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e-xacta, Belo Horizonte, v. 6, n. 2, p. 79-92. (2013). Editora UniBH. Disponvel em: www.unibh.br/revistas/exacta/D
ISSN: 1984-3151
OTIMIZAO DE CLULAS FOTOVOLTAICAS ORGNICAS OPTIMIZATION OF ORGANIC PHOTOVOLTAIC CELLS
Allan Douglas Martins; Ana Carolina Silva1; Camila C. S. Braga1; Carolina Cardoso Franco1; Dyeice Amlia Sales1; Guilherme Cunha Rezende1; Pollyanna Rodrigues
Duarte1; Otvio Gomes2; Sinthya Gonalves Tavares3
Recebido em: 28/02/2013 - Aprovado em: 20/22/2011 - Disponibilizado em: 30/11/2013
RESUMO: Com a previsvel escassez dos recursos energticos, as preocupaes com as questes ambientais se tornam cada vez mais evidentes. Com isso, houve um incremento na busca de recursos alternativos para a produo de energia eltrica, principalmente aqueles baseados em fontes limpas e renovveis, como a energia solar. Para a converso de energia solar em energia eltrica so utilizadas, na maioria das vezes, clulas solares fotovoltaicas, que se baseiam na propriedade semicondutora de silcio. Como o custo dessa tecnologia ainda muito alto, so propostos novos materiais para a substituio desse cristal, com destaque para a clula solar nanocristalina de dixido de titnio (TiO2), acrescida de molculas orgnicas de corantes. Essa clula apresenta vantagens em relao s clulas convencionais de silcio, pois, na sua fabricao, so utilizados materiais disponveis no mercado e corantes extrados de plantas, modelo proposto por Gratzl, alm de ser preparada atravs de processos simples e no poluentes. O objetivo deste trabalho recriar as clulas solares nanocristalinas de dixido de titnio, otimizando-a para a utilizao de materiais com baixo custo, de modo que se obtenha a maior eficincia energtica possvel. PALAVRAS-CHAVE: Energia Solar. Fotovoltaica. Nanocristalina. ABSTRACT: With the expected shortage of energy resources, the concerns about environmental issues are becoming increasingly evident. Thus, there was an increase in search for alternative resources for energy production power, especially those based on clean sources and renewable energies such as solar energy. Converting solar energy into electrical energy, in most cases, solar cells photovoltaics, which based on property semiconductor silicon are used. As the cost of this technology is still very high, new materials are proposed for substitution this crystal, with emphasis on the cell nanocrystalline titanium dioxide (TiO2) solar plus molecules organic dyes. This cell has advantages compared to conventional silicon cells, because in his manufacturing, available materials are used in the market and extracted dyes from plants, the model proposed its by Grtzel, besides being prepared through Simple and clean process. The goal of this essay is to recreate the nanocrystalline solar cells titanium dioxide, optimizing it to the use of materials with low cost, so as to obtain the energy efficient as possible.
1 Graduandos em Engenharia Qumica. Centro Universitrio de Belo Horizonte - UniBH. Belo Horizonte MG. [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected].
2 Doutor em Engenharia Eltrica, UFMG, Belo Horizonte, Brasil, 2012. Professor do Centro Universitrio de Belo Horizonte UniBH. Belo Horizonte, MG. [email protected].
3 Doutora em Engenharia Mecnica. UFMG, Belo Horizonte, Brasil - Universit Politecnica delle Marche Ancona IT. 2006. Grupo de Pesquisa em Desenvolvimento de Novos Materiais Estruturados e Professora do Centro Universitrio de Belo Horizonte - UniBH. Belo Horizonte, MG. [email protected].
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KEYWORDS: Solar Energy. Photovoltaic. Nanocrystalline.
1 INTRODUO O crescimento exponencial do consumo energtico
implicou a necessidade de manuteno das reservas
esgotveis de energia, alm do desenvolvimento
tecnolgico no setor de aproveitamento de fontes de
energias alternativas (AZEVEDO; CUNHA, 2002).
Segundo Ghensev (2006), a converso de energia
solar em energia eltrica um campo da engenharia
muito promissor, uma vez que o sol capaz de lanar
sobre a Terra 1.367 W/m2, valor equivalente a 4000
vezes mais energia do que se consome. Frente a essa
realidade, extremamente vivel a explorao de
novas tecnologias para desenvolver a converso de
energia solar em energia eltrica, principalmente em
pases prximos Linha do Equador e em locais como
o Estado de Minas Gerais, que esto localizados
sobre a AMAS Anomalia Magntica do Atlntico Sul.
Segundo Sobral e Paskocimas (2007), essa a regio
onde os raios solares tm um menor desvio, sendo
mais aproveitveis para a gerao de energia eltrica.
