintos e dos impedimentos para a realização de casamentos mistos (de escravos com livres ou forros) ou de escravos de plantéis diferentes. Os escravos, sempre que puderam, constituíram laços familiares e desenvolveram relações sexuais estáveis. Tais relações foram mais freqüentes nos grandes plantéis (com mais de 10 pessoas), em que havia maiores possibilidades de se encontrar um cônjuge ou manter a família nuclear unida. O desequilíbrio numérico entre os sexos, por sua vez, dizem os estudiosos, afetaria aos homens e não às mulheres.O número de casamentos de escravos, em Minas Gerais, parece ter acompanhado o ritmo da extração aurífera: aumentou no período do seu apogeu, decaindo junto com ela. Embora presente em Minas Gerais, a família escrava legítima esteve longe de ter um espaço maior: os dados demográficos parecem sugerir, pelo contrário, o predomínio das uniões não sacramentadas pela Igreja, uniões duradouras ou efêmeras.
Registro de uma sentença do Juízo eclesiástico de Mariana, 1749.
Um indivíduo de nome José Gonçalves tentou – sem sucesso, já que o resultado da ação não lhe foi favorável – impedir o casamento de um parente seu, Gaspar Pacheco, com uma negra:
Fonte: Arquivo Eclesiástico da Arquidiocese de Mariana, Juízo Eclesiástico (1748 - 1765), Armário 6, 3a. Prateleira.
José Gonçalves da Silva, morador da cidade de Mariana, alegando que seu parente queria contrair matrimônio com uma preta, sua desigual, por este fato, empenhava-se em impedi-lo, confessando ainda [o José] que, enquanto pudesse, o haveria de embaraçar, o que não faria se ele buscasse uma mulher branca (...) (Texto adaptado).
O que o caso apresentado exemplifica a respeito dos obstáculos para o casamento no Brasil Colonial?
Para refletir
SEGUNDO RESULTADO DA PRESENÇA DOS OBSTÁCULOS AO
CASMENTO: A DIFUSÃO DO CONCUBINATO
O que era o concubinato na Colônia?
O que é o concubinato hoje?
Há semelhanças entre o concubinato hoje e na Colônia?
Alguns documentos sobre o concubinato
O concubinato, segundo o direito eclesiástico, no período Colonial
O Concílio de Trento, da segunda metade do século XVI, estabelecia que o concubinato era uma relação entre pessoas de sexo diferentes, não unidas pelo casamento (a única forma de união legal, segundo a Igreja), e que envolvia a coabitação. As Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia, de 1707, definiram o concubinato como a relação ilegal de homem com mulher continuada por tempo considerável. Nada disseram sobre a necessidade de coabitação para caracterizar a situação de concubinato.Era uma situação intermediária entre a fornicação (a relação sexual fora do casamento e/ ou não voltada para a procriação) e o adultério (relação que envolve ao menos uma pessoa que seja casada).
Fonte: VAINFAS, Ronaldo. Dicionário do Brasil colonial - 1500-1808. RJ: Objetiva, 2000.
Concubinato e união estável, na legislação hoje
No novo Código civil, a União estável é associada às seguintes características:
"É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família".
No novo Código civil, o concubinato é assim definido:
"As relações não eventuais entre o homem e a mulher, impedidos de casar, constituem concubinato".
Fonte: Livro IV, do direito da família,título III, da união estável, Art. 1.723. Novo Código Civil. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2002, p. 165.
1. Identifique a característica do concubinato comum ao Concílio de
Trento e às Constituições da Bahia.
2. Identifique a característica do concubinato segundo o Concílio de
Trento que não aparece na definição dada nas Constituições?
3. As definições de concubinato e de união estável dadas no Novo
Código Civil (2002) assemelham-se mais com a caracterização dada
pelo Concílio de Trento ou pelas Constituições? Por quê? Preste
bastante atenção à definição de união estável.
Redija um texto em resposta às questões abaixo
O crime de concubinato era muito praticado na
Colônia?
A PRESENÇA DO CONCUBINATO NA COLÔNIA
O concubinato era considerado um crime no período colonial.