Atualmente, para essa transformao utilizam-se
clulas fotovoltaicas feitas, principalmente, de silcio
com um alto grau de pureza. Todavia, a purificao da
matria-prima para a fabricao de tais clulas requer
uma sofisticada tecnologia, alm de grande
quantidade de energia. Esses so fatores que
contribuem para o aumento do valor agregado ao
produto final, o que influencia o seu alto valor no
mercado. Ao realizar uma rpida anlise sobre o
processo de fabricao dessa clula, torna-se
evidente a necessidade da reduo do custo de
produo (FREITAS, 2006).
Estudos como o de Gratzl, em Sobral e Paskocimas
(2007), indicam como uma possibilidade vivel para a
resoluo desse impasse a criao de uma clula
solar nanocristalina de dixido de titnio (TiO2),
sensibilizada por molculas orgnicas de corantes
(FIGURA 1). Com esta nova tecnologia espera-se
superar os problemas experimentais, alm de se
reduzir custos da tecnologia de clulas solares
convencionais.
Segundo Carvalho as clulas solares sensibilizadas
por corantes (CSSC) apresentam o mesmo papel das
funes fornecidas pelo silcio numa clula tradicional.
Assim como o silcio, As CSSCs funcionam tanto
como fonte de fotoeltrons bem como fornecedor do
campo eltrico para separar as cargas e criar uma
corrente. Entretanto nas CSSCs, o semicondutor
apenas um transportador de cargas e os fotoeltrons
fornecidos pelo corante fotossensvel. A separao de
carga ocorre ento na superfcie entre o corante, o
semicondutor e o eletrlito. Atualmente as mais bem
sucedidas CSSCs so as conhecidas clulas de
Graetzel, que utilizam corantes baseados em
polipiridil-rutenatos, adsorvidos em filmes
nanocristalinos de dixido de titnio (TiO2).
Figura 1 - Esquema de uma clula solar nanocristalina
de dixido de titnio.
O objetivo deste trabalho recriar as clulas solares
nanocristalinas de dixido de titnio, propostas por
Gratzl, otimizando-a para a utilizao de materiais
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com baixo custo, de modo que se obtenha a maior
eficincia energtica possvel.
2 REVISO BIBLIOGRFICA
2.1 HISTRICO
O efeito fotovoltaico foi observado pela primeira vez
em 1839, pelo fsico francs Edmond Becquerel, ao
descobrir que certos materiais geram corrente eltrica
ao serem expostos luz (BECQUEREL, 1839).
Em 1877, Adams e Day construram a primeira clula
solar baseada em dois eletrodos de selnio que
produziam uma corrente eltrica quando expostos
radiao. Porm, os resultados indicavam que a
eficincia destes sistemas criados era to reduzida
que o desenvolvimento de clulas solares teve que
esperar por uma compreenso mais completa dos
semicondutores (FREITAS, 2006). J no ano de 1947
os fsicos Shockley, Bardeen e Brattain descobriram
os transistores, substituindo assim os semicondutores
(SHOCKLEY, 1949).
Em 1954 Chapin, Furller e Pearson desenvolveram,
com eficincia de 6%, o dispositivo que permite a
transformao da luz solar em eletricidade em um
sistema fotovoltaico que tem como unidade bsica a
clula solar feita de silcio (FREITAS, 2006).
Outro agente impulsionador das pesquisas dessa
tecnologia para aplicaes diversas, inclusive para
complementao do sistema eltrico existente, foi a
crise do petrleo em 1973. Nesse ano, a energia solar
atraiu a ateno de governos internacionais, com a
possibilidade real do esgotamento das reservas
petrolferas, como esclarece Nascimento (2004).
Todavia, o custo de produo das clulas era um fator
preocupante em relao quantidade de energia
produzida por ela. Era preciso reduzir o custo
significativamente para tornar vivel sua utilizao.
Com o passar dos anos, novos reservatrios de
petrleo foram revelados por todo o mundo, dilatando
assim o perodo de abundncia at muitas dezenas de
anos. Por outro lado, o mesmo autor ainda afirma que,
a tecnologia solar no apresentava custos e eficincia
comparveis com as energias fsseis. Como
alternativa, os governos internacionais comearam a
financiar a construo de centrais nucleares, o que
tornou o assunto sobre energia solar mais discreto
durante a dcada 80.
Na ltima dcada, conforme conta em (BRITO;
SERRA, 2004), a necessidade de utilizao da
energia solar para a obteno de eletricidade se
intensificou devido ao impacto ambiental causado pela
utilizao desenfreada do petrleo e, tambm, pelas
mudanas climticas associadas emisso de gases
inerentes sua queima.
Uma das alternativas para a converso da energia
solar em energia eltrica foi desenvolvida pelo grupo
de pesquisa do Prof. Michael Gratzl, em 1991, da
Escola Politcnica Federal em Lauzane (Sua), que
deu incio ao desenvolvimento de clulas fotovoltaicas
sensibilizadas a corantes (CFSC) (SANTOS, 2005).
2.2 COMPONENTES DA CLULA SOLAR DE
GRATZL
2.2.1 DIXIDO DE TITNIO
O processo pelo qual uma impureza introduzida em
uma rede cristalina com a finalidade de melhorar as
propriedades fotovoltaicas de semicondutor
chamado de sensibilizao. Muitos semicondutores,
como dixido de titnio (TiO2), sulfeto de cdmio
(CdS), xido de zinco (ZnO), trixido de tungstnio
(WO3), sulfeto de zinco (ZnS), xido de ferro (III)
(Fe2O3), podem agir como sensibilizadores em
processos de oxidao e reduo mediados pela luz
(devido sua estrutura eletrnica). Entre os
semicondutores, o TiO2, face s suas propriedades de
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tenacidade, leveza, resistncia corroso, opacidade,
inrcia qumica, toxicidade nula, elevado ponto de
fuso, brancura, alto ndice de refrao, alta
capacidade de disperso, fotoestabilidade e
estabilidade qumica em uma ampla faixa de pH, se
tornou o mais amplamente estudado para os
processos de sensibilizao (FIGURA 2) (NOGUEIRA;
JARDIM, 1998).
Uma aplicao desse material como foto anodo em
clulas solares nanocristalinas sensibilizadas por
corante. As partculas de dixido de titnio
desempenham um papel crucial nas clulas solares
desse tipo, garantindo o uso efetivo do fluxo de
eltrons resultante da absoro da luz do Sol pelo
corante (RUSSEL, 1994).
Figura 2: Colocao da pasta de TiO2 na lamela de
vidro da clula de Gratzl.
Fonte - AZEVEDO; CUNHA, 2002, p.2.
O semicondutor TiO2 tambm apresenta vantagens
em relao ao transporte de carga, em virtude da sua
alta constante dieltrica ( = 80 para anatase). Ele
fornece uma boa proteo eletrosttica ao eltron
injetado em relao ao corante adsorvido na superfcie
do xido, impedindo sua recombinao antes da sua
reduo pelo mediador e, assim, o eltron injetado se
difunde rapidamente atravs do filme. Em sntese, a
funo do TiO2, alm de fornecer suporte para o
corante, permitindo um maior aproveitamento da luz
incidente, de coletor e condutor de carga
(NOGUEIRA, 2011).
2.2.2 CORANTE
A caracterstica que define uma molcula corante a
sua solubilidade no meio em que exposta. Um
corante verdadeiro solvel no meio, sendo mantido
disperso em uma soluo homognea com pouca
tendncia de aglomerao. As partculas de corantes
podem ser menores que 50 nm. Dentro dessa
categoria tem-se uma grande variedade de molculas
corantes para as diversas aplicaes (FREITAS,
2006).
Uma dessas aplicaes em dispositiva
optoeletrnica de baixo custo. Dentre esses
dispositivos destacam-se as clulas solares orgnicas
(FIGURA 3). A eficincia desses dispositivos ainda
limitada, principalmente devido baixa absoro de
luz pela camada ativa e baixa mobilidade dos
portadores de cargas. Parte desse problema pode ser
reduzida atravs da insero de um terceiro
componente na clula, como corantes orgnicos que
apresentem elevada absoro de luz na faixa
espectral acima de 400 nm. (FREITAS, 2006)
Figura 3: Colocao do corante na clula de Gratzl.
Fonte - AZEVEDO; CUNHA, 2002, p.2.
O princpio de operao se baseia na excitao do
corante pela incidncia de ftons de luz. Uma vez
excitado, fica energeticamente apto a transferir
eltrons para a superfcie condutora formada pelo TiO2
e, em seguida, para a parte superior da clula, onde
ser coletado o fluxo de eltrons na forma de corrente
eltrica. Os corantes foto-excitveis so os
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componentes essenciais das CFSC, atravs dos quais
se baseiam os princpios destas clulas fotovoltaicas,
determinam a sua absoro caracterstica e a
resposta espectral (NOGUEIRA, 1998).
O corante representa o elemento chave da clula e
deve ser capaz de: absorver luz numa ampla faixa
espectral; injetar eltrons na banda de conduo do
semicondutor a partir do seu estado excitado; mostrar
excelente estabilidade que permita a realizao de
vrios ciclos de oxi-reduo, gerando o maior tempo
de vida operacional possvel.