Dados colhidos no Segundo Livro das Devassas da Visita da Capitania das Minas – 1737 e em processos-crime de São Paulo, entre 1719 e 1822, permitem obter algumas respostas para essas questões.
Para responder à primeira pergunta, do slide anterior,
analise as tabelas que seguem...
CRIMES, SEGUNDO A SUA NATUREZA – MG, 1737CRIMES Números Absolutos %
Apostasia 3 0,86
Concubinato 306 87,43
Alcovitagem 2 0,57
Lenocínio 2 0,57
Incesto 6 1,71
Usura 5 1,42
Benzer com palavras 1 0,29
Não ouvir missa 5 1,42
Enterrar em local não-consagrado 1 0,29
Comer carne em dias proibidos 1 0,29
Beber 1 0,29
Consentir em calundus 2 0,57
Não ensinar a doutrina sagrada 4 1,14
Viver indecente ao estado eclesiástico 5 1,42
Dar má vida à sua mulher 1 0,29
Não fazer vida marital 1 0,29
Falta de sacramento 2 0,57
Abster da religião sem licença do pároco 1 0,29
Trabalhar e não ouvir missa nos dias santos 1 029
TOTAL 350 100
Fonte: COSTA, Iraci del Nero da & LUNA, Francisco Vidal de. “Devassas: observações sobre casos de concubinato”. In: Considerações sobre alguns trabalhos de demografia histórica referente a Minas Gerais. 1982 [datiloscrito]
CRIMES, SEGUNDO A SUA NATUREZASão Paulo, 1719 - 1822
*aparecia isolado ou associado a outros crimes, como o adultério, considerado pela legislação eclesiástica como um tipo de concubinato.
Fonte: Arquivo da Cúria Metropolitana de São Paulo. In: GOLDSCHMIDT, Eliana Maria Rea. Convivendo com o pecado. SP: Annablume, 1998.
CRIMES Números solutos %
Incesto 4 1,5
Sodomia 1 0,4
Bestialidade 3 1,2
Estupro 5 2,0
Sedução 4 1,5
Lenocínio 18 7,0
Amancebamento/ concubinato* 223 86,4
TOTAL 258 100
Qual era o lugar do concubinato entre os crimes identificados pela Devassa realizada em Minas Gerais em 1737, e nos processos-crime, em São Paulo, entre 1719 e 1822?
Analisando
Quem eram os concubinários em
Minas Gerais?
Fonte: COSTA, Iraci del Nero da & LUNA, Francisco Vidal de. “Devassas: observações sobre casos de concubinato”. In: Considerações sobre alguns trabalhos de demografia histórica referente a Minas Gerais. 1982 [datiloscrito]
MULHERES
HOMENSSolteiros Casados Viúvos Indeterminado TOTAL
Solteiras 235 34 6 2 277
Casadas 13 3 2 - 18
Viúvas 10 - - - 10
Indeterminado 1 - - - 1
TOTAL 259 37 8 2 306
CASOS DE CONCUBINATO, SEGUNDO O ESTADO CIVIL DOS SETENCIADOS – MG, 1737
CASOS DE CONCUBINATO, SEGUNDO A CONDIÇÃO SOCIAL DOS SETENCIADOS – MG, 1737.
Fonte: COSTA, Iraci del Nero da & LUNA, Francisco Vidal de. “Devassas: observações sobre casos de concubinato”. In: Considerações sobre alguns trabalhos de demografia histórica referente a Minas Gerais. 1982 [datiloscrito]
MULHERES
HOMENSLivres Forros Escravos TOTAL
Livres 56 - - 56
Forras 155 9 1 165
Escravas
próprias 62 - - 62
Escravas de
terceiros 17 4 - 21
Indeterminada 2 - - 2
TOTAL 292 13 1 306
1.Construa o perfil do típico concubinário, identificando o que predominava em termos numéricos no que se refere ao sexo, cor e estado civil dos envolvidos. Para tanto, clique nos quadrinhos que possuem a opção certa para as características de condição social, de cor e de estado civil de homens e mulheres que representam os típicos concubinários.