No corante da amora, nota-se a existncia de
antocianinas, um pigmento natural encontrado na
fruta. As antocianinas apresentam faixas intensas de
absoro na regio visvel do espectro, atribudas aos
grupos hidroxila, capazes de se adsorverem
quimicamente superfcie do filme semicondutor
(PATROCNIO; MURAKAMI, 2010).
2.2.3 ELETRLITO
Segundo Lobo (1996) eletrlito uma substncia que,
quando dissolvida em um dado solvente, produz uma
soluo com uma condutividade eltrica maior que a
condutividade do solvente.
O eletrlito tem ampla aplicao nos processos de
eletrodo e, a princpio, deve apresentar como
propriedades alta solubilidade, alto grau de ionizao,
estabilidade qumica e eletroqumica. Com relao s
suas aplicaes, verifica-se que so bastante amplas:
mantm os coeficientes de atividade praticamente
constantes, e o nmero de transporte da espcie
eletroativa praticamente igual a zero; diminui a
espessura da dupla camada eltrica; mantm a
viscosidade, o coeficiente de difuso e o nmero
mdio de ligantes constantes, alm de incrementar a
condutividade em meios de solventes polares, tanto
orgnicos quanto inorgnicos (FREITAS, 2006).
O eletrlito escolhido para a execuo da clula solar
composto por um par de redox iodo/iodeto (I2/ I)
(FIGURA 4), dissolvido em gua destilada.
Figura 4: Colocao do eletrlito na clula de Gratzl.
Fonte - AZEVEDO; CUNHA, 2002, p.2.
Neste solvente o iodo prefere existir como on tri-
iodeto, formando uma soluo de tri-iodeto/iodeto (I3/
I). Os ons de iodeto reagem com o corante oxidado
no filme de TiO2, sendo oxidados a tri-iodeto, que por
sua vez reduzido ao estado original no contra-
eletrodo (FREITAS, 2006).
2.2.4 DIXIDO DE ESTANHO
Na clula solar de Gratzl (FIGURA 5), um dos
eletrodos estudados para a conduo da corrente
eltrica e que tem demonstrado um bom potencial
para esse tipo de anodo o de dixido de estanho
(IV), SnO2. Ele apresenta alta condutividade,
razoavelmente estvel em meios de diferentes pHs,
possui alta transparncia na regio do visvel, alta
estabilidade trmica, mecnica e qumica (PIMENTEL;
ABRILLA, 1998).
Porm, por se tratar de um material caro e de difcil
obteno, pode-se substitu-lo por pequenas fileiras de
fios de cobre, colados na placa solar. O cobre um
dos metais mais usados na fabricao dos fios
condutores eltricos, devido, principalmente, s suas
propriedades eltricas e mecnicas. Tal procedimento
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foi utilizado neste estudo em alternativa para a
nanopelcula condutora existente nos vidros especiais
de clulas fotovoltaicas (FIGURA 6).
Figura 5: Montagem final da clula de Gratzl.
Fonte - AZEVEDO; CUNHA, 2002, p.2.
Figura 6: Placa de vidro com fios de cobre.
2.3 TRANSFORMAO DE ENERGIA SOLAR EM ENERGIA ELTRICA
A clula fotovoltaica, proposta por Gratzl,
constituda principalmente por molculas de um
corante, um semicondutor nano cristalino (TiO2), um
eletrlito (soluo de Iodo), dois eletrodos de vidro
com uma camada condutora e transparente (SnO2 -
dixido de estanho) ou material similar, e um
catalisador (grafite ou platina) (FREITAS, 2006).
O eletrodo negativo com TiO2 sensibilizado com a
molcula orgnica do corante (organic dye), que, ao
receber a luz, excita seus eltrons e passa a injet-los
na banda de conduo do TiO2, deixando com isso,
em suas molculas, buracos oxidados. Os eltrons
que vo para a banda de conduo do TiO2 podem
percorrer um caminho dentro desse semicondutor e
chegar ao substrato, quando, ento, saem da clula
solar nanocristalina sensibilizada (FREITAS, 2006).
O mesmo autor ainda orienta que para facilitar a
reduo das molculas na superfcie do eltrodo,
depositada uma fina camada de grafite. Ao percorrer o
circuito externo, os eltrons chegam ao eletrodo
positivo com menor energia, onde completam o ciclo.
Para que haja o fluxo da corrente eltrica necessrio
ligar os dois eletrodos a uma resistncia de carga.
Dentro do eletrlito, o processo de oxi-reduco pode
ser representado pelas reaes entre o corante e as
diversas partes da clula fotovoltaica, conforme
Equao 1:
I5,1)eletrodo(eI5,0
I5,0)dye(I5,1)dye(
)dye()TiO(eTiO)dye(
)dye(hVdye
_3
3*
*2
_2
*
(1)
3 MATERIAIS E MTODOS
Para a montagem da clula solar fotovoltaica,
realizada no Laboratrio de Qumica do Centro
Universitrio de Belo Horizonte, foi necessria a
utilizao de lminas de vidro, fio de cobre, solda
(estanho), dixido de titnio, vinagre branco,
detergente, vela, lcool 70%, gua destilada, I2 (iodo),
KI (iodeto de potssio), epxi, ferro de solda, cortador
de vidro e durex (FIGURA 7).