Homem
Mulher
Livre
Escravo
Forro
Livre
Forra
Escrava
Branco
Mulato
Negro
Branca
Mulata
Negra
Solteiro
Casado
Viúvo
Solteira
Casada
Viúva
Atividade: o típico concubinárioem Minas Gerais.
1.Construa o perfil do típico concubinário, identificando o que predominava em termos numéricos no que se refere ao sexo, cor e estado civil dos envolvidos. Para tanto, clique nos quadrinhos que possuem a opção certa para as características de condição social, de cor e de estado civil de homens e mulheres que representam os típicos concubinários.
Homem
Mulher
Livre
Escravo
Forro
Livre
Forra
Escrava
Branco
Mulato
Negro
Branca
Mulata
Negra
Solteiro
Casado
Viúvo
Solteira
Casada
Viúva
Atenção! Houve apenas um caso de
escravo concubinado.
Atividade: o típico concubinárioem Minas Gerais.
Homem
Mulher
Livre
Escravo
Forro
Livre
Forra
Escrava
Branco
Mulato
Negro
Branca
Mulata
Negra
Solteiro
Casado
Viúvo
Solteira
Casada
Viúva
1.Construa o perfil do típico concubinário, identificando o que predominava em termos numéricos no que se refere ao sexo, cor e estado civil dos envolvidos. Para tanto, clique nos quadrinhos que possuem a opção certa para as características de condição social, de cor e de estado civil de homens e mulheres que representam os típicos concubinários.
Apenas 13 forros se concubinaram. Esse número
é pequeno...
Atividade: o típico concubinárioem Minas Gerais.
Homem
Mulher
Livre
Escravo
Forro
Livre
Forra
Escrava
Branco
Mulato
Negro
Branca
Mulata
Negra
Solteiro
Casado
Viúvo
Solteira
Casada
Viúva
Acertou!Livre
1.Construa o perfil do típico concubinário, identificando o que predominava em termos numéricos no que se refere ao sexo, cor e estado civil dos envolvidos. Para tanto, clique nos quadrinhos que possuem a opção certa para as características de condição social, de cor e de estado civil de homens e mulheres que representam os típicos concubinários.
Atividade: o típico concubinárioem Minas Gerais.
Homem
Mulher
Livre
Escravo
Forro
Livre
Forra
Escrava
Branco
Mulato
Negro
Branca
Mulata
Negra
Solteiro
Casado
Viúvo
Solteira
Casada
Viúva
Acertou!Livre
1.Construa o perfil do típico concubinário, identificando o que predominava em termos numéricos no que se refere ao sexo, cor e estado civil dos envolvidos. Para tanto, clique nos quadrinhos que possuem a opção certa para as características de condição social, de cor e de estado civil de homens e mulheres que representam os típicos concubinários.
Você sabe que os homens livres é que mais se
concubinavam. Quem era a maioria dos homens livres?
Atividade: o típico concubinárioem Minas Gerais.
Homem
Mulher
Livre
Escravo
Forro
Livre
Forra
Escrava
Branco
Mulato
Negro
Branca
Mulata
Negra
Solteiro
Casado
Viúvo
Solteira
Casada
Viúva
Acertou!Livre
1.Construa o perfil do típico concubinário, identificando o que predominava em termos numéricos no que se refere ao sexo, cor e estado civil dos envolvidos. Para tanto, clique nos quadrinhos que possuem a opção certa para as características de condição social, de cor e de estado civil de homens e mulheres que representam os típicos concubinários.
Você sabe que os homens livres é que mais se
concubinavam. Quem era a maioria dos homens livres?
Atividade: o típico concubinárioem Minas Gerais.
Homem
Mulher
Livre
Escravo
Forro
Livre
Forra
Escrava
Branco
Mulato
Negro
Branca
Mulata
Negra
Solteiro
Casado
Viúvo
Solteira
Casada
Viúva
Acertou!Livre
Acertou!Branco
1.Construa o perfil do típico concubinário, identificando o que predominava em termos numéricos no que se refere ao sexo, cor e estado civil dos envolvidos. Para tanto, clique nos quadrinhos que possuem a opção certa para as características de condição social, de cor e de estado civil de homens e mulheres que representam os típicos concubinários.