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Figura 7: Materiais utilizados para a fabricao da
clula fotovoltaica orgnica otimizada.
Para a preparao da soluo de dixido de titnio,
pesou-se 15 g de TiO2, mediu-se 10 mL de vinagre
branco e, em um bquer, juntou-se o TiO2, o vinagre
branco e 3 (trs) gotas de detergente para aumentar a
viscosidade da mistura.
Para a soluo do corante de amora, foram colocadas,
em um bquer, cerca de 50g de amoras, as quais
foram devidamente esmagadas.
J na elaborao das lminas (que foram lavadas com
gua destilada, lcool 70% e em seguida secas),
foram realizadas linhas verticais, com o cortador de
vidro e uma lixa, formando fissuras no vidro para que
os fios de cobre fossem soldados nas extremidades
de cada linha, substituindo assim o anodo de dixido
de estanho.
Em uma dessas lminas foi preparado o eletrodo
negativo. Em trs extremidades da superfcie da
lmina foi colocado durex. Em seguida, colocada na
superfcie descoberta da lmina a soluo de TiO2.
Com um basto de vidro, distribuiu-se a pasta na
superfcie de modo a se obter um fino filme
homogneo. Aps completa evaporao da umidade,
foi retirado o durex e colocado o filme formado para
cozer. A temperatura utilizada foi de 450C 550C,
por 10 minutos.
Em outra lmina, foi preparado o eletrodo positivo.
Para isso, sua superfcie foi queimada com vela,
deixando o vidro escurecido. O eletrodo negativo j
resfriado foi mergulhado no corante de amora,
permanecendo por 5 minutos. Ao retir-lo, com
cuidado, as bordas foram limpas e aguardou-se a
secagem completa do eletrodo.
A montagem final da Clula pode ser visualizada a
seguir nas figuras 8 e 9.
Figura 8: Clula fotovoltaica orgnica.
Figura 9: Clula fotovoltaica orgnica ligada em
paralelo.
Para a montagem da Clula, os dois eletrodos foram
colocados juntos, de forma que a camada de TiO2
ativada com o corante ficasse em contato com a
superfcie da outra lmina queimada pela vela.
4 RESULTADOS E DISCUSSO
Partindo da clula montada, foram definidas as etapas
de experimentao para a anlise do rendimento da
energia gerada por esta.
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Essas etapas foram divididas em: anlise de qual a
fonte geradora de energia a ser utilizada; se as clulas
seriam conectadas durante o experimento; se haveria
o isolamento do sistema formado entre a fonte de
energia e as clulas do meio externo; medio da
tenso gerada por intervalo de tempo.
Para a fonte, optou-se pelo uso de uma lmpada
incandescente com uma potncia de 60 W, devido ao
fato de ser uma fonte de baixa energia e fcil
aquisio. Com a utilizao desta fonte de energia,
fornecida ao sistema uma potncia de 60
Joules/segundo (clula + fonte), sendo determinada
atravs da equao de potncia.
O uso do circuito em paralelo foi determinado por
questes de clculo de diferena de potncia, alm de
apresentar a melhor leitura no equipamento utilizado,
o multmetro. O experimento proposto por Gratzl
evidenciou que a tenso gerada pela clula padro
baixa, portanto seria melhor a escolha de um sistema
em paralelo, uma vez que, como dito anteriormente,
apresenta melhor resoluo no equipamento,
facilitando a medio
Na primeira etapa de testes, iniciaram-se as medies
sem o isolamento do sistema, para verificar o
funcionamento da clula. De incio, no foi visualizada
nenhuma anomalia na clula, indicando que esta
obteve um resultado satisfatrio. Entretanto, ao utilizar
uma fonte luminosa acrescida luminosidade
ambiente, observou-se que a clula registrava uma
diferena de potencial, demonstrando que iluminaes
locais eram capazes de influenciar a tenso gerada e
registrada pelo multmetro. Com essa interferncia, foi
sugerido o isolamento do sistema (clula + fonte) para
medio correta do experimento.
Realizada a medida de tenso das clulas em um
ambiente isolado, verificou-se o comportamento at
ento no identificado em clulas propostas por
Gratzl. A tenso gerada pelas clulas no caiu
imediatamente aps o desligamento da fonte de
energia luminosa. Durante um tempo determinado, as
clulas em paralelo continuavam a gerar uma
diferena de potencial pequena, que, no decorrer do
experimento, diminuiu gradativamente at retornar ao
valor medido no incio do experimento. Essa
caracterstica evidenciou que a clula se comporta
como um capacitor, ou seja, ela capaz de acumular
carga e tambm de emiti-la to logo a fonte luminosa
interrompa a emisso de energia.