Atividade: o típico concubinárioem Minas Gerais.
1.Construa o perfil do típico concubinário, identificando o que predominava em termos numéricos no que se refere ao sexo, cor e estado civil dos envolvidos. Para tanto, clique nos quadrinhos que possuem a opção certa para as características de condição social, de cor e de estado civil de homens e mulheres que representam os típicos concubinários.
Homem
Mulher
Livre
Escravo
Forro
Livre
Forra
Escrava
Branco
Mulato
Negro
Branca
Mulata
Negra
Solteiro
Casado
Viúvo
Solteira
Casada
Viúva
Acertou!Livre
Acertou!Branco
37 eram casados. Há um grupo em que esse número é maior.
Atividade: o típico concubinárioem Minas Gerais.
Homem
Mulher
Livre
Escravo
Forro
Livre
Forra
Escrava
Branco
Mulato
Negro
Branca
Mulata
Negra
Solteiro
Casado
Viúvo
Solteira
Casada
Viúva
Acertou!Livre
Acertou!Branco
1.Construa o perfil do típico concubinário, identificando o que predominava em termos numéricos no que se refere ao sexo, cor e estado civil dos envolvidos. Para tanto, clique nos quadrinhos que possuem a opção certa para as características de condição social, de cor e de estado civil de homens e mulheres que representam os típicos concubinários.
Apenas 8 casos de viúvos.
Atividade: o típico concubinárioem Minas Gerais.
Homem
Mulher
Livre
Escravo
Forro
Livre
Forra
Escrava
Branco
Mulato
Negro
Branca
Mulata
Negra
Solteiro
Casado
Viúvo
Solteira
Casada
Viúva
Acertou!Livre
Acertou!Branco Acertou!
Solteiro
Acertou!
1.Construa o perfil do típico concubinário, identificando o que predominava em termos numéricos no que se refere ao sexo, cor e estado civil dos envolvidos. Para tanto, clique nos quadrinhos que possuem a opção certa para as características de condição social, de cor e de estado civil de homens e mulheres que representam os típicos concubinários.
Atividade: o típico concubinárioem Minas Gerais.
1.Construa o perfil do típico concubinário, identificando o que predominava em termos numéricos no que se refere ao sexo, cor e estado civil dos envolvidos. Para tanto, clique nos quadrinhos que possuem a opção certa para as características de condição social, de cor e de estado civil de homens e mulheres que representam os típicos concubinários.
Homem
Mulher
Livre
Escravo
Forro
Escrava
Branco
Mulato
Negro
Branca
Mulata
Negra
Solteiro
Casado
Viúvo
Solteira
Casada
Viúva
Acertou!Livre
Acertou!Branco Acertou!
Solteiro
Acertou!
56 mulheres livres se concubinaram. Há um grupo em
que esse número é maior.
Livre
Forra
Atividade: o típico concubinárioem Minas Gerais.
1.Construa o perfil do típico concubinário, identificando o que predominava em termos numéricos no que se refere ao sexo, cor e estado civil dos envolvidos. Para tanto, clique nos quadrinhos que possuem a opção certa para as características de condição social, de cor e de estado civil de homens e mulheres que representam os típicos concubinários.
Homem
Mulher
Livre
Escravo
Forro
Escrava
Branco
Mulato
Negro
Branca
Mulata
Negra
Solteiro
Casado
Viúvo
Solteira
Casada
Viúva
Acertou!Livre
Acertou!Branco Acertou!
Solteiro
Acertou!
O número de escravas é alto, 79. Mas ainda tem um
grupo mais expresivo.
Livre
Forra
Atividade: o típico concubinárioem Minas Gerais.
Homem
Mulher
Livre
Escravo
Forro
Livre
Forra
Escrava
Branco
Mulato
Negro
Branca
Mulata
Negra
Solteiro
Casado
Viúvo
Solteira
Casada
Viúva
Acertou!Livre
Acertou!Branco Acertou!
Solteiro
Acertou!
Acertou!Forra
1.Construa o perfil do típico concubinário, identificando o que predominava em termos numéricos no que se refere ao sexo, cor e estado civil dos envolvidos. Para tanto, clique nos quadrinhos que possuem a opção certa para as características de condição social, de cor e de estado civil de homens e mulheres que representam os típicos concubinários.
Atividade: o típico concubinárioem Minas Gerais.
1.Construa o perfil do típico concubinário, identificando o que predominava em termos numéricos no que se refere ao sexo, cor e estado civil dos envolvidos. Para tanto, clique nos quadrinhos que possuem a opção certa para as características de condição social, de cor e de estado civil de homens e mulheres que representam os típicos concubinários.
Homem
Mulher
Livre
Escravo
Forro
Livre
Forra
Escrava
Branco
Mulato
Negro
Branca
Mulata
Negra
Solteiro
Casado
Viúvo
Solteira
Casada
Viúva
Acertou!Livre
Acertou!Branco Acertou!
Solteiro
Acertou!
Acertou!
A maioria era forra, certo? Logo, você
conclui que...
Forra
Atividade: o típico concubinárioem Minas Gerais.
1.Construa o perfil do típico concubinário, identificando o que predominava em termos numéricos no que se refere ao sexo, cor e estado civil dos envolvidos. Para tanto, clique nos quadrinhos que possuem a opção certa para as características de condição social, de cor e de estado civil de homens e mulheres que representam os típicos concubinários.
Homem
Mulher
Livre
Escravo
Forro
Livre
Forra
Escrava
Branco
Mulato
Negro
Branca
Mulata
Negra
Solteiro
Casado
Viúvo
Solteira
Casada
Viúva
Acertou!Livre
Acertou!Branco Acertou!
Solteiro
Acertou!
Acertou!
A maioria das forras não era
negra.
Forra
Atividade: o típico concubinárioem Minas Gerais.
Homem
Mulher
Livre
Escravo
Forro
Livre
Forra
Escrava
Branco
Mulato
Negro
Branca
Mulata
Negra
Solteiro
Casado
Viúvo
Solteira
Casada
Viúva
Acertou!Livre
Acertou!Branco Acertou!
Solteiro
Acertou!
Acertou! Acertou!Mulata
Forra
1.Construa o perfil do típico concubinário, identificando o que predominava em termos numéricos no que se refere ao sexo, cor e estado civil dos envolvidos. Para tanto, clique nos quadrinhos que possuem a opção certa para as características de condição social, de cor e de estado civil de homens e mulheres que representam os típicos concubinários.
Atividade: o típico concubinárioem Minas Gerais.
1.Construa o perfil do típico concubinário, identificando o que predominava em termos numéricos no que se refere ao sexo, cor e estado civil dos envolvidos. Para tanto, clique nos quadrinhos que possuem a opção certa para as características de condição social, de cor e de estado civil de homens e mulheres que representam os típicos concubinários.
Homem
Mulher
Livre
Escravo
Forro
Livre
Forra
Escrava
Branco
Mulato
Negro
Branca
Mulata
Negra
Solteiro
Casado
Viúvo
Solteira
Casada
Viúva
Acertou!Livre
Acertou!Branco Acertou!
Solteiro
Acertou!
Acertou! Acertou!
Apenas 18 casadas se concubinaram segundo a
tabela...
Mulata
Forra
Atividade: o típico concubinárioem Minas Gerais.
1.Construa o perfil do típico concubinário, identificando o que predominava em termos numéricos no que se refere ao sexo, cor e estado civil dos envolvidos. Para tanto, clique nos quadrinhos que possuem a opção certa para as características de condição social, de cor e de estado civil de homens e mulheres que representam os típicos concubinários.