Como mencionado por Fragnito (2010), a relao
entre tenso e corrente real, em um circuito de malha
contendo resistores, capacitores e indutores, pode ser
expressa por uma equao integral-diferencial de
primeira ordem, conforme Equao 2:
cq
tiLRi
(2)
onde: ][ = Tenso ]V[ , R = Resistncia ][ , i=
Corrente ][ , L = Indutncia [Henri], i = Derivada da
corrente ][ , t = Variao do tempo [s], q = Carga
eltrica [C], c = Capacitncia [F]
Como a corrente (i) pode ser mensurada atravs do
tempo, possvel definir conforme Equao 3:
c tq
tiL
tiR
t 22
(3)
onde: d = Derivada da tenso [V], R = Resistncia
][ , L = Indutncia [Henri], i = Derivada da corrente
][ , t = Variao do tempo [s], i2 = derivada
segunda da corrente ][ , 2t = Derivada ao tempo ao
quadrado [s], q = Derivada da Carga eltrica [C], c =
Capacitncia [F].
Ainda, considerando que a relao entre a variao de
cargas em um intervalo de tempo pode determinar a
relao destas com a corrente eltrica, na Equao 4:
ci
tiL
tiR
t 22
(4)
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onde: = Derivada da tenso [V], R = Resistncia
][ , L = Indutncia [Henri], i = Derivada da corrente
][ , t = Derivada do tempo [s], i2 = Derivada
segunda da corrente ][ , 2t = Derivada ao tempo ao
quadrado [s], i = Corrente eltrica ][ , c =
Capacitncia [F].
Segundo Santos (2005), a clula proposta por Gratzl
possui internamente uma resistncia que tende a um
valor nulo, alm de que, por se tratar de um processo
de reao qumica, possvel que se obtenha uma
impedncia nula do sistema ideal, visto que no
gerar uma corrente alternada, e sim corrente
contnua. Como a quantidade de placas utilizada no
experimento no seria suficiente para medir a corrente
em um voltmetro e considerando as alteraes
propostas por Santos (2005), seria possvel projetar
uma equao diferencial para descrever os valores de
tenso tericos e obter a corrente terica gerada pelas
clulas fotovoltaicas. Para tanto, necessrio o
clculo da capacitncia das clulas. Segundo Halliday,
Resnick e Walker (2007), pode-se utilizar como base a
equao de capacitores de placas, descrita na
Equao 5:
dc .0
(5)
onde: c = Capacitncia [F], = Permissividade eltrica
do meio [ ], A = rea da placa [m], d = Distncia
entre as placas [m].
Como o principal material nanocondutor na clula
composto de TiO2, o fator na permissividade eltrica
do meio [0] 100 vezes o valor deste (8,85 10-12
F/m), e a rea de cada clula de 0,06 m x 0,04 m, e
a distncia entre as placas de 0,0004 m. Pode-se,
assim, calcular a capacitncia unitria, que de C =
5,31 x 10-9 F por clula.
Como o sistema de clulas est em paralelo, pode-se
calcular a capacitncia equivalente diretamente, pela
quantidade de clulas utilizadas. O valor da
Capacitncia total de 1,062 x 10-8 F.
Os valores de medio da tenso no sistema
inicialmente encontram-se na tabela (Tabela 1), estes
foram usados para definio de uma equao
(Equaes 6, 7 e 8) que demonstrasse a tenso
gerada pelo sistema, com base nos dados fornecidos
por Fragnito (2010) e Santos (2005).
Tabela 1
Tenso x tempo das clulas fotovoltaicas
Tempo (segundos) Tenso (em mV)
0 -1,5
60 -0,3
Com esses dados, possvel descrever uma equao
para o comportamento da tenso x tempo de uma
clula fotovoltaica:
ci
tiL
tiR
t 22
(6)
Como R =L = 0 ento:
ci
t
(7)
Deduzimos que:
kct.i (8)
Substituindo os valores encontrados do sistema de
clulas fotovoltaicas com tempo inicial igual a 0 e
tempo aps 60 segundos, ter-se- uma corrente
de A. O valor de corrente muito baixo,
prximo a zero, considerando que o sistema no est
ligado a um circuito eltrico. Ainda para que uma
corrente eltrica considervel fosse obtida, seria
necessria a ligao de vrias clulas fotovoltaicas
orgnicas em srie, o que no foi testado no estudo
supracitado.