Homem
Mulher
Livre
Escravo
Forro
Livre
Forra
Escrava
Branco
Mulato
Negro
Branca
Mulata
Negra
Solteiro
Casado
Viúvo
Solteira
Casada
Viúva
Acertou!Livre
Acertou!Branco Acertou!
Solteiro
Acertou!
Acertou! Acertou!
Atenção! Pela tabela, apenas 10 viúvas se
concubinaram.
Mulata
Forra
Atividade: o típico concubinárioem Minas Gerais.
Homem
Mulher
Livre
Escravo
Forro
Livre
Forra
Escrava
Branco
Mulato
Negro
Branca
Mulata
Negra
Solteiro
Casado
Viúvo
Solteira
Casada
Viúva
Acertou!Livre
Acertou!Branco Acertou!
Solteiro
Acertou!
Acertou! Acertou!
Solteira
Acertou!Mulata
Forra
1.Construa o perfil do típico concubinário, identificando o que predominava em termos numéricos no que se refere ao sexo, cor e estado civil dos envolvidos. Para tanto, clique nos quadrinhos que possuem a opção certa para as características de condição social, de cor e de estado civil de homens e mulheres que representam os típicos concubinários.
Atividade: o típico concubinárioem Minas Gerais.
Atividade: o típico concubinato em Minas Gerais
1.Em relação à condição social e ao gênero dos concubinários (livre, forro e escravo), qual foi a combinação mais freqüente:
a) homem livre-mulher escrava
b) homem livre-mulher forra
c) homem livre-mulher livre
d) mulher livre-homem forro
e) mulher livre-homem escravo
f) mulher forra-homem escravo
g) mulher forra-homem forro
Os historiadores e o concubinato na Colônia
Os historiadores são unânimes sobre a difusão do concubinato na Colônia.
Mas os historiadores não têm uma única posição a respeito da relação entre concubinato
e casamento na Colônia.
Divergem, também, sobre o que caracterizava o concubinato no período colonial.
A raridade de uniões conjugais legalizadas no universo colonial
Sobre os homens da colônia, disse Gilberto Freyre: “não gostavam de casar para toda vida, mas de unir-se ou amasiar-se; as leis portuguesas e brasileiras, facilitando o perfilhamento dos filhos ilegítimos, só faziam favorecer esta tendência para o concubinato e para as ligações efêmeras” (FREYRE, Gilberto. Casa Grande e Senzala,1969).
Por outro lado, afirmou Caio Prado Jr: “é preciso reconhecer que muitas das situações legalmente irregulares se explicam por outros motivos que a simples indisciplina sexual”.
(PRADO JR.,Caio. Formação do Brasil Contemporâneo, 1976)
O Concubinato em Minas Gerais
• Devido às dificuldades econômicas, institucionais e sociais para realizar o matrimônio, “se multiplicaram as relações livres e consensuais”.
• Tais uniões existiam nas “diferentes camadas sociais envolvendo mineradores e artesãos, como também servidores públicos do baixo escalão, militares, profissionais liberais e comerciantes”.
• Porém, “o concubinato se constituiu na relação familiar típica dos setores intermediários e grupos populares”.
Fonte:
FIGUEIREDO, Luciano Raposo de Almeida. Barrocas famílias: vida familiar em Minas Gerais no século XVIII. São Paulo: FFLCH-USP, 1989 [Dissertação de Mestrado], p. 27-32.
Casamento e união consensual no Brasil de hoje
05
101520253035404550
49,44% 17,51% 4,41% 28,63%
CASAMENTO CIVIL ERELIGIOSOSÓ CASAMENTO CIVIL
SÓ CASAMENTORELIGIOSOUNIÃO CONSENSUAL
Os dados apresentados foram recolhidos pelo IBGE. Entre mais de 67 milhões de casais pesquisados em todo território nacional, as porcentagens referentes aos tipos de união entre homens e mulheres foi a seguinte:
Fonte: www.ibge.gov.br
Para refletir
1. O que revelam os resultados da pesquisa do IBGE? Preste atenção especialmente às duas maiores porcentagens, já que representam a maioria dos casais brasileiros.