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e-xacta, Belo Horizonte, v. 6, n. 2, p. 79-92. (2013). Editora UniBH. Disponvel em: www.unibh.br/revistas/exacta/D
Com os dados obtidos, a equao que descreveria a
tenso, em funo do tempo, gerada na clula
proposta, seria conforme Equao 9:
35 10x5,1t.10x0,2 (9)
Com esta equao, estimaram-se os valores de
tenso que seriam medidos em uma clula
fotovoltaica orgnica, onde possvel a comparao
destes com os valores reais de medio. Na Tabela 2
pode-se realizar o comparativo destes valores.
Entretanto, ao se realizar as medies no conjunto de
clulas, notou-se valores de tenses diferentes dos
esperados e determinados pela equao diferencial.
Estas medies permitem o esboo de uma nova
avaliao sobre a alterao realizada na clula
fotovoltaica proposta por Gratzl, comparando-a com
os dados obtidos pela Equao 9.
Tabela 2
Tenso terica em funo do tempo em clulas
fotovoltaicas
Tempo (segundos)
Tenso Terica da Clula (mV)
Tenso Real da Clula (mV)
0 -1,5 -1,5 60 -0,3 -0,3
120 0,9 1,2 180 2,1 3,4 240 3,3 4,9 300 4,5 6,4 360 5,7 7,8 420 6,9 9,2 480 8,1 10,7 540 9,3 12,0 600 10,5 12,9 660 11,7 13,8 720 12,9 14,6 780 14,1 14,9 840 15,3 15,4 900 16,5 15,5 960 17,7 15,7
Com base na comparao dos valores, esboou-se
um grfico das curvas do valor de tenso terico e do
real (GRFICO 1).
Grfico 1
Curva da tenso contnua gerada pelas clulas
fotovoltaicas em paralelo:
Baseando-se nessa anlise, a alterao no modelo de
Gratzl, com uso de micro terminais de fios de cobre
para a conduo das cargas geradas no circuito,
demonstrou que h um possvel fator de resistividade
em cada clula. Essa resistividade, cuja caracterstica
varia em funo da temperatura, ao receber a
irradiao, tender a perder ainda mais desempenho
na gerao de uma tenso, com valor mximo previsto
para clulas de Gratzl de 27% (SANTOS, 2005).
Ainda sobre a Clula, constatou-se que houve uma
queda de tenso gerada no instante do desligamento
da fonte de energia, conforme Tabela 3 e Grfico 2.
Com este desligamento, houve o fluxo de cargas
indicando propriedades de um capacitor, conforme
proposto na elaborao da equao da clula.
Entretanto, h interferncias para determinao da
equao que descrever o comportamento dessa
capacitncia real.
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Tabela 3
Perda de tenso nas clulas x tempo
Tempo (segundos) Tenso (mV)
0 15,7 60 8,2
120 5,2 180 3,8 240 2,5 300 1,9 360 1,5 420 1,2 480 1,0 540 0,9 600 0,8 660 0,7 720 0,6 780 0,5 840 0,5 900 0,5 960 0,5
Grfico 2
Queda da tenso x tempo
Segundo Santos (2005), a eficincia de clulas
fotovoltaicas obedece aos princpios da
termodinmica, principalmente pela transformao da
energia de radiao por efeito fotovoltaico. Para
qualquer reao, h a perda de energia livre na
condio de desequilbrio, que ocasiona uma limitada
potncia na liberao de energia. Considerando que
em uma clula fotovoltaica no h uma reao
qumica, e sim uma excitao de reagentes pela
radiao, tem-se o potencial * potencialhv .
Considerando a radiao monocromtica com
comprimento de onda , a energia recebida por mol
Qr definida por nmero de avogadro x hc / . A
entropia dada pela Equao 10:
Hc x Avogadrode NmeroQr (10)
No espectro do visvel, uma lmpada incandescente
de 60 W tem uma intensidade (energia por unidade de
rea a tempo) definida pela constante de Stefan-
Boltzmann = 5,67 x 10-8 W.m-2.K-4 dentro do
espectro do visvel para a clula orgnica entre
850x10-9m, onde, segundo Santos (2005) o
comprimento de onda em que h a maior absoro de
energia para plantas, possvel obter o valor de I = 60
W.m-2.nm-1 emitido pela lmpada incandescente 60 W.
Ainda para esta lmpada, tendo a resistncia do
filamento, possvel estimar a temperatura absoluta.
A resistncia do filamento informada pelo fabricante
de 0,15 . Para o clculo da temperatura gerada na
clula tem-se ento a Equao 11.
)I
Hc21ln(
1xKbHcTr
5
2
(11)
onde Tr = Temperatura de qualquer comprimento de
onda [k], H = Constante de Planck [j.s], Kb =
Constante de Boltzmann [J/K], = Comprimento de
onda, = Resistividade da fonte geradora de energia
[m], c = Velocidade da luz no vcuo [m/s2], I =
Intensidade de luminosidade [cd].
Dessa forma possvel obter a temperatura Tr
aproximada de 2599 K. Conforme a eficincia de
Carnot, ter-se- o potencial qumico mximo gerado
pela radiao, que determinado pela Equao 12:
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Tr)TambienteTr(QrRm (12)
onde: Rm = Potencial qumico mximo da radiao
[J/mol] Tr = Temperatura em qualquer comprimento de
onda no espectro do visvel [k], T ambiente =
Temperatura ambiente [k].
Como Qr = 140725,62 J/mol, pode-se ento deduzir
que Rm = 124.483,04 J/mol, pelo qual possvel
definir, atravs da Equao 13, o valor da entropia do
sistema:
Tr3)T(4S
4 (13)
S = Entropia do sistema [j], = Constante de Stefan-
Boltzmann [W/m.K4], Tr = Temperatura de qualquer
comprimento de onda [k].
Obteve-se a variao de entropia gerada em uma
clula de 1327,51 j/s.k. Esta seria a entropia prevista
para uma clula de Gratzl, caso esta fosse utilizada
no experimento citado. Com as alteraes na clula,
necessrio o clculo dos valores de temperatura. Para
essa medida, ser necessria a medio via
termmetro digital do calor absorvido pela clula para,
assim, mensurar o rendimento da clula.
Segundo Patrcio (2006), possvel realizar um
clculo estimado de uma mquina trmica baseado no
ciclo de Carnot, levando em conta a temperatura que
a clula atingir durante o experimento. Com base na
temperatura calculada para o filamento da fonte e o
valor de temperatura, aps o tempo de 15 minutos na
clula, foi possvel obter o valor de 53C. Usando a
equao abaixo, considerando a emisso de energia
advindo de uma fonte de 60W, e considerado que a
fonte geradora emitiria todos os feixes teis em
direo ao conjunto de clulas, possvel estimar o
clculo global de rendimento da clula fotovoltaica
conforme Equao 14:
4)TfTc(
31
3TF4TC1 (14)
onde: TC = Temperatura da clula [k], TF =
Temperatura da fonte [k].
Fazendo as devidas substituies, possvel estimar
um valor de um rendimento de aproximadamente
16%. Segundo Santos (2005), considerando que o
rendimento proposto em uma clula tipo Gratzl para
luz difusa de aproximados 27%, nota-se que a
alterao gerou um valor de 62% do valor de energia
gerada pela Clula de Gratzl. No possvel
determinar com exatido o rendimento devido a
inmeras transformaes e ajustes em equaes
utilizadas para tais fins. Estes valores so apenas
estimados para um comparativo em vista de
resultados obtidos em outras metodologias de
rendimento de clulas fotovoltaicas.
5 CONSIDERAES FINAIS
Com os problemas que se enfrentam nos dias de hoje
em relao ao gasto energtico, muitas solues so
criadas e discutidas para combat-los. A utilizao de
energias renovveis est sempre presente nas
solues encontradas. Dentre elas, a energia solar
ganha grande destaque devido localizao
privilegiada da maioria dos pases do mundo,
principalmente na regio de Minas Gerais, no Brasil,
que possui um excelente potencial para utilizao
dessa energia.
Com o objetivo de propor uma soluo mais
econmica para esse problema que enfrentado em
todo o mundo, no presente trabalho efetuou-se a
otimizao de uma clula fotovoltaica orgnica de
Gratzl, visando reduzir os seus custos em relao
aos atuais painis solares j utilizados. O maior
desafio encontrado no projeto foi a substituio do
vidro de borosilicato com uma camada condutora de
SnO2 por fios de cobre, formando uma rede condutora
sobre a placa de vidro.
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Aps a concluso do prottipo da clula em escala
reduzida, pode se observar um comportamento
caracterizado pela capacidade de produzir energia
eltrica a partir do fornecimento de energia solar, alm
de armazenar essa energia produzida por um intervalo
de tempo. Ainda necessrio notar que a clula ter
um rendimento menor ao proposto por clulas tipo
Gratzl (SANTOS, 2005), devido ao fator de
resistividade interna do sistema, que impactou
diretamente nos valores de rendimento dessa clula.
Entretanto, o fator de perda calculado no tempo
mensurado no experimento apresentou uma variao
pequena, considerando a modificao feita na clula e
a energia provida de tal alterao.
Ao trmino deste projeto obteve-se resultados
satisfatrios em relao alterao no modelo
proposto por Gratzl, mostrando a viabilidade em sua
elaborao e um possvel desenvolvimento de
tecnologia para conduo da energia produzida pela
clula.
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