2. Qual a semelhança entre os casais na situação colonial e no Brasil hoje?
Redija um texto respondendo às seguintes questões:
Por que os habitantes da colônia não se casavam?
• Procure analisar quais eram, na colônia, os reais motivos que afastavam as pessoas dos rituais do matrimônio.
• Leve em consideração todos os argumentos colocados até este momento.
Por que há um grande número de uniões consensuais no Brasil hoje?
• Procure estabelecer alguma relação entre a situação colonial e a de hoje, atentando para os motivos que afastavam e afastam as pessoas do casamento.
IBGE
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
É responsável por uma série de pesquisas sobre a população brasileira. O instituto divulga de 10 em 10 anos – entre outras publicações – um amplo Censo, com informações como, por exemplo, o número total de habitantes do país, a qualidade das moradias, as taxas de desemprego, a renda média dos trabalhadores, as taxas de mortalidade e natalidade, etc. O Censo 2000 foi o último publicado e foi a ele que recorremos para produzir esta atividade.
SodomiaAo longo da história, a concepção mudou. Inicialmente a sodomia correspondia às práticas sexuais não-voltadas para a reprodução (isto é, coitos não-genitais).
Na época da colonização do Brasil, o termo correspondia a um conjunto de práticas sexuais menos amplo: coito anal homossexual, coito anal heterossexual e coito entre mulheres.
Era considerada sodomia perfeita o coito anal homossexual com emissão esperma no ânus.
JUÍZO ECLESIÁTICO
Tribunal eclesiástico existente em cada diocese responsável pelo julgamento de crimes:
relacionados aos costumes, à moral.
referentes à religião.
que envolvessem num mesmo processo padres e leigos.
DIVISÃO ECLESIÁTICA, 1759
Negras [da terra]
Sobretudo no início da colonização, eram as índias.
Mancebas
Concubinas, amantes.
Calundus
Conjunto de práticas mágicas e rituais que guarda algumas semelhanças com o atual candomblé.
Bestialidade
As práticas sexuais entre seres humanos e animais.
Estupro
Na época, correspondia à relação sexual entre um homem e uma mulher virgem.
Incesto
Crime de unir-se sexualmente com pessoa proibida pelo parentesco de sangue (ascendentes e descendentes até quarto grau), ou por ligações espirituais – que se contraem nos sacramentos do batismo – (padrinhos e madrinhas) ou, ainda, por laços de adoção (proibidas as relações entre o adotante e o adotado, bem como entre este e os filhos do primeiro).
Lenocínio
Crime de auxiliar na prostituição alheia ou dela se tirar proveito.
Apostasia
No caso, abandono da fé católica.
Alcovitagem
Intermediação de relações amorosas, geralmente compensada materialmente.
Usura
Empréstimo de dinheiro a juros, atividade condenada na época.
Devassas eclesiásticasInvestigações conduzidas, nas diferentes localidades dos bispados, pelo bispo ou por pessoas por ele nomeadas, a respeito dos crimes ocorridos de jurisdição eclesiástica. Os visitadores, aqueles que chefiavam as devassas, na maioria das vezes, convocavam os homens de melhor condição social e com alguma expressão econômica para denunciar os crimes registrados num Edital. Nas devassas, as pessoas pertencentes aos segmentos sociais dominantes tinham maiores oportunidades de escapulirem, o que explica o reduzido índice de roceiros e mineradores acusados em Minas Gerais.
Sociedade estamental
Nossa sociedade atual divide-se em classes. As classes são grupos formados por indivíduos que ocupam um mesmo lugar na produção, circulação e apropriação de riquezas.A sociedade colonial é vista por muitos historiadores como estamental. Uma sociedade desse tipo compõe-se por estamentos (também chamados estados ou ordens).Cada estamento possui direitos e deveres específicos. Assim, os estamentos reúnem pessoas que possuem direitos e deveres iguais (mas diferentes em relação aos outros estamentos).Na sociedade colonial, os homens de cor e os que se dedicavam aos ofícios manuais eram vítimas de discriminações legais (por exemplo, não poderiam ingressar no sacerdócio